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Direito Processual Civil II

6º Semestre

Profª Maria Carolina Beraldo

carolberaldo@gmail.com

RECONVENRECONVENÇÃÇÃOO

• Resposta do réu:

Art. 297. O réu poderá oferecer, no prazo de 15 (quinze) dias, em petição escrita, dirigida ao juiz da causa, contestação, exceção e reconvenção.

ação �reação

ação

Da Reconvenção

Art. 315. O réu pode reconvir ao autor no mesmo processo, toda vez que a reconvenção seja conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.

Parágrafo único. Não pode o réu, em seu próprio nome, reconvir ao autor, quando este demandar em nome de outrem.

§ 2º Não se admitirá reconvenção nas causas de procedimento sumaríssimo.

Art. 316. Oferecida a reconvenção, o autor reconvindo seráintimado, na pessoa do seu procurador, para contestá-la no prazo de 15 (quinze) dias.

Art. 317. A desistência da ação, ou a existência de qualquer causa que a extinga, não obsta ao prosseguimento da reconvenção.

Art. 318. Julgar-se-ão na mesma sentença a ação e a reconvenção.

• Conceito: é a ação proposta pelo réu (reconvinte) contra o autor (reconvindo), no mesmo processo

* Prof. Cassio Scarpinella Bueno: é pedido de tutela jurisdicional

• Fundamentos: economia e eficiência processuais

• Características: - é facultativa

- é conexa à causa principal

- é autônoma – não éacessória!

• Pressupostos específicos:1. Só o réu é legitimado a reconvir, e só

autor tem legitimidade passiva para a reconvenção. Se houver litisconsórcio passivo necessário, todos os réus deverão figurar como reconvintes;

2. Não pode o réu, em seu próprio nome, reconvir ao autor, quando este demandar em nome de outrem (substituição processual) – ex: administradora de consórcios;

3. Não tem o réu interesse procesual para reconvir quando a matéria puder ser alegada em contestação;

4. A reconvenção deve ser conexa com a ação principal, ou com o fundamento da defesa: não é aquela conexão do 103 – é mais flexível

5. O juiz da causa principal é o competente para a reconvenção

Pode haver reconvenção à reconvenção?

Há revelia na reconvenção?

Demandas em que não se admite a reconvenção:

• Ações dúplices (possessória, prestação de contas, v.g.);

• Ações de rito sumário e sumaríssimo (por caber pedido contraposto, e por exigir dilação probatória - 278, § 1o, CPC e 17, p. ún., L. 9099)

Reconvenção x Ações dúplices

“Ação dúplice é aquela em que se identificam as situações processuais de ambas as partes

e que significa que o acolhimento ou a rejeição do pedido do autor tem o condão,

por si só, de dar, no plano material, a mesma tutela jurisdicional para o réu

como se ele próprio tivesse tido a iniciativa de provocar a jurisdição”

(Cassio Scarpinella Bueno in Curso Sistematizado, vol. 2, t.1)

Reconvenção x Pedido contraposto

O pedido contraposto é, como o próprio nome sugere, mero pedido do réu em face do autor sem que seu exercício signifique uma nova ação em um mesmo processo

- Previsão: procedimento sumário e juizados especiais cíveis

1. o pedido contraposto do réu deve vir fundado nos mesmos fatos em que o autor fundou o seu próprio pedido - se o réu tiver que alegar

fato novo, não cabe pedido contraposto;

2. o pedido contraposto do réu deve ser da mesma natureza do pedido contraposto do autor - ex: pedido condenatório - pedido contraposto

também deve ser condenatório;

3. se o pedido contraposto do réu deve vir fundado nos mesmos fatos em que o autor fundou seu pedido, significa que esses fatos são

incontroversos - não há dúvida quanto a eles. A discussão é sobre quem é o responsável. Que aconteceu ninguém tem dúvida, dos

danos ninguém tem dúvida, mas resta saber quem é o culpado. Essa técnica reduz drasticamente a produção de provas

REGRAS DE OURO DO PEDIDO CONTRAPOSTO

FASE ORDINATÓRIA

(ou de saneamento do processo)

Após o decurso do prazo de manifestação do réu édado ao juiz discernir, consoante as características

de cada caso concreto, quais as atividades processuais que devem ser praticadas:

• Verificação sobre haver necessidade de complementação da fase postulatória (com a nova

oitiva do autor para os fins do art. 325, v.g.)

• Verificação sobre a existência de nulidade sanável nos termos do art. 327, 2ª parte

• Dar início à fase instrutória (art. 331, § § 2º e 3º)

• Passar à fase decisória

DAS PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES

Art. 323. Findo o prazo para a resposta do réu, o escrivão fará a conclusão dos autos. O juiz, no prazo de 10 (dez) dias, determinará, conforme o caso, as providências preliminares, que constam das seções deste Capítulo.

Art. 328. Cumpridas as providências preliminares, ou não havendo necessidade delas, o juiz proferirá julgamento conforme o estado do processo, observando o que dispõe o capítulo seguinte.

Identificação das providências preliminares

As providências preliminares são vocacionadas para permitir que o juiz

enfrente o pedido de tutela jurisdicional formulado pelo autor, bem assim aquele eventualmente formulado pelo réu, em observância ao devido processo legal.

Eliminam-se, do próprio processo, nulidades ou irregularidades que possam comprometer a higidez da manifestação jurisdicional

VISÃO RETROSPECTIVA

Seção IDo Efeito da Revelia

Art. 324. Se o réu não contestar a ação, verificará o juiz se ocorreu o efeito da revelia; em caso contrário, mandará que o autor especifique as provas que pretenda produzir na audiência.

Seção IIDa Declaração incidente

Art. 325. Contestando o réu o direito que constitui fundamento do pedido, o autor poderá requerer, no prazo de 10 (dez) dias, que sobre ele o juiz profira sentença incidente, se da declaração da existência ou da inexistência do direito depender, no todo ou em parte, o julgamento da lide (art. 5o).

Seção IIIDos Fatos Impeditivos, Modificativos ou Extintivos do Pedido

Art. 326. Se o réu, reconhecendo o fato em que se fundou a ação, outro Ihe opuser impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido no prazo de 10 (dez) dias, facultando-lhe o juiz a produção de prova documental.

Seção IVDas Alegações do Réu

Art. 327. Se o réu alegar qualquer das matérias enumeradas no art. 301, o juiz mandará ouvir o autor no prazo de 10 (dez) dias, permitindo-lhe a produção de prova documental. Verificando a existência de irregularidades ou de nulidades sanáveis, o juiz mandará supri-las, fixando à parte prazo nunca superior a 30 (trinta) dias.

Art. 301. Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar:I - inexistência ou nulidade da citação;II - incompetência absoluta;III - inépcia da petição inicial;IV - perempção; V - litispendência; Vl - coisa julgada;VII - conexão; Vlll - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de

autorização;IX - compromisso arbitral;IX - convenção de arbitragem;X - carência de ação;Xl - falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar.

• SE HOUVER RECONVENÇÃO: intimação do autor reconvindo para contestar

• SE HOUVER IMPUGNAÇÃO AO VALOR DA CAUSA: o autor deverá ser ouvido no prazo de 5 dias (261, CPC)

• SE HOUVER ARGÜIÇÃO DE FALSIDADE DE DOCUMENTOS: o autor deverá ser intimado para se pronunciar no prazo de 10 dias (392, CPC)

• SE HOUVER PEDIDO DE CONCESSÃO DE JUSTIÇA GRATUITA: sobre ele poderá o autor manifestar-se em 5 dias

• SE HOUVER RECONHECIMENTO DO PEDIDO: julgamento, nos termos do 269, II (sentença de mérito)

O saneamento propriamente dito: 2ª parte do art. 327: Verificando a existência de irregularidades ou de nulidades sanáveis, o juiz mandará supri-las, fixando à parte prazo nunca superior a 30 (trinta) dias.

Atividade saneadora do processo, independentemente da análise das

preliminares!

• Despacho saneador? CPC de 1939DECISÃO que declara saneado o processo.

JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO

• Extinção do processo

• Julgamento antecipado da lide

• Audiência preliminar

Juiz imagina 3 portas: 329, 330, 331

329 330 331

Ele não pode entrar na 330 direto. Ele tem que abrir a porta do 329 e ver o que tem lá dentro, ver se o caso que ele está examinando se amolda ao 329 e

assim sucessivamente.

Art. 329. Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts. 267 e 269, II a V, o juiz declarará extinto o

processo.

Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito:

I - quando o juiz indeferir a petição inicial;

Il - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;

III - quando, por não promover os atos e diligências que Ihe competir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;

IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;

V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada;

Vl - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual;

VII - pelo compromisso arbitral;

Vll - pela convenção de arbitragem;

Vlll - quando o autor desistir da ação;

IX - quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal;

X - quando ocorrer confusão entre autor e réu;

XI - nos demais casos prescritos neste Código.

Art. 269. Haverá resolução de mérito:

II - quando o réu reconhecer a procedência do pedido;

III - quando as partes transigirem;

IV - quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição;

V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação.

• Aí ele verifica o 330Art. 330. O juiz conhecerá diretamente do pedido, proferindo

sentença:

I - quando a questão de mérito for unicamente de direito, ou, sendo de direito e de fato, não houver necessidade de

produzir prova em audiência;

II - quando ocorrer a revelia (art. 319).

Art. 331. Se não ocorrer qualquer das hipóteses previstas nas seções precedentes, e versar a causa sobre direitos que

admitam transação, o juiz designará audiência preliminar, a realizar-se no prazo de 30 (trinta) dias, para a qual serão as

partes intimadas a comparecer, podendo fazer-se representar por procurador ou preposto, com poderes para transigir.

§ 1o Obtida a conciliação, será reduzida a termo e homologada por sentença.

§ 2o Se, por qualquer motivo, não for obtida a conciliação, o juiz fixará os pontos controvertidos, decidirá as questões

processuais pendentes e determinará as provas a serem produzidas, designando audiência de instrução e julgamento, se

necessário. § 3o Se o direito em litígio não admitir transação, ou se as

circunstâncias da causa evidenciarem ser improvável sua obtenção, o juiz poderá, desde logo, sanear o processo e

ordenar a produção da prova, nos termos do § 2o.

AÇÃO DECLARATÓRIA INCIDENTAL

Visão retrospectivaProvidências preliminares:

1. Verificação da ocorrência dos efeitos da revelia;

2. Verificação do pedido de declaração incidente;

3. Verificação da alegação de fatos extintivos, modificativos ou impeditivos do direito do autor;

4. Contraditório, produção de prova documental

Seção IIDa Declaração incidente

Art. 325. Contestando o réu o direito que constitui fundamento do pedido, o autor poderá requerer, no prazo de 10 (dez) dias, que sobre ele o juiz profira sentença incidente, se da declaração da existência ou da inexistência do direito depender, no todo ou em parte, o julgamento da lide (art. 5o).

Coisa julgada

Art. 469. Não fazem coisa julgada:

I - os motivos, ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da sentença;

Il - a verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença;

III - a apreciação da questão prejudicial,

decidida incidentemente no processo.

Ação declaratória incidental:

Ampliação da lide, por meio do cúmulo sucessivo de pedidos

Prejudicialidade

1. Ponto pacífico

x

Ponto controvertido (questão)

2. Questões: - de direito: jura novit curia

- de fato: toda prova édirecionada às questões de fato

302, caput e 319, CPC: ônus da impugnação específica:

Art. 302. Cabe também ao réu manifestar-se precisamente

sobre os fatos narrados na petição inicial. Presumem-se

verdadeiros os fatos não impugnados, salvo:

I - se não for admissível, a seu respeito, a confissão;

II - se a petição inicial não estiver acompanhada do

instrumento público que a lei considerar da substância do

ato;

III - se estiverem em contradição com a defesa, considerada

em seu conjunto.

Parágrafo único. Esta regra, quanto ao ônus da

impugnação especificada dos fatos, não se aplica ao

advogado dativo, ao curador especial e ao órgão do

Ministério Público.

Art. 319. Se o réu não contestar a ação,

reputar-se-ão verdadeiros os fatos

afirmados pelo autor.

Conseqüências da não impugnação:

• Fato incontroverso – ponto pacífico!

• Revel: reputam-se verdadeiros os FATOS alegados pelo Autor

P. Da congruência ou da adstrição ao pedido

(128 e 460, CPC)

JUIZ JULGA O PEDIDO, mas antes tem de resolver algumas questões

QUESTÃO PREJUDICIAL

“Questões que se apresentem no processo como mero antecedente lógico da questão principal, embora pudessem ser, por si só,

objeto de processo autônomo”(Humberto Theodoro Júnior, Curso..., p. 409)

o réu contesta e suscita uma questão prejudicial na contestação – o autor tem 10 dias e lhe é assegurada a possibilidade de ofertar RÉPLICA – no prazo da réplica,

que é de 10 dias, o autor pode entrar com

declaratória incidental (10 dias a contar

da contestação – 325)

E o RÉU?

Reconvenção

X

Ação declaratória Incidental

Reconvenção x Declaratória Incidental

Diferenças:1. A reconvenção pode ter natureza constitutiva,

condenatória ou declaratória; a declaratória incidental é declaratória;

2. A reconvenção é da iniciativa do réu; declaratória incidental é de iniciativa de ambas as partes;

3. o prazo: reconvenção deve ser ofertada no prazo de resposta; declaratória depende: para o autor éno prazo da réplica, para o réu a qualquer tempo, desde que surja uma questão

FASE INSTRUTÓRIA

Art. 331. Se não ocorrer qualquer das hipóteses previstas nas seções precedentes, e versar a causa sobre direitos

que admitam transação, o juiz designará audiência preliminar, a realizar-se no prazo de 30 (trinta) dias, para a

qual serão as partes intimadas a comparecer, podendo fazer-se representar por procurador ou preposto, com

poderes para transigir. § 1o Obtida a conciliação, será reduzida a termo e

homologada por sentença. § 2o Se, por qualquer motivo, não for obtida a

conciliação, o juiz fixará os pontos controvertidos, decidirá as questões processuais pendentes e

determinará as provas a serem produzidas, designando audiência de instrução e julgamento, se

necessário. § 3o Se o direito em litígio não admitir transação, ou se as circunstâncias da causa evidenciarem ser improvável sua obtenção, o juiz poderá, desde logo, sanear o processo e

ordenar a produção da prova, nos termos do § 2o.

TEORIA GERAL DA PROVA

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