didática espírita

Post on 24-Jun-2015

1.644 Views

Category:

Education

4 Downloads

Preview:

Click to see full reader

TRANSCRIPT

DIDÁTICA ESPÍRITA

SILVIO/2011

Segundo o dicionário do Aurélio Buarque de Holanda

DIDÁTICA: doutrina do ensino e do método; direção da aprendizagem.

DIDÁTICO: relativo ao ensino; próprio para instruir; que torna o ensino eficiente; relativo a uma disciplina escolar.

- Qual é a didática do Evangelizador?

Do amor e caridade

Qual o método do Evangelizador?

As virtudes e exemplo do Homem de Bem (paciência, perseverança, bondade, humildade, caridade, fé)

Qual a direção da aprendizagem que orienta o Evangelizador?

O Evangelho, a Doutrina Espírita, a evolução espiritual.

Oque é próprio para instruir?

O que torna compreensível alguma coisa e leva a mudança de vida.

Oque torna eficiente o ensino do Evangelizador?

A sua conduta, sua caridade, sua segurança do que ensina.

Qual a disciplina do Evangelizador:

Quanto ao conteúdo: a DE como o Evangelho entendido.

Quanto ao regime: o do respeito, igualdade, fraternidade, integração.

Kardec descreveu o método do professor discípulo de Pestalozzi:

“Toma a criança ao sair das mãos da Natureza para acompanhá-la em seu desenvolvimento. Considera como se

desenvolve as suas idéias,  estuda as suas necessidades e as suas faculdades.

Depois de numerosas observações estabelece um método que consiste essencialmente em aproveitar as faculdades que a criança recebeu da Natureza, a fim de proporcionar-lhe um raciocínio sadio e acostumá-la a pôr em ordem as suas idéias. O professor procura desenvolver na criança o espírito de observação e a memória, porque a criança nasce observadora e o seu espírito de curiosidade e análise precisa apenas de uma ajuda mínima. Basta ao professor ser ao mesmo tempo amável e severo.”

Kardec resume os seis princípios fundamentais do sistema pestalozziano, que empregava em suas obras didáticas:

1. cultivar o espírito natural de observação do educando, chamando-lhe a atenção para os objetivos que o rodeiam.

2. Cultivar-lhe a inteligência, seguindo a marcha que possibilite ao aluno descobrir as regras por si próprio.

3. Partir sempre do conhecido para desconhecido, do simples para o composto.

4. Evitar toda atitude mecânica, fazendo o aluno compreender o alvo e a razão de tudo o que faz.

5. Fazê-lo apalpar com os dedos e com a vista todas as realidades.

6. Confiar à memória somente aquilo que já foi captado pela inteligência

OBJETIVOS DA DIDÁTICA NA EVANGELIZAÇÃO

Tornar o estudo e, conseqüentemente, a aprendizagem mais eficiente.

Orientar, conforme a idade evolutiva dos evangelizandos de forma a auxiliá-los em função de seus esforços de aprendizagem.

Adequar o estudo as possibilidades e necessidades dos evangelizandos.

Orientar o planejamento dos conteúdos, a fim de que haja continuidade e unidade para que os objetivos sejam alcançados com eficiência.

Organizar os estudos para evitar perdas de tempo e esforços inúteis.

A tarefa de evangelização do jovem espírita requer amor, renúncia e muito devotamento por parte daqueles que administram os ensinamentos, portanto, é necessário que o evangelizador esteja sempre buscando o conhecimento evangélico-doutrinário, o planejamento das tarefas e disciplina para executá-las.

PRINCIPAIS ELEMENTOS DA DIDÁTICA   

O Evangelizando O Evangelizador O Planejamento

O Evangelizando:• Motivo fundamental de toda estrutura didática.• Espírito encarnado detentor de virtudes e vícios, que soma às tendências do passado as experiências recém-adquiridas e que necessita se ajustar perante as leis divinas.

A criança necessita compreender que é um Espírito reencarnado, filho de Deus, que vem evoluindo milênios a fora e que seu destino é a perfeição em mundos mais elevados.

Necessita compreender as Leis Divinas que regem todos os seres, a Lei de Causa e Efeito que nos impulsiona a evoluir, as consequências morais de seus atos e compromissos assumidos.

O Evangelizador“E vós, irmãos não vos canseis de fazer o bem.”  - Paulo (II Tessalonicenses, 3:13)

• Responsável pela tarefa.• Instrumento no processo de evangelização com Jesus.*Cabe ao evangelizador buscar aperfeiçoar seus métodos didáticos, pois é necessário saber transmitir seus conhecimentos com prudência e discernimento conforme as necessidades do grupo.

Cabe ao Evangelizador receber o Espírito que retorna, auxiliar a sua preparação interior, auxiliar o despertar de qualidades superiores, acordar em seu íntimo os compromissos assumidos no Mundo Espiritual, colaborar para que encontre campo propício para a realização da sua tarefa. Auxiliar a desenvolver as faculdades latentes do Espírito.

O Planejamento“...As obras que eu faço em nome de meu Pai, essas testificam de mim.” – Jesus (João, 10:25)

• É uma necessidade do ensino, sem ele não é possível um bom desempenho da tarefa.

• Prevê a melhor maneira da consecução dos objetivos e da prática de ensino.

Dinâmicas de ensino e de integração:“Todas as vossas coisa sejam feitas com caridade.”- Paulo (I Coríntios, 16:14) (9).

• Possibilita a participação do evangelizando naquilo que esteja sendo ensinado.• Auxilia a compreensão dos conteúdos ensinados.• Serve como “meio” para o alcance da aprendizagem.

As escolas de Pestalozzi se caracterizavam pela utilização das próprias crianças como “monitoras”, auxiliando o aprendizado de outras.

As atividades de cooperação lembradas por Piaget, propiciam esta interação, onde uma criança auxilia a outra dentro da sua habilidade.

FASES DO DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL 7-8 ANOS

instintos sexuais dormentes – dirigidos a aprendizagem, a socialização, ao pensamento.

Sugestionalidade. Tendência a imitação. Diminuição das fantasias e perguntas. Sentimento de ternura é substituído pelo

impulso, ações de agressões e camaradagem.

Adultos são “burros”.

Brincam com coisas sagradas para os adultos.

Gostam de ludibriar os adultos e pregar peças.

Necessita agrupar-se para sentir segurança e aceitação própria.

A fantasia é descarregada na mentira (aquilo que gostaria que fosse real).

Disputa de poder. Adoram liderar e serem liderados,

normalmente por crianças mais fortes, maiores, etc.

9-11 ANOS tem dificuldade em se acalmar. Tem sua idéia de mundo e do que

deseja que ele seja. Tem uma “voz interior” que a ajuda nas

decisões. Tem mais reserva com os adultos,

percebe os erros dos pais e os critica. Inicia o processo de libertação da

família, gosta de ficar longe de casa.

Inicia o processo de libertação da família, gosta de ficar longe de casa.

Quer conseguir aprovação e causar boas impressões.

Resiste às imposições. O justo e o injusto não dependem mais das

regras. Tem antipatia por crescer e pelas coisas

dos adultos. Sentem-se vítimas de injustiça quando

precisam fazer coisas de adulto.

11-12 a 14 ANOS

aspiram fazer coisas sozinhos. Interesse pelo científico

(montar/desmontar), pelas causas e efeitos.

Inicia novo período de rebeldia. Instabilidade emocional chora / ri. Procura o grupo social para se apoiar.

Pais não merecem confiança. Começo da erotização e interesse pelo

sexo oposto. Imaginação fantasiosa novamente. Avaliam os adultos segundo a

generalidade. Rejeitam ou modificam os fatos para

ficarem com sua hipótese.

ACONTECIMENTOS IMPORTANTES:11/12 a 14 anos

Erotização da personalidade. Procura de independência em relação

ao adulto e a família. Desabrochar dos interesses éticos e

sentimentais.

14 – 18/22 ANOS

É uma das mais importantes e belas fases do Espírito dentro da encarnação,segundo André Luiz em “Missionários da Luz”, item 2. “A glândula pineal reajusta-se ao concerto orgânico e reabre seus mundos maravilhosos de sensações e impressões na esfera emocional. Entrega-se a criatura, à recapitulação da sexualidade, examina o inventário de suas paixões vividas noutra época, que reaparecem sob fortes impulsos.

O conflito interno que aparece nesta fase a torna mais difícil que a da infância. Juntamente com a personalidade emergente do passado, surge às vezes vagas lembranças, anseios, dúvidas existenciais, impulsos diversos e repentinos, melancolia e revolta podem ser reflexos de outras existências e por isso devem ser tratados com muito amor e segurança.

Instabilidade emocional. Fantasias, principalmente nas meninas. Rebeldia e reivindicações. Linguajar específico. Competição grupal e do mesmo sexo. Senso crítico. Despertar para o corpo e em relação ao sexo

oposto. Sentimento de incompreensão. Autenticidade.

Emotividade aflorada. Perfeccionismo (nas adolescentes),

obstinação (nos adolescentes). Imediatismo. Conflitos de responsabilidade. Carência afetiva. Imitação de ídolos. Grupo social muito valorizado. Necessidade de limites. Desejo de liberdade.

A ação educativa, sabiamente aplicada conforme as etapas de desenvolvimento do Espírito em sua nova encarnação, oferece-lhe a oportunidade de trabalhar por si mesmo, da melhor maneira, aproveitando as oportunidades que o Pai oferece a cada um de seus filhos amados.

A evangelização espírita deve visar, pois, auxiliar o Espírito no desenvolvimento integral de seu potencial interior, ensinando, mostrando, clareando, informando, orientando, oferecendo a oportunidade para que construa a si próprio.

Além de conhecer o estágio de desenvolvimento em que a criança se encontra, é necessário observar suas tendências e aptidões que se manifestam gradualmente e que são diferentes em cada criança. Aproveitar as aptidões naturais, direcionando seus impulsos para os níveis superiores do sentimento e da inteligência promovendo a interação social.

“A CRIANÇA E O JOVEM RECLAMAM DIREÇÃO NO BEM, EVANGELIZE! COOPERE COM JESUS!”

top related