contestaÇÃo ufal - sÍntese
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Síntese dos documentos – contestação UFAL e réplica – que compõem o processo
Judicial na Justiça Federal (081027-45.2012.4.058001) que questiona a legalidade da
presença dos Pró-Reitores da UFAL com base no
Art. 8º do Estatuto e Art. 3º § 2º do Regimento da UFAL
ARGUMENTOS DA UFAL PARA
JUSTIFICAR A PRESENÇA DOS
PRÓ-REITORES NO CONSUNI
CONTRA-ARGUMENTO COM BASE
NA RÉPLICA DOS AUTORES DO PROCESSO PARA JUSTIFICA A
ILEGALIDADE DOS PRÓ-REITORES NA UFAL
AQUI A UFAL ATESTA QUE O
ESTATUTO DETERMINA A COMPOSIÇÃO
E O REGIMENTO DISCIPLINA
O NÚMERO DA COMPOSIÇÃO
O Estatuto da UFAL (anexo)
prevê em seu artigo 8º, e
respectivo §1º, que a
composição do CONSUNI observará
os ditames da LDB (70% de
representantes do corpo
docente), deixando ao regimento
a disciplina acerca do número
de representantes e modo de sua
escolha.
AQUI ARGUMENTA-SE QUE O ESTATUTO QUANTO A COMPOSIÇÃO DO CONSUNI TEM
FUNÇÕES DIFERENTES DETERMINADA PELO ESTATUTO: O ESTATUTO DETERMINA A
COMPOSIÇÃO, O REGIMENTO DISCIPLINA O NÚMERO DA COMPOSIÇÃO
O ESTATUTO determina qual deve ser a COMPOSIÇÃO. Ainda determina que o
REGIMENTO deve DISCIPLINAR SOBRE O NÚMERO. COMPOSIÇÃO é diferente de
DISCIPLINAR O NÚMERO. O ESTATUTO documento máximo não pode ser inovado
pelo REGIMENTO, ou seja, O REGIMENTO não pode definir, ampliar NOVA
COMPOSIÇÃO diferente da que foi determinada pelo ESTATUTO, mas apenas
disciplinar o número da composição definida pelo ESTATUTO. (Art. 8º § 1º
do Estatuto). Está claro!
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AQUI A UFAL BUSCA ARGUMENTAR A
LEGITIMIDADE DA PRESENÇA DOS
PRÓ-REITORES NO CONSUNI A
PARTIR DO QUE ESTÁ DISPOSTO NO
REGIMENTO
Como previsto em seu Estatuto,
o Regimento (anexo) da UFAL
escolheu, em seu art. 3º, quais
os membros do Conselho
Superior. São eles: Reitor,
Vice-Reitor, Diretores das
Unidades Acadêmicas,
Representantes do Corpo
Docente, Representantes do
Corpo Técnico Administrativo,
Representante do Corpo
Discente, 6 (seis) Membros
designados pelo Reitor (já no
Regimento indicados que são os
titulares das Pró-Reitorias –
art. 3º, §6º do Regimento da
UFAL).
AQUI É ATESTADO QUE APESAR DO REGIMENTO INCLUIR OS PRÓ-
REITORES, O REGIMENTO INOVA EM RELAÇÃO AO ESTATUTO. UMA PROVA É
A INCLUSÃO DO TERMO “MEMBROS DESIGNADOS PELA REITORIA DIFERENTE
DO TERMO REPRESENTANTES DOCENTES.
O REGIMENTO DA UFAL ao ESPECIFICAR os membros do CONSUNI o faz
parcialmente em consonância ao que determina a COMPOSIÇÃO CONTIDA NO
ESTATUTO. Assim, logo no Art. 3ª e parágrafos 1º, 2º e 3º há uma definição
do que são os Representantes docentes, discentes e técnico-administrativo.
Conforme determina o Art. 8º do Estatuto sobre a composição.
O regimento ao incluir Membros designados pelo Reitor, INOVA O ESTATUTO,
não obedecendo ao que determina o ESTATUTO que determina a COMPOSIÇÃO DO
CONSUNI (Art. 8º). Lembremos que não é prerrogativa do REGIMENTO
determinar a composição, mas, disciplinar o número de integrantes. (Art.
8º § 1º do Estatuto). Outra anomalia já verificada logo de cara. O próprio
regimento não reconhece os pró-reitores como REPRESENTANTE DOCENTE.
Observem que O ESTATUTO diz taxativamente que a composição do CONSUNI é de
REPRESENTANTES DOCENTES. O REGIMENTO AO DISCIPLINAR O NÚMERO DE
CONSELHEIROS RECONHECE A PRESENÇA DOS REPRESENTANTES DOCENTES E ADICIONA
UMA NOVA CATEGORIA DE INTEGRANTES. o termo usado para a inclusão dessa
nova categoria é Membros designados pelo Reitor. Ou seja, não estão
incluídos na categoria REPRESENTANTE DOCENTE como determina o ESTATUTO.
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AQUI A UFAL AFIRMA QUE OS PRÓ-
REITORES SÃO UM TIPO DE
SECRETÁRIO DE ESTADO, CARGO DE
GESTÃO, PORTANTO, DEVEM
PARTICIPAR DO CONSUNI.
Os Pró-Reitores,
tradicionalmente, são
escolhidos dentre os quadros de
Docente desta IFES. São aqueles
que “equivalem” aos
“Secretários de Estado”,
responsáveis, no caso da UFAL,
pelas matérias relativas à:
Graduação, Pós-Graduação,
Extensão, Estudantil, Pessoal,
Gestão Institucional. São,
portanto, docentes que
colaboram na Gestão da IFES.
Não é indevido computar os Pró-
Reitores dentre os (70%)
AQUI ARGUMENTA-SE QUE POR SER OS PRÓ-REITORES UM CAGO
GRATIFICADO E DE GESTÃO, MESMO SENDO DOCENTES, NÃO SÃO
REPRESENTANTES DOCENTES COMO DETERMINA O ESTATUTO (Art. 8º) E O
REGIMENTO (Art. 3º § 1º) COMO, ENTÃO, PODEM SER CONSIDERADOS
REPRESENTANTES DOCENTES? Aqui fica claro o caráter biônico dos Pró-reitores. Eles não são
representantes docentes, mas são tipo “secretários do Estado”. Para ser
REPRESENTANTES DOCENTES (Art. 8º do Est.) teriam que ter passado por
alguma eleição proporcionada por seus pares. O fato de serem docentes, de
acordo com o Estatuto da UFAL do Regimento ao definir quem são os
representantes docentes não lhes dá a prerrogativa de serem membros do
CONSUNI na conta dos REPRESENTANTES DOCENTES
As pró-reitorias são órgãos auxiliares de gestão da reitoria da UFAL,
cujos titulares são ESCOLHIDOS, não ELEITOS, a dedo pelo reitor da
ocasião. É que o comando de uma pró-reitoria é uma função gratificada,
cujo titular exerce um cargo de confiança do reitor, ou seja, há uma
obrigatória vinculação de propósitos e de interesses entre os pró-reitores
e o reitor.
Deixemos claro: o pró-reitor exerce um CARGO DE GESTÃO da reitoria, não de
REPRESENTAÇÃO de alguma categoria universitária. Na prática, é como se o
voto do reitor no CONSUNI, em razão da presença dos pró-reitores, fosse
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docentes, pois eles
tradicionalmente a esta
categoria pertencem. Nessa
qualidade, suas participações
são relevantíssimas, pois são
docentes que participam e
viabilizam a gestão da
Universidade. O ataque dos
Autores à composição do CONSUNI
por docentes/Pró-Reitores
embasa-se, apenas, em
argumentos políticos (não
jurídicos).
multiplicado por 6 (SEIS), o que coloca as proposições, encaminhamentos e
propostas da reitoria em evidente situação de vantagem numérica,
desvirtuando a gestão democrática e representativa da universidade.
AQUI A UFAL ATENTA PARA O FATO
DE QUE A LDB 9.394/96
ESTABELECE QUE OS COLEGIADOS
DEVEM TER 70% DE DOCENTES
Quanto à organização
administrativa, com base no
art. 207 da Constituição
Federal de 1988, a nova LDB tem
como um dos pontos de realce a
liberdade de organização da
divisão administrativa e do
fracionamento do poder de
gestão nas instituições de
ensino superior. É essencial,
AQUI ARGUMENTA-SE QUE O FATO DOS PRÓ-REITORES SEREM DOCENTES NÃO OS
LEGITIMA, DE ACORDO COM O ESTATUTO DA UFAL A SEREM REPRESENTANTES
DOCENTES.
De fato a LDB não impõe a forma de escolha dos membros docentes. Mas, a
UFAL no gozo de sua autonomia, disciplina a forma de escolha dos seus
membros quando
1º Determina como deve ser a composição do CONSUNI ( REPRESENTANTES
DOCENTES, DISCENTES E TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS além do REITOR, VICE-REITOR
E DIRETORES DAS UNIDADES ACADÊMICAS)
2º DEFINE O QUE SÃO REPRESENTANTES DOCENTES, DISCENTES E TÉCNICOS
ADMINISTRATIVOS
Ao utilizar a sua autonomia, disciplinando a composição e quantidade cabe
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no entanto, que as IFES busquem
um binômio deliberação-
execução.
a UFAL apenas observar que o número dos docentes nos órgãos colegiados
deve ser de 70% como determina a LDB 9.394/1996. Como mesmo diz o
argumento da UFAL “A escolha de incluir os Pró-Reitores, contudo, foi
Regimental desta IFES.” Ou seja, não foi uma escolha estatutária, mas
regimental, o que mais uma vez reforça o argumento que o REGIMENTO está em
contraversão ao determinado no ESTATUTO.
AQUI A UFAL RECONHECE QUE UMA
DAS VAGAS DOCENTES É OCUPADA
POR NÃO-DOCENTE, MAS NÃO AFETA
OS 70% ESTABELECIDOS PELA LDB
9.394/1996
Como destacado pelos Autores na
peça vestibular, dos Pró-
Reitores atuais, somente 1 (um)
deles – a Pró- Reitora de
Gestão de Pessoas, é integrante
do corpo Técnico-administrativo
da UFAL, Sra. Silvia Regina
Cardeal – , mas que, por certo
tempo, fez parte também da
classe docente, na qualidade de
professor substituto.
AQUI ARGUMENTA-SE QUE O FATO DE HAVER UM NÃO DOCENTE NA VAGA DE
REPRESENTANTE DOCENTE DEMONSTRA AS INCOMPATIBILIDADES ENTRE ESTATUTO E
REGIMENTO E AS IRREGULARIDADES NA PRÁTICA DO CONSUNI
A narrativa infundada da parte ré, contudo, não parece cessar. Na mesma
peça contestatória, fl. 5, a UFAL, embora considere os pró-reitores como
representantes da categoria docente, admite que a sra. Silvia Regina
Cardeal, pró-reitora de Gestão de Pessoas, é UNICAMENTE SERVIDORA TÉCNICA-
ADMINISTRATIVA! pede-se vênia pelo absurdo da redundância, mas o fato de a
pró-reitora de Gestão de Pessoas ter sido professora, no passado, não a
torna professora no presente! A própria UFAL admite que a sra. Silvia
Regina Cardeal FOI professora (“foi”: terceira pessoa do pretérito
perfeito do verbo “ser”), logo, não é mais, por isso não pode ser
considerada representante dos docentes!
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AQUI A UFAL PARA JUSTIFICAR A
PRESENÇA DOS PRÓ-REITOR ATACA A
LEGITIMIDADE DOS REPRESENTANTES
DA CATEGORIA VIA SINDICATO
IGUALANDO-OS AOS PROCESSO DE
INDICAÇÃO DOS PRÓ-REITORES
Os Autores usam dois pesos e
duas medidas: atacam a escolha
dos membros Pró-Reitores pelo
Reitor (como previsto no §6º,
do art. 3º do Regimento da
UFAL), mas não questionam a
representatividade dos membros
da classe docente e/ou de
técnicos quando as respectivas
classes representativas o
indicam. Explicamos: dos 8
(oito) membros da classe de
técnicos, somente 7 (sete deles
são eleitos pelos seus pares.
Do mesmo modo, dos 8 membros
“puramente” docentes, somente
AQUI ARGUMENTA-SE E ATESTA-SE PARA O FATO DE QUE OS REPRESENTANTES
DOCENTES DOS SINDICATOS SÃO LEGALMENTE REPRESENTANTES DA CATEGORIA POR
TEREM PASSADO POR UM PROCESSO DEMOCRÁTICO DE ELEIÇÃO COM A PRERROGATIVA
QUE SENDO ELEITOS DEVEM REPRESENTAR A CATEGORIA NA UFAL. DIFERENTE DOS
PRÓ-REITORES QUE EM NENHUM MOMENTO FORAM ELEITOS
É preciso destacar que os membros dos sindicatos tem a legitimidade de
participarem do CONSUNI: 1º) por serem representantes da categoria através
de processo eleitoral vivenciado pelos membros dos sindicatos; 2ª) Por
serem legitimamente reconhecidos como Representantes pelo Art. 3º § 2º do
Regimento. Apesar dos Pró-Reitores serem docentes em nenhum momento
passaram por um processo eleitoral que lhes garantam o título de
representantes docentes como determina o Art. 8º do Estatuto da UFAL e o
Art. 3º § 2º do Regimento
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sete são escolhidos pelos seus
pares para serem conselheiros.
É que, segundo o §2º, do art.
3º do Regimento da UFAL, o
Sindicato dos Docentes da UFAL,
indica um dos membros docentes
para compor o Conselho
Superior. E, como previsto no
§3º, do art. 3º do Regimento da
UFAL, a classe representativa
de servidores técnico-
administrativos (Sindicato da
classe) também indica 1 (um)
membro pela sua categoria.
Nesses casos, esses dois
membros (representantes dos
diferentes sindicatos) não
teriam sido escolhidos
diretamente por seus pares,
teriam sido escolhidos, apenas,
por indicação de seus
sindicatos.
AQUI A UFAL TENTA CONVENCER QUE
OS PRÓ-REITORES POR SEREM
DOCENTES SÃO REPRESENTANTES
DOCENTES.
Ora, considerando que os
dirigentes dos Sindicatos, como
também os Reitores e Vice-
AQUI A UFAL PARA JUSTIFICAR A PRESENÇA DOS PRÓ-REITOR ATACA A LEGITIMIDADE
DOS REPRESENTANTES DA CATEGORIA VIA SINDICATO IGUALANDO-OS AOS PROCESSO DE
INDICAÇÃO DOS PRÓ-REITORES
OS pró-reitores? Donde vêm? Como surgiram no CONSUNI, se o Estatuto da
UFAL não os previu como integrantes desse espaço? Se não foram Eleitos?
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Reitores, são escolhidos por
eleição e representam o aval
das categorias ou, no caso dos
Reitores, de toda a comunidade
universitária, por que somente
os membros docentes que são
indicados pela Gestão não
seriam legítimos representantes
de suas respectivas classes? Se
há outros “indicados” na
composição do CONSUNI/UFAL, por
que somente aqueles que seriam
escolhidos por serem Pró-
Reitores (em outras palavras,
por ocuparem “cargo de gestão”)
teriam de ser excluídos da
classe docente e vistos com
desconfiança, como se não
fossem legítimos
representantes? Não seria esse
um critério de cunho apenas
político (não-jurídico)?
Como já dito, o Regimento Geral da UFAL, em observância ao § 1.º do art.
8.º do Estatuto, trata de disciplinar o modo de escolha dos representantes
de cada segmento nos §§ 2.º, 3.º e 4.º do art. 3.º:
Art. 3º - Omissis
(...)
§ 2º Os representantes do Corpo Docente serão em número de 2/5 (dois
quintos) do número dos/as Diretores/as de Unidades Acadêmicas, com
seus respectivos suplentes, sendo 01 (um) membro indicado pela
entidade representativa e os demais representantes eleitos por seus
pares em votação direta e secreta, para cumprirem mandato de 02 (dois)
anos, com apenas uma única recondução. (Aqui nesse parágrafo aparece
os pró-reitores enquanto representantes docentes?)
§ 3º A representação do Corpo Técnico-Administrativo com seus
respectivos suplentes será constituída de 01 (um) membro indicado pela
entidade representativa e os demais representantes eleitos por seus
pares em votação direta e secreta, para cumprirem mandato de 02 (dois)
anos, com apenas uma única recondução.
§ 4º Os representantes do Corpo Discente e seus respectivos suplentes,
estudantes regulares da Universidade, serão eleitos por seus pares,
para cumprirem mandato de 01 (um) ano, com apenas uma única
recondução.
Nos dispositivos acima, resta evidente que o Regimento Geral determinou
que o modo de escolha dos representantes de cada categoria é a ELEIÇÃO,
seja pelo voto dos integrantes da direção da entidade representativa, seja
pelo voto dos integrantes da base da categoria. Como não poderia deixar de
ser, a ELEIÇÃO foi o método prestigiado e contemplado pelo Regimento Geral
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como forma de garantir a escolha dos representantes de cada categoria. As
óbvias exceções, previamente estabelecidas pelo Estatuto da UFAL, são os
membros NATOS, ou seja, que naturalmente detêm assento no CONSUNI: reitor,
vice-reitor e diretores de unidades acadêmicas. É preciso destacar que
mesmo no caso dos membros NATOS seus ocupantes SÃO ELEITOS de algum modo!
Ora, os nomes dos candidatos a reitor e a vice-reitor colocados em lista
tríplice encaminhada à Presidência da República são ELEITOS pela
comunidade acadêmica! Os diretores das unidades acadêmicas são ELEITOS
pelos integrantes das 3 (três) categorias da respectiva unidade! Ou seja,
ainda que de modo indireto, os membros natos do CONSUNI somente o são
porque ocupam funções para as quais se submeteram a um processo de
ESCOLHA, pelo VOTO das 3 (três) categorias que compõem organicamente a
comunidade universitária!
AQUI A UFAL ARGUMENTA EM
RELAÇÃO AO QUANTITATIVO DE
CONSELHEIROS E A PARIDADE PARA
JUSTIFICAR A PRESENÇA DE 06
PRÓ-REITORES NO CONSUNI
No entanto, mesmo que sob um
AQUI ARGUMENTA-SE QUE A PRESENÇA DOS PRÓ-REITORES DESEQUILIBRA A
PORCENTAGEM PREVISTA PARA A CATEGORIA DOCENTE NO REGIMENTO DA UFAL.
ATESTA-SE MAIS UMA VEZ QUE O REGIMENTO AO INOVAR EM RELAÇÃO AO ESTATUTO
PROVOCA ANOMALIAS E ILEGALIDADES
A UFAL também argumenta que a presença dos pró-reitores no CONSUNI não
desrespeita o Regimento Geral da universidade, nem desequilibra a
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olhar político, sob o prisma da
representatividade (política),
teríamos: 8 representantes dos
docentes, 8 dos alunos, 8
representantes dos técnicos, 8
representantes da gestão (6
pró-Reitores docentes + Reitor
e Vice-Reitor). A paridade
teria sido, no âmbito da gestão
democrática, na atual
composição também observada! Se
por um absurdo, fossemos
excluir os Pró-Reitores desse
cômputo (-6 membros) geral, a
composição dos membros do
Conselho deveria ser alterada
de modo a excluir,
proporcionalmente, os membros
discentes e técnico-
administrativos, sob pena de
violar-se a proporção de 70%
prevista na LDB. Seriam dois
membros a menos: um membro a
menos em cada classe!
porcentagem prevista para a categoria docente. Ocorre que o § 2.º do art.
3.º, prevê expressamente que os representantes do corpo docente serão em
número de 2/5 (dois quintos) do número de diretores de unidades
acadêmicas. Integram o CONSUNI atualmente 21 (vinte e um) diretores de
unidades acadêmicas, que são representantes NATOS dos professores. Num
simples cálculo aritmético, por arredondamento, conclui-se que os
representantes docentes eleitos devem ser em número de 8 (oito)! Oito
também é o número de conselheiros estudantis e o de conselheiros técnico-
administrativos!
Atualmente, o CONSUNI possui 53 (cinquenta e três) integrantes, todos com
poder de voto, assim discriminados: a) reitor eleito; b) vice-reitor
eleito ; c) 6 (seis) pró-reitores) não eleitos; d) 21 (vinte e um)
diretores de unidades acadêmicas eleitos; e) 8 (oito) conselheiros eleito
pelo corpo docente; f) 8 (oito) conselheiros eleitos pelo corpo técnico-
administrativo; g) 8 (oito) conselheiros eleitos pelo corpo discente.
O Regimento Geral limitou o número de representantes da categoria docente
a 2/5 (dois quintos) do número de unidades acadêmicas, perfazendo 8 (oito)
conselheiros. Ora, se os pró-reitores forem considerados representantes da
categoria docente, serão 6 (seis) representantes a mais, totalizando 14
(catorze) membros de representação docente!
Esse número contraria a fração expressamente determinada pelo Regimento
Geral, que LIMITOU o número de representantes docentes a 2/5 (dois
quintos) do número de unidades acadêmicas.
Se considerado válido o argumento da UFAL de que os pró-reitores seriam,
também, representantes docentes, ter-se-ia um total de 14 (catorze)
conselheiros-professores, o que configuraria 2/3 (dois terços) do número
de 21 (vinte e uma) unidades acadêmicas, contrariando a fração de 2/5
(dois quintos) prevista no § 2.º do art. 3.º do Regimento Geral!
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