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Editora CENBEC/FINOM
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TICE
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C
OP
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TICE
1° Edição Paracatu – MG
CENBEC/FINOM 2020
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Editora:
CENBEC/FINOM
Rodovia MG 188 – km 167 – Bairro Fazendinha – Paracatu/ MG – CEP 38600-000 Caixa Postal 201 – Telefax (38) 33112000 – e-mail: finon@finom.edu.br
Autores:
ROSSI, Tânia Maria de Freitas; RAMINHO, Edney Gomes;
GUIMARÃES, Marta Mencarini (orgs).
Anderson Faria Lima Leonel, Daniela Cristina da Silva, Davi
Holanda Vieira, Erick Danilo Vidal Oliveira Martins, Fernanda
Luzia Moreira Magalhães, Isabella Maria Gomes Rocha, Joana
Darc Romão de Almeida, Júlio Gonçalves, Lorena Cristina
Farias Rodrigues, Maria de Nazaré Lisboa da Silva Vilarindo,
Natalícia Pereira dos Santos, Nerci Conceição de Oliveira, Paula
Raiane Antunes dos Reis, Rodrigo Silva Machado Maia Lima,
Rodrigo Alves do Nascimento, Rossana Martins de Almeida,
Sara Bezerra Torres, Sara Oliveira Santos Almeida, Tainá de
Oliveira Silva Fretes, Weriton Oliveira Cruz.
Produção:
Tânia Maria de Freitas Rossi, Edney Gomes Raminho e Marta
Mencarini Guimarães; Pró-Reitoria de Extensão – PROEX do
Centro Universitário ICESP de Brasília.
Revisão:
Edney Gomes Raminho.
Capa e Diagramação:
Marta Mencarini Guimarães.
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Design Gráfico:
Marta Mencarini Guimarães e Bruno Fausto de Gois.
Fotografia:
Arlem Raminho, Edney Gomes Raminho, Gilmar Gomes
Ferreira, Hieronimus do Vale, Marcelo Paulino da Costa Gomes,
Marta Mencarini Guimarães, Rosimar Gomes da Costa.
Ficha catalográfica
Rossi, Tânia Maria Freitas; Raminho, Edney Gomes;
Guimarães, Marta Mencarini (Orgs).
Copoetice/ Tânia Maria Freitas Rossi; Edney Gomes Raminho; Marta
Mencarini Guimarães – Paracatu (MG), CENBEC/FINOM, 2020.
73 p.
ISBN: 9786599047527
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“Quem anda no trilho é trem de ferro. Sou água que corre entre pedras - liberdade caça jeito”.
Manoel de Barros
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Sumário
Apresentação _______________________________ p.8
O Homem da terra para a terra Primeiro
Copoetice___________________________________ p.15
• Terra: retorno do homem _______________________ p.17
• A descoberta do eu na Terra ______________________ p.19
• Penetra __________________________________________ p.21
• Crianças de Breves _______________________________ p.24
• Rosas do sertão __________________________________ p.27
• Insaciável Homem ________________________________ p.30
• O ciclo ___________________________________________ p.32
• O homem da terra para a Terra ___________________ p.34
• A visão de um homem da terra ____________________ p.36
• O homem da terra para a terra ____________________ p.39
Pro povo de novo? Segundo Copoetice ______ p.42
• Pro povo de novo a luta e a incerteza _______________ p.44
• Pro povo de novo: sonho de cidadania ______________ p.46
• Pelo menos uma vez _______________________________ p.48
• Esperança pro povo de novo _______________________ p.50
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• À insignificância do Povo _________________________ p.52
• Progresso ________________________________________ p.54
• A Poesia do Povo _________________________________ p.57
• Surreal __________________________________________ p.60
• O ópio do Povo ___________________________________ p.62
• Onde vamos chegar? _____________________________ p.64
• Como podemos aceitar? Pro povo de novo? ________ p.66
Sobre os autores e das classificações________ p.67
Sobre os fotógrafos __________________________ p.71
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Apresentação:
A poesia é um espaço subjetivo do sentido mais íntimo que
se constrói do mundo. Ela permite ser de modo que se revele,
sob a interpretação do outro parte do vasto mundo que se tem
consigo. Ela permite-lhe brincar consigo mesmo. Um
desconhecido, com uma aventura do outro pelas lentes e
sensibilidades criativas do criador. Permite-lhe olhar com o que
se é em um tempo da própria história sem perder-se de si
mesmo, desvelando personalidades e sentidos (i) reconhecidos.
Quem nunca sentiu o desejo de fazer ou refletir sensações
que um fato ou outro sentimento despertou? Assim é a poesia.
É representação de uma face de um eu, é expressão do que se
sente e deseja, levando o poeta a (re) conhecer a si na relação
com o outro no cativo pouco a pouco pelo tecido da poesia. Ela
não tem pressa. É o aqui e agora. É a vida toda... É uma
história sem fim. Como à vida, é recriada a cada novo deleite.
Poesia é essência da essência humana. É o espaço para
abrir-se ao que aflige e se encontra com a (des) harmonia e com
o estar ou ausência dele. É ser parecendo não ser e não ser
parecendo ser. Como escreveu Fernando Pessoa, “o poeta é um
fingidor, finge tão completamente que chega a fingir que é dor a
dor que deveras sente”.
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A poesia é o espaço da liberdade. É o abraço da (re)
criação da existência. A assim nos legou Drummond: “tenho
duas mãos e o sentimento do mundo”. Ora! Deste modo, o que
se é senão poeta que tece a vida por fios distintos de histórias?
Não se tem que ser em poesia. Se assim deseja, que assim
seja. A poesia é como o colo de mãe, que acolhe e dá liberdade
em palavras e sentimentos para o rebento ser o que quiser ser.
Ser pássaro que, com o tempo e os ventos, voa. Quando o
tempo e os ventos não o preencherem mais, volta-se ao colo, ao
seio, à face, aos olhos da mãe e dali retorna-se a um novo voo.
No tempo e no espaço, os sentimentos se (re) formam. Às
vezes, lança-se ao riso, ao choro... a depender do tempo, de
onde e com quem esteja. O riso... o choro... a alegria... a ira... a
fome... a luta... a (in)justiça... a tristeza... são poesias que
despertam a alma ao desenho das palavras. Envolvem e
suscitam o (re) encontro com o âmago estético do eu - outro.
São espaços que se abrem ou se preenchem para deleitar-se
sobre si mesmo e ao reflexo de si no outro.
A alma se movimenta, mostra-se em vida no riso, no
choro, no toque de se sentir. Por olhar sensível o ofício de um
professor – mestre de todos os mestres -, de um médico
veterinário, de um agrônomo, de um enfermeiro, de um
administrador, de um biomédico... Por olhar com sensibilidade
a vida, ali se manifesta a poesia. Ao poetizar, partilhar-
aprender acontece a todo o tempo, em todos os espaços e
simultaneamente. A poesia está no movimento cíclico da vida.
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Assim, a diversidade tematiza a poesia e convida ao
desenhar de palavras e ao passear com a luz da alma, alma das
palavras. O acender desta luz coloca em chamas o brilho da
vida e da percepção das coisas com mais esperança e desejo de
um mundo mais justo, mais igual. O desenho que às palavras
se delineia na arte poética simboliza a expressão democrática
da diversidade ecológica das espécies pela estética poética. Ela
se desvencilha e desvencilha qualquer amarra. Alimenta o valor
e a riqueza de cada diferença que fortalece as possibilidades
criativas tão necessárias à construção das relações ecológicas
com o mundo. Por este conjunto, a vida, a (re) criação é a
prioridade. A vida-poesia infinita de possibilidades a desvalar.
Ao passo que se desperta e se valoriza a sensibilidade, que
se cultua a cultura de sentir e de compreender a importância
deste rito, investe-se em qualidade de vida, qualidade das
relações do ser humano com todas as vidas com as quais ele
convive; qualidade de formação acadêmica para ser,
permanecer e (re) construir o mundo. Desta forma, a formação
acadêmica alcança seu desejo maior: garantir qualidade
formativa, para que o ser que se forma se sinta e se reconheça
como parte do ambiente; a começar pelo sentido por ele
articulado com a sua essência e de seus pares: ver-se e sentir-
se a si como ao outro. Poetizar é um exercício de educação para
a vida.
O Copoetice - Concurso de Poesia do ICESP - tem este
desejo de despertar junto à comunidade acadêmica do ICESP o
labirinto da vida que é a arte poética. Um espaço subjetivo,
individual concomitantemente coletivo, político e social cujo
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seio é a palavra, matéria tão simples e tão complexa, tão
carregada de sentidos e de significados.
Independentemente do papel social que um sujeito ocupe
ou exerça, a arte é o espaço onde todos e nenhum ser se (des)
encontra. Ela não tem uma obrigação. Desenha as liberdades
de ser, apreciando-se e respeitando-se também a liberdade dos
pares. Liberdades criativas e expressivas de manifestação da
sensibilidade artística, política, ideológica, social e cultural.
Trata-se de um exercício democrático de vida. Tempo de
deleite de conhecimento da existência e da correlação que o
humano estabelece com as demais espécies do planeta. A
palavra, recurso de carpintaria da poesia, é o que lhe confere
sofisticação estética. Pela sua expressão, os homens se fazem
sujeitos e ocupam posições sociais. A palavra, por sua vez, está
à disposição de toda e qualquer pessoa. Brincando com ela,
nasce a poesia. Ela une e aproxima culturas de todas as idades,
condição social, religiosa, política e ideológica. Emerge de e a
um mundo sem fronteiras. Sob este entendimento de poesia,
abraça-se a função artístico-social de criar e estimular o
brincar de fazer poesia, envolvendo pessoas em um encontro
com sua arte de ser quem se é indiferentemente às suas
escolhas.
Com este rito, a Pró-Reitora de Extensão – PROEX - , do
Centro Universitário ICESP criou o Copoetice- Concurso de
Poesia do ICESP - . A dinâmica do Copoetice se inicia da
seguinte forma: todos os membros da Pró-Reitora reúnem-se e
selecionam uma temática comum aos pares da comunidade
acadêmica. A proposta selecionada é aquela que parecer mais
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sedutora pela acessibilidade e democracia de conhecimentos a
cativar. Ela se dispõe a aproximar a comunidade acadêmica de
maneira a construir a satisfação de se sentir bem no tecido das
palavras que desenham seu canto, pranto, sua (in) satisfação,
sua alegria, seus desejos, sua sensibilidade. A “ars poética” do
Copoetice foi estimulada em sala de aula aos cursos da
instituição
Assim tecido, no ano de dois mil e dezesseis, nasce o
Primeiro Copoetice, batizado com o tema O homem da terra
para a terra. Os membros da Pró-Reitora de Extensão fizeram a
seleção técnica de dez poesias finalistas. A noite de culminância
do concurso aconteceu no dia trinta de maio de dois mil e
dezessete no campus ICESP Águas Claras. Os três primeiros
lugares foram consagrados por um corpo de júri especial
constituído por especialistas e membros da gestão pedagógico-
administrativo do ICESP e júri técnico da comunidade externa.
Exposição de banners com as dez composições poéticas
finalistas, declamação destas e apresentação de espetáculo de
música sertaneja de raiz compuseram a culminância para a
premiação do primeiro, segundo e terceiro lugares.
O retorno da satisfação que o Primeiro Copoetice instalou
junto à comunidade acadêmica, motivou a Segundo Copoetice.
Este, por sua vez, versou sobre o tema Pro povo de novo?. A
seleção das poesias finalistas se consolidou com a apreciação
dos membros da PROEX. Foram eleitas onze poesias para
serem apresentadas na noite de culminância. Estas foram
submetidas ao júri popular da comunidade ICESP. Quinze dias
depois, passaram por apreciação e votação do júri técnico
especial composto por especialistas, membros da comunidade
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administrativo-pedagógico do ICESP e membros da comunidade
externa. As poesias consagradas em primeiro, segundo e
terceiro lugares nos dois certames estão identificadas com uma
medalha simbólica ao longo deste livro.
Ele representa, assim, a soma do encontro de vozes
construído pelas dez poesias finalistas no Primeiro Copoetice,
as onze finalistas no Segundo Copoetice e suas consonâncias
com as fotografias que compõem cada texto. Juntas ilustram
um convite da extensão não só à comunidade acadêmica
ICESP, como também ao público externo congregando olhares
de quem, inclusive, até então, não havia tido a oportunidade de
participar diretamente do espaço de construção intelectual da
academia. Mas, cuja ação e olhar sobre o mundo é responsável
pela (re) ação do “homem da terra para a terra” bem como
também pelos gritos Pro povo de novo?!, revelando a busca
humana de dialogar com os mais diversos fatos e sentimentos
da vida.
Nesse escopo, as fotografias, de contextualização das
poesias, aqui instalam um ciclo de vozes, que vão dos
trabalhadores braçais da roça aos estudantes e especialistas
que buscam compreender a vida e o agir sobre ela como
profissionais acadêmicos. Desde aquele que prepara, planta,
colhe da terra para a terra e farta a mesa no campo e na cidade
àquele que usufrui desta fartura em outros tantos espaços.
Exercícios para garantir energia e fazer-se dia-a-dia nas
multidimensões da vida: lutando e buscando melhores
condições políticas, sociais e ideológicas para viver em
sociedade; seja lá no campo ou na cidade, onde se instalam as
instituições universitárias.
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O livro do Copoetice é, assim, o empenho de brindar um
encontro de multiculturas responsáveis pela pluralidade
humana à qual a formação acadêmica prepara. É um tecido de
muitas mãos. Reflexo de muitos olhares, de pessoas de
diferentes estados do Brasil. Ele propõe enveredar pelos
desafios de fazer a poesia, das imagens e sons que a ela tocam
de modo a envolver ainda mais os pares acadêmicos. E, a
convidá-los aos deleites pela arte para envidar e revigorar a vida
tão densa de desafios, fios do desenvolvimento e do crescimento
humanos.
Nessa perspectiva, busca-se aqui imprimir o compromisso
da extensão universitária de promover a arte poética como um
comportamento natural da vida. Este, por sua vez, toma
assento na formação acadêmica de fato, envolvendo e abrindo,
pela arte poética nas suas multidimensões, espaço de diálogo,
de crescimento e de (trans) formação mútuos. Um compromisso
com a formação humana dos pares em um locus de encontro e
de reconhecimento de suas individualidades e pluralidades,
respeitando-se e congregando-se para somar esforços e formar
o que mais pode lhes fazer bem: respeito e valor das suas
essências, conduzidos pela arte.
Tânia Maria de Freitas Rossi
Edney Raminho Gomes
Marta Mencarini Guimarães
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Terra: retorno do homem
Natalícia Pereira dos Santos
De onde viemos para onde vamos?
O intermédio da chegada é dos progenitores.
O berço comum é a terra, casa de todos os reinos.
Reino humano, animal, vegetal e mineral.
Uns a serviço, outros a servir!
E servir pertence à classe das maiorias. Claro!
Prestam o serviço e são vítimas da exploração,
dos líderes e minoria, do querer e do poder.
Em querer, no poder das ideias capitais.
Reinos de uma só terra separados pelo racional.
Racional que polui, manipula, adultera e mata!
Natural ou natureza segue a servir sem intervir.
Com sua identidade adulterada,
Segue a integrar sem maltratar!
Mas, oh! Como é bela! É neutra e poderosa a natureza!
A ela não foi dada a razão,
mas há nela o princípio da união
Já o homem que pensa tudo saber, tudo dominar,
volta pra terra que o ajuda a se transformar!
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Fotografia: Arlem Raminho e Rosimar Gomes da Costa
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A descoberta do eu na Terra
Daniela Cristina da Silva
Renuncie às suas palavras antigas
Se renove todos os dias
O céu azul é, na verdade,
o teto do mundo inteiro
A terra, na verdade, um tapete vermelho
Por onde desfilamos incessantemente.
Seja um louco que pula o muro
Seja um louco que chora o riso faceiro
Seja um homem que reza no escuro
Seja um homem que sonha além do travesseiro
Você decide a cada segundo
Quem quer ser
Seja meio louco, meio leigo,
Mas seja inteiro,
Não tenha medo!
Ninguém disse que seria fácil crescer e ser,
E nem que não valeria a pena arriscar.
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Fotografia: Edney Gomes Raminho
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Penetra
Tainá de Oliveira Silva Fretes
Penetra no fundo de minha alma
Invada o mais íntimo do meu ser
És um aventureiro
Invadindo uma caverna misteriosa
Eu me deleito em teu desejo agora.
É minha satisfação atender tua natureza
E se te afastas, me cobre de tristeza.
Penetra fundo no meu peito sem demora.
A ti pertence cada centímetro desse templo
Cada porta, cada fundamento.
Penetra firme no meu peito então.
Você penetra no meu coração
Sou uma árvore de imensos galhos
Quando me regas, eu me espalho
Me rega então com teu vigor feroz.
Quero beber do teu adubo doce
Me rega então, amor,
Como se eu fosse
A árvore mais preciosa do teu jardim
Me rega, e então planta em mim
Teus genes fortes e dominantes
Darei bons frutos, pois sou boa amante
E servirei com todo zelo esse jardim.
Darei sombra para ti e para os que de mim
Saírem frutos de um amor sincero
Penetra fundo no meu corpo.
Eu quero.
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No momento certo alimentar a Terra.
Penetra até amanhecer e encerra
A nossa noite com um alvorecer dourado
É muito bom acordar ao teu lado
Penetra então no meu templo abençoado!
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Fotografia: Marta Mencarini
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Crianças de Breves
Tainá de Oliveira Silva Fretes
Onde estão sua escola, sua mãe, sua bola?
Cadê suas bonecas, moedas. Onde escondeu?
A infância de vocês deveria ser linda
Em suas simples casas ribeirinhas
É divertido para vocês pedir esmolas em um navio?
Nadar contra a correnteza do rio de Belém a Santarém?
Alguns de Breves já remam e nem tamanho têm...
Teus rostos sorridentes e tuas casinhas floridas
Me fazem pensar que não precisas
Que fazes isso para me comover
Se tens fartura, se tens peixe a açaí
Crianças de Breves, o que fazes aqui?
Ajudar a mamãe a pagar a energia e a tv?
Crianças de Breves, vejam só que ironia:
Se me faltassem essas coisas, eu reclamaria
E de vocês eu cobro o simples bom viver
Crianças de Breves, eu suponho a tua vida
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Mas eu nem sei se nessa tua casinha linda
Tens arroz e tens feijão à mesa
Ou se precisas nadar contra a correnteza
Para o básico natural satisfazer.
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Fotografia: Marta Mencarini
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Rosas do sertão
Júlio Gonçalves
Terra de nordestinos
E de muitos Severinos
és o meu sertão.
Lugar de vereda
flor, fruto e dos cactos.
Há quem se vocifere em renegá-la!
Pobre miserável,
Filho do diabo!
O sertanejo,
homem de bravura,
encontra, no calor
do sertão,
sua gratidão,
O seguir em frente.
Nas murmuras da vida,
percebe o presente
que lhe foi concebido.
Exalta ao senhor,
Oh! Santíssimo!
Venera ao seu Deus.
Tira forças das
lacunas do seu intelecto,
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para assim
perseverar diante
dos dragões.
Chuva... xi... xii... xiiii...
esperança que ascende,
ao seu cair,
a flor que brota,
no fundo do abrir do chão,
é a rosa que nasce.
A flor do sertão!
29
Fotografia: Gilmar Gomes Ferreira
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Insaciável Homem
Maria de Nazaré Lisboa da Silva Vilarindo
Da terra foi criado,
Criatura perfeita,
Domínio sobre ela teria.
Porém dos prazeres da terra provou,
Agora, pois, não mais a domina.
Resolve, cava, ara a terra,
Na esperança que ela o retribua.
Assim foi e é até hoje.
Era um homem a saciar,
Agora, insaciáveis do seu lar.
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Fotografia: Hieronimus do Vale
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O ciclo
Anderson Faria Lima Leonel
Onde vivemos?
A dúvida é cruel, mas temos força,
Aceitamos e lavamos a vida.
A fome é grande,
Chegamos a plantar para comer.
Crescemos, vivemos, aprendemos.
As bocas proliferam.
Que bom que a colheita foi boa.
Os pequeninos crescerão para ter dúvidas
E plantarão
Para que as dúvidas consigam atravessar gerações.
O tempo passa,
O medo de morrer chega de mãos dadas com a idade.
Mas quem disse que acabou?
Já é hora de arregaçar as mangas,
O trabalho chama, somente a função que muda.
Agora vamos adubar a terra
para que a próxima colheita seja boa
Os pequeninos crescerão para ter dúvidas.
33
Fotografia: Hieronimus do Vale
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O homem da terra para a Terra
Fernanda Luzia Moreira Magalhães
O homem busca o seu equilíbrio.
O homem à procura da harmonia.
O homem e sua sede desde o princípio.
E qual o princípio?
Qual a origem?
Filósofos gregos da Grécia Antiga estavam à procura
Princípio, terra, água, ar, fogo?
Hoje?
Quem sou eu?
O que procuro?
O equilíbrio da terra?
O meu equilíbrio?
Onde me encontro nesta Terra?
Que terra quero deixar para meu filho?
Que filho vou deixar para esta Terra?
Eu em busca
Do equilíbrio,
Da harmonia,
Do equilíbrio entre homem e terra
Do meu equilíbrio com o planeta Terra.
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Fotografia: Edney Gomes Raminho
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A visão de um homem da terra
Paula Raiane Antunes dos Reis
Eu sou aquele que nasceu da terra.
Quem disse não erra!
Nasci num pedacinho de chão
Sou um grânulo no meio da nação.
Vivo na simplicidade
Isso aprendi antes da mocidade.
Perto do centenário hoje estou
Descrevendo...
Um pouquinho da minha vida:
Amo a minha terra querida!
Já estou perto do fim
Mas também do começo
Minha alma se vai
Mas nunca esqueço
O corpo aqui vai ficar
Vai se desintegrar
E o que vai sobrar?
Vai sobrar o que transmiti
O que consegui ensinar
O saber não é para se guardar.
As pessoas de mim vão lembrar
Pelos sentimentos que costumo deixar
São sensações do bem
E isso vai muito além.
De lá eu vim
Para lá voltarei
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Devolver os elementos
Que emprestado tomei.
A terra que me sustenta
É a mesma a que me agregarei
Pois a vida é um círculo
Essa é a lei
Da terra eu vim
Para a terra voltarei.
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Fotografia: Edney Gomes Raminho
39
O homem da terra para a terra
Rossana Martins de Almeida
O Criador em sua inspiração
Forma o Homem do chão.
Quem pode isso ver?
Como iríamos crer?
Formado do pó da Terra seca ou molhada
Aquele que o produzia também a admirava.
No sexto dia...
Que satisfação!
Vê-lo andar, falar e então...
Nu ou vestido
Com certeza esculpido
A natureza o recebia
E demonstrava sua alegria!
Olhando ao redor
Notou que estava só.
Adormecido...
Oh! Criatura!
Para trazer-lhe grande formosura.
Juntos cumpriram sua missão
Encher a Terra em multiplicação
Errando ou acertando
Com seu suor trabalhando.
A terra lhe abraça
E lhe oferece tudo de graça.
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Mas o que fez o homem?
O seu erro lhe consome.
Destruição, poluição, armação...
O que há em seu coração?
O tempo passa aumentando sua desgraça
O que fazer, a quem recorrer?
Se ao Criador não consegues entender?
Pare agora.
Feche os olhos.
Respire fundo...
Viaje pelo tempo
Esse é o momento
Encontre o centro.
Não precisa ser tão fundo
Só precisa estar atento.
Homem, o que procura está dentro de você!
Podes perguntar o quê?
Tudo a Terra te dá e te deu
O que te aconteceu?!
Por ela vieste à vida
Que também te será sucumbida.
Encontre sua força
Lute por ela
Lute, sim, pela sua Terra!
Abra o coração e veja o sol a brilhar
Volte, sim, pela sua Terra!
A Terra traz o remédio que seu corpo precisar
Porém, sua alma quem governará?
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Terra e Homem,
Homem e Terra
Unidos se tornam o que era
Desde o início a união mais bela
Agradeça ao Criador por ser Homem.
Homem da Terra.
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Fotografia: Hieronimus do Vale
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Pro povo de novo a luta e a incerteza
Nerci Conceição de Oliveira
Que povo é este que luta, que vai à guerra, que busca?
Que povo é este que insiste em acreditar no amanhã, no
melhor da vida?
Que povo é este que não se cansa de ter esperança?
É este povo que precisa ter a fé em dias melhores
Esperança contínua em mudanças de vida, de governo
Esperança de não ficar a ermo.
Pro povo de novo a guerra, a luta, a incerteza
Pro povo de novo a fatia pequena do bolo
A necessidade de engolir a seco o ego exacerbado,
O egoísmo disfarçado de bondade,
A cara de pau das maiorias do poder
Fingindo ser a solução para uma vida digna.
Pro povo de novo?
A certeza de que um filho seu, Brasil, não foge à luta!
Em seu futuro espelha essa grandeza...
Filhos deste solo...
Pro povo de novo, o poder!
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Fotografia: Hieronimus do Vale
46
Pro povo de novo: sonho de cidadania
Joana Darc Romão de Almeida
Vão cobrar do povo de novo
Vão cobrar o sonho de cidadania
O pesadelo continua de noite e de dia
Não precisa de candidatos mostrando suas ideias
Muito menos na TV, pois o que vemos é só um teatro.
Cada um usa uma máscara na candidatura
Mas o mandato é bem diferente
Vão cobrar do povo de novo
E de novo a culpa vai ser do povo
Por não escolher o candidato bem.
O povo vai cobrar do candidato de novo
Por ter passado tanta ilusão ao povo.
O povo vai saber de novo
Que não há nenhum candidato
Que faça o que realmente a gente busca
Paz, saúde, educação, que não seja somente no começo.
47
Fotografia: Marta Mencarini
48
Pelo menos uma vez
Sara Bezerra Torres
Pro povo de novo?
A fantasia de uma ascensão social
Pro povo de novo?
O ilusionismo do “pão e circo”?
Pro povo de novo
O Conto da boa educação
Pro povo de novo?
O sequestro da segurança pública
Pro povo de novo?
A frustração do atendimento à saúde
Pro povo de novo?
O encantamento da previdência social
Pro povo, ao menos uma vez
Vida Plena.
49
Fotografia: Marta Mencarini
50
Esperança pro povo de novo
Rodrigo Alves do Nascimento
A esperança não murcha, não acaba,
Também como ela não se perde a crença,
Vão-se as descrenças,
Voltam-se as esperanças
Pro povo de novo.
No entanto, tudo é uma ilusão
E com esperança fortalece a opção
171 na cadeia e flâmula no coração.
Povo, portanto, ergue teu grito!
Sirva-te de Esperança do bendito,
Sirva-te da glória no futuro e avança!
E eu, que vivo atrelado ao desalento,
Também espero o fim do meu tormento,
Na esperança alcançar.
O povo precisa realmente é acreditar
Melhores virão e o 171 jamais se levantará.
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À insignificância do Povo
Davi Holanda Vieira
Como é dura a vida
O reflexo da incapacidade
Se volta para o povo
Dor-miséria-angústia
E a incerteza de um dia novo
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Fotografia: Hieronimus do Vale
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Progresso
Weriton Oliveira Cruz
Que época tão fria é esta, onde a ordem não existe mais?
Deixamos tudo de lado por simples status sociais!
E isso é um caso curioso, no mínimo estranho.
Fomos roubados na cara limpa,
Pelos que se faziam de santos.
E o povo, como é que fica?
Ah! Este se calou!
Deixou a porta aberta e a boca eles fecharam!
Vieram empregados em meio a ladrão,
Se calaram e aceitaram toda a humilhação.
Estão perdendo o que um dia conseguiram com tanto esforço.
Ainda se veem os loucos, que apanharam e sofreram,
Buscando simplesmente o que se era de direito
Era um grupo bravo e valente,
apaixonado pela “ordem e progresso”.
Nossa! Tudo isso aconteceu?
Ah! Isso é apenas um esboço!
O que levaram deles, não se faz em um resumo,
Levaram até aquela moça que morava lá nos fundos.
Você não a conhece?
A chamada esperança.
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Ela nunca andava sozinha, e atraía muitas coisas.
Era acostumada a ouvir rumores...
“a esperança nunca morre”
E o pior aconteceu, a esperança morreu!
Sério! É isso que ocorreu?
Simples! Esperaram somente dela,
O que eles podiam fazer
Esqueceram-se de que eram eles,
Que a faziam viver.
E hoje todos vivem em uma má situação
Todos assaltados pela tal corrupção.
E no fim disso tudo, saiu uma peça teatral
Onde o espetáculo principal se chama, “para o povo de novo”.
O nome rendeu curiosidade
mas o que se perdeu? O que foi roubado?
Usando a obra do garoto Gabriel
“vou te contar, menino”.
Para o estrangeiro virou utopia
E para os brasileiros, uma realidade já bem conhecida.
Onde o fim estava previsto
Faltava apenas o início.
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Fotografia: Marta Mencarini
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A Poesia do Povo
Sara Oliveira Santos Almeida
Cansamos dessa vida
Cansamos dessa lida
Entre idas e vindas
Aonde vamos chegar,
Oh, nação perdida?
Devemos rever nossos conceitos
Ou ensinar nossos preceitos?
Certamente essa palhaçada é toda do pleito
Um bando de malefeito.
Por que tudo tem que ser o povo?
Não vamos aceitar sofrer de novo!
Desta vez estamos dispostos.
A desfazer o que foi proposto.
Vamos manifestar pelo novo!
Vamos parar de ser baba-ovo!
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Aceitar mais um imposto?
Chega de quem troça do povo!
Vamos dando nossos saltos
Tentando enfrentar o Planalto
De fala a atos, uns até mentefatos!
Para melhores candidatos!
A sociedade acordou, de fato!
59
Fotografia: Hieronimus do Vale
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Surreal
Lorena Cristina Farias Rodrigues
Passos sem pegadas
Pássaros sem asas
Caçador sem caça
A vida é uma farsa
Pessoas usam máscaras
Política é forjada
A vida é sem graça
Trabalhar só não basta
Oh, povo!
Para que se sacrificar?
se nada disso valerá?!
O coração anda quebrado
Todos se sentem culpados
O que fazer com os pedações?
Sofre a população
Sem amor, sem compaixão.
Só nos resta agarrarmos
À esperança de uma nova nação.
61
Fotografia: Marta Mencarini
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O ópio do povo
Rodrigo Silva Machado Maia Lima
Pão e circo,
Bucho cheio e sorriso
Movem o povo,
Tipo ópio, perdidos no vazio,
Formam ideias,
Construídas à base de novelas,
Ditam o certo e o errado,
Todos firmes, estrondosos,
Somente do lado de dentro da porta.
O povo controlado como marionete,
À base de internet,
Fake News, treta,
Estes esquemas sem eira nem beira.
Governo manipulador,
Viaja para o exterior,
Compra terno, suíte,
Carro importado, aparelho televisor,
Coisa de colecionador,
Pro povo de novo,
Sobrou pão com ovo,
Mas quem se importa?
Daqui a pouco elegem outro,
Esse sim! É bom, sim, senhor!
63
Fotografia: Hieronimus do Vale
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Onde vamos chegar?
Isabella Maria Gomes Rocha
E se ergue o momento da população
Ouvem-se gritos de desespero
Choros e lamúrias de antigo governo
E o desejo de mudança no coração.
Onde estão os heróis desta nação?
O que fazem? O que comem? Onde vivem?
Como podem acabar com a retrogradação?
Será que podem?
E onde entra o povo nessa situação?
Deve estar lutando pelos seus interesses individuais
Pelas ideias de gênero e pelas cotas raciais
Pensando que vão acabar com as desigualdades sociais.
65
Fotografia: Hieronimus do Vale
66
Como podemos aceitar? Pro povo de
novo?
Erick Danilo Vidal Oliveira Martins
Como podemos aceitar,
calados sem reclamar
O caos em que estamos
Até quando vamos aguentar?
O povo submisso e tanta falsa autoridade
A autoridade que o fez acreditar
Que um dia, sua realidade ia mudar
Mas que nunca foi realidade.
Como nós, o povo
Podemos aceitar?
O mesmo homem se candidatar
E nos enganar de novo?
Mas ele se candidata
Mesmo discurso retrata
E o povo volta a acreditar.
Até desencantar,
ao perceber que está longe
o dia de sua miséria acabar.
67
Sobre os autores e das classificações
Tânia Maria de Freitas Rossi
Possui doutorado em Psicologia pela Universidade de Brasília
- UnB (1998) e mestre em Educação pela Universidade
Estadual de Campinas - UNICAMP (1993). Experiencia na
área de Psicologia e Educação, investigando principalmente
os seguintes temas: desenvolvimento e aprendizagem desde
uma perspectiva histórico-cutural; constituição de conceitos e
processos de fossilização da aprendizagem; educação especial
com ênfase em deficiência intelectual, processos de
inclusão/exclusão social na Educação.
Edney Gomes Raminho
É doutoranda (2020) e mestre em Educação (2019) pela
Universidade Católica de Brasília - UCB, especialista em
língua portuguesa (2011), graduada em Letras (2007) pela
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC/MG.
Professora da rede pública de ensino do Distrito Federal.
Professora e assessora da Pró-Reitoria de Extensão do Centro
Universitário ICESP de Brasília.
Marta Mencarini Guimarães
Possui mestrado em Arte e Tecnologia (2010) e Bacharelado
em Artes Visuais (2008) todos pela Universidade de Brasília –
UnB. Licenciada em Artes Visuais pelo Centro Universitário
Claretiano – CUC (2018). Professora substituta no
departamento de Artes Visuais da Universidade de Brasília –
UnB (2019 – 2020). Professora e assessora da Pró-Reitoria de
Extensão do Centro Universitário ICESP de Brasília.
68
Terra retorno do Homem de Natalícia Pereira dos Santos,
acadêmica do 1º semestre do curso de Farmácia, no ano de
2017.
3º LUGAR no Primeiro Copoetice - A descoberta do eu na
Terra, de Daniela Cristina da Silva, acadêmica do 1º semestre
do curso de Medicina Veterinária no ano de 2017.
2º LUGAR do Primeiro Copoetice - Penetra e Crianças de
Breves de Tainá de Oliveira Silva Fretes, acadêmica do 1º
semestre do curso de Agronomia no ano de 2017.
Rosas do Sertão de Júlio Gonçalves, acadêmico do 1º
semestre do curso de Agronomia no ano de 2017.
1º LUGAR no Primeiro Copoetice - Insaciáveis homens da
Terra, de Maria de Nazaré Lisboa da Silva Vilarindo,
acadêmica do 1º semestre do curso de Administração no ano
de 2017.
O ciclo de Anderson Faria Lima Leonel, acadêmico do 1º
semestre do curso de Farmácia no ano de 2017.
O Homem da terra para a Terra de Fernanda Luzia Moreira
Magalhães, acadêmica do 9º semestre do curso de Pedagogia
no ano de 2017.
69
A visão de um homem da terra de Paula Raiane Antunes dos
Reis. Acadêmica do 6º semestre do curso de Agronomia no
ano de 2017.
O Homem da terra para a terra de Rossana Martins de
Almeida, acadêmica do 1º semestre do curso de Farmácia no
ano de 2017.
Pro povo de novo a luta e a incerteza de Nerci Conceição de
Oliveira, acadêmica do 1º semestre do curso de Biomedicina
no ano de 2018.
Pro povo de novo: sonho de cidadania de Joana Darc Romão
de Almeida, acadêmica do 1º semestre do curso de
Enfermagem no ano de 2018.
Pelo menos uma vez de Sara Bezerra Torres, acadêmica do 1°
semestre do curso de Biomedicina no ano de 2018.
Esperança pro povo de novo de Rodrigo Alves do Nascimento,
acadêmico do 1º semestre do curso de Farmácia no ano de
2018.
3º LUGAR no Segundo Copoetice - A insignificância do povo
de Davi Holanda Vieira, acadêmico do 5° semestre do curso
de Enfermagem no ano de 2018.
70
Progresso de Weriton Oliveira Cruz, acadêmico do 1° semestre
do Curso de Enfermagem no ano de 2018.
2º LUGAR do Segundo Copoetice - A poesia do Povo de Sara
Oliveira Santos Almeida, acadêmica do 5° semestre do curso
de Enfermagem no ano de 2018.
1° LUGAR do Segundo Copoetice - Surreal de Lorena Cristina
Farias Rodrigues, acadêmica do 5° semestre do curso de
Enfermagem no ano de 2018.
O ópio do povo de Rodrigo Silva Machado Maia Lima,
acadêmico do 3° semestre do Curso de Medicina Veterinária
no ano de 2018.
Onde vamos chegar? de Isabella Maria Gomes Rocha,
acadêmica do 3° semestre do Curso de Medicina Veterinária
no ano de 2018.
Como podemos aceitar? Pro povo de novo? de Erick Danilo
Vidal Oliveira Martins, acadêmico do 1° semestre do curso de
Biomedicina no ano de 2018.
71
Sobre os fotógrafos
Arlem Raminho é agricultor, membro de uma cooperativa
de pequenos produtores rurais da Cidade de Caratinga,
interior de Minas Gerais. Compõe esta publicação com a
fotografia da página 18.
Edney Raminho Gomes é Doutoranda e mestre em
Educação pela Universidade Católica de Brasília – UCB -,
especialista em Língua Portuguesa e graduada em Letras pela
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC Minas
-, professora da rede pública de ensino do Distrito Federal,
professora e assessora da Pró-Reitoria de Extensão do Centro
Universitário ICESP de Brasília. Compõe esta publicação com
a fotografia das páginas: 15, 20, 34 e 37.
Gilmar Gomes Ferreira é pós-graduado em Língua
Portuguesa pelo Centro Universitário de Caratinga –UNEC -,
Licenciado em Letras pelas Faculdades Integradas de
Caratinga – FIC -, professor de Língua Inglesa da Educação
Básica da rede municipal de ensino da cidade de Bom Jesus
do Galho, Minas Gerais. Compõe esta publicação com a
fotografia da página 29.
Hieronimus do Vale é artista plástico e diretor de arte.
Bacharel em Artes Visuais pela Universidade de Brasília –
UnB -. Experiência com desenvolvimento de tecnologias que
permitem a criação de projetos audiovisuais artísticos. Desde
2004 desenvolve projetos de vídeo arte com elementos
urbanos e sociais através de vídeos e fotos em obras que vão
desde vídeo projeções ao vivo, instalações multimídias, vídeos
72
cenários para peças de teatro, espetáculos de dança e eventos
em geral. Integrante do Grupo Mesa de Luz. Neste projeto
integra com Fotografia presentes nas páginas: 31, 33, 43, 45,
53, 59, 63 e 65.
Marcelo Paulino da Costa Gomes é bacharel em Ciências
Contábeis pela União Pioneira de Integração Social – UPIS -,
servidor administrativo do Exército Brasileiro. Autor da
fotografia da página 51.
Marta Mencarini é artista plástica, pesquisadora,
professora e mãe. Experiência na área de artes, transitando
pela história da arte, pintura, fotografia, colagem, videoarte,
performance, multimídia e cinema ao vivo. Integrante do
Coletivo Matriz e Grupo Mesa de Luz. Neste projeto, integra
com fotografias presentes nas páginas: 16, 23, 26, 42, 43, 49,
56 e 61.
Rosimar Gomes da Costa é dona de casa, agricultora e
membro de uma cooperativa de pequenos produtores rurais
da Cidade de Caratinga, interior do estado de Minas Gerais.
Integra com a fotografia na página18.
73
O Primeiro e o Segundo Copoetices - Concurso de Poesia do ICESP - imprimem o esforço da Pró-Reitoria de Extensão do Centro
Universitário ICESP de Brasília de comungar arte poética e vida acadêmica como uma ação imanente à vida. Cada poesia e sua unidade com uma fotografia materializam a coragem e a ousadia de
dar voz à arte de cada acadêmico e voluntário ao demonstrarem suas essências. Estes doaram a generosidade de seus olhares, para que
você, leitor, desenhe o seu cenário das experiências poéticas aqui tecidas. Por este conjunto representam-se aqui perspectivas de O
Homem da Terra para a Terra e Pro Povo de novo?! Deleite-se.
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