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DIREITO CONSTITUCIONAL I

Constituição Federal

DIREITO CONSTITUCIONAL I

CONSTITUCIONALISMO: é como se denomina o movimento social, político e jurídico e até mesmo ideológico, a partir do qual emergem as constituições nacionais.

Traços marcantes: 1. Organização do Estado2. Limitação do Poder Estatal: Previsão dos direitos e garantias

individuais.

Estado: Resultado da lenta e gradual organização jurídica do poder.

DIREITO CONSTITUCIONAL I

é o movimento de caráter político e jurídico, de cunho liberal, em voga entre o final do século XVIII e o término da Primeira Guerra Mundial, cujo objetivo é o estabelecimento de Estados de direito baseados em regimes constitucionais, isto é, fundados numa Constituição democrática, que delimita claramente a atuação do Poder Público, mediante a separação dos poderes, e assegura ampla proteção aos direitos dos cidadãos, impondo o exercício, no plano político, do chamado "governo das leis e não dos homens".Mais sobre: constitucionalismo

DIREITO CONSTITUCIONAL I

Constitucionalismo na idade média: foi um simples princípio, muitas vezes pouco eficaz, porque faltava um instituto legítimo que controlasse, baseando-se no direito, o exercício do poder político e garantisse aos cidadãos o respeito à lei por parte dos órgãos do Governo.

Surgimento: Magna Charta: documento de 1215 que limitou o poder dos monarcas da Inglaterra, impedindo assim o exercício do poder absoluto. Rei submisso à lei.

DIREITO CONSTITUCIONAL I

Constitucionalismo moderno:Estados Unidos; 1787: Independência das treze colônias.Declaração da Virginia: concretismoFrança: 1791: pós revolução francesa: universalidade. Marcado pela existência de documentos constitucionais

amplos, analíticos, extensos;Necessidade de uma Constituição escrita para limitar o

poder e garantir a liberdade.

DIREITO CONSTITUCIONAL I

Constitucionalismo escrito surge com o Estado incumbido da função de racionalização e humanização trazendo a necessidade da proclamação de declarações e direitos.

DIREITO CONSTITUCIONAL I

Constitucionalismo no Brasil: A evolução histórica do constitucionalismo no Brasil coincide com as transformações substanciais do próprio Estado.

A prática do nosso constitucionalismo se esboçou, sem sucesso, com o movimento revolucionário ocorrido em Pernambuco, em 1817, de inspiração republicana. Foi elaborado um Projeto de Lei Orgânica, de autoria de Antonio Carlos Ribeiro de Andrada, para ser a Constituição da nova República.

DIREITO CONSTITUCIONAL I

Primeira Fase: Liberal-centralizador, que corresponde ao Império.

CF/1824: aponta os vícios político-administrativos da centralização e a necessidade da sua extinção para o desenvolvimento, com a República nos moldes das instituições norte-americanas.

DIREITO CONSTITUCIONAL I

Segunda Fase: republicana, é dominada pelo pensamento de Rui Barbosa, autor principal do projeto da Constituição de 1891.

Rui foi o defensor do hábeas corpus e do controle de constitucionalidade pelo Poder Judiciário

DIREITO CONSTITUCIONAL I

Terceira fase: A autoritária (Constituição de 1937), é marcada pelo período em que se desenvolvem as idéias contrárias a um constitucionalismo liberal e um nascente decisionismo autoritário.

- Plebiscito não realizado.

- Ditador que enfeixava em suas mãos todos os poderes do Estado

DIREITO CONSTITUCIONAL I

Quarta Fase: É a do período liberal-social, abrangendo as Constituições de 1946, e a de 1988, com o hiato das de 1967/1969, em que houve retorno ao modelo estatizante e centralizador.

DIREITO CONSTITUCIONAL I

No constitucionalismo moderno temos:Estado de direito e Estado democrático de direito.Estado de direito: -primazia das leis-hierarquia de normas relacionadas com a segurança

jurídica.- Observância da legalidade- Separação de Poderes- Personalidade jurídica do Estado- Controle de constitucionalidade das leis

DIREITO CONSTITUCIONAL I

Estado democrático de Direito: - Evita o autoritarismo, - Evita a concentração do poder. - O estado rege-se por normas democráticas.

(representatividade)- Observância obrigatória da principiologia que

rege o direito.

Conceito de Constituição: Lei fundamental e suprema de um Estado, que contém normas referentes à estruturação do Estado, à formação de poderes públicos, forma de governo e aquisição do poder de governar, distribuição de competências, direitos, garantias e deveres dos cidadãos.

CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES

1. QUANTO AO CONTEÚDO:1.1- MATERIAIS: o conjunto de regras de matéria de

natureza constitucional, isto é, as relacionadas ao poder, quer esteja no texto constitucional ou fora dele.  

1.2 - Formais: o texto votado pela Assembléia Constituinte, para um documento solene são todas as regras formalmente constitucionais  =  estão inseridas no texto constitucional.

CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES

2. QUANTO AO FORMA:2.1-Escrita:a)- sintética: resumida,  (Constituição dos Estados Unidos)  b)- analítica:  expansiva,  (a Constituição do Brasil).  A ciência

política recomenda que as constituições sejam sintéticas e não expansivas como é a brasileira.

 

2.2- Não escrita: é a constituição cuja as normas não constam de um documento único e solene, mas se baseie principalmente nos costumes, na jurisprudência e em convenções e em textos constitucionais esparsos.

CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES

3. QUANTO AO MODO DE ELABORAÇÃO:

3.1-Dogmática: é Constituição sistematizada em um texto único, elaborado reflexivamente por um órgão constituinte.   É a que consagra certos dogmas da ciência política e do Direito dominantes no momento.  

Podem ser: a)-  ortodoxa: quando segue uma só linha de raciocínio, tem um único

pensamentob)- eclética: não há um fio condutor, temos dispositivos completamente

antagônicos em razão da divergência que existiam entre os parlamentares, já que cada um visava os seus próprios interesses. - é uma dogmática que mistura tudo).

CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES

3.2- Histórica: é sempre não escrita e resultante de lenta formação histórica, do lento evoluir das tradições, dos fatos sócio-políticos, que se cristalizam como normas fundamentais da organização de determinado Estado.  

OBS: A Const. escrita é sempre dogmática.   

A Const. não escrita é sempre histórica.

CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES

4-      QUANTO A SUA ORIGEM OU PROCESSO DE POSITIVAÇÃO:

4.1- Promulgada: O processo de positivação decorre de convenção, são votadas, originam de um órgão constituinte composto de representantes do povo, eleitos para o fim de elaborá-las.    Também chamada de populares, “democráticas”.   

CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES

4.2- Outorgada: são impostas,  decorrem do sistema autoritário.  São as elaboradas sem a participação do povo.   Ex.: Constituição de 1824, 1937, 1967, 1969.

4.2-Pactuadas: os poderosos pactuavam um texto constitucional, o que aconteceu com a Magna Carta de 1215.

OBS: O simples fato de ser promulgada não significa que seja democrática.    (Democracia = vontade da maioria, consenso).   A constituição outorgada também pode ser democrática, se a maioria concordar com ela.

CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES

5- QUANTO À ESTABILIDADE OU MUTABILIDADE:

5.1-Imutável: vedada qualquer alteração, constituindo-se relíquias históricas – imutabilidade absoluta.

5.2- Rígida: permite  que a constituição seja mudada mas, depende de um procedimento solene que é o de Emenda Constitucional que exige 3/5 dos membros do Congresso Nacional para que seja aprovada.  

CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES

5.3- Flexível: pode ser alterada por um simples procedimento legislativo.  Ex.:  as constituições não escritas, na sua parte escrita elas são flexíveis.

5.4- Semi-rígida: aquela em que o processo de modificação só é rígido na parte materialmente constitucional e flexível na parte formalmente constitucional.

CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES

Constituição Federal de 1988 é: Escrita. Analítica. Dogmática: Eclética.Promulgada.Rígida.

Estrutura normativa da Constituição vigente

1- Disposição Permanente (250 artigos)

1.1- Preâmbulo: documento de intenções do texto constitucional. Abre o texto constitucionalRuptura com o ordenamento anteriorSurgimento de uma nova ordemProclamação de princípios que serão delineados pela

constituição.Elemento de integração e interpretação do texto

constitucional

Estrutura normativa da Constituição vigente

2 correntes que envolvem o preâmbulo:1ª corrente: Não é norma, é somente a abertura da

CF.2ª corrente: é vinculante. A sociedade deve segui-

lo.

OBS: A 1ª é majoritária e ambas concordam que o preâmbulo não é norma constitucional.

Estrutura normativa da Constituição vigente

O PREÂMBULO NÃO PODERÁ SER USADO EM DOIS CASOS:

a)- Quando contrariar norma expressa da CF. Não terá efeito nem interpretativo.

b)-Não será usado como paradigma para o controle de constitucionalidade.

Estrutura normativa da Constituição vigente

2- Atos das disposições constitucionais transitórias (94 artigos)

São dispositivos de direito intertemporal destinado a regular a transação constitucional, isto é, as situações em curso durante a mudança de uma Constituição para outra. Ex: art. 4º dos ADCT determinou que o Presidente iria tomar posse no dia 15/03/1990 e o próximo, no dia 01/01.

Estrutura normativa da Constituição vigente

3- Emendas Constitucionais (70 emendas): Alteração das normas constitucionaisDiscutida e votada em cada casa do CN, em

dois turnos, aprovada por 2/5 de seus membros. Não tem participação do Executivo.

Cláusulas pétreas: art. 60, par. 4º CF

Estrutura normativa da Constituição vigente

Art. 60 - A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;

II - do Presidente da República;

III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

I - a forma federativa de Estado;

II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

III - a separação dos Poderes;

IV - os direitos e garantias individuais.

Estrutura normativa da Constituição vigente

4- Elementos Organizacionais ou Orgânicos4.1-  Normas que tratam da organização (estruturação)

do poder:  Forma do Estado: Federal. Forma de Governo: República. Sistema de Governo: Presidencialista. Sistema tripartíde: Poder Legislativo, Poder Executivo e

Poder Judiciário. Organização, funcionamento e órgãos.

4.2-    Normas que definem a forma de exercício e aquisição do poder.

Estrutura normativa da Constituição vigente

FORMAS DE ESTADO: distribuição geográfica do Poder político. Podem ser:

a)- Estado Federal: união ou aliança dos Estados membros. Surge através de uma Constituição.

ES + EA (tripla capacidade: auto administração; auto organização e auto governar).

O estado federal aparece através de uma constituição que tem a obrigação de enumerar a competência de seus entes. Inexiste o direito de secessão.

Estrutura normativa da Constituição vigente

EA

EA

EA

ES: Independência interna e externa

Estado Federal

Estrutura normativa da Constituição vigente

b)- Estado Confederado: distribuição do poder político no qual todos os entes são soberanos. Existência do direito de secessão. Surge através de um tratado internacional ou acordo entre entes soberanos.

Estrutura normativa da Constituição vigente

.

ES ES ES ES ES

Estado Confederado

Estrutura normativa da Constituição vigente

FORMAS DE GOVERNO: relação entre o governo e governadosa)- Monarquia: critério sanguíneo hereditariedade Rei é o chefe de estado e vitalício.

a.1)- Monarquia absoluta: Soberania do rei. Arábia Saudita, Brunei, Omã, Suazilândia, Vaticano.

a.2)- Monarquia constitucional: Soberania do rei baseado na Constituição. Reino Unido, Austrália, Suécia, Noruega, Dinamarca, Canadá, Japão, Espanha, Bélgica etc.

Estrutura normativa da Constituição vigente

b)- República:Elegibilidade: eleição pelos cidadãosPrincipio da responsabilidade (o chefe maior

é responsável pela política que desenvolve).Presidente é o chefe do estado.Chefia por tempo determinado.

Estrutura normativa da Constituição vigente

SISTEMA DE GOVERNO: relação entre os Poderes executivo e legislativo.

a)- Presidencialismo: Identidade entre chefia de estado (representante

do país) e chefia de governo.Mandatos fixos (4 anos com uma reeleição

consecutiva)Inexistência de identidade entre Legislativo e

Executivo.

Estrutura normativa da Constituição vigente

b)- Parlamentarismo:Não há identidade entre chefe de governo e

chefe de Estado.Inexiste mandatos fixos (não cumpriu, perde o

poder. Dissolução do parlamento pelo gabinete ou queda do governo pelo parlamento).

Identidade entre Legislativo e Judiciário. o Poder Executivo depende do apoio direto ou indireto do parlamento para ser constituído e para governar

Estrutura normativa da Constituição vigente

REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Forma do Estado: Federal.Forma de Governo: República.Sistema de Governo: Presidencialista.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Breve histórico:Desde 1964 o Brasil estava sob uma ditadura militar, e a partir de 1967 sob uma constituição imposta pelo governo.

O regime de exceção, fez crescer, durante o processo de abertura política, o anseio por dotar o Brasil de uma nova Constituição, defensora dos valores democráticos.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Seria a 7º ou 8º CFB:

Em 1969 = falecimento de Artur da Costa e Silva = Junta Militar = Promulgação a emenda constitucional Nº 01 que instituía:

a)- Lei de Segurança Nacional,

b)- restrição as liberdades civis, e a Lei de Imprensa, regulamentando a censura oficial.

c)- 1988- crimes inafiançáveis: Tortura e AGCMCOCED (art. 5º, XLIV)

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

O partido dos trabalhadores inicialmente não aceitou a Constituição, pois acreditava que ela impedia a reforma agrária e mantinha a estrutura militar. Apesar das ressalvas, o diretório do partido assinou o texto constitucional.

Assembléia Nacional Constituinte de 1987-1988,foi instalada no Congresso Nacional, em Brasília, a 1º de fevereiro de 1987, com a finalidade de elaborar uma Constituição democrática para o Brasil, após 21 anos sob regime militar. Os trabalhos da Constituinte foram encerrados em 2 de setembro de 1988, após a votação e aprovação do texto final da nova Constituição brasileira.

"Essa será a Constituição cidadã, porque recuperará como cidadãos milhões de brasileiros, vítimas da pior das discriminações: a miséria [...] O povo nos mandou aqui para fazê-la, não para ter medo. Viva a Constituição de 1988! Viva a vida que ela vai defender e semear!

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Estrutura Título I- Princípios Fundamentais Título II –Direitos e Garantias Fundamentais Título III- Organização do Estado Título IV- Organização dos Poderes Título V – defesa do Estado e das Instituições Título VI – Tributação e Orçamento Título VII – Ordem Econômica e Financeira Título VIII – Ordem Social Título IX – disposições Gerais

Fenômenos constitucionais

1- Recepção:  assegura a preservação do ordenamento jurídico anterior e inferior à nova constituição que com ela se mostre

Requisito indispensável: compatibilidade material  com a nova ordem constitucional =  “Processo abreviado de criação de normas”.   Sua não observação causa revogação da norma anterior

O status pode ser modificado. Ex: o CPB era Decreto-lei na antiga constituição, mas não existe mais tal instituto. Foi recepcionado na CF/88 como Lei Ordinária.

Fenômenos constitucionais

2- Represtinação: Volta expressa da vigência de uma lei já revogada em virtude da revogação da lei revogadora.  

Esta verdadeira restauração de eficácia é proibida em nosso Direito, em nome da segurança jurídica, salvo se houver expressa previsão da nova lei  (art. 2º, § 3 º, da LIN D B). Não é automática.

Não contrariedade com a CF.LA LB LC

Fenômenos constitucionais

3- Desconstitucionalização:   possibilidade de recepção, pela nova ordem constitucional, como lei ordinária, de regra formalmente  constitucional da constituição anterior, não repetidas e nem contrariadas, em Processo de queda hierarquizada  -  é uma desconstitucionalização  (regra constitucional passa a ser lei ordinária). Se fossem repetidas continuariam sendo regras constitucionais e, se contrariadas teriam sido revogadas.   Esta teoria não tem aplicação em nosso sistema.

Fenômenos constitucionais

4- Recepção material das normas constitucionais: normas da constituição anterior permanecem com status constitucional, mesmo a anterior tendo sido revogada.

Requisitos:Não haver contrariedade com a nova CFExistência por prazo determinadoDeverá haver manifestação expressa do poder

constituinte.

Fenômenos constitucionais

5- Mutação: Mudança informal da Constituição, ou seja, o texto da norma constitucional permanece o mesmo, mas com uma nova releitura, reinterpretação.

Ex: Constituição Americana de 1787. Permanece a mesma, modifica apenas as interpretações.

DIREITO CONSTITUCIONAL: conceito

1- CONCEITO: Direito constitucional é o ramo do direito público que estuda os princípios e normas estruturadoras do Estado e garantidoras dos direitos e liberdades individuais” (cf. Paulino Jacques), estando tais normas em geral expressas no texto de uma ou de várias leis fundamentais, que recebem a denominação de Constituição.

Instrumento formal: Constituição Ramo do direito público responsável pelo seu

estudo: direito constitucional

RELAÇÃO DO DIR. CONSTITUCIONAL COM OUTROS RAMOS DO DIREITO.

1- COM O DIREITO ADMINISTRATIVO:

Relacionam-se quando: Discrimina as atribuições do Presidente da

República; Discrimina as atribuições dos Ministros de

Estado; Quando regula os direitos e deveres dos

funcionários públicos, etc.,

RELAÇÃO DO DIR. CONSTITUCIONAL COM OUTROS RAMOS DO DIREITO.

2- COM O DIREITO TRIBUTÁRIO E FINANCEIRO:

As normas básicas de administração Financeira do Estado estão contidas na nova Constituição com capítulos voltados ao Sistema Tributário Nacional e ao Sistema Financeiro Nacional, traçando os princípios, a limitação do poder de tributar, impostos da União, Estados e dos Municípios, da repartição das receitas, do orçamento, etc.

RELAÇÃO DO DIR. CONSTITUCIONAL COM OUTROS RAMOS DO DIREITO.

3- COM O DIREITO PENAL: a lei constitucional, procura limitar, exata e perfeitamente, a competência punitiva do Estado.

quando dispõem que não haverá pena de morte ou banimento;

estabelece a competência originária do STF para processar e julgar o Presidente da República nos crimes comuns

RELAÇÃO DO DIR. CONSTITUCIONAL COM OUTROS RAMOS DO DIREITO.

4- COM O DIREITO DO TRABALHO: Inúmeros são os dispositivos contidos na nova Constituição, de proteção aos trabalhadores, consagrando, assim, fortíssima entre os dois ramos, tais como:

salário mínimo, seguro desemprego, fundo de garantia por tempo de serviço,

CONSTITUCIONALISMO

sistema jurídico que tenha uma Constituição regulamentando o poder do Estado.

estabelece um leque de direitos e garantias

fundamentais dos cidadãos. Será visto como um sistema jurídico dotado de uma constituição do regime democrático, que se consolidou a partir das revoluções do século XVIII.

PODER CONSTITUINTE

1ª TEORIA: Emmanuel Sieyes

“O que é o terceiro Estado ‘’

Existência de um poder imanente à nação, superior aos poderes ordinariamente constituídos e por eles imodificáveis: o poder constituinte .

POVO

PODER CONSTITUINTE

PODER CONSTITUINTE: Tem o poder de elaborar, modificar e de completar a constituição. É aquele que instaura uma nova ordem jurídica, rompendo por completo com a ordem jurídica precedente. Tem como objetivo criar um novo Estado, diverso do que vigorava. Cria uma CF.

art.1º, parágrafo único da CF

“Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”

PODER CONSTITUINTE

Poder Constituinte: Poder que Constitui Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo:

poderes constituídos.

OBS: podemos concluir que existe um poder maior que os 3 poderes, o Poder Constituinte. Assim, a Constituição Federal é fruto de um poder distinto daqueles que ela institui.

Poder Constituinte originário: características

-Superior: hierarquicamente superior a qualquer outro poder.

-Inicial: Aparece sempre em momento de ruptura com a ordem jurídica anterior.

-Ilimitado: do ponto de vista anterior, pois a partir do momento que ele começa discutir texto da constituição, ele rompe com as regras do O. J. anterior e todos os poderes do Poder Constituinte são ilimitados.

-Incondicionado: não obedece a nenhuma regra prefixada pelo O. J. anterior.

PODER CONSTITUINTE

Surgimento: Surge no fim do século XVIII contrapondo-

se ao poder decadente e absoluto das monarquias

de direito divino, invoca a razão humana ao mesmo

passo que substitui “Deus” pela Nação como titular

da soberania.

Titularidade: pertence ao povo.

Divisão do Poder Constituinte

Poder Constituinte originário: cria a Constituição e se divide em:

1- Poder Constituinte Derivado

2- Poder Constituinte Decorrente

Poder Constituinte derivado

O poder constituinte derivado é aquele poder de deriva do originário, ou seja, o derivado é instituído pelo originário.

Tem como características às regras impostas pelo originário, sendo limitado e condicionado aos parâmetros a ele impostos.

Ele se divide em, revisor e reformador.

Poder Constituinte Derivado Revisor

Revisor: O procedimento de revisão constitucional

foi previsto no art. 3º do Ato das Disposições

Constitucionais Transitórias (ADCT).

O estabelecimento desse processo simplificado de

reforma teve razões históricas, relativas ao

desenvolvimento dos trabalhos da Assembléia

Nacional Constituinte de 1988

Poder Constituinte Derivado Revisor

Área cinzenta: 01/02/1987 (inicio das discussões) até 05/10/1988 (promulgação). Como o tempo previsto para a conclusão dos trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte ficou curto, os constituintes resolveram estabelecer um procedimento simplificado, menos rígido, para o eventual aperfeiçoamento de sua obra, cinco anos após sua promulgação.

Esse procedimento encerrou-se em junho de 1994. Não há mais, com base no art. 3º do ADCT, a

possibilidade de modificação do texto constitucional mediante o processo simplificado ali estabelecido.

Poder Constituinte Derivado Reformador

Reformador: Tem a capacidade de modificar a Constituição em vigor, por meio de um procedimento específico, estabelecido pelo poder constituinte originário, sem que haja uma verdadeira revolução, verificado através das emendas constitucionais (arts. 59, I, e 60 da CF).

Poder Constituinte Decorrente

Decorrente: É o poder que a CF/88 atribui aos estados-membros para se auto-organizarem, por meio da elaboração de suas próprias Constituições. É, portanto, a competência atribuída pelo poder constituinte originário aos estados-membros para criarem suas Constituições, desde que observadas as regras e limitações impostas pela Constituição Federal.

AGENTE DO PODER CONSTITUINTE.

Agente do poder constituinte é = do titular do poder constituinte.

O agente é um grupo de homens, que em nome do titular do Poder constituinte estabelece a Constituição do Estado.

O ente coletivo, Assembléia Constituinte, costuma ser o agente do Poder Constituinte do povo.

Limitações ao Poder de Reforma Constitucional

Conforme dito anteriormente, o poder constituinte

derivado reformador é condicionado, submetendo-se

a algumas limitações, expressamente previstas, ou

decorrentes do sistema. Trata-se de limitações

expressas ou explícitas e implícitas.

Limitações Expressas ou Explícitas

Subdivide-se em:

- Formais ou procedimentais,

- Circunstanciais

-Materiais.

Limitações formais ou procedimentais (art. 60, I, II, III, e §§ 2º, 3º e 5º)

Iniciativa (art. 60, I, II, III): trata-se de iniciativa privativa e

concorrente. Então temos que a Constituição somente será

emendada por proposta de:

Um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados

ou do Senado Federal;

Do Presidente da República;

De mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades

da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria

relativa de seus membros.

Limitações formais ou procedimentais (art. 60, I, II, III, e §§ 2º, 3º e 5º)

a) quorum da aprovação (art. 60, § 2º): discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, sendo aprovada por 3/5 dos votos dos respectivos membros.

b) Promulgação (art. 60, § 3º): a promulgação da emenda seja realizada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com seu respectivo número de ordem;

c) PEC rejeitada ou havida por prejudicada (art. 60, § 5º): não poderá ser objeto de nova apresentação na mesma sessão legislativa. Sessão legislativa: 15-02 a 30-06 e 01-08 a 15-12.

Limitações circunstanciais (art. 60, § 1º):

O constituinte originário vedou a alteração da CF em determinadas circunstâncias:

Intervenção federal;

Estado de defesa;

Estado de sítio.

Limitações materiais (art. 60, § 4º):

Trata-se daquelas matérias que não poderão ser objeto de emenda constitucional: clausulas pétreas

A forma federativa do Estado;

O voto direto, secreto, universal e periódico;

A separação dos Poderes;

Os direitos e garantias individuais.

Legitimados para a PEC

Somente os congressistas integrantes da Casa

Legislativa em que estiver tramitando a proposta

são legitimados para impetrar o mandado de

segurança com essa finalidade. A jurisprudência

do STF é firme nesse sentido, não

contemplando terceiros.

Controle judicial de emenda promulgada (Controle Amplo)

Com a aprovação de uma emenda constitucional passa ela a integrar o texto constitucional. Para tanto é necessário que a emenda tenha sido produzida segundo a forma previamente estipulada pelo poder constituinte originário e possua conteúdo por ele não proibido (art. 60).

Ao reformar a obra do poder constituinte originário, não pode o constituinte derivado desbordar dos limites impostos a sua atuação, sob pena de incorrer no vício de inconstitucionalidade.

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