direito económico e empresarial - teórica - … · direito económico e empresarial aula teórica...

Post on 31-Aug-2018

215 Views

Category:

Documents

0 Downloads

Preview:

Click to see full reader

TRANSCRIPT

DireitoEconómicoeEmpresarial

AulaTeórica2

17/09/09

Empresa

Organizaçãodefactoresdeproduçãoqueestáorientadaparaomercado,

vende produtos e serviços para um dado mercado. Factor capital, humano

(trabalho)eterra.

Fundamentalmente na empresa há trabalhadores e Capital (máquinas,

dinheiro ...).Umaorganizaçãoviradaparaomercado.Umaorganizaçãoestáno

mercadoeconómicoparavenderbenseserviços.

Estarealidadesubstancialpodetermúltiplasfeições,empresagrandeou

pequena, multinacional ou nacional, privada ou pública, empresa singular ou

colectiva.

Existemempresasquevalemmaisqueváriospaísesjuntos,porexemplo

multinacionaisnorte‐americanaseempresasquetêmapenasumtrabalhador.

Empresa singular e colectiva:Depende se a empresa é posse de apenas

umapessoaouseháumaglutinaçãodepessoas.

Empresas–Háempresaspúblicaseempresasprivadas,quandopública,o

titulardocapitaléumaentidadepública, seprivada,o titulardocapitaléuma

entidade privada (o dono da empresa). Também existem empresas mistas ‐

empresascomcapitalpúblicoeprivado.

RTP–Empresapública.SADSporting–EmpresaPrivada,completamente.

EDP–Mista,oEstadotemumaparticipaçãoindirecta(CGD)egoldenshare.

Não há uma única entidade pública, há o Estado central e as regiões

autónomas (a SATA é propriedade dos açores), as câmaras municipais têm

empresaseas juntasde freguesias tambémpodemdeterempresas,noentanto

nãofaztantosentidodadaalimitadacapacidadefinanceiraedeadministração.

Responsabilidade dos titulares da empresa – Responsabilidade limitada

ou ilimitada.Responsabilidade limitada o risco fica circunscrito à empresa.No

casodaresponsabilidadeilimitada,oriscopassatambémparaoempresário.

A EDP em 2008 investiu 2 mil milhões de euros nos USA, caso este

negocio corra mal e não gerem valor, a EDP terá de pagar aos

obrigacionistas/bancos.CasoosassetsdaEDPnãoconsigamcobrirasdividas,os

credores ficam semodinheiro –Responsabilidade Limitada.No casodehaver

responsabilidadeilimitadaasdividaspassamparaossóciosdaempresa,eestes

tinhamquecobrirafalênciadaEDP.

Responsabilidade limitada: Às dívidas só respondem bens da própria

entidade.

Responsabilidadeilimitada:Respondemosbensdasprópriasempresas

edosseussócios.

Formasdeempresas

Singular: Pertence a uma única entidade, um único empresário.

Empresárioemnomeindividual.Seeuabriraminhaempresaeomeunegócio,já

tenhoumamínimaorganizaçãoe tenhoactividadeeconómicaparaomercado,

tenhoumaempresaindividual.

Oempresárioindividualtemresponsabilidadeilimitada,nãoháentidade

diferente do próprio empresário, o empresário é a empresa. Ele é obrigado a

fazerretençõesnafonte,pagarcontribuiçõesparaasegurançasocial,etc.

Se o empresário tem um mulher que detêm um carro, o carro dela

tambémcontacomopatrimóniodoempresário,seestesestiveramcasados.

Estetipodeorganizaçãoéummodelomuitoóbvio,ninguémcomeçauma

actividadelogocomumaorganizaçãomuitoestruturadaeformal.Esteprocesso

écomumnumafaseinicial.

Empresários tentam arranjar maneira de conseguirem uma

responsabilidade limitada, “divorciar” damulher,meter os bens em nome dos

filhoseporaíadianteedestemodoultrapassaroproblemadaresponsabilidade

ilimitada.

Sóciodefavor–Constituiçãodeumaempresacomsóciodefavor.Háuma

empresacom2sócios,masumdossóciossóestáláparaefeitospráticos.

EIRL–Estabelecimento Individual deResponsabilidadeLimitada.Quem

quisesseestabelecerumaempresaemnomeindividualenãoqueroutrossócios

podeestabelecerumaempresacomresponsabilidadelimitadacriandoumEIRL.

O estabelecimento não é uma entidade jurídica, o estabelecimento não é

separadodapessoa.Nãohá entidade autónoma, há simpatrimónio autónomo.

Partedopatrimóniofazpartedavidaempresarialorestoéconstituinteàparte

profissional, está afecto ao estabelecimento, separação de património. Dívidas

das actividade empresarial só respondem os bens que estão afectos ao

estabelecimento,nãopodemassimirbuscarosbensdopatrimóniopessoal.

Os bens do estabelecimento só respondem pelas dívidas do próprio

estabelecimento,obanconãopodeirbuscarosbensdoestabelecimentofaceàs

dívidasdosócio,estessórespondempelaactividadedoestabelecimento,oqueo

bancofazéirbuscaroEstabelecimentoembloco,vende‐ocomoumtodo.

Esta limitaçãodesaparecenocasodenãohaverrespeitopelaseparação

de bens. Quando misturo a esfera pessoal e profissional ‐ Carro em nome da

empresamasutilizadopelamulher.

Quandoaseparaçãodeixadeexistir,oscredorespodemirbuscarosbens

todos.

EstasituaçãodosEIRLnãoresultou,econtinuouahaversóciosdefavor.

Masapartirde1996começouahaversociedadesunipessoais.

Um empresário pode ser (1) empresário em nome individual –

Responsabilidade ilimitada. Se quero limitar responsabilidade posso constituir

um(2)EIRLouuma(3)sociedadeunipessoalporquotas(artigo270­a).

Quando a actividade começa a ter alguma relevância constitui‐se uma

sociedade unipessoal por quotas. Que diferenças há entre o EIRL e sociedade

unipessoal? Em ambos os casos à limitação de responsabilidade mas na

sociedadeapareceumapessoajurídicadiferente,separadadoempresário.Uma

sociedade já tem alguma complexidade em termos de organização,

nomeadamenteaoníveldaexistênciadeumTOC.

Empresascolectivas

O modelo natural de uma sociedade colectiva é uma sociedade. Há

sociedades civis e comerciais. Para a actividade económicas interessam as

actividadescomerciais.Nestetipohá5divisões.

Sociedade em nome colectivo, neste tipo há sociedade ilimitada. Este

modelocaiuemdesuso.

Sociedadeporquotas,identificam‐sepor“Limitada”“Lda”.

Sociedadeanónima,sãoassociedadesemqueocapitalestárepresentada

emacções(S.A.).Dentrodestashásociedadesabertas,sãosociedadeanónimase

estãoembolsa.

Sociedades comandita – “Simples” e “por acções”. Esta é uma figura

histórica,nãoérelevante.

EmPortugalhásociedadeAnónimaseSociedadesporquotas.

Há uma característica essencial nas sociedades comercias, é esta a

finalidade lucrativa. As sociedades comerciais são criadas demodo a obterem

lucros.Ascooperativasnão têm finalidade lucrativas,estasnãose inseremnas

sociedades.

SARL(Sociedadeanónimaderesponsabilidadelimitada).

SCRL(Sociedadecooperativaderesponsabilidadelimitada).

Cooperativas Sociedades

Civis Comerciais

SNC SQ SA SCmdt

S A

Até há pouco tempo a indústria vitivinícola era dominada pelas

cooperativas,pelasadegascooperativas.Umdossectoresondeascooperativas

estãomuitopresentesénaagricultura,novinhoenasfrutas.

Nahabitaçãotambémhácooperativas.Oscooperantesconstroem,ecomo

nãotêmfinalidadelucrativaospreçossãovendidosapreçosmaisbaixos.Acasa

ficaacustodeconstrução.Asuniversidadeseramcooperativaseagoraestãoa

transformar‐seemfundações.

Outrosectorondehaviagrandedominânciadecooperativaseranosector

doconsumo.Oobjectoprincipaldascooperativaséquenãotêmquedar lucro,

apenasnãopodemdarprejuízo.

ACE (Agrupamento complementar de empresas), AEIE (Agrupamento

europeude interesseeconómico).A substânciaéamesma,masaAEIE temde

agruparempresasdedoisestadosestadosmembros,pelomenos.Ofundamento

do ACE é a junção de parte da actividade de membros que são desse

agrupamento mas são actividades acessórias ou secundárias da empresa do

agrupamento. Não é uma actividade principal dos membros do agrupamento,

serveapenasactividadeauxiliaràsempresas.

BCP – Compra de 4 Bancos, hoje há apenas a fusão entre esses 4 em

apenas1banco.

OsserviçosdeBackofficepodiamserfundidos,istoé,emvezdehaver4

divisões diferentes de backoffice podíamos ter apenas 1 que servisse todo o

grupobancário.

O BCP, por lei, não podia prestar os serviços ao BPA, Mello, entre os

outrosbancosadquiridos.ComotalcriouumACE(SemciBanca),quetiratodaa

estrutura de backoffice dos quatro bancos, estão a concentrar tudo namesma

entidadeeestaservirátodososmembrosdogrupo.

O Metro de Lisboa vai‐se expandir. 5 ou 6 empresas de construção

formamumaACEetêmumatuneladoraqueprestaserviçosaometrodeLisboa.

Semprequeroautonomizaralgoquenãoé aminhaactividadeprincipal

possocriarumaACE.

Estes agrupamentos só podem fornecer uma actividade acessória à

actividadeprincipaldosmembros,aactividadeprincipalnãoéadepassarparao

mercado,apenasprestarserviçosàsempresasqueconstituemessesACE.Nãohá

autonomiadelançarparaomercadooseuproduto.

Dependendo do excedente de actividade podem ou não constituir uma

sociedade.

ViniPortugal–PodiamterfeitoumaACEemvezdeumaAssociação.Esta

associaçãoéoagenterepresentativodosviticultoresnasexposiçõesmundiaisde

vinho.

Direito

Aulateórica3

24/09/09

A titularidade das empresas públicas é pública, não pertencem

necessariamente ao estado central, pode pertencer às autarquias locais. O

modelodeorganizaçãoépúblico,porexemplo,emrelaçãoàsantigasempresas

públicas,oEstadotemumpoderdetutelasobreessasempresas.Negóciosacima

deXmontantetinhamdeserpreviamenteautorizados,osgestoresnãotinham

podercompleto.

Empresas públicas sobre a forma de Soc. Comerciais – S.A. e LDA. No

universodasempresasdetidaspeloEstados,comosociedadescomerciais,háas

empresas participadas e as empresas públicas. As sociedades comerciais e

públicasoEstadotemodireitodenomearmaisdemetadedosadministradores

públicos ou detém mais de metade do capital social. Se o Estado tiver uma

participaçãonãofinanceiraentãoéumaempresasparticipada.

Umapessoaao investirpode teruma finalidade financeira (invistopara

ter rentabilidade ou por lucros ou por valorização da participação). Quando a

minha finalidade é financeira então é uma posição financeira, não tenho

preocupaçãonorumodaempresa,nosprojectosoualgosobreaempresaalongo

prazo.

Há outras preocupações cujo o principio não é necessariamente

financeira, preocupam‐se com a rentabilidademas o propósito é um objectivo

estratégica,istoévistonumaperspectivadeprestígiooupositioning.Nocasodo

Estadodeterumaparticipaçãonumaempresaeste tipodeposição, trata‐sede

umaempresaparticipada.

EPE–EntidadePúblicaEmpresarial–Empresaspúblicas.

HáumreforçodoEstadoumdireitoespecial,àinformação,porpartedo

EstadonasSociedadesComerciaisPúblicas.Háumcontroloespecialporpartedo

Estado,umreforçodafiscalizaçãodaempresa.

Joint­Venture

Incorporated–Umempreendimentoconjuntoquedáorigemaumanova

companhia, esta forma de colaboração consubstancia‐se numa nova sociedade

comercial.

UnincorporatedVentures–Consórciosapenas.Umempreendimentoé

tão complexo e tão grande que uma empresa sozinha não consegue fazer.

Quando há uma forma de colaboração deste género, há um contrato de

consórcio.Nãoaparecenenhumanovaentidade.Há2(oumais)empresaspré‐

existentes e continuam separadas. Ficamos coordenados, cada um faz uma

tarefa,coordenaçãodetrabalhos.

Estabelecimento

Unidade económica autónoma que agrega factores de produção,

correspondendoaumaempresa.CadafábricadaFordéumestabelecimento,um

empreendimento.

Umasociedadecomercialpodeserdonadeumoumaisestabelecimento,

a carris é dona de 4 estabelecimento. Tem o negócio dos autocarros, do

elevadores, dos autocarros turísticos e do eléctrico, isto é, cada fragmento da

empresa é uma estabelecimento. A cada altura a SONAE tinha centenas de

sociedades, cada supermercado era uma sociedade, tinham uma holding para

“segurar”associedades.

O estabelecimento pode ser objecto de negocio autónomo. Pode ser

sujeitoaváriosnegócios,atrespasseoucessãodeexploração.Incidemsobreum

estabelecimento,trespassecorrespondeaumatransferênciadoestabelecimento.

A cessão de exploração corresponde a uma transferência temporária do

estabelecimento,aoaluguer.

Ao comprar uma empresa podemos trespassar uma empresa, passar o

estabelecimentoparaumnovotitular.Compraevendadeumaempresaengloba

aempresatoda.

A sociedade BPI continuava a existir, nada mudava, apenas vendia o

negóciobancárioaoBES.Iahaveruma“fusão”entreoBPIeoBES.Nestecasohá

umtrespasse.OBPIiaficarcommuitodinheiro,muitasacçõesdoBES,massem

onegóciodosbancos.

Odonodoestabelecimento (refinariadeSines)éoestadomasestavaa

sergeridopelogrupoNesteedepoispelaRepsol.Háumacessãodeexploração.

Umaempresadinâmicaestáemconstanteevolução, logoénecessárioprecaver

numcontratodecessãodeexploração,poispodeficarcomumestabelecimento

descapitalizado,ficamoscomumaempresadesactualizadaeobsoleta.

O trespasse imobiliário era a transmissão de uma empresa alugada, em

princípioficaríamoscomolocalcomarendaaopreçoantigo,mascomanovalei

istojánãoacontece.

SociedadesComerciais

Quando uma sociedade começa a existir tem de ser criado um capital

social, este é o dinheiro que os accionistas metem na empresa no inicio da

constituiçãodaempresa.

Seumsócionãocumpreaquiloquesecomprometeuaentregar,osoutros

sóciosrespondemporaquiloqueestáemfalta.Sefaltarem300€osoutrossócios

têmdecompensaressafalta.Istonumasociedadeporquotas(artigo277).A

sociedadeanónima,quefoipensadaparamuitossócios,cadaumrespondepela

suaparte,sealgumnãocumpreapartequelhecumpreosoutrostambémnão

sãoresponsáveis(Artigo271).

Nas sociedades por quotas, os sócios não respondem por dívidas da

sociedade (Artigo 197 número 3). Os sócios podem ficar responsáveis pelas

dívidas,massóatédeterminadomontante(198número1).

Nocasodassociedadesanónimas,ossóciosnuncasãorespondempelas

dívidas.Maselespodem‐seresponsabilizarporpartedaentrada.Napráticanão

existe nenhuma sociedade por quotas, nenhuma sociedade tem sócios que se

responsabilizempelaempresa.

As quotas não são tituladas, não há documento físico que representa a

representaçãosocial,nãoháapoiofísico.Istoprocede‐senoregistocomercial.

Nas sociedades anónimas as representações assumem‐sepor acções.As

acçõespodemsertituladas,podehaversuportefísicoparaaposiçãosocial.

Formadeconstituiçãodassociedades

Váriosactosaseremcumpridoscomintervalodetempoounão.

1. Celebraçãodocontratodesociedade(artigo7).

2. Registodefinitivonasociedadecomercial(artigo5).Asociedadesóestá

constituídaquandoháesteregisto.

Háformalidadeantesdacelebraçãodocontrato:

1. Obtençãodeumdocumentodecertificadodeadmissibilidadedefirma.

2. Autorização de um dado nome: Registo nacional de nomes colectivos.

NRPC–Seonomeexisteesehácorrespondênciadonomeenegócio.

Direito

AulaTeórica4

01/10/09

O nome da sociedade pode não ser o mesmo que o nome dos

estabelecimentos.Estabelecimento–Continente;Sociedadeproprietária–Soane

Distribuição.

Capital social: Quando os sócios vão constituir a sociedade ou quando

vãoassinarocontratoocapitalsocialjátemdeestarrealizado.

Partegeral

Artigos271eseguintes–Sociedadesporquotas.

Contrato – Conteúdo obrigatório (artigo 7 geral) e sociedades por

quotas(artigo199)enassociedadesanónimas(artigo272).

(Artigo7,número2)–Associedadestêmdeter2partes.

Há sociedades em relação de grupo que podem ter apenas 1 sócio e o

segundocaso,aleiadmitequeasociedadeanónimatenhaapenas1sócio(artigo

488),desdequesejasociedadeanónimaouporquotas.

O numero mínimo para uma sociedade anónima é que sejam 5 sócio

(artigo273,nº1).Sociedadeanónimacomumúnicosócio(488nº1).

Tipodesociedade–Porquotasouanónima.

Firma:Nomedasociedade(artigo10).

Regimenacionaldepessoascolectivas.Há2artigosnaspartesespeciais–

onomequeacabeemLimitadaouSA(quotasouanónimarespectivamente).EPE

–Entidadepública.EM–Empresamunicipal.Artigo200–Quotas.Artigo275–

Anónima.

Objectodasociedade:Actividadequeaempresasepropõeadesenvolver.

Artigo 11, este tem alguma relevância prática mas não necessariamente um

impedimento.

As autoridades podem dissolver a sociedade (artigo 142, número 1

alíneaD),asociedadedefactonãodesenvolveoobjectoaquesepropõe,neste

casoasociedadepodeserdissolvida.Serealizarumnegocioforadoseuobjecto

tem de manter negócios anterior mas pode desvincular directores ou pedir

indemnizaçõesaosmesmosporestaremarealizarnegóciosforadoseuobjecto.

Sededasociedade.Associedadetêmdeterdomicílios.

Capitalsocial:Indicaçãodomesmo.

Uma pessoa colectiva tem uma determinada necessidade. Só pode ter

responsabilidadesparaapersecuçãodessasmesmasnecessidades.Afinalidade

das sociedades comerciais é uma finalidade lucrativa. Só podem realizar

negócios que forem compatíveis se atingirem essa finalidade. À partida são

contráriosàs finalidades lucrativasosnegóciosgratuitos, istoacontecequando

sóumaparteprestaserviço.(artigo6,número2).Liberalidades–Contratosde

naturezagratuita.Aofertadeprendasdenatalnãoéinválidanoscasosdoartigo

6. Os gratuitos só se podem verificar se estiverem de acordo com as praticas

sociaisdaépocaedo localenasituaçãodasociedade(seasociedadetiverem

dificuldadeséumacoisa,casoestejaaprosperaréoutra).Prestaçãodegarantias

dedívidasaoutrasentidadesquenãoaprópriaentidade.

A PT não pode fazer garantias à VIVO, é uma entidade à parte. Quem

perdecomestanulidadedegarantiaéoBanco,queperdeagarantia.Asociedade

garantia está em situação de grupo que contraiu a dívida (artigo 6 nº 3 –

Excepção). A sociedade que presta garantia tenha um justificado interesse

próprio.

CapitalSocial

É obrigatório dar uma contribuição para o capital social –

Obrigatoriedade de entrada.Artigo 20 alínea a. Existem 3 tipos de entradas

possíveis, entrada de indústria (pessoa que entra com o seu próprio trabalho

para a sociedades). Entrada de dinheiro – Pagamento em entrada de dinheiro.

Entradacombensdiferentesdedinheiro–Entradasemespécie(umcarro,uma

patente,umterreno,umedifício),entrocomumbemquenãoédinheiro.

NassociedadesLDAeSAasentradasdeindústriaestãoproibidas,sóhá

entradasdedinheirooubem(artigo202,número1;277,número1).

Há capitaismínimosparaLDAe SA.No casodas sociedadesporquotas

LDAé5000€(artigo201),nocasodasSAéde50000€(276número3).Uma

sociedadequesedediqueàactividadebancáriatemdeentrarcom17,5milhões

deeuros.

No caso do dinheiro a entrada é feita por depósito do dinheiro numa

contaabertaemnomedasociedade.Estacontasópodesermovimentadaporvia

deumaconservatória(artigo202número3eseguintesLDA)(277nasSA).

Entradasemespécie–Estouobrigadoaavaliarosbens.Estetemdeser

avaliadoporumROC(artigo28).Artigo7número1.Atransiçãodeimóveiso

contrato de sociedade tem de ser feito através de escritura pública. Se para a

transmissãodaquelesbens fornecessárioumcontratosolene,oscontratossão

celebradosjuntos.Artigo202número2,asentradasemdinheiropodemserem

50%diferidas,istonassociedadesporquotas.Asentradasemespécieeas50%

nãodiferidas têmdeprefazer5000€.NasSAas entradasemdinheirospodem

serdiferidasem70%,masistoaté5anos.

Asomanominaldasquotastemdepré‐fazerocapitalsocial.Secontribuiu

com10000€,aminhaquotavaiserde10000€.Asquotastêmovalormínimode

100€.Eutenhoonúmerodevotoscorrespondentesaoscêntimosquepossuo.

Ovalornominalmínimodasacçõesdocapitalprópriotemdeser0,01€.

Ocapitalsocialpodeseralteradopordoismeios,poraumentodocapital

socialouumareduçãodomesmo,esteéraroemausinal.Acifradocapitalnão

variaamenosquehajaumaalteraçãoformalaessacifra.Nãoconfundirocapital

socialcomopatrimóniodasociedade.Opatrimónioestáemconstantevariação,

ocapitalsocialnão.

DireitoEconómicoeEmpresarial

Aula5Teórica

08/10/09

StockSplit

CasoPT:

Valornominaldasacções:0,03€

Valordemercado:7€

PorqueéqueaPTtemumvalornominaltãobaixo?Paraqueasacçõesno

mercado sejam igualmentebaixa.Quandoas acções começama serdemasiado

altasfaz‐seumstocksplit,fracciona‐seumaacçãoparabaixarvalordemercado

eassimconseguiraumentaraliquidez.

CasopassagemparaEuro:

Valornominal:5€,dividiramederam5acçõesporcadaumaeassimovalorde

mercadopassaaser1€.ValordemercadoporAcção.

Acçõesdecategorias:PT

Categorias: Direitos e obrigações associadas. Se alguma obrigação ou direito é

diferenteentãoháespaçoparaumanovacategoria.

Acçõescomuns(ordinárias)–Todososdireitosgerais

CategoriaA–GoldenSharedoEstado,500acções.

Acçõespreferenciaissemdireitodevoto:Constituemumanovacategoria,

não têm direito de votomas têm um dividendo superior. Isto pode acontecer

comoutrosdireitosouobrigaçõesdossócios.

Categorias das acções: Artigo 302. Acções nominativas e ao portador

(Artigo279).

Acções Nominativas: Quem são os sócios da sociedade, a empresa

reconhecequemsãoeles,identifica‐os.Asacçõestêmonomedoportador.Estas

acçõestêmumregistoeassimseiquemsãoosaccionistas.

Acçõesaoportador:Quemtemotítulo.

Hácasosemqueasacçõestêmdesernominativas(Artigo299nº2).

Artigo298nº1–Umasociedadenãopodeserconstituídacombensde

valorinferioraocapitalsocial.Maspodesersuperior:

Eu contribui com bens em espécie com um valor superior ao que eu

considereinocapitalSocial.

Eu entro com terrenoeomeu sócio só entra com500.000€ .O revisor

atribui ao meu terreno 700.000€ de valor. Nominalmente o capital social

continua a ser 1milhão mas os bens valem 1.200 milhões. O terreno só foi

consideradopor500masfoiavaliadopor700.Euaoentrarcom700milestoua

beneficiarooutrosócio.Osoutrossóciosbeneficiam.

O terreno pode também passar para a sociedade mas esta tem de

compensaradiferença,pagar200milaosócio.Ficasócom1milhão.OROCtem

decertificarqueo(artigo28,3d)bemqueosóciodáéosuficienteparapagara

quotanocapitalsocialepagaradiferença.

O sócio recebe a diferença no dia em que a sociedade for dissolvida.

Apenasacontecequandojánãosociedade.

Ossóciospartilhamos lucrosdeacordocomasuaproporçãodocapital

social.Mas istopodeseralterado,podeserdadomaisoumenos lucro. (artigo

22,número2).

Contudoossóciospodemalterararegradedistribuiçãodos lucrospara

“re‐pagar”aumsócioqueentracommaiscapitalparaasociedade.

Ágioouprémiodeemissão(artigo295,alíneaa).Diferençaentreovalor

nominaldaacçãoeovalorqueosóciopagouparaentrar.

Nomomentoinicialnãoéfrequentehaverfaltadecorrespondênciaentre

valor nominal e valor dos bens. Quando há aumentos de capital é necessário

haverprémiodeemissão

Osnovossóciostêmdepagarmetadedovalordaempresa(deduzidodo

valordocapital)casooaumentodecapitalsejaaduplicar(passarde1milhão

para 2 milhões de acções). O prémio de emissão no entanto não pode ser

metade,temdeserumvalormenor,exemplo,emvezde24.950.000deprémio,

apenascobra20.000.000deeuros.Istonocasodaempresavaler51.000.000de

eurosjáacontarcomocapitalaumentado.

Senãoforcobradoprémiodeemissãoentãoosantigosaccionistasestãoa

perderdinheiro.

(aumentodecapitalartigo87até91)

Ovalorsubscrito inicialmenteaocapitalsocialnãoestá fixo:Aumentao

capital:

1. Porincorporaçãodereservas.

2. Pornovasentradas(artigo87).

Incorporaçãodereservas:Ovalorpatrimonialdossóciosmantém‐seigual

quandoháumaumentodecapitalporincorporaçãodereservas.Oúnicocasoem

que pode vir a beneficiar alguns sócios – Quando os sócios participam nas

reservascomocapital.

Entradadenovossócios:Háemissãodequotas/acçõesnovas,vouterque

pagarporelascobrindopelomenosovalornominal.

Oregimedasentradaséomesmoqueodasconstituições.Possibilidade

depagar5anosmaistarde,diferimentos,entradaemespécimes.

Aumento de capital por novas entradas: Para proteger os sócios há um

direitodepreferênciasobreesseaumento. Istoaconteceparaqueelespossam

manteromesmopesorelativonasociedade(artigo266­LDA,458–SA).

Noentanto:Sóhádireitodepreferênciaquandoháentradasemdinheiro,

enãoquandoéemespécie.Sealguémentracomumabeméporqueessebem

eranecessário,fundamental.Noentantosepudesseserfeitoissoentãoapenasa

pessoaquedetémessebeméquepodiasubscreveraesseaumentodecapital.

Aumentodecapitalemespéciepermitira‐mefazerdiminuiraposiçãode

umaentidadenasociedade.

O direito preferencial tem um valor patrimonial intrínseco. A

possibilidade de comprar as acções mais baratas valor dinheiro, por isso é

possíveltransaccionarestedireito.Oregimedecompraevendadepreferênciaé

o mesmo regime que a trocar de quotas ou acções (artigo 267). A compra e

vendadedireitosdepreferênciaestácondicionada.

Aleipermitesuprimiroulimitardireitosdepreferência‐artigo460.

CasoPT:

Obrigações conversíveis em acções: Nestes casos eu também tenho direito de

preferêncianestasobrigações.

A PT suprime o direito de preferência. Esta vende a uma empresa

Holandesaeestaéquevaipôrnomercado.Artigo460.

ReduçãodoCapitalSocial–Artigo94eseguintes

‐ Libertaçãodeexcessodecapital–Asociedadetemcapitalamaisparaa

actividadequeestáadesenvolver.Sociedadecom100milhõesdecapital

socialparaTDT,voumudardeactividadeeésuficienteapenas10000€,

reduzoocapitaledevolvoaossócios.Atéhá3anossópodiaserfeitocom

autorizaçãodotribunal.Hojeemdiajánãoénecessário.

‐ Redução para cobertura de perdas ‐ Quando a situação líquida da

sociedade for inferior ao capital. Quando o passivo da sociedade é

superioraosActivos.ALeipermiteumareduçãodocapitalparareflectir

as perdas existentes. Isto pode acontecer até ao capital social até zero,

logo a seguir a empresa aumenta o capital por novas entradas. Se não

corrigiremasituaçãodocapitalsocialnegativo,paracobrirasdívidas,os

novosaccionistasiriamperderdinheiro.Artigo95,número2.

Alteraçãoaocapitalsocialéumaalteraçãoaocontratosociedade,sempre

quequiserempodemalterarestecontrato.Osestatutosnãosão imutáveis,não

são fechados, são semprepassíveisde alterações, paramudaroquequiserem.

Artigo95eseguintes.

Alteração de estatutos: Ao contrário do que acontece com os contratos

gerais,sóopossofazersetodasaspartestiveremdeacordo,apenascommútuo

acordoéquepossoalterarocontrato.Sóhásociedadesetodosossóciostiverem

deacordocomosestatutos.

Aleiadmitequepossaalterarocontratosociedadesemomútuoacordo

de todosos sócios. Seháumsóciomenorquenãoestáde acordo comonovo

contrato sociedade, fica fora, não é exigido o acordo de todos os sócios. É

necessárioumamaioriaexigente.LDA–75%docapitalsocial(artigo265).SA–

2/3dosvotosemassembleiageral.

Artigo86número2–Protegerossóciosminoritáriosquepodemficar

descontentescomosestatutos–Sedestaalteraçãohouvermaisobrigaçõespara

ossóciosquepreviamente,estaalteraçãoapenaséeficazemrelaçãoaossócios

queaconsentirem.

Naentradadeumnovosócioeeunãoestoudeacordocomaentradado

mesmo, tenho a oportunidade de sair da sociedade e receber o dinheiro

equivalente.Istonassociedadesporquotas.

DireitoEconómicoeEmpresarial

Aula6Teórica

22/10/09

ContratoParasocial

Ocontratosociedadepodeseralteradoapenascommaioriaqualificada.

Acordos parasociais – Trato de matérias relativas à assuntos da

sociedade.Umcontratosocialévigenteparaosnovosaccionistaseosantigos.

Num acordo parasocial, apenas as partes do acordo (os sócios) é que o

têmde respeitar e tirar partido domesmo.No contrato social não, aplica‐se a

todos.

Acordodevoto:OssóciosvotamemconjuntoedamesmamaneiraemAG.

Este é um exemplo de acordo parasocial.Artigo 17 no código das sociedades

comerciais. Também há acordos parasociais para acordo de transferências de

participaçõessociais.

Oacordoparasocialéineficazparacomasociedade.Asociedadenãoestá

a nada obrigada por esse acordo. Se eu tenho uma acordo sempre damesma

maneiracomsócioAeacabopornãoacumprirnumadadasituação,aSociedade

nãoéresponsabilizada.Nãopodemserimpugnadosasdecisões

Acordo parasocial durante o PREC ‐ Todas as empresas que estavam

detidas por capitais estrangeiros, este capital não era nacionalizado.

Posteriormenteeramfeitosacordosparasociaisparaalinharosinteresses.

Fazem‐se acordos parasociais e não alteração de estatutos de modo a

manterestasdecisõesemsegredosenãoquer‐sequesejadodomíniopúblico.

Fusões

Fusão–Fundir.Hádoistiposdefusõesartigo97,número4.Fusãopor

incorporação,aempresaAabsorveaB.Desapareceumadassociedadesneste

caso.Umadassociedadespré‐existentesvaiabsorveraoutra.Fusãode

constituição,asduasempresasvão‐sefundireformamumanovaempresa,uma

novasociedade,aempresaC.

Cissão

Separação de parte de uma empresa e constituir uma sociedade nova.

Exemplo, A carris separar o negócio dos elevadores. Existe outra alternativa,

separarasociedadetoda.Acarrissepara‐seem4sociedadesnovas,asociedade

inicial desaparece completamente. Cissão dissolução, a sociedade originária

desaparececompletamente,nocasodaCarrispassavaaexistirosautocarrosde

Lisboa,elevadoresdeLisboa,metropolitanodeLisboaetransportesturísticosde

Lisboa.

CissãoFusão,nósvamos separarumaunidadedenegócioevai fundi‐la

comoutraunidadejápré‐existente.

Quandofaçocissãotransmitoqueracçõesactivacomopassivas.Quandoa

EDP criou uma sociedade nova, EDP renováveis, transmitiu tanto os Activos

como os Activos. Se agora separar as barragens, transmitem não só o passivo

associada à construção das barragens como o activo, as barragens. Uma

sociedade cissada não pode termais passivo que activo, neste caso seria uma

empresa falida.Artigo118.Artigo124–Activosepassivos.A cissão temde

fazersentidoenquantosociedadeeconómica.Artigo129número2.

Transformaçãodesociedades

Passardeumtipodesociedadeparaoutrotipo.Umasociedadeanónima

passarparasociedadeporquotasouoinverso.EIRLparaSociedadeporquotas

ousociedadeunipessoal.Sociedadecivilparasociedadecomercialartigo130.

Omovimentomais frequente éde sociedadeporquotaspara sociedade

anónima.

Comacçõesaoportadores,nósnuncasabemosquemsãoosaccionistas,a

sociedadeperdeorastoaosaccionistas.Àsemelhançadoqueacontecenacissão

e fusão, a decisão é mais ou menos neutra, os contratos de trabalho e de

empréstimosmantêm‐se,etc.

Obrigaçõesedireitosdesócios

Artigo20–Obrigaçõesdossócios.Posiçãojurídicadossócios–Depende

dasobrigaçõesedireitosqueumsóciotemdentrodeumasociedade.

Artigo20,alíneaa),obrigaçãodecontribuirparaaformaçãodecapital

social.

Obrigaçãodaentradanocapitalinicial.

Obrigaçãodequimoarnasperdas,dividirparcelas.Todosossócios

participamnasperdas,nãopagandoasdívidasmassimnasvariaçõesdevalor

deinvestimentoqueobtêm.Nãosignificaquepuseramdinheironaempresa,

houveumadesvalorizaçãopatrimonialetiveramdeasuportar.

Ano1 1Milhão

Ano2 1,5Milhões

Ano3 1,3Milhões

Ano4 900Mil

Ano5 ‐300Mil

Noano5háumasituaçãodeficitária,ossóciosapenastêmaobrigaçãode

entrarcomdinheironocapitalsocial,aperdaresultantenoano5ésuportada

peloscredores,aempresaélimitadalogoossóciosnãorespondempelasdívidas.

Terceiraobrigação–eventual,dependedosestatutos,obrigaçãode

prestaçõesacessóriasartigo209sociedadeporquotas,sociedadeanónimo

287.Prestaçãoacessória,aprincipaléaentrada.AobrigaçãodeumChef

trabalharnumrestaurantecomosuaentradaparaaformaçãodesociedade,ele

podetrabalharemexclusivoparaasociedadeeestaéumaprestaçãoacessória.

Segundotipodeobrigaçõeseventual–Prestaçõessuplementares–Artigo

210eseguintes.Sóexisteparaasociedadeporquotas.Dinheiroapenas,quando

asociedadedelenecessita.Esteéumreforçodecapital.Suplementaremrelação

àinicial.

Asociedadeobrigarossóciosadardinheiro,ossócioséquetêmde

deliberaristo.Masadiferençaparaocapitaléqueestedinheiroéreembolsável,

artigo213.Aconsequênciaparaonãopagamentododinheiro,estesóciospode

serexpulsoeficasemasuaquota.Sóháobrigaçãodeprestaçõessuplementares

seestaobrigaçãoestiverclaronosestatutos,eládeveserindicadaolimite

máximo,estetemdeestarincluído,Artigo210.Havendoobrigaçãoderealizar

temdetermáximo.Ossóciospodem,noentanto,realizarprestaçõesvoluntárias.

Istonãoéobrigatórioestarnosestatutos.Nãohálimitemáximo.Artigo210,

número5.Oreembolsododinheirodependedadecisãodossócios.

Esteempréstimoéóptimoparaaempresanamedidaemquesó

reembolsaquandopodeenãopagajuros.

Suprimentos–Empréstimosdedinheirodossóciosàssociedades.Estes

podemvenderjuros(aocontráriosdassuplementares).Sãopassivoda

sociedade.Comestemecanismoapenasestouapiorarasituação.Ossuprimento

sãoreembolsadosquandoestivernocontratoouquandooórgãodedecisão

quiser.Nãodependedadecisãodossócios.Oreembolsodeumsuprimentonão

estádependentedosráciosfinanceiroselimitesdoartigo213queregemas

prestaçõessuplementares.Podemserounãoobrigaçãodesócios.A

possibilidadedefazerumsuprimentonãodependedosEstatutos,aqualquer

alturapodefaze‐lo.Artigo243eseguintes.

Empréstimosqueosóciofazàsociedadequandooquedeviafazereraum

aumentodecapitalsocial–Suprimento.

Empréstimopontualousubstituiraumentodecapital–Carácterde

permanência–Artigo243.Seoempréstimotemprazosuperioraumano.Sefor

superioraumanoésuprimento.

Oregimedosuprimentoédesfavorecidorelativoaoscredoresnormais.

Estaéumadividamaisbaixa.Seaempresaforàfalênciaestecréditosóépago

depoisdoscredores.Osócionãopodepedirainsolvênciadasociedade,temde

ficaràesperaqueoutrocredorpeçaArtigo245.

Prestaçõesacessóriasemdinheiro–Sociedadeanónima.

DireitoEconómicoeEmpresarial

Aula7Teórica

22/10/09

Suprimentos

Créditosdiferidos–Suprimento.Seumsóciotinhaumapartedelucros

correspondentedeXmasnãoolevantou,istocontacomosuprimentosedurar

pormaisdeumano.Seumsóciodeumaempresafazumfornecimentoà

empresaeestamercadoriaforpagaacréditodurantemaisde1anoentãoé

suprimento.

Casoaempresaestejaemfalênciatécnicaosúltimosaserempagossãoos

sócios.

Direitosdossócios

Artigo 21, alínea a),direito aos lucros, lucros do exercício do ano fiscal, não

necessariamentedoanocivil.

Subsidiárias de empresas estrangeiras e Empresas com actividade

sazonal.Empresasquenãoseguemoanofiscaligualaoanocivil.

Podeocorrerum lucrode liquidação, istoé,ao liquidaraempresapode

haverumlucro,lucrodeliquidação.

Artigo22–Oslucrossãodivididosdeacordocomaproporçãoquecada

sócio detém em cada empresa. Acções preferenciais sem voto – os accionistas

recebemmaislucrosqueasrestantesacções.Nãoécomumalterararegrageral

doartigo22número1.

Pactoleonino–Artigo22número3.Aúnicaremuneraçãoquesepode

atribuir a um sócio, pelo investimentode capital, são os dividendos.Nãopode

haverumretornocertoparaumdadoinvestimento22número1.

Artigo 217 – LDA, direito mínimo ao dividendo. Salvo em dois casos,

sempre que houver lucros a sociedade tem de distribuir pelo menos 50% do

lucro distribuível. Pode haver clausula nos estatutos a dizer que os sócios são

livres de distribuir o montante que quiserem. Grande parte das sociedades

portuguesastêmestaclausula.Aleiadmitequesepossadistribuirmenosqueo

mínimode50%doslucrosquandoaprovadoporpelomenos75%dosvotosdo

capitalsocial.Maioriaparaaalteraçãodeestatutostambéméesta.

Artigo294–SA.

Lucrodoexercício–Nemtodoestevalorédistribuívelpelossócios.O

resultadobruto,depoisdasdeduçõestenhoolucrodistribuível.Daquiloquefoi

realizadopelaempresa,oqueédistribuível?Háumalimitaçãonoartigo33.

Tenho de cobrir resultados (prejuízos) dos anos anteriores. Se no ano

passadotiveprejuízosde300eesteano1000delucroentãodistribuívelesteno

são700.Depoistenhodecolocardeladoareservalegal,reporouconstituir.Tem

comobaseoslucrosqueaempresagera.Estareservatemdeser20%docapital

social.Comoquepreencho?Separandopelomenostodososanos5%doslucros.

Amortizarasdespesasdeconstituiçãodasociedade.

Se eu tenho prejuízos ou resultados transitados negativos tenho que

amortiza‐losantesdistribuirlucros.Maspossodeslocarreservasparaamortizar

osperdasparaquepossadistribuirdividendos.

Direitosàinformação

Artigo291 – direito colectivo. Se eu tivermais de 10%posso obter as

informações,nãotenhoquesermaisqueumaccionista.

Direitoaparticiparnasdeliberaçõessociais,artigo21.Direitodevotonas

assembleiasgerais.

Artigo 250 – LDA. Cada cêntimo da quota corresponde um voto.

Excepcionalmente pode haver voto plural, cada cêntimo corresponde a dois

votos.

Artigo384–SA.Todoocapitalestárepresentadoporacções,cadauma

comomesmonominal, cada acção correspondeumvoto. Pode‐se estabelecer

queparaterdireitodevototemosdeterpelomenosXacções.

Não se contam votos a partir de uma percentagem de capital, exemplo

20%. Se um sócio tem 99% de uma sociedade, em assembleia continuo a ter

apenas20%dosvotos.EstacondiçãoserveparaevitarOPAHostil.

Direito a ser designado aos órgãos sociais: Eu tenho direito a ser

escolhidomasparaissotenhodemeapresentaraeleições.

Direito especial à gerência. Os estatutos dizem que dado sócio tem

direitoasergerente.

Artigo 257 número 3 – Se uma pessoa quer ser gerente ou

administradora,estapode‐seapresentaraeleiçõesedepoiséescolhidaounão.

Maspode estar reconhecidonos estatutosque algum (Nas SAnão épermitido

umsócioserdesignadoaadministrador391,número2).Paraeliminarodireito

degerênciatenhodeteroconsentimentodessesócio.

Direitoaapreciaranualmentea situaçãoda sociedade –Atravésda

avaliaçãodascontas.Artigo65dapartegeral.Ossóciostêmdireitoaavaliara

vidadasociedade.

Direito a impugnar deliberações sociais inválidas – As decisões das

assembleias(artigo57,59)têmquerespeitaraleieosestatutos.Umsóciopode

por a empresa em tribular para anular esta decisão inválida. Quem usa este

direito são os sócios minoritários. Logo a principio os minoritários não têm

poderparaviabilizarestetipodemoçõesilegais.

Direito de responsabilizar órgãos da sociedade – Os sócios podem

pedir a responsabilização (artigo 79 e seguintes) dos administradores. Os

próprioscredoresdasociedadepodeinterporestetipodeacções.

Direitodepreferênciasobreoaumentodecapital.

Transmissãodasparticipaçõessociais

Eu tenhoumaacção/quotaequero transmiti‐la aoutrapessoa.Quando

falamos nesta transmissão temos de diferenciar o regime substancial (posso

vender ou não, estamos a falar da substânciamaterial) e o regime formal (as

formalidadequesãonecessáriaspassarquotas).Tambémtemosdediferenciar

entrevivoemorto–hereditariedade.

Direito

Aulateórica8

19/11/09

Tem que haver uma parte documental que demonstra amorte e que a

pessoa é herdeira da quota, e isto pode ser um testamento ou habilitação de

herdeiroeumaformalidade,umregisto.

Artigo228,número2 –Regimeconfronta2excepções,umsóciopode

venderumaquotaaoutrosócio.Omaridopodevenderàmulhereamulherao

marido. Filho vender ao pai, etc. Entre ascendentes e descendentes. Quando a

transmissão é para terceiros, é necessário autorização, caso seja dentro da

sociedade,nãoénecessário.Esteregimeésupletivo–Seaspartesquiseremnos

estatutos podemescrever um regime à parte. Podemproibir a transmissãode

quotas,ouacompletacirculaçãodasquotas.

Nãopodehaver transmissãodequotasartigo229,número1,masum

sóciocommaisde10anospodeexonerar‐se.

A liberdade total faz perder o instrumento de controlo. Isto numa

sociedadeporquotas.

Podemosalterartudonosestatutos.Oqueaconteceseumapessoapede

autorização e esta é recusada? Se um sócio temmais de 3 anos, pode pagar o

valordaquotaouasociedadecompraraquotadosócioquequervender.Sea

sociedade não faz proposta nenhuma, mas recusou ainda assim, então quem

queriavenderpodevende‐la.Aobrigatoriedadedapropostaestánoartigo231.

Execuçãodaquota–Vendadaquota,promovidaporumtribunal,para

satisfazer os credores do dono da quota. Pedi um empréstimo ao banco, não

conseguipagar,obancovaificarcomomeupatrimónio.Vouaotribunalepeço

queaquotasejavendidaparapagardividasdoscredoresdosócio.

Não há consentimento da sociedade e não podem haver limitações da

vendadaquota.Aquiháumdireitoquesesobrepõe,osdireitosdoscredores.O

credor é livre. A sociedade apenas pode 1) ou a sociedade tem direito de

preferência na venda, 2) amortização da quota, se a quota foi executada pode

faze‐la desaparecer. Novamente não entra o sócio indesejado. Isto só pode

acontecerseestiverprevistonosestatutos.Artigo239número2.

Transmissãopormorte–Aquotatransmite‐seaosseussucessores.Sea

transmissãojáépossívelentrevivostambémseráparaosmortos.Nãoháuma

sobreposiçãoexactaentreosmortoseosvivos.

Artigo 225 ‐ Proibir ou condicionar a transmissão para familiares.

Exemplosóaceitoparafilhosenãoparanetos.Seosherdeirosnãoquiseremser

sócios,casoherdem,asociedadetemdepagaraquota.

Aoaceitaraherançatenhodeaceitartantoosassetscomoasliabilities.O

Filhorecusa,vamosparaosherdeirosseguintes,andsoon.Emúltimainstância

segueparaoEstado.

Emtermosderegime,depassagemdequotadependedosherdeirosestá

noartigo226.

Senãohouvernadanosestatutosentãoatransmissãoélivre.

Transmissãodeacções(SA)

Transmissãoentrevivos–Atransmissãoélivre,estaéaregrageral.NasLDAa

regra geral é que a sociedade tem de dar permissão. Não é proibida a

transmissãodeacções.Artigo328,número1.Sósãoadmitidaslimitaçõesnos

casosprevistosnalei.Quaisassituaçõesquealeiprevê?Artigo328número2.

Primeirocaso,asubordinaçãodatransmissãoaoconsentimentodasociedade,a

sociedadeautorizar.Esteregimeéexcepcionaletemdeestarnosestatutospara

as SA nas LDA é geral. Mas isto só é permitido nas acções nominativas.

Estabelecer um direito de preferência, também só para acções nominativas.

Subordinarasacçõesapessoaquepreenchamcertosrequisitos,novamentepara

acçõesnominativas.

Alimitaçãonãopodetercomoresultadoaproibiçãodatransmissão,isto

fica inválido. Se for pedido o consentimento e este for recusado, então a

sociedadetemdeapresentarumasolução.Nocasodatransmissãodeacçãoem

processo executivo, a lei diz que a única limitação existente é o direito de

preferência.Estarestriçãoestánoartigo328,número5.

Transmissãoentremorto–Tudoigualmasnãohádireitodepreferência.Em

principio a regra é liberdade de transmissão, as acções vão para os herdeiros

seguintes.Alimitaçãoqueconsistenodireitodepreferênciaentrevivosnãose

aplicaaosmortospois falamosapenasemalienação.Porqueéqueoregimede

SAédeliberdade(ecomlimitaçõesmuitorestritas)eaLDAnão?Aideiaé,uma

SA é constituída pormuitas, muitas poupanças que formam um capital muito

grande. Mas eu só consigo captar estas poupanças se conseguir, facilmente,

liquidaroinvestimentoefectuado.Comoéquefaço?Nãohavendolimitaçõesàs

vendas.

As bolsas são úteis pois um pequeno investidor consegue facilmente

liquidaroseuinvestimento.

Facilidades para a transmissão de acções – (Há alguns códigos que

estão nos códigos de valores mobiliários, estes estão no site da cadeira). As

acçõesaoportador,quemtiverapossematerialdasacçõestemasociedade.Na

transmissãodeacçõesaoportadorissofaz‐sedandoparaamão.

Acção nominativa – No caso das acções escriturais, seja por mortes,

vivos, etc, faz‐se por movimento escriturais. No caso das acções tituladas

podemos distinguir entre nominativas e tituladas. Nas acções nominativas há

uma formalidade. No título temos de lavrar o pertence, (a sociedade tem a

possibilidadedesaberqueméodono),nafrentedizaquempertenceaacção.Se

resolvervenderaacçãotenhodeescreverqueestaacçãopassoudeproprietário,

declaroqueaacçãopertenceaonovotitular,consigosempreverquemforamos

accionistas da sociedade. A segunda formalidade é que tenho de comunicar à

sociedadeque a acçãomudoudeposse.A sociedadepode sempre saberquem

sãoosaccionistas.Seasociedadequiserdistribuirdividendososvendedoresde

acções têmdecomunicarà sociedade, senãoonovodonodaacçõesnãopode

recebe‐los.

Figurasparaalemdatransmissão

Direitodeexoneraçãodosócio(emLDA,paraSAnãohá)–Odireitode

saídadasociedade,osóciopodetransmitirquequersairdasociedade.Entãoa

participação o sócio é pago pela sociedade, o dinheiro da quota (extinguindo),

transmissãoparaoutrapessoa.Seasociedadecompraraquota,elacontinuaa

existir,podevendermaistarde.Seextingueaquotaopatrimóniodosrestantes

sobe, os outros sócios saem beneficiados. Omelhor pode ser não amortizar e

depoisvenderaquota.

Sãorarososcasosemquesecriamestatutosparaaexoneração.

Exclusão de sócio –A sociedade pode expulsar o sócio. EmLDAArtigo

241, emSAnão estáprevistona generalidade,mashá casos emquepodemos

expulsaremSA,artigo285,número4e5.

Amortização – Extinção da participação (LDA e SA), só uma parcela é

extinta, a sociedademantemaexistência. LDA–Artigo232e seguintes. SA–

Artigo346eseguintes.

DireitoEconómicoeEmpresarial

Aula9Teórica

22/11/09

ApontamentosAna

Órgãossociais:

1) Órgãosderepresentaçãodossócios

2) ÓrgãodeFiscalização

3) Órgãodeadministraçãodasociedade

1‐ Órgãorepresentativodequemésóciodaempresa

Assembleia geral responsável pela nomeação dos dirigentes dos outros

órgãos,bemcomoalteraçãodosestatutos,distribuiçãodedividendos,etc.

Nas sociedades por quotas tudo o que não está regulado rege‐se pelo

regimedassociedadeanónimasartigo(248,número1).Nassociedades

anónimasossóciossósepodempronunciarsobreagestãodaempresase

oórgãodeadministraçãoassimopedir(Artigo373,número3).

A gestão das sociedades por quotas pode ser influenciada pelos sócios

livremente.(Artigo259).

O órgão de gestão da SA é muito mais autónomo. Os administradores

podem ser destituídos a qualquer momentos apesar de ter ser pago o

montantecorrespondenteatéao fimdomandato.Artigo403.Ossócios

podemdeliberardequatroformas:

1) Assembleiageralregularmenteconvocada(artigo377),

2) Assembleia geral universal, que não foi regularmente convocada.

Nesta estão presentes todos os sócios dispostos a deliberar

determinadostemas.Deveterumaordemdetrabalhos.Háumamaior

flexibilidade de reunir e não são cumpridas as regras formas de

convocaçãodeAG(Artigo54número1).

3) Deliberaçõesunânimesporescrito,têmdeserporescrito.

4) ApenasparaLDA–Deliberaçãoporvotoescrito,nãohánecessidade

deunanimidade(artigo247).

Não podem ser deliberadas decisões que não estejam na convocatória,

tais deliberações não são válidas. Pode‐se fechar a AG e abrir uma

universal para deliberação de outros assuntos que não tinham sido

definidosatéàdata.

2­ ÓrgãosdeFiscalização

NassociedadeAnónimaéobrigatóriaaexistênciadeórgãodefiscalização

ou de um ROC. Nas LDAs a existência de um órgão de fiscalização é

facultativo.Queexerceafiscalizaçãoemcasodenãoexistênciadeórgão

autónomo são os sócios. De qualquer forma é obrigatória a certificação

das contas por um ROC a partir de determina dimensão da sociedade.

(Artigo262,número1e2).

3­ Órgãodeadministraçãodasociedade

NasLDAséagerência.Funções:

‐ Representação da sociedade (falam em nome da sociedade perante

terceiras);

‐ Gestãodasociedade(artigo252).Regrageral,osgerentesnãotêmprazo

paraacolaboraçãonasociedadenemhálimitedegerentes.Agerênciaé

conjunta por maioria (artigo 261 número 1). Se existirem vários

gerentes eles têm que decidir os assuntos conjuntamente e em caso de

desacordoénecessáriadecisãodemaioria.

ParaSA(artigo278):

‐ Um conselho de administração e c. Fiscal. (modelo latino ou modelo

Francês). Pode haver fiscal únicomas este temque se umROC.Grande

partedassociedadesportuguesasoptarampeloFiscalúnico.Podehavera

criaçãodeumacomissãoexecutivacujopresidenteéoCEO.

‐ Umconselhodeadministração–umapartedesteórgãoformaacomissão

deauditoria‐eumfiscalúnico.

‐ Um conselho de administração único (antiga direcção), um ROC e um

Conselhogeralencarreguedafiscalização.ModeloAnglo‐Saxónico.

‐ Modelo Germânico – Um conselho de administração executivo, um

conselhogeraleumROC.Oconselhogeraléconstituídoporaccionistas

queretirampoderesàAGeaoconselhodefiscalizaçãocomumobjectivo

decontrolarmaisdepertoàsacçõesdeadministraçãodotempo.

Conselho de administração: Não há restrição no número de membro,

tendoopresidentevotodequalidade.Nassociedademaispequenas,commenos

de 200.000€ de capital próprio, pode haver apenas um administrador, artigo

290.

‐ Competências:(Artigo406).

‐ Funções: Administração e representação da sociedade com poder de

representação exclusivo (artigo 405 número 2). A administração

funcionacommaioriaamenosqueosestatutosestabeleçamocontrario

(artigo 408, número 1). A regra da maioria também se aplica ao

processo de decisão, pressupondo que não tomadas em reuniões

previamente definidas com as formalidades necessárias artigo (410,

número7).

É habitual nomearem‐se pessoas colectivas para tomaremposse de um

dosórgãossociais(artigo390,número4).Porémquemrepresentaogrupoé

umapessoasingularresponsávelpelassuasdecisõesindividuais.

Sociedadescoligadas(Artigo481eseguintes)

Sociedadesentreasquaisexisteumaligaçãoresultantedeumasersócia

daoutra.

‐ Sociedadesemrelaçãodesimplesparticipação–Quandoumasociedade

temmaisde10%daoutra.(artigo483).

‐ Sociedadesemrelaçãodeparticipaçãorecíproca–(Artigo485).

‐ Sociedadesemrelaçãodedomínio–Critérioqualitativo.Umasociedade

domina a outra se poder exercer influência dominante sobre a outra.

(indícios de influência dominante: termaioria de capital, poder nomear

maisdemetadedosórgãosdeadministraçãoefiscalizaçãooutermaisde

metadedepoderdevoto,(artigo486).

‐ Sociedadesemrelaçãodegrupo–Pressupõedomíniototaldasociedade

desdeoseuinício(artigo488)ouconseguidaaolongodotempo(artigo

489). A sociedade mãe pode tomar decisões sobre a sociedade filha

mesmo que sejam desfavoráveis à mesma (artigo 503). Desaparece a

limitação de responsabilidade da empresa filha, a mãe passa a ser

responsávelpelasdívidasdafilhas(artigo501).Aleiconfereaossócios

maioritáriosum instrumentoparaqueestesse tornemtotalitários,uma

vezultrapassadosos90%depossedesociedade(artigo490).

Direitoeconómicoeempresarial

Aulateórica10

17/12/09

DireitodaconcorrênciafeitapelaUEeostribunaiscomunitáriosadoptam

ounãoasorientaçõesgeraisdefinidaspelaUE.

Aspessoasescolhemedecidemcomoreacçãodomercado.Paraqueisto

aconteçatemehaverliberdadenomercado.Asempresasconseguemdistorcero

mercadoeodireitodaconcorrênciaservaparadefenderaeconomialivrenum

sistema de economia de mercado. Se não há concorrência então não há

necessidadedehaverestetipodedireito.

Existeumafiguraemquenoespaçoeuropeu,sehouvercomportamento

anti concorrencial benéfico para a economia globalmente, então este é

justificado,istonãoépermitidonosEUA.

Página52,vãoaparecerrepetidosnapágina56.Quandoéqueseaplicaa

lei colectiva ou individual? Os comportamentos por terem sido adoptados são

proibidos e sancionados, mesmo que não tenham provocado efeitos, são as

individuais,teveumefeitolocal.Apartirdapágina56apenashápenalizaçãoseo

mercadofoiafecto,otherwisenãoseaplicaaglobal.

Se o Sr. Manel colocar preços abaixo do preço de custo prejudica o Sr.

Joaquim, e prejudica este segundo, mas a nível de mercado global este não é

afectado. Pretende‐se proteger as práticas individuais independentemente dos

efeitosglobais.

Artigo1ro,aplicaçãodepreçosevendasdiscriminatória,doisclientesde

formaigualepraticarpreçosdiferentes.

As grandes superfícies recebem o pagamento na hora, é um negocio

financeiro.Masestessópagamaosfornecedorespassados6meses.Istolevouà

introdução de um artigo para limitar esta situação. Na globalidade também

podemestar a vender a baixode custo.Recuperamodinheiroposteriormente

noutrosprodutos.

Nos produtos perecíveis posso vender com prejuízos se o prazo de

validadeestiverquaseaterminar.Artigo4to.Recusadevendas,tipoCocacolae

a7‐up.

Semprequealguémcairnumcomportamentodaspraticas individuaisé

sancionadoemdinheiro,independentementedoreflexoquehánomercado.

Página56–Artigo3ro,Aleidizqueasregrassãoaplicáveis,àsleisde

economia geral. As proibições dos auxílios público resulta da subversão da

concorrênciafaceàsajudasdoEstado.ARTPpodeterprejuízoporqueoestado

irá sempre pagar à diferença. Estes auxílios nestes termos bloqueiam a

concorrênciafaceàsoutrasempresas.

Osauxíliospúblicossãopermitidosparaempresasdeserviçopúblico.

Figuras

Práticas e acordos proibidos, estão previstos no artigo 5to. Estão

abrangidostrêsprincipaiscomportamentos:

1) Acordo entre empresas: Para aquilo que é uma empresa, o direito

concorrencial considera um grupode empresas iguais quando o centro

dedecisãoéigual.Paraaconcorrência,aSONAEéapenasuma.SeaTAPe

aPortugáliaaindafossemempresasseparadasecombinassemospreços

paraoPorto,fariamcartel.

2) Associações de empresas: Uma associação determina algo, mas se for

anti‐concorrencialéproibidaenãoéacatada.

3) Práticasconcertada:Difícildedistinguirdocartel.Acçãoconcertada,Galp

e tipoquediminuiuopreçodagasolinaapenasnumaregiãoeavisoua

concorrênciaqueistonãoseriaglobal,paratodoopais.Nãotemdehaver

umcontratoqueprovea concertaçãodepreços. Só se consegueprovas

quandoumaempresafala.Quandoumafalaháclemênciafaceaesta.

Definição de mercado relevante: Para julgar a concorrência é necessário

delimitar bem o mercado, quer quanto ao tipo de produtos quer

geograficamente.

Comportamentos violados da concorrência, lista explicativa. Posso ter

algum dos comportamentos que se verifica mas que daí não resulta

estrangulamentodaconcorrência.Mashápartidaprovocarásempreisso.

Se alguma daquelas praticas acontecer há 2 sanções. A nulidades dos

artigos(artigo4,número2)ehálugaràaplicaçãodeumacoima(artigo43)e

sanções acessórias (artigo 46). Se se descobre que as empresas estão

combinadas num concurso público, para alem damulta não podem concorrer

nosconcursosduranteváriosanos.

Artigo 5to, se o balanço económico for favorável. A verificação dos

pressupostos do artigo 5 é económico, temos de analisar elasticidades da

procura,etc.

Segundafigura:

Abuso de posição dominante (artigo 82) – Esta figura não proíbe nem

ataca as posições dominantes, apenas sanciona as praticas ilegais quando há

abusodestaposiçãodominante,éummecanismodereacção,reageaumabuso

porpartedadominante.

Parahaverabusodeposiçãodominante,temdehaverposiçãodominante.

Tem de haver dois critério qualitativos, os critérios quantitativos foram

excluídos.Artigo6tonúmero2.Umaempresatemposiçãodominanteporque

nãosofreconcorrênciadorestante.Umaempresaémuitoforteeaconcorrência

não é forte o suficiente.Neste caso uma empresa tem20%e as restantes têm

menosde1%,esta temuma importância faceàsoutras.Podemhaverposições

dominantescolectivas.

Aleiconsideraqueháabusoquandoalgodescritonoartigo4éviolado.

Últimafigura:

Abuso de dependência económica (artigo 7), o peso que tenho no

mercadoéirrelevante,éumapraticadeslealenãoanticoncorrencial.Oabusoéo

mesmo,nãoseproíbeadependênciaeconómicamassimoabusodisso.

Dependência – As empresas não têm em tempo útil encontrar uma

alternativa equivalente. Evitar que uma empresa que tem outros em

dependênciaabusemdisso.

Artigo8voeseguintes,controlodasconcentrações.Quandoumaempresa

se funde com outra pode aumentar o seu poder de dominância. Isto também

acontecequandoumaempresaadquirecontrolodeoutra,aquisiçãodecontrolo.

Algumas situações em que há concentração de empresas mas não através de

nenhumdosdoismétodosanterior,atravésdaaquisiçãodosactivos.

Critérios(artigo9no):

Quotademercado:Semprequeemresultadodaconcentraçãode

empresas ser gerada uma quota de mercado superior a 30% é necessário

notificar.

Volume de negócios: Está sujeita a notificação se as empresas

envolvidas tiverem volume de negócios conjunto superior a 150 milhões de

euros.Massenenhumaempresasuperaros2milhõesdeeurosdeVNentãonão

énecessárianotificação.

Caso seja efectuada a notificação para a concentração então estas só se

podem “concentrar” quando o regulador permitir. Se não está sujeito à

notificaçãopodem‐nofazerdeimediato.

3decisõesfaceànotificação:

‐ Autorizaaconcentração

‐ Recusadaautorização

‐ Imposiçãodecondições,remédios(remedy)

Artigo número 2, alínea L. Este critério diz que é permitida a

concentraçãoquandoistopermitirumaumentodecompetitividadeporparteda

economiaenacional.

Seasempresasnãoaceitaremumadecisãodaautoridadedeconcorrência

podemrecorreraosTribunais.Orecursoparatribunalésempreadmissível.Nas

concentraçõesépossívelrecorreraumministrodatutelacasoaautoridadeda

concorrênciachumbeaconcentração.Istoaconteceuquandoabrisaadquiriuas

auto‐estradasdoatlântico.

AuxíliodeEstado,artigo13,secção4,istopodedistorceraconcorrência,

comoanteriormente.

AdC, autoridade responsávelpara a aplicaçãoda lei tempoderesvastos

paraaregulação,controlo(supervisão)einvestigaçãodemercado(artigo17,18,

20e21).

Artigo27–Medidascautelares.

Hánormasportuguesasecomunitárias.Quandoéquetemcompetênciaa

uniãoEuropeiaeaPortuguesa?Podemcolaborarmasháumaesferanaturalde

repartiçãodecompetência.Seafectaoespaçocomunitário,entãovamosparaa

UE,senãoháafectaçãodecomércioentreEstadosMembrosentão aplica‐sea

portuguesa. Nas concentrações, há critérios quantitativos como em Portugal

quandoháconcentraçõesdeumaltovalor.

Frequência–Fundamentalconheceralegislação

Exame–Arriscaranota.Nãotemosdeentregar.

Direitoeconómicoeempresarial

Aulateórica10

17/12/09

DireitodaConcorrência

Araizdosregimesestãonodireitocomunitário.

Aplicaçãodasregras:

‐Anossaautoridadedaconcorrênciasegueaproximadamenteasdirectrizes

definidasnoâmbitocomunitário

TemosqueverqualapráticadecisóriadaUEedodireitocomunitário

Paraqueserve?

‐Vigoraumaeconomiademercado.Nãoháumafixaçãocentralizadadas

matériaseconómicas.Paraqueistosejaassiméprecisoqueomercadofuncione

deformalivre(osagentesdojogonãodevemterpossibilidadedecondicionaro

jogo).Averdadeéqueelespodemdistorcerosjogo.Odireitodaconcorrência

nasceparafazercomqueomercadofuncionebemconcorrencialmente–

defendeoseuregularfuncionamento.

Visãoamericana–aconcorrênciaéumfimemsimesmo.Sóhábeneficioparaa

sociedadesehouverconcorrênciacusteoquecustar.

Visãoeuropeia–aconcorrênciaéentendidacomouminstrumentopara

alcançarumcrescimentoeconómico,oubemestarsocial.Passaassimaserum

instrumento.Ex:sehouverumcomportamentonãoconcorrencialmasquedaí

resultamvantagenseconómicas,entãonãoéprecisocorrigirtalfalha.Èpreciso

fazerumbalançoeconómicoemtermosgerais.Seessebalançoforpositivoentão

nãoénecessáriointervir.

Art.2(noçãodeempresa):Concorrencialmente,considera‐seumaúnicaempresa

todasasempresasqueestãodebaixodomesmocentrodedecisão

Práticasindividuais‐Decreto370/93(pág52)

Leidaconcorrência‐Lei18/2003(Pág56)

Oquedestingueasrestriçõesdaspráticasindividuaisrelativamenteas

restriçõesdaleidaconcorrencianãoéofactodeserumcomportamento

individualoucolectivo.

Quandoseaplicaqual?

‐Noscomportamentosdaspráticasindividuaissãopenalizados

independentementequetenhamefeitosnaconcorrêncianomercadoglobal;

‐oscomportamentosdaleidaconcorrênciasósãopenalizadossetiveremum

efeitoanti‐concorrencialdomercadorelevante(ex:nãointeressaseo

comerciantedeelectrodomésticosnofimdaruavendeabaixodecusto,masse

issoafectaomercadorelevantedoselectrodomésticos)

Práticasindividuais

Art.1–Proibições

1) Aquisiçãodepreçosoudevendadiscriminatória

Ex:Tratardoisclientesiguaisdeformadiferente

2) Vendacomprejuízo

Ex:cobra‐seumpreçoinferioraopreçodecusto

Serveparaprotegeropequenocomérciofaceàsgrandessuperfícies

NOTA1.

Oganhodasgrandessuperfíciesnãoestánamargemmassimfazeraplicações

financeiras.

Facilitaelesvenderemabaixodecusto

Pagamaprazosmuitoalargados

3) Proibiçãorecusadevendadebensouserviços

Art.3–Excepções

Hácausaslegitimasderecusadevendadebensouserviços.Ex:faltade

capacidadeparavender.

Art.4

Aleiequiparaarecusadevendaaosóvenderumprodutojuntamentecom

outro.Façodependeravendadeumbem(maisbemvisto)pelavendadeoutro.

Asançãoéaplicadaindependentementedosreflexosqueissotememtermosde

mercado

Art.4/a–Práticasabusivasdecompra

Impõempreçosaosfornecedoresdemasiadoforadocomum.

Leidaconcorrência

Todasasfigurassósãochamadasàsuaaplicaçãosetiveremcausaum

comportamentoquevenhaaafectaraconcorrêncianomercado.

Éaplicávelatodootipodeentidadesqueactuamnomercado

independentementedasuanatureza.Ex:empresaspublicas

Art.2–AuxíliosPúblicos

Auxíliospúblicospodemdestorceraconcorrência.Fornecemcondições

concorrenciaisespeciaisparacertasempresas.Nocasogeraléproibido.São

chamadosAuxíliosProibidos.

Art.3(pág56)

Excepçãoparaasempresasqueproduzemserviçosdeinteresseeconómico

geral.Éautorizadoumfinanciamentopublico.

Indemnizaçõescompensatórias

Núcleosdecomportamentos/figuras:

1) Práticasproibidasouacordosproibidos–art.4eart.5

(pág57)(pág94)

Abrange3tiposdecomportamentos:

‐Acordoentreempresas.Ex:acordoderepartiçãodemercado.

‐Decisõesdeassociaçãodeempresas.Ex:aplicarumpreçoportodasas

transacçõespormultibanco

‐Práticasconcertadas.Comportamentoadoptadoentreempresasdeforma

concertada,nãosignificaqueexisteacordo.Ex:mercadodecombustíveis

Aexistênciadestaspráticasnãonecessitamdeumacordoescrito.Aformacom

queseexpressaéirrelevante

Éprecisoqueessapraticaafecteaconcorrêncianumdeterminadomercado.

Faz‐seumpedidodeclemênciaparasedenunciarestaspráticas.

Art.4/1

Abrangeváriostiposdecomportamentosquehabitualmentesãoreveladoresde

limitaçãoàconcorrência.

‐Fixaçãodopreço,etc.

Éumalistameramenteexemplificativa.Possoterumcomportamentoproibido

mesmoquenãocaibaemnenhumadestasalíneasevice‐versa.

Seaconteceralgumtipodestaspráticas,–art.4/2

‐Estaspráticassãoanulas

‐Aplicaçãodeumacoima(art.43)

‐Aplicaçãodesançõesacessórias(art.45e46)

Estaproibiçãopodeserultrapassadaseotalbalançoeconómicofor

favorável!–art.5

‐justificaçãocombasenobeneficioeconómico‐social.Éumajustificação

económica!

Mercadorelevante

Estedefiniçãotememconsideração2critérios:

‐limitesgeográficos(custodetransacção,perecibilidadedosprodutos)

‐definiçãodemercadoquantoaotipodeprodutos(sucedinadadedos

produtos–saberseoconsumidordeixaumprodutoporoutrodevidoaos

preços.Hásubstituibilidadedeumprodutoporoutro?)

2) Abusodeposiçãodominante–art.6

Nãoseproíbenemseatacaasposiçõesdominantes.Reagecontraoabusodas

posiçõesdominantes.Èummecanismodereacção.

Quandoexisteposiçãodominante?

• Aempresatemqueterumaposiçãodominante.Existemsomente2

critériosqualitativos:

o Preponderânciamuitogranderelativamenteaosdemais

concorrentes;

o Nãosofreconcorrênciasignificativanoseumercado.

• Èprecisoqueuseessaposiçãodeformaabusiva

Podemexistirposiçõesdominantescolectivas.

Paradigmadaposiçãodominante:MICROSOFT

Sanções:

‐coimas

‐sançõesacessórias(art.46)

3) Abusodedependênciaeconómica–art.7

Éirrelevanteopesodemercadoquetenho.Nãoseproíbearelaçãodeexistência

dedependênciaeconómica,massimoseuabuso.

Ex:contractosdeexclusividadedepequenosdistribuidorescomascervejeiras.

Quandosósetemumcliente.

Pretende‐seevitarqueumapessoaquetemalguémdependentedesiquetome

umcomportamentoabusivo.

Regimedocontrolodasconcentraçõesdeempresas–art.8eseguintes

Pretende‐seevitaroaparecimentodeposiçõesdominantes.Épreferívelprevenir

osefeitosanti‐concorrenciaisdoquecorrigi‐los.

Quandoéqueháumaconcentração?–art.8/1a)eb)

‐Quandoháfusãoentreduasoumaisempresasindependentes

‐Aquisiçãodocontrolodeumaempresaporpartedeoutraempresa

HáquedistinguirAquisiçãodecontrolodefusão!

Aquisiçãodeactivos–art.8/3b)

‐étambémumaconcentraçãoapesardenãoserumafusãonemaquisiçãode

controlo

Nemtodasasconcentraçõesestãosujeitasaumcontroloprévio.Critériospara

havercontroloprévio–art.9(bastacumprir­seumdeles)

‐Quotademercado.Seemresultadodaconcentraçãohouverumreforçoda

quotademercadoacimade30%

‐Dimensãodepesorelativoemtermosdeactividadeeconómica.Volumede

negóciosanuaisdasempresasenvolvidassuperiora150Mepelomenosduas

delasultrapassam2M

Nocasodeestaremsujeitasanotificaçãopréviaelasnãopodemser

concluídasenquantoaautoridadedaconcorrêncianãodecidirsobreelas.

AAutoridadedaConcorrênciatem3decisõespossíveis­art.12/3,4,5:

‐Autorização;

‐Recusadaautorização(negócioficasemefeito);

‐Autorizaçãocomcondições/remédios–podemconcentrar‐semastêmque

cumprirdeterminadosrequisitosouexigências.

Oprazonormaldedecisãoéde40diasúteis.

Critériosdedecisão–art.12

‐Concentraçãodasempresasdelacticínios‐art.12/2L)

TodasasdecisõesdaAutoridadedaConcorrênciasãorecorríveisparatribunal.

Éoúnicocasoemqueseaceitaorecursopolítico.

AuxíliosdeEstado/Públicos

Comapoiospúblicospode‐sedestorceraconcorrência.

AutoridadedaConcorrência

AAutoridadedaConcorrênciatempoderesmuitovastosdeinvestigaçãoede

supervisãoeregulamentaçãodemercados–Art.18,19eseguintes.

Podetambémaplicarsanções.

Enquantonãotomaumadecisão,podeaplicarmedidascautelares–art.27

Quandotemcompetênciaaautoridadeeuropeiaeaautoridadeda

concorrência?

Elaspodemcooperarentresi.

Seocomportamentotemdimensãocomunitária,entãovamosparaaUE,senão

háumaafectaçãodocomerciodosestadosmembros,entãoéavaliado

unicamenteemsedenacional.

top related