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Anlise da interoperabilidade aplicada aoprojeto BIM de Estruturas Metlicas
MARCO ROMEU BAPTISTA DE ALMEIDAOutubro de 2015
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Tecnologia BIM aplicada ao Projeto de EstruturasMetlicas
Marco Romeu Baptista de Almeida
Dissertao submetida para a obteno do grau de Mestre em
Engenharia Mecnica Ramo de Construes Mecnicas
Instituto Superior de Engenharia do Porto
Departamento de Engenharia Mecnica
15 de outubro de 2015
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Relatrio da Unidade Curricular de Dissertao/Projeto/Estgio do 2. ano do Mestrado emEngenharia Mecnica
Candidato: Marco Romeu Baptista de Almeida, N. 1110079, 1110079@isep.ipp.pt
Orientao Cientfica: Rodrigo Falco Moreira, rem@isep.ipp.pt
Mestrado em Engenharia Mecnica
Departamento de Engenharia Mecnica
Instituto Superior de Engenharia do Porto
15 de outubro de 2015
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minha namorada e minha Av...
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Agradecimentos
Ao longo desta minha caminhada foram vrias as pessoas que me apoiaram. Desta
forma, deixo aqui, de modo simples, um sincero agradecimento por tudo o que fizeram.
Ao meu orientador, o Professor Rodrigo Falco Moreira, um agradecimento pela
disponibilidade demonstrada, pelo interesse no tema e o apoio que manifestou ao longo
destes meses.
Ao Professor Joo Poas Martins da FEUP, um sincero agradecimento por todo o apoio,pelas diferentes opinies e ideias a desenvolver e sobretudo pelo seu entusiasmo
relativamente ao tema abordado.
minha namorada, pelo apoio incondicional e compreenso nos momentos mais
difceis deste percurso. Pelo amor e amizade, pelas palavras de motivao e pela
pacincia que sempre demonstrou.
Aos meus amigos e colegas de curso, em particular ao Andr, ao Filipe, ao Sandro e carinhosamente apelidada malta do ISEP, que nos ltimos anos deste percurso que
agora termina foram um apoio essencial.
Por fim, minha famlia, em especial aos meus pais, por me terem proporcionado uma
formao acadmica e pela forma como contriburam para a minha formao enquanto
pessoa, ajudando-me em todos os momentos.
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ResumoO BIM Building Information Modeling um conceito de controlo e gesto de
informao desenvolvida, entre diferentes especialidades e intervenientes envolventes,
durante o ciclo de vida das construes. A utilizao das tecnologias BIM, no ramo daEngenharia Mecnica e Civil, tem sido uma aposta constante, e cada vez mais concisa,
nos projetos de construo. A justificao para a adoo destas metodologias mais
eficientes, em substituio dos processos convencionais, prende-se com o facto desses
processos convencionais, ainda hoje, apresentarem muitas dificuldades e problemas
associados, por exemplo, falta de comunicao entre os intervenientes e ao ineficiente
controlo na gesto de projetos.
O objetivo desta dissertao centra-se na anlise da interoperabilidade de softwares
BIM, ou seja, na verificao da viabilidade de exportao de dados dos modelos
produzidos, entre as ferramentas BIM. Para este campo de ao contribuir a anlise da
passagem de informao, relativa ao modelo de uma Nave Industrial modelada, em
alguns dos softwares BIM, correntemente mais utilizados.
O conhecimento adquirido com a modelao do caso de estudo do presente trabalho ir
permitir identificar algumas lacunas existentes ao nvel da falta de recomendaesprticas que sirvam de orientao na modelao recorrendo a ferramentas informticas
BIM-compatveis. Assim, a base deste trabalho consiste na criao de uma srie de
recomendaes ou de um roteiro de modelao em especfico para a disciplina de
estruturas enquanto rea de aplicao concreta do estudo efetuado.
Nesse sentido, a proposta deste trabalho de apresentar alguns critrios de modelao
onde so definidos os elementos a modelar em cada fase do projeto.
Palavras-Chave:Building Information Modeling (BIM); Anlise de interoperabilidade,
LOD, Nveis de Desenvolvimento.
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Abstract
The concept of BIM Building Information Modeling is a process of monitoring and
management of all information created and developed, between various specialties and
engaging stakeholders, during the life cycle of buildings. The use of BIM technologies
in the field of Mechanical and Civil Engineering, has been a constant focus in
construction projects, being that, there are many studies that attempt to exploit your
concept and its potential. The justification for the adoption of these more efficient
methods, relates to the fact that the conventional processes, still today, present many
difficulties and problems associated with, for example, the lack communication between
stakeholders and inefficient control in management of projects.
The objective of this dissertation focuses on reviewing the interoperability of BIM
software, i.e. the verification of the data export viability of models produced between
the BIM tools. For this field of action will contribute to analysis of the passage of
information on the model of an industrial building modeled in some of BIM software,
more commonly used.
The experience gained from the modelling case of study allowed the identification of
some gaps in modelling rules that guide modelling using computer BIM capable tools.
So the basis of this work is to create a series of recommendations and a roadmap for
modelling, specific to the study conducted in structures discipline
So the basis of this work is to create a series of recommendations and a roadmap for
modelling, specific to the study conducted in structures discipline.
Keywords:Building Information Modelling (BIM); Analysis of interoperability, LOD
Level of Development.
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Rsum
Le concept BIM - Building Information Modeling - est un concept qui dvelopp lecontrle et la gestion de l'information entre les diffrentes spcialits et engagement des
parties prenantes au cours du cycle de vie de la construction. L'utilisation de la
technologie BIM dans le domaine de la gnie mcanique et civil, ont t un pari
constant, et de plus en plus concise dans des projets de construction, et, il ya de
nombreuses tudes qui tentent d'exploiter avec diligence son concept et de son potentiel.
La justification de l'adoption de ces mthodes plus efficaces, aujourd'hui, prsentent de
nombreuses difficults et les problmes associs avec, par exemple, le manque decommunication entre les intervenants et inefficace contrle de la gestion de projet.
L'objectif de cette mise au point de dissertation sur la analyse de l'interoprabilit des
logiciels BIM, savoir la vrification de la viabilit de l'exportation de donnes de
modles produits entre les outils BIM. Pour ce champ d'action va contribuer l'analyse
du passage des informations sur le modle du pavillon industrielle modlise dans
certains des logiciels BIM, plus communment utilis.
Les connaissances acquises partir de la modlisation du cas de cette tude de
recherche a identifi un certain nombre de lacunes en termes de manque pratique pour
servir de guide dans la modlisation utilisant des outils logiciels BIM-compatible. Ainsi,
la base de ce travail est de crer une srie de recommandations ou d'un script dans la
modlisation spcifique la discipline des structures comme un domaine concret
d'application de l'tude ralise.
En ce sens, l'objectif de ce document prsente quelques critres de modlisation o les
lments pour modliser chaque phase du projet sont dfinis.
Mots-cls
Building Information Modeling (BIM); Analyse de l'interoprabilit, Lod, de niveau de
dveloppement
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ndice
AGRADECIMENTOS ........................................................ ............................................................ ....... VII
ABSTRACT .................................................... ............................................................ ............................... X
RSUM .......................................................... ............................................................ ........................... XII
NDICE DE FIGURAS ...................................................... ............................................................ ........ XV
NDICE DE TABELAS ................................................................ ...................................................... XVII
NOMENCLATURA .................................................. ............................................................ ................XIX
1. INTRODUO .................................................................... .......................................................... ... 1
1.1. CONSIDERAES INICIAIS...................................................................................... ...................... 1
1.2. OBJETIVOS.................................................. ............................................................ ..................... 3
1.3.
ORGANIZAO DO RELATRIO.......................................................... .......................................... 4
2. ESTADO DA ARTE ........................................................................ .................................................. 5
2.1. INTRODUO................................................................................................ ............................... 5
2.2. BIM .................................................. ............................................................ ............................... 7
2.3. FUNCIONALIDADES DO BIM .............................................................. .......................................... 8
2.4. NORMAS PARA A UTILIZAO DO BIM ............................................................................ .......... 11
2.4.1 NORMA SINGAPORE BIMGUIDE 2013VERSION 2 .................................................. ................... 13
2.4.2 NORMANATIONAL BIM STANDARD (NBIMS)EUA .................................................... .......... 13
2.4.3 NORMA COBIMFINLNDIA.................................................. ................................................. 14
2.4.4
NORMA AEC(UK)BIMPROTOCOL.................................................. ........................................ 15
2.4.5 NORMA GSABIMGUIDESEUA .......................................................................................... 16
2.4.6 NORMASNORUEGUESAS................................................ ........................................................... 16
2.4.7 NORMAS CANADIANA AECOOCOMMUNITY............................................................................ 17
2.4.8 NORMALIZAO EM PORTUGAL.................................................................. .............................. 18
2.5 INTEROPERABILIDADE........................................................................ ....................................... 19
2.5.1 BUILDINGSMARTE OPENBIM ................................................................................................. 21
2.5.2 FORMATO IFC-INDUSTRY FOUNDATION CLASSES........................................................ ........... 21
2.5.3 FORMATO BCF-BIMCOLLABORATION FORMAT..................................................................... 24
2.5.4
FORMATO IFD-INTERNATIONAL FRAMEWORK FOR DICTIONNARIES.......... ............................. 25
2.5.5 FORMATO IDM-INFORMATION DELIVERY MANUALS.............................................................. 26
2.5.6 FORMATO COBIE.......................................................... ............................................................ 26
2.5.7 FORMATO SDNF(STEEL DETAILINGNEUTRAL FORMAT) ......................................................... 27
2.5.8 FORMATO CIS/2(CIMSTEEL INTEGRATION STANDARDS)................................................ ......... 27
2.5.9 UNICLASS E OMNICLASS.......................................................... .................................................. 28
2.5.10 FORMATO CITYGML-CITY GEOGRAPHY MARKUP LANGUAGE........................................... 28
2.5.11 FORMATO GBXML-GREEN BUILDING XML ........................................................................ 29
2.5.12 FORMATO LANDXML .............................................................................. ............................. 30
2.5.13 FORMATO PDFE 3DPDF .................................................................................... ................... 30
2.5.14 PROGRAMAO E PLUGINS.................................................. ................................................. 31
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2.6 LOD(LEVEL OF DEVELOPMENT)NVEIS DE DESENVOLVIMENTO........................................... 32
3 MODELO CASO DE ESTUDO .................................................... ................................................. 36
3.1 INTRODUO................................................................................................ ............................. 36
3.2 ESTUDO DO MODELO NO ADVANCE STEEL.................................................... ............................. 38
3.3 ADVANCE STEEL /ROBOT ANALYSIS (LOD400) ............................................................ .......... 39
3.4 ADVANCE STEEL /ROBOT ANALYSIS (LOD300) ............................................................ .......... 42
3.5 MODELAO DO MODELO EM CAD .................................................... ....................................... 45
3.6 INTEROPERABILIDADE DO MODELO EM CADCOM O AS2016 .................................................... 46
3.6.1 INTEROPERABILIDADE DO MODELO EM AS2016COM O RSA2016 ........................................... 46
3.6.2 INTEROPERABILIDADE DO MODELO EM RSA2016COM O AS2016 ........................................... 54
3.7 DESENVOLVIMENTO DO MODELO NO TEKLA21 ...................................................................... 56
3.8 LISTAGEM DAS DIFICULDADES ENCONTRADAS...................................................... .................... 60
4. CONSIDERAES FINAIS ............................................................................ .............................. 63
4.1 CONCLUSES.......................................................................................................... ................... 63
4.2 DESENVOLVIMENTOS FUTUROS................................................................................................. 65
REFERNCIAS DOCUMENTAIS .................................................................................... .................... 66
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ndice de Figuras
Figura 1 BIM Building Information Modeling ....................................................................... 6
Figura 2 Nveis do BIM ............................................................................................................. 7
Figura 3 Dimenses do BIM .................................................................................................... 10
Figura 4 Lifecycle Building Information Canadian AECOO Community [25] ....................... 18
Figura 5 Formatos de Interoperabilidade ................................................................................. 20
Figura 6 IFC viso geral por especialidades e softwares ......................................................... 22
Figura 7 Interoperabilidade IFC ............................................................................................... 23
Figura 8 Evoluo do IFC ........................................................................................................ 23
Figura 9 Interao 3D IFC BIM ............................................................................................ 24
Figura 10 BCF BIM Collaboration Format .............................................................................. 25
Figura 11 Aparncia de um arquivo Cobie (aecmag.com, imagem) ........................................ 27
Figura 12 CityGML .................................................................................................................. 29
Figura 13 gbXML .................................................................................................................... 29
Figura 14 Interoperabilidade com PDF 2D e 3D ..................................................................... 31
Figura 15 LOD's ....................................................................................................................... 32
Figura 16 LOD 300 .................................................................................................................. 33
Figura 17 LOD 350 .................................................................................................................. 34
Figura 18 LOD 400 .................................................................................................................. 34
Figura 19 Representao grfica dos nveis de LOD ............................................................... 35
Figura 20 Fluxo de trabalho AS 2016 vs RSA 2016 ................................................................ 36
Figura 21 AS 2016 Vista geral do modelo ............................................................................ 38
Figura 22 AS2016 Vista dos prticos e travamentos ............................................................ 38
Figura 23 AS 2016 Vista das ligaes .................................................................................. 39
Figura 24 RSA 2016 Vista geral do Modelo Importado. ...................................................... 41
Figura 25 Advance Steel 2016 Viso geral do Modelo em LOD 300................................... 42
Figura 26 Advance Steel Viso parcial dos elementos ......................................................... 42
Figura 27 Advance Steel 2016 Elementos de ligao ........................................................... 43
Figura 28 RSA 2016 Viso geral do modelo LOD 300 ........................................................ 43
Figura 29 Viso parcial dos elementos .................................................................................... 44
Figura 30 RSA 2016 Elementos de ligao........................................................................... 44
Figura 31 Fluxo de trabalho Autocad, AS 2016, RSA 2016 ................................................. 45
Figura 32 AutoCad 2016 Linhas de eixo............................................................................... 46
Figura 33 Advance Steel 2016 Somente perfis ..................................................................... 46
Figura 34 Modelo Robot .......................................................................................................... 47
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Figura 35 Pormenor Robot Structure Analysis ........................................................................ 47
Figura 36 Pormenor da orientao do UCS no Advance Steel ................................................ 48
Figura 37 Pormenor da orientao do UCS no RSA ................................................................ 49
Figura 38 Pormenor da orientao do UCS no Advance Steel ................................................ 49
Figura 39 Pormenor da orientao do UCS no RSA ................................................................ 50
Figura 40 Pormenor das cartelas realizadas no RSA aps importao do Advance Steel ....... 51
Figura 41 Exemplo na indefinio das cartelas. ....................................................................... 51
Figura 42 Aplicao de materias existentes do RSA no Modelo importado. ........................... 52
Figura 43 Outro exemplo na indefinio das cartelas .............................................................. 52
Figura 44 Informao de elementos de viga aps a importao. ............................................. 53
Figura 45 Concluso do Modelo no RSA 2016 ....................................................................... 54
Figura 46 Modelo importado RSA 2016 para AS 2016 ........................................................... 54
Figura 47 Elementos descentrados aps importao ................................................................ 55
Figura 48 Reposicionamento dos elementos nos eixos ............................................................ 55
Figura 49 Macro paramtrica ................................................................................................... 56
Figura 50 Fluxo de trabalho Tekla vs. RSA 2016 .................................................................... 56
Figura 51 Modelo realizado no Tekla ...................................................................................... 57
Figura 52 Pormenor dos elementos .......................................................................................... 57
Figura 53 Modelo importado do Tekla 21 para o RSA 2016 no formato STP ........................ 58
Figura 54 Pormenor da aplicao de cartela no RSA ............................................................... 59
Figura 55 Modelo importado do RSA 2016 para o Tekla no formato .SDNF ......................... 60
Figura 56 Modelo importado do RSA 2016 para o Tekla no formato .STP ............................ 60
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ndice de Tabelas
Tabela 1 - Adoo das tecnologias BIM ......................................................................................... 12
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Nomenclatura
AEC Arquitetura, Engenharia e Construo
AIA The American Institute of Architects
BCA Building Construction Authority
BIM Building Information Modeling
BPM Building Product Model
bSa buildingSMART alliance
CAD Computer Aided Design
SBM Statsbygg Building Modelling
AISC American Institute of Steel Construction
COBie Construction Operations Building Information Exchange
EUA Estados Unidos da Amrica
AECOO Architecture, Engineering, Construction, Owners and Operations
GSA General Services Administration
IDM Information Delivery Manuals
IPQ Instituto Portugus da QualidadeGTBIM Grupo de trabalho BIM
IFC Industry Foundation Classes
APMEP Associao Portuguesa dos Mercados Pblicos
BCF BIM Collaboration Format
LOD Level of Development
MDV Model View Definitions
MEP Mechanical, Electrical and Plumbing
NBIMS National BIM Standard
NIBS National Intituite of Building Sciences
CityGML City Geography Markup Language
XML eXtensible Markup Language
PDF Portable Document Format
IFD International Framework for Dictionnaries
PBS Public Buildings Service
UK United Kingdom
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1.
Introduo
1.1.
Consideraes iniciais
As ferramentas digitais j esto amplamente presentes nos comrcios da construo. No
projeto, por exemplo, os arquitetos trabalham durante muito tempo com a representao
em softwares 3D, os escritrios de engenharia tm aplicaes de negcios cada vez mais
poderosas para integrar um nmero crescente de parmetros nas fases de projeto de
engenharia. As prprias mdias empresas esto equipadas com computadores e
smartphones, desmaterializando assim a informao e o intercmbio com os seus
parceiros. Os gestores de patrimnio (gestor BIM), tm software sob medida que tm
como funo dar resposta s necessidades que surgem, nomeadamente ao nvel da
assistncia tcnica e manuteno.
O modelo digital a grande inovao no setor digital. Com ele temos tido um impacto
potencial sobre todos os comrcios. um avatar virtual, o qual contm ambas as
propriedades geomtricas e informaes sobre a natureza de todos os objetos utilizados
(composio, propriedades, etc.). Esta ferramenta est prestes a mudar profundamente
todo o processo de construo. O conceito BIM ("Building Information Modeling") est
a tornar-se o mtodo de trabalho com base na colaborao em torno de um modelo
digital. Este modelo enriquecido com os contributos dos vrios intervenientes sobre otrabalho, desde a conceo construo, e receo no fim de vida. Permite, assim, que
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todas as partes envolventes contenham uma melhor representao, antecipao,
otimizao e escolha, durante a vida da estrutura. [17]
As grandes companhias (Empresas, Arquitetos, Engenharia, Engenharia Industrial)
usam cada vez mais esta nova ferramenta, que gradualmente se tornou,
internacionalmente, inserida nos grandes projetos. Por outro lado, as pequenas empresas
ainda a usam pouco, exceo de alguns pioneiros que esto convencidos da sua
relevncia, nomeadamente em projetos atuais. Estas primeiras experincias so vistas
com grande agrado e todos os seus utilizadores no pensam usar outra ferramenta. Na
opinio de todos os especialistas, estas ferramentas acrescem potenciais ganhos muito
significativos, tanto em produtividade (reduo de tempo e custos) bem como melhora a
qualidade dos projetos. Estes proveitos so esperados em novas construes assimcomo, na renovao de edifcios e gesto patrimonial durante a vida til da estrutura.
[17]
Internacionalmente, os esforos para desenvolver o BIM esto a tornar-se mais
numerosos. A Unio Europeia mudou recentemente as orientaes para os contratos
pblicos de forma a incentivar os Estados membros a usar ferramentas digitais. Este
contexto favorvel para acelerar a sua distribuio. [17]
Apesar destes modelos de informao possurem vrias vantagens, a sua implementao
no universal dado que s possvel retirar o mximo proveito destes softwares se
grande parte dos profissionais da construo os utilizarem.
A adoo desta tecnologia torna-se um passo relevante para o futuro visto que tem uma
importncia significativa no setor da construo, permitindo visualizar e prevenir erros
que possam ocorrer durante a elaborao de uma obra.
No entanto, apesar da emergente utilizao destes processos, no existem neste
momento normas ou regras de boas prticas para a sua implementao em Portugal.
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1.2. Objetivos
A presente dissertao pretende explorar o interface entre ferramentas de desenho
paramtrico (BIM), especialmente vocacionadas para o projeto de estruturas metlicas,
com ferramentas de anlise estrutural baseadas no mtodo de elementos finitos.
So bem conhecidas as dificuldades que surgem quando se tenta emparelhar aplicaes
desenvolvidas por fabricantes distintos, o que pode comprometer a eficincia do
processo de projeto. Pretende-se desenvolver metodologias que permitam contornar as
dificuldades que surgirem no caso de estudo definido.
O presente caso de estudo desta dissertao baseado numa Nave Industrial modelada
no software Advance Steel 2015 Autodesk (software BIM) , contendo um elevado graude detalhe de preparao, nomeadamente toda a informao necessria para a execuo
de toda a documentao complementar, listagens de materiais, desenhos tcnicos entre
outros. Este Modelo de elevado rigor de informao, algo que exigido aquando a
realizao de num projeto de estruturas metlicas, foi desenvolvido e gentilmente
cedido pela empresa Lopes & Gomes.
A metodologia aplicada no caso de estudo consistiu no aproveitamento da estrutura
metlica fornecida pela empresa Lopes & Gomes por forma a interagir com outro
software de anlise de elementos finitos que neste caso ser o software Robot Structural
Analysis da Autodesk, por forma a verificar as dificuldades inerentes na
interoperabilidade entre os mesmos.
Assim sendo, o principal objetivo fomentar a sensibilizao da utilizao da
tecnologia BIM para melhorias de sucesso no futuro da construo de estruturas
metlicas, aumentando a viabilidade e alargando os horizontes, as metas e objetivos daconstruo de estruturas metlicas.
Para tal objetivo, contribuir o uso do software Advance Steel (Autodesk, 2016)
(ferramenta BIM), Robot Structure Analysis (Autodesk, 2016) assim como do software
Tekla Structures, na modelao e interoperabilidade entre softwares.
Este trabalho pretende ser um contributo para o desenvolvimento de um potencial
documento, porventura semelhante aos que j se encontram redigidos noutros pases,onde se incluam algumas regras de modelao.
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1.3. Organizao do relatrio
A estrutura da dissertao desenvolvida feita em 4 captulos.
O primeiro capitulo a presente introduo onde se pretende fazer um enquadramento
geral do tema a desenvolver e onde so referidos os objetivos a atingir.
No segundo captulo apresenta-se o BIM Building Information Modeling
realizado o Estado de Arte relativo ao tema. Seguidamente, foi efetuada uma abordagem
dos desenvolvimentos que tm sido levados a cabo em diversos pases para a
implementao de processos BIM no setor da arquitetura, engenharia e construo,
sendo apresentadas uma srie de normas ou diretrizes que tm por objetivo introduzir
alguma coerncia no setor quando os seus intervenientes decidam realizar os seus
projetos utilizando processos BIM, assim como, a apresentao de alguns dos formatos
BIM utilizados atualmente.
O terceiro captulo faz referncia ao Processo de Interoperabilidade do software
Advance Steel; Robot Structure Analysis; Tekla Structures iniciado o
desenvolvimento do caso de estudo atravs de um modelo de estrutura metlica pr
concebido no software Advance Steel.
O quarto captulo o ltimo da presente dissertao onde se apresenta uma sntese do
trabalho desenvolvido, referindo as principais concluses e possveis desenvolvimentos
futuros a realizar como forma de continuao do trabalho desenvolvido nesta
dissertao.
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Estado da arte
2.1. Introduo
Durante longa data era muito frequente a presena de erros graves na execuo de um
certo projeto, resultado da ineficaz comunicao entre os vrios participantes nessas
obras. Para que se diminuam esses problemas necessrio melhorar a comunicao
entre especialistas e a partilha de informao.
Como tentativa de resposta a este problema surge o BIM. O BIM (Building Information
Modeling) uma tecnologia que permite aos seus utilizadores acederem e
acrescentarem informaes relevantes sobre o processo de construo. Representa uma
nova maneira de representao, dentro dos sistemas CAD, porque permite no s a
visualizao em 3D, mas tambm a gesto de informao durante todo o ciclo de vidade um edifcio.
O contexto econmico e financeiro atual, adaptado com as intensas e contnuas
evolues tecnolgicas, conduz as empresas de construo a fortes transformaes a
nvel organizacional num intuito de uma gesto mais eficaz e minuciosa. A gesto de
informao fivel e atualizada fulcral para o desempenho global das empresas. A
essencial finalidade da implementao de um sistema de informao para a construo
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garantir nveis de desempenho acrescidos e um aumento da produtividade no setor da
construo.
Atualmente, os trabalhos de construo atravessam uma tendncia crescente para
serem cada vez mais abrangentes, complexos e mecanizados. Ao mesmo tempo a
informao produzida na construo aumenta em quantidade e exigncia, obrigando a
maiores cuidados na qualidade das peas e sua organizao [3].
Figura 1 BIM Building Information Modeling
O processo da construo constitudo por atividades que direcionam para o
manuseamento da informao. A informao do processo construtivo essencial para ocorreto desenvolvimento do projeto representada em desenhos, memrias descritivas,
contratos, cadernos de encargos, etc.. A indstria da construo uma engenharia
munida de muitos documentos como suporte da atividade. Hoje em dia, os documentos
de suporte da construo so elaborados e usados em formato digital, o que facilita a
gesto documental da informao.
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2.2. BIM
O BIM ("Building Information Modelling") um mtodo de trabalho baseado na
colaborao em torno de um modelo digital. Num processo de projeto BIM, cadautilizador usa esse modelo de construo, originalmente projetado pelo arquiteto, e
desenha informaes que ele precisa para o seu trabalho. Por sua vez, alimenta-se o
modelo com novas informaes por forma a chegar-se ao objeto de construo final,
perfeitamente representado virtualmente. O Modelo Digital atualizado durante toda a
vida da estrutura, desde a conceo construo, da entrega at sua desconstruo. O
proprietrio do edifcio, portanto, tem um avatar virtual da obra, poderosa ferramenta de
gesto e otimizao em toda a vida do edifcio. [17]
O BIM ideal, como mtodo de compartilha e alimentado por todas as especialidades
num s modelo, uma viso idealizada que poder tornar-se realista dentro de vrios
anos. Por agora, este levanta muitas questes ainda sem resposta, nomeadamente em
termos da responsabilidade legal das diversas partes interessadas. Na realidade, a
transio para o BIM deve ser feita passo a passo. [17]
Figura 2 Nveis do BIM
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Existem trs nveis de BIM:
O BIM Nvel 1 a modelao de um modelo digital que partilhado num nico sentido
num instante de tempo t.
BIM Nvel 2 corresponde a uma colaborao com base no modelo digital com um
intercmbio bilateral entre arquiteto, escritrios de design e empresas. O modelo deve
ser a base de exportao, mas tambm integrar informaes dos utilizadores (tcnicos).
Esta colaborao pode comear gradualmente com um ou dois utilizadores e, com o
decorrer dos projetos e maturidade dos mesmos, sero acrescentados novos utilizadores,
incorporando assim mais partes interessadas.
BIM Nvel 3corresponde utilizao de um modelo digital e sua repartio, atravs
de uma rede para os vrios utilizadores, que se pode ligar a qualquer momento ao
modelo.
Este processo de engenharia "concorrente" levanta a questo da elaborao e
atualizao do modelo digital. A "Gesto BIM" torna-se uma caracterstica central do
projeto BIM. O "gerente BIM" no um novo negcio, mas sim uma nova funo, que
pode ser fornecida por diversas partes interessadas do domnio do trabalho. [17]
O formato IFC (Industry Foundation Classes) o modelo de dados usado em modelos
digitais. Ele permite descrever objetos (paredes, janelas, espaos, mensagens, etc.), suas
caractersticas e seus relacionamentos. A IFC parte do padro STEP internacional ou
"Standard for Exchange of Product Data" (ISO 10303). Desde maro de 2013, a IFC so
rotulados ISO 16739. A IFC visam assegurar a interoperabilidade dos comrcios de
software BIM. [17]
2.3. Funcionalidades do BIM
O BIM uma revoluo, que afeta todo o ciclo de vida de um edifcio a partir do incio
das fases de planeamento das etapas, atravs das fases de conceo, construo, bem
como da gesto e manuteno. Esta ltima fase provavelmente a mais importante
porque se observa o custo global de um edifcio durante a sua vida til, que representa
entre 75 e 80%. Da a necessidade de se mudar para um tipo de processo BIM por forma
a minimizar os custos da produo assim como o da manuteno dos edifciosindependentemente da sua dimenso. [20]
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O BIM combina trs termos-chave: Preciso, Reutilizao e Acessibilidade.
"Preciso". Todos os modelos digitais, para cada uma das especialidades, fornecem
informaes precisas que podem ento ser reexploradas para reduzir os custos de
manuteno num projeto, por exemplo.
"Reutilizao". Criar um modelo digital permite uma otimizao da construo e uma
melhoria na gesto de custos, no um fim em si mesmo. Os dados tambm podem ser
alimentados de volta por forma a otimizar a vida plena do edifcio.
"Acessibilidade". O BIM um processo digital desenvolvido tendo em conta a
atualidade, nomeadamente com a existncia da nuvem, permitindo o acesso e uma
explorao de dados de construo em qualquer lugar e a qualquer hora.
BIM num processo colaborativo
"BIM no uma ferramenta de banco de dados ou um software especial, acima de
tudo um processo, uma forma de colaborar entre todas as partes interessadas no
projeto. Que trar a otimizao em qualquer ponto de vista ". Com esta colaboraomultidisciplinar, somos capazes de melhorar de forma consistente o desempenho do
edifcio. Quem diz a cooperao tambm diz a capacidade de trocar informao entre
todos os intervenientes na forma interopervel do projeto, com formatos abertos. A
interoperabilidade uma noo para manter sempre em mente. [20]
BIM num campo de ao mltipla
"BIM no restritivo". Na fase de projeto, permite a criao de modelos de edifcios de
formas complexas e multiplica as variaes em torno de um nico projeto. BIM tambm
permite que o arquiteto possa transferir facilmente o modelo digital contendo suas
informaes para outros softwares. Por outro lado, diversos estudos BIM so mais
direcionados para a comunicao. Na verdade, ele permite apresentar claramente o
progresso de um projeto de gesto ou futuros usurios de um projeto de edifcio. [20]
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Os objetivos BIM so:
Permitir que as equipas projetem, visualizem, simulem e colaborem mais
facilmente em todo o ciclo de vida do projeto.
Que esta tecnologia torne mais fcil a realizao dos objetivos de um projeto e
da empresa.
Suporte 3D Assistncia
Projeto de simulaes 4D
Domnio Controlo de Gesto de Custos com a simulao 5D
Servios de aprendizagem da tecnologia BIM. um processo que envolve a
criao e utilizao de um modelo 3D inteligente, que permite tomar melhores
decises sobre um projeto e sobre a comunicao. Os nossos objetivos iro
tornar as nossas informaes mais percetveis e proporcionar uma mais valia em
cada fase do processo. A EQUIPA. [21]
As dimenses do BIM
Figura 3 Dimenses do BIM
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2.4. Normas para a utilizao do BIM
No mbito deste trabalho no se recorreu a qualquer tipo de norma em especfico apesar
da existncia de diversas normas internacionais, como iremos ver a seguir. Sendo um
trabalho de interoperabilidade entre somente dois softwares podemos considerar umaviso BIM mais micro neste trabalho, em comparao com um modelo BIM na sua
integra englobando as diversas especialidades de uma construo.
necessrio que a regulamentao do BIM seja obrigatria para que a sua
implementao total seja uma realidade. Por isso surgiu a necessidade de desenvolver
normas e guias de boas prticas. Estes documentos contm especificaes tcnicas e
critrios precisos que devem ser desenvolvidos pelos utilizadores de forma consciente
condizendo com uma regra, diretriz ou definio. [1]
Um relatrio da Universidade de Newcastle na Austrlia refere que a maioria dos pases
industrializados esto bem informados sobre as tecnologias e processos BIM e tm
vindo a promover o seu uso. [3]
No decorrer dos ltimos anos, as organizaes governamentais de vrios pases de todo
o mundo aperceberam-se do potencial do BIM, bem como dos benefcios que a sua
prtica pode refletir no seu setor construtivo. [24]
Para tornar possvel o uso deste novo modelo diversas organizaes, sediadas em vrios
pases, elaboraram normas/diretrizes. O AIA descreveu iniciativas que confluem numa
tabela no sentido de se apresentarem as normas estabelecidas para uso do BIM a nvel
mundial. Na Tabela 1 apresentada uma adaptao dessa tabela onde aparecem listadas
as organizaes e pases que tm como principal meta regulamentar os seus processos
de modelao. Aps uma anlise cuidada da mesma a perceo que resulta a de que aadoo das tecnologias BIM est em linha de corrida em vrios pontos do globo
terrestre e que, atualmente, so realizados vrios esforos e vrias campanhas com o
intuito de normalizar a sua prtica. [1]
Bem na linha da frente temos os Estados Unidos como grande motor deste movimento
que, sendo uma grande potncia econmica, so sede de diversas organizaes e
universidades que tm vindo a publicar normas/diretrizes sendo que, nem todas se
encontram aqui enumeradas. J na Europa, o principal motor de arranque encontra-se na
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regio escandinava com principal destaque para a Finlndia e Noruega que desde o
princpio tm vindo a mostrar o seu enorme interesse em tornar o uso BIM como padro
na realizao de inmeros processos. A par destes pases europeus, tambm o Reino
Unido tem revelado um enorme potencial na implementao do BIM. [3]
Tabela 1 - Adoo das tecnologias BIM
Singapura foi um dos primeiros pases a avanar com um programa de implementao
BIM (Aguiar Costa, n.d.) e j apresenta vrias regras para a utilizao de BIM a nvel
do setor pblico [2].
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2.4.1 Norma Singapore BIM Guide 2013 Version 2
Singapore BIM guide, desenvolvido por Singapura, foi um dos primeiros pases a
avanar com um programa de implementao BIM a nvel nacional (os primeiros
desenvolvimentos comearam em 1999, atravs do programa Corenet) e estabeleceucomo meta a adoo BIM obrigatria em 2015;
O responsvel pelo desenvolvimento do Singapore BIM Guide 2013 a Building and
Construction Authority (BCA). Em 2013 a Building and Construction Authority (BCA)
desenvolveu o guia BIM 2013. Este guia procura delinear os diversos usos,
procedimentos e profissionais que esto envolvidos em projetos de construo com
aplicao do BIM e encontra- se dividido em trs captulos. [8]
1. Introduo;
2. Especificaes BIM (what);
3. Modelao e processo de colaborao (how)
2.4.2
Norma National BIm Standard (NBIMS) EUA
De um projeto de colaborao do National Institute of Building Sciences com a
buildingSMART aliance resulta o NBIMS. Esta norma procura fornecer a estrutura
necessria e um quadro base de suporte ao processo colaborativo BIM, atendendo s
necessidades dos desenvolvedores de software BIM, bem como aos diversos
profissionais da indstria AEC (NBIMS, 2013). Neste momento a ltima verso
disponvel para consulta da NBIMS a verso 2. Esta norma est dividida em cinco
captulos [7]:
1. mbito;
2. Normas de referncia;
3. Termos e definies;
4. Normas de troca de informao;
5.
Documentos prticos;
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2.4.3 Norma COBIM Finlndia
National Common BIM requirements (COBIM), guideline publicada em 2007 pela
organizao pblica Senaatti Properties finlandesa. Desde 2001 que esta entidade
desenvolve projetos piloto que culminaram numa crescente generalizao do BIM anvel nacional; [1]
A publicao Common BIM Requirements, mais conhecida por COBIM, foi
primeiramente publicada em 2007 pela organizao pblica Senaatti Properties
finlandesa. Surgiu na Finlndia como forma de resposta rpida adoo do BIM neste
pas. O mbito da criao destes documentos foi a sua utilizao como apndices para
os documentos de adjudicao e contratos dirigidos a todos os intervenientes no
processo construtivo durante todo o ciclo de vida da obra. [8]
A norma COBIM est dividida em 13 sries onde se tenta regulamentar as atividades
necessria para a realizao de um modelo BIM, sendo elas:
1. Requisitos gerais BIM;
2. Modelar de uma situao inicial;
3.
Projeto de arquitetura;
4. Projeto de MEP;
5. Projeto de estruturas;
6. Garantia de qualidade;
7. Extrao de quantidades;
8. Uso de modelos para a visualizao;
9. Uso de modelos para a anlise MEP;
10.Anlise energtica;
11.Gesto de um projeto BIM;
12.Uso de modelos na gesto de edifcios;
13.Uso de modelos na construo.
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2.4.4 Norma AEC (UK) BIM Protocol
PAS1192-2 Specification for information management using BIM e tambm o AEC
(UK) BIM protocol, impulsionados pelo Cabinet Office britnico, responsvel pelas
metas estratgicas entretanto estabelecidas de utilizao BIM obrigatria a partir de2016;
O governo do Reino Unido, em contraste com a maioria dos pases, tem em curso um
programa legislativo com o objetivo de tornar obrigatria a utilizao de BIM nas obras
pblicas. possvel ler-se no documento Govermment Construction Stratagy que at
2016 para obras com custo superior a 5M o governo vai exigir BIM 3D totalmente
colaborativo. Como resposta a esta exigncia a AEC (UK) BIM Standand Committee
lanou at data a norma AEC (UK) BIM Protocol, a AEC (UK) BIM Protocol para o
Autodesk Revit e Bentley (Jorge Silva, 2013), com o objetivo de melhorar os processos
de produo, gesto e partilha de informao de projeto. [9]
A mais recente verso do AEC (UK) BIM Protocol foi publicada em 2012 e conta com
os 11 captulos a seguir mencionados:
1. Introduo;
2. Melhores prticas;
3. Plano de execuo do projeto BIM;
4. Trabalho colaborativo em BIM;
5. Interoperabilidade;
6.
Segregao de dados;
7. Mtodos de Modelao;
8. Estrutura das pastas e conveno de identificao;
9. Estilos de apresentao;
10.Recursos;
11.Anexos.
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2.4.5 Norma GSA BIM GUIDES EUA
National Building Information Modelling Standards, desenvolvidos pelo National
Institute of Building Science, representam o culminar de inmeras iniciativas BIM
americanas que se iniciaram em 2003 com o National 3D-4D-BIM program da GeneralService Administration (GSA). [28]
Da compilao de vrias contribuies lanadas por diferentes entidades, (privadas,
governamentais ou universidades), tm surgido as normas BIM dos EUA. A GSA
responsvel pela construo e manuteno de todos os edifcios federais nos Estados
Unidos tendo em 2003 estabelecido como meta imediata o programa National 3D-4D-
BIM. [1]
A 15 de Maio de 2007 a General Services Administration (GSA) tornou pblica a
primeira verso do GSA BIM Guide com o ttulo GSA Building Information Modeling
Guide Series. Esta primeira srie um texto introdutrio que serve de suporte e
arranque comum para as tecnologias BIM em aplicaes gerais (GSA, 2007). Desde
ento a GSA tem vindo a publicar mais sries de guias e neste momento j esto
disponveis as seguintes [28]:
Series 01 3D - 4D - BIM Overview;
Series 02 Spatial Program Validation;
Series 03 - 3D Laser Scanning;
Series 04 - 4D Phasing;
Series 05 - Energy Performance and Operations.
Series 06 - Circulation and Security Validation;
Series 07 - Building Elements;
Series 08 - Facility Management.
2.4.6 Normas Norueguesas
Statsbygg BIM manual, desenvolvido pela Statsbygg, uma agncia governamental
norueguesa que desde 2011 usa o BIM para todos os seus projetos.
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A SBM tem como objetivo descrever os requisitos de informao no que diz respeito
aos projetos BIM de um modo muito detalhado. Foi construdo na IDM
buildingSMART, e foi desenvolvido para fornecer uma estrutura clara para os processos
de comunicao dos seus projetos. [34]
SBM foi desenvolvido especificamente para a indstria da construo e consiste em:
Na descrio genrica das necessidades e requisitos BIM de domnio
especficos. Ele descreve os requisitos para o BIM independente do projeto,
fase, disciplina, etc. [23]
Uma descrio das ferramentas de modelagem para garantir a qualidade e a
prtica na fase do projeto (por exemplo, verificao de consistncia, a deteo de
conflitos, de segurana e de trnsito, etc.)
A descrio de requisitos adicionais no BIM, que podem ser necessrios durante
o projeto.
Uma lista de classificaes para espaos tcnicos, entidades mecnicas, eltricas,
entidades e fases do projeto, disciplinas e os objetivos dos participantes.
2.4.7 Normas Canadiana AECOO Community
Para liderar a transformao de uma comunidade com melhor desempenho a AECOO
canadense pretende a implementao de processos colaborativos, de entrega do projeto
com base no BIM e no seu ciclo de vida.
Para a canadense necessrio uma transformao clara na Arquitetura, Engenharia,
Construo, Proprietrios e Operaes. AECOO uma comunidade cujo intuito
melhorar o seu desempenho e contribuir mais eficazmente para a sociedade, para o
desenvolvimento ambiental e econmico do Canad. A canadense (BSC) de
buildingSMART Internacional (BSI) e o conselho do Instituto de BIM no Canad (IBC)
acreditam firmemente que essa transformao deve ser apoiada por mais abordagens
colaborativas para a entrega do projeto com base em Building Information Modeling
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(BIM) ferramentas, tecnologias e processos que esto alinhados com outras iniciativas
semelhantes em curso em todo o mundo.[30]
Figura 4 Lifecycle Building Information Canadian AECOO Community [25]
2.4.8 Normalizao em Portugal
Em Portugal, o processo de normalizao est a dar os primeiros passos. O Instituto
Portugus da Qualidade (IPQ) est representado no grupo de trabalho da Comisso de
Normalizao Europeia para o desenvolvimento da norma BIM europeia, garantindo-se
assim uma convergncia entre os esforos nacionais e europeus. Algumas iniciativas
esto tambm a ser dinamizadas para gerar o conhecimento de base necessrio ao
desenvolvimento de um documento de mbito nacional de valor indiscutvel. [27]
Algumas iniciativas como o grupo de trabalho BIM (GTBIM) da Plataforma Portuguesa
Tecnolgica da Construo (PTPC) e o BIMfrum representam um contributo valioso
para as dinmicas de normalizao, auscultando a indstria e gerando uma viso
integrada, que ser considerada numa estratgia bottom-up e que permitir atingir um
mais rpido consenso. Outras iniciativas, como a Comisso BIM da APMEP(Associao Portuguesa dos Mercados Pblicos), esto tambm a contribuir ativamente,
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especialmente no que diz respeito participao numa rede BIM europeia de entidades
pblicas e ao trabalho de integrao do BIM nos processos de contratao pblica que,
alis, recebe especial ateno nas novas diretivas europeias da contratao pblica. [27]
A normalizao BIM em Portugal deve ser encarada como uma oportunidade de
reorganizao da indstria e otimizao dos processos e fluxos de informao que lhe
esto inerentes. A sua correta implementao permitir, de forma inequvoca, potenciar
sinergias entre os diversos agentes e abrir espaos de inovao importantes para o
aumento da competitividade no mercado global. [27]
So ainda de referir alguns outros pases que j possuem normas e guidelines BIM
como a Dinamarca, a Holanda, Coreia do Sul, Hong Kong, Austrlia, etc. [27]
2.5 Interoperabilidade
Interoperabilidade a capacidade de troca de informaes estruturada entre diferentes
aplicaes BIM, idealmente sem verificao manual para garantir a confiabilidade.
Como no possvel pedir todas as partes intervenientes no projeto usando as mesmas
aplicaes, os dados devem ser trocados tambm. [29]
O problema da troca de informaes vista como a principal dificuldade atual vivida
pelos usurios do BIM. Se h uma rea onde BIM ainda tem espao para o
desenvolvimento, este o nico. Na verdade algumas aplicaes, a partir do mesmo
desenvolvedor de softwares,no conseguem trocar dados diretamente sem dificuldade.
[29]
Ferramentas BIM especficas para uma tarefa, como a energia ou os clculos estticos,
quantidades de extrao ou visualizaes devem ser capazes de recuperar os dados
diretamente a partir de um modelo digital 3D criado por outro software e evitar uma
recuperao manual. Esta recuperao manual no apenas um desperdcio de tempo,
mas tambm uma fonte de erros. [29]
Para o CAD, o formato de intercmbio principal a DXF e, at certo ponto, o DWG.
No entanto, o BIM requer um formato de intercmbio que tambm pode transferir os
atributos e outros parmetros do modelo digital 3D. Atualmente, os principais formatos
de troca de dados BIM so IFC e XML. A interoperabilidade tambm conseguida
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atravs da API (Interface de Programao), ento ligaes diretas incorporados em
aplicaes. [29]
A interoperabilidade um dos pontos mais importantes a considerar ao avaliar um
software BIM antes da compra.
Formatos de interoperabilidade:
OpenBIM buildingSMART
IFC
Formato BCF
SDNF
CIS/2
IFD Format
IDM Format
Cobie Format
Uniclass e OmniClass
Formato CityGML
GbXML
LandXML
Formato PDF e 3DPDF
Programao e plugins
Figura 5 Formatos de Interoperabilidade
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Apesar da existncia de diversos tipos de formatos de interoperabilidade podemos
separ-los em dois grupos. Os formatos claramente BIM, tais como: (.SDNF, CIS/2,
IFC, IFD, IDM, BCF, Cobie format).
E os que no so em rigor formatos BIM, podem ser enquadrados em fluxos de trabalho
BIM tais com: (Uniclass e Omniclass, CityGML, GbXML, Formato PDF e 3DPDF).
Assim no sendo formatos exclusivamente BIM so utilizados em fluxos de trabalho no
contexto BIM, pelo que importante conhece-los tambm.
2.5.1 BuildingSMART e OpenBIM
BuildingSMART compatvel com o IFC e BIM. Criado em 1994 sob o nome de
Aliana da Indstria Interoperabilty (alterado em 1997 para Aliana Internacional para a
Interoperabilidade), a organizao foi o de fornecer indstria da construo os
benefcios da interoperabilidade entre software e objetos inteligente. Ele foi renomeado
em 2005 buildingSMART. [11]
Atualmente buildingSMART cria e promove a adoo de padres tais como:
internationnaux OpenBIM IFC, IFD, IDM e BCF. [11]
2.5.2 Formato IFC - Industry Foundation Classes
IFC, Industry Foundation Classes, um formato que foi desenvolvido por
buildingSMART. um formato orientado a objetos que facilita a troca de dados entre o
software BIM. Ele foi projetado para todos os tipos de dados e isso durante o tempo devida de um edifcio, a partir de estudos preliminares para a demolio, atravs do
design, planeamento, construo e utilizao. [12]
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Figura 6 IFC viso geral por especialidades e softwares
Esta aventura teve incio nos Estados Unidos, em 1995. Est a ser considerada por uma
dzia de empresas do setor de construo para melhorar a comunicao entre o
software. Vrios anos sero necessrios para definir uma forma de facilitar o comrcio
entre as aplicaes utilizadas pelos profissionais da construo (arquitetos, escritrios
de design, clientes, empresa...). Ser uma linguagem comum: o IFC. [13]
O IFC , provavelmente, o OpenBIM mais conhecido e mais utilizado. No entanto, eles
esto ainda em desenvolvimento, mas a complexidade dos dados que podem ser
trocados aumenta a cada nova verso. A IFC pode representar objetos de geometria e a
relao com outros objetos, propriedades, meta dos dados necessrios para gerir as
informaes e as informaes no-grficas. [12]
Atualmente IFC o nico suficientemente desenvolvido para abrir formatos BIM. Este
formato tornou-se o padro mundial e agora um padro ISO (16739: 2013). As
principais aplicaes BIM so capazes de importar e exportar o IFC. [12]
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Como se pode constatar atravs da sua definio, o modelo BIM poder ser uma
ferramenta que ir impulsionar a indstria da construo civil no que toca integrao,
interoperabilidade e colaborao [4].
Figura 7 Interoperabilidade IFC
Os aperfeioamentos baseiam-se no aumento da variedade de informao comportada e
na otimizao das vrias funcionalidades j suportadas pelo formato. Como exemplo, na
verso IFC 2x2 possvel transferir modelos estruturais e aps sucessivas e regulares
atualizaes encontra-se hoje na verso 2x4 lanada no princpio do ano 2012, que
permite transferir a armadura modelada em elementos estruturais, atravs do IFC. [5].
Figura 8 Evoluo do IFC
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O BuildingSMART responsvel pela criao e manuteno desta lista. No entanto,
devido instabilidade do desenvolvimento de software e progresso da indstria AEC,
possvel que, por vezes, alguma da informao seja ultrapassada.
Figura 9 Interao 3D IFC BIM
Para beneficiar das contribuies desta tecnologia, necessrio aprovar a importao de
software e ferramentas de certificao e exportao de IFC e acompanhar a evoluo
das revises IFC. [5]
2.5.3
Formato BCF - BIM Collaboration FormatO formato BCF foi introduzido na sequncia de uma ideia de mensagens de
comunicao separado Tekla e Solibri, que descrevem problemas descobertos no
modelo digital do prprio modelo. [32].
Na verdade antes do formato BCF, os usurios que queriam discutir os problemas de
intercmbio de dados, detetando conflitos ou pedidos de alteraes no modelo,
enviavam o modelo completo. O recetor do modelo comparava com a verso anterior a
fim de verificar efetivamente todas as alteraes. [32].
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Figura 10 BCF BIM Collaboration Format
O formato BCF permite tambm anexar mais comentrios, uma pequena parte do
modelo BIM e pontos de vista. BuildingSMART agora cuida de formato BCF. [32]
2.5.4
Formato IFD - International Framework for Dictionnaries
O IFD (International Framework for Dictionnaries) uma espcie de lngua comum
para os aplicativos que incluem textos com propriedades trocadas.
Enquanto o IFC define um padro de troca de informaes, principalmente geomtrica
entre software, eles no definem todas as propriedades que so texto. Tomemos por
exemplo a ocupao de um, (componente IfcSpace), e que uma parte ser definida pelo
arquiteto como "cozinha". Um engenheiro de estruturas, ao receber o modelo do
arquiteto, deve saber o uso da pea a fim de calcular a sua estrutura. O seu software de
clculo provavelmente no inclui "cozinha" muito menos se o idioma no for o mesmo.
[14]
Os DFIs esto a trabalhar com a IFC para que todos os conceitos e caractersticas sejam
entendidos em todas as lnguas. [14]
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2.5.5 Formato IDM - Information Delivery Manuals
O IDM (Information Delivery Manuals) fornece uma referncia comum no processo de
troca de dados BIM. Para colher os benefcios do intercmbio de dados do BIM, a
informao deve estar disponvel para todos no momento e formato adequados. Os IDCso geralmente representados por um processo de mapeamento. [14]
2.5.6 Formato COBie
O Cobie um formato de troca com base nas definies da IFC que incide sobre a
transmisso de informao predominantemente no-grficos do edifcio. Ele contm
todas as informaes necessrias a usar na manuteno da estrutura. Cobie, que pode ser
comparado a uma folha de Excel gigante, pode ser trocada entre o XML e outros
formatos de Excel. [14]
Em primeiro lugar muitos tm demonstrado alguma renitncia na escolha deste formato
de troca de BIM Nvel 2, na medida em que questionam o porqu de se ter tanto
trabalho num modelo 3D, que contm informaes estruturadas, para converter naquilo
que parece afinal nada mais do que uma tabela do Excel? Alm disso, o Cobie notransmite os dados no geomtricos da mesma maneira que o IFC. bom lembrar, no
entanto, que 80% dos dados de um modelo so no geomtricos. [14]
Um projeto de dimenso modesta ir conter cerca de 600.000 linhas. Um projeto mais
complexo, como um hospital, pode facilmente conter mais de um milho de linhas, bem
acima dos limites do Excel. Atualmente a ocorrncia de 1% de erros durante a
converso do formato Cobie considerado normal. [14]
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Figura 11 Aparncia de um arquivo Cobie (aecmag.com, imagem)
Os fornecedores de software esto a trabalhar no sentido de desenvolver plugins de
importao / exportao Cobie que funcionem de forma satisfatria para o mercado do
Reino Unido. O Cobie e o IFC so totalmente dependentes deste sucesso se quisermos
garantir a fiabilidade destes formatos nos intercmbios.[14]
2.5.7 Formato SDNF (Steel Detailing Neutral Format)
O formato SDNF Verso 3.0 um formato padro para a troca de elementos de ao
(perfis, chapas, etc.). O SDNF oferece um mtodo neutro no sistema para a importao
e exportao de dados do modelo estrutural. Este processo bidirecional permite a
importao e exportao de arquivos SDNF de modelos estruturais. [31]
2.5.8 Formato CIS/2 (CIMSteel Integration Standards)
um formato de arquivo de intercmbio eletrnico de dados para informaes do
projeto de ao estrutural. CIS/2 facilita a troca de dados atravs de programas
aparentemente autnomos, como a anlise estrutural, sistemas de CAD e detalhe,
permitindo-lhes comunicar uns com os outros. Ao fornecer um formato de dados neutro,
CIS/2 permite a troca de dados entre uma variedade de tipos de programa, contanto que
estes programas tm tradutores escritos para interpretar os dados CIS/2 neutros em
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formato nativo dos programas. CIS/2 recomendada pela AISC como o formato para
troca de dados entre softwares CAD relacionados com estruturas metlicas. [10]
2.5.9 Uniclass e Omniclass
Sistemas de classificao OminClass e Uniclass so utilizados na indstria da
construo. OmniClass usado nos EUA e Uniclass utilizado no Reino Unido. Estes
dois sistemas de classificao so baseados na norma ISO 12006-2. BIM que usa
informaes estruturadas e precisas de sistema de classificao para facilitar o
intercmbio de dados. [14]
O Reino Unido lanou recentemente o novo sistema Uniclass chamado Uniclass2 para
melhor responder ao impulso de BIM. Isso apesar do facto de muitos terem sido
incitados a aderir ao sistema americano. [14]
Uniclass2 pode preencher automaticamente certas categorias de formato Cobie-UK-
2012, a verso britnica do Cobie. [14]
2.5.10 Formato CityGML - City Geography Markup Language
O formato CityGML (City Geography Markup Language) um formato de
representao, armazenamento e intercmbio de modelos 3D de cidades e paisagens
com base em XML. Ele define os principais objetos topogrficos em cidades de acordo
com sua aparncia e geometria e topologia.
O tamanho CityGML vai alm de grficos simples e visualizao 3D de informaes.
possvel usar modelos virtuais 3D para anlise e simulaes para a gesto complexa,
para minerao de dados, gesto de desastres, a demanda de energia , etc. [34]
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Figura 12 CityGML
Muitos softwares AEC incluem agora este formato que usado para insero de
informao geogrfica em BIM. O formato CityGML um formato padro aberto e
pode ser usado gratuitamente. [14]
2.5.11 Formato gbXML - Green Building XML
O gbXML ou Green Building XML utilizado para facilitar a transferncia das
propriedades de um edifcio armazenadas num modelo 3D BIM para as aplicaes de
clculos de energia.
O formato agora suportado pelos principais fornecedores de BIM e anlise de energia
software e, portanto, tornou-se o padro da indstria. [33]
Figura 13 gbXML
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Graas a gbXML, possvel transferir dados entre aplicaes, para evitar a transferncia
manual de dados, bem como riscos de erro. [14]
2.5.12 Formato LandXML
O LandXML um formato de troca de dados ASCII baseado, como o prprio nome
indica, o XML. Ele usado na engenharia civil e geotcnica para transmitir dados,
como redes rodovirias, rea de terra, etc. [35]
A maioria dos softwares de infra-estrutura suporta a importao / exportao deste
formato. [35]
2.5.13 Formato PDFe 3DPDF
BIM oferece novas possibilidades. A capacidade de projetar e compartilhar dados em
3D entre as diferentes partes interessadas no projeto oferecem uma srie de vantagens.No entanto, enquanto as ferramentas de coordenao e deteo de conflitos
generalizam, a comunicao entre todas as partes interessadas, muitas vezes
descentralizadas, continua a ser um desafio. [14]
Na verdade, com o BIM, as decises tomadas por todos os intervenientes so
necessrias que aconteam rapidamente e numa fase inicial do projeto, mas nem todos
tm as ferramentas necessrias para a modelagem e visualizao. Todos os membros
das equipas de projeto e os clientes devem sempre ter acesso aos documentos
primordiais. O acompanhamento e atualizao destes documentos so essenciais. [14]
Ento como garantir que todos os parceiros tenham acesso a todas as informaes,
mesmo no possuindo um software BIM? Uma soluo pode ser a de utilizar um
formato mais comum e usado por todos e por um longo perodo de tempo, o PDF. [14]
O PDF 2D pode ser usado para transmitir, para colaborar e extrair partes do desenho
digital em todas as fases da vida de uma estrutura. [14]
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O PDF 3D permite compartilhar com o BIM aqueles que no tm nenhuma soluo
vista. Com o software PDF 3D atual pode-se cortar o modelo, adicionar comentrios e
at copiar e colar algumas partes para outro arquivo PDF. [14]
Bluebeam Revu, como uma soluo, permite aos participantes compartilhar e colaborar
em tempo real, remotamente, em PDF e arquivos PDF 3D. [14]
Figura 14 Interoperabilidade com PDF 2D e 3D
2.5.14 Programao e Plugins
A interoperabilidade por vezes feita atravs de programao. Cada vez mais empresas
enfrentam os seus problemas de interoperabilidade entre diferentes softwares que a
utilizam ao agendar rotinas mais ou menos complexas para obter o seu caminho. COM
(Component Object Model) API (Application Programming Interface) SDK (Software
Development Kit) usado para preencher as lacunas atuais em troca de dados. [14]
Estas abordagens so particularmente adequados para grandes quantidades de dados ou
quando um grande nmero de interaes fornecida e os resultados devem ser trocados
entre aplicaes que no so compatveis. No incomum para as empresas trabalharem
com 5-10 softwares diferentes num projeto. [14]
A programao visual Dynamo para Revit e Rhino / Grasshopper parece ter cada vez
mais adeptos e o seu desenvolvimento bastante estvel, principalmente pelos usurios
Dynamo e Open Source. [14]
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Alguns editores tambm oferecem ligaes diretas entre aplicaes como plugins para
instalar num dos aplicativos. Esses plugins so usados para converter os dados no
apenas uma vez, em oposio ao uso de formatos de troca, de tal forma que os IFCS
requerem duas converses, uma entre um aplicativo e exportar o IFC, outra entre a IFC
e as questes de execuo. [14]
2.6 LOD (Level of development) Nveis de Desenvolvimento
O LOD um acrnimo Level of developpment. Este um nvel de detalhe para definir
os objetos e as informaes anexas, necessrios modelao e BIM colaborativo
durante as fases de projeto.
Existem vrios nveis: 100 - 200 - 300 - 350 - 400 - 500
Figura 15 LOD's
O nvel de detalhe do modelo depende da fase do projeto em que voc est localizado.
Internacionalmente diferentes nveis de detalhes (LOD - Ingls chamado nvel de
detalhe) foram aprovados [16]:
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LOD 100: Os elementos do modelo podem ser representados por um smbolo ou
genericamente, sem qualquer informao anexada. As informaes contidas nos itens
podem vir de outros elementos. Pode ser comparada com a fase de esboo. (Programa
Preliminar, Conceptual)
LOD 200: O elemento do modelo graficamente representado no modelo como um
sistema genrico, objeto ou montagem com quantidades aproximadas, tamanho, forma,
localizao e orientao. Informaes no grficas tambm podem ser conectadas ao
elemento de modelo. (Geometria aproximada)
LOD 300: O elemento do modelo graficamente representado no modelo como um
sistema especfico, objeto ou o conjunto em termos de quantidade, tamanho, forma,
localizao e orientao. Informaes no-grficas tambm podem ser conectadas ao
elemento de modelo. J pode ser utilizado para anlise. (Geometria precisa)
Figura 16 LOD 300
LOD 350: O elemento do modelo graficamente representado no modelo como um
sistema especfico, objeto ou montagem em termos de quantidade, tamanho, forma,
orientao e interfaces com outros sistemas construtivos. Informaes no-grficas
tambm podem ser conectadas ao elemento de modelo.
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Figura 17 LOD 350
LOD 400: O elemento do modelo graficamente representado no modelo como um
sistema especfico, objeto ou o conjunto em termos de tamanho, forma, localizao,
quantidade e orientao com detalhe, fabricao, montagem, instalao e informao.
Informaes no-grficas tambm podem ser conectadas ao elemento de modelo. Pode
ser comparado com a fase de execuo. (Fabricao)
Figura 18 LOD 400
LOD 500: O prottipo alcana um nvel de representao realista. Este nvel deve ativar
a atualizao do modelo digital para ser coerente com o que foi alcanado. (Telas finais)
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O elemento do modelo uma representao de campo verificada em termos de
tamanho, forma, localizao, quantidade e orientao. Informaes no-grficas
tambm podem ser ligadas a elementos do modelo.
As necessidades que esto estabelecidas relativamente aos LOD das diferentes
disciplinas de projeto pretendem estabelecer um ponto de partida seguro.
compreensvel que para um programa preliminar o LOD exigido seja baixo uma vez que
ainda no existem certezas claras. Contudo, para que o planeamento possa ser
desenvolvido com base construo, isto , modelo para projeto de execuo,
imprescindvel uma modelao de nvel mdio/alto de desenvolvimento. [16]
O seguinte quadro expe uma relao em que se tem em conta a etapa de projeto e o
LOD correspondente.
Figura 19 Representao grfica dos nveis de LOD
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Modelo caso de estudo
3.1
Introduo
O caso de estudo da presente dissertao incide sobre a modelao numa ferramenta
BIM da estrutura metlica de uma nave industrial de grandes dimenses. Neste captulo
aborda-se o estudo aos programas de modelao BIM selecionados, Advance Steel 2016
(AS 2016) e Robot Structural Analysis 2016 (RSA 2016). Aps a anlise da
interoperabilidade dos mesmos ir ser criado um conjunto de recomendaes.
Figura 20 Fluxo de trabalho AS 2016 vs RSA 2016
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O objetivo, ao longo deste captulo, centra-se na anlise e na capacidade de troca de
informao entre as especialidades, evidenciando o estudo da aplicao do BIM no
projeto de estruturas metlicas, com a enumerao e descrio de algumas capacidades
destes softwares para a realizao da interoperabilidade do um respetivo projeto.
Neste trabalho, os objetivos no incluram a comparao das capacidades e
caractersticas do Advance Steel e o Robot Structural Analysis com outras plataformas
BIM existentes no mercado tais como: Inventor, Etabs, Sap2000, CypeCAd entre
outros. Neste captulo, evidencia-se uma elevada parte das capacidades e limitaes
para as aplicaes informticas escolhidas e tambm comuns a outras aplicaes BIM.
Com este caso de estudo pretende-se avaliar a interoperabilidade entre um software de
modelao de estruturas metlicas no mbito da preparao de obra com um software de
anlise de elementos finitos e vice-versa. Desta forma, procura-se entender as
incompatibilidades existentes entre dois softwares de tecnologia BIM, assim como
clarificar a aplicao imediata de um workflow baseado em BIM ao projeto dirio de
uma estrutura metlica no mbito de uma indstria de metalomecnica.
Sendo uma estrutura utilizada diariamente na indstria da metalomecnica (Nave
Industrial), existe no mercado um grande nmero de conceitos de Naves Industriais dasmais diversificadas, no entanto, optou-se por dar incio com um exemplo convencional.
Assim sendo, decidiu-se no escolher uma estrutura demasiado simples cujos testes
poderiam ocorrer de uma forma mais adequada, transmitindo assim a ideia errada.
Possivelmente iramos ter concluses mais favorveis quando comparadas com as
obtidas no presente trabalho mas que na prtica iriam perder significado por ser
basicamente uma estrutura terica.
Importa referir que a modelao utilizada no mbito deste trabalho teve por base o
projeto de execuo fornecido pela empresa Lopes & Gomes como modelo de teste na
interao BIM, modelo realizado no software Advance Steel, partindo assim deste para
a iniciao da interoperabilidade entre softwares BIM.
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3.2 Estudo do modelo no Advance Steel
De forma a possibilitar a utilizao destes softwares de diferentes especialidades, o
Modelo foi desenvolvido em primeiro lugar no Advance Steel e transferido, atravs de
formato SDNF, para o Robot Structure Analysis.
No software Advance Steel foi realizado o detalhe do Modelo que se considerou
adequado com vista realizao dos ensaios no software da Robot Structure Analysis.
De forma resumida apresentam-se seguidamente as partes constituintes do modelo.
Figura 21 AS 2016 Vista geral do modelo
Relativamente aos componentes integrados no Modelo, o nvel de detalhe desenvolvido
varia entre o LOD 300 e o LOD 400. Neste Modelo foram introduzidos diversos tipos
de acessrios de ligao, ligaes simples assim como aplicao de macros
paramtricas.
Figura 22 AS2016 Vista dos prticos e travamentos
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Enumerao do nvel de detalhe visvel na figura do modelo acima: perfis, chapas,
cutelos de reforo.
Figura 23 AS 2016 Vista das ligaes
Na seguinte figura podemos visualizar um nvel de detalhe mais minucioso contendo os
seguintes elementos de ligao: parafusos, porcas e anilhas.
3.3 Advance Steel / Robot Analysis (LOD 400)
Aps a verificao do modelo completo, e com um nvel de detalhe e informao
avanado para a produo ou em linguagem BIM com um nvel de LOD 400, foi
realizado um primeiro ensaio de interoperabilidade entre softwares AS 2016 e RSA
2016.
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Importa lembrar as extenses passveis de serem utilizadas na exportao de elementos
BIM no Advance Steel 2016, os formatos de exportao so os seguintes:
DWG; STD; DXF; IFC. 2x3; CIS/2; SDNF; GTC; PSS; KISS; DSTV;
Apesar do vasto nmero de extenses disponveis no Advance Steel 2016 para a
interao com outros softwares, existe a necessidade de verificar as extenses que so
aceites para o software em estudo que no nosso caso o Robot Structure Analysis, que
permite importar um conjunto de extenses tais como:
RTD; STR; DO4; STD; STP (DSTV) (CIS/2); DXF; DWG; IGS; S (SSDNF) for
version 1, 2 e 3; S2K; SAP 2000; ANF; SAT; SAT; NEU; RDX; IFC (versions 2.x, 2.x2
only).
Importa referir que alguns destes formatos no so propriamente BIM mas sim formatos
que possibilitam a passagem de informao bastante mais reduzida, assim como a
existncia de formatos mais especficos para equipamentos de controlo de Comando
Numrico Computorizado.
No primeiro ensaio de interoperabilidade utilizou-se o formato IFC sendo um dos mais
sonantes no conceito BIM. Aps algumas tentativas verificou-se que a
interoperabilidade entre o AS 2016 e o RSA 2016 na linguagem IFC de insucesso,
pelo facto dos tipos de linguagem IFC no serem recprocos. Como podemos verificar a
seguir no AS 2016 a linguagem IFC 2x3 e no RSA 2016 IFC 2x2. Conclui-se
assim que no existe interoperabilidade possvel de ser realizada na linguagem IFC.
Na segunda tentativa de interoperabilidade recorreu-se ao formato STP mais conhecido
como CIS/2. Aps alguns ensaios verificou-se que a interoperabilidade entre o AS 2016
e o RSA 2016 na linguagem STP de insucesso. Neste caso, no foi possvel obter
qualquer tipo de informao.
No terceiro ensaio de interoperabilidade utilizou-se o formato STD. Aps a verificao
da interoperabilidade entre AS 2016 e RSA 2016 foram questionados os materiais
correspondentes importados no RSA 2016. No entanto, aps a seleo dos mesmos na
biblioteca do RSA, certos materiais foram reconhecidos, outros no. Obteve-se assim
um nvel de interoperabilidade bastante diminuto em comparao com o Modelo inicial.
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No quarto ensaio de interoperabilidade usou-se o formato SDNF onde por fim se
verificou a interao entre ambos os softwares, obtendo-se assim uma viso geral do
modelo a analisar no RSA. Podemos dizer que se realizou a importao com algum
rigor conforme podemos verificar na imagem abaixo.
Figura 24 RSA 2016 Vista geral do Modelo Importado.
No entanto, podemos visualizar a quantidade de informao desperdiada nainteroperabilidade entre softwares, tais como: macros, perfis, chapas, cutelos de reforo,
parafusos, porcas e anilhas etc. Contudo, os elementos de perfis principais (prticos)
encontram-se visualmente posicionados nos respetivos lugares, assim como, com os
devidos perfis criados inicialmente no Advance Steel.
Para se analisar o Modelo com maior detalhe no decorrer dos testes foi diminudo o
nmero de LODs existentes no Modelo inicial e em todas as linguagem passveis de
interagirem com o RSA 2016, reduzindo-se a quantidade de informao de um nmero
de LOD 400 para um nmero de LOD 300, suprimindo-se assim, nesta fase, todas as
macros paramtricas existentes no Modelo, desde ligaes aparafusadas e perfis de
classe 4 existentes no mesmo, at chegarmos ao nmero de definio LOD 200
contendo somente perfis.
Desta forma, verificou-se o nvel de informao possvel de ser interagido entre os
softwares, tendo em conta o tipo de extenso (linguagem) e o grau de definio doModelo.
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3.4 Advance Steel / Robot Analysis (LOD 300)
O primeiro aspeto neste novo nvel de definio LOD a falta integral de todos os
elementos realizados atravs de macros paramtricas, ligaes aparafusadas, assim
como a remoo dos perfis de revestimento da Nave. No entanto, acrescentaram-senovos elementos do Advance Steel por forma a verificar a interoperabilidade dos
mesmos, tais como: aplicao de lajes e escadas metlicas.
Figura 25 Advance Steel 2016 Viso geral do Modelo em LOD 300
Nas figuras seguintes pode-se verificar o nvel de detalhe existente neste novo teste deinteroperabilidade, contendo um certo grau de definio, onde se verificam somente
elementos de viga e de chapa.
Figura 26 Advance Steel Viso parcial dos elementos
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Figura 27 Advance Steel 2016 Elementos de ligao
Depois da exportao do Modelo para o RSA 2016 na extenso SDNF podemos
constatar que, apesar da diminuio do nvel de informao, existem diversos elementos
em falta quando comparados com o modelo importado do Advance Steel 2016, tais
como: chapas, perfis tubulares e certos perfis que apresentam uma dimenso final
incompleta, alm de outros elementos em falta que iremos ver de seguida.
Figura 28 RSA 2016 Viso geral do modelo LOD 300
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Aps a anlise mais detalhada do modelo, podemos verificar as modificaes existentes
ao nvel da cartela do prtico que passou a conter um elemento de viga reto e deslocado
em relao ao seu ponto de origem.
Figura 29 Viso parcial dos elementos
A cada ampliao do detalhe vamos verificando outras incompatibilidades existentes na
importao, tal como o pilar de suporte das asnas que se encontra rodado 90 em relao
ao modelo inicial.
Figura 30 RSA 2016 Elementos de ligao
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Aps a interoperabilidade entre softwares com um grau de detalhe LOD 300 pouco
satisfatrio, foi realizada uma reduo do nmero de LOD para 200, mantendo-se assim
o mesmo grau de insatisfao para prosseguir com este mtodo para uma anlise no
RSA 2016. Desta forma, foi necessrio alterar o procedimento utilizado na
interoperabilidade entre softwares para que esta se torne satisfatria.
3.5
Modelao do modelo em CAD
Atualmente realizou-se um teste de interoperabilidade no qual, a partir de um modelo
com um nvel de detalhe elevado, se tentou interagir com outro software, por forma a
verificar o nvel mximo de informao passvel de ser transferido com sucesso. Dado o
grau pouco satisfatrio dos ensaios anteriores, iremos iniciar o Modelo atravs de uma
modelao CAD e com um nvel de LOD 100, de forma a poder-se verificar, de uma
forma exponencial, a quantidade de informao possvel de se importar com preciso.
Figura 31 Fluxo de trabalho Autocad, AS 2016, RSA 2016
Deste modo iniciou-se o Modelo em Cad 3D a partir de elementos de linha que no
contm qualquer tipo de informao ou inteligncia associada. Os elementos de linha
correspondem s linhas de eixo, posicionadas exatamente nos mesmos locais no Modelo
inicial.
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Desenho do modelo 3D em CAD:
Figura 32 AutoCad 2016 Linhas de eixo
3.6 Interoperabilidade do modelo em CAD com o AS2016
Aps a concluso do Modelo em CAD foi importado em formato DWG para o AS
2016. Verificou-se que apresentava a devida informao realizada no software CAD,
contendo as mesmas distncias e posicionamentos definidos. Desta forma, procedeu-se
definio de cada elemento de linha correspondente a um determinado tipo de perfil
paramtrico, obtendo-se assim, um acrscimo substancial de informao no modelo
possibilitando assim a passagem de um nvel de LOD 100 para LOD 300.
Figura 33 Advance Steel 2016 Somente perfis
3.6.1 Interoperabilidade do modelo em AS 2016 com o RSA 2016
Aps a importao do Modelo do AS 2016 para o RSA 2016 atravs da extenso
SDNF, possvel verificar que todos os elementos importados se encontram visveis,
assim como contendo os mesmos tipos de perfis inicialmente definidos.
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Figura 34 Modelo Robot
Todavia, aps a ampliao do modelo, podemos verificar que os pilares dos prticos se
encontram rodados 90 em relao ao estilo inicialmente aplicado, algo que j se tinha
verificado no primeiro ensaio realizado (ver ponto 3.3). Mais adiante iremos tentar
perceber como resolver este tipo de situao, quanto modelao dos pilares nos
prticos no Advance Steel.
Outro dos aspetos que podemos verificar no RSA 2016 surge aquando da aplicao de
cartelas no modelo, constatando-se a existncia de incompatibilidade ou
impossibilidade da criao das cartelas no RSA de um modelo importado no formatoSDNF. Como podemos verificar na figura 36, a cartela toma uma geometria em forma
de caixas. Mais frente iremos ver como resolver este tipo de situao na modelao
das cartelas no RSA 2016.
Figura 35 Pormenor Robot Structure Analysis
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Foram realizados uma srie de ensaios no AS 2016 por forma a verificar-se o porqu da
rotao dos pilares no ato da importao.
Para simplificar o estudo da rotao a 90 do pilar foi realizado um Modelo menos
complexo, visto que, neste momento, o importante seria descobrir este pequeno detalhe
na importao de elementos.
Uma das principais atenes neste estudo foi a orientao do eixo de coordenadas
global do Modelo e local do elemento.
Como podemos verificar na figura 37, no Modelo realizado inicialmente o nosso e
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