economia y sociedad
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UNIVERSIDADE PARANAENSE
MANTENEDORA Associao Paranaense de Ensino e Cultura APEC
REITOR
Carlos Eduardo Garcia
Vice-Reitora Executiva Neiva Pavan Machado Garcia
Vice-Reitor Chanceler Candido Garcia
Diretorias Executivas de Gesto Administrativa
Diretorias Executivas de Gesto Acadmica
Diretor Executivo de Gesto dos Assuntos Comunitrios Cssio Eugnio Garcia
Diretora Executiva de Gesto da Cultura e da Divulgao Institucional Cludia Elaine Garcia Custodio
Diretora Executiva de Gesto e Auditoria de Bens Materiais Permanentes e de Consumo Rosilamar de Paula Garcia
Diretor Executivo de Gesto dos Recursos Financeiros Rui de Souza Martins
Diretora Executiva de Gesto do Planejamento Acadmico Snia Regina da Costa Oliveira
Diretor Executivo de Gesto das Relaes Trabalhistas Jnio Tramontin Paganini
Diretor Executivo de Gesto dos Assuntos Jurdicos Lino Massayuki Ito
Diretora Executiva de Gesto do Ensino Superior Maria Regina Celi de Oliveira
Diretor Executivo de Gesto da Pesquisa e da Ps-Graduao Rgio Marcio Toesca Gimenes
Diretor Executivo de Gesto da Extenso Universitria Adriano Augusto Martins
Diretor Executivo de Gesto da Dinmica Universitria Jos de Oliveira Filho
Diretorias dos Institutos Superiores das Cincias Diretora do Instituto Superior de Cincias Exatas, Agrrias, Tecnolgicas e Geocincias Giani Andra Linde Colauto
Diretora do Ncleo dos Institutos Superiores de Cincias Humanas, Lingustica, Letras e Artes, Cincias Sociais Aplicadas e Educao Fernanda Garcia Velsquez
Diretora do Instituto Superior de Cincias Biolgicas, Mdicas e da Sade Irinia Paulina Baretta
Diretorias das Unidades Universitrias Diretor da Unidade de Umuarama Sede Nlvio Ourives dos Santos
Diretor da Unidade de Toledo Roberto Ferreira Niero
Diretora da Unidade de Guara Sandra Regina de Souza Takahashi
Diretora da Unidade de Paranava Edwirge Vieira Franco
Diretor da Unidade de Cianorte Jos Aparecido de Souza
Diretor da Unidade de Cascavel Gelson Luiz Uecker
Diretor da Unidade de Francisco Beltro Claudemir Jos de Souza
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SEMEAD SECRETARIA ESPECIAL MULTICAMPI DE EDUCAO
A DISTNCIA
Secretrio Executivo Carlos Eduardo Garcia
Coordenao Geral de EAD Ana Cristina de Oliveira Cirino Codato
Coordenador do Ncleo de Cursos Superiores nas reas de Educao, Lingustica, Letras e Artes e Cincias Humanas
Heiji Tanaka
Coordenador do Ncleo de Cursos Superiores da rea de Cincias Sociais Aplicadas
Evandro Mendes Aguiar
Ficha catalogrfica elaborada pela Biblioteca da UNIPAR Reviso de Normas Bibliogrficas Ins Gemelli Diagramao e Capa Sandro Luciano Pavan * Material de uso exclusivo da Universidade Paranaense UNIPAR com todos os direitos da edio a ela reservados.
U58e UNIPAR - Universidade Paranaense.
Economia e sociedade / Vicente Afonso Gasparini
( Org.). Umuarama : Unipar, 2014. 73 f.
ISBN: 978-85-87505-79-8
1. Economia. 2. Ensino a distncia - EAD. I. Universidade
Paranaense. II. Ttulo.
(21 ed.) CDD: 330
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SUMRIO
ECONOMIA E SOCIEDADE
Apresentao ....................................................................................................................... 5
Introduo ............................................................................................................................ 9
UNIDADE I: INTRODUO ECONOMIA ................................................... 13
Objetivos da unidade ...................................................................................................... 13
Contextualizao da unidade ...................................................................................... 13
O que economia? ........................................................................................................... 14
Reviso histrica da economia ................................................................................... 18
So Toms de Aquino ..................................................................................................... 19
Revoluo industrial e o sculo XVIII ...................................................................... 19
Adam Smith ......................................................................................................................... 20
Karl Marx ............................................................................................................................. 23
John Maynard Keynes ..................................................................................................... 24
Pr-requisitos para compreenso da unidade ..................................................... 27
Atividades da unidade I ................................................................................................. 28
Materiais bibliogrficos e livros complementares ............................................. 29
UNIDADE II: INTRODUO ECONOMIA ................................................. 30
Objetivos da unidade ...................................................................................................... 31
Anlise microeconmica ............................................................................................... 34
Estrutura de mercado ..................................................................................................... 37
Elasticidade ......................................................................................................................... 39
Atividades da unidade II ................................................................................................ 41
Materiais bibliogrficos e livros complementares ............................................. 42
UNIDADE III: CONCEITOS DE MACROECONOMIA ........................... 445
Objetivos da unidade ...................................................................................................... 45
Contextualizao da unidade ...................................................................................... 45
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Atividades da unidade III .............................................................................................. 58
UNIDADE IV: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONMICO ................................................................................................................ 601
Os grandes desafios do mundo econmico ........................................................... 70
Atividades da unidade IV .............................................................................................. 72
Referncias .......................................................................................................................... 73
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Apresentao
Diante dos novos desafios trazidos pelo mundo contemporneo e o surgimento de
um novo paradigma educacional frente s Tecnologias de Informao e
Comunicao disponveis que favorecem a construo do conhecimento, a revoluo
educacional est entre os mais pungentes, levando as universidades a assumirem a
sua misso como instituio formadora, com competncia e comprometimento,
optando por uma gesto mais aberta e flexvel, democratizando o conhecimento
cientfico e tecnolgico, atravs da Educao a Distncia.
Sendo assim, a Universidade Paranaense UNIPAR - atenta a este novo cenrio
e buscando formar profissionais cada vez mais preparados, autnomos, criativos,
responsveis, crticos e comprometidos com a formao de uma sociedade mais
democrtica, vem oferecer-lhe o Ensino a Distncia, como uma opo dinmica e
acessvel estimulando o processo de autoaprendizagem.
Como parte deste processo e dos recursos didtico-pedaggicos do programa da
Educao a Distncia oferecida por esta universidade, este Guia Didtico tem
como objetivo oferecer a voc, acadmico(a), meios para que, atravs do
autoestudo, possa construir o conhecimento e, ao mesmo tempo, refletir sobre a
importncia dele em sua formao profissional.
Seja bem-vindo(a) ao Programa de Educao a Distncia da UNIPAR.
Carlos Eduardo Garcia
Reitor
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Seja bem-vindo caro(a) acadmico(a),
Os cursos e/ou programas da UNIPAR, ofertados na modalidade de educao a
distncia, so compostos de atividades de autoestudo, atividades de tutoria e
atividades presenciais obrigatrias, os quais individualmente e no conjunto so
planejados e organizados de forma a garantir a interatividade e o alcance dos
objetivos pedaggicos estabelecidos em seus respectivos projetos.
As atividades de autoestudo, de carter individual, compreendem o cumprimento
das atividades propostas pelo professor e pelo tutor mediador, a partir de mtodos
e prticas de ensino-aprendizagem que incorporem a mediao de recursos
didticos organizados em diferentes suportes de informao e comunicao.
As atividades de tutoria, tambm de carter individual, compreendem atividades
de comunicao pessoal entre voc e o tutor mediador, que est apto a:
esclarecer as dvidas que, no decorrer deste estudo, venham a surgir; trocar
informaes sobre assuntos concernentes disciplina; auxili-lo na execuo das
atividades propostas no material didtico, conforme calendrio estabelecido,
enfim, acompanh-lo e orient-lo no que for necessrio.
As atividades presenciais, de mbito coletivo para toda a turma, destinam-se
obrigatoriamente realizao das avaliaes oficiais e outras atividades,
conforme dispuser o plano de ensino da disciplina.
Neste contexto, este Guia Didtico foi produzido a partir do esforo coletivo de
uma equipe de profissionais multidisciplinares totalmente integrados que se
preocupa com a construo do seu conhecimento, independente da distncia
geogrfica que voc se encontra.
O Programa de Educao a Distncia adotado pela UNIPAR prioriza a interatividade,
e respeita a sua autonomia, assegurando que o conhecimento ora disponibilizado
seja construdo e apropriado de forma que, progressivamente, novos
comportamentos, novas atitudes e novos valores sejam desenvolvidos por voc.
-
A interatividade ser vivenciada principalmente no ambiente virtual de aprendizagem
AVA, nele sero disponibilizados os materiais de autoestudo e as atividades de
tutoria que possibilitaro o desenvolvimento de competncias necessrias para que
voc se aproprie do conhecimento.
Recomendo que durante a realizao de seu curso, voc explore os textos
sugeridos e as indicaes de leituras, resolva s atividades propostas e participe
dos fruns de discusso, considerando que estas atividades so fundamentais
para o sucesso da sua aprendizagem.
Bons estudos!
e-@braos.
Ana Cristina de Oliveira Cirino Codato
Coordenadora Geral da EAD
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Caro(a) acadmico(a),
Este Guia Didtico composto de informaes e exerccios de anlise,
interpretao e compreenso dos contedos programticos da disciplina de
Economia e Sociedade do Curso de Graduao em que voc se encontra
matriculado.
O Guia Didtico foi elaborado por um Professor Conteudista, embasado no plano
de ensino da disciplina, conforme os critrios estabelecidos no Projeto
Pedaggico do Curso. Abaixo, apresentamos, resumidamente, o currculo do
Professor Conteudista responsvel pela elaborao deste material:
Disciplina: Economia e Sociedade
Autor: Vicente Afonso Gasparini
Mestre em Engenharia da Produo, pela Universidade Federal de Santa
Catarina (2000); Especialista em Administrao da Qualidade e Produtividades
pela Universidade Paranaense UNIPAR (1997); Graduado em Economia pela
Universidade Paranaense UNIPAR (1990); atualmente professor da
Universidade Paranaense UNIPAR, Campus Umuarama; Coordenador do
Curso de Especializao - MBA em Gesto Empresarial. Tem experincia na rea
de gesto pblica.
Alm do professor conteudista, existe uma equipe de professores e tutores
mediadores devidamente preparados para acompanh-lo e auxili-lo, de forma
colaborativa, na construo de seu conhecimento.
Bons momentos de estudos!
e-@braos.
Evandro Mendes Aguiar
Coordenador do Ncleo de Cursos Superiores da rea de
Cincias Sociais Aplicadas
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INTRODUO
A economia tem relao direta com o comportamento humano, o comportamento
dos sistemas econmicos e as relaes polticas de um estado. Nesta
circunstncia estuda-se a construo da riqueza e a letargia de algumas regies
pelo mundo que no conseguem construir o bem estar de sua sociedade e, s
vezes, no atendem as necessidades bsicas, como a alimentao.
A natureza contribui para que o homem atravs do uso da cincia e da tecnologia
busque a transformao de recursos naturais, s vezes escassos, s vezes
abundantes, em produtos abacados ou produtos finais, para ser entregue em um
mercado para o devido consumo, com base em uma troca na mais elementar
forma, que a utilizao da moeda.
Nesse contexto nasce a complexa relao entre os homens, seus produtos e
mercados, onde aparecem os produtores, os consumidores e os mediadores,
formados pelo sistema monetrio e as autoridades constitudas, que surgem
como facilitadores do entendimento do sistema e sua complexidade.
O estudo da economia e sua expanso baseiam-se nos fundamentos tericos,
que de certa forma pode parecer algo distante, mas que deve ser considerado
como uma necessidade para a melhoria das condies sociais e atendimento s
necessidades humanas, de bens de consumo e bens de servios. Portanto,
estudar economia deve ser visto como uma forma para aperfeioar os meios de
produo, seja agrcola, industrial ou prestao de servios em modelos
inteligentes, utilizando tcnicas avanadas e aprimoramentos intelectuais.
Vale a pena analisar as sociedades que ao longo do tempo prosperaram seu
meio, melhorando a qualidade de vida em vrios sentidos, utilizando modelos de
relaes econmicas, seja produo, distribuio ou comercializao. Pode-se
citar o Japo que, aps a derrota na segunda guerra mundial, voltou-se para si e
reiniciou um novo tempo, criando tcnicas de produo industrial e
desenvolvendo modelos simples, com o envolvimento de empresas, empregados
e sociedade, em busca de alcanar um lugar ao sol em termos de relaes
econmicas como os demais pases do mundo. Tcnicas simples como a
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ferramenta da qualidade 5Ss, Just in time, Kanban, kaizen, utilizadas no mundo
inteiro, inclusive pelas grandes montadoras de automveis distribudas por todos
os cantos do mundo.
Tem ainda na teoria o papel de desenvolver modelos macroeconmicos, com vistas
s relaes entre os pases, pois existe todo um contexto logstico de trocas de
produtos, reteno e liberao da moeda, e mltiplas circunstncias que envolvem o
comportamento social e poltico de um agrupamento de pessoas. Vale uma reflexo
sobre as diferenas entre os valores da moeda de um pas em relao a outro, ou de
forma simples, analisar o valor da moeda dlar americano em relao as demais
moedas do mundo e descobrir que no obra do acaso, mas sim, atitude inteligente
e pensada, com base em fundamentos econmicos, sociais e polticos.
Modelos econmicos no significam que tudo funciona em todos os lugares, pois
nessa equao precisam ser considerados outros fatores relacionados ao
comportamento social, ao ambiente, cultura formada ou adquirida, considerando
qualidade e quantidade de recursos naturais como terra, gua e minrios. Tudo
isso, agregado capacidade empresarial e gerencial de uma regio, definir
efetivamente o qu e como ser a economia de uma regio.
Fatores como a prtica e o trabalho tambm so condicionantes a serem avaliados
dentro dos modelos econmicos, pois a forma organizada de uma sociedade
proporcionar o resultado necessrio em termos de produo e gerao de
empregos. Assim, pode-se dizer que o trabalho, o emprego das melhores prticas e
o emprego das melhores tecnologias so condies que podem ser estudadas e
utilizadas de forma premeditada para a conquista dos melhores resultados, em
termos de produo de bens e servios e criao da riqueza material da sociedade.
Isso fortalece a ideia de que o estudo econmico e sua prtica podem conduzir a
uma vida melhor em termos de produo e consumo de bens e servios.
Assim, podemos olhar a economia e sua abrangncia, seja ela interna em nvel
de pas, a funcionalidade, a organizao geral de empresas, organizaes e
indivduos, ou ainda a nvel internacional, considerando as relaes com a
multiplicidade de pases e suas formas de produzir e comercializar. Para melhor
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ilustrar essas ideias, abaixo enumeramos algumas questes que podem contribuir
para a construo do pensamento econmico:
A nvel nacional:
Atendimento das necessidades bsicas da populao;
Desafios da gerao de empregos;
A manuteno de pleno emprego dos meios de produo;
Indstria competitiva;
Formao tcnica para a competitividade;
Valorizao da moeda nacional;
Controle de processos monetrios de riscos, como a inflao;
Comportamento do mercado interno do pas;
Agregao de valores nos meios econmicos de produo;
Possibilidade de consumir bens e servios por meio da populao;
Crescimento da economia de forma geral.
A nvel internacional:
A globalizao de mercados;
A formao de blocos econmicos;
Confrontos ideolgicos entre naes;
A proliferao de marcas e empresas multinacionais;
Proteo de mercados internos;
As diferenas econmicas gritantes entre as naes;
As crises internacionais generalizadas;
Catstrofes e crises ambientais;
Monopolizao de mercados e tecnologias;
As relaes entre importaes e exportaes.
Vale lembrar que se trata apenas de algumas circunstncias relevantes para o
desenvolvimento e crescimento econmico, que outros fatores podem e devem
ser considerados para uma anlise mais abrangente da economia. Lembrar que a
economia trata-se da cincia do comportamento, incluindo a cultura vigente do
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pas, os indivduos, os governantes, pois se trata de relaes ou um processo de
trocas, envolvendo toda uma complexidade.
Neste contexto, o estudo da economia leva em considerao a vida em sociedade
tratando-se de relaes materiais que podem explicar e apontar os motivos que
levam os homens a atitudes extremas, criando consequncias que afetam
inclusive outros agrupamentos sociais.
Vale lembrar que muitas guerras entre naes so motivadas por interesses
econmicos. A formao de blocos entre pases j leva o nome de blocos
econmicos. Portanto, em nome da economia e das relaes econmicas muito
se joga no meio social e nas relaes locais e internacionais.
Enfim, o estudo da economia pode ajudar apontar a causa da degradao de
parte da humanidade constituda pela parcela pobre, como tambm apontar
fatores e motivaes que contriburam e contribuem para a construo da riqueza.
Indicando ainda, quais aes, sejam elas por meio dos indivduos, empresas e
governos, podem contribuir ou no para a obteno do bem estar das sociedades.
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UNIDADE I: INTRODUA O A ECONOMIA
OBJETIVOS DA UNIDADE
Os objetivos a serem alcanados na unidade so:
Conceituar economia e estabelecer relaes entre os sistemas econmicos;
Compreender os fundamentos econmicos, bem como a sua evoluo;
Identificar possibilidades e alternativas de modelos para o desenvolvimento socioeconmico.
CONTEXTUALIZAO DA UNIDADE
Estudar economia buscar compreender as diferenas entre sociedades e agentes
econmicos, bem como identificar alternativas que melhor se adaptam sociedade,
levando em considerao o ambiente, seja ele fsico, disponvel na natureza, de
comportamento e de formao cultural e as possibilidades climticas, ou seja,
compreender tanto as interaes entre as variveis que compem a construo da
riqueza, como tambm os meios de sobrevivncia para a humanidade.
Levando em considerao suas necessidades, bem como cada sociedade, cada
indivduo enxerga as formas da busca dos meios para sua sobrevivncia e consequente
criao dos excedentes para a garantia da sobrevivncia das geraes futuras.
Considerando as questes relacionadas, torna-se necessria uma viagem pelo
tempo econmico, para identificar no que as pocas, o pensamento, os autores e as
prticas econmicas contriburam para o bem estar da humanidade, bem como se a
mesma atendeu ou deixou de atender as suas necessidades, para buscar um
modelo ou forma que satisfaa as necessidades do presente e do futuro.
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Para tanto, torna-se necessria a formao da base terica com vistas
fundamentao econmica e suas variveis para sua aplicao na busca dos
melhores desempenhos econmicos diante dos desafios e necessidades humanas.
O QUE ECONOMIA?
Mas o que economia? Quais os princpios e leis que a regeu? Em que ela se
fundamenta? De acordo com Vasconcelos (2005), a palavra economia deriva do
grego Oikonoma (de ikos, casa, nmos, lei), que significa a administrao de uma
casa, ou do estado, e pode ser assim definida.
Economia a cincia social que estuda como o indivduo e a sociedade decidem
empregar recursos produtivos escassos na produo de bens e servios, de modo a
distribu-los entre as vrias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as
necessidades humanas.
Essa definio contm vrios conceitos importantes, que so a base e o objeto do
estudo da Cincia Econmica:
Escolha;
Escassez;
Necessidade;
Recursos;
Produo;
Distribuio.
Em qualquer sociedade, os recursos produtivos ou fatores de produo (mo-de-
obra, terra, matrias-primas, dentre outros) so limitados. Por outro lado, as
necessidades humanas so ilimitadas e sempre se renovam, por fora do prprio
crescimento populacional e do contnuo desejo de elevao do padro de vida.
Independentemente do grau de desenvolvimento do pas, nenhum deles dispe de
todos os recursos necessrios para satisfazer todas as necessidades da
coletividade.
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Tem-se, ento, um problema de escassez: recursos limitados contrapondo-se s
necessidades humanas ilimitadas.
Em funo da escassez de recursos, toda sociedade tem de escolher entre
alternativas de produo e de distribuio dos resultados da atividade produtiva
entre os vrios grupos da sociedade. Essa a questo central do estudo da
Economia: como alocar recursos produtivos limitados para satisfazer todas as
necessidades da populao.
Evidentemente, se os recursos no fossem limitados, ou seja, se no existisse
escassez, no seria necessrio estudar questes como inflao, desemprego,
crescimento, dficit pblico, vulnerabilidade externa e outras. Mas a realidade no
assim, e a sociedade tem de tomar decises sobre a melhor utilizao de seus
recursos, de forma a atender ao mximo as necessidades humanas.
Rossetti (2000) cita que a economia um estudo da Humanidade nas atividades
correntes da vida; examina a ao individual e social em seus aspectos mais
estreitamente ligados obteno e ao uso das condies materiais do bem-estar.
Assim, de um lado, um estudo da riqueza; e, de outro, e mais importante, uma
parte do estudo do homem. O carter do homem tem sido moldado por seu trabalho
quotidiano e pelos recursos materiais que emprega, mais do que por outra influncia
qualquer, parte, a dos ideais religiosos. Os dois grandes fatores na histria do
mundo tm sido o religioso e o econmico.
Aqui e ali, o ardor do esprito militar ou artstico predominou por algum tempo; mas
as influncias religiosas e econmicas nunca foram deslocadas do primeiro plano,
mesmo passageiramente, e quase sempre foram mais importantes do que as outras
todas juntas.
Vista desta forma, a economia um estudo dos homens tal como vivem, agem e
pensam nos assuntos comuns da vida, mas diz respeito, principalmente, aos
motivos que afetam, de modo intenso e constante, a conduo do homem no campo
das transaes mercantis e dos negcios. E, como as transaes e seus benefcios
so mensurveis, a economia conseguiu avanar mais que os outros ramos do
estudo do homem; assim, como a balana de preciso do qumico torna sua
-
disciplina mais exata que outras cincias fsicas, a balana do economista, apesar
de mais grosseira e imperfeita, deu economia uma exatido maior do que a de
qualquer outro ramo das cincias sociais.
Naturalmente, em termos comparativos, a economia no tem a mesma preciso das
cincias fsicas exatas, pois ela se relaciona com as foras sutis e sempre mutveis
da natureza humana.
essencial notar que o economista no se arroga possibilidade de medir os motivos
e as inclinaes humanas. Ele s o faz indiretamente, atravs de seus efeitos.
Avalia as motivaes da ao por seus resultados, do mesmo modo como o faz o
cidado comum, diferindo dele somente pelas maiores precaues que torna em
esclarecer os limites de seu conhecimento. Alcana suas concluses provisrias
pela observao da conduta humana sob certas condies, sem tentar penetrar
questes de ordem transcendental.
Na utilizao do conhecimento, considera os incentivos e os fins ltimos que
levaram busca de determinadas satisfaes. As medidas econmicas dessas
satisfaes so o ponto de partida da economia.
Passemos, agora, a outro ponto. Quando dizemos que um resultado ou efeito
medido pela ao que o causou, no estamos admitindo que toda ao humana
deliberada seja resultado de um clculo econmico. As pessoas no ponderam
previamente os resultados econmicos de cada uma de suas aes, nem todas as
aes humanas so objeto de clculo econmico; mas o lado da vida de que a
economia se ocupa especialmente aquele em que ocorre, com mais frequncia,
calcular os custos e os benefcios de determinada ao ou de um empreendimento
antes de execut-lo, e em que possvel calcular seus resultados e efeitos.
Aqui devemos ter presente que os motivos das aes humanas no residem,
necessariamente, apenas em benefcios materiais, economicamente mensurveis.
Envolvidos pelas foras da concorrncia, muitos homens de negcios, por vezes,
so estimulados mais pela expectativa de vencer seus rivais do que propriamente
por acrescentar mais a sua prpria riqueza. Por outro lado, o desejo de obter a
aprovao ou de evitar a censura de seus pares no meio social em que vivem,
-
podem tambm levar comumente a aes e decises de significativos efeitos
econmicos.
Podemos melhor ilustrar essas ideias enumerando algumas das principais questes
estudadas pela economia, quais sejam:
Quais as causas que afetam o consumo e a produo, a distribuio e a troca de riquezas; a organizao da indstria e do comrcio; o comrcio exterior; as relaes entre empregados e empregadores? Como estas questes so influenciadas umas pelas outras?
Qual o alcance e a influncia da liberdade econmica? Qual sua importncia, efeitos imediatos e mais remotos? At que ponto os inconvenientes da liberdade econmica, para os que dela no se beneficiam, justificam modificaes em instituies como a propriedade e a livre empresa? Em que medida poderamos fazer essas modificaes sem enfraquecer a energia dos que promovem o progresso?
Como deve ser distribuda a incidncia de impostos entre as diferentes classes da sociedade? Quais os empreendimentos de que a sociedade, por ela mesma, deve encarregar-se e quais os que se faro por intermdio do governo? Em que medida o governo deve regulamentar a forma como os homens de empresa dirigem seus negcios?
Sob que aspectos diferem os deveres de uma nao em relao outra, em matria econmica, dos que tm entre si os cidados de uma mesma nao?
Assim considerada, a economia o estudo das condies materiais da vida em
sociedade e dos motivos que levam os homens a aes que tm consequncias
econmicas. So seus objetos os estudos da pobreza, enquanto estudo das causas
da degradao de uma grande parte da humanidade; das condies, motivaes e
razes da riqueza; as aes individuais e sociais ligadas obteno do bem-estar.
(MARSHALL, 1961).
Portanto, para o seu entendimento sobre a conceituao da economia e obter
informaes primrias sobre a economia e a razo de seus estudos, faz-se
necessrio que voc leia e entenda o captulo 1, Introduo Economia, pginas 1 a
14, do livro Fundamentos de Economia, de autores Marco S. Vasconcelos e Manuel
E. Garcia. Na leitura sugerida, encontra-se apenas uma breve introduo; porm,
algumas questes devem comear a ser respondidas, como:
-
Qual o conceito de economia?
Quais os fundamentos dos problemas econmicos? Com o que e onde a economia se relaciona?
Como pensar em um sistema econmico?
Como dividir o estudo da economia?
REVISO HISTRICA DA ECONOMIA
Antes de seguir em frente, vale a pena uma breve reviso na conceituao histrica
da economia, como ela vem sendo estruturada e os modelos seguidos pela
sociedade, bem como as adaptaes realizadas.
Dessa forma, vamos repensar um pouco da histria econmica; porm, antes de
escrever sobre a histria econmica, vale a lembrana que a economia, como
qualquer forma de organizao social, tem alguma relao com um ponto primitivo;
neste caso, citamos o escambo para ento seguirmos.
Escambo - conforme o Novssimo Dicionrio de Economia de Paulo Sandroni
(2002), significa troca de bens e servios sem a intermediao do dinheiro. o
estgio mais primitivo nas relaes de troca e caracteriza as sociedades de
economia natural. Nas sociedades modernas, o escambo pode ressurgir em
momentos de elevada taxa inflacionria, em que os consumidores perdem a
confiana no papel moeda. Isso ocorreu na Alemanha depois da Segunda Guerra
Mundial, quando o marco hiperdesvalorizado foi substitudo nas relaes de troca
mais simples pelo caf e pelo cigarro. O escambo pode ocorrer tambm entre dois
pases, quando suas trocas se realizam base de mercadoria por mercadoria.
Logo aps a descoberta do Brasil, o escambo foi intensamente empregado nas
relaes entre europeus e indgenas, para o carregamento de pau-brasil. Os ndios
cortavam a madeira e a deixavam na praia para ser colocada nos navios e recebiam
em troca facas, espelhos e bugigangas de fabricao europeia.
-
A conceituao do escambo tem por objetivo levar o aluno a pensar que o sistema
econmico, dentro da sua evoluo, ajuda as sociedades nas suas relaes de
troca, e a se organizarem a tal ponto, que a eficincia dos negcios atendam s
suas necessidades, bem como organiza as demandas futuras.
Com esta breve conceituao, passamos para a evoluo histrica da economia, ou
seja, um breve relato a partir do sculo XIII, com o pensador So Toms de Aquino.
SO TOMS DE AQUINO
Toms de Aquino (1225-1274) - considerado e conhecido como Santo, escreveu a
obra Suma Teolgica, com ideias sobre problemas econmicos sociais e polticos.
Concorda com a propriedade privada, porm, defende o pensamento do bem
comum. Em sua obra, trata tambm do comrcio e da cobrana de juros,
escrevendo sobre a moralidade, limitando-se ao justo preo e condena o
enriquecimento atravs dos mecanismos acima.
Para se saber mais sobre economia, religio e mercado, So Toms de Aquino, a
influncia teolgica na construo do pensamento econmico, sugere-se a leitura do
captulo I - Cincia Econmica e a economia de mercado, do livro A Era do
Economista - Fusfeld - Daniel R. 2001.
Aps este relato do sculo XIII, vamos direto ao sculo XVIII, o qual considerado o
perodo das revolues, mais especificamente a francesa, a intelectual, o iluminismo
e, a que mais tem relao com a economia, a revoluo industrial, pois, ao final do
sculo acontecia um conjunto de transformaes tecnolgicas, nascia o sistema
manufatura com trabalho assalariado, ou seja, a partir da comeou-se a pensar nos
processos produtivos com inovaes tecnolgicas.
REVOLUO INDUSTRIAL E O SCULO XVIII
Neste ponto, o aluno deve pensar que, apesar do avano com a revoluo industrial,
consequncias surgem, pois na natureza tem a mxima de causa, efeito.
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Portanto, vale uma reflexo sobre como est organizada hoje as cidades,
principalmente as regies metropolitanas, as condies sociais dos trabalhadores e
das questes do meio ambiente, que, durante o sculo XX sofrem profunda
transformao em funo da acelerao do consumo, o uso de energia e a
multiplicao de aparelhos e suas vrias opes.
O final do sculo XVIII rico em desenvolvimento de tcnicas e vale destacar a
criao de James Watt (1736-1819), a Mquina a Vapor de movimentos
circulatrios. Seu nome foi dado unidade de potncia de energia WATT.
A partir do final do sculo XVIII, com as descobertas, a estruturao das formas de
pensamento e as novas formas de organizao social, a economia ganha um novo
rumo, e o pensador sugerido Adam Smith.
ADAM SMITH
Adam Smith - (1723 - 1790), escocs, filsofo e professor universitrio.
Suas Obras: Teoria dos Sentimentos Morais (1759); A Riqueza das Naes:
investigao sobre sua natureza e suas causas (1776), obra escrita bem prxima do
perodo da revoluo industrial. Essa obra exalta o individualismo, considerando que
os interesses, livremente desenvolvidos, sejam guiados por uma mo invisvel.
Considerado o pai da economia moderna, desenvolve a ideia da riqueza das naes
em um perodo do auge da Revoluo Industrial (1776), ou o progresso de diversos
elementos de produo, uso de mquinas, controle da energia, extrao mineral. A
escola de Adam Smith deixa a herana do Laissez-Faire, Laissez-Passer, Deixa
fazer, Deixa passar, uma espcie de proclamao liberdade mercadolgica.
Conforme Daniel R. Fusfeld (2001), Adam Smith foi o mais importante economista
liberal. O grande terico do liberalismo econmico e da poltica do laissez-faire
considerado, hoje, o fundador da Cincia Econmica Moderna. Curiosamente,
enquanto vivo, foi mais conhecido por seus estudos de Filosofia do que de
Economia, exercendo pouca influncia na poltica econmica da poca. As
-
sementes de Cincia Econmica que ele plantou em vida s seriam colhidas bem
mais tarde.
Em 1751, foi lecionar na Universidade de Edimburgo e, no ano seguinte, tornou-se
professor de Lgica em Glasgow, quando, repentinamente, uma oportunidade
apareceu. A sorte parecia acompanhar o jovem professor, pois, no ano seguinte,
tornou-se disponvel uma vaga para a cadeira de Filosofia Moral - a disciplina
preferida de Smith - e ele foi nomeado para o cargo. Ensinava tica, tendo seu livro,
Teoria dos Sentimentos Morais, sido publicado em 1759.
Para o leitor moderno, a obra parece um pouco ultrapassada, mas interessante. A
ideia fundamental que os sistemas ticos desenvolvem-se por meio de um
processo natural a partir de relaes pessoais individuais - uma viso que reflete o
interesse do sculo XVIII pelas leis naturais. O indivduo decide se certas aes so
corretas ou incorretas pela observao das reaes dos outros a seu
comportamento.
Um consenso social desenvolve-se, ento, consolidando os padres de
comportamento que beneficiam tanto a sociedade quanto o indivduo.
Este processo equivale a uma teoria anterior a da ao humana orientada em
direo ao prximo. O livro teve sucesso imediato e foi bem aceito pela intelligentsia
da poca. A reputao de Smith aumentou e estudantes de toda a Europa vinham
ter aulas com ele. Comeou, ento, a escrever um livro sobre Economia e a dar
aulas sobre Polcia, Justia, Rendimentos e Armas.
Marco Antnio S. Vasconcelos e Manuel E. Garcia (2005) escrevem, que Adam
Smith foi considerado precursor da moderna teoria econmica, colocada como um
conjunto cientfico sistematizado, com um corpo terico prprio. Smith j era
renomado professor quando publicou sua obra, A Riqueza das Naes, em 1776.
O livro um tratado muito abrangente sobre questes econmicas que vo desde as
leis do mercado e aspectos monetrios at a distribuio do rendimento da terra,
concluindo com um conjunto de recomendaes polticas.
Em sua viso harmnica do mundo real, Smith acreditava que se deixasse atuar a
livre concorrncia, uma mo invisvel levaria a sociedade perfeio. Adam Smith
-
advogava a ideia de que todos os agentes em sua busca de lucrar o mximo
acabavam promovendo o bem-estar de toda a comunidade. como se uma mo
invisvel orientasse todas as decises da economia, sem necessidade da atuao do
Estado. A defesa do mercado como regulador das decises econmicas de uma
nao traria muitos benefcios para a coletividade, independentemente da ao do
Estado. o princpio do liberalismo.
Seus argumentos baseavam-se na livre iniciativa, no laissez-faire. Considerava-se que
a causa da riqueza das naes era o trabalho humano (a chamada teoria do valor-
trabalho) e que um dos fatores decisivos para aumentar a produo era a diviso de
trabalho, isto , os trabalhadores deveriam especializar-se em algumas tarefas.
A aplicao desse princpio promoveu um aumento da destreza pessoal, economia
de tempo e condies favorveis para o aperfeioamento e invento de novas
mquinas e tcnicas.
A ideia de Smith era clara. A produtividade decorre da diviso de trabalho, e esta,
por sua vez, decorre da tendncia inata da troca, que, finalmente, estimulada pela
ampliao dos mercados. Assim, necessrio ampliar os mercados e as iniciativas
privadas para que a produtividade e a riqueza sejam incrementadas.
Para Adam Smith, o papel do Estado na economia deveria corresponder apenas
proteo da sociedade contra eventuais ataques e criao e manuteno de
obras e instituies necessrias, mas no interveno nas leis de mercado e,
consequentemente, na prtica econmica.
O conjunto de obras de Adam Smith leva criao da escola clssica, com
pensamentos a partir da obra A Riqueza das Naes. A escola foi fundada tambm
por David Ricardo e se desenvolveu nos escritos Thomas Robert Malthus (1766-
1834) e John Stuart Mill (1773-1836). Para saber mais sobre a escola clssica,
Ricardo, Malthus e Stuart Mill, recomenda-se consultar o Novssimo Dicionrio de
Economia Paulo Sandroni.
Aps analisarmos as obras do sculo XVIII, a revoluo industrial, e o pensamento
do mercado livre, avanaremos para o sculo XIX. O pensador sugerido para nosso
estudo passa a ser Karl Marx e as doutrinas do socialismo.
-
KARL MARX
Karl Marx (1818 - 1883), filsofo e economista alemo, o mais eminente terico do
comunismo. Publicou violenta crtica ao capitalismo, e sua obra prima, sem dvida, O
Capital. Desenvolveu o conceito mais valia, uma crtica explorao do trabalho,
relacionando as formas de pagamento ao trabalhador com o trabalho realizado.
Marx considerado o fundador da escola do pensamento econmico.
Conforme o Novssimo Dicionrio de Economia, Paulo Sandroni, a Escola Marxista
foi uma escola de pensamento econmico fundada por Karl Marx e Friedrich Engels
e que consiste num conjunto de teorias econmicas (a mais-valia), filosficas (o
materialismo dialtico), sociolgicas (o materialismo histrico) e polticas,
desenvolvidas a partir da filosofia de Hengel, o materialismo filosfico francs do
sculo XVIII e Economia Poltica Inglesa do incio do sculo XIX.
A sntese dessas formulaes foi apresentada em O Capital (1867) em que, a partir
da teoria do valor-trabalho da Escola Clssica inglesa, Marx desenvolveu o conceito
de mais-valia como trabalho excedente, no pago, fonte do lucro, do juro e da renda
da terra.
A partir da teoria da mais-valia, Marx analisa o processo de acumulao de capital no
sistema capitalista, mostrando haver uma correlao entre a crescente acumulao e
concentrao de capital e a pauperizao do proletariado e a proletarizao da classe
mdia, que causariam a ecloso das contradies bsicas do sistema.
Com o advento da escola de Marx e seus pensamentos, surge o socialismo
moderno, ou seja, uma resposta era industrial e crtica nova ordem idealizadora
pelos economistas clssicos.
Fusela - Daniel R., 2001, comenta o socialismo e a conjuntura da poca. Os
acontecimentos econmicos e polticos do perodo de meio sculo, compreendido
entre 1775 e 1825, compem o pano de fundo para a compreenso do surgimento
do socialismo moderno.
A Revoluo Industrial foi de suma importncia, pois proporcionou uma elevao
considervel no padro de vida e nas oportunidades de enriquecimento das novas
-
classes mdias. Estava claro que as razes para a ocorrncia de crescimento
econmico eram a industrializao, o investimento em capital e o aumento de
produtividade, e que toda expanso de oportunidades de mercado multiplicava ainda
mais as possibilidades de avano.
Para os socialistas, no entanto, o industrialismo tinha outra face. Os operrios
recebiam baixos salrios e, embora a remunerao nas fbricas fosse alta o
suficiente para atrair trabalhadores do campo, o desemprego nas reas rurais fazia
com que eles aceitassem salrios muito baixos.
As jornadas de trabalho eram longas, uma quantidade considervel de mulheres e
crianas era empregada em ocupaes difceis e perigosas, a disciplina da fbrica
frequentemente era severa e rigorosa, e, em alguns locais, lojas pertencentes
prpria fbrica beneficiavam-se de direitos exclusivos de venda aos empregados.
Essas deficincias mostravam-se mais evidentes na primeira metade do sculo XIX,
na Inglaterra, onde a Revoluo Industrial tivera incio.
Aps analisarmos obras do sculo XIX, marxismo, socialismo e comunismo,
avanaremos para o sculo XX, e o pensador sugerido John Maynard Keynes e a
Teoria Geral do Emprego do Juro e da Moeda.
JOHN MAYNARD KEYNES
John Maynard Keynes (1883 - 1946), o mais celebre economista da primeira metade do
sculo XX, publicou a obra denominada a Teoria Geral do Emprego, Juro e Moeda.
A ideia predominante era o liberalismo e a no participao do governo na economia. O
estado cria condies do desenvolvimento, com controle macroeconmico e realizando
as tarefas de infraestruturas.
Em sua obra, d-se incio moderna macroeconomia, que busca diagnosticar e
evitar as flutuaes nos preos, produtos e emprego.
-
Na obra, Keynes agrupou inovaes:
a) A Natureza do Equilbrio;
b) O Horizonte de Anlise;
c) A Eficincia do Mecanismo de Mercado;
d) O Papel do Economista;
e) As Funes do Governo;
f) O Processo Dinmico de Ajuste de Quantidades e Preos.
Na obra publica algumas questes relacionadas presena da moeda na economia;
porm, enquanto alguns economistas estavam hipnotizados pela noo de que a
moeda era apenas um vu sobre os fenmenos reais, outros encaravam
fatidicamente a depresso como um castigo cclico que pune empresas e
consumidores, pelos seus erros passados de especulao excessiva e erros na
tomada de deciso.
Ambas as interpretaes impediam que a verdade fosse enxergada. Os primeiros
viam a poltica monetria com efeitos nulos nas variveis reais; os segundos, com a
ateno voltada para explicaes microeconmicas, no percebiam o carter
macroeconmico da questo. Consequentemente, a confuso reinante e a aparente
irrelevncia da Teoria Clssica favoreceram a disseminao das novas ideias
propostas na Teoria Geral.
Keynes abalou a f cega no mecanismo de mercado como garantia do pleno
emprego. Na Teoria Clssica, o mecanismo de preos de mercado tem duplo papel
num sistema de decises descentralizadas: primeiro, os preos de mercado
resumem toda a informao necessria para a coordenao das atividades
econmicas; segundo, os preos fornecem os incentivos suficientes para gerar os
ajustes necessrios nas quantidades.
O equilbrio no oramento fiscal to recomendado pelos economistas clssicos seria
outro elemento a agravar as recesses. Keynes lembra que a queda na receita de
impostos, motivada pela retrao da renda, exige cortes nos gastos e investimentos
pblicos, que, por sua vez, agravam a recesso. A austeridade oramentria to
-
perseguida pelos governos responsveis deveria ser encarada, na verdade, como
um fator exacerbado das flutuaes cclicas. Um governo responsvel e consciente
deveria preocupar-se no com o equilbrio fiscal, mas com o desemprego. Um
dficit, desde que resultante de aumento nos gastos pblicos, seria algo desejvel
para retirar a economia da recesso.
A moeda tem um papel importante na Teoria Geral, vista como um fenmeno
monetrio, a taxa de juros seria determinada pela oferta e demanda de moeda. A
poltica monetria teria um papel crucial de manter deprimida a taxa de juros para
estimular os investimentos privados, e, com eles, a renda e o emprego.
Finalmente a Teoria Geral pode ser interpretada como uma mensagem contundente
aos economistas para que abandonem o papel puramente contemplativo e
assumam uma postura mais ativa perante os problemas macroeconmicos. Neste
aspecto, parece que Keynes conseguiu o seu intento.
Numa poca em que os economistas preferiam o refgio seguro do diletantismo
acadmico ao exame dos problemas reais, Keynes notabilizou-se pela defesa de
uma teoria econmica revolucionria, pela inabalvel confiana no seu modelo, e
como incansvel pregador de um novo programa poltico.
Keynes teve participao deveras na criao dos organismos internacionais que
procuram regular as economias e sugerir regras aos pases em desenvolvimento como
o F.M.I., Fundo Monetrio Internacional, organizao financeira internacional criada
em 1944 e o BIRD - Banco Internacional de Reconstruo e Desenvolvimento,
conhecido tambm como banco mundial.
de Keynes algumas sadas clssicas para as conhecidas perguntas difceis de
serem respondidas. No perodo em questo, foi-lhe perguntado: se houver uma
expanso econmica, uma utilizao em massa dos recursos naturais, como ficar o
planeta no ano 2000? Resposta do terico: at l estaremos todos mortos.
Esta breve conceituao histrica, bem como as pesquisas sugeridas procura
indicar que a formao do pensamento econmico segue uma espcie de lgica, ou
seja, observa-se o ambiente e produz a obra; na sequncia, verifica-se o ambiente,
-
e estabelece-se uma crtica obra, possibilitando, ento, a produo de uma nova
obra. Caso haja dvidas, sugere-se aos alunos consultarem tambm:
O Novssimo Dicionrio de Economia organizado por Paulo Sandroni, nele voc poder estudar os vrios termos econmicos, bem como relacionar uma coisa com outra, pois o prprio dicionrio assim preparado, para possibilitar um entendimento sequencial dos termos econmicos;
Introduo Economia de Jos Paschoal Rossetti, na parte I - A Compreenso da Economia, Capitulo I - A Abrangncia e as Limitaes da Economia.
Caro aluno, caso ainda persistam suas dvidas, no vacile, entre em contato com
seu professor tutor.
A valia desta unidade considerar uma primeira viso da conceituao da
economia. preciso que voc, caro aluno, tenha a compreenso de que o
profissional das cincias aplicadas, as pessoas e a gesto empreendedora, precisa
dos meios produtivos para descobrir quais caminhos atendero s expectativas e
s necessidades humanas; portanto, uma considerao prvia da economia pode
ajud-lo a compreender, interpretar as vrias ocorrncias econmicas, bem como
construir modelos com base nos fundamentos.
PR-REQUISITOS PARA COMPREENSO DA UNIDADE
Compreender a economia compreender a histria da humanidade. Buscar o
conhecimento do porqu algumas sociedades milenares sucumbiram, enquanto
sociedades mais jovens tm um desempenho econmico satisfatrio que atende s
expectativas sociais.
Deve-se pensar que, ao longo da histria da humanidade, o interesse econmico
migrou de regio para regio, de imprio para imprio, e que isto hoje imperativo
mesmo que vivamos no chamado mundo tecnolgico.
Entender que o homem sempre primou e sempre primar pela sua sobrevivncia e
dos seus, independentemente das circunstncias e de que tipo de esforo torna-se
necessrio fazer, ou seja, a luta pela sobrevivncia, a luta pelo essencial, por aquilo
-
que bsico e indispensvel para a sobrevivncia humana, este, sem dvida, o
ponto crucial a que se deve chegar em nvel de entendimento.
ATIVIDADES PARA COMPREENSO DO CONTEDO
Muitas vezes, voc desejou entender por que sociedades com poucos recursos
produtivos tm um desempenho satisfatrio e conseguem uma riqueza ou renda per
capita bem superior a outras sociedades com mais recursos, onde a natureza foi e
est sendo generosa e, no entanto, enfrentam problemas das mais diferentes
naturezas e no conseguem atender s condies bsicas das pessoas.
Pois se assim , espera-se que voc, atravs dos estudos, entenda estas
diferenas, bem como alcance a compreenso de que a produo, a realizao, o
atendimento das necessidades partem, em um primeiro plano, da combinao dos
fatores.
Assim como existem muitas coisas livres, por exemplo, o ar, existem coisas que no
so to livres, como os recursos naturais, que, com conhecimento, desenvolvimento
cientfico e tecnolgico, ajudam na sua utilizao, bem como nos melhores meios e
melhores prticas para as transformaes propostas.
Atividades da Unidade I
1) Por que a economia no tem a preciso das cincias exatas fsicas?
2) Pode-se dizer que o estudo da economia o estudo da riqueza ou da pobreza de uma sociedade? Por qu?
Os setores de produo:
Primrio Agrcola;
Secundrio Industrial;
Tercirio Servios.
-
3) Teoricamente, a economia tem relao com o comportamento humano? Como?
4) Como se pode afirmar que decises equivocadas afetam o desempenho econmico?
5) O que justifica a ampla discusso sobre a escassez?
6) Trabalhe com a seguinte afirmao: Para se obterem resultados satisfatrios preciso entender o homem e seu ambiente.
Os fatores de produo: Trabalho Capital Terra Tecnologia Capacidades
empresariais.
7) Existe limitao para os desejos e necessidades humanas? Onde est o limite das necessidades?
8) Qual efetivamente o problema econmico fundamental? Explique.
9) O que se entende por sistema econmico? Em que ele se fundamenta?
10) Nesta questo, pense e materialize como a sociedade, de um modo geral, juntamente com aquele que a governa, em face, frete aos problemas que tm relao entre si, sociais, econmicos e polticos, de alguma forma pode iniciar um estado de mudana? Como voc se insere neste contexto? Explicite sua ideia.
MATERIAIS BIBLIOGRFICOS E LIVROS COMPLEMENTARES
FUSFELD, Daniel R. A era do economista. So Paulo: Saraiva, 2001.
ROSSETTI, Jos Paschoal Introduo economia. So Paulo: Atlas, 2000.
SANDRONI, Paulo. Novssimo dicionrio de economia. 9. ed. So Paulo: Best Seller, 2002.
VASCONCELLOS, Marco Antnio S.; GARCIA, Manuel E. Fundamentos de economia. 2. ed. So Paulo: Saraiva, 2006.
-
UNIDADE II: INTRODUA O A ECONOMIA
OBJETIVOS DA UNIDADE
Esta segunda unidade tem por objetivo principal chamar a ateno do acadmico
para o mundo econmico prximo de ns, ou seja, observar se somos ou no
capazes de ajudar no desenvolvimento local independentemente das polticas
pblicas; portanto, o objetivo final demonstrar e entrelaar o comportamento dos
agentes econmicos com os resultados econmicos.
Portanto, para atingir os objetivos sugere-se estudar:
Relao da economia com outros ramos do conhecimento social;
Conceituao de microeconomia;
Leis de mercado;
Estrutura de mercado;
Efeito elasticidade.
Para entender e estudar economia torna-se necessria a compreenso de que a
cincia econmica tambm comportamental; portanto, neste momento sugere-se
um estudo a respeito da economia e os outros ramos do conhecimento social, ou
seja, existem interaes da cincia econmica com os outros ramos cientficos. Para
melhor entender esta inter-relao, observe a figura a seguir:
-
FIGURA 1 - Relao da economia com outros ramos do conhecimento social
FONTE: Adaptado de Rosseti, J. P. Introduo economia. 18. ed.
Rosseti (2000) comenta que a economia caracteriza-se como cincia social, ou seja,
como cincia do comportamento humano.
No Captulo I, Rosseti afirma: A cincia poltica trata das relaes entre a nao e
o estado, ou seja, a forma de governo e a conduo dos negcios pblicos.
A sociologia ocupa-se das relaes sociais e da organizao estrutural da
sociedade; a Antropologia cultural volta-se para o estudo das origens e da evoluo,
da organizao e das diferentes formas de expresso cultural do homem; a
Psicologia ocupa-se do comportamento do homem, de suas motivaes, valores e
estmulos; ao Direito cabe observar a preciso ditada pelos usos, costumes e
valores da sociedade, as normas que regularo os direitos e as obrigaes
individuais e sociais. a Economia que, como as demais reas, abrange apenas
uma frao das cincias sociais, compete o estudo da ao econmica do homem,
envolvendo essencialmente o processo de produo, a gerao e a apropriao da
renda, o dispndio e a acumulao.
-
De outro lado, porque pode influir no questionamento dos princpios e das aquisies
conceituais desses mesmos campos. E vai ainda alm, abrindo suas fronteiras
filosofia e tica; histria e s diferentes manifestaes da religio; tecnologia e aos
variados ramos que atualmente se ocupam do estudo do meio ambiente.
Os economistas no tm seu trabalho limitado pelas ideias formais de uma nica
disciplina. As filosofias polticas e os princpios ticos a que subordinam seus
valores, suas vidas e a variada gama de suas percepes procuram explicar muitas
coisas que ultrapassam a lgica explcita de seu trabalho profissional.
Os problemas econmicos no tm contornos bem delineados; eles se estendem
perceptivelmente pela poltica, pela sociologia e pela tica, assim como h questes
polticas, sociolgicas ou ticas, que so envolvidas ou mesmo decorrentes de
posturas econmicas. No ser exagero dizer que a resposta final s questes
cruciais da economia encontra-se em algum outro campo, ou que a resposta a
outras questes humanas, formalmente tratadas em outras esferas das cincias
sociais, passar necessariamente por alguma reviso do ordenamento real da vida
econmica ou do conhecimento econmico.
Segundo esta concepo mais abrangente, os conflitos relacionados aos processos
de produo, de acumulao da riqueza, de repartio, de difuso do bem-estar e
da plena realizao do bem-comum no se limitam s solues encontradas na rea
econmica, bem como no se encontram, isoladamente, em quaisquer outros ramos
das cincias sociais ou em outros compartimentos do conhecimento humano.
Cada um dos mdulos do conhecimento humano, social ou experimental, no passa
de uma frao de um todo maior, constitudo por subconjuntos interdependentes, de
soma unitria.
Neste momento do estudo, queremos lhe transmitir que os resultados e
desempenho econmico dependem da combinao de uma srie de fatores.
Portanto, atribuir responsabilidade pelo desempenho a um determinado setor pode
constituir em deciso errada; deve-se, dessa forma, levar em considerao as
variveis do ambiente como um todo.
-
Logo, neste momento, queremos chamar-lhe a ateno para o desempenho e
resultados econmicos e dizer-lhe que o sucesso de uma sociedade passa
necessariamente pelo comportamento e desempenho individual; assim, voc, que
est busca de aprender e desenvolver-se, parte integrante do desempenho
social e econmico. Vale lembrar que as pessoas que tm possibilidade do
aprendizado podem, no espao de tempo, contribuir para a melhoria em questo.
Aos profissionais das cincias empresariais cabe o papel de procurar entender as
variveis para agir de acordo com as necessidades do ambiente, buscar os
melhores resultados empresariais e econmicos.
A parte inicial da contextualizao da Unidade II deve gerar alguns questionamentos
por parte do aluno, como, por exemplo:
O comportamento humano afeta o desempenho econmico?
Uma sociedade pode afirmar que tem bom desempenho econmico, mesmo com problemas de outras naturezas?
Para a manuteno do desempenho econmico, torna-se necessria a melhoria das condies sociais e polticas da sociedade?
As polticas pblicas devem, necessariamente, prever e trabalhar todo o contexto socioeconmico?
Para o reforo do contedo, sugere-se a leitura do Captulo III - da obra
Fundamentos de Economia - Marcos Antonio S. Vasconcelos e Manuel E. Garcia.
A leitura j sugerida na unidade anterior - Introduo Economia, de Jos Paschoal
Rossetti, na Parte I, Captulo I - A Abrangncia e as limitaes da Economia, permite
uma melhor visualizao da existncia de interfaces.
ANLISE MICROECONMICA
Neste momento do estudo, vamos tratar do assunto microeconomia, que decorre
sobre o comportamento dos agentes econmicos que atuam na base do sistema, ou
seja, os indivduos, famlias, empresas e sua produo.
-
Assim, como anteriormente escrito, o aluno deve entender que a forma de se
organizar e produzir dos agentes na base microeconmica reflete diretamente nos
resultados econmicos, salvo fatores de ordem macroeconmica.
Portanto, a macroeconomia trata do sistema como um todo, onde as unidades
individuais no tm poder de alterao, pois considera o macroambiente.
A microeconomia trata das questes da base do sistema econmico; logo, pode ser
alterada pelo comportamento e desempenho individual.
Seguindo com a microeconomia, vamos analisar:
A estrutura de mercado;
O comportamento do consumidor;
O comportamento dos produtores.
Vamos iniciar tratando de um assunto popular: A Lei da Oferta e da Procura. de
acordo com o Novssimo Dicionrio de Economia Paulo Sandroni - A lei da oferta e
da procura define-se como conceitos que designam a disponibilidade de bens e
servios venda no mercado, por um lado, e sua demanda solvvel, por outro.
A correlao entre ambas fixa o preo de mercado para o comprador num momento
dado, constituindo uma lei da circulao mercantil. Os preos se movimentam no
sentido inverso da oferta e no sentido direto da procura: aumentam com a
diminuio da oferta e com o aumento da procura. A formao de monoplios
introduz um fator deformante nessas correlaes. A lei da oferta e da procura explica
as oscilaes dos preos no mercado, porm no sua determinao bsica, que
dada pelo valor dos bens.
A representao grfica da Lei da Oferta e da Procura visivelmente fcil, conforme
segue:
Legenda:
PR= preo;
QT= quantidade;
PC= procura;
OF= oferta.
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Figura 2: Curva da procura
FONTE: Elaborado pelo autor.
Esta a tpica figura da procura, ao aluno solicita-se observar o preo, se for
elevado, a quantidade procurada ser baixa e vice e versa.
Figura 3 - Curva da oferta
FONTE: Elaborado pelo autor.
Esta a tpica figura da oferta, ao aluno solicita-se observar que, se o preo baixo,
a quantidade ofertada baixa e, se o preo elevado, a quantidade ofertada ser
elevada. Deve-se, portanto, observar que a curva est iniciada em P = 1 e Q = 1, ou
seja, preo e quantidade baixa.
-
Figura 4 - Lei da oferta e procura
FONTE: Elaborado pelo autor.
Na figura acima, apresentamos as duas curvas oferta e procura. O ponto onde elas
cruzam, chamamos de ponto de equilbrio, ou seja, as quantidades e os preos
esto em equilbrio diante do mercado.
Nesse ponto, chamamos a ateno para as prticas econmicas, lembrando que, no
estudo microeconmico foi dado nfase ao comportamento dos agentes
econmicos. Portanto, o estudo da oferta e procura serve para empresas
pesquisarem quais produtos sero aceitos no mercado e qual o preo que os
consumidores esto dispostos a pagar.
Para melhor compreenso do equilbrio de mercado, sugere-se a leitura do Captulo V,
Demanda, Oferta e Equilbrio de Mercado, pginas 37 a 57 do livro Fundamentos de
Economia, de Marcos Antonio S. Vasconcelos e Manuel E. Garcia (2005).
ESTRUTURA DE MERCADO
Para o aluno visualizar melhor e ter compreenso da Lei da Oferta e Procura,
estudaremos a estrutura de mercado.
Vale de princpio dizer que alguns produtos no oferecem condies de opo para
os consumidores, que obriga a consumir apenas de um fornecedor, constituindo os
-
monoplios, que o caso de energia eltrica, gua tratada e, em alguns casos, o
transporte coletivo urbano. Nestes casos, constitui-se uma falha de mercado.
Portanto h que se levar em considerao as variveis de mercado, em funo dos
tipos de produtos, dos consumidores e sua forma de distribuio.
De acordo com Rossetti (2000), existem nove combinaes possveis dentro da
estrutura de mercado, conforme figura na sequncia:
QUADRO 1 - Combinao da estrutura de mercado.
Oferta
Procura
Um s vendedor
Pequeno nmero de vendedores
Grande nmero de vendedores
Um s comprador
Monoplio bilateral
Quase monopsnio
Monopsnio
Pequeno nmero de
compradores
Quase monopsnio
Oligoplio bilateral
Oligopsnio
Grande nmero de
compradores Monoplio Oligoplio
Concorrncia perfeita
FONTE: Adaptado de Rosseti, J. P. Introduo economia. 18. ed.
Na tabela, encontramos o monoplio, monopsnio, oligoplio, concorrncia perfeita;
para o seu entendimento, de forma resumida, disponibilizamos o significado de cada
tipo a seguir:
Monoplio - Forma de organizao de mercado em que uma empresa a nica a
ofertar um determinado produto. Ex.: distribuio de energia eltrica.
Oligoplio - Forma de organizao de mercado em que poucas empresas detm o
controle do mercado. Ex.: Indstria automobilstica.
Monopsnio - Forma de estrutura de mercado em que existe apenas um comprador
de determinado produto, que, em geral, trata-se de um produto primrio. Ex.:
Indstria regional a nica que compra toda produo agrcola de um determinado
produto.
-
Concorrncia Perfeita - Forma de estrutura de mercado, onde os consumidores
agem livremente, trocando de fornecedores ou produtos sem dificuldade. Ex.:
Roupas, bebidas, etc.
Ao falar em estrutura de mercado, deve-se considerar a varivel preo final dos
produtos, pois cada forma de organizao influencia diretamente na formao de
preos; como exemplo, o monoplio no tem concorrente, portanto a discusso do
preo fica restrito empresa ou setor regulador, isto um extremo.
Noutro extremo, ocorre a concorrncia perfeita, ou o mercado livre, onde a
concorrncia se faz presente e compradores e vendedores participam da formao
de preos. Do lado dos vendedores, h busca de alternativas e produtos
substitutivos, ou oferta da qualidade do produto e servios; do lado dos
compradores, h procura por melhores preos, prazos compatveis e qualidade de
produtos bem como alternativas de produtos substitutivos.
Vale lembrar que em economia existe o efeito substituio, ou seja, produtos que
os consumidores substituem facilmente, como, a carne bovina; se ocorrer uma
elevao de preo, os consumidores substituem por carne suna, que, por sua vez,
se acontecer uma elevao de preo, ser facilmente substituda pela carne de
aves, que, em caso de elevao de preo, pode ser substituda por outros produtos,
inclusive de outras origens, que no animal.
Neste ponto, vale uma reflexo sobre a oferta de produtos, se acontecer uma baixa
oferta de produtos, fatalmente acontecer uma elevao nos preos, gerando o
processo inflacionrio. Aqui, vale lembrar, consequncias acontecero para a
sociedade. Logo, o equilbrio de mercado, a oferta de produtos dentro de uma
quantidade satisfatria, garante a funcionalidade do sistema econmico, bem como
o bem estar das pessoas.
ELASTICIDADE
Para entendimento do mercado, preos e produtos, torna-se necessrio um estudo
sobre o conceito de elasticidade.
-
Conforme o Novssimo Dicionrio de Economia, organizado por Paulo Sandroni,
elasticidade a relao entre as diferentes quantidades de oferta e procura de
certas mercadorias, em funo das alteraes verificadas em seus respectivos
preos. De acordo com esse conceito, as mercadorias podem ser classificadas em
bens de demanda inelstica, ou fracamente elsticas, e bens de demanda
fortemente elstica. Os primeiros englobam os bens de primeira necessidade,
indispensveis subsistncia diria da populao. O sal o mais caracterstico
entre os bens de demanda inelstica. Consumido em pequenas quantidades, mas
se tratando de alimento indispensvel alimentao cotidiana, as alteraes no
preo do sal praticamente em nada afetam sua procura.
Entre os bens de demanda inelstica, encontram-se, tambm, alguns produtos de
luxo, utilizados pela camada mais rica da populao que continua comprando esses
artigos, mesmo que os preos se elevem bastante. Os bens de demanda
fortemente elstica so aqueles que no so indispensveis subsistncia da
populao e so geralmente utilizados pelos setores mdios da sociedade.
Selecionados cuidadosamente pelos consumidores, uma elevao do preo desses
artigos acarreta imediata diminuio da demanda. Demanda fortemente elstica
caracteriza, tambm, os artigos que podem ser facilmente substitudos por outros
produtos similares. Existem duas categorias de elasticidade: 1) elasticidade perfeita,
quando uma diminuta mudana nos preos provoca grande alterao no consumo; e
2) elasticidade imperfeita, quando uma mudana no preo no interfere na
quantidade do consumo.
A elasticidade tambm pode ser definida de forma matemtica, como medida da
fora de reao de uma grandeza econmica, tomada como varivel independente.
Assim, a reao de uma grandeza quando a outra se altera, expressa pela
variao relativa da varivel independente. Se duas grandezas econmicas, a e
b, se relacionam segundo a equao b = f(a), designa-se por N a elasticidade de
a em relao b.
O conceito de elasticidade estendeu-se a outros campos de estudo econmico,
passando a englobar a elasticidade de custos, a elasticidade-renda, a elasticidade
de produo e outras. Atualmente, bastante utilizado em estudos de mercado,
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especialmente naqueles que se preocupam com a anlise da procura, que engloba a
elasticidade-preo, a elasticidade-renda e a elasticidade-mista.
Ao final dessa unidade, esperamos que o aluno tenha a compreenso que o
mercado, a oferta de produto, a gerao de empregos, os preos, de um modo
geral, tambm dependem da interferncia dos agentes econmicos, indivduos,
famlias, empresas; portanto, medida que o desempenho dos agentes
econmicos melhora, o desempenho econmico tambm tende a melhorar.
Podemos ouvir que a interferncia governamental tambm tem papel fundamental
no desempenho econmico, que verdadeira; porm, neste ponto, estamos
avaliando as condies microeconmicas.
Queremos dizer ao aluno que o sistema funciona de forma agregada; medida que
um setor ou uma rea puxa a melhoria do desempenho, outras reas e outros
setores tambm se beneficiam.
Dessa forma, neste ponto, todos so convidados a sonhar, construir projetos e
empreender novos negcios, pesquisar a vocao regional, pensar no melhor
aproveitamento dos recursos naturais e, acima de tudo, buscar o aprendizado e
apurar as melhores tcnicas de elaborao do trabalho e estar sempre medindo o
desempenho e buscando sempre as melhores referncias.
Atividades da Unidade II
Querido(a) acadmico(a), lembre-se de que voc somente ter sucesso, realmente,
se fizer todos os exerccios propostos.
1) Se a Economia faz interface com outras cincias, significa que podemos modificar os nveis de desenvolvimento e produo da sociedade. Diante da afirmao, escreva o que voc pensa que pode ser feito?
2) Se a Economia se relaciona com a Psicologia e a Sociologia, e se houver um nvel de melhoria do emprego e do trabalho, partindo da mudana do comportamento, automaticamente todos ganham. Voc concorda, ou discorda? Por qu?
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3) Se os produtores de uma determinada regio resolverem comercializar apenas alguns tipos de produtos, abandonando outros, o que acontecer com os preos dos produtos, de um modo geral? Por qu?
4) s vezes escutamos nos noticirios que os produtores esto distribuindo de graa ou jogando fora certos produtos. Por que isso acontece? Como isso pode ser controlado e/ou evitado?
5) Pense e escreva: Se o nvel de conscientizao dos consumidores melhorar em termos de escolha de produtos, isso afetaria a oferta de bens e servios? Por qu? Como se d este processo? Explique.
6) Nesta questo, vamos pensar na quantidade de produtos, ou seja, se a sociedade e os agentes econmicos, de um modo geral, melhorarem a performance dos bens e servios, trabalharem com mais capacitao humana, buscarem a melhor utilizao dos insumos e matrias primas, todos passam a ganhar, e isto reflete diretamente na oferta de bens. Voc concorda com a afirmao? Diante dos estudos da oferta e da procura, voc acha que podemos melhorar os nveis de oferta e preo? Voc acredita que novos bens e servios podem ser oferecidos? Qual seria o papel da Tecnologia?
7) Voc concorda que o sistema econmico pode ser considerado como uma corrente em que o elo mais fraco representa o mximo da fora? Pense a respeito e expresse seu pensamento de forma concisa.
8) O que voc julga poder fazer para mudar e/ou melhorar a performance dos resultados econmicos em nvel macroeconmico?
9) Pelo pas existem muitos desperdcios, como em acidentes de trnsito, vandalismo, acmulo de lixo em locais imprprios, desrespeito ao direito de ir e vir dos cidados, o descumprimento de leis entre outras coisas. Pense como tudo isto afeta o desempenho econmico do pas. Pense e escreva o quanto tudo isto custa para a sociedade.
10) Finalizando: o bem estar de uma famlia est mais na atitude ou falta de atitude da prpria famlia ou no sistema como um todo? Como voc resume isto? Existem outros agentes que participam dessa relao?
MATERIAIS BIBLIOGRFICOS E LIVROS COMPLEMENTARES
Para concluir essa unidade, j que estamos fechando o Captulo II da disciplina,
sugere-se para reflexo e reforo do pensamento econmico assistir, interpretar e
discutir o filme Tempos Modernos, de Charles Chaplim, trata-se de um clssico do
incio do sculo XX, que retrata toda a ideia de expanso da atividade econmica,
do homem econmico e, acima de tudo, agregar valor nas outras reas do
conhecimento humano, como a Sociologia e a Poltica.
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Um outro filme, A Lista de Schindler, pode ajudar a observar a agonia humana,
busca de suas necessidades, como tambm a defesa daquilo que o homem julga
dono, mas que, conforme a forma de agir, pode significar um custo muito elevado
para a humanidade.
Como bibliografia complementar recomenda-se a leitura dos Captulos 4 - Introduo
Microeconomia, 5 - Demanda, Oferta e Equilbrio de Mercado e 7 - Estruturas de
Mercado, do livro Fundamentos de Economia de Marco Antnio S. Vasconcelos e
Manuel E. Garcia, Editora Saraiva, 2. ed. 2005.
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UNIDADE III: CONCEITOS DE MACROECONOMIA
OBJETIVOS DA UNIDADE
Com a Unidade III, sugere-se o entendimento dos mecanismos de controle
econmico, bem como as relaes internacionais e a necessidade de maior
interao nos sistemas econmicos para a continuidade da evoluo do sistema,
bem como a busca constante do atendimento das necessidades humanas.
Neste contexto vamos avaliar:
Inflao;
Moeda;
Economia positiva e normativa;
Planejamento econmico;
Economia fechada e aberta;
Conceitos convencionais do PIB ao RPD.
CONTEXTUALIZAO DA UNIDADE
Na Unidade anterior foi apresentado um breve conceito sobre a microeconomia,
focando a lei da oferta e da procura, como tambm a elasticidade e a estrutura de
mercado. Para melhor compreenso e fazer com que o aluno torne-se um agente
econmico eficaz, necessrio, antes de tudo, a compreenso de alguns conceitos
de nvel macroeconmico.
O objetivo no fazer compreender os efeitos macroeconmicos e as polticas
pblicas que alteram o rumo do desempenho econmico e social, mas criar uma
espcie de compreenso em termos do sistema e tomar decises acertadas quando
do investimento e/ou lanamento de novos produtos, isto dentro da perspectiva do
comportamento do sistema econmico.
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Situaes como a inflao, as variaes do mercado financeiro, os chamados planos
econmicos lanados pelos governos, entre outros assuntos, afetam diretamente os
sistemas macroeconmicos e tm impacto direto no bolso dos consumidores,
afetando, por tabela, a produo e, de forma direta, inflacionando nas curvas que
comandam os mercados.
Neste contexto e na sequncia dos estudos, alguns aspectos devem ser pensados,
como:
A inflao prejudica a sociedade?
Com a presena da inflao complica a vida de quem compra e vende?
E o dinheiro como fica?
Como planejar para o futuro, com a incerteza dos preos?
E as medidas governamentais, podem beneficiar uns e prejudicar outros?
Estas so algumas questes entre muitas que devemos perguntar para,
efetivamente, ter o entendimento das teorias da economia.
Portanto, vamos iniciar estudando para compreender o fenmeno chamado inflao.
Inflao, de acordo com o Novssimo Dicionrio de Economia, Termos Econmicos, de
Paulo Sandroni, o aumento persistente dos preos em geral, de que resulta uma
contnua perda do poder aquisitivo de moeda. um fenmeno monetrio, e isso coloca
uma questo bsica: se a expanso da oferta de moeda que tem efeito inflacionrio,
ou se ela ocorre como resposta maior demanda de moeda provocada pela inflao.
A inflao normalmente pode resultar de fatores estruturais (inflao de custos),
monetrios (inflao de demanda) ou de uma combinao de fatores.
Entretanto, independentemente da causa inicial do processo de elevao dos
preos, a inflao adquire autonomia suficiente para se autoalimentar por meio de
reaes em cadeia (a elevao de um preo puxando a elevao de vrios outros).
Desse modo, configura-se a chamada espiral inflacionria.
Na ausncia de um mecanismo de correo monetria, a inflao tende a favorecer
os devedores e especuladores, prejudicando os credores, as classes de renda fixa,
os pensionistas e os investidores conservadores. Ela redistribui a renda entre
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setores (por exemplo, agricultura/indstria) e/ou grupos de renda (por exemplo,
lucros/salrios). Alm disso, a inflao tende a mudar os hbitos de consumo e a
incentivar a aplicao em bens de valorizao garantida, mesmo com o surto
inflacionrio (joias, imveis, etc.) E pode, ainda, estimular a queda da poupana, se
a remunerao desta no se adaptar aos novos nveis de aumento de preos.
Conforme se observa, o fenmeno da inflao pode ocorrer por vrios motivos,
inclusive se houver uma queda na produo de bens e servios disponvel para a
sociedade, gerando uma elevao de preos, prevalecendo a lei da oferta e da
procura, ou seja, continuando a procura e diminuindo a oferta e o aumento de preo,
o que provoca a inflao.
Para melhor compreenso, sugere-se a leitura do Captulo 13: Inflao, pginas 184
a 191, do livro Fundamentos da Economia, de Vasconcellos, Marco Antonio S. e
Garcia E. Manuel, 2 ed. 2005 - Editora Saraiva.
Nessa leitura, o aluno observar os vrios tipos de inflao que podem ocorrer, bem
como o que provoca o processo inflacionrio. No Novssimo Dicionrio de Economia,
Termos Econmicos, de Paulo Sandroni, encontramos os vrios tipos de inflao, o
que serve tambm como complemento para o aprendizado do aluno.
Aps as leituras, sugerimos ao aluno que pense na existncia de metodologias para
medir a inflao no Brasil, se existem vrios ndices que indicam ou no a presena
da inflao.
O I.C.V. (ndice do custo de vida), o I.G.P. (ndice geral de preos), o I.C.A. (ndice
de custos no atacado) e muitos outros servem como parmetros para reajustes de
salrios e contratos.
Deve-se, tambm, tomar cincia de que o aumento de preos e a gerao da
inflao afeta, principalmente, o que bsico para a populao; portanto, todo ndice
que mede o custo de vida e que reflete o aumento de salrios e contratos leva em
considerao o custo dos produtos de necessidade bsica.
Partindo desse princpio, o aumento de gneros alimentcios tem o maior peso,
porque todas as pessoas precisam se alimentar; o aumento do transporte tem peso
relativamente alto, devido s possibilidades de transporte; uma obra de arte ou
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aumento do ingresso do cinema, pouco reflete no ndice, porque a populao pode
passar sem consumi-los.
Outro fator a ser considerado a moeda, ou seja, a ausncia de inflao ajuda a
fortalecer a moeda do pas, pois, se os preos dos bens e servios sobem
constantemente, a moeda torna-se desvalorizada, o que no interessante para o
pas e, de um modo geral, a sociedade penalizada com os mecanismos de juros e
correo monetria.
Portanto, caro aluno, neste momento voc convidado a pensar na moeda
correspondente de seu pas. No caso do Brasil, o Real (R$), e olh-la como se fosse
uma bandeira que representa o meio de troca entre as pessoas no pas, e tambm
medir o esforo e a produo de cada um. No entanto, o respeito pela moeda e os
cuidados esto diretamente relacionados educao e cultura do povo.
Vale lembrar que o controle da inflao torna-se necessrio, isto para evitar
descontrole de toda a situao econmica. Segundo nosso estudo, torna-se
imperativo o entendimento sobre os planos econmicos, pois existem medidas
econmicas que so verdadeiras medidas polticas e vice e versa.
Neste contexto, vale lembrar que existe a economia normativa e a economia
positiva, ou seja, a economia positiva trata a realidade como ela , e a economia
normativa considera mudanas atravs de mecanismos de controle governamental;
Assim, consideram-se planos econmicos, a economia poltica e os chamados
pacotes econmicos que, usualmente, os governos utilizam para acelerar o
crescimento econmico ou acalmar os mercados financeiros.
O final do ano de 2007 e o incio do ano de 2008 foram tpicos para esta situao,
onde os mercados apresentaram-se apreensivos e aguardando uma posio das
autoridades monetrias e econmicas americanas, vista a chamada crise imobiliria
em ascenso.
De acordo com Rosseti (2000, p. 65), a economia positiva trata a realidade como
ela . A economia normativa considera mudanas nessa mesma realidade,
propondo como ela deve ser. Essa diferenciao ser mais bem compreendida
atravs de alguns exemplos. O recurso utilizado para bem fixar a diferena entre as
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duas situaes e que a melhor, ou seja, qual proporcionar o melhor para a
sociedade. A afirmao de que a ciso do tomo impossvel, uma proposio
positiva que pode ser confirmada ou refutada (como de fato foi) pela cincia. J a
afirmao de que os cientistas no devem proceder ciso do tomo uma
proposio normativa que implica juzos ticos dependentes da posio filosfica ou
poltica de que a formulou e que, por isso mesmo, no pode ser definitivamente
refutada ou confirmada, uma vez que depende de juzos de valor, pessoais e
subjetivos. A pergunta: quais so as medidas que reduzem o desemprego e quais as
que evitam a inflao de natureza positiva?
normativa a proposio de que devemos dar mais importncia ao desemprego do
que inflao? A pergunta pode ser respondida, objetivamente, por esquemas
conceituais da economia. Uma simples listagem, no hierarquizada, das diferentes
medidas possveis, dificilmente ser objeto de controvrsias. J a proposio
normativa e passvel de controvrsia; afinal, a proposio oposta tambm
admissvel. Uma ou outra estar na dependncia de juzos de valor sobre questes
direta e indiretamente envolvidas na proposio original.
A economia descritiva e a teoria econmica situam-se, preponderantemente, no
campo da economia positiva. A poltica econmica normativa. A figura abaixo
ajuda a esclarecer essa distino.
No obstante os diferentes troncos da teoria econmica estejam impregnados pelas
ideologias subjacentes sua apario e desenvolvimento, eles buscam estabelecer
verdades cientificamente comprovveis pelas metodologias convencionais da
deduo e da induo. J as proposies de poltica econmica so, quanto sua
prpria significao, normativas. Necessariamente, envolvem escolhas fundamentais
em juzos de valor.
Neste momento do estudo, chamamos a ateno para dizer que, do ponto de vista
macroeconmico, a sociedade, e o pas de um modo geral, precisa de um
planejamento econmico. Vale lembrar que o planejamento de mdio, longo e
curto prazo; portanto, as aes econmicas e sociais, a partir do planejamento
governamental, refletem o que ser o pas no futuro.
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FIGURA 2 - Economia positiva e economia normativa: um esquema auxiliar
FONTE: Adaptado de Rossetti, J. P. Introduo economia. 18. ed.
Chamamos a vossa ateno mais uma vez para relembrar a interao econmica
com outras reas do conhecimento da cincia, ou seja, a melhoria das condies de
vida, bem como a qualidade, que se dar se houver uma evoluo paralela de
todas as reas. Isto o mesmo que dizer ganhar muito e no saber investir e
poupar, o resultado pode ser desastroso, ou seja, toda estrutura precisa de uma
base que a sustente, este o princpio da pirmide, quanto maior for a base, mais
elevado poder ser o topo.
Para o melhor entendimento, vamos conceituar planejamento econmico. De acordo
com o Novssimo Dicionrio de Economia, de Paulo Sandroni, Planejamento um
esquema econmico em que a organizao dos fatores de produo controlada ou
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direcionada por uma autoridade central. O esquema consiste na fixao de metas
globais a serem atingidas pela economia em determinado perodo, com o auxlio de
controles governamentais e em oposio a um sistema de preos.
O princpio do planejamento econmico (que contraria a ideologia do liberalismo)
inspirado no esquema de planificao dos pases socialistas, do qual se distingue
por no eliminar a concorrncia entre as empresas privadas no mercado e exercer
um controle mais normativo que imperativo. At a dcada de 1930, o planejamento
era considerado incompatvel com a economia de mercado. Hoje, no entanto, muitas
dessas economias utilizam o planejamento como guia de ao governamental,
sendo relativamente comum a interveno dos Estados capitalistas na economia,
pelo menos de forma espordica.
John Maynard Keynes (1883-1946), considerado o pioneiro da macroeconomia, em
suas obras demonstrou que a ao governamental necessria para evitar, ou pelo
menos reduzir, os efeitos das crises cclicas caractersticas do capitalismo e tambm
para manter o pleno emprego e promover o crescimento econmico.
Outra justificativa para o planejamento econmico nos Estados capitalistas o
investimento em certos setores ou atividades que ofeream lucro duvidoso e a longo
prazo, pelos quais a iniciativa privada no se interesse ou para os quais no
disponha do capital necessrio (como a construo de estradas, hidreltricas, etc.).
O planejamento varia de acordo com as caractersticas de cada pas (estrutura
institucional, estgio de desenvolvimento, situao histrica) e pode assumir
diversas formas: pode simplesmente introduzir o controle de preos e de polticas
setoriais ou, em carter mais amplo, orientar investimentos de infraestrutura
(indstrias de base, transportes, comunicaes, etc.).
No planejamento capitalista, o primeiro passo uma anlise ampla da economia e um
diagnstico de seus principais problemas. Definem-se, ento, os objetivos, ou seja,
alcance de determinados ndices de crescimento de produto e do emprego, reduo da
inflao, distribuio de renda, aumento das exportaes, remanejamento das
propriedades agrcolas, etc.
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De modo geral, as tcnicas de planejamento so semelhantes quanto ao objetivo,
mas costumam diferir segundo as metas, que so profundamente influenciadas por
fatores poltico-sociais. Essas tcnicas refletem habitualmente a necessidade de
expanso de alguns setores da economia (indstria pesada, indstria de
armamentos, exportaes) considerados vitais para o desenvolvimento do pas.
De acordo com a conceituao terica, os planos econmicos visam melhoria das
condies econmicas bem como o bem estar da populao.
No Novssimo Dicionrio de Economia, de Paulo Sandroni, est escrito nos verbetes
os vrios planos econmicos, que permitem a compreenso das tentativas
governamentais de encaminhamento da poltica macroeconmica, bem como das
cpias de modelos de pas para p
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