domingo
Post on 25-Jul-2016
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Fábio Tremonte, Domingo.
Domingo, etimologicamente, é o primeiro dia, “o dia do senhor”. Seguindo a narrativa cristã, é quando se escuta sua palavra, quando se fez a luz. É o marco da ressureição, o dia que inicia-se uma nova criação. O dia sem fim, que orienta a meta eterna. Para o pagão, é o dia do sol. Para muitos aqui: o dia do Faustão; do futebol.
Em grande parte da cultura ocidental, é também o dia do descanso. Se somos então pequenos deuses de nossas rotinas, pode ser o momento em que, entediados após termos construído nosso mundo, repousamos e pensamos sobre o fim que ele tomará. Um interlúdio em que resfolegamos pelo que passou e enfrentamos a sombra do porvir.
Neste “Domingo” para o qual Fábio Tremonte nos convida, logo encontramos a evidência cortante da confusão – nublada e melancólica – que é fazer este exercício nos dias de hoje. Enquanto somos postos diante das urgências estruturais da vida comum, é incontornável: nos sobram dúvidas e descrenças.
Entre proposições e apropriações; estratégias literais e poéticas; gestos duros e ternos, o artista cria espaço e tempo para sentarmos, comungarmos e refletirmos sobre o que nos cerca. Se crer num mundo manifestamente em estado terminal é o que mais nos falta, os trabalhos reunidos partem de uma postura consternada para soprar provocações, tateando outros possíveis caminhos; sacudindo o controle; e suscitando novos acontecimentos. Se essas ações encontram, em qualquer grau, seus efeitos, nos interpelam e motivam: há mundo depois do fim do mundo?!
Germano Dushá
NO FUTURE NO FUTURE NO FUTURE NO FUTURE NO FUTURE NO FUTURE NO FUTURE
NO FUTURE NO FUTURE NO FUTURE NO FUTURE NO FUTURE NO FUTURE NO FUTURE
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NO FUTURE [imagem ilustrativa]
O uso do fogo [colaboração de Ana Moura] | instalação e performance [sobre as esteiras, biscoito de polvilho com pequi e chips de batata doce] | 2015
O uso do fogo [colaboração de Ana Moura] | instalação e performance [sobre as esteiras, biscoito de polvilho com pequi e chips de batata doce] | 2015
O uso do fogo [colaboração de Ana Moura] | instalação e performance [sobre as esteiras, biscoito de polvilho com pequi e chips de batata doce] | 2015
Durante todo o período da exposição, o último discurso do subcomandante Marcos [Entre la luz y la sombra, de 2014] é reproduzido em um alto-falante e espalha-se por todo o espaço expositivo.
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