como gastar dinheiro - resenhavirtual.com.br · introdução este ebook, é composto pelos melhores...
Post on 03-Dec-2018
217 Views
Preview:
TRANSCRIPT
Como Gastar Dinheiro
C L E I T O N O L I V E I R A
Cleiton OliveiraAutor do livro
www.economizareviver.com
No livro, ensinamos um método; na vida realizamos Sonhos!
i
S E Ç Ã O 1
Sumário
Copyright
Introdução
CAPÍTULO 1 - 46 dicas para evitar desperdício de dinheiro
CAPÍTULO 2 - O que é consumo compartilhado
CAPÍTULO 3 - Como participar do consumo compartilhado
CAPÍTULO 4 - Necessário x Supérfluo
CAPÍTULO 5 - 5 comportamentos que te levam a ficar sem dinheiro antes do fim do mês
2
Copyright
© 2015, Resenha Virtual
Todos os direitos reservados e protegidos pela lei nº 9.610, de 19/02/1998
Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito do editor, pode-rá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: ele-trônico, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros
iii
Introdução
Este ebook, é composto pelos melhores artigos sobre Como Gastar Dinheiro do blog Resenha Virtual - Educação Financeira ao seu Alcance.
iv
C A P Í T U L O 1
46 dicas para evitar desperdício de dinheiro
5
Eu não sei vocês, mas eu nunca me canso de ler sobre dicas financeiras! Pois se tra-tam de algumas atitudes simples e coisas que estão ao nosso alcance e que acabam fazendo toda a diferença em nossa vida financeira.
Veja abaixo 46 dicas que se bem executadas podem poupar um bom dinheiro. Vamos lá?
MODA
1- Antes de ir ao shopping, verifique o que realmente necessita para o guarda-roupa, se possível faça uma lista. Prefira peças clássicas, que não saem de moda, e roupas que combinam entre si ou com quase tudo do armário.
2- Nas liquidações, não compre por impulso, só porque está com desconto. Compre o que realmente precisar.
3- Organize um bazar com seus amigos e conhecidos! Troque roupas, sapatos e acessórios com eles.
4- Em vez de comprar muitas roupas, invista em lenços, echarpes e bijuterias, pois custam menos e transformam o visual na hora. Fique de olho em revistas de moda e descubra novas maneiras de usar suas roupas antigas!
5- Pesquise os preços nos clubes de compra coletiva confiáveis. Os descontos oferecidos costumam compensar muito.
MERCADO
6- Monte um cardápio semanal, assim quando for ao supermercado, compre só os ingredientes necessários. Organize a lista por setor. Quanto menos você andar, melhor.
7- Não vá com fome ao supermercado, sempre coma alguma coisa antes.
8- Confira se o valor registrado no caixa confere com o da gôndola e fique de olho nos folhetos de oferta de supermercado que chegam à sua casa. Podem ser va-liosos.
6
9- Evite o desperdício. Compre frios, frutas (de preferência da época, que são mais baratas) e verduras toda semana. Os preços nas feiras costumam ficar mais baixos no final da manhã. E sempre verifique as datas de validade dos alimentos.
10- Prefira ir ao supermercado sem os filhos ou então estabeleça um limite para o que eles poderão pedir. E não ceda!
11- Procure as embalagens mais econômicas e promoções do tipo “compre du-as embalagens de sabão em pó e ganhe um amaciante”. Mas, antes, calcule o va-lor unitário dos produtos para ter certeza se vale a pena.
BELEZA
12- Produtos para cabelos tingidos fazem a cor durar. Após a tintura, espere 48 horas para lavar os fios.
13- Fuja de cortes de cabelo curtos, que exigem mais idas ao salão. Para a esco-va durar, enrole o cabelo com uma toalha na hora do banho ou use touca de ba-nho.
14- Use luvas para lavar louça e proteger seu esmalte. Se ele lascar, faça reto-ques em casa. Caso seja preciso reavivar a cor na hora, aplique um esmalte extra brilho.
15- Utilize um pincel para aproveitar o fim do batom. Ele quebrou? Aqueça as duas pontas e junte-as, então leve para a geladeira, seu batom ficará como novo!
ECONOMIA X DESPERDÍCIO
16- Tome um banho rápido e feche a torneira ao se ensaboar. Desligue o chu-veiro também enquanto se depila no banho. Faça o mesmo ao escovar os dentes. Torneira aberta, não!
17- Limpe os restos de comida dos pratos com papel toalha, antes de lavá-los.
18- Mantenha a válvula da descarga sempre regulada.
7
19- Lave o carro com balde em vez de usar a mangueira. E, para limpar a cal-çada e o quintal use a vassoura, e não a mangueira.
20- Junte bastante roupa suja antes de ligar a máquina de lavar. Se você lava al-gumas peças no tanque, feche a torneira ao ensaboá-las ou esfregá-las. E aproveite a água do enxágue para lavar o quintal.
21- Use um regador para molhar as plantas. O gasto de água é bem menor do que com a mangueira.
22- Sempre que possível, use a panela de pressão. Se não der, cozinhe com a pa-nela tampada e bem no meio da chama, para que o gasto de gás seja menor.
23- Leve comida de casa para o trabalho sempre que possível (marmita sim!). E faça o almoço numa quantidade suficiente para sobrar para o jantar, assim você só terá que esquentar.
24- Aproveite as sobras de comida no preparo de sopa e bolinhos. Dá para aproveitar as frutas maduras também – elas viram geleias deliciosas e em conta
25- Mantenha as janelas abertas durante o dia para aproveitar a luz do sol. Pin-te as paredes com cores claras, que permitem o uso de lâmpadas de menor potên-cia. Falando em lâmpadas, troque as incandescentes pelas fluorescentes, que gas-tam menos energia
26- Nos meses mais quentes do ano, acostume-se a deixar o chuveiro na posi-ção “verão”. Ou desligue-o.
27- Posicione o refrigerador num local fresco da cozinha e não deixe a porta dele aberta à toa. Também é bom verificar a vedação com frequência. Espere os alimentos quentes esfriarem para colocá-los na geladeira.
28- Ao tirar a roupa do varal, alise tudo para usar menos o ferro. Para passar, espere a roupa acumular.
29- Tire os aparelhos da tomada quando estiverem fora de uso. Eles em stand by (desligado, mas com a luz vermelha acesa) continuam gastando energia. Se não estiver usando, tire da tomada!
8
30- Negocie um desconto nos serviços de TV por assinatura, internet banda lar-ga e telefone fixo. E não assine canais mais caros de filmes da TV paga. Quando quiser, alugue um DVD. Sai bem mais barato.
31- Evite ficar pendurada no telefone. Aproveite o Facebook e WhatsApp para papear.
CARRO
32- Nos trajetos curtos, vá a pé. Com a caminhada, você economiza combustí-vel e ganha saúde.
33- Evite andar muito tempo na primeira ou segunda marcha. Isso aumenta o gasto de combustível. E fique de olho: às vezes compensa mais abastecer o carro com a gasolina, que queima menos e dura mais.
34- Calibrar os pneus semanalmente reduz o consumo de combustível.
Educação Financeira
35- Peça a seus filhos para desligar a TV e o computador quando não estive-rem usando esses aparelhos.
36- Combine com sua família, se não houver ninguém usando o cômodo, apa-gue a luz.
37 -Evite passeios demais no shopping. A tentação de gastar com bobagem é grande. Prefira programas como passeio no parque, contação de histórias em livra-rias ou sessão de DVD em casa.
38- Em vez de comprar lanches na escola, proponha que os filhos levem algo de casa.
39- Ao comprar roupas para as crianças com menos de 10 anos, escolha peças um pouco maiores.
9
CARTÃO DE CRÉDITO
40- Você é uma consumidor compulsivo? Deixe os cartões de crédito em casa.
41- Pague a fatura sempre em dia e evite juros de atrasos. Se não conseguir qui-tar o valor, negocie com o banco um empréstimo. Pague a fatura e passe a dever em outra modalidade, que cobrará juros menores.
42- Opte por cartões que não cobram anuidade. Se não for possível, quando es-tiver perto da data de renovação, negocie um desconto na anuidade. E use os bene-fícios concedidos pelas administradoras, como descontos em passagens aéreas.
CELULAR
43- Informe-se sobre os planos das operadoras de celular. Se você usa pouco o aparelho, opte por um plano pré-pago. Se seu plano é limitado, evite conversas lon-gas.
44- Opte pela operadora de seus amigos e familiares. Dessa forma, você apro-veita as promoções para pagar menos na hora de ligar para quem você fala mais vezes ao longo da semana.
45- Adote os aplicativos Skype, Viber e Voxer para falar de graça e evite ligar de celular para números fixos. Quando quiser dar só um recadinho, mande um SMS em vez de ligar. Segure a ansiedade!
46- Cuidado ao acessar a internet pelo celular: atualizações de programas fa-zem conexões automáticas e consomem o plano de dados, deixe para baixar as atu-alizações quando estiver conectado por WI-FI.
Com algumas atitudes simples, com certo esforço e mudança nos hábitos famili-ares é possível fazer uma grande economia.
10
C A P Í T U L O 2
O que é consumo compartilhado
11
12
Há algum tempo estamos vivenciando a escassez de água em algumas cidades no Brasil e isto nos deixa cara a cara com a questão da finitude dos recursos natu-rais.
Quando se fala em economia não se trata apenas de recursos financeiros, mas este conceito se aplica à administração dos recursos naturais (que não podem ser fabricados), uma vez que estão começando a faltar.
O Consumo compartilhado também conhecido como Consumo colaborativo é uma nova prática comercial que proporciona o acesso a bens e/ou serviços sem que haja a aquisição de um novo produto através de troca monetária entre as par-tes. Compartilhar, emprestar, alugar e trocar substituem o verbo comprar no con-sumo compartilhado.
A ideia existente por trás do consumo compartilha é uma nova tendência do sé-culo XXI: decorrentes do surgimento da internet e do crescimento das redes soci-ais.
Nunca houve tamanha necessidade de preocupação com o meio ambiente e va-lorização de hábitos mais sustentáveis devido às recentes crises econômicas de im-pacto global.
Com o desenvolvimento de novas tecnologias, a noção de posse perde sentido diante da conveniência do acesso. Nosso ambiente está em mudança frequente! Então, as informações e os produtos se tornam antiquados/inúteis muito rápido. A antiga idéia de possuir algo não se mostra mais tão vantajosa.
OBTER O QUE DESEJA
Ter acesso ao que se deseja apenas durante o tempo que for necessário é uma atitude mais dinâmica do que estabelecer compromissos e arcar com as responsabi-lidades a longo prazo que a posse acarreta. Esse tipo de consumo baseado no com-partilhamento agrega valor à experiência em detrimento apenas do ter.
No consumo compartilhado o intuito é a busca de experiências e não somente objetos de compra, os consumidores estão mais voltados à satisfação de sua necessi-
13
dade e ao real objetivo que uma troca comercial possui. E não como a compra como algo que possui bem estar, como a mídia nos apresenta: “Você deve com-prar pra ser feliz! Não importa se você usa determinado produto ou não!”
No consumo compartilhado, a estrutura de oferta e demanda não é rígida e li-mitada como na compra tradicional: não há moeda fixa, nem posse única ou total de um objeto. A prática comercial no consumo colaborativo/compartilhado é uma interação entre partes interessadas em ter acesso ao que o outro oferece.
Toda esta configuração se mostra compatível com as relações que estabelece-mos na internet, em uma comunicação que não é mais frontal, mas na qual ocorre produção de conteúdo de ambos os lados. Não há mais separação entre vendedor e comprador, mas sim uma relação mútua entre partes.
SUSTENTABILIDADE
Outra tendência atual é a preocupação com o meio ambiente e a preferência por atitudes mais sustentáveis, que atendam às necessidades dos consumidores sem causar tanto impacto na natureza.
Por meio do consumo colaborativo, tem-se acesso a uma maior gama de produ-tos sem que haja necessidade de aumentar a produção dos mesmos; eles são com-partilhados, reutilizados, pertencem a uma coletividade e não apenas a um indiví-duo.
A princípio, pode parecer que o consumo compartilhado acarreta uma desvalo-rização do dinheiro, mas isso não é necessariamente verdade.
O aluguel de diferentes tipos de bens e serviços já constitui-se em oportunida-des de negócios milionárias, principalmente no mercado norte-americano.
14
BENEFÍCIOS PROPORCIONADOS
O consumo compartilhado não traz apenas ganhos à economia, mas acaba sen-do responsável por mudanças na condução dos negócios e posicionamento das em-presas.
Neste novo contexto, o marketing não está mais focado no produto, mas no que ele representa para o consumidor e em quais experiências ele pode proporcio-nar.
Quero indicar a vocês que assistam o vídeo Story of Stuff, tem no Youtube e está legendado em português, a guru ambiental Annie Leonard explica como fun-ciona o sistema linear do capitalismo, e como isso prejudica o planeta. Interessan-tíssimo!
C A P Í T U L O 3
Como participar do consumo compartilhado
15
16
Em artigo anterior, conversamos um pouco sobre o consumo colaborativo, tam-bém conhecido como consumo compartilhado.
Essa modalidade cuja a proposta é de trocar, emprestar e comprar objetos usa-dos, em vez de adquirir produtos novos sem necessidade.
Por exemplo: sabe aquele game que você não joga mais? Ao emprestá-lo a um amigo, ele não precisa comprar um novo, diminuindo o desperdício e conservando a energia e a matéria-prima que seriam usados em sua fabricação.
Esse tipo de troca, claro, já existia havia muito tempo. Mas agora ganhou força com o crescimento da internet e da preocupação ambiental.
Nos EUA, houve ainda outro fator: a crise econômica de 2008. Foi aí que sur-giu a ideia é que as pessoas não precisam ter a posse dos objetos, mas apenas o acesso a eles.
Por exemplo: “você não precisa comprar uma furadeira se só vai usá-la poucas vezes”, diz Guilherme Brammer, fundador do DescolAí, site brasileiro de consu-mo colaborativo lançado em 2012.
Em grande parte dos sites você vende os seus objetos/serviços, o que pode ser uma excelente ideia para ganhar algum dinheiro extra e além de eliminar alguns objetos que você não usa e estão tomando espaço em sua casa.
SITES PARA VOCÊ ENTRAR NA ONDA E TROCAR SEUS BENS:
CARROS
Zazcar (São Paulo) É a primeira empresa de carsharing (ou compartilhamento de carros) da América Latina e a única no Brasil!
17
QUALQUER COISA
Os sites abaixo são de compra e venda de novos e usados. São os mais popula-res e conhecidos, atualmente.OLXBom Negócio Mercado Livre Permuta Livre
Toma Lá Dá CáCheio de fotos, dá pra conferir muitos detalhes dos produtos oferecidos. O site tem artigos eletrônicos, instrumentos musicais e até brinquedos.
Trocas 1000 Quem não quer trocar, pode comprar ou vender tem espaço para todo tipo de transação.
BIKES
Bike SampaBike Sampa É um projeto de sustentabilidade da Prefeitura do São Paulo executa-do através de Termo de Concessão de Uso da Serttel em parceria com o banco Itaú e as empresas Serttel/Samba.
As Bicicletas do Bike Sampa estão disponíveis em Estações distribuídas em pon-tos estratégicos da cidade, caracterizando-se com uma solução de meio de trans-porte de pequeno percurso para facilitar o deslocamento das pessoas nos centros urbanos.
MODA
Bazar de Trocas da Estilo A revista ESTILO tem um grupo de troca bem legal no Facebook. Por lá, as meni-nas trocam roupas, sapatos e acessórios. Como o grupo tem mais de 19 mil partici-pantes, é possível encontrar peças para todos os tamanhos e gostos.
18
Taí uma boa forma de renovar o guarda-roupa sem gastar dinheiro! Você preci-sa pedir autorização pra fazer parte da página e aguardar aprovação. Depois da troca, há espaço para deixar um recadinho com boas (ou más) recomendações no mural do grupo.
LIVROS, DVDS E GAMES
Bookmooch BookMooch é uma comunidade para a troca de livros usados. E permite que você disponibilize os livros que já não necessita mais em troca de livros que você real-mente precisa.
OBJETOS E EQUIPAMENTOS
Descolaí O DescolaAí é um serviço online de troca e venda de produtos e serviços entre amigos, familiares e comunidades. Nele você pode colocar a disposição, seus produtos e serviços que poderão ser tro-cados ou vendidos dentro da comunidade DescolaAí.
Desta forma você ganha dinheiro e ainda ajuda o planeta evitando que outros produtos sejam produzidos com extração de novos recursos naturais.
EM GRUPO OU MANO A MANO?
Conheça os dois tipos de site de consumo colaborativo
1° Tudo é compartilhado Uma empresa é dona dos produtos compartilhados, como carros e bikes, que fi-cam em pontos de distribuição. O usuário agenda pelo site o que quer e onde vai buscar.
19
2º De mão em mão Toda troca ou venda é feita entre os membros. Cada um lista o que tem para ofere-cer e procura lá o que precisa. A troca é feita pessoalmente ou por correio.
DICAS■ A regra de ouro é perguntar! Será que aquela roupa tem algum defeito? Ou o li-vro está com alguma página rasgada? Isso evita surpresas desagradáveis.
■ Lembre-se de guardar no seu computador todas as conversas sobre a negocia-ção (assim você tem como provar tudo o que foi combinado em caso de desenten-dimento).
■ Também faça a sua parte e siga o combinado: coloque o produto no correio na data certa e veja se ele está bem embalado.
■ Pesquise referências sobre a pessoa com quem está negociando. Uma dica é perguntar a outros usuários que já trocaram com ela se o negócio funcionou bem.
Então, desapega! Compartilhe, troque ou venda! Todos colaborando para um planeta mais sustentável, onde o que importa são as pessoas e não os objetos e coi-sas!
C A P Í T U L O 4
Necessário x Supérfluo
20
21
Você sabe determinar o que é supérfluo e o que é necessário? Todos os consul-tores financeiros começam por incentivar o uso da Planilha de Orçamento Men-sal.
Então, na planilha você precisa classificar os gastos por categorias. Ok, e depois você é orientado a cortar os supérfluos e gastos desnecessários, mas como determi-nar o é necessário e o que não é?
Você pode pensar: “Mas isso é uma questão particular! Afinal, o que é necessi-dade para mim, pode não ser para os outros!” Concordo, mas aqui vamos estabele-cer um parâmetro. Comecemos com a definição de cada termo:
Supérfluo: Que é demais, desnecessário, inútil, sobejo.
Necessário: Que é de necessidade, que não pode deixar de ser ou de se fazer, que é preciso, de que não se pode abdicar. Essencial, imprescindível. Agora chega-mos ao ponto! O que é essencial pra você? O que é que você utiliza e precisa?
Você já parou para analisar os armários e gavetas da sua casa? Você percebeu quantas roupas estão muito bem guardadas (escondidas/esquecidas) e que há tem-pos você não usa? Quanta coisa comprou por impulso e que agora está só ocupan-do espaço em seu armário?
Isso mesmo! Todos nós acumulamos coisas sem a menor necessidade ou sem termos noção de que fazemos isso. Por que será que gostamos tanto de acumular objetos e bugigangas? Será que é apego? Ou desleixo? Mas o supérfluo incomoda-rá em algum momento.
Uma das propostas deste blog é propor reflexão para que haja mudança!
CAUSAS DO ENDIVIDAMENTO
Será que o endividamento é culpa das compras supérfluas? Será que o que cau-sa dívida é o necessário depois gastamos o salário no que é supérfluo? Nunca deve-mos esquecer que a felicidade e a paz não dependem da quantidade de coisas que acumulamos!
22
É importante a reflexão para que nós prestemos atenção em nossas “necessida-des artificiais”. Creio que o conhecimento de nossas necessidades reais vai mostrar o limite entre o necessário e o uso consciente de nosso dinheiro. A cada dia, a mí-dia cria necessidades, mas cabe a cada um a decisão de compra.
É certo que, o que é necessidade varia de pessoa para pessoa, assim como o conceito de sucesso e riqueza. Mas faça uma autoavaliação, dentro da sua realida-de, para que, a partir da identificação dos seus supérfluos, você tenha o poder de escolha de cortá-los ou não! Afinal, a melhora na vida financeira e na sua qualida-de de vida depende de você.
Mas isso não é só com relação ao dinheiro!Quantas vezes perdemos nosso tem-po e energia em conversas supérfluas (vazias), e-mails supérfluos, relacionamentos supérfluos e assim vai… Preste atenção e analise com cuidado e atenção seus hábi-tos e comportamentos.
“A dificuldade lhe ensina diferenciar o necessário do supérfluo praticando e au-tomaticamente administrar o seu dinheiro.”
Henrique R. de Oliveira
O DINHEIRO TRABALHANDO PARA VOCÊ
Se você cortar o supérfluo agora, sobra dinheiro para quitar as dívidas. Qui-tou? Agora você pode montar o seu fundo de emergência. Montou? Agora é hora de investir!
Colocando o dinheiro para trabalhar para você, o sua renda aumenta e pense que até o que é supérfluo futuramente pode entrar no seu orçamento familiar.
C A P Í T U L O 5
5 comportamentos que te levam a ficar sem
dinheiro antes do fim do mês
23
24
Com a chegada do fim do mês, começam as mensagem de lamentação que muitos enviam sobre mês longo e dinheiro curto. As pessoas brincam muito com a questão de que o salário dura uma semana ou às vezes até menos!
Por trás do bom humor, podemos observar que isso demonstra um grave pro-blema financeiro.
O princípio que rege a educação financeira é que as pessoas precisam respeitar os limites de renda. O que nos leva a boa e velha fórmula… Gastar menos do que se ganha! Sem esquecer que investir com inteligência no longo prazo faz diferença também.
O salário cai na conta corrente e rapidamente acaba… Há padrões nos com-portamentos que se repetem e na maioria das vezes não são percebidos por quem está envolvido na situação. Vamos aos 5 comportamentos que te levam a ficar sem dinheiro antes do fim do mês e o que fazer para mudar isso:
1° COMPRAS POR IMPULSO (CONSUMISMO)
Em muitos momentos, é possível perceber que as pessoas tomam decisões de consumo ruins quando estão fortemente influenciadas por suas emoções.
Por exemplo, quando gastamos o que temos e o que não temos quando há um filho a caminho, quando decidimos, de repente, comprar um presente para quem amamos ou na hora de preparar a melhor festa possível.
Observando essas decisões, com aspectos puramente emocionais, as despesas que costumam ser altas e até por isso são, quase sempre, parceladas e passam a fa-zer parte dos gastos “fixos” das pessoas por um longo tempo. Outro exemplo de decisão de consumo guiada pela emoção é a troca de carro, pois o brasileiro vê no carros um bem que sinaliza status.
O que fazer: Para quem percebe que é muito propenso a tomar decisões inespe-radas e com forte apelo emocional é necessário dedicar mais tempo para planejar melhor o que irá fazer com o dinheiro dentro do mês.
25
É fundamental criar uma estratégia para formação de poupança (reserva para emergências) e também para investir. A melhor alternativa é sempre separar um percentual do salário para esse fim e não esperar o final do mês para ver o que so-brou. Separe esse percentual antes de tudo, depois pague suas contas. Você vai se surpreender como dá para fazer e não vai faltar dinheiro para quitar as contas.
2° GASTOS FANTASMAS (DESCONHECIDOS E DESNECESSÁRI-OS)
Ao olhar a planilha de controle de gastos, é muito fácil encontrar valores consi-deráveis classificados como “Outras despesas”, “Gastos Diversos” ou simplesmen-te “Outros”.
Como não está encaixado em nenhuma categoria relevante ocorre que não seja possível detectar para onde o dinheiro está indo de fato. Na maioria das vezes, é possível perceber que o fato de não estar categorizado mostra que tratam-se de despesas muitas vezes desnecessárias e que não estavam previstas dentro do orça-mento. Besteira, mesmo!
O que fazer: É imprescindível acompanhar o orçamento doméstico de perto e tratar de fazer da forma mais detalhada possível, pois somente assim é possível defi-nir o real padrão de vida e ajustar gastos para as diferentes despesas que fazem par-te do seu cotidiano. Aqui no Resenha Virtual, temos um modelo de planilha sim-ples e eficiente disponível para download.
3º EXIBIR UM PADRÃO DE VIDA QUE NÃO É SEU
Muitas pessoas decidem se uma pessoa é bem-sucedida ou não ao avaliar qual carro a pessoa está dirigindo. Muita gente decide trocar de carro, buscando um modelo mais luxuoso, simplesmente porque não aguenta ver os amigos de traba-lho com carros novos e “melhores” que o seu.
Para não ficar “por baixo”, há quem se viu “obrigado” a comprar um novo car-ro, afinal o velho sinalizava fracasso! Pode isso? Então, para poder bancar e desfi-
26
lar sua ostentação e “sucesso”, muita gente opta por financiar o carro com parce-las a perder de vista. Muitas parcelas, somadas aos outros gastos que o carro traz, acabam arruinando as finanças e muitas vezes, a família também.
O exemplo do carro pode ser substituído por imóveis, viagens sem planejamen-to para locais que são mais caros porque estão na moda e assim vai. Fique ligado!
O que fazer: Deixe os outros para lá! Viva a sua vida priorizando suas necessi-dades e de sua família. Parece fácil, mas não é bem assim. Comece definindo as su-as prioridades familiares e a partir delas estruture seu padrão de vida e orçamento doméstico.
4º NÃO TER UM OBJETIVO DE VIDA
A ambição é fundamental. Como assim? Algumas pessoas consideram a ambi-ção como algo ruim, mas pensam assim porque quase sempre a confundem com ganância. Mas uma dose certa de ambição é essencial para quem busca sucesso em qualquer área da vida, e nas finanças não poderia ser diferente.
Uma característica tem se sobressaído em pessoas com problemas de ordem fi-nanceira: a maioria não sabe o que quer da vida; são pessoas que se preocupam apenas com o hoje e não tem prioridades, então acabam abrindo mão de planejar o futuro. O que não é bom, uma vez que a expectativa de vida dos brasileiros só faz aumentar, em média 73 anos.
O que fazer: Ao viver mais, é importantíssimo levar em conta, a necessidade de programar a aposentadoria e a formação de poupança, aceitando de uma vez por todas que um dia a Previdência Social não terá condições financeiras para arcar com as aposentadorias e benefícios das pessoas. Ou seja, tenha um Plano B para o seu futuro e comece a investir nele agora mesmo!
27
5º NÃO DETERMINAR VALORES PARA COMPRAS E LAZER NO ORÇAMENTO FAMILIAR
É curioso, mas no Brasil há um fenômeno muito interessante que vem ocorren-do em muitas famílias. As pessoas ficam um longo período sem gastar com lazer e compras de uma maneira geral e acabam, em uma única oportunidade, gastando muito e estourando todo o orçamento para os meses (e anos) futuros. (Famílias que só fazem compras no Natal, por exemplo).
Aqui há dois enfoques: o primeiro é o represamento do consumo. Hoje, nos co-merciais e na mídia há um assédio enorme e constante para aproveitar ofertas mi-rabolantes de tudo, desde roupas, sapatos, viagens e até comida congelada.
Para quem não separa um valor mensal para esse tipo de gasto, a pessoa se tor-na muito mais vulnerável a ceder ao consumo e normalmente quando o faz costu-ma “chutar o balde”.
O segundo enfoque é que a maior parte dos gastos para despesas deste tipo são pagos com cartão de crédito. Os valores altos feitos sem planejamento logo che-gam em forma de fatura, que algumas pessoas decidem pagar o mínimo, o que pode acarretar a incidência de juros superiores a 200% ao ano, então daí a bola de neve começa a rolar e para muita gente é o começo de muitos problemas.
O que fazer: A melhor alternativa é destinar valores dentro da realidade para as despesas com lazer e compras dentro do orçamento mensal. Dessa forma, as tentações de consumo serão dissipadas por meio do bom planejamento.
Além disso, se você não é bom no controle financeiro familiar, evite concentrar muitas compras no cartão de crédito. Espere um pouco e compre à vista. Se você acostumar a separar uma verba para estes gastos mais supérfluos (que a gente ado-ra!) você não terá raiva da planilha de orçamento. Mas não vale extrapolar o orça-mento!
28
CONCLUSÃO
Todos nós estamos sob a lei da semeadura: o que se planta é o que será colhi-do. A vida é feita escolhas.
Algumas pessoas decidem tomar decisões baseando-se em estudo e planejamen-to, outras acabam se deixando levar por opiniões pouco confiáveis ou por impul-sos momentâneos.
O tempo passa e passa muito rápido. Em relação às finanças, sempre há tempo de fazer diferente e melhorar a gestão pessoal.
Para mudar: Tome decisões inteligentes que sejam baseadas em prioridades, ne-cessidades, diálogo familiar e sem deixar de lado o planejamento.
Lição de casa: Não se conforme com o discurso de que é normal o dinheiro acabar no início ou meio do mês.
Até o próximo artigo!
C A P Í T U L O 6
Sobre o AutorCleiton Oliveira
Life Coach e Analista DISC (Análise de Perfil Comportamental) pela SLAC - Sociedade Latino americana de Coach. Planejador Financeiro Pessoal e Familiar. Graduado em Ciências da Computação pela Universidade Nove de Julho e certifi-cado CEA - ANBIMA (Especialista em Investimentos)
Co-fundador da empresa InvestMobile empresa que presta consultoria financei-ra pessoal e familiar, com o objetivo de que as pessoas e famílias possam conquis-tar seus sonhos de forma organizada e autor do blog “Resenha Virtual - Educação Financeira ao seu alcance!!!“ que aborda sobre resenhas de livros e artigos referen-te a planejamento e educação financeira.
"No livro, ensinamos um método; na vida realizamos Sonhos"
29
CURSO GRATUITO
TRANSFORME SUA VIDA FINANCEIRA EM APENAS 06 PASSOS
30
top related