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Cada vez mais POPularesna seção Estilo
MAIO 2011
Cada vez mais POPularesC&A, Renner e Riachuelo imprimem inovações atentas a um consumidor mais exigente, informado, mas que ainda quer gastar pouco Por Pollyana Teixeira
Estilo
Lojas Renner em Belo Horizonte
Não faz muito tempo, comprar roupas em lojas de departamento significava adquirir uma peça na qual qualidade e acabamento perfeito muitas vezes não
vinham inclusos. Esta ausência era compensada, no entanto, por preços mais baixos que os pratica-dos pelas grandes labels. Ainda assim, essas mar-cas não acompanhavam as grandes tendências de moda e investiam pouco em inovação e produtos diferenciados. Não acompanhavam. O que se vê
hoje nas araras de lojas como C&A, Riachuelo e Renner, para citar as grandes cadeias de varejo da moda brasileira, são peças atuais, antenadas com os must haves do momento, coleções desenvolvidas em parcerias com grandes estilistas, e qualidade bem superior à que se verificava anteriormente. Resultado disso? Um público novo que, se antes não abria mão do diferencial que só uma eti-queta grifada proporciona, passa a olhar - também - para essas lojas na hora de compor o guarda rou-pa. Afinal de contas, existe um universo de jovens mulheres que, embora torçam o nariz para lojas de departamento, ainda não têm budget para consum-ir peças de marcas como Reinaldo Lourenço, Cris Barros ou Stella McCartney. Foi pensando nelas que C&A, Renner e Riachuelo começaram a de-senvolver coleções cápsulas com grandes nomes da moda nacional e internacional. Essas pequenas séries de peças lançadas a cada nova estação - e sempre com muito barulho - fisgou de vez as fashionistas. Afinal de contas, é a oportunidade de ter no guarda roupa peças de um
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Cris Barros, Reinaldo Lourenço, Stella McCartney e o mais novo parceiro Riachuelo, Pedro Lourenço
grande estilista por um preço de loja de depar-tamento. Um exemplo: uma das peças mais co-biçadas da coleção Stella McCartney para C&A, lançada em março deste ano é um casaqueto de paetês bordado a mão. O preço? R$ 499, bem aquém do valor de um casaco da linha própria de Stella, algo em torno de $1 900 (pouco mais de 3 mil reais). Ainda assim, vale lem-brar que o preço vai muito além do padrão C&A. Se por um lado o desenvolvimento de coleções mais elaboradas por es-tas marcas sugere investimento em mais qualidade para as peças, por outro o preço também se eleva. Acostumada a comprar de grifes como Animale, Es-paço Fashion, Farm e ATeen, a fisioterapeuta Juliana Rosa há pouco passou a olhar com mais atenção para as araras das lojas de departamento. “An-tes eu comprava no máximo uma camiseta básica ou roupas de ginástica, hoje já encon-tro peças mais elaboradas que atendem ao meu gosto, roupas que eu posso usar pra sair”, diz. As lojas perceberam que este novo público em potencial é ávido consumidor também de informação de moda, está ante-nado às grandes tendências, acessa blogs de moda e é usuário ativo de redes sociais. É por isso que elas se fizeram presentes também nestes espaços. C&A e Riachuelo têm sites bastante interativos, com hotsites para coleções especiais, possibili-dade de montar looks online com os produtos das marcas e vídeos com o making of das campanhas, dicas de moda e até de maquiagem. A Renner não tem ainda um site tão atrativo quanto suas concor-rentes, mas entrou na onda dos blogs com o Estilo Renner. C&A e Riachuelo também têm os seus, o Vista e o Passarela Riachuelo. Em comum, os três apresentam dicas e novidades sobre moda e com-portamento, fazendo vez ou outra, referências ao
que as consumidoras podem encontrar em suas lojas. Apesar das mudanças, no entanto, há aqueles que ainda não abrem mão do que con-sidera ser essencial: “Percebo uma tentativa de melhorar suas imagens, mas a qualidade dos produtos destas lojas ainda é uma barreira que me impede de gastar meu dinheiro nelas”, diz o advogado Lucas Drumond. De fato, para man-ter o padrão de preços mais baixos e produções em larguíssima escala, as lojas abrem mão de acabamentos e caimento perfeito, bem como de tecidos mais nobres. Para muitos, porém, esse é um fator contornável, já que o visual das peças
Juliana Rosa, nova consumidora de lojas de departamento
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têm agradado e muito; e preço baixo, bom, é sempre preço baixo. Todas estas mudanças sugerem, por trás, um desejo maior, de mudança de imagem de marca, a partir tanto da criação de peças mais fashion quanto do reconheci-mento da existência de clientes mais exigen-tes. Isso sem contar o estreitamento da rela-ção com elas, através do Twitter, de Face-book e de campanhas de marketing cada vez mais criativas, a exemplo do Com que look eu vou? em for-mato de site, lançado neste ano pela C&A. Um time de fashion experts convidado pela marca auxilia as leitoras a se produzirem para determi-nada ocasião. Lá você faz uma breve descrição de seu tipo físico, diz para onde vai, qual look procura e, em instantes, algum dos especialistas (consultores de imagem, estudantes de moda ou estilistas) te salva da dúvida. Como toda inovação recente, ainda é cedo para prever se todas essas mudanças terão impac-to duradouro no reposicionamento destas marcas para a conquista de novas consumidoras. O que é fato é que elas têm surpreendido e provocado barulho, isso sim. O bolso, claro, agradece.
C&Acea.com.brEstá no Facebook, Youtube e no Twitter cea_brasil com + de 24.000 seguidores, no jornal e no blog Vista
RENNERlojasrenner.com.brNo Twitter Lojas_Renner com + de 19.000 seguidores, no blog Estilo Renner e na revista Renner
RIACHUELOriachuelo.com.brEstá no Facebook, Orkut, Youtube, no Twitter com + de 47.000 seguidores, no blog Passarela Ria-chuelo e na revista Chic
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