david beat e reboco caído - versão digital
Post on 04-Aug-2015
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David Beat
é um artista underground. Sua arte é ummesclar de subconsciente e surrealismo,submergindo algumas vezes nofantástico. Um olhar mais atentoperceberá uma linguagem imagética/simbólica sendo transmitida em cadailustração.Entre suas influências estão: M.C.Escher, Jean Giraud, Salvador Dalí,cultura japonesa, literatura e simbologia.O autor distribui suas ilustrações atravésdo zine de nome homônimo e tambémresponde pelos zines: Artistas doUnderground, Grito Marginal (apenas online), Imagine.
Fabio da Silva Barbosa
é escritor, jornalista, educador social,zineiro... entre outras coisas. Criou o zineReboco Caído em outubro de 2010, épocado lançamento do primeiro número. O zinefará 5 anos, mas Fabio está nessa estradafaz tempo. Anteriormente já tinha marca-do sua passagem por outros veículos, co-mo o zine O Berro, criado por ele e os ami-gos de infância Winter Bastos e Alexan-dre Mendes, e o jornal Impresso das Co-munidades, criado por ele e o mesmo Ale-xandre Mendes citado antes. Foi membroe responsável pela parte de divulgação ejornalismo da Associação de Moradorese Amigos da Rua Laurindo e Entorno. Sualista de atuação na cultura undegroundconta com a participação no programa derádio Hora Macabra, criação do eventoTarde Multicultural Sem Fronteiras, lan-çamento de livros como Um Ano de Berro- 365 dias de fúria e e-books como o Escri-tos malditos de uma realidade insana.
Projeto David Beat e Reboco Caído
A ideia surgiu quando David Beat man-dou um desenho para sair no próximonúmero do Reboco. Daí fiquei viajandono desenho e me veio aquela voz dizen-do: E se vocês fizessem um número unin-do os dois trabalhos? E se esse projetonão tivesse número, mas fosse simples-mente uma edição especial de ambos ostrabalhos? Sugeri ao David e começa-mos a selecionar alguns dos nossos es-critos. No meio do caminho, ele aindamandou mais dois desenhos. Bem... Deuno que deu e espero que gostem do re-sultado. Mas se não gostarem, tudo bem.Aposto como gostamos bastante dessaexperiência. FSB
Na Internet:
David Beat
www.facebook.com/davidbeatzines
www.davidbeat-fan.tumblr.com
www.poesiapopediversa.blogspot.com
Fabio da Silva Barbosa
www.rebococaidozine.blogspot.com.br
www.rebococaido.tumblr.com
www.fabiodasilvabarbosa.tumblr.com
http://pt.slideshare.net/ARITANA
www.twitter.com/RebocoCaido
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PapoulaDavid Beat
Quero beber chá de papoulaCheirar a Papoula no campoTocar o pólen da flor no arDesregrar todos os sentidos!
Quero sentir a fina pele da PapoulaSentir o teu olor invadindo minhas nari-nasDeitar no imenso campo de papoulaDormir sonhos dentro do céu azul!
Quero pintar Papoulas em teus lábiosE flutuar em noites de estrelas a cintilarPairar no ar como uma pluma lenta
Me deleitar nos cabelos da PapoulaSentir orgasmo com o teu cheiro no arE mergulhar em tua fragância, infinito!
Para o Malandro Vagabundo / Feito comCarinhoFabio da Silva Barbosa
hoje eu canto para o belo malandroque não aceita os grilhões desta prisãoque sai por aí sem hora marcadasem se preocupar com a caminhada
hoje saúdo todas as pessoasque vivem sem prumo, rumo ou broasvagabundo iluminado iluminando a visãonão tem registro, raiz ou manual deinstrução
tantos julgam, falam ou explicampoucos percebem, entendem e abraçamquantos acusam, acusaram ou acusarãoalguns observam a lua, tocam viola equestionam a convenção
mas o bom vagabundo
malandro iluminadoestará sempre a bailarpela terra, pelo mar e pelo ar
pela terra pelo mar e pelo ar
AnoxiaDavid Beat
Seja um subversivo vivo!Uma metralhadora de versosUse a palavra como navalhaCorte a cegueira da visão alheia
Respire enquanto há oxigênioDê uns passos em alguma direçãoA tua língua é pra ser usadaNão pra ficar na boca como enfeite!
Não sou muito dado a conselhos
Vi visões
David Beat
Vi Shakespeare em um dilema
Vi Goethe falar sobre suicídio
Vi A personagem de Proust com ciumes
Vi Dorian em um Retrato
Vi Augusto dos Anjos atormentado
Vi Cruz e Sousa tuberculoso
Vi Álvares de Azevedo morrer cedo
Vi Roberto Piva Cuspindo/escarrando
Vi E.Merson falar de Minas
Vi Fernando Pessoal falar de Portugal
Vi Drummond Tropeçando em uma pedra
Vi Baudelaire Blasfemando
Vi Rimbaud Traficando sentidos
Vi visões ultrapoéticas!
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Para quando ela partirFabio da Silva Barbosa
era uma criançabebêidosajovemmeninameninonegraíndiabrancaorientalcafusamamelucacaboclaocidentalemaisbeleza sem igualquando perguntavam sua raçarespondia entre o deboche e a seriedadevira-latasmeiga como poucas e rarasmesmo quando a revolta explodia de seupeitoa raiva pela bocaainda assim um ódio encantadorautênticoa beleza nunca a abandonavaseu choro enchia o ambiente de tristezaum som aterradorseu sorriso magníficoenchia tudo de luzsua presençao inferno para unse a alegria para outrospassou na minha vidae sumiu no horizontefoi rumo a incertezacom aqueles olhosque expressavam todos os sentimentosque sentia no momentocom aquela faceque expelia o que sentiaespero um dia te reencontrarnesse turbilhão loucochamado vida Para quando ela partir II
Fabio da Silva Barbosa
Encantadora,agora só me restam as lembranças e asaudadeseu jeito rebelde e insanoinocente amiga da vida loucadepravadamente inocenteou inocentemente depravada?sempre tudo por acasoe o acaso contribuindopara o fluir insano dessa vidavida feridavida bandidatotalmarginalforças da natureza se chocando ao acasotentando sobreviversem se curvaré preciso liberdadeé preciso arfazendo o que deve ser feitopedaços desencontradoslançados ao azarcriatura aladaque impedem de voarolho para os céustentando te encontrarquerem te abaterquerem te pararquerem adestraras palmas não vão contentaré preciso maisé preciso muito maissempree o que há de mais não cabe nos bolsosnão se pode carregarcriatura sagradaabençoa ao amaldiçoarcriatura bizarratenha força
tente suportar Mas, faça-se um favor amigoSeja um subversivo vivo!
Abra a boca use os dentesAté quando o teu sangue vai rolarPra alimentar os vermes desse país?
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Pss... SilêncioDavid Beat
Silêncio confuso em mimSilêncio na noite, lua pálida!Silêncio nos espaços baldiosSilêncio eternal neste momento
Silêncio vagaroso pela noite aforaSilêncio diurno, de manhã bem cedoSilêncio em mim gritando no íntimoSilêncio tumular nas ruas e becos
Pss... Silêncio! Com sono letargoSilêncio cheio de barulho-mudoSiêncio em qualquer parte de mim
Silêncio é apenas silêncio enfim!Silêncio de amor na boca alheiaPss... Silêncio! Silêncio assim...
Uma navalhaDavid Beat
Meu amigo tens uma navalha?É que preciso cortar os cabelos da vidaJá estão longos e caducosBeijos senis beijam meus pulmões
Juventude! O tempo te violentouSangrou e manchou teu corpoNarciso agonizando "castrofóbico"No último delírio de algum ópio
Meu amigo, os verdadeiros criminososAinda perambulam soltos por aí como ci-garrosVestido na mais alta moda, cercados de pu-tas!
Meu amigo, vidas miseráveis em todos oscantosA fedentina da cidade em céu abertoMeus olhos queimam, o corpo dói, nava-lhas!
lâmina
seu rosto derretianum constante agonizaro sofrimento trancadona caixa do seu corposei bem o gosto cortantedessas lágrimas ácidas caídas como anjosque viraram demôniosestar completamente sósem ninguém pra dar a mãosem carinho ou proteçãocontra esse mundo toscoquando não há lugarpara onde irnão há nadapara sentiras escolhas parecem mortasfolhas secascaindopovoando o soloe indo pra baixoprovavelmente você também não vaientendernão sabem o que é perderno labirinto da dorsentindo a lâmina cortandosó para aliviaressa existênciaessa penitênciaa raiva e a mágoao flagelo infinitoda desumanização contínuadesses corpos e mentes que se vão
Fabio da Silva Barbosa
CarrosFabio da Silva Barbosa
Carros, Carros, CarrosMotos, Motos, MotosÔnibus, Ônibus, ÔnibusPor onde quer que olhe
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só carros a passarO sinal diz que posso passarMas onde quer que olhe,só carros a passarSigo apressado entre carros,caminhões e autofalantesAtinjo o outro ladopara só carros passarCarros, Carros, CarrosMotos, Motos, MotosÔnibus, Ônibus, ÔnibusPor onde quer que olhesó carros a passar
Amor AntropofágicoDavid Beat
Nosso amor era antropofágicoEu te mordia os seios comLíngua, dente, boca, saliva!Eu amava teu corpo nu de orgasmo
Eu amava o teu gemidoCheio de cio, delírio, vertigemEu amava teu sexo exalando suor
E você me mordia a pele, arranhava!
Nosso amor era antropofágico.Nos alimentávamos de nossos lábiosE agora só sobrou a fala e meu falo...
E agora só lembrançasPedaços de nossos corpos comidosSim! Nosso Amor era antropofágico!
Espaços baldiosDavid Beat
Os espaços baldios do meu serPreenchidos por um vácuo enormeUm vazio disforme e inefávelUm redemoinho de vertigens
Os espaços baldios de meu ser
Gritam silêncios; vozes mudasEu estou inconsciente em sonhosDe uma eternidade secular
Eu choro chuvas infinitasEu beijo o ar da manhãEu canto sombrias palavras
E nada preenche os espaçosEsses infinitos espaçosQue jorram dentro de mim
olhos furiososFabio da Silva Barbosa
conheci uma meninaque apesar da pouca idadenão conseguia mais dormirnão tinha onde ir
olhos furiosospra onde você vaiolhos furiososnão entendem o que você fazolhos furiososnão me deixe sem vocêolhos furiososo que podemos fazer
a vida é o calvárioamargura e sofrimentoquerem te prendernuma parede de cimento
olhos furiososvão nos afastarolhos furiososnão deixe que te matemolhos furiosospor que tudo tem de ser assimolhos furiososnão vá acabar
sei que vai sumirmas nunca esquecerei
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sempre vocêsempre torcerei
olhos furiososnão pare de lutarolhos furiososnão vá se entregarolhos furiososnão vá me esquecerolhos furiososnão aguento mais sofrer
Olhos tristonhosFabio da Silva Barbosa
conheci outrasoutros olhos e olharescada um de sua maneiraa me interessar
mas foram seus olhos tristonhostoda raivatoda iraque conseguiram me pegar .olhos tristonhosem desequilíbrio a balançaolhos tristonhossó há ódio e vingança
suas lágrimas negrascomo nanquim vai pintarnão pensa em existirquando isso vai acabar
já não sofro tanto maisa dor vai endurecendoo coração já pouco humanoa maldade desesperando
olhos tristonhosnão escondem sua belezaolhos tristonhosdesconhece a própria natureza
olhos tristonhosolhos em desesperoa vida sem sentidoa vida sem tempero
Ser ConvulsoDavid Beat
Magérrimo Ser convulso e devastadoContorcendo-se em monólogos corporaisNenhum remédio, nem substânciaintravenosaApenas o grito da dor que se alastra
Uma labareda febril, calafrios mudosVozes surdas querendo destaqueO suor escorre na face sôfregaLábios secos! As nuances da desnutrição
Inquietação! Vontade de se arrebentarPegar cada pedaço de neurônio e cuspir,Expulsar como um vômito a vida
Pois que a dor é tanta nas reentrânciasDor Ser que definha na morbidezVejo na escassez o prenúncio da minhamorte
Enfim reencontrando gente
Agradecimentos ao grande CaioDiSouza e a Comunidade da Cruzeiro
Muito bemesse lugar tem gente humanagente sofridagente vivagente felizSimGENTEno sentido da palavragente sem dentegente com dente
Por Fabio da Silva Barbosa e LisianeDa Silva Caparroz
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gente sambandogente que acreditagente que se importagente que não tá nem aígente caindogente levantandoGENTE.todo tipo de gentemas todos do tipo que sofree que é feliznão essa felicidade superficial e eterna quenão existegente oprimidaroubadasurrupiada nos seus direitos mais básicosenganadaexploradagente que não desiste da caminhadamesmo com os caminhos trancadoscom o futuro furtadodias negadosexistência assombradae assombrando os que fingem
Sem razão – Mundo insanoFabio da Silva Barbosa
RepressãoNão razãoAgressãoNão razãoAlienaçãoNão razão
Sangue coaguladoGrades a cercarGritos pela noiteQuerem nos agarrar
OpressãoNão razãoViolaçãoNão razãoRegressãoNão razão
Pânico orquestradoCanos a dispararFacas afiadasQuerem nos parar
RepressãoNão razãoOpressãoNão razãoAgressãoNão razão
oxidado corpoDavid Beat
Laivo pútrido, nenufar murcho,Necrópoles inteiras de floral alvacentosExalam o fétido cheiro decomposto;Ali brincam milhões de vermes.
Cuspo a náusea que me sobe pela larin-ge,Gosto aziago, revoltas de meu intestinomagro!Vede este cancro ignoto, incólume, mor-daz?!Sucumbiu o corpo inerme e inerte ficou
Parasitado por tormentas mil, torturas!Estou ébrio de consciência neste vago.Infinitos seres de vozes mordazes clamam
Sem cerimônia! discutem palidez,Qualificam o aspecto senil intrísecoDeste corpo que apodrece oxidado peloar.
Mal da vidaPor David Beat
A vida é uma acidezUm amargor estúpidoentranhado no espíritoAh! Vida! descabida
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Em lençóis brancosMancho a virgindadeDe fôlego macio e jovemO tempo passa, mancha!
Sou secular em pleno verãoQual campina me engendrouA morte a mim incocebida
transmuta em solidão e tédioO vazio me espanca, faca, corteLascivo corte pungente em mim…
A cozinha do velho ChinêsFabio da Silva Barbosa
o espírito sai do corpo quando a gentemenos esperaé aí que a mente se desespera
o corpo sai de cima quando acaba degozaresperar, parar, pensar
a vida segue em frente quanto nadaparece bomsuco gástrico homicida faz aquele belosom
miudezas gentilezas vai tudo pelo ar
Lembranças
lembro das luzes ao longe, iluminando osubir do morroe daquela casa que ficava depois daúltima luzonde a eletricidade ainda não tinhachegadodo esgoto a céu aberto que o meninosempre pulavapara jogar bola no campinho esburacado
Fabio da Silva Barbosa
e do choro de Dona Berenicequando viu o filho tombarao ser atingido por uma bala de não seiqual calibree quando o sobrinho apanhou nadelegaciafalaram que confundiram com traficante
das casas empilhadas umas sobre asoutrasbarracos sobre barracosmoradias sobre moradiasmorando pessoas espremidas, gentesofridamordida por misérias, fomes e apatias
lembro também dos barulhos de tirosouvidos na hora da novelados apartamentosque assistem de bem longese convencendo que não tem nada com avida dos mortos
No KarmaDavid Beat
Diariamente o mesmo déjà vuOs traços irregulares insistemPercorro algo indefinidoTentando alcançar nada!
E a dor latente e angustiaUm karma pertinenteEscravo de uma realidade insípidaCenas gritantes de suicídio
Desgosto de tudo, ainda respiroSem nenhuma vontade do presenteEstou secular em plena juventude
Até quando prisioneiro deste corpo?É tão violento e sinistro o despertarMomentos efêmeros em ciclo constante...
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caindo
muitos anos de usodrogas lícitas e ilícitaso cérebro morrendoo corpo morrendoinsiste em continuar a viver enquantopudermesmo querendo que tudo acabe logobrumas tapando a visãobombardeio químiconão consegue mais pensartá difícil andarrespirardepressão profundadominado por angústiasdesintegrando pouco a poucoinvisívelo buraco vai crescendoa escuridão vencendoagora já não faz mais diferençaviver ou morrermatar ou morrergrunhir e gemer
Fabio da Silva Barbosa
Findo/DesapercebidoFabio da Silva Barbosa
Cansaço físico e mentalFadigaDesânimoNão consegue mais pensarNão consegue caminharArrastando pelo deserto do nadaArrastado pelo nadaNada a declararArrasado pelo nadaNada a declarar
No chãoFabio da Silva Barbosa
deitado na sarjeta
sentia o vômito na gargantapareciam gorgulhos epiléticoschicoteando meu espírito
a úlcera se contorcianum bailar de merda e sanguepareciam agulhas e facasmoendo minha carne
o cheiro da podridãojá invadia minhas narinasnão podia mais reagira minha própria chacina
mesmo assim queriamais uma dose assassinasentir os neurônios falecendonão continuar existindo ou sendo
CracolândiaDisneylândia
fuma garoto a pedrasonha sonhos de menino
a garota do mais tempo no vícionão pode mais sonhar
amigo palavra distantetalvez só mesmo o cachimbo
a toda hora chega gentea toda hora gente vai
para onde estamos indopara onde a gente vai
Fabio da Silva Barbosa
“Essas palavras que escrevo meprotegem da completa loucura.”Charles Bukowski
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Escritos: David Beat e Fabio da Silva Barbosa. Todos devidamente nomeadosIlusrações: David Beat
Diagramação, edição e afins: Fabio da Silva BarbosaVersão digital e impressa
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