cordel da Água - seia.ba.gov.br da Água.pdf · era muito triste a situação falou para o peixe...
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GovernadorJaques Wagner
Secretária da Casa CivilEva Maria Chiavon
Assessor Geral de Comunicação SocialRobinson Almeida
Secretário do Meio AmbienteJuliano Matos
Diretor Geral do INGÁJulio Cesar de Sá da Rocha
Chefia de GabineteJorge Mendonça
Procuradoria JurídicaJorge Rocha
Diretoria de Planejamento de Recursos HídricosJosé George Santos
Diretoria de Monitoramento e InformaçãoWanderley Matos
Diretoria de RegulaçãoLuiz Henrique Pinheiro
Diretoria Socioambiental ParticipativaJosé Augusto de Castro Tosato
Diretoria Administrativa e FinanceiraSóstenes Florentino
Coordenação de ComunicaçãoLetícia Belém (DRT MG 6.309)Textos Maviael Melo
Projeto gráfico e diagramaçãoMárcia Meneses
Nosso endereço: Avenida ACM, 357, Itaigara Salvador/BANosso telefone: (7l)Visite nosso site:
* A Superintendência de Recursos Hídricos (SRH), autarquia da Secretaria de Meio Ambiente do Estado da Bahia, passou a se chamar Instituto de Gestão das Águas e Clima (INGÁ), com a aprovação da Lei Estadual 11.050. A nova lei foi sancionada pelo governador Jaques Wagner no dia 06 de Junho de 2008 e publicada no Diário Oficial do Estado no último dia 10.
3ll6 3200www.inga.ba.gov.br
02
Cuidar da água é cuidar da vidaE é preservar o Meio AmbienteNa nobre atitude de ser conscienteSalvada a nascente que não foi perdidaO mal já cresceu é grande a feridaA água já é um bem tão escassoNum mundo que anda errando o compassoSeguindo um caminho sem volta e sem jeitoCuidar bem da água é nosso direitoNossa coerência nesse nosso laço
A água é um bem, puro e precioso
E imprescindível pra todo ser vivo
Mas hoje o seu peito já sofre passivo
Com todo processo frio e doloroso
O ego de um mundo tão ganancioso
Que sem consciência vive a poluir
O leito e o rio, triste a sucumbir,
Lamentam as águas chorando em cascatas
Seus braços secando, encalham sucatas!
Que em tempos de outrora viviam a seguir
04
Trazendo notícias das águas de lá
Beirando os barreiros tão assoreados
Pra se navegar requer mil cuidados
Até para o peixe é difícil nadar
Um dia à tarde eu estava a vagar
E acompanhei essa prosa, doutor!
De um peixe falando pro seu pescador
Num duplo lamento com a situação
De ver se acabando com a poluição
O seu habitat, e do outro o labor.
a água é um bem,
05Voltei para casa tristonho e sofrido
Com tudo que ouvi naquele prosear
O peixe dizia a se lamentar
Que lá de onde vinha, tava poluído
Seu leito, seu lar tudo ressequido
Por isso obrigado singrou nesse rio
Querendo encontrar de novo o seu brio
E assim procriar na sua missão
Cuidando desovas nessa imensidão
Brincando de peixe em curso macio
Contava o que viu em todo caminho
Da falta de trato do homem insensível
Chegou a pensar como era possível
O homem viver nesse desalinho
Outro dia nadando, com fome e sozinho
Encostou à margem atrás de comida
Mas toda a sua orla tava poluída
De lixo, pneus, de óleo garrafas
Que ali se pudesse se dava às tarrafas
Sentindo que ali acabara sua vida.
puro e precioso
E hoje a família sem renda penavaSofrendo com toda essa degradação
As margens crescendo numa proporçãoQue os peixes já nadam aprendendo a andar
Querendo correr, querendo voarEra muito triste a situação
Falou para o peixe que tinha saudadeDo tempo em que tudo era mais natural
Que até o progresso era racionalE tudo ao redor tinha fertilidade
Tentava entender o porque da maldadeMatando a riqueza do curso da água
Fazendo um migrante secado de "mágua"Correndo pro Sul, deixando sua terra
Vivendo sem água numa horrenda guerraE sem esperança seu choro deságua
Naquele momento prezado leitorSaiu dentro d'água uma linda sereiaFormosa, tão bela, tal qual lua cheiaFalou para o peixe e para o pescador
Que tinha também no peito uma dorE queria com eles poder partilhar
Sorria e chorava querendo mostrarQue se acordassem na grande missão
Talvez encontrassem uma soluçãoPra o pouco que sobra tentar preservar
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06
DAQUELE
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XI
E o pecador que atento escutavaJogou sua rede buscando esperança
Lembrou-se do tempo que ainda criançaNum sonho que teve e alguém lhe falavaSoprando ao vento uma história contava
Da grande importância do meio ambienteA sublime beleza de uma nascente
Mas já lhe previa a degradaçãoEntão levantou-se com a grande missão
De lutar pela vida e unir sua gente
Em casa lembrando de tudo que ouviPeguei minha pena num triste penar
Algumas setilhas, a fiz rabiscarE nesse rabisco me comprometi
Doar a parcela então decidiFazer minha parte, meu nobre legado
De ser vivo Ser, ser mais engajadoFechar a torneira na consumação
O chão não sujar, pois os lixos vãoPoluir os rios, por isso cuidado
Só peço um pouco mais de atençãoE humanidade dessa HumanidadePra água potável não ser novidade
Os Rios, os Lagos, Nascentes, GrotãoTer mais consciência pra preservaçãoPra o nosso futuro ser mais prazeroso
O povo precisa ser mais generosoEconomizando no banho ao tomar
Torneira fechada, não deixar pingarE assim o amanhã será mais grandioso.
Contou que ouvira um dia uma lendaDe um menestrel que era trovador
A lenda de um Boto e um AgricultorQue tinha na filha a mais linda prenda
Dotada no amor, na casa e na rendaNasceu entre eles uma grande paixão
Um dia o boto ficou na afliçãoPois o agricultor queria migrar
Pra outras paragens, deixando seu larPor falta de aguada naquele torrão
A linda donzela chorava sentidaPois não desejava seu Boto esquecer
E um dia de lua ao anoitecerJogou-se na água forte e decidida
A junto do Boto viver sua vidaE daquele amor fazerem uma lutaO Boto a beijou e na sua conduta
Formaram um par, de peixe de gente!Que vivem das águas numa renitente
Conscientização de vida mais culta
Uma nascente doutorEmana pingos maciosMove-se sem motorRedesenhando os baixiosFormando os igarapés“Arrodeando” os sopésNascentes que viram Rios!
E nesses cursos braviosA água leva esperançaVencendo seus desafiosMolhando o banho criançaNo verde que quer crescerNa flor que vai florescerE a safra que tem bonança
Nessa sublime aliançaA água e a naturezaComo num passo de dançaDe maestria e levezaFormam os seus afluentesMas logo serão doentesCom tanta indelicadeza
Do homem a impor represaDe várias formas e jeitosOu por falta de nobrezaOu em progressos mal feitosVão poluindo seus riosDeixando vales sombriosOnde corriam seus leitos
Doutores, plebe e prefeitosEscutem esse cantadorQue também tem seus defeitosMas vive de seu laborVamos preservar a vidaE juntos na mesma lidaLutaremos a favor
Da nossa água senhoresPor um futuro legalNão queremos dissaboresQueremos ser naturalVivendo com harmoniaNuma imensa alegriaDo que é fundamental
Onze por cento da águaPotável dos continentesPertence ao nosso BrasilSejamos pois conscientesVivendo em conservaçãoÉ uma simples soluçãoDeixar plantada a semente.
Na sua cidade ou no seu estadoEm casa, na rua, seja cidadão!Programas existem visam proteçãoBasta você ficar antenadoAqui na Bahia ta sendo implantadoUma nova gestão participativaA SRH numa iniciativaDe conversação com a comunidadeOuvindo os anseios, busca qualidadeDe vida, integrando sua gente ativa
Querendo um futuro com água pra todosFormando diálogo com a sociedadeA gestão pelos rios tem prioridadePra que nossas águas não tornem-se lodosQue os peixes se encantem com os seus engodosE a nova visão de ser ambientalÉ Ouvir o Ribeiro que entendo o localJuntos construir novos planos de açãoMelhor entender, e com regulaçãoAssim preservando o manancial
O ser democrático e também popularÉ muito importante pra qualquer gestãoPor isso o doutor e você cidadãoEstão convidados a participarInverter os conceitos e remodelarEsse é o momento do nosso futuroEscolha seu lado e desça do muroE venha pro lado do Meio AmbienteDiscutindo e ouvindo, opinar consciente,Criando um programa de águas, seguro.
Termino essa história com toda certezaQue a nós foi legado um grande papelSe nos falta tempo nesse escarcéuSe não nos importa água e naturezaAgora as cartas estão sobre a mesaÉ preciso assumir o seu compromissoA SRH faz o seu serviçoAbrindo a conversa pra novas idéiasPensou e lançou na Bahia o PEASE esse cordel eu encerro com isso:
A água é a fonte de nossa riquezaO nosso futuro e sustentaçãoPor isso é preciso que a populaçãoAssuma o papel de grande nobrezaDo jeito que anda só resta a certezaQue a falta da água será inevitávelE pra nossa gente ser mais sustentávelÉ preciso pensar e agir conscienteE a educação para o Meio AmbienteÉ o caminho seguro, certeiro e viável.
Maviael Melo, 24 / 06/ 2007
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