cerca de 30% da população brasileira adulta é viciada em nicotina. além de prejudicar o...
Post on 17-Apr-2015
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Cerca de 30% da população brasileira adulta é viciada
em nicotina. Além de prejudicar o orçamento
doméstico, o consumo de tabaco leva ao surgimento
de vários males e, conseqüentemente, à
diminuição da expectativa de vida da população.
Nicotina, uma substância química capaz de nos fazer encher o pulmão de fumaça, botando a
nossa própria vida em risco, conscientemente.
• A nicotina é um composto orgânico, e é o principal alcalóide do tabaco. (Alcalóides são compostos orgânicos
nitrogenados provindo de plantas, que tem
efeitos fisiológicos nos seres humanos).
• A nicotina está
presente em toda a
planta do tabaco, mas
principalmente nas
folhas, correspondendo a
5% em peso da planta.
•A fórmula molecular,
C10H14N2, foi
estabelecida em 1843, e
a primeira síntese em
laboratório foi publicada
em 1904.
•É um líquido incolor e
inodoro, oleoso;
quando exposto ao ar
ou à luz, adquire uma
coloração marrom e um
odor característico do
tabaco.
• A nicotina age de duas maneiras
distintas: tem um efeito estimulante e,
após algumas tragadas profundas, tem efeito
tranqüilizante, bloqueando o stress.
• Em doses excessivas, é extremamente
tóxica: provoca náusea, dor de cabeça,
vômitos, convulsão, paralisia e até a morte. A dose letal (LD50) é de
apenas 50 mg/kg.
• Dados estatísticos indicam que há uma clara
correlação entre o número de cigarros
fumados diariamente e o risco de morte por câncer
no pulmão e doenças cardiovasculares.
• Em baixas concentrações, a nicotina ativa o
receptor, que causa a liberação do
neurotransmissor glutamato, que é um
transmissor excitatório muito importante no
SNC.
• Pequenas doses de nicotina agem nos gânglios do sistema
nervoso autônomo, inicialmente como estímulo a
neurotransmissão e, subseqüentemente, como
depressor.
• O uso de altas doses de nicotina tem rápido efeito
estimulante seguido de efeito depressor duradouro.
• Os cientistas não encontraram nenhum
indício de que os cigarros com baixos teores de alcatrão e nicotina diminuam o
risco de doença cardíaca coronariana.
• Muitos fumantes que mudam para
cigarros com baixos teores de alcatrão e nicotina acabam por fumar mais e tragar
mais fundo para compensar o menor
teor de nicotina.
• Os fumantes não são os únicos afetados pela fumaça do cigarro. A
fumaça do cigarro no meio ambiente (FCM), também chamada de fumo passivo
ou fumo de segunda mão, é um perigo sério para o não fumante, principalmente
para as crianças.
• Os estudos mostram que o risco de morte por doença cardíaca é
aproximadamente 30% maior em pessoas expostas à fumaça do cigarro
no meio ambiente e em casa.
• Os filhos de fumantes apresentam muito mais casos de infecção do que
crianças de não-fumantes.
• Mulheres não-fumantes expostas à fumaça de cigarro também têm mais chances de dar a luz à bebês de baixo peso.
• A fumaça do cigarro contém várias substâncias
carcinogênicas, como a nornicotina, monóxido de
carbono, acroleína, benzeno, tolueno, cresol, fenol, cloreto de
vinila, benzoantraceno, benzopireno, etc. Essas
substâncias foram detectadas no tabaco através de análises químicas conduzidas pelos pesquisadores Hoffmann e Brunnemann, em 1976/77.
• Algumas
companhias tabagistas
já foram acusadas de
adicionarem amônia
aos cigarros, numa
tentativa de aumentar
a liberação de nicotina.
• Este processo é
conhecido como
"free-basing", que é
semelhante ao
processo utilizado
para aumentar os
efeitos da cocaína.
• Parar de fumar é fácil - o difícil é permanecer
parado... a nicotina vicia não pelo prazer que
proporciona, mas sim pelo desprazer
provocado pela sua ausência, em um
dependente.
• Pesquisadores da Universidade da Califórnia,
liderados por Brenda Eskenazi, estudando a capacidade de
fecundação de 1.341 mulheres jovens, verificaram que elas
têm uma taxa de fertilidade 50 por cento menor que a taxa de fertilidade das não-fumantes.
• Mesmo consumindo menos de 10 cigarros por dia, a capacidade
de engravidar é menor do que o normal, segundo artigo
publicado na revista Epidemiology, em
março de 95.
• Nessa situação, elas passam para o feto basicamente duas
substâncias: o monóxido de carbono e a nicotina,
responsáveis por quase todas as anomalias que
ocorrem no desenvolvimento do feto.
• Quando os teores de
arboxiemoglobina
atinge nove por cento,
verifica-se acentuada
queda no fornecimento
de oxigênio para o feto.
• Este alcalóide, reconhecidamente vasoconstritor, não só aumenta a resistência do fluxo sangüíneo, como também
estimula a glândula supra-renal a fabricar mais epinefrina
(adrenalina), substância que provoca aumento no batimento
cardíaco, sobrecarregando o coração obrigando-o a um
trabalho maior.
• Por isso, o coração do feto executa em média cinco
batidas a mais por minuto, todas as vezes que a mãe
traga a fumaça do cigarro. Isto representa desgaste físico com acentuado reflexo no
desenvolvimento normal do feto.
• Trabalhando com 12.190 gestantes, ele verificou que os recém-nascidos de mães
fumantes, mesmo sem encurtamento da gravidez,
pesavam em média 600 gramas a menos e que o tamanho era de oito a 10 centímetros menor que o
tamanho normal.
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