césio 137 - o pesadelo de goiânia

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"Césio 137 - O Pesadelo de

Goiânia"

Césio 137- O Brilho da Morte Esse nome vem do Latim Caesium, que significa - Céu azul. O nuclídeo normal do Césio seria o Césio - 133, e os demais 15

conhecidos até agora incluindo o Césio - 137, são altamente radioativos. É produzido unicamente por reações nucleares Facilmente observável por meio de detectores de radiação. Cor: prateado ouro Isotópos radioativos de césio são usados no campo médico para tratar

de certos tipos de câncer. Foi comprovado tecnicamente que a cápsula de Césio 137 aberta no

acidente de Goiânia continha Cloreto de Césio (CsCI)- sal obtido do radioisótopo 137 do elemento químico césio

Como ocorreu esse acidente? A cápsula de césio-137 fazia parte de um equipamento hospitalar

utilizado para radioterapia que utiliza o césio para irradiação de tumores, ou materiais sanguíneos (sangue e plasma sanguíneo). O irradiador havia sido desativado há dois anos (1985) e se encontrava abandonado numa edificação pertencente ao Instituto Goiano de Radioterapia. Dois catadores de sucata chamados Roberto e Wagner invadiram o prédio abandonado e observaram um volume muito pesado, constatando ser um bloco de chumbo, venderam para um ferro-velho.

Ao desmontar o equipamento para o reaproveitamento do chumbo, o dono do ferro-velho expôs ao ambiente 19,26 g de cloreto de Césio-137 (CsCl), um sal muito parecido com o sal de cozinha (NaCl), mas que emite um brilho azulado quando em local desprovido de luz. Vendo a bela emissão do sal, o proprietário do ferro-velho o distribuiu para seus parentes, vizinhos e amigos. Pelo fato de esse sal absorver a umidade do ar, ele facilmente adere à roupa, pele e utensílios, podendo contaminar os alimentos e o organismo internamente.

A contaminação

A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) mandou examinar toda a população da região. No total 112 800 pessoas foram expostas aos efeitos do césio, muitas com contaminação corporal externa revertida a tempo.

Muitas casas foram esvaziadas, e limpadores a vácuo foram usados para remover a poeira antes das superfícies serem examinadas para detecção de radioatividade. Para uma melhor identificação, foi usada uma mistura de ácido e tintas azuis. Telhados foram limpos a vácuo, mas duas casas tiveram seus telhados removidos. Objetos como brinquedos, fotografias e utensílios domésticos foram considerados material de rejeito. O que foi recolhido com a limpeza foi transferido para o Parque Estadual Telma Ortegal.

Após vinte anos do desastre radioativo, as várias pessoas contaminadas pela radioatividade reclamam por não estarem recebendo os medicamentos, que, segundo leis instituídas, deveriam ser distribuídos pelo governo. E muitas pessoas contaminadas ainda vivem nas redondezas da região do acidente; essas pessoas não oferecem, contudo, mais nenhum risco de contaminação à população.

Como foi a descontaminação dos ambientes?

Diariamente, eram efetuadas medidas de descontaminação na área crítica. Um filtro de ar funcionava ininterruptamente para que se soubesse o grau de contaminação do ar. Diante de qualquer alteração, a equipe da Proteção Radiológica fazia descontaminação com material abrasivo.

A limpeza produziu 13,4 toneladas de lixo atômico, que necessitou ser acondicionado em 14 contêineres fechados hermeticamente. Dentro destes estão 1.200 caixas, e 2.900 tambores, que permanecerão perigosos para o meio ambiente por 180 anos. Para armazenar esse lixo atômico, e atendendo as recomendações do IBAMA e do CNEN, o Parque Estadual Telma Ortegal foi criado em Goiânia, hoje pertencente ao município de Abadia de Goiás.

Qual foi a conduta médica?

Horas após a exposição do material radioativo

Profissionais de saúde

Suspeita de Maria Gabriela

Retrato da tragédia – maior dose de radiação do acidente

Conseqüências

Valores reduzidos dos imóveis

Descriminação da população

Fechamento e mudança de lojas

Métodos de controle usados para exposição de raios x

Para prevenir que pessoas se exponham a radiação, a Portaria SVS - 453 de 1 de julho de 1998, publicada pela Secretaria de Vigilância Sanitária junto com o Ministério da Saúde, em seu item 4.3.d. obriga que as instituições que trabalham com radiação ionizante coloquem uma sinalização luminosa vermelha acima da face externa da porta de acesso, acompanhada do seguinte aviso de advertência: "Quando a luz vermelha estiver acesa a entrada é proibida".

A sinalização luminosa deve ser acionada durante os procedimentos radiológicos indicando que o gerador está ligado e que pode haver exposição. Alternativamente, pode ser adotado um acionamento automático da sinalização luminosa, diretamente conectado ao mecanismo de disparo de raio - x.

Ruínas da antiga clínica de Radioterapia em Goiânia de onde a fonte de Césio foi tirada

Monitoramento de radiação na população no Estádio Olímpico

Detectores para monitoramento de radiação foram montados em um carro

Preparação para a demolição das casas em que continha Césio

Muro demolido teve uma dose de radiação de 0,5 Sv.h-1

Monitoramento dos telhados das casas em que continha Césio

Limpeza e monitoramento de radiação de casas na rua 6

Remoção de itens contaminadosDescontaminação de veículo. Foram achados 50 contaminados

Entulho contaminado da demolição de uma casa na rua 57

8 tambores para colocação de solo contaminado e monitoramento à procura de contaminação

Uma das caixas de armazenagem especial

A maioria do trabalho de descontaminação foi feita durante chuva forte

Contâiners estocados para serem levados para um local temporário

Caixas e tambores já sendo estocados em local temporário

Caixas e tambores cobertos com concreto

Contâiners estocados em local temporário

Lesão induzida por radiação 25 dias após o acidente

Bolha na região palmar com descamação e totalmente estourada se estendendo para os espaços entre os dedos

Queimadura superficial causada pela radiação

Queimadura parcial da palma da mão

Cadeira improvisada para monitoramento de radiação

Ferida na perna direita, fechada por 23 vezes com enxertos de pele e reaberta em razão da severidade da radiação

Dados sobre o Acidente Maior acidente radioativo em área urbana do mundo.

Oficialmente, o acidente com o césio deixou 675 pessoas contaminadas e quatro vítimas fatais. Mas nos últimos 20 anos, 59 pessoas morreram por causa de doenças desenvolvidas a partir da contaminação. Até hoje, existem mais de 170 pedidos de indenização na Justiça e muitas pessoas ainda sofrem com doenças geradas pelo contato com o material.

O material radioativo contido na cápsula totalizava 0,093 kg e a sua radioatividade era, à época do acidente, de 50,9 Terabecquerels(TBq) ou 1375 Currie.

De acordo com a ciência, o tempo médio de latência para o surgimento de casos de câncer num acidente dessa proporção é de 15 anos, podendo haver crescimento progressivo da taxa de incidência de câncer.

O acidente foi descrito em vários documentários internacionais, além de filmes, programas de televisão, canções e livros.

Odesson, Luiza Odet e Ernesto Fabiano

Lesões

Wagner Motta Pereira: que removeu a peça contendo a cápsula de Césio teve uma lesão no pé esquerdo. Ernesto Fabiano: que guardou um grão do produto no bolso luta contra a ferida na direita. Ao todo, 28 pessoas desenvolveram a síndrome cutânea da radiação, com lesões denominadas de radiodermites. No ano da tragédia com o Césio 137, 14 vítimas em estado grave foram levadas para o hospital, com Síndrome Aguda da Radiação, 4 morreram.Essas são as únicas mortes reconhecidas oficialmente como resultado do contato direito com o Césio. As outras vítimas passaram a lutar contra os ferimentos.

Vítimas

Vítimas Curativos Em 13 de setembro de 1987, Wagner e Roberto

dos Santos Alves transportaram a peça com o césio 137 e passaram a manusear a cápsula, após abrirem o equipamento.

O césio entrou em contato com o pé esquerdo e com as duas mãos de Wagner. Já o companheiro de Wagner no recolhimento da peça, amputou o braço direito, abaixo do cotovelo.

Roberto dos Santos Alves teve de amputar o braço

Grupo 3 será monitorado Foram realizados estudos preliminares a partir dos dados das pessoas

cadastradas pela Superintendência Leide, como vítimas dos grupos 1 e 2, que sofreram maior índice de radiação”. A ampliação do estudo epidemiológico vai possibilitar o acompanhamento de 578 pessoas incluídas no grupo 3, que tiveram contato direto e indireto com a cápsula de césio e que sofreram menor índice de exposição.

Esse grupo, composto em sua maioria por servidores da Superintendência de Vigilância Sanitária e Ambiental da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, do extinto Consórcio Rodoviário Intermunicipal S.A. (Crisa) e da própria Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), reivindica, desde o acidente, o acompanhamento médico contínuo.

Em setembro de 1987, dias depois de os sintomas iniciais da radiação terem se manifestado entre as primeiras vítimas, a cápsula do césio 137 foi levada para a Vigilância Sanitária, prédio que hoje abriga a Suleide (Superintendência Leide das Neves Ferreira). O material radioativo permaneceu dois dias no órgão e foi carregado e observado por dezenas de servidores.

Leide Ferreira, 6 anos, segunda vítima fatal do césio 137

Filme lançado sobre o acidente: “Césio 137, O Brilho da Morte”

Cápsula do Césio 137 foi levada para a Vigilância Sanitária

Bibliografia

Disponível em: http://www.mail-archive.com/ufoburn@yahoogrupos.com.br/

msg03853.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_radioativo_de_Goiania

http://pt.shvoong.com/humanities/405045-cesio-137/

http://jornalportaldomaranhao.spaceblog.com.br/50154/Acidente-com-cesio-137-completa-20-anos/

http://www.lostbrasil.com/viewtopic.php?p=356808&sid=d97c56cd881e783b67fe756dcdf0d4c3

FIM!

*ALESSANDRO*ANA CAMILA *BÁRBARA *FABIANA *MAIHLA *MIRELE *NÁDIA

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