doenças ocupacionais

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Doenças ocupacionais

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ENFERMEDAD OCUPACIONAL

MEDICINA INSTITUCIONAL

DOCTOR CARLOS CARRASCO

INTEGRANTES:ANDRESSON SOARES

ELDER CLAUDIOELIDOMAR LEITEJESSICA SALES

KATIANE SEGURASIMONI DIAS

ENFERMEDADES OCUPACIONALES

PULMONARES ALERGICAS

DOENÇAS OCUPACIONAIS

INTRODUÇÃO

No século XVI, já se descreviam as primeiras relações entre trabalho e doença, mas apenas

em 1.700, no século III, foi que se chamou atenção para as doenças profissionais, quando o italiano Bernardino Ramazzi publicou o livro De Morbis Artificum Diatriba ("As Doenças dos

Trabalhadores").

Nesta obra, ele descreve, com extraordinária precisão para a época uma serie de doenças

relacionadas com mais de 50 profissões diferentes.

Diante disso, Ramazzi foi cognominado o "Pai Medicina do Trabalho", e as perguntas clássicas

que o médico faz ao paciente na anammese clinica foi acrescentada mais uma: "Qual a sua

ocupação?".

O advento da Revolução Industrial ocasionou o surgimento das fabricas, as quais passaram a empregar grande parte população, multiplicando as ocupações e trazendo, como conseqüência, uma serie de problemas de saúde. Com isso, surge

também a necessidade de o médico entrar nas fabricas e dedicar atenção ao

trabalhador e as condições de trabalho.

Doença ocupacional é designação de várias doenças que causam alterações na

saúde do trabalhador, provocadas por fatores relacionados com o ambiente de

trabalho.

Uma doença ocupacional normalmente é adquirida quando um trabalhador é

exposto acima do limite permitido por lei a agentes químicos, físicos, biológicos ou

radioativos, sem proteção compatível com o risco envolvido.

EPC / EPI

DOENÇAS RESPIRATÓRIAS RELACIONADAS AO TRABALHO

APARELHO RESPIRATÓRIO

• VIAS RESPIRATÓRIAS SUPERIORES

• VIAS RESPIRATÓRIAS INFERIORES

• PULMÕES

• PLEURA

APARELHO RESPIRATÓRIODOENÇAS OCUPACIONAIS

• AGUDAS

• CRÔNICAS

DOENÇAS OCUPACIONAIS AGUDAS

• VRS/VRI• Irritação• Infecção• Alergia• Pneumonias químicas e microbianas• Derrame pleural

DOENÇAS OCUPACIONAIS CRÔNICAS

VRS- Ulcera de septo nasal;- Adenocarcinoma das cavidades paranasais. VRI- Asma ocupacional- DPOC (A doença pulmonar obstrutiva crônica é uma doença

crônica dos pulmões que diminui a capacidade para a respiração).

- Pneumoconioses (são doenças que provocam uma fibrose ou endurecimento do tecido pulmonar em razão do acúmulo de poeira tóxica nos pulmões).

- Mesotelioma ( é um tipo de câncer que se desenvolve nas células do tecido mesotelial. A maioria dos casos tem origem na pleura.

ASMA OCUPACIONAL

É a obstrução variável das vias aéreas inferiores induzidas por agentes inaláveis, na forma de gases, vapores ou fumos,

presentes em ambiente de trabalho.

Apresenta causas imunológicas ( produtos de origem animal e vegetal) e não imunológicas ( substâncias irritantes).

ASMA AGRAVADA POR FATOR OCUPACIONAL X ASMA OCUPACIONAL

Diagnóstico

• História clinica compatível;• Presença de agente conhecidamente

causador de AO em ambiente de trabalho;

Bissinose

A bissinose pode ser caracterizada como uma doença com efeitos pulmonares agudos e crônicos causado pela inalação de fibras vegetais (algodão, linho, cânhamo, juta, sisal).

Manifesta-se...

• Pela sensação de aperto no tórax e dificuldade para respirar que geralmente, ocorre nos primeiros turnos do trabalho, após o final de semana, volta as férias, ou no retorno de afastamentos.

• Estes sintomas tem retorno gradual após algumas horas de exposição e podem revelar distúrbios respiratórios do tipo obstrutivo, reversível, que após anos de exposição poderá evoluir para obstrução fixa.

Pneumonites de hipersensibilidade

• Grupo de doenças pulmonares resultantes da sensibilização por exposições inalatórias a antígenos bacterianos, fungicos, proteínas de alto peso molecular e inorgânicos.

• Feno, palha e cereais mofados > pulmão de fazendeiro.

• Cana mofada > bagaçose.• Pó de madeira.• Penas e excrementos de aves > pulmão

dos criadores de ave.

PNEUMOCONIOSE

Termo criado por Zenker, em 1866, para designar um

grupo de doenças crônicas do parênquima pulmonar

que se originam da exposição a poeiras

fibrosantes. Em 1971, este termo foi redefinido como

sendo o acúmulo de poeiras nos pulmões + a reação tecidual a sua presença.

O termo Pneumoconioses é largamente utilizado quando se designa o grupo

genérico de pneumopatias relacionadas etiologicamente à inalação de poeiras em

ambientes de trabalho.

PNEUMOCONIOSES PRINCIPAISNÃO FIBROGÊNICAS- Siderose- Estanose- BaritoseFIBROGÊNICAS- Silicose- Asbestose- Pneumoconiose dos trabalhadores de carvão- Beriliose- Pneumoconiose por Poeiras Mistas- Pneumoconiose por Metais Duros

PNEUMOCONIOSE DIATOMITICA + DPOC

• BM, masculino, 56 anos,trabalha com terra diatomática (20 anos); doente há 5 anos, dispnéia, tosse produtiva; fumante 20 cigarros/dia; roncos, padrão obstrutivo em grau moderado.

AGENTE FÍSICO CANCÊR DE PULMÃO

Em 1879, Hurting e Hesse descreveram mortes de mineiros nas regiões de

mineração da Europa central, por Câncer de Pulmão. A explicação definitiva sobre a

origem desta doença em mineiros só aconteceu em 1920, quando se

estabeleceu a ligação entre câncer pulmonar e radiação ionizante, que existe em concentrações importantes em minas

de urânio e outras minas.

SIDEROSE

A siderose pulmonar é uma pneumoconiose causada pela

inalação de poeiras e fumos contendo óxidos de ferro,

inicialmente descrita por Doig e McLaughlin, em 1936, em

um soldador de arco elétrico.

Do ponto de vista de freqüência e difusão do risco inalatório específico no

meio ocupacional, a siderose representa a pneumoconiose simples mais importante. A exposição ocupacional ao ferro talvez seja a mais comum no meio industrial.

Pode acometer trabalhadoresexpostos a atividades

extrativas de minério de ferro (hematita, magnetita, limonita), produção de

pigmentos naturaiscontendo óxidos de ferro em

tintas e pisos, metalurgia de aço, ferro e ligas, solda a

arco elétrico.

Dependendo da atividade profissional, existe exposição a outros agentes potencialmente lesivos, quando inalados juntamente com o ferro. Na mineração de ferro, os óxidos de ferro podem

estar associados a sílica em concentrações variáveis, causando lesão pulmonar mista

chamada siderossilicose.

Silicose

A silicose é a formação permanente de tecido cicatricial nos pulmões causada pela inalação de pó de sílica (quartzo).

Silicose, a doença profissional mais antiga que se conhece, desenvolve-se em

pessoas que inalaram pó de sílica durante muitos anos. O pó de sílica é o elemento principal que constitui a areia, sendo por

isso freqüente a exposição entre os mineiros do metal, os cortadores de

arenito e de granito, os operários das fundições e os oleiros.

Os sintomas aparecem, geralmente, após 20 ou 30 anos de exposição ao pó. No

entanto, nos trabalhos em que se utilizam jactos de areia, na construção de túneis e

na fabrica de sabões abrasivos que requerem quantidades elevadas de pó de

sílica, os sintomas podem surgir em menos de 10 anos.

Os enzimas libertados pelas células depuradoras causam a formação de tecido cicatricial nos pulmões. No princípio, as zonas cicatrizadas

são pequenas protuberâncias redondas (silicose nodular simples), mas, finalmente, reúnem-se

em grandes massas (conglomerados silicóticos).

Estas áreas cicatrizadas não permitem a passagem do oxigênio para o sangue de forma normal. Assim os pulmões perdem elasticidade

e requer-se mais esforço para respirar.

Sintomas e diagnóstico.

• Os indivíduos com silicose nodular simples não têm dificuldade em respirar, mas têm tosse e expectoração devido à irritação das grandes vias aéreas, no processo denominado bronquite.

• A silicose conglomerada pode causar tosse, produção de expectoração e dispnéia.

• No princípio, a dispnéia verifica-se só durante os momentos de atividade, mas por fim manifesta-se também durante o repouso.

• A respiração pode piorar aos 2 a 5 anos depois de ter deixado de trabalhar com sílica. O pulmão lesado submete o coração a um esforço excessivo e pode causar insuficiência cardíaca, a qual, por sua vez, pode evoluir para a morte.

A silicose diagnostica-se com uma radiografia no tórax que mostra o

padrão típico de cicatrizes e nódulos.

Prevenção.

• O controlo da produção do pó no local de trabalho pode ajudar a prevenir a silicose. Quando esta não pode ser controlada, como poderá ser o caso da indústria de jatos de areia, os trabalhadores devem usar máscaras que forneçam ar exterior limpo ou que filtrem completamente as partículas.

• Essa proteção pode não estar ao alcance de todos os trabalhadores numa zona poeirenta (por exemplo, pintores e soldadores) e, nesse caso, sempre que seja possível, devem utilizar-se abrasivos diferentes da areia.

• Os trabalhadores expostos ao pó da sílica devem fazer radiografias no tórax com regularidade, todos os 6 meses os que trabalham com jatos de areia e todos os 2 a 5 anos os restantes, de modo que seja possível detectar qualquer problema o mais cedo possível.

• Se a radiografia revelar silicose, o médico, provavelmente, aconselhará o trabalhador a evitar a exposição constante à sílica.

Tratamento

A silicose é incurável.

• No entanto, pode deter-se a evolução da doença, interrompendo a exposição à sílica desde os primeiros sintomas.

• Uma pessoa com dificuldade em respirar pode sentir alívio com o tratamento utilizado para a doença pulmonar crônica obstrutiva, como são os medicamentos que dilatam os brônquios e expelem as secreções das vias aéreas.

Pulmão negro.

O pulmão negro (pneumoconiose dos carvoeiros) é uma doença pulmonar causada pela acumulação de pó de

carvão nos pulmões.

• É consequência da aspiração do pó de carvão durante muito tempo.

• No pulmão negro simples, o pó do carvão acumula-se à volta das vias respiratórias inferiores (bronquíolos) dos pulmões. Apesar de o pó de carvão ser relativamente inerte e não provocar demasiadas reações, estende-se por todo o pulmão e numa radiografia observa-se sob a forma de pequenas manchas.

• O pó de carvão não obstrui as vias respiratórias.• Todos os anos, 1 % a 2 % das pessoas com

pulmão negro simples desenvolvem uma forma mais grave da doença, denominada fibrose maciça progressiva, na qual se formam cicatrizes em áreas extensas do pulmão (com um mínimo de 1,5 cm de diâmetro).

• A fibrose maciça progressiva piora mesmo que a pessoa já não esteja exposta ao pó de carvão. O tecido pulmonar e os vasos sanguíneos dos pulmões podem ficar destruídos pelas cicatrizes.

Sintomas e diagnóstico.

O pulmão negro simples, geralmente, não produz sintomas.

• Por outro lado, na fase de maior gravidade há tosse e, às vezes, uma dispnéia incapacitante.

• O médico estabelece o diagnóstico quando detecta as manchas características na radiografia no tórax da pessoa que esteve exposta ao pó do carvão durante muito tempo, em regra alguém que trabalhou nas minas debaixo de terra pelo menos 10 anos.

Prevenção e tratamento.

• Pode prevenir-se o pulmão negro suprimindo o pó do carvão no local de trabalho. Os trabalhadores do carvão fazem radiografias no tórax todos os 4 a 5 anos, de modo que a doença possa ser detectada no estágio inicial. Quando esta se detecta, o trabalhador deve ser transferido para uma zona com baixas concentrações de pó de carvão para prevenir a fibrose maciça progressiva.

• A prevenção é fundamental pois não há cura para o pulmão negro. A pessoa que não pode respirar livremente pode beneficiar-se dos tratamentos utilizados para a doença pulmonar crônica obstrutiva, como os fármacos que permitem manter as vias aéreas abertas e livres de secreções.

Asbestose

• A asbestose é uma formação extensa de tecido cicatricial nos pulmões causada pela aspiração do pó de amianto.

O amianto é composto por silicato de mineral fibroso de composição

química diversa.

• Quando se inala, as fibras de amianto fixam-se profundamente nos pulmões, causando cicatrizes. A inalação de amianto pode também produzir o espessamento dos dois folhetos da membrana que reveste os pulmões (a pleura).

• As pessoas que trabalham com o amianto correm o risco de sofrer doenças pulmonares.

• Os operários que trabalham na demolição de construções com isolamento de amianto também correm risco, embora menor.

• Quanto mais tempo um indivíduo estiver exposto às fibras de amianto, maior é o risco de contrair uma doença relacionada com o amianto.

Sintomas

• Os sintomas da asbestose aparecem gradualmente só depois da formação de muitas cicatrizes e quando os pulmões perdem a sua elasticidade. Os primeiros sintomas são a dispnéia ligeira e a diminuição da capacidade para o exercício.

• Os grandes fumadores que sofrem de bronquite crônica juntamente com asbestose podem tossir.

• A respiração torna-se, gradualmente, mais difícil.

• Cerca de 15 % das pessoas com asbestose têm dispnéia e insuficiência respiratória.

• Por vezes a inalação de fibras de amianto pode fazer com que se acumule líquido no espaço que se encontra entre as camadas pleurais (cavidade pleural).

• Em raras ocasiões, o amianto causa tumores na pleura, denominados mesoteliomas, ou em membranas do abdómen, chamados mesoteliomas peritoneais.

• Os mesoteliomas causados pelo amianto são um tipo de cancro que não se consegue curar.

• Geralmente, aparecem depois da exposição à crocidolite , um dos quatro tipos de amianto.

• A amosite, outro tipo, também produz mesoteliomas.

• O crisótilo, provavelmente, não produz mesoteliomas, mas, às vezes, está contaminado com tremolite. Os mesoteliomas desenvolvem-se, de modo geral, ao fim de 30 ou 40 anos de exposição ao amianto.

crocidolite

amosite

crisótilo

tremolite

• O cancro do pulmão está relacionado, em parte, com o grau de exposição às fibras de amianto; no entanto, entre as pessoas que sofrem de asbestose, o cancro do pulmão desenvolve-se quase exclusivamente naquelas que também fumam cigarros, em especial nas que fumam mais de um maço por dia.

Diagnóstico

• Nas pessoas com antecedentes de exposição ao amianto, o médico pode, às vezes, diagnosticar asbestose com uma radiografia no tórax que mostre as alterações características.

• De modo geral, a função pulmonar da pessoa é anormal e, ao auscultar o pulmão, podem ouvir-se sons anormais, as chamadas crepitações.

• Para determinar se um tumor pleural é canceroso, o médico pratica uma biopsia (extração de uma pequena porção de pleura para ser examinada ao microscópio). Pode-se também extrair e analisar o líquido que rodeia os pulmões (um procedimento denominado toracentese); no entanto, este procedimento não é habitualmente tão rigoroso como a biopsia.

Prevenção e tratamento

• As doenças causadas pela inalação de amianto podem prevenir-se diminuindo ao máximo o pó e as fibras de amianto no local de trabalho.

• Dado que o controle do pó melhorou nas indústrias que utilizam o amianto, atualmente é menor o número de pessoas que sofrem de asbestose, mas os mesoteliomas continuam a aparecer em indivíduos que estiveram expostos até há 40 anos.

• O amianto deveria ser extraído por trabalhadores especializados em técnicas de extração. Os fumadores que estiveram em contato com o amianto podem reduzir o risco de cancro deixando de fumar.

• A maioria dos tratamentos para a asbestose alivia os sintomas; por exemplo, a administração de oxigênio alivia a dispnéia. Drenar o líquido à volta dos pulmões pode também facilitar a respiração.

• Há casos em que o transplante do pulmão deu resultados muito positivos na asbestose. Os mesoteliomas são invariavelmente mortais e a extirpação cirúrgica do tumor não cura o cancro.

Beriliose

• A beriliose é uma inflamação pulmonar causada pela aspiração de pó ou de vapores que contêm berílio.

O que é o berílio?É um elemento alcalino-terroso, bivalente, tóxico, de coloração cinza, duro, leve, quebradiço e sólido na temperatura ambiente. É empregado para aumentar a resistência de ligas metálicas(especialmente a de cobre). É empregado para produzir diversos instrumentos (giroscópios), dispositivos (molas de relógios), e em reatores nucleares.

• No passado, o berílio extraía-se das minas para ser utilizado nas indústrias químicas e eletrônicas e no fabrica de lâmpadas fluorescentes. Atualmente, utiliza-se principalmente na indústria aeroespacial. Além dos trabalhadores destas indústrias, algumas pessoas que vivem perto das refinarias de berílio desenvolvem também a beriliose.

• A diferença entre a beriliose e as outras doenças pulmonares ocupacionais é que os processos pulmonares parecem produzir-se somente em indivíduos sensíveis ao berílio e que representam, aproximadamente, 2 % dos que estão em contato com ele.

• A doença pode manifestar-se inclusive naquelas pessoas que sofreram uma exposição relativamente breve ao berílio e os sintomas podem tardar de 10 a 20 anos a aparecer.

Sintomas e diagnóstico

• Em algumas pessoas, a beriliose surge de repente (beriliose aguda), principalmente sob a forma de uma inflamação do tecido pulmonar (pneumonite). As pessoas com beriliose aguda têm acessos repentinos de tosse, dificuldade em respirar e perda de peso. A beriliose aguda pode também afetar a pele e os olhos.

• Outros indivíduos sofrem de beriliose crônica, caracterizada pela formação de um tecido anormal nos pulmões e pelo aumento de volume dos gânglios linfáticos. Nestas pessoas, a tosse, a dificuldade respiratória e a perda de peso desenvolvem-se de forma gradual.

• O diagnóstico baseia-se na história pessoal de exposição ao berílio, nos sintomas e nas alterações características que se podem observar na radiografia do tórax. No entanto, as radiografias de beriliose parecem-se com as de outra doença pulmonar, daí pode ser necessários exames imunológicos complementares.

Tratamento

• A beriliose aguda pode ser grave, inclusive mortal. No entanto, de modo geral, os indivíduos restabelecem-se, apesar de estarem no início muito doentes devido à rigidez dos pulmões e à alteração da função pulmonar.

• Com um tratamento adequado, o doente recupera-se, habitualmente, ao fim de um período de 7 a 10 dias, sem efeitos colaterais.

• Quando os pulmões estão gravemente afetados pela beriliose crônica, o coração pode sofrer devido a um esforço excessivo, provocando insuficiência cardíaca e morte.

• Às vezes, prescrevem-se corticosteróides, como a prednisona oral, para a beriliose crônica, embora infelizmente não sejam muito úteis.

Exposição a gases e substâncias químicas

• Muitos tipos de gases, como o cloro, o fosgênio, o anidrido sulfuroso, o sulfato de hidrogênio, o peróxido de azoto e o amoníaco, podem libertar-se de repente por um acidente industrial e irritar gravemente os pulmões.

• Os gases como o cloro e o amoníaco dissolvem-se com facilidade e irritam imediatamente a boca, o nariz e a garganta. As zonas inferiores dos pulmões só se vem afetadas quando o gás é inalado profundamente.

• Os gases radioativos, que se libertam no acidente de um reator nuclear, podem provocar cancro do pulmão e outras formas de cancro que podem demorar anos a desenvolver-se. Alguns gases como o peróxido de azoto não se dissolvem facilmente. Por conseguinte, não provocam sinais de exposição, como irritação do nariz e dos olhos, e são mais propensos a serem profundamente inalados nos pulmões. Esses gases podem causar inflamação das vias aéreas inferiores (bronquiolite) ou mesmo a acumulação de líquido nos pulmões (edema pulmonar).

• Na doença dos trabalhadores dos silos, que surge por inalação de vapores que contêm peróxido de azoto libertado pela fermentação nos silos, o líquido pode só aparecer nos pulmões 12 horas depois da exposição; a afecção pode melhorar transitoriamente e depois reaparecer ao fim de 10 ou 14 dias, inclusive sem ter havido um novo contato com o gás. Essa recorrência tende a afetar as vias aéreas inferiores (bronquíolos).

• Em algumas pessoas pode aparecer bronquite crônica provocada pela exposição a pequenas quantidades de gás ou outras substâncias químicas durante um período prolongado.

• Além disso, julga-se que a exposição a certas substâncias químicas (os compostos de arsénico e os hidrocarburetos) provoca cancro em algumas pessoas. O cancro pode desenvolver-se nos pulmões ou em qualquer parte do organismo, dependendo da substância inalada.

Sintomas e diagnóstico

• Os gases solúveis como o cloro produzem queimaduras graves nos olhos, no nariz, na garganta, na traquéia e nas vias aéreas superiores.

• Causam, frequentemente, tosse e sangue na expectoração (hemoptise), sendo também frequentes as náuseas e a dispnéia.

• Os gases menos solúveis como o peróxido de azoto produzem dispnéia, por vezes grave, ao fim de 3 ou 4 horas.

• Uma radiografia no tórax pode por em evidência se houve edema pulmonar ou bronquiolite.

Prevenção e tratamento

• A maioria das pessoas recupera completamente de uma exposição acidental a gases. A complicação mais grave é a infecção pulmonar.

• A melhor forma de prevenir a exposição é trabalhar com um cuidado extremo quando se manipulam gases e substâncias químicas.

• No caso de uma fuga acidental, devem estar disponíveis as máscaras antigás com a sua reserva de ar. Os agricultores dos silos têm de estar informados sobre o perigo das exposições a gases tóxicos.

• O oxigênio é a base do tratamento. Quando a lesão pulmonar é grave, a pessoa pode ter necessidade de respiração artificial. Os fármacos que abrem as vias aéreas, os líquidos por via endovenosa e os antibióticos podem ser úteis. Prescrevem-se, frequentemente, corticosteróides, como a prednisona, para reduzir a inflamação dos pulmões.

Pneumoconiose benigna

Há outras substâncias que, em algumas ocasiões, levam a alterações dos pulmões nas radiografias.

A siderose resulta da inalação do óxido de ferro; a baritose, da inalação de bário, e a estanose, da inalação de partículas de estanho. Embora estas poeiras sejam evidentes na radiografia do tórax, não causam grandes reações no pulmão, de modo que as pessoas expostas a eles não manifestam sintomas nem deterioração funcional.

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