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CPC 26 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

OBJETIVOS

O objetivo deste Pronunciamento Técnico é definir a base para aapresentação das demonstrações contábeis, para assegurar acomparabilidade tanto com as demonstrações contábeis deperíodos anteriores da mesma entidade quanto com asdemonstrações contábeis de outras entidades.

Nesse cenário, este Pronunciamento estabelece:

- requisitos gerais para a apresentação das demonstraçõescontábeis;

- diretrizes para a sua estrutura; e- os requisitos mínimos para seu conteúdo.

ALCANCE

• Este Pronunciamento deve ser aplicado em todas asdemonstrações contábeis elaboradas e apresentadas de acordocom os Pronunciamentos, Orientações e Interpretações doComitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).

• O reconhecimento, a mensuração e a divulgação de transaçõesespecíficas e outros eventos são objeto de outrosPronunciamentos, Orientações e Interpretações.

ALCANCE

• Este Pronunciamento não se aplica à estrutura e ao conteúdo dedemonstrações contábeis intermediárias condensadas elaboradassegundo o Pronunciamento Técnico CPC 21 – DemonstraçãoIntermediária;

• Este Pronunciamento aplica-se igualmente a todas as entidades,inclusive àquelas que apresentem demonstrações contábeisconsolidadas ou demonstrações contábeis separadas conformedefinido nos Pronunciamentos Técnicos:

• CPC 35 – Demonstrações Separadas; e

• CPC 36 – Demonstrações Consolidadas.

ALCANCE

• Este Pronunciamento utiliza terminologia que é adequada àsentidades:

• com fins lucrativos;

• sem fins lucrativos;

• incluindo entidades de negócios do setor público;

DEFINIÇÕES

• Demonstrações contábeis - de propósito geral são aquelascujo propósito reside no atendimento das necessidadesinformacionais de usuários externos que não se encontram emcondições de requerer relatórios especificamente planejadospara atender às suas necessidades peculiares.

• Aplicação impraticável – A aplicação de um requisito éimpraticável quando a entidade não pode aplicá-lo depois de terfeito todos os esforços razoáveis nesse sentido.

DEFINIÇÕES

• Práticas contábeis brasileiras - compreendem:

• a legislação societária brasileira;

• os Pronunciamentos;

• as Interpretações e as Orientações emitidos pelo CPC e homologados pelosórgãos reguladores; e

• práticas adotadas pelas entidades em assuntos não regulados;

• desde que atendam ao Pronunciamento Conceitual Básico Estrutura Conceitual paraa Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis emitido pelo CPC e, porconseguinte, em consonância com as normas contábeis internacionais.

DEFINIÇÕES

• Material – A informação é material se sua omissão, distorção ou obscuridadepode influenciar, de modo razoável, decisões que os usuários primários dasdemonstrações contábeis de propósito geral tomam como base nessasdemonstrações contábeis, que fornecem informações financeiras sobrerelatório específico da entidade.

• A materialidade depende da natureza ou magnitude da informação, oude ambas. A entidade avalia se a informação, individualmente ou emcombinação com outra informação, é material no contexto das suasdemonstrações contábeis tomadas como um todo.

• A informação é obscura se for comunicada de forma que teria efeitosemelhante, para os usuários primários das demonstrações contábeis, àomissão ou ao erro dessa informação.

DEFINIÇÕES

• Notas explicativas - contêm informação adicional em relação àapresentada nas demonstrações contábeis.

• As notas explicativas oferecem:

• descrições narrativas;

• segregações;

• aberturas de itens divulgados nessas demonstrações;

• informação acerca de itens que não se enquadram noscritérios de reconhecimento nas demonstrações contábeis.

DEFINIÇÕES

• Outros resultados abrangentes - compreendem itens de receitae despesa (incluindo ajustes de reclassificação) que não sãoreconhecidos na demonstração do resultado como requerido oupermitido pelos Pronunciamentos, Interpretações e Orientaçõesemitidos pelo CPC. Os componentes dos outros resultadosabrangentes incluem:

DEFINIÇÕES

• (a) variações na reserva de reavaliação, quando permitidas legalmente(ver Pronunciamentos Técnicos CPC 27 – Ativo Imobilizado e CPC 04 –Ativo Intangível);

• (b) ganhos e perdas atuariais em planos de pensão com benefíciodefinido reconhecidos conforme item 93A do Pronunciamento TécnicoCPC 33 – Benefícios a Empregados;

• (c) ganhos e perdas derivados de conversão de demonstrações contábeisde operações no exterior (ver Pronunciamento Técnico CPC 02 – Efeitosdas Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de DemonstraçõesContábeis);

DEFINIÇÕES

• (d) ganhos e perdas resultantes de investimentos em instrumentospatrimoniais designados ao valor justo por meio de outros resultadosabrangentes, de acordo com o item 5.7.5 do CPC 48 – InstrumentosFinanceiros;

• ganhos e perdas em ativos financeiros mensurados ao valor justo por meiode outros resultados abrangentes, de acordo com o item 4.1.2A do CPC 48;

• (e) parcela efetiva de ganhos e perdas de instrumentos de hedge emoperação de hedge de fluxo de caixa e os ganhos e perdas eminstrumentos de hedge que protegem investimentos em instrumentospatrimoniais mensurados ao valor justo por meio de outros resultadosabrangentes, de acordo com o item 5.7.5 do CPC 48 (ver Capítulo 6 doCPC 48);

DEFINIÇÕES

• (f) para passivos específicos designados como ao valor justo por meio doresultado, o valor da alteração no valor justo que for atribuível aalterações no risco de crédito do passivo;

• (g) alteração no valor temporal de opções quando separar o valorintrínseco e o valor temporal do contrato de opção e designar comoinstrumento de hedge somente as alterações no valor intrínseco; e

• (h) alteração no valor dos elementos a termo de contratos a termo aoseparar o elemento a termo e o elemento à vista de contrato a termo edesignar, como instrumento de hedge, somente as alterações noelemento à vista, e alterações no valor do spread com base na moedaestrangeira de instrumento financeiro ao excluí-lo da designação desseinstrumento financeiro como instrumento de hedge.

DEFINIÇÕES

• Proprietário - é o detentor de instrumentos classificados como patrimoniais(de capital próprio, no patrimônio líquido).

• Resultado do período - é o total das receitas deduzido das despesas, excetoos itens reconhecidos como outros resultados abrangentes no patrimôniolíquido.

• Ajuste de reclassificação - é o valor reclassificado para o resultado noperíodo corrente que foi inicialmente reconhecido como outros resultadosabrangentes no período corrente ou em período anterior.

DEFINIÇÕES

• Resultado abrangente - é a mutação que ocorre no patrimôniolíquido durante um período que resulta de transações e outroseventos que não derivados de transações com os sócios na suaqualidade de proprietários.

• Compreende todos os componentsda “demonstração do resultado” e da “demonstração dos outros resultados abrangentes”.

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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

CONCEITO

As demonstrações contábeis são uma representação estruturadada posição patrimonial e financeira e do desempenho da

entidade.

OBJETIVO

• O objetivo das demonstrações contábeis é o de proporcionar informaçãoacerca:

• da posição patrimonial e financeira;

• do desempenho; e

• dos fluxos de caixa da entidade que seja útil a um grande número deusuários em suas avaliações e tomada de decisões econômicas.

• As demonstrações contábeis também objetivam apresentar osresultados da atuação da administração na gestão da entidade e suacapacitação na prestação de contas quanto aos recursos que lhe foramconfiados.

FINALIDADE

• Para satisfazer a esse objetivo, as demonstrações contábeis proporcionaminformação da entidade acerca do seguinte:

• (a) ativos;• (b) passivos;• (c) patrimônio líquido;• (d) receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas;• (e) alterações no capital próprio mediante integralizações dos

proprietários e distribuições a eles; e• (f) fluxos de caixa.

• Essas informações, juntamente com outras informações constantes das notasexplicativas, ajudam os usuários das demonstrações contábeis na previsãodos futuros fluxos de caixa da entidade e, em particular, a época e o grau decerteza de sua geração.

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

• O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui:

• (a) balanço patrimonial ao final do período;

• (b) demonstração do resultado do período;

• (c) demonstração do resultado abrangente do período;

• (d) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período;

• (e) demonstração dos fluxos de caixa do período;

• (f) demonstração do valor adicionado do período, conformePronunciamento Técnico CPC 09, se exigido legalmente ou por algumórgão regulador ou mesmo se apresentada voluntariamente.

• (g) notas explicativas, compreendendo um resumo das políticascontábeis significativas e outras informações explanatórias; e

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

• (h) informações comparativas com o período anterior, conformeespecificado nos itens 38 e 38A;

• (i) balanço patrimonial do início do período mais antigo,comparativamente apresentado, quando a entidade aplicar uma políticacontábil retrospectivamente ou proceder à reapresentação retrospectivade itens das demonstrações contábeis, ou quando proceder àreclassificação de itens de suas demonstrações contábeis de acordo comos itens 40A a 40D; e

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

• A demonstração do resultado abrangente pode ser apresentada emquadro demonstrativo próprio ou dentro das mutações do patrimôniolíquido.

• A entidade deve apresentar com igualdade de importância todas asdemonstrações contábeis que façam parte do conjunto completo dedemonstrações contábeis.

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

• Muitas entidades apresentam, fora das demonstrações contábeis, relatório daadministração que descreve e explica as características principais do desempenho eda posição financeira e patrimonial da entidade e as principais incertezas às quaisestá sujeita.

• Esse relatório pode incluir a análise:

• (a) dos principais fatores e influências que determinam o desempenho, incluindoalterações no ambiente em que a entidade opera, a resposta da entidade a essasalterações e o seu efeito e a política de investimento da entidade para manter emelhorar o desempenho, incluindo a sua política de dividendos;

• (b) das fontes de financiamento da entidade e a respectiva relação pretendidaentre passivos e o patrimônio líquido; e

• (c) dos recursos da entidade não reconhecidos nas demonstrações contábeis deacordo com os Pronunciamentos.

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

• Muitas entidades apresentam também, fora das demonstraçõescontábeis, relatórios e demonstrações tais como:

• relatórios ambientais;

• relatórios sociais;

• Os relatórios e demonstrações apresentados fora das demonstraçõescontábeis estão fora do âmbito dos Pronunciamentos emitidos peloCPC.

CONSIDERAÇÕES GERAIS

• A entidade cujas demonstrações contábeis estão em conformidadecom os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações do CPC devedeclarar de forma explícita e sem reservas essa conformidade nasnotas explicativas.

• A entidade não descreve suas demonstrações contábeis como estandode acordo com esses Pronunciamentos, Interpretações e Orientaçõesa menos que cumpra todos os seus requisitos.

• A entidade não pode retificar políticas contábeis inadequadas pormeio da divulgação das políticas contábeis utilizadas ou por meio denotas explicativas ou qualquer outra divulgação explicativa.

CONSIDERAÇÕES GERAIS

Em circunstâncias extremamente raras, nas quais a administraçãovier a concluir que a conformidade com um requisito depronunciamento técnico, interpretação ou orientação do CPCconduziria a uma apresentação tão enganosa que entraria emconflito com o objetivo das demonstrações contábeis estabelecidono CPC 00, a entidade não deve aplicar esse requisito e deveseguir o disposto no item 20, a não ser que esse procedimentoseja terminantemente vedado do ponto de vista legal eregulatório.

CONSIDERAÇÕES GERAIS

• 20. Quando a entidade não aplicar um requisito depronunciamento técnico, interpretação ou orientação do CPC oude acordo com o item 19, deve divulgar:

• (a) que a administração concluiu que as demonstrações contábeisapresentam de forma apropriada a posição financeira e patrimonial, odesempenho e os fluxos de caixa da entidade;

• (b) que aplicou os pronunciamentos técnicos, interpretações eorientações do CPC aplicáveis, exceto pela não aplicação de requisitoespecífico com o propósito de obter representação apropriada;

CONSIDERAÇÕES GERAIS

• (c) o título do pronunciamento técnico, interpretação ou orientação doCPC que a entidade não aplicou, a natureza dessa exceção, incluindo otratamento que o Pronunciamento Técnico, Interpretação ou Orientaçãodo CPC exigiria; a razão pela qual esse tratamento seria tão enganosoque entraria em conflito com o objetivo das demonstrações contábeis,estabelecido no CPC 00; e o tratamento efetivamente adotado; e

• (d) para cada período apresentado, o impacto financeiro da nãoaplicação do pronunciamento técnico, interpretação ou orientação doCPC vigente em cada item nas demonstrações contábeis que teria sidoinformado, caso tivesse sido cumprido o requisito não aplicado.

CONTINUIDADE

Quando da elaboração das demonstrações contábeis, a administraçãodeve fazer a avaliação da capacidade da entidade continuar emoperação no futuro previsível.

As demonstrações contábeis devem ser elaboradas no pressuposto dacontinuidade, a menos que a administração tenha intenção de liquidar aentidade ou cessar seus negócios, ou ainda não possua uma alternativarealista senão a descontinuidade de suas atividades.

CONTINUIDADE

Quando a administração tiver ciência, ao fazer a sua avaliação, deincertezas relevantes relacionadas com eventos ou condições quepossam lançar dúvidas significativas acerca da capacidade da entidadecontinuar em operação no futuro previsível, essas incertezas devem serdivulgadas.

Quando as demonstrações contábeis não forem elaboradas nopressuposto da continuidade, esse fato deve ser divulgado, juntamentecom as bases sobre as quais as demonstrações contábeis foramelaboradas e a razão pela qual não se pressupõe a continuidade daentidade.

FREQUÊNCIA DE APRESENTAÇÃO

• O conjunto completo das demonstrações contábeis deve ser apresentadopelo menos anualmente (inclusive informação comparativa).

• Quando se altera a data de encerramento das demonstrações contábeis daentidade e as demonstrações contábeis são apresentadas para um períodomais longo ou mais curto do que um ano, a entidade deve divulgar, além doperíodo abrangido pelas demonstrações contábeis:

• (a) a razão para usar um período mais longo ou mais curto; e

• (b) o fato de que não são inteiramente comparáveis os montantescomparativos apresentados nessas demonstrações.

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

• Devem permitir a comparabilidade;

• A entidade deve divulgar informação comparativa com respeito aoperíodo anterior para todos os montantes apresentados nasdemonstrações contábeis do período corrente. Também deve serapresentada de forma comparativa a informação narrativa e descritivaque vier a ser apresentada quando for relevante para a compreensão doconjunto das demonstrações do período corrente.

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

• Devem ser consistente ao longo dos períodos.

• (a) for evidente, após uma alteração significativa na natureza dasoperações da entidade ou uma revisão das respectivas demonstraçõescontábeis, que outra apresentação ou classificação seja mais apropriada,tendo em vista os critérios para a seleção e aplicação de políticascontábeis contidos no Pronunciamento Técnico CPC 23; ou

• (b) outro Pronunciamento Técnico, Interpretação ou Orientação do CPCrequerer alteração na apresentação.

ESTRUTURA E CONTEÚDO

• Cada demonstração contábil e respectivas notas explicativas devemser identificadas claramente. Além disso, as seguintes informaçõesdevem ser divulgadas de forma destacada e repetida quandonecessário para a devida compreensão da informação apresentada:

• (a) o nome da entidade às quais as demonstrações contábeis dizemrespeito ou outro meio que permita sua identificação, bem comoqualquer alteração que possa ter ocorrido nessa identificação desde otérmino do período anterior;

• (b) se as demonstrações contábeis se referem a uma entidade individualou a um grupo de entidades;

ESTRUTURA E CONTEÚDO

• (c) a data-base das demonstrações contábeis e notas explicativas e orespectivo período abrangido;

• (d) a moeda de apresentação, tal como definido no PronunciamentoTécnico CPC 02 – Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversãode Demonstrações Contábeis; e

• (e) o nível de arredondamento usado na apresentação dos valores nasdemonstrações contábeis.

BALANÇO PATRIMONIAL

BALANÇO PATRIMONIAL

• Relatório contábil cuja a finalidade é demonstrar a posiçãoeconômica e financeira de uma empresa em determinadomomento.

• É um relatório estático;

• É a base para as decisões empresariais.

BALANÇO PATRIMONIAL

• O balanço patrimonial deve apresentar, respeitada a legislação,no mínimo, as seguintes contas:

• (a) caixa e equivalentes de caixa;

• (b) clientes e outros recebíveis;

• (c) estoques;

• (d) ativos financeiros (exceto os mencionados nas alíneas “a”, “b” e “g”);

• (e) total de ativos classificados como disponíveis para venda e ativos à disposiçãopara venda de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo NãoCirculante Mantido para Venda e Operação Descontinuada;

BALANÇO PATRIMONIAL

• (f) ativos biológicos;

• (g) investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial;

• (h) propriedades para investimento;

• (i) imobilizado;

• (j) intangível;

BALANÇO PATRIMONIAL

• (k) contas a pagar comerciais e outras;

• (l) provisões;

• (m) obrigações financeiras (exceto as referidas nas alíneas “k” e “l”);;

• (n) obrigações e ativos relativos à tributação corrente, conforme definido noPronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro;

• (o) impostos diferidos ativos e passivos, como definido no PronunciamentoTécnico CPC 32;

• (p) obrigações associadas a ativos à disposição para venda de acordo com oPronunciamento Técnico CPC 31;

BALANÇO PATRIMONIAL

• (q) participação de não controladores apresentada de forma destacada dentrodo patrimônio líquido; e

• (r) capital integralizado e reservas e outras contas atribuíveis aos proprietários daentidade.

CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS

• A entidade deve julgar a adequação da apresentação de contas adicionaisseparadamente com base na avaliação:

• (a) da natureza e liquidez dos ativos;

• (b) da função dos ativos na entidade;

• (c) dos montantes, natureza e prazo dos passivos.

• Lei 6.404/76 determina que as contas do balanço sejam classificadas:

• Ativos - conforme o grau de liquidez;

• Passivos - conforme o grau de exigibilidade.

CIRCULANTE E NÃO CIRCULANTE

• A entidade deve apresentar ativos circulantes e não circulantes, epassivos circulantes e não circulantes, como grupos de contas separadosno balanço patrimonial, exceto quando uma apresentação baseada naliquidez proporcionar informação confiável e mais relevante. Quandoessa exceção for aplicável, todos os ativos e passivos devem serapresentados por ordem de liquidez.

• Para algumas entidades, tais como instituições financeiras, aapresentação de ativos e passivos por ordem crescente ou decrescentede liquidez proporciona informação que é confiável e mais relevante doque a apresentação em circulante e não circulante pelo fato de que taisentidades não fornecem bens ou serviços dentro de ciclo operacionalclaramente identificável.

ATIVO CIRCULANTE

• O ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizerqualquer dos seguintes critérios:

• (a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que sejavendido ou consumido no decurso normal do ciclooperacional da entidade;

• (b) está mantido essencialmente com o propósito de sernegociado;

ATIVO CIRCULANTE

• (c) espera-se que seja realizado até doze meses após a datado balanço; ou

• (d) é caixa ou equivalente de caixa (conforme definido noPronunciamento Técnico CPC 03 – Demonstração dos Fluxosde Caixa), a menos que sua troca ou uso para liquidação depassivo se encontre vedada durante pelo menos doze mesesapós a data do balanço.

CICLO OPERACIONAL

• O ciclo operacional da entidade é o tempo entre a aquisição deativos para processamento e sua realização em caixa ou seusequivalentes.

• Quando o ciclo operacional normal da entidade não forclaramente identificável, pressupõe-se que sua duração seja dedoze meses.

CICLO OPERACIONAL

C V PR

CICLO DE

CAIXA

ATIVO NÃO CIRCULANTE

• Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulante.

• Este Pronunciamento utiliza o termo “não circulante” para incluir:

• ativos tangíveis;

• intangíveis; e

• ativos financeiros de natureza associada a longo prazo.

• Não se proíbe o uso de descrições alternativas desde que seu sentidoseja claro.

ATIVO NÃO CIRCULANTE

• O ativo não circulante deve ser subdividido em:

• realizável a longo prazo;

• investimentos;

• imobilizado; e

• intangível.

ATIVO NÃO CIRCULANTE

• REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

• São os bens e direitos que se realizarão após o final doexercício seguinte.

ATIVO NÃO CIRCULANTE

• INVESTIMENTOS

• Gastos ativáveis em função da sua vida útil que vão gerarbenefícios econômicos futuros.

ATIVO NÃO CIRCULANTE

• IMOBILIZADO

• Representa os bens e direitos corpóreos destinados àmanutenção das atividades da companhia ou exercidos comessa finalidade, inclusive os decorrentes de operações quetransfiram à companhia os benefícios, riscos e controledesses bens.

ATIVO NÃO CIRCULANTE

• INTANGÍVEL

• São os direitos que tenham por objeto bens incorpóreosdestinados à manutenção da companhia ou exercidos comessa finalidade.

PASSIVO

• O passivo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquerdos seguintes critérios:

• (a) espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal daentidade;

• (b) está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado;

• (c) deve ser liquidado no período de até doze meses após a data do balanço;ou

• (d) a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação dopassivo durante pelo menos doze meses após a data do balanço.

PASSIVO

• O passivo não circulante está dividido nos seguintes grupos:

• Exigível a Longo Prazo;

• Patrimônio Líquido.

PASSIVO

• EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

• São as obrigações que serão exigidas após o final doexercício seguinte.

PASSIVO

• PATRIMÔNIO LÍQUIDO

• Investimento inicial dos sócios mais suas variações.

• Também entendido como a riqueza líquida da empresa.

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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

DRE

• A demonstração do resultado e outros resultados abrangentes(demonstração do resultado abrangente) devem apresentar, além das seçõesda demonstração do resultado e de outros resultados abrangentes:

• (a) o total do resultado (do período);

• (b) total de outros resultados abrangentes;

• (c) resultado abrangente do período, sendo o total do resultado e deoutros resultados abrangentes.

• Se a entidade apresenta a demonstração do resultado separada dademonstração do resultado abrangente, ela não deve apresentar ademonstração do resultado incluída na demonstração do resultadoabrangente.

DRE

• A demonstração do resultado do exercício apresenta todos ositens de receita e despesa reconhecidos no período, excetoaqueles que são reconhecidos no resultado abrangenteconforme permitido ou exigido pelas normas.

DRE

• A demonstração do resultado do período deve, no mínimo,incluir as seguintes rubricas, obedecidas também asdeterminações legais:

• (a) receitas;

• (b) custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviçosvendidos;

• (c) lucro bruto;

DRE

• (d) despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas ereceitas operacionais;

• (e) parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida pormeio do método de equivalência patrimonial;

• (f) resultado antes das receitas e despesas financeiras

• (g) despesas e receitas financeiras;

• (h) resultado antes dos tributos sobre o lucro;

DRE

• (h) resultado antes dos tributos sobre o lucro;

• (i) despesa com tributos sobre o lucro;

• (j) resultado líquido das operações continuadas;

DRE

• (j) resultado líquido das operações continuadas;

• (k) valor líquido dos seguintes itens:

• (i) resultado líquido após tributos das operações descontinuadas;

• (ii) resultado após os tributos decorrente da mensuração ao valorjusto menos despesas de venda ou na baixa dos ativos ou dogrupo de ativos à disposição para venda que constituem aunidade operacional descontinuada;

• (l) resultado líquido do período;

Receitas líquidas 50.000,00

(-) Custos dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos 18.000,00-

(=) Lucro Bruto 32.000,00

(-) Despesas (vendas, gerais, adm) 12.300,00-

(-) Outras despesas e receitas operacionais 3.500,00-

(+-) Resultados de equivalência patrimonial 1.200,00

(=) Resultado antes das receitas e despesas financeiras 17.400,00

(-) Despesas financeiras 1.200,00-

(+) Receitas financeiras 500,00

(=) Resultado das operações continuadas antes dos tributos sobre o lucro 16.700,00

(-) Despesa com tributos sobre o lucro 4.518,00-

1 (=) Resultado das operações continuadas após tributos sobre o lucro 12.182,00

(+-) Resultado líquido das operações descontinuadas 5.000,00

(-) Tributos sobre resultados das operações descontinuadas 1.200,00-

2 (=) Resultado das operações decontinuadas após tributos sobre o lucro 3.800,00

1+2 (=) Resultado líquido do período 15.982,00

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

DRA

• Demonstra as alterações ocorridas no PL que não sejamdecorrentes de operações com sócios (capital e dividendos) nemajustes de exercícios anteriores.

• A DRA poderá ser elaborada em relatório a parte, porém opronunciamento técnico CPC sugere ainda que a DRA sejaadicionada à Mutação do Patrimônio Líquido.

• Na prática, o resultado abrangente apresenta os ajustesefetuados no Patrimônio Líquido como se fosse um lucro daempresa.

DRA

• A DRA é dispensada de apresentação, caso as únicas alteraçõesdo PL, derivarem do:

• Resultado;

• Pagamento de dividendos ou distribuição de lucro;

• Correção de erros de períodos anteriores;

• Mudanças de políticas contábeis

DRA

• A demonstração do resultado abrangente deve, no mínimo, incluir asseguintes rubricas:

• (a) resultado líquido do período;

• (b) cada item dos outros resultados abrangentes classificados conformesua natureza (exceto montantes relativos ao item (c);

• (c) parcela dos outros resultados abrangentes de empresas investidasreconhecida por meio do método de equivalência patrimonial; e

• (d) resultado abrangente do período.

DRA

• Os itens que se seguem devem ser divulgados nas respectivasdemonstrações do resultado e do resultado abrangente comoalocações do resultado do período:

• (a) resultados líquidos atribuíveis:

• (i) à participação de sócios não controladores; e

• (ii) aos detentores do capital próprio da empresa controladora;

DRA

Resultado Líquido do Exercício 15.982,00

(+-) Efeitos de correção de erros e mudanças de políticas contábeis (seção 10) -

(+-) Ganhos e perdas da conversão de demonstrações contábeis 5.000,00

(operações no exterior) (seção 30) -

(+-) Ganhos e perdas atuariais (seção 28) -

(+-) Mudaça nos valores justos de instrumentos de hedge (seção 12) -

(=) Resultado Abrangente Total 20.982,00

DESTINAÇÃO

Resultado do período, atribuível (DRE)

a) Participação de acionistas ou sócios não controladores - 10% 1.598,20

b) Aos proprietários da entidade controladora - 90% 14.383,80

Resultado abrangente total do período, atribuível (DRA)

a) Participação de acionistas ou sócios não controladores - 10% 2.098,20

b) Aos proprietários da entidade controladora - 90% 18.883,80

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE

OUTROS RESULTADOS ABRANGENTES DO PERÍODO

• A entidade deve divulgar o montante do efeito tributário relativo a cadacomponente dos outros resultados abrangentes, incluindo os ajustes dereclassificação na demonstração do resultado abrangente ou nas notasexplicativas.

• Os componentes dos outros resultados abrangentes podem serapresentados:

(a) líquidos dos seus respectivos efeitos tributários; ou

(b) antes dos seus respectivos efeitos tributários, sendo apresentadoem montante único o efeito tributário total relativo a essescomponentes.

RESULTADO LIQUIDO DO PERÍODO

• Todos os itens de receitas e despesas reconhecidos no período devem ser incluídos noresultado líquido do período a menos que um ou mais Pronunciamentos, Interpretações eOrientações requeiram ou permitam procedimento distinto.

• Alguns Pronunciamentos, Interpretações e Orientações especificam circunstâncias em quedeterminados itens podem ser excluídos dos resultados líquidos do período. OPronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificaçãode Erro trata de duas dessas circunstâncias, a saber: a correção de erros e o efeito dealterações nas políticas contábeis.

• Outros Pronunciamentos, Interpretações e Orientações requerem ou permitem que outrosresultados abrangentes que se enquadram na definição de receitas e despesas da EstruturaConceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis sejamexcluídos do resultado líquido.

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