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Balanço Anual 2014
(Ano base 2014)
Balanço das IncidênciasCriminais e Administrativasno Estado do Rio de Janeiro
Instituto de Segurança Pública
OrganizaçãoLouise Celeste Rolim da Silva
Balanço Anual 2014
Balanço das Incidências Criminais e Administrativasno Estado do Rio de Janeiro (2014)
Luiz Fernando PezãoGovernador do Estado do Rio de Janeiro
José Mariano BeltrameSecretário de Estado de Segurança
Joana C. M. MonteiroDiretora-Presidente do Instituto de Segurança Pública
Contatos:Av. Presidente Vargas, 817, 16° andar - Centro - CEP: 20.071-004
Rio de Janeiro/RJTelefone: (21) 2332-9690
isp@isp.rj.gov.br - www.isp.rj.gov.br
Coordenação
Organização
Supervisão
Equipe
Programação Visual
Revisão Técnica
Assessoria de Comunicação
Assessoria de Informática
Leonardo de Carvalho Silva
Louise Celeste Rolim da Silva
Andréia Soares PintoRenato Coelho Dirk
Emmanuel A. R. M. CaldasJoão Batista Porto de OliveiraLeonardo D’AndreaMarcello Montillo Provenza
Luciano de Lima GonçalvesMitzi Araújo Vidal
Ayrton Augusto de OliveiraDanielle de Souza OliveiraLetícia da Silva Pontes Bastos
Bruno Simonin da Costa
Vanessa Campagnac
Karina Nascimento
José Renato Belarmino Biral
Balanço Anual 2014
SUMÁRIO
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4
01. Vítimas de Crimes Violentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5
02. Vítimas de Crimes Violentos de Trânsito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8
03. Vítimas de Mortes com Tipifi cação Provisória. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10
04. Crimes contra o Patrimônio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11
05. Atividade Policial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18
06. Outros Registros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .23
07. Totais de Registros. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26
08. Indicadores Estratégicos da Segurança Pública Estadual. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .28
09. Análise das Séries Históricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30
Considerações Finais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37
Notas Metodológicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .38
Balanço Anual 2014
INTRODUÇÃO
Este relatório apresenta um balanço das incidências criminais e administrativas ocorridas no estado do Rio de Janeiro no ano de 2014, comparado ao ano de 2013. Apresenta-se também uma análise sobre as séries históricas de delitos com maior destaque no período de 2001 a 2014.
Os microdados dos registros de ocorrência aqui descritos são provenientes do Departamento Geral de Tecnologia da Informação e Telecomunicações da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, e seguem a mesma descrição daque-les publicados em Diário Ofi cial do estado. Os dados sobre tipos de armamentos e artefatos explosivos apreendidos advêm da agregação de arquivos oriundos do mencionado DGTIT/PCERJ e da Coordenadoria de Inteligência do Estado Maior Geral da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
O estudo aqui apresentado é distribuído da seguinte forma: a primeira seção faz referência às vítimas de crimes violentos. São analisados os homicídios dolosos consumados e tentados, as lesões corporais dolosas, os estupros e ainda os latrocínios. Nesta seção são apresentados a evolução dos registros de crimes contra a pessoa, contra o patrimônio e crimes contra a dignidade sexual cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa. Destaca-se o au-mento das tentativas de homicídios, com incremento, de 2013 para 2014, da ordem de 28,7%, ou mais 1.418 vítimas. O homicídio doloso aumentou em 4,2%, ou mais 197 vítimas. O estupro reduziu em 3,6%, ou menos 306 pessoas, no mesmo período.
A segunda seção traz os crimes provenientes de acidentes de trânsito, tanto os homicídios quanto as lesões culpo-sas. Nesta seção, tanto homicídios quantos lesões reduziram de um ano para o outro. Foram menos 6,8% de vítimas de homicídios e 1,1% a menos de lesões de trânsito.
Na terceira seção são demonstrados os números de vítimas com tipifi cação provisória, que são aquelas que, por conta de sua natureza ou dos fatos e situações decorridos, não foi possível, por parte da autoridade policial, uma clara classifi cação jurídica da ocorrência. Nesta seção são descritos o (A) encontro de cadáver, que é um título utilizado quando do surgimento de um cadáver que, pelas características apresentadas, não é possível, no momento da lavra-tura do registro de ocorrência, indicar a existência de ilícito penal ou fato administrativo; e o (B) encontro de ossada, que quando utilizado refere-se ao encontro de ossos do corpo humano, sem possibilidade de identifi car, no evento, a ocorrência de infração penal (Barros, 2003:45-46)1. Os encontros de cadáver aumentaram em 8,6%, ou mais 43 vítimas, enquanto os encontros de ossada tiveram menos 33 vítimas em 2014.
Na quarta seção são observados os crimes contra o patrimônio, a saber, os roubos a transeunte, a residência, de veículo, em coletivo, de aparelho celular, de carga, as extorsões, os furtos de veículos, as extorsões mediante sequestro, estelionatos, entre outros. Os crimes contra o patrimônio se defi nem pela subtração, por meio de violência ou grave ameaça a pessoa ou não, de bens juridicamente protegidos, que são aqueles que possuem algum valor econômico. O crime contra o patrimônio com maior aumento relativo foi o roubo de carga com 66,7%, ou mais 2.356 casos, de 2013 para 2014. Já o crime com maior redução relativa foi o roubo com condução da vítima para saque em instituição fi nanceira, com menos 24,2%, ou menos 32 casos. Destaque ainda para a redução dos roubos a residên-cia, com menos 12,5%, no mesmo período.
Na quinta seção estão detalhadas algumas atividades policiais, tais como as apreensões de drogas e armas, a tipifi cação das categorias de armas apreendidas e artefatos explosivos, as prisões efetuadas e apreensões de ado-lescentes em confl ito com a lei e, por último, os cumprimentos de mandados de prisões, bem como sua tipifi cação. A atividade policial que mais aumentou relativamente foi recuperação de veículo, com mais 18,1% ou mais 3.872 casos. As apreensões de drogas reduziram em 0,4%, ou menos 104 casos, de 2013 para 2014.
Já na sexta seção estão contidos outros tipos de registros, como as ameaças, os desaparecimentos, os homicídios decorrentes de intervenção policial, e os policiais militares e civis mortos em serviço. Aqui o homicídio decorrente de intervenção policial aumentou em 40,4%, ou mais 168 mortos. Na sétima seção são encontrados os totais gerais, tanto de registros de ocorrências, quanto os totais de roubos e furtos. Os roubos aumentaram em 25,2%, e os furtos
1 - BARROS, W. S. Manual de Delitos e Detalhamentos de Delitos do Sistema de Controle Operacional - SCO (circulação restrita). Rio de Janeiro: Governo do Estado do Rio de Janeiro / Secretaria de Segurança Pública, 2003.
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Balanço Anual 2014
reduziram em 0,3%, de um ano para o outro.Na seção oito deste relatório é possível observar uma análise do total de 2013 e 2014 com relação aos delitos que
compõem o Sistema Integrado de Metas do estado do Rio de Janeiro. São eles: (i) letalidade violenta, composto pelo homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e homicídio decorrente de intervenção policial; (ii) roubo de veículo; e (iii) roubos de rua, representados pelos roubos a transeunte, em coletivo e de aparelho celular. Todos os delitos da meta aumentaram de 2013 para 2014. A letalidade violenta aumentou em 6,9% ou mais 371 pessoas mortas. Os roubos de veículo tiveram incremento de 16,6%, ou mais 4.650 automóveis subtraídos. E os roubos de rua aumentaram em 32,2%, ou mais 23.279 casos no período.
Ao fi nal do relatório são contempladas as análises das séries históricas dos delitos que mais chamaram a atenção nos últimos anos, tanto por sua curva ascendente quanto por sua curva descendente ao longo do período entre 2001 e 2014. Os delitos analisados nessa seção são: homicídio doloso, homicídio doloso provocado por projétil de arma de fogo, furto de veículo, roubo de carga, roubo de veículo, roubos de rua, estupro, roubo a transeunte, letalidade violenta, total de roubos e furtos e total de registros de ocorrência.
Este Balanço Anual demonstra a política de publicidade e transparência dos dados que sempre permeou este go-verno e este Instituto de Segurança Pública ao longo dos anos, e o que se espera do estudo é sua contribuição para uma maior disseminação de informações acerca da violência e da segurança pública no estado do Rio de Janeiro.
01. VÍTIMAS DE CRIMES VIOLENTOS
Nesta primeira seção encontram-se informações sobre os títulos: homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, latrocínio (roubo seguido de morte), tentativa de homicídio, lesão corporal dolosa e estupro, tratados neste relatório como crimes violentos.
Em 2014 houve aumento do número de vítimas de homicídio doloso no estado do Rio de Janeiro em comparação a 2013. Ocorreram 4.942 delitos, com aumento de 197 vítimas em relação ao ano anterior ou 4,2% (Gráfi co 1.1). Os meses que apresentaram maior acréscimo foram janeiro, fevereiro e março de 2014, contabilizando 464, 482 e 510 vítimas e diferenças absolutas de 67, 93 e 99 vítimas a mais em cada mês, se compadarado aos mesmos meses do ano de 2013. Os meses de menores incidências no ano de 2014 foram setembro e novembro, com 345 mortes cada.
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Gráfi co 1.1 – Homicídio doloso
Tota
l de v
ítimas
por m
ês
397 389 411 417430
362302
407 378
377
414461464
482
510449 444
377 370
373345
375
345408
0
100
200
300
400
500
600
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 4.745 2014 = 4.942
Variação anualAbs. = 197 %= 4,2
Balanço Anual 2014
Em relação ao delito lesão corporal seguida de morte, houve aumento de duas vítimas em 2014 em comparação a 2013 (Gráfi co 1.2). Abril de 2013 foi o mês que apresentou maior quantitativo, com oito vítimas. Observa-se maior redução de vítimas nos meses de abril e junho de 2014, com menos sete e três vítimas, respectivamente. Em setem-bro, outubro e novembro de ambos anos os valores permaneceram os mesmos.
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Gráfi co 1.2 – Lesão Corporal Seguida de Morte
2
4
1
8
2
4
1
34
32
53
5 5
1
3
1
4 4 4
32
6
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014Total anual2013 = 39 2014 = 41
Variação anualAbs. = 2
A partir do Gráfi co 1.3 referente aos latrocínios, observa-se no ano de 2014 aumento de quatro vítimas, em com-paração com 2013. O mês de junho caracteriza-se por ter sido o período com maior incidência, com 18 vítimas. No período de agosto a dezembro, nota-se menor incidência em relação ao ano anterior.
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Gráfi co 1.3 – Latrocínio
Tota
l de v
ítimas
por m
êsTo
tal d
e vítim
as po
r mês
11
6
11
108
16
11
17 16
1213
17
1516
10
17
8
18
14
97
11 11
16
02468
101214161820
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 148 2014 = 152
Variação anualAbs.= 4 % = 2,7
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Balanço Anual 2014
Houve aumento de 1.418 vítimas de tentativas de homicídio entre 2013 e 2014, representando mais 28,7% (Grá-fi co 1.4). O período entre os meses de setembro e dezembro de 2014 se caracteriza pela tendência de crescimento do número de vítimas. O mês de menor incidência ocorreu em julho de 2013, com 317 vítimas. Já em 2014, isso se deu em agosto, com 419 vítimas.
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Gráfi co 1.4 – Tentativa de Homicídio
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Gráfi co 1.5 – Lesão Corporal Dolosa
No que tange à lesão corporal dolosa, observou-se um comportamento diferente dos agravos anteriormente cita-dos, ou seja, um decréscimo de 1.060 vítimas, ou 1,2% entre 2013 e 2014 (Gráfi co 1.5). O mês de janeiro de 2014 apresentou o maior número de vítimas, 9.050, enquanto a menor incidência da série se deu no mesmo ano, com 6.070 vítimas, no mês de julho.
383457
479352
396 378 317 344 449 441 420
532557
543 544559
505 503439 419
528 542582
645
0
100
200
300
400
500
600
700
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 4.948 2014 = 6366
Variação anualAbs. = 1.418 % = 28,7
Tota
l de v
ítimas
por m
êsTo
tal d
e vítim
as po
r mês 6800
8371
79447310
7301 73466700 6706
7150 7508 72788207
9050
8093
83577484
62497229
6070 62506884 7247 7044
7604
0100020003000400050006000700080009000
10000
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 88.621 2014 = 87.561
Variação anualAbs.= -1.060 % = -1,2
'
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Balanço Anual 2014
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Gráfi co 1.6 – Estupro
O delito estupro apresentou queda de 3,6% ou menos 209 vítimas em 2014, em comparação a 2013 (Gráfi co 1.6). O período de maior declínio se deu nos meses entre março e junho de 2014, voltando a crescer até o mês de setembro e a decair novamente até o fi m do ano. Destacam-se os meses de janeiro e fevereiro de 2014 por serem os meses com maior incidência: ambos com 555 vítimas de estupro. Cabe ressaltar também que, no ano de 2014, apenas os meses de janeiro, fevereiro, novembro e dezembro tiveram valores superiores àqueles encontrados no ano de 2013.
02. VÍTIMAS DE CRIMES VIOLENTOS DE TRÂNSITO
Nesta seção encontram-se análises sobre os títulos homicídio culposo e lesão corporal culposa de trânsito. No que se refere ao primeiro, houve uma redução de 151 vítimas ou 6,8% a menos em 2014, com relação ao ano de 2013 (Gráfi co 2.1). O mês de setembro de 2013 apresentou a maior incidência, com 245 vítimas, enquanto abril do mesmo ano a menor incidência, com 146 vítimas. Já em 2014, a maior incidência deu-se em março, com 214 vítimas, e a menor incidência nos meses de setembro e dezembro, com 153 vítimas cada. Cumpre destacar que a partir do mês de maio os dados de 2014 foram sempre menores que os dados de 2013.
514 512
508545 482 483 480 457
509 520
467408
555 555
479 469442 429 442 450
482 474
472427
0
100
200
300
400
500
600
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 5.885 2014 = 5.676
Variação anualAbs.= -209 % = -3,6
Tota
l de v
ítimas
por m
ês
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Balanço Anual 2014
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Gráfi co 2.1 – Homicídio Culposo de Trânsito
175171 163
146175
195176
217245
184 189 195194
166
214194
161185
156185
153 163 156 153
0
50
100
150
200
250
300
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 2.231 2014 = 2.080
Variação anualAbs.= -151 % = -6,8
Houve decréscimo de 1,1% no delito lesão corporal culposa de trânsito entre 2013 e 2014 ou 517 vítimas a menos (Gráfi co 2.2). O mês com a menor quantidade de vítimas foi janeiro de 2013, com 3.396 lesões. E o mês com a maior incidência foi em setembro do mesmo ano, com 4.313 vítimas. Observa-se que a partir do mês de junho os valores de 2014 fi caram sempre abaixo dos valores de 2013.
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Gráfi co 2.2 – Lesão Corporal Culposa de Trânsito
Tota
l de v
ítimas
por m
êsTo
tal d
e vítim
as po
r mês
3.396 3.4623.895
3.775
3.600
3.988 3.9414.304 4.313
4.142 4.116 4.1844.0643.787 3.938
3.638
3.941
3.8313.573
3.964 4.112 4.0143.821 3.916
0500
100015002000250030003500400045005000
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 47.116 2014 = 46.599
Variação anualAbs.= -517 % = -1,1
Instituto de Segurança Pública | 10
Balanço Anual 2014
03. VÍTIMAS DE MORTES COM TIPIFICAÇÃO PROVISÓRIA
Com relação aos títulos que tratam das mortes com tipifi cação provisória, temos encontro de cadáver e encontro de ossada. Considerando-se as mortes que tiveram como tipifi cação provisória o título encontro de cadáver, houve um aumento de 43 ocorrências, comparando os dois anos da análise (Gráfi co 3.1). O período de menor incidência da série de 2014 deu-se no mês de junho, com 25 registros, e o de maior incidência em janeiro do mesmo ano, com 66 casos.
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Gráfi co 3.1 – Encontro de Cadáver
No Gráfi co 3.2, evidencia-se uma redução de 15 casos de mortes tipifi cadas provisoriamente como encontro de ossada. Destacam-se na série histórica os meses de abril de 2013 e dezembro de 2014, com somente um registro. A maior incidência ocorreu em dezembro de 2013, com seis encontros de ossada naquele mês.
Gráfi co 3.2 – Encontro de Ossada
2
4
4
1
4
55
4
4
5
4
6
3
3 2 3 3 3
2
3 2
4 4
10
1
2
3
4
5
6
7
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014Total anual2013 = 48 2014 = 33
Variação anualAbs. = -15
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Tota
l de v
ítmias
por m
êsTo
tal d
e vítim
as po
r mês
4644
64
38
48
35 3630
3441
4541
66 63 59
41
32
25
38 38
5541
48
39
0
10
20
30
40
50
60
70
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 502 2014 = 545
Variação anualAbs.= 43 % = 8,6
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Balanço Anual 2014
04. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
Durante todo o ano de 2014, os valores do delito roubo a transeunte (Gráfi co 4.1) mantiveram-se superiores em relação ao ano de 2013, com aumento de 32,7%, ou 19.845 casos no total. No entanto, o delito apresentou queda de julho para dezembro de 2014. Percebe-se que o período de maior incidência deu-se no mês de julho de 2014, com 7.196 casos. Já o de menor incidência ocorreu no mês de janeiro de 2013, com 4.352 roubos a transeunte
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Gráfi co 4.1 – Roubo a Transeunte
No Gráfi co 4.2 referente a roubos de veículo, verifi ca-se aumento de 16,6%, isto é, 4.650 casos a mais entre os anos de 2013 e 2014. Em 2014, as maiores incidências foram em janeiro, abril e maio, com valores de 3.207, 3.073 e 3.073 em cada mês, respectivamente. Observa-se, no ano de 2013, a menor frequência no mês de fevereiro, com 1.909 registros.
Gráfi co 4.2 – Roubo de Veículo
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Tota
l de c
asos
por m
êsTo
tal d
e cas
os po
r mês
1.946 1.909
2.256 2.185 2.139 2.242 2.2422.525 2.382 2.639 2.644
2.893
3.207
3.0252.947 3.073 3.073
2.635 2.479 2.411 2.270 2.2892.413
2.830
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 28.002 2014 = 32.652
Variação anualAbs.= 4.650 % = 16,6
4.352 4.678 4.792 4.934 5.194 4.720 4.9645.333 5.098
5.531 5.355 5.667
6.625 6.5557.015 6.777 7.033
6.7167.196
6.715 6.4786.741
6.249 6.363
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 60.618 2014 = 80.463
Variação anualAbs. = 19.845 % = 32,7
Instituto de Segurança Pública | 12
Balanço Anual 2014
Em relação ao delito roubo de aparelho celular (Gráfi co 4.3), observa-se constante aumento durante todo o ano de 2014, registrando assim acréscimo de 42,0%, ou seja, 2.293 roubos a mais em comparação a 2013. O maior valor da série analisada foi registrado no mês de novembro de 2014, com 820 casos. O mês de janeiro de 2013 teve o menor número de registros, com 348 eventos.
Gráfi co 4.3 – Roubo de Aparelho Celular
Gráfi co 4.4 – Roubo a Estabelecimento Comercial
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
No ano de 2014, o roubo a estabelecimento comercial (Gráfi co 4.4) apresentou aumento de 11,6% (ou mais 802 casos) em relação a 2013. Em janeiro de 2014 foi registrado o maior valor da série histórica, com 774 ocorrências. Já o menor valor foi no mês de fevereiro de 2013, com 452 roubos verifi cados durante o mês.
Tota
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e cas
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r mês
489452 534 524
661 641 625610 588
546609
661
774 728773 758
728649 650
546 512 499 524601
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 6.940 2014 = 7.742
Variação anualAbs.= 802 % = 11,6
348 372
366400
467 497 470535
572529
473 436473 461
555554 573
616647
748 759793 820
759
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014Total anual2013 = 5.465 2014 = 7.758
Variação anualAbs.= 2.293 %= 42,0
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Instituto de Segurança Pública | 13
Balanço Anual 2014
Gráfi co 4.5 – Roubo em Coletivo
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
O delito roubo em coletivo apresentou aumento de 18,5% (ou mais 1.141 casos) em 2014, se comparado ao ano de 2013 (Gráfi co 4.5). Em 2014, observa-se o maior valor da série histórica no mês de dezembro, com 711 casos. Já o menor valor encontrado na série ocorreu no mês de janeiro de 2013, com 405 roubos registrados.
Em relação ao delito roubo de carga (Gráfi co 4.6), percebe-se aumento considerável entre os dois anos em análise. Em 2014, todos os valores mantiveram-se superiores aos do ano anterior. O acréscimo chegou a 66,7% em relação a 2013, contabilizando assim 2.356 casos a mais. O maior valor da série histórica foi observado no mês de dezembro de 2014, atingindo 787 casos. O mês de junho de 2013 apresentou o menor valor de roubos de carga registrados, com 229 casos.
Gráfi co 4.6 – Roubo de Carga
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Tota
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r mês
405 421462
415550
494523
627 632579
542 523
662 621 639 657 571 565 592
505 533
649 609
711
0
100
200
300
400
500
600
700
800
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 6.173 2014 = 7.314
Variação anualAbs. = 1.141 %= 18,5
336258 262 290 307
229 256 290 282 295 309
420
489
418 401371 520
386442 448
481545
602
787
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 3.534 2014 = 5.890
Variação anualAbs.= 2.356 %= 66,7
Instituto de Segurança Pública | 14
Balanço Anual 2014
No Gráfi co 4.7 referente a roubo a residência, nota-se uma redução de 12,5%, ou menos 186 casos no ano de 2014, se comparado a 2013. O maior valor da série pode ser visto no mês de julho de 2013, com 141 casos. Já os menores valores da série histórica ocorreram em 2014, com 76 no mês de setembro e 82 roubos no mês de outubro. E, a partir do mês de junho, os valores de 2014 fi caram sempre abaixo dos valores de 2013.
Gráfi co 4.7 – Roubo a Residência
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Em 2014, o delito roubo com condução para saque em instituição fi nanceira (Gráfi co 4.8) apresentou uma redução de 32 casos em relação ao ano de 2013. O mês com maior valor registrado ocorreu em março de 2014 e equipara-se ao mês de maio de 2013, ambos com 16 roubos. Em contrapartida, o mês com menor valor registrado pode ser visto em setembro de 2014, com somente dois roubos
Gráfi co 4.8 – Roubo com Condução para Saque em Instituição Financeira
89
14
6
1615
11
8
14
8
12119
14
16
9
9
6
14
52
6 6
4
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 132 2014 = 100
Variação anualAbs.= -32 % = -24,2
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Tota
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r mês
125 118
139131
131 110
141127
105120
127117
126140
125 120
139
10495
104
76 8297 97
0
20
40
60
80
100
120
140
160
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 1.491 2014 = 1.305
Variação anualAbs.= -186 % = -12,5
Instituto de Segurança Pública | 15
Balanço Anual 2014
Gráfi co 4.9 – Roubo a Banco
0
2
0
4
2
3 3
1
2
1
2
1
6
4
2
3
1 0
2
3
1
4
2
00
1
2
3
4
5
6
7
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014Total anual2013 = 21 2014 = 28
Variação anualAbs.= 7
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
No que diz respeito ao delito roubo a banco (Gráfi co 4.9), constata-se aumento de sete casos no ano de 2014, quando comparado a 2013. Destaca-se o mês de janeiro de 2014, com seis casos, visto que foi o mês com maior número de roubos e também o mês com maior diferencial em relação ao ano anterior. Os menores índices de 2014 encontram-se nos meses de junho e dezembro, assim como nos meses de janeiro e março de 2013, meses em que não houve qualquer caso registrado.
No que tange à distribuição percentual de roubos no estado do Rio de Janeiro em 2014 (Gráfi co 4.10), observou-se maior incidência na categoria roubo a transeunte, com 49,1% do total dos roubos. Em segundo lugar, roubo de veícu-lo, com 19,9%. Das categorias apresentadas neste relatório, as que apresentaram menor percentual foram roubo de aparelho celular (4,7%), roubo a estabelecimento comercial (4,7%), roubo em coletivo (4,5%) e roubo de carga (3,6%). As outras categorias de roubos foram equivalentes a 13,5% do total.
Gráfi co 4.10 – Distribuição do Percentual de Roubos – 2014
49,1%
19,9%
4,7%
4,7%
4,5%3,6%13,5%
Roubo a transeunte
Roubo de veículo
Roubo de aparelho celular
Roubo a estabelecimento comercial
Roubo em coletivo
Roubo de carga
Outros
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
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Instituto de Segurança Pública | 16
Balanço Anual 2014
Em relação ao delito furto de veículo (Gráfi co 4.11), percebe-se pequena variação entre os anos de 2013 e 2014, contabilizando 16 casos a mais em 2014. O período com maiores incidências em 2014 ocorreu entre os meses de janeiro a maio de 2014, com valores respectivos de 1.638, 1.484, 1.641, 1.498 e 1.510. Já o menor valor registrado na série histórica ocorreu no mês de fevereiro de 2013, com 1.316 casos. A partir do mês de junho os valores de 2014 fi caram abaixo dos valores de 2013.
Gráfi co 4.11 – Furto de Veículo
1.4131.316
1.5091.414 1.429
1.432 1.501 1.549 1.578 1.5881.441 1.498
1.6381.484
1.6411.498 1.510
1.391 1.456 1.4931.341
1.429 1.377 1.426
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 17.668 2013 = 17.684
Variação anualAbs.= 16 % = 0,1
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Ao tratar do delito extorsão mediante sequestro (Gráfi co 4.12), houve redução de duas vítimas em 2014 se com-parado ao ano anterior, ocorrendo somente uma vítima no mês de março de 2014.
Gráfi co 4.12 – Extorsão Mediante Sequestro
1 1
0 0 0 0 0 0 0 0
1
00
0
1
00
0
0 0 0
0
0
00,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 3 2014 = 1
Variação anualAbs.= -2
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
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Instituto de Segurança Pública | 17
Balanço Anual 2014
Gráfi co 4.13 – Extorsão
166
138152
140
125
161174 172 169
168 152 151
178
154
175
129
163
134 125139
152
184
149
125
020406080
100120140160180200
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 1.868 2014= 1.807
Variação anualAbs.= -61 % = -3,3
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Quanto ao delito extorsão, foram registrados 61 casos a menos no ano de 2014 em relação ao ano anterior (Grá-fi co 4.13). O mês com o maior número de ocorrências registradas se deu em outubro de 2014, com 184 casos. O menor número ocorreu em maio de 2013, assim como em julho e dezembro de 2014, com 125 registros, cada mês.
Gráfi co 4.14 – Extorsão com Momentânea Privação da Liberdade
10 9
13
2 2
1113 18 13
5
14
7
31
18 1714
17
13
6 7 9 86
22
0
5
10
15
20
25
30
35
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 117 2014 = 168
Variação anualAbs.= 51 % = 43,6
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
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Instituto de Segurança Pública | 18
Balanço Anual 2014
Quanto ao delito extorsão com momentânea privação de liberdade, houve aumento de 51 casos, como pode ser observado no Gráfi co 4.14. No mês de janeiro de 2014 ocorreu o maior número de casos em relação aos dois anos: 31. Observa-se variação de 21 delitos mensais entre janeiro de 2013 e o mesmo mês de 2014. O período de menor número de casos ocorreu nos meses de abril e maio de 2013, ambos com dois registros.
Observa-se no gráfi co referente ao delito estelionato (Gráfi co 4.15) redução de 4,5% no ano de 2014. Isto é, ocor-reram 1.639 casos a menos, em comparação com o ano de 2013. Destaca-se dezembro de 2014 por ser o mês com menor número de casos, atingindo 2.639 registros na série. Já em janeiro de 2013 ocorreu o maior valor registrado na série, com 3.328 casos.
Gráfi co 4.15 – Estelionato3.328
2.780
3.060 3.316 3.2173.034 3.114 3.241
2.8573.139
2.645
2.6783.0172.873
2.745 2.7002.864 2.793
3.1462.871
3.0003.298
2.824
2.639
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 36.409 2014 = 34.770
Variação anualAbs.= -1.639 % = -4,5
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
05. ATIVIDADE POLICIAL
Os títulos que tratam da atividade policial são: apreensão de drogas, armas apreendidas, prisões, apreensões de adolescentes, recuperação de veículo e cumprimento de mandado de prisão. Infere-se a partir do gráfi co abaixo (Gráfi co 5.1) que o total de apreensões de drogas no ano de 2014 reduziu em 0,4%, isto é, menos 104 casos, em comparação ao ano de 2013. Tanto o mês com maior quanto o mês com menor número de apreensão de drogas ocorreram no ano de 2013, com respectivamente 2.518 em outubro e 2.025 casos em janeiro.
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Instituto de Segurança Pública | 19
Balanço Anual 2014
Gráfi co 5.1 – Apreensão de Drogas
2.025 2.134
2.506 2.448 2.3752.116
2.1252.226 2.302
2.518
2.142 2.120
2.3562.126
2.046 2.161 2.086 2.040
2.2202.436 2.480
2.344
2.4142.224
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 27.037 2014 = 26.933
Variação anualAbs.= -104 % = -0,4
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Quanto às armas apreendidas, pode ser observado, por meio do Gráfi co 5.2, aumento de 6,8%, ou 548 armas, no total de apreensões no ano de 2014, quando comparado ao ano de 2013. Observa-se o mês de outubro de 2014 com o maior valor de apreensões, totalizando 813 armas. Em contrapartida, o mês de dezembro de 2013 representa o mês com menor total de apreensões, com 566 armas.
Gráfi co 5.2 – Armas Apreendidas
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
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as po
r mês
615679
719
753
671 692633 605
678735
755
566
696742 759
662
747 769
659
746696
813
738 622
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013= 8.101 2014= 8.649
Variação anualAbs.= 548 % = 6,8
Instituto de Segurança Pública | 20
Balanço Anual 2014
Além do aumento do número de apreensões de armas no ano de 2014, infere-se também uma participação mais abrangente de armas com maior grau de periculosidade no total de armas apreendidas, como pode ser visto no Gráfi co 5.3. Durante o ano de 2014, 46,1% das armas apreendidas pertenciam à categoria C (revólveres); 40,0% pertenciam à categoria A (pistolas, fuzis e metralhadoras/submetralhadoras); 10,0% à categoria B (carabinas, rifl es, espingardas e escopetas) e 3,1% à categoria D (armas de fabricação caseira, garruchas e trabucos).
Ressalta-se que as categorias de armas aqui descritas para os anos de 2013 e 2014 referem-se a identifi cações provisórias realizadas por policiais no momento da apreensão, dependendo, portanto, de uma futura revisão pericial para uma classifi cação defi nitiva sobre as características do armamento apreendido.
Gráfi co 5.3 – Categoria de Armas Apreendidas Segundo Grau de Periculosidade
39,4
9,5
46,9
3,3
40,0
10,0
46,1
3,1
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
45,0
50,0
Categoria A Categoria B Categoria C Categoria D
2013 2014Fonte: DGTIT/PCERJ e Coordenadoria de Inteligência da PMERJ. Elaboração ISP.
Observa-se que no ano de 2014 ocorreu aumento de 42,0% no total de apreensões de artefatos explosivos, em comparação ao ano de 2013, como pode ser observado no Gráfi co 5.4. Tais apreensões mantiveram-se constante-mente crescentes no período entre 2004 e 2007. Neste último ano citado, encontra-se o maior valor registrado na série histórica: 1.297 casos. Verifi ca-se de 2008 a 2012 uma queda contínua das apreensões, com os valores da série histórica voltando a aumentar posteriormente, nos anos de 2013 e 2014. Ressalta-se, ainda, que o total de artefatos explosivos apreendidos abrange granadas e outros materiais bélicos explosivos, além das chamadas bombas de fabricação caseira.
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Instituto de Segurança Pública | 21
Balanço Anual 2014
O número de prisões em 2014 mostrou-se superior em praticamente todo o ano se comparado a 2013, com exce-ção dos meses de março e junho, como visto no Gráfi co 5.5. No total, foram 2.531 prisões a mais ou 8,5%. O maior valor ocorreu no mês de maio de 2014, com 2.835 casos. Em contrapartida, o menor valor da série histórica ocorreu em janeiro de 2013, com 2.120 prisões.
Gráfi co 5.4 – Artefatos Explosivos Apreendidos
741
893
1.041
1.297 1.262
1.043 993
759651 702
997
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
16,6%
24,6%
- 2,7%
- 17,4%
20,5%-23,6%
-4,8%
7,8%42,0%
-14,2%
Fonte: DGTIT/PCERJ e Coordenadoria de Inteligência da PMERJ. Elaboração ISP.
Gráfi co 5.5 – Prisões
2.120
2.454
2.713
2.627 2.589 2.6772.392 2.396 2.470 2.634
2.394 2.344
2.682 2.650
2.677
2.6602.835
2.627 2.6452.782 2.751 2.798 2.630 2.604
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 29.810 2014 = 32.341
Variação anualAbs.= 2.531 % = 8,5
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
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Instituto de Segurança Pública | 22
Balanço Anual 2014
Em todo o período analisado observou-se aumento do número de apreensões de adolescentes no estado do Rio de Janeiro (Gráfi co 5.6), totalizando 1.158 apreensões a mais (ou 16,0%). Nota-se tendência crescente no número de apreensões a partir de julho de 2014 e, posteriormente, queda ao fi nal do período, com valores superiores àqueles encontrados no ano de 2013.
Gráfi co 5.6 – Apreensão de Adolescentes
402
617
711593
548
585
591 577699 690 681
528
562
696
632555
628
534
658725
871956
838725
0
200
400
600
800
1000
1200
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 7.222 2014= 8.380
Variação anualAbs. = 1.158 % = 16,0
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Em 2014 o número de cumprimentos de mandado de prisão (Gráfi co 5.7) no estado do Rio de Janeiro teve aumen-to de 15,2%, ou 2.663 mandados a mais em comparação ao ano anterior. Em 2014, os valores foram superiores aos do ano de 2013, com exceção do mês de outubro. O maior valor da série ocorreu em setembro de 2014, com 2.317 casos e o menor valor ocorreu em dezembro de 2013, com 1.137 casos.
Gráfi co 5.7 – Cumprimento de Mandato de Prisão
1.167
1.1741.426 1.459 1.564 1.513
1.7341.612
1.463
1.681
1.646
1.137
1.4901.292
1.5421.706
1.934
1.523
2.110
1.677
2.317
1.661
1.693
1.294
0
500
1000
1500
2000
2500
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 17.576 2014 = 20.239
Variação anualAbs. = 2.663 % = 15,2
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
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Instituto de Segurança Pública | 23
Balanço Anual 2014
Gráfi co 5.8 – Tipos de Cumprimento de Mandado de Prisão
O total de cumprimentos de mandado de prisão apresenta a seguinte subdivisão: prisão por sentença judicial, prisão cível, prisão preventiva e prisão temporária. A prisão por sentença judicial corresponde ao somatório das pri-sões provenientes de mandado de prisão, sentença judicial defi nitiva e sentença judicial não-defi nitiva, o que, no ano de 2014, correspondeu a 73,6% do total de cumprimentos de mandado, ou, em termos absolutos, 14.989 prisões. A prisão cível, que corresponde ao somatório das prisões por não-pagamento de pensão alimentícia e das prisões de depositário infi el, em 2014 representou 7,3% do total de cumprimentos de mandado de prisão, com 1.468 casos. O período registrou, ainda, 2.854 casos de prisão preventiva, o que corresponde a 14,1% do total de cumprimentos de mandado de prisão, assim como também ocorreram 1.018 prisões temporárias, que signifi caram 5,0% do total (vide Gráfi co 5.8).
73,6%7,3%
14,1%
5,0%
Sentença judicial
Prisão cível
Prisão preventiva
Prisão temporária
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
06. OUTROS REGISTROS
Os títulos apresentados na seção Outros Registros são: ameaça, pessoas desaparecidas, homicídio decorrente de intervenção policial (auto de resistência), policiais militares mortos em serviço e policiais civis mortos em serviço.
Observa-se no Gráfi co 6.1 aumento de 4,4% nos delitos de ameaça, no ano de 2014, com 3.710 vítimas a mais. O maior número de incidências ocorreu no mês de janeiro de 2014, atingindo 9.034 vítimas. Por outro lado, no mês de julho de 2013 ocorreu o menor número da série, com 6.307 vítimas. A partir do mês de maio, é possível observar que não houve grandes variações entre os períodos analisados.
Instituto de Segurança Pública | 24
Balanço Anual 2014
Gráfi co 6.1 – Ameaça
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Gráfi co 6.2 – Pessoas Desaparecidas
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Quanto ao número de pessoas desaparecidas (Gráfi co 6.2), constata-se aumento de 6,5% de vítimas, o equivalen-te a mais 379 desaparecimentos no ano de 2014. Observa-se, a partir do mês de abril, queda no número de vítimas, que vai até o mês de julho, quando os valores voltam a aumentar. O maior número de pessoas desaparecidas na série analisada ocorreu no mês de janeiro de 2014, com 628 desaparecidos, enquanto o menor valor verifi cado foi no mês de julho de 2013, atingindo 368 pessoas.
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7.026 7.171 7.5746.877
6.960
6.8106.307 6.659
6.866 7.117
6.8707.452
9.0348.049 8.154
7.440
6.689
6.843
6.376 6.609
7.125 7.224
6.837 7.019
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
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2013 2014 Total anual2013 = 83.689 2014= 87.399
Variação anualAbs.= 3.710 % = 4,4
554499
560
577
499 513
368405 424
497443
483
628
520563
532
451 447429
493 510 524558 546
0
100
200
300
400
500
600
700
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 5.822 2014 = 6.201
Variação anualAbs. = 379 %= 6,5
Instituto de Segurança Pública | 25
Balanço Anual 2014
Gráfi co 6.3 – Homicídio Decorrente de Intervenção Policial
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Nos casos de homicídio decorrente de intervenção policial, identifi ca-se no Gráfi co 6.3 aumento de 40,4%, o que equivale a 168 mortes a mais no ano de 2014, se comparado ao ano de 2013. Destaca-se o mês de junho de 2013, por ter sido o mês com menor incidência entre os dois anos, com 26 mortes, e o mês de novembro de 2014 por ter sido o mês com maior incidência, isto é, 63 mortes. Durante todo o ano de 2014 houve mais homicídios decorrentes de intervenção policial que no ano anterior, exceto nos meses de abril (quando os números foram iguais) e dezembro, mês no qual houve menos mortes em 2014 que em 2013.
Durante o ano de 2014, observa-se no estado do Rio de Janeiro aumento de dois policiais militares mortos em serviço, se comparado ao ano anterior. O mês de maior frequência pode ser observado em março de 2014, com cinco policiais mortos (Gráfi co 6.4). Destacam-se os meses de janeiro e dezembro, de ambos os anos, por não apresenta-rem nenhuma vítima. Quanto aos policiais civis, não houve qualquer vítima em serviço desta categoria de profi ssionais no ano de 2014. No ano de 2013, ocorreram quatro mortes, sendo julho o mês de maior destaque, com duas vítimas (Gráfi co 6.5).
Gráfi co 6.4 – Policiais Militares Mortos em Serviço
0
1
1 1 1 1 1
3 3
2 2
00
1
5
1
2 2 2 2
1 1 1
00
1
2
3
4
5
6
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 16 2014 = 18
Variação anualAbs. = 2
Fonte: PMERJ/EMG/PM1. Elaboração ISP.
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29 29
38 3741
26
36
27
4138
31
435056 46
3753
45
57
45
49
45
63
38
0
10
20
30
40
50
60
70
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 416 2014 = 584
Variação anualAbs.= 168 %= 40,4
Instituto de Segurança Pública | 26
Balanço Anual 2014
Gráfi co 6.5 – Policiais Civis Mortos em Serviço
0 0 0 0
1
0
2
0 0
1
0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 4 2014 = 0
Variação anualAbs. = -4
Fonte: SERAS/DEGAF/DAF/Chefi a da Polícia Civil. Elaboração ISP.
07. TOTAIS DE REGISTROS
Nesta seção são apresentados os totais de roubos, furtos e registros de ocorrência no estado do Rio de Janeiro. Entre os anos de 2013 e 2014 houve aumento de 25,2% ou mais 31.808 casos de roubos (Gráfi co 7.1). Observa-se em 2014 tendência irregular, com momentos de aumento e momentos de queda, porém com valores sempre superio-res àqueles do ano de 2013. O período de maior valor foi registrado em maio de 2014, com 13.930 casos. Por outro lado, o mês de menor valor deu-se em janeiro de 2013, com 8.976 roubos.
Gráfi co 7.1 – Total de Roubos
8.976 9.1789.945 10.074
10.695 10.080 10.38811.262 10.789
11.522 11.32011.961
13.771 13.261 13.712 13.708 13.93012.813 13.364
12.513 12.11712.827 12.522
13.460
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013= 126.190 2014 = 157.998
Variação anualAbs.= 31.808 % = 25,2
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
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Instituto de Segurança Pública | 27
Balanço Anual 2014
O total de furtos (Gráfi co 7.2), ao contrário do total de roubos, teve redução de 0,3%, ou seja, menos 473 casos no ano de 2014. O mês de maior incidência foi março de 2014, com 18.004 casos. O mês de menor incidência pode ser visto em agosto de 2014, atingindo 13.681 furtos.
Gráfi co 7.2 – Total de Furtos
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Verifi ca-se a partir do Gráfi co 7.3 aumento de 6,6% ou 51.239 registros de ocorrência a mais no ano de 2014, quando comparado com 2013. Diante do período analisado, observa-se o maior valor da série no mês de janeiro de 2014, com 76.238 casos, e o menor valor no mês de janeiro de 2013, com total de 61.491 registros.
Gráfi co 7.3 – Registros de Ocorrência
61.491 64.179 64.660 63.662 64.934 62.910 64.980 65.047 65.831 68.030 63.796 65.609
76.23870.314 73.407
67.824 66.726 65.878 68.209 65.760 68.322 69.205 66.620 67.865
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
80000
90000
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 775.129 2014= 826.368
Variação anualAbs.= 51.239 % = 6,6
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
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16.111
17.555
14.837 14.575
14.638
14.46016.086
14.68015.824 15.396
14.087 14.566
17.262
15.856
18.004
14.402
14.231
15.06116.352
13.681 13.982 14.535
14.208 14.768
02000400060008000
100001200014000160001800020000
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2013 2014 Total anual2013 = 182.815 2014= 182.342
Variação anualAbs.= -473 % = -0,3
Instituto de Segurança Pública | 28
Balanço Anual 2014
08. INDICADORES ESTRATÉGICOS DA SEGURANÇA PÚBLICA ESTADUAL
Esta seção apresenta os dados referentes aos indicadores estratégicos de criminalidade do Sistema Integrado de Metas e Acompanhamento de Resultados da segurança pública estadual. O Sistema de Metas foi implementado pela Secretaria de Estado de Segurança (SESEG) a partir do segundo semestre de 2009, pelo Decreto Estadual nº 41.931, de 25 de junho de 2009, e teve seu rol de indicadores alterado em 03 de janeiro de 2010 pelo Decreto Estadual nº 42.780. Como já dito anteriormente, hoje é composto pelos seguintes indicadores: letalidade violenta (que compreen-de o total de vítimas de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal dolosa seguida de morte e homicídio decorrente de intervenção policial), roubos de rua (que compreende o total dos registros de roubo a transeunte, roubo de celular e roubo em coletivo) e roubos de veículo. Partindo-se de critérios técnicos, foi estabelecido o gradiente de redução dos indicadores para cada Área Integrada de Segurança Pública (AISP).
Gráfi co 8.1 – Comparativo de Delitos das Metas da Segurança Pública Estadual – Letalidade Violenta
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
O indicador letalidade violenta aumentou 6,9% (ou 371 vítimas a mais) no estado do Rio de Janeiro entre 2013 e 2014.
Quando analisamos roubos de veículo (Gráfi co 8.2), vemos aumento de 16,6% ou 4.650 casos a mais em 2014, em comparação ao ano de 2013.
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5.3485.719
0
1.000
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3.000
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6.000
7.000
2013 2014
Aumento de 371 vítimas ou 6,9%
Instituto de Segurança Pública | 29
Balanço Anual 2014
Gráfi co 8.2 – Comparativo de Delitos das Metas da Segurança Pública Estadual – Total de Roubos de Veículo
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Gráfi co 8.3 – Comparativo de Delitos das Metas da Segurança Pública Estadual – Total de Roubos de Rua
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Quando considerado o total de roubos de rua (Gráfi co 8.3), que reúne os delitos roubo a transeunte, roubo em transporte coletivo e roubo de aparelho celular, observa-se no ano de 2014 aumento de 32,2%, ou mais 23.279 casos do que em 2013.
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72.256
95.535
0
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2013 2014
Aumento de 23.279 casos ou 32,2%
28.002
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35.000
2013 2014
Aumento de 4.650 casos ou
16,6%
Instituto de Segurança Pública | 30
Balanço Anual 2014
As análises apresentadas neste relatório tiveram como base comparações entre os anos de 2013 e 2014. No entanto, para uma refl exão mais aprofundada da evolução das incidências criminais e administrativas no estado do Rio de Janeiro, é necessário levar em conta a série histórica desses títulos nos últimos anos. Desta forma, tomou-se o ano de 2001 como referência de análise.
Considerando-se a variação anual de vítimas de homicídio doloso desde 2001 até 2014, observa-se que a inci-dência deste delito teve seu ápice em 2002, ano que apresentou total de 6.885 vítimas, e o ano de menor incidência, 2012, com 4.081 vítimas (Gráfi co 9.1). Verifi cou-se uma discreta tendência de queda nos homicídios, que sofre inter-rupções em 2005 e 2009, voltando a subir em 2013. Do ano 2001 para 2014, a redução percentual foi de 19,8%, ou ainda, menos 1.221 vítimas. Já de 2013 para 2014 ocorreu o aumento percentual de 4,2%, ou seja, mais 197 mortes por homicídio.
09. ANÁLISE DAS SÉRIES HISTÓRICAS
Observa-se tendência de queda no delito homicídio provocado por arma de fogo (PAF) (Gráfi co 9.2) até o ano de 2012, sendo este o ano com menor incidência (2.779 vítimas). Entretanto, esse número volta a aumentar em 2013, com 3.078 vítimas, e mantém crescente aumento em 2014, com 3.103 vítimas, isto é, mais 25 vítimas de um ano para outro. Por outro lado, nota-se redução percentual de 38,7% do ano de 2001 a 2014, signifi cando assim 1.963 vítimas a menos. A curva de tendência dos homicídios por PAF refl ete a curva de tendência do total de homicídios dolosos.
Gráfi co 9.1 – Vítimas de Homicídio Doloso no Estado do Rio de Janeiro – 2001 a 2014 – Valores Absolutos e Percentuais
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
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6.163
6.8856.624 6.438 6.620
6.323 6.1335.717 5.793
4.7674.279 4.081
4.745 4.942
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
8.000
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
-19,8%
4,2%
Instituto de Segurança Pública | 31
Balanço Anual 2014
Gráfi co 9.2 – Vítimas de Homicídio Doloso Provocado por Projétil de Arma de Fogo no Estado do Rio de Janeiro – 2001 a 2014 – Valores Absolutos e Percentuais
O furto de veículo apresentou queda a partir do ano de 2006 até 2011, ano de menor incidência da série (Gráfi co 9.3). O ano com maior número de furtos de veículo foi 2006, e a redução de 2001 para 2014 foi de 2,8%. Já a redução de 2013 pra 2014 foi de apenas 0,1%.
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Gráfi co 9.3 – Ocorrências de Furto de Veículo no Estado do Rio de Janeiro – 2001 a 2014 Valores Absolutos e Percentuais
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
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r ano
18.197
20.720 19.942 19.44921.322
22.63721.668 21.628
20.34218.752
15.593 16.26317.668 17.684
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
-2,8%
0,1%
5.066
5.7235.488
5.184 5.168
4.4434.208 4.090 4.134
3.4472.984 2.779
3.078 3.103
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
-38,7%
0,8%
Instituto de Segurança Pública | 32
Balanço Anual 2014
Gráfi co 9.4 – Ocorrências de Roubo de Carga no Estado do Rio de Janeiro –2001 a 2014Valores Absolutos e Percentuais
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
O ano de 2011 teve o menor número de roubos de veículo desde 2001. Até 2014, a série histórica apresentou au-mento de 16,2%. Observa-se que de 2013 para 2014 houve aumento percentual de 16,6%, ou, em termos absolutos, mais 4.650 veículos roubados de um ano para o outro. O maior número da série histórica pôde ser verifi cado em 2002, quando esse tipo de roubo atingiu o total de 34.432 ocorrências (Gráfi co 9.5).
Gráfi co 9.5 – Ocorrências de Roubo de Veículo no Estado do Rio de Janeiro – 2001 a 2014 Valores Absolutos e Percentuais
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
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r ano
28.099
34.432 33.531 32.408 32.69034.324
31.490
27.84725.036
20.05218.773
22.065
28.002
32.652
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
40.000
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
16,2%
16,6%
3.323
4.275
3.463
4.714 4.622 4.566 4.472
3.1722.650 2.619
3.073
3.656 3.534
5.890
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
77,2%
66,7%
Em relação a roubos de carga, analisando-se a série histórica (Gráfi co 9.4), verifi cou-se que esse delito apresen-tou aumento de 77,2% de 2001 para 2014, ou mais 2.567 ocorrências. De 2013 para 2014 houve aumento percentual de 66,7%, ou mais 2.356 casos, atingindo 5.890 casos (o maior valor da série). O título roubo de carga apresentou reduções sucessivas desde 2004 até 2010, porém, foi de 2007 para 2008 que se verifi cou a mais signifi cativa redução: 29,1%.
Instituto de Segurança Pública | 33
Balanço Anual 2014
Em 2010, a série histórica de roubos a transeunte registrou a sua primeira interrupção na tendência de aumento verifi cada desde 2003 (Gráfi co 9.6). Observa-se, porém, que os valores voltam a aumentar no ano de 2013 e se man-têm em ascendência também em 2014, ano no qual os roubos apresentaram o maior valor da série histórica: 80.463 delitos registrados. De tal forma, de 2001 para 2014 ocorreu aumento de 455,0% ou 65.965 roubos. De 2013 para 2014 observa-se acréscimo de 32,7%, ou ainda, mais 19.845 registros.
Gráfi co 9.6 – Ocorrências de Roubo a Transeunte no Estado do Rio de Janeiro – 2001 a 2014 – Valores Absolutos e Percentuais
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Em relação ao número de vítimas de estupro, observa-se tendência de aumento durante os anos de 2001 a 2014, com incremento de 80,0% (Gráfi co 9.7). O maior valor da série ocorreu em 2012, com 6.075 vítimas. De 2013 para 2014, houve redução de 209 vítimas, ou ainda, menos 3,6%.
Gráfi co 9.7 – Vítimas de Estupro no Estado do Rio de Janeiro – 2001 a 2014 – Valores absolutos e percentuais
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
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14.49819.053 17.884
22.256
36.080
46.340
59.494
68.03971.066
63.346
54.67849.560
60.618
80.463
0
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20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
80.000
90.000
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
32,7%
455%
3.1532.829
2.5772.917
3.5653.200 3.222
3.8464.120
4.5894.871
6.075 5.885 5.675
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
80,0%
-3,6%
Balanço Anual 2014
Observou-se nas séries históricas analisadas que em 2014 houve aumento nos totais de roubo e pequena redução no total de furtos. O total de roubos (Gráfi co 9.8) registrados em 2014, em comparação ao ano de 2013, teve aumento de 25,2%, ou seja, mais 31.808 casos. Ainda, na comparação estabelecida entre 2001 e 2014, observou-se aumento de 61,3%.
Gráfi co 9.8 – Total de Roubos no Estado do Rio de Janeiro – 2001 a 2014 – Valores Absolutos e Percentuais
Já o total de furtos (Gráfi co 9.9) apresentou curva ascendente durante toda a série observada, com exceção do ano de 2004, quando houve redução de 0,7% em relação a 2003, e do ano de 2014, com redução de 0,3% em com-paração a 2013. O menor número de ocorrências foi contabilizado em 2001, ano em que foram registrados 97.868 casos. O maior valor ocorreu em 2013: foram 182.815 ocorrências. Em 2014 os furtos reduziram e atingiram o valor de 182.342. No espaço de tempo compreendido entre 2001 e 2014, a diferença relativa foi de 86,3% de aumento.
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Gráfi co 9.9 – Total de Furtos no Estado do Rio de Janeiro – 2001 a 2014 – Valores Absolutos e Percentuais
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
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r ano
97.973
114.720 118.982110.988 113.437
124.087137.422 141.175 138.280
120.300106.688 103.775
126.190
157.998
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
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140.000
160.000
180.000
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
61,3%
25,2%
Instituto de Segurança Pública | 34
97.868107.258
119.766 118.925126.333
140.874
157.150168.945 170.245 174.776 176.000 178.739 182.815 182.342
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
140.000
160.000
180.000
200.000
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
86,3%
-0,3%
Instituto de Segurança Pública | 35
Balanço Anual 2014
Os totais de registros de ocorrência do estado (Gráfi co 9.10) também se mantiveram em alta no período em questão. Em 2014 se deu o maior valor da série, com 826.368 registros, e o menor aconteceu em 2001, com 453.577 registros em todo o estado. A diferença entre esses anos foi de 82,2%. Já a diferença entre 2013 e 2014 atingiu 6,6%, ou seja, mais 51.239 registros de ocorrência de um ano para o outro.
Gráfi co 9.10 – Registros de Ocorrência do Estado do Rio de Janeiro – 2001 a 2014 – Valores Absolutos e Percentuais
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
A partir da implementação do Sistema de Metas e Acompanhamento de Resultados em 2009, os indicadores estra-tégicos letalidade violenta, roubo de veículo e roubo de rua e suas respectivas séries históricas constam no presente relatório. O delito roubo de veículo (Gráfi co 9.5), também considerado como um dos indicadores de tal Sistema de Metas, já constava como categoria de análise desde a primeira edição do Balanço Anual, assim como os outros títulos mais recentemente considerados como indicadores, porém estes eram apresentados de modo desagregado.
No que se refere à letalidade violenta (Gráfi co 9.11), observa-se que o indicador estabelece tendência de redução a partir de 2007, apresentando inversão dessa tendência nos anos de 2013 e 2014, quando o número de vítimas volta a subir. As reduções foram discretas no período compreendido entre 2007 e 2009. Atingindo 7,3% de 2007 para 2008 e 0,4% de 2008 para 2009. A partir de 2009, o indicador passou a apresentar reduções mais signifi cativas: 18,0% de 2009 para 2010 e 14,9% de 2010 para 2011. Já entre 2012 e 2013 houve aumento de 14,6%, assim como entre 2013 e 2014, cujo aumento foi de 6,9%, ou mais 371 casos.
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453.577502.333
536.163 550.262581.416 609.251 631.684 654.745 669.716 674.047 696.275 718.733
775.129826.368
0
100.000
200.000
300.000
400.000
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2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
82,2%
6,6%
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Balanço Anual 2014
Gráfi co 9.11 – Total de Letalidade Violenta no Estado do Rio de Janeiro – 2001 a 2014 – Valores Absolutos e Percentuais
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
Os roubos de rua (Gráfi co 9.12), que no período de nove anos (2001 a 2009) apresentaram sequência quase ininterrupta de crescimento no total de registros, em 2010 registraram sua primeira queda (11,3%). O comportamento de redução se manteve até 2012, atingindo 11,7% em relação a 2011. Apesar das reduções observadas nos últimos anos, a série histórica evidencia que, na comparação entre 2001 e 2014, os registros de roubo de rua tiveram aumento relativo de 168,3%. Entre 2013 e 2014 observou-se aumento de 32,2%, ou 23.279 casos a mais.
Gráfi co 9.12 – Total de Roubos de Rua no Estado do Rio de Janeiro – 2001 a 2014 – Valores Absolutos e Percentuais
Fonte: DGTIT/PCERJ. Elaboração ISP.
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r ano
7.083
8.043 8.0547.645
7.9877.649 7.699
7.134 7.106
5.828
4.9604.666
5.3485.719
0
1.000
2.000
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6.000
7.000
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2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
-19,3%
6,9%
35.610 37.700 36.669 39.836
52.338
64.665
77.33786.574 88.495
78.536
66.53558.763
72.256
95.535
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80.000
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168,3%
32,2%
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Balanço Anual 2014
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em virtude das análises contidas no presente relatório, foi possível inferir que, dentre os delitos classifi cados como crimes violentos, houve aumento em quase todos os títulos analisados nesta categoria no ano de 2014, com exceção dos crimes de lesão corporal dolosa e estupro, cujas reduções foram de 1,2% (menos 1.060 casos) e 3,6% (menos 209 vítimas), respectivamente, em comparação ao ano anterior. Homicídios dolosos registraram aumento de 4,2%, representando, assim, 197 vítimas a mais. A maior variação anual atingida em 2014 deu-se nas tentativas de homicí-dio, com aumento de 28,7% (ou mais 1.418 vítimas) em relação a 2013.
Na seção referente aos crimes contra o patrimônio, percebe-se que o delito que mais se destacou em 2014 foi o roubo de carga, registrando aumento de 66,7%, tendo ocorrido, portanto, 2.356 registros de cargas roubadas a mais, em comparação ao ano de 2013. O título roubo de aparelho celular registrou aumento de 42,0%, no ano de 2014, com mais 2.293 casos que no anterior. O título roubo a banco teve aumento de mais sete casos enquanto roubo a transeunte, com mais 32,7%, teve acréscimo absoluto de 19.845 casos. Para o delito roubo em coletivo observa-se acréscimo de 18,5%, atingindo assim aumento absoluto de 1.141 casos. Da mesma forma, o delito roubo de veículo apresentou aumento de 16,6%, ou mais 4.650 roubos. Já o furto de veículo obteve aumento de 16 casos, apresentan-do trajetória semelhante ao ano anterior, com mais de 17.600 carros furtados.
Ao analisar a seção atividade policial, no que se refere a prisões e a apreensões de adolescentes, foi possível constatar no ano de 2014 aumento de ocorrências em ambos os casos, com valores adicionais de 2.531 (8,5%) e 1.158 (16,0%), respectivamente. Cumprimento de mandado de prisão apresentou aumento de 15,2% frente ao ano de 2013, resultando em 2.663 casos a mais.
Na seção em alusão a outros registros, destaca-se o homicídio decorrente de intervenção policial, com aumento de 40,4%, ou total de 168 mortes a mais, no ano de 2014.
Ao se tratar do total de registros ocorridos no estado do Rio de Janeiro durante o ano de 2014, foram contabiliza-dos 826.368 registros de ocorrência, correspondendo a um aumento de 6,6% (51.239 casos a mais) em comparação ao ano anterior. No que diz respeito ao total de roubos, observa-se aumento de 25,2% frente a 2013 isto é, 31.808 casos a mais. O total de furtos reduziu em 0,3%, ou 473 casos, de um ano para outro. Dos indicadores estratégicos da segurança pública do estado, quais sejam, roubo de veículo, roubos de rua e letalidade violenta, todos apresen-taram aumento nos índices em 2014, comparados ao ano anterior. Nos roubos de rua, vemos aumento de 32,2%, com 23.279 casos a mais do que no ano anterior. Nos roubos de veículos foram 16,6% de aumento, como observado anteriormente. Por fi m, o delito letalidade violenta teve aumento de 6,9%, isto é, mais 371 mortes.
Tendo em vista os dados mensurados, em relação ao ano de 2014, percebe-se que os números dos delitos foram, em sua maioria, superiores ao ano de 2013. Dos oito crimes violentos apresentados neste relatório, quatro tiveram reduções (estupro, lesão corporal dolosa e os dois delitos relacionados ao trânsito). Nos títulos com tipifi cação provi-sória, ocorreu redução em um e aumento no outro.
Dos quinze crimes contra o patrimônio constantes neste Balanço Anual, apenas cinco obtiveram redução de 2013 para 2014. As atividades policiais aumentaram quase todas, com exceção das apreensões de drogas. Nos outros delitos, dos cinco títulos analisados, houve redução apenas no número de policiais civis mortos em serviço. Dos totais de registros, dois aumentaram, e somente o total de furtos reduziu.
Por fi m, quando analisamos as séries históricas dos delitos contemplados no Sistema Integrado de Metas e Acompanhamento de Resultados da segurança pública estadual, vemos que a tendência de queda dos indicadores verifi cada principalmente após a implementação de tal Sistema sofre modifi cações nos dois últimos anos da série, apresentando aumentos. Dessa forma, quando comparamos os anos de 2013 e 2014 verifi camos que todos esses delitos apresentaram acréscimo.
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Balanço Anual 2014
NOTAS METODOLÓGICAS
As informações contidas neste relatório foram obtidas a partir dos registros de ocorrência das Delegacias de Polícia Civil no ano de 2014, e comparadas aos dados de 2013 da PCERJ. A análise é baseada em todos os títulos publicados em Diário Ofi cial do estado do Rio de Janeiro, e está dividida nas seguintes seções: Vítimas de Crimes Violentos, Vítimas de Crimes Violentos de Trânsito, Vítimas de Mortes com Tipifi cação Provisória, Registros de Crimes Contra o Patrimônio, Atividade Policial, Outros Registros Policiais, Totais de Registros, Indicadores Estratégicos da Segurança Pública Estadual e Análise das Séries Históricas.
A categoria crimes violentos utilizada neste relatório se refere a crimes contra a pessoa praticados com o uso de violência; crimes contra o patrimônio com resultado morte; e crimes contra a dignidade sexual.
Com relação aos crimes violentos contra a pessoa nos quais houve morte, dois tipos foram analisados: homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte. Dentre os casos de crimes violentos contra a pessoa sem evento morte, foram estudadas as tentativas de homicídio e as lesões corporais dolosas.
Na relação de crimes violentos, existe ainda um crime contra o patrimonio, qual seja o roubo seguido de morte, também chamado de latrocínio.
Fechando a categoria de crimes violentos, elencamos o delito estupro como aquele que atenta contra a dignidade sexual. Entretanto, cabe esclarecer que a categoria estupro corresponde ao somatório dos crimes anteriormente re-gistrados como atentado violento ao pudor e aqueles registrados como estupro. Essa mudança na metodologia foi ne-cessária em virtude da promulgação da lei que alterou, em parte, o Código Penal Brasileiro, ou seja, a Lei 12.015/09, refe¬rente aos crimes contra a dignidade sexual. Com isso, o crime de atentado violento ao pudor anteriormente previsto no artigo 214 do Código Penal (CP) foi revogado integralmente pelo artigo 7º da referida lei. Porém, a Lei 12.015/09 também mudou a redação do artigo 312 do CP, que passou a incluir no rol das condutas previstas como estupro aquelas que anteriormente eram defi nidas como atentado violento ao pudor, destacando-se que, a partir de então, tanto homens como mulheres podem ser vítimas de estupro. Por essa razão, e atendendo a fi ns metodológi-cos, os crimes de atentado violento ao pudor foram somados aos de estupro e analisados conjuntamente. Da mesma forma, as séries históricas desses dois crimes foram somadas, permitindo uma análise comparativa desses delitos ao longo do tempo.
Na seção Vítimas de Crimes Violentos de Trânsito são tratados os delitos que envolvem os casos de acidentes de trânsito, de caráter involuntário ou não-intencional, que resultaram em vítimas fatais ou não-fatais, ou seja, os títulos homicídio culposo de trânsito e a lesão culposa de trânsito.
O segmento Vítimas de Mortes com Tipifi cação Provisória refere-se às ocorrências nas quais não foi possível caracterizar, no momento do registro, a causa da morte como natural ou externa. Nesses casos, dois títulos foram considerados: encontro de cadáver e encontro de ossada.
Os crimes analisados na seção Registros de Crimes contra o Patrimônio dizem respeito a roubos, furtos, extorsões e estelionatos. Conforme o Código Penal Brasileiro, o crime de roubo consiste em subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência contra a pessoa, enquanto o furto é o ato de subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel. Cabe ressaltar, no entanto, que este se distingue do roubo por se tratar de uma abordagem sem grave ameaça ou violência a pessoa. O crime de extorsão consiste em constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa. Estelionato se caracteriza pela obtenção, para si ou para outrem, de vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento.
Desta forma, os títulos apresentados em relação aos crimes contra o patrimônio são os seguintes: roubo a esta-belecimento comercial, roubo a residência, roubo de veículo, roubo de carga, roubo a transeunte, roubo em coletivo, roubo a banco, roubo de aparelho celular, roubo com condução da vítima para saque em instituição fi nanceira, furto de veículo, extorsão mediante sequestro (sequestro clássico), extorsão, extorsão com momentânea privação da liber-dade e estelionato.
A categoria Atividade Policial constitui uma agregação de várias ocorrências policiais, intituladas como: apreensão de drogas, armas apreendidas, prisões, apreensões de adolescentes e cumprimento de mandado de prisão.
As categorias de armas apreendidas utilizada nas análises aqui contidas tiveram como fontes de dados as polícias
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Balanço Anual 2014
Civil e Militar do estado do Rio de Janeiro. Os tipos de armas apreendidas foram agregados por técnicos do ISP, da seguinte forma: fuzil, metralhadora/submetralhadora e pistola (Categoria A); carabina, rifl e, espingarda e escopeta (Categoria B); revólver (Categoria C); e arma de fabricação caseira, garrucha/garruchão e trabuco (Categoria D).
A seção Outros Registros Policiais apresenta títulos que se enquadram em defi nições variadas e que não se adequavam às categorias já apresentadas: ameaça, pessoas desaparecidas, homicídio decorrente de intervenção policial, além de policiais militares mortos em serviço e policiais civis mortos em serviço.
A partir da edição do ano de 2013, o Balanço Anual das Incidências Criminais no Estado do Rio de Janeiro passou a apresentar também os dados sobre os indicadores estratégicos de criminalidade do Sistema Integrado de Metas e Acompanhamento de Resultados da segurança pública estadual. O Sistema Integrado de Metas foi implementado pela Secretaria de Estado de Segurança (SESEG) a partir do segundo semestre de 2009, por meio do Decreto Esta-dual nº 41.931, de 25 de junho de 2009, e teve seu rol de indicadores alterado em 03 de janeiro de 2010 pelo Decreto Estadual nº 42.780. Hoje há acompanhamento dos seguintes indicadores: letalidade violenta (que compreende o total de vítimas de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal dolosa seguida de morte e homicídio decorrente de interven-ção policial), roubos de rua (que compreende o total dos registros de roubo a transeunte, roubo de aparelho celular e roubo em coletivo) e roubos de veículo.
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