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—a— i in 11 ¦

Francisco Juliáo, os Comunistas e a Revolução Brasileira ârMft dt•lOOONDO DUS,

Bomba na

Exposição:

Juiz eitá

acusando

n polícia

Ttito na6* página

11\*\ ÍÁ [•x^iEOICAO PARA GUANABARA

ANO IV — Rio di Joneito, temono de 29 de iunho o 5 da julho de 1962 — N" t?6f'"

Congresso

nacional

dos barnabés:

Belo

Horizonte

Texte ni2' página

Derrotar as Cúpulas Reacionárias e a Conciliação

Povo Nas Ruas Para ExigirDos Deputados umNacionalista e Democrático

üabinete

'

i

0 Povo DecidiráOrlando Bomfim Jr.

ACÚPIXA reacionária, enquislada principalmente

nas altas direcóen do PSD e da UDN, está apre-sentando ao público um espetáculo edificante. Deseja-va ela, de inicio, resolver o problema da constituição donovo Gabinete â baae da distribuição de postos e van-tafens, à baae de um acordo de cavalheiros, de um"teutlemen. arreement", como disem os magnatas ecaaptei. norte-americanos. Com a boca torta pelo usodo .achi-abo, i a única linguarem que essa (ente sabe

.falte: a linenvetn.diw concha».,-.' t das minoJura.^íf-' cttsas. Acostumada a decidir du questões do governocomo quem decide de um negócio particular • assimresolver tudo em beneficio dos rrupos parasitários querepresenta, pensava em continuar tranqüila e crimino-«mente a agir dessa maneira. Por isso espumou deõdio quando os trabalhadores começaram a manifestarsua intenção de influir, em beneficio de todo o poro.na composição do novo governo. Mas seu furor foiinútil. O certo é que os acontecimentos tomaram umrumo diferente e os chefóes políticos e sua eamorrativeram de sair dos bastidores e aparecer no palco, re-velando aos olhos do público o papel que realmenterepresentam.

CONTRA a aprovação do nome do sr. San Tiago Dan-

tas para primeiro-ministro desencadeou-se e de.sonvolve-M, na momento em que cücreveiuos, uma cam-panha na qual o que existe de pior e mata atrativo navida politica brasileira se agrupa e ntilia* de todos oaprocessos para impor sua vontade. £ um negociatacomo o sr. Amaral Peixoto, já tantas vèm» tepudiadonas urna. pela população fluminense, mm » vonhecemuito bem. É um Herbert Levi, defenaor doa privilé-gios dos latifundiários do café e parceiro, na direçãode muitas empresas, da espoliação de noi» povo pelosimperialistas ianques. É uma viúva de HlWer, como Pli-nio Salgado, que dispensa adjetivo, t um Ademar deBarros, que oficializou a filosofia politica do "roubomas faço". São tipos como Lacerda e Armando Falcão.Essa. camarilha se junta num esforço em que todas asarmas — as mais torpes são empregada, para imporuma solução que atenda aon seus sujos interesses.

QUE acusações fazem a» sr. San Tiago Dantas? Com-

batem-no. por ter .seguido o ltamarati uma poli-tica de normalização das relações diplomáticas e co-merciais com os paises .socialistas e de defesa da auto-determinação dos povos. É o único fato concreto queapresentam. E esse fato constitui exatamente o úni-co aspecto realmente positivo da gestão do GabineteTancredo Neves ... Nosso povo, em demonstrações ine-quivocas, mais de uma vez apoiou essa politica exter.na e exigiu ainda mais, exigiu uma política externaconseqüentemente independente. E exige, alem disso,um novo Gabinete capaz de seguir também urna poli-tioa interna de acordo com os Interesses nacionais. Paraque isso não aconteça é que agem como desesperados oscarcomidos das cúpulas reacionárias dos "grandes par-tidos".

. .. i.

QUE Amaral Peixoto, Herbert Levi, Lacerda et ca-- ter va. pretendem é i_ue o Brasil, ao-invés-de avan-

çar recue. Tém falado em reformas. Mas, na verdade,*é contrário de reformar, querem levar o pais a retro-ceder. O sr. San Tiago Dantas, no discurso em queesboçou a orientação que seguiria no governo, se apro-vada sua indicação, fêz algumas evidentes concessõesaos grupos reacionários. Reconhecendo embora que ainflação não poderá ser de imediato estancada, masapenas amortecida, falou em "trégua salarial" e colo-cou a questão dos preços em lermos de "compromissomoral" com as chamadas classes produtoras. Mas areação é insaciável e não se deu por satisfeita. Opõe--ae a um simples passo, por mais curto que seja, paraa frente. Como dissemos, quer caminhar para trás.

AS MASSAS trabalhadoras e populares podem com-

preender, assim, com clareza crescente qual o ca-minho a seguir na defesa dos seus interesses. Percebemque seu destino está em suas próprias mãos. Ja co.meçaram, por isso mesmo, a se movimentar, não acei-tando a posição de meras espectadoras dos aconteci-mentos. Enganam-se aqueles que desejam silenciá-la»e imobilizá-las. No Brasil, como aliás no mundo Intel-re, a situação inevitavelmente se desenvolverá no sen-tido de que as massas cada vez mais influam nãoapenas na vida politica, mas em toda a vida da so-ciedade. Enganam-se também aqueles que, com a de-cisão da Câmara sobre a indicação do nome do sr.San Tiago Dantas, julgam a batalha terminada. Lon-te disso. Qualquer que seja a solução, a luta continuara.Mesmo porque a simples escolha do primeiro-ministrosignifica apenas um passo na composição do Gabinete,E o sentido da luta deverá ser o mesmo seguido ateagora: a conquista de um governo nacionalista e de.mocratico, capaz de enfrentar e resolver os problemasjà indicados pelos comunista...... necessidade qtte «xis-

'te é exatamente a de intensificar essa luta.

I A esta altura, todo nPau é um comício emque ae exige da Câmarados Deputados a forma*<,ão dc um Comclho tleMinistros que se compro-meta perante a Nat.-ão eo povo a põr em práticaas tão prometidas refor-mas de base e conter, ur-gentemente, a inflação e

a carestia de vida. DoRio Grande do Sul aoPará sucedem-se ** ma-nifestações de repúdioàs manobras entreguis-tas das cúpulas dn PSDe UDN. Na (iuanaharae em São Paulo reali-zam-se grandes comíciosde massas, enquanto devários pontos do Pais di-

rigem-se a Brasília cara-vanas de trabalhadoresque vão exprimir pes-soalmente aos deputadosa sua decisão de só acei-tarem um gabinete queseja constituído por ho-mens de sua confiança.Na foto embaixo, comi-cio realizado no dia 22,na GB. 8.* página.

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Exército Desfaz AcampanentiDns ísUÉrtÉs «rWECMas Greve irá fite a Vitória

_Vas primeira»: horas daia rde da ontem tropas do IExército expulsaram do Mi-íiisiéiio da Educaçfio cenic-nas dp universitários qne ali>c encontravam acampados.Os esiurianips haviam ocn-pado o chamado -Palácio riaCultura ¦ em face da negati.va sistemática das aulorida-uos ministeriais em tomarunia atitude capa/, de pôrlim ao impasse criado pelaobstinarão dos reitores, qneinsistem no nào aiendimen-lo da reiviiidicai.'ã'o estudan.•. tll- de participação nos ór.gãos administrativos dasuniversidades e faculdades,na base de uni terço da com-posição de tais organismos.A recusa dos reitores; cri-mo é sabido, originou a.gic.ve, que na Guanabara atin.gira seu clímax com, oacampamento, A nvedidà deíôrça tomada oiilem pelo go-vêrno em nada aitajleceii omovimento grevisjn, queprosseguirá lüiando taiu.bém, como já o vinha fazon.dó, pov um conselho de mi-nislros de composição na-cionalista q. democrática,que apresente um minisirnda Educação interessado naresolução dos problemas donosso sisloma.de ensino su.peVlqr e que não se interês.se pelos movimentos reivin-dlca.lórios dos estudantesapenas paia terítàr contê-lospela força.

Logo após serem expulsosdo MEC, os universitáriosreuniram.se todos na sededa UNE, de onde traçaramnovos rumos para a greve.(Na folo ao alio os estudan.tos participando' tio comíciodo dia 22, por um gabinetenacionalista e democrático;na página 2, reportagem só-bre o acampamento).

Kennedy é umIndesejávelPara o PovoBrasileiro

Texto na 7» página

AmericanosJulgam oPresidente

^rti^UflGWHALt^t 4* página

CÂMARA DEVE ANULAR

LEI REACIONÁRIA DO SENADO

SOBRE REGISTRO DE PARTIDOSTexto na 2' página

INVASÃO: 15.000 POLICIAISE MILITARES IANQUES ESTÃOINSTALADOS NO BRASIL

Texto na 3* página

Remessa de Lucros: Ameaçado_>

Pelas Emendas do Senadoo Projclo Aprovado na Câmara

Texto na 7' página

II CongressoNacional daMocidadeTrabalhista

o II Congresso Nacionalriu M o c i d a d e Trabalhistainstalar-se-á sexta-feira, dia29 de junho. a> _n.:j() ho-ras. A solenidade, que terácomo local o Palácio Tira-dentei contará cem a pre-'nca rio presidente da Re-publica, sr. João Goulgrt edn Rovernnd. r dn Estado dnRm Grande do Sul. dr. Leo-nel Bri.ola.

— Página 2NOVOS RUMOS — lie dt Jorurífo, ftmono d* 29 dt Mo • 3 d. luto éê \HÍ si

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Porangatu: Novo EP««í?j° *?Luta Camponesa em ooia»

—.».-. *_¦*..*.*» •« dk^fitrtf»-*!

CONTANDO AS LUTASCamponeses d* Porangatu narram hlttoiiu duras •

reais do sua* duras vidas. O desamparo, a exploração dequa sao vitimas, a perseguição que lhes movem os art-leiros. Estes em Porangatu tem suai expressões mais ait».no prefeito municipal e no juiz de direito da ridadi». Ma.»bà na sua narrativa uma serenidade que reflete «ua es-

perança' os camponeses tem rm Oolás Jà uma boa tra-diçao de lutas, t os dt Poranantu comc<*tm » ter umnível de orcanizaçoo que acabam par conquistar para uuma vida digna. <A foto loi cedida gentilmente pelo•D-.ano da Tarde", de Goiânia i.

Universitários Ocuparamo Ministério e só o DeixarãoCom a Vitória de Sua Greve

Desde sepunda-feira. dia25. os universitária» carioca.*.em greve encontram-seacampados no Ministério daEducação, ocupando o pa-tio, a área de entrada e todoo segundo andar do Pala-cio da Cultura, onde estáInstalado o gabineto do pro-fessor Madureira de Pinho,substituto Imediato do mt-nlstro Oliveira Brito. Dali«o sairão — disse o acadè-mico Aldo Arames, presi-dente da UNE e do coman-do da greve —."quando íóratendida a reivindicação de 'participação do corpo dia-cente nos órgãos de adml-nlstração das universidadese faculdades, na base de uinterço da composição de taisorganismos".

Oi estudantes, que duran-te toda a semana passadaenfrentaram nas ruas da ei-dade a fúria fascista dapolicia de Carlos Lacerda,terminando por vencerema obstinação obscurantistadas autoridades policiais,realizaram já em paz, nofinal da semana duas ma-niíestações: no Largo doCACO, onde o Centro Po-pular de Cultura pôde re-

Í>resentar pela primeira vez

ivremente em praça públi-ca na Guanabara o "Autodos 99 )>or cento", e no Lar-go do Machado, onde tevelugar um comício que con-tou com uma assistência tãonumerosa quanto a queocorre aos comícios eleito-rals do auge das campa-nhas sucessórias. Antes deacamparem, os universitá-rios grevistas participaramtambém do grande comíciopromovido pelos trabalha-dores no dia 22, nas es-

.cadarlas do Palácio Tira-dentes, quando o povo ca-rioca manifestou com vi-bração a sua exigência de«ma composição nacionalis-ta e democrática para o ga-blnete que deverá substituiro atual Conselho de Minis-tros.

O acampamento vematraindo a atenção de ml-lhares de pessoas e está-seconstituindo, segundo os li-deres da parede, "num efi-ciente veículo para levar opovo as razões do movi-mento e a necessidade dareforma universitária". Portoda a grande área do edi-

NOVOSRUMOS

Dlr«WrKArto AlrtM

Diretor ExtcutlvoOrlando Bomfim Júnior

Redator CbofeFragmon Borge»

OerentaOuttemberE Cavalcanti

Redação: Av. Kl» H*»iic«.•57. 1"* andar 8/1111 — T«l!

42-T344Gsrencla: âr. Wo Brano»,

251, 9» andar S/»»SsnctnsAX de s. pautoKua 15 de Mavombro, 218

í.» «lidar 6/8*7Tel.: S5-045S

Endereço teltgrSfleo s«NOVOSBUMOS» *ASSINATURAS:

Anual ¦^KSemestral > -'?Trimestral » " •"?,Número avulso . > jo.wNúm»ro «:'-»sailo » io""

A«SIS».TrK.*. AfcBEAAnu» OS l.«"fi'i"Scmr.tr». • «?*«TrimeMrs! ... > S",J-0U

ficlo do MEC barracas es-táo inOladas. Estudantesde química levaram para aliate um pequeno laborató-rio no qual efetuam expe-riéncla ás visu do povo.Alunos da Escola de BelasArtes executam desenhos nahora sobre temas da refor-ma universitária. Desenhosque cão vendidos aos po-pulares, revertendo o dinhel-ro em ajuda financeira ágreve. Alunos das íaculda-des de filosofia dão aulassêbre diversos assuntos e es-tudantea da medicina atén-dem a qualquer pessoa 4u*>lhes lolicite os préstimos.Através de um serviço dealto-falantes o povo vai sen-do Informado autênticamen-te da pretensão dos univer-sitários e do que ela signl-fica para a população. Inú-meros murais espalhadosjielo pátio apresentam prá-ficos e exposições que fa-Iam eloqúeiitcniciuc da ca-ducidade do noáso sistemade ensino superior c do nal-baratamento das verbas aêle destinadas.

PROCLAMAÇÃOLogo após a instalação do

acampamento a União Na-cional dos Estudantes e aUnião Metropolitana dosEstudantes, em nota ofi-dal assinada por seus pre-sidentes, universitários Al-do Arantes e José de Sou-aa, respectivamente, explica-ram os motivos da medi-da. Dizem os estudantes: "Aomissão do governo federal,e em particular do Minis-tério da Educação e Cul-tura, que passiva e coníor-tàvelmente vêm assistindoao espetáculo do Impasseverificado entre alunos «conselhos universitários nosremeteu à tomada desteministério. Advertimos, nomomento em que se formanovo gabinete, que não maisaceitaremos um ministro daEducação vazio de defini-çóes que a hora presenteexige, que continue a fazerconferências, a fazer pro-nunciamentos, a anunciarteorias. E só. Estamos_ can-sados das acomodações eartimanhas com que há tan-to tempo nos procuram lu-dibriar. Conclamamos os co-legas universitários da Gua-nabara e do Brasil a se uni-rem com os colegas que aquijá estão, dando mais umademonstração de unidade ecoesão desta nossa luta rei-vlndlcatóría".

Já na terçe-feira. segun-do dia do acampamento,subia a mais de trezentos onúmero de universitáriosacampados, sendo grande aporcentagem de moças. Oacampamento funciona *-¦¦horas por dia. As refeiçõessão servidas pelo Restaura»-te Central dos Estudantes,da UME. A dormida é feitanum sistema de revezamen-to. nas barracas e naa poi-tronas localizadas no «-gundo andar. O Centro Po-pular de ÇuJtura. vem.en-cejbando no - lifcal. dlvtrsaspeças sobre a reforma nnl-versltárla, além do "Autodos Cassetetes'1, que é umasátira à violência da políciado governador golpista Car-los Lacerda.

NOS ESTADOS

Outra providência tomada,logo após a concretizaçãoda "operação ocupação', pe-los líderes da greve, íoi ade comunicar imediatamen-te aos comandos estaduaisdo movimento a realizaçãoda medida.

A greve prossegue firmeem todo o território nacio-nal. Náo há o menor reces-

so. Em vários Estados no-vas e ricas Iniciativas er.-Uo sendo postas cm prr-tica n» luta pela efetivaçãocie um terço de alunos nosconselhos universitários,conselhos departamentais econgregações.

Em Mo Faulo vem sendoutilizada com ótimos resul-tados a tática dos comícios-relâmpagos. Também a re-presentaéao de peças tea-trais onde são utilizados oamétodos obsolrUa. de ,ensl-noiriatendd

O movimento èm SioPaulo reivindica também •federallzaçao da Unlversl-dade do Mackemsle • o afãs-tamento do professor Ale-xandre Correia Filho da cá-tedra de Direito Romano daFaculdade de Direito daUniversidade de São Paulo.

No Rio Grande do Sul, osgrevistas realizaram na úl-lima semana grande passea-ta, no decorrer da qual pro-moveram o enterro slmbóli-co do reitor da unlversida-dt.

dos obsoletas... de >ensl-. m-ssxútiámtâ'' -a*»dos c*tc<ftit.4**, ix -í grande efeito. Wi%

IWtir4a.il tlMWC**) P*rt Bi - utniliiut sendo««rito m Orno», nos Wtt*mo* t«mp<>*. •*"¦ ••õ'° l *"titulo na historia <t lutacampo*1-'1* pfla urrt* odtrtlteUiKia «t>t latraitr*pobre* liara imptdir o rou*Du df •<*•« urras- A« fi|U*rtt centrais de**a luta «àooi pon*::.-* e o» anturot primeiro*. reprv>tntanduo prosr***". r i.» ftttundoi.oatraio do lalilúndlu v dosrritos ttudalt

Portueaiu, mumciplu »i.maio no médio Ooitt. romII mil habitantes e umtprodu-tn roroavfl dt trre?e milho, capa» de aumrniarrapidamente, em virtude dafertilidade de suat terra»,e o novo eenirio do cito*"flor entre ot eamponcws eo* ladrôet de terra, ehoiueque tende a ampllnr*»e namedida em oue at ms**8t.rurat» do Eiudo adcdrrm,„:,* ¦•.'•i-i.* de 'tia* fdreat.Poranitatu é mait um fo-oda lula que !* ae «rn*» emfbrmoso Peixe. Vale doParanS. Alvurrda. Juí-

,.rt Salaelnho. etc

OXIGf NS EOESENVOLVnMEN.CDA LUTA

A luta vem de longe erecrudesce no período da*colheitas, como ago"* A*terras de Porangatu forammedidos em 1W7 pelo go-vérno de então. Teve inicioum protesto de entrega dcterras tos posseiros, que.por pre Mao dot grilei-ro»-l3tlfundlár.o.t nào foicompletado. De vez emquando, a partir dessa épo-ca. ocorriam choques es-pai.*os. Hi seis rae^es. maisou menos. íot assast-inadoum posseiro, e. em revide,foi íe-ldo um grileiro, umtal d'Abadla. que apavora-do fugiu da região com seuscapangas.

Na área ocupada petas800 famílias dc po«sclro»ique o governo goiano ln-slite cm dtrer que são apr-nas 20. qualificando os de-mais de "Invasores"' hauma área de 60 alqueiresgoianos de terra de-voluta.Como é natural, os postei-ros desejam lnco-parares.sevazio econômico ás suasterror. Mas com isso naoconcordam os grileiros, queaspiram a roubar não so os60 alqueires, como tambemo terra Jà ocupada peloagrileiros hàmtls de 10 anos.

Os posseiros sabem que a'ocupação dos 60 alqueire*.^ls£«ril«lls>s fortalecera a

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mS%rtilrW que'durantealgum tempo vacilaram. r«-icíveram ultimamente ¦ pas-sar à ação contra os campo-neses de Porsngotu. Depoisd> aliciarem capangas, pas-•aram a provocar os pos.teiros Há cerca de um mês.um camponês jovem de 21anos. dc nome CelestinoFerreira, saiu de sua w»par» ir à feira. No meio aocaminho foi assaltado porjagunços dos grileiros e as-losamodo. Os jagunços cor-taram a hngua e uma ore.lha do defunto para pro-var aos grileiros que o «ser-viço» estava cumprido. Trêsdias depois do assassinato,chegava à área dos 60 ai-

Sueires um caminhão cheio

e montimentos e homensutra ocupá-la em nome dosgrileirot. Maa on campone-tm estavam vigilantes econseguiram, com uma armaprimitiva por êle» mesmostabricada. atingir o cami-pago « ferir dois de seusocupantes, que foram, as-sim, cíirigtdos a bater emredrada. Os grileiros feri-doa íorsm Sebastião Lopes e.teu llliio.

O ato seguinte, e umanovo oçao dos grileiros: dei--¦a vez seus capangas, apro-veitando a ausência dos pos-serros qne estavam no tia-balho, atacaram ranchoscunposeses, queimando-os.Nessa ocasião, foram moi-tos velhos indefesos, entrees quais Celestino Ferreirada Paixão, Balbino Correiade Oliveira e Joaquim Me-deiros. A Federação dos La-vradores e TrabalhadoresAgrícolas do Estado deGoiás protestou pübJicamen-te contra este ato de vanda.lismo praticado . pelos gri-leiros. Outros dois possei-ros, que afrouxaram a vigi-lâncla e se afastaram dosseus companheiros, • foram

>4jMundti§ d.< (-.!*• m umsinpo o> f«ií*ngí* t> meou.ertdoa num» rapei», N*manha w*ii.ulnie lotar»'- t-.a.i-: , lonm m dU »••»sons.0I6ANIIAM >t OIr-CSSDtOI

u§ pmwlio* nao têm Wu.íú.»-, ihbem nu* enfrenlimmn inlntíBU iw*t e <ero«*«i«r I»**». •»•(.>» dmovl* •»«•tOS pilinelr»» t*Haii»iiiu»»*>

. Ji.:.. a utii,mi/.*r »»ro*pMtuetea de conbtlt. A•n, Irente e*ti*o o* rlnlgen.in itts A»socl#,fle* Catnpo.n *m» uc S**iri!iiw, Anurtjt->.i o Caia Umt*i. »ymaii»i.«*(ht pur um velliu e eapen.uno luiiuloi Jo»* tíwual*\t?s. um mltiu dt» iaii*»«*tcíio e laviaoor, lium* e in.•..!.....' llljtl tt»|H?tlU IUS-i,i « sá mun iilii, |*. •*.- o »f

Nfio lu dúvi.l4 de que «»|Hi«»ciii.» levam uma ite».v-anltgem; -nas aun«» imuem menor quantidade e Iníe.riutes as •!¦•* grileiros, A*êui¦ii. ... nfto comam, tomo «'•-•te*., cum « ajuda de uiüit..»auimiittukti. Tem. i•¦*»* '*¦ a

.-. favor 4 > • --iífJade «'ali.v u*.i ii-.ii.- '¦¦ !"¦. '¦:-. "lucnl e po^iinn ms-urw o«polo decidido dos |m»ic!h,«uns icploet límiiioie», comuos dc Formoso.OS GIIIEWOS E SEUSCHEfES

A quadrilii.i dos ;:-•.•:•-d.* fuiangatu >• . ii.-i... •¦• pt»Io Juiz. Cllio RodrlfiUCí.. epelo prefeito. Moarir Hlbel.in d«í Frelta*. O juiz. queao ui-uptir o M*u |h.siw t-iuum ;i..ii.- rapaz, que núnenteve legalmente ...... i <-¦¦¦oe ivndn o nio ser .*>eus ven.dmentos, e hoje um grandelatifundiário. poMUilUto. se-gundo inl«rnuun na regiãn.cerca de íris mil alqueires deterras na Fazenda Capivara.Possui também um pnlooete.que afirmem ter cusiado ümilhões e sei o maior da re-••ifio. O dlnhclr» porá tudo Is.»o. é claro, foi conseguido norendoso negócio da g.ilngem.

Ksistem outros grilciro>imporiantcs dcniie os quai.»se deve destacar, poi.i papelque desempenha, o chefe doPSD em Poniiigaiu.O MOVIMENTO DESOLIDARIEDADE AOSPOSSEIROS

Logo que se espalharampelo região as noticias daluta em Porangatu, come-çpu a organizar-se' ao Es-tido. um amplo movimentode-solidariedade aos possei-ros. A Associação de Itum-Mora. numa assembléia aque compareceram 300 cam-poneses, resolveu que se vol-tar o correr sangue em Po-rangatu serão enviados vo-luntários seus para ali. Re-soluções semelhantes estãosendo tomadas nestes diaspelas 16 associações filiadasa Federação dos La-vradores e TrabalhadoresAgricolas do Estado dcGoiás iFLTAGOj.

O movimento de solida-riedade ultrapassou as lron-teiras do movimento cam-ponés e já atingiu a outrasclasses e camadas. A opi-nião pública do Estado co-meça a ser ganha para oscamponeses. A Federaçãodos Trabalhadores na In-dústria, a mais importa»*.

oata«* i» e»U in'ffiada twinotliiunio d* solidai ledo*rte aos po*.*rirot de l-ottn*(„¦.„ Mert<*. potrm. «Mt»*ôue rsiwial o trate»»*» dotestuasine». que. ttlúo »>»*mas de «• -¦¦¦¦* ,•'••"* stnhandu a timpai»4 dopu.o iwrt o* P**'*1*?? 9iiaballiu do ar^mto II deMtlo .rtruldádr de Ulrri-to', da Ü*K e d» Aporia*çao du» fJríUiid»rt»ta» WM»ido n.tenw nos .01IHBM«IM» o Oiêmto II dr ÜMOentiou um «titerradw aola-sl da lula para vltlar oaefto doa autoridade» e de*nui.clar. t*e p.eclto. qual*qual uitiUri*ríc:*ade que *c*nha a ser eometidt contrao> poiwiiwt* Foi..m p.tmra*m^imT em conjunto, aluitniblií"»' em Oolánli de »o-Itdnriedado art» mm*»»»!»»**»**.

Im Fun*.iu*i». r*» emp^ne-sei dir.stdiH p;ir Jw*e "'r"l.río fâSo atenie* e ja •**•mecrom. dentro de mib<iioí»ii)llirla*V**. a ajudar r.euiIntifiM de Peranratu.A ATIIUDE DO COVCRNO00 ESTA30

Aiaun» n.nniiroí du Oo-verno cjiadual tem inustra-do »ut timpatia pau cun(•« camponeses d»» Porom*»*tu. Oiitro». porém, nâo •»•condem seu apoio aus uri-le:ras. Knlre ot primeiros <"••tt o secretario do Trabalho.tr. Erides Ouuivn <•> que«•pos uma viagem o tuna oaluta declarou: "Volto revnl-tado com ns açii» pratica-das por prvienao» duuo*. «iaFazenda Santo Aiuóiuo. áreapara a qual Ia loi solicitadauniu sç.-u díscrltntr.atorla afim de retwlver dlrcilat le-giUinos de posseiros que ali«•suo de 5 a 40 unos. noamanho honroso da terra".Entre os últimos, está o ae-creUrio de Segurança Públi-

m, que «m i« ttfufçaniír»imm l»t»ra» «*«> »«*lo»dw» m*iwliew n»it»»ar rontr» m p • •M-inn. H*siir*t« qae por pm-*..r ii..» siilrifuv ai au'*'»••dadM -.,....»»* rnviaraiti m»it.t IO de juntto. para !¦•¦•nneatiiu, uma tórea f**li**»alde lod •.:-..:-

ii.-'.. «aber qual a tlítii*dr que at-umtrt o goier*Mdor Mauro Dorcet em Ia*tr au roniliio Ot dineeniesnmpottiMi e t» fõi*»s ne«r-iun.*' •' de Onia». rmbo*n iu • - -M-iiü'— em ' ¦• •taleeer a t» • -. *•> dos eampo-*netet. < ,.¦; •"- que a drel-*fti» do Governador teja et,'*rente com a atitude a*;u-rnida por él* no cenário po*liilco nacional, eomo umdo* lideres dot corren.espr***rew'«.as,

83o ftstet os faro», Bem*»lfrrr"»'e«. nortanlo. e»i enetem dHf» oseorretnordente»ii» írí*..eUreae*r,,»i riot cor--»-OOIibs" eo-E^ado de 8.Pauto". 0*vi*e eles vt*o»c-imoone*et InttlROde» por••inliedoret comiin'*ta«". o«ur evltlr na realidade, ai1»trabalhadores da terra dis-p.*«tot a drfender *ua pro-nricd**'** e**nln a •**••»*»?li\<W*M*rt\ e»» i"*»t oe-(Pilhad« ladróet de terra.

Feijoada emhomenagem a .Roberto Morena

Por motivo de seu «0°aníverstrio. o veterano dln-gente sindical Roberto Mo-rena será homenageado, nopróximo dio 7 dc Julho, comuma feijoada que lhe seráoferecido pelos lideres sindi-cais e trabalhadores cario-cas. no Palácio do Mettldr-gleo.

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jSP VAI AOCONGRESSOMUNDIAL: PAZ

Com a presença de LuizCarlos Prestes, deputadoCid Franco e o professorMário Schemberg, entre ou-trás personalidades, reali-zou-se segunda-feira, 25 dejunho, a solenidade de apre-sentação da delegaçãopaulista que Irá ao Congres-so Mundial pelo Desarma-mento e pela Paz, que sereunirá em Moscou de 9 a14 de julho.

A cerimônia, que super-lotou o Teatro LeopoldoFroes, íoi presidida pela cs-critora Helena Silveira, queem seu discurso conclamouos povos a fraternidade.

A delegação foi organiza-da pela Comissão Paulistade Apoio ao Congresso Mun-dial Pelo Desarmamento ePela Paz, que reúne cente-nas de personalidades, entreparlamentares, intelectuais,lideres sindicais e estudan-tis.

TEATRO PELO ENSINO EM SAO PAULO VEm São Paulo também' à greve unlvarsittrlt ganhou, os

ruas. Os vícios e os características de privilégio do ensino' superior, que vedam aos filhos dos operários a oportuni-; dade de ingressar nos faculdades, vêm sendo apontados pe-

los estudantes nas praças públicas. O arcaico t apodrecidosistema universitário discrimintdor e tlltntdo Ttm tendosatirizado e combatido por todo o estudtnttdo, coeso e'firme na stia denúncia. Os estudantes querem t presença ;dc um terço de colegas na composição doa órgãos adml- \nistradores e deliberativos de suas universidades e íoeul- 'dades. Por isto lutam c irão ate o fim. O teatro vem sendoum excelente portador do protesto estudantil. Na EscolaPolitécnica da Universidade de Sâo Paulo, doze alunosestiveram reunidos uma noite inteira. Pela manhã tinhamconcluído uma peça "gozando" a vitaliciedade da cátedra 'e desatualização dos professores. No mesmo dia a peça eraapresentada, com enorme sucesso, nos jardins da Facul-dade de Medicina (foto); ponto inicial de um giro portodas as faculdades da capital bandeirante.

CÂMARA DEVE ANULARLEI REACIONÁRIA DO SENADOSOBRE REGISTRO DE PARTIDOS

injustlíicadamente, a Co- :missão de Constituição eJustiça da Câmara monte-ve um dos dispositivos rea-clonárlos do Senado: o exi-liéncia de que, para regís-trar-se, o partido deveráapresentar listas assinadas "por 250 mil eleitores.

E uma exigência reacio-nária porque, nas condiçõesatuais, uma tal mobilizaçãode eleitores representariaenormes gastas que sònwn-te os partidos poderosos, dasclasses dominantes, podemefetuar. Sabe-se, além disso,que existe coação contra se-melhante coleta de assina-tura para os partidos jiopu-lares autênticos. Trata*-se,portanto, de uma medidaque a Câmara está na obri-gaçáo de retificar, co-.noóigãi, de representação po-pular que ela deve ser.Ou a pluralidade partidáriaserá mai? do que um mito,uma hipocrisia.

A Comissão de Constitui-ção e Justiça da CâmaraFederal rejeitou, na últimasemana vários dispositivosdos mais reacionários intro-duzidos pelo Senado na leique institui a cédula únicae modifica uma série de ar-tigos do Código Eleitoral.

Conforme já assinalamos,tratava-se de medidas emi-neu temente antidemocráti-cas, destinadas a impedir aorganização do.s partidos po-liticos populares, que r.áocontam cooi o.s recursos deque dispõem as organiza-ções partidárias da grandeburguesia e do latifúndio.

A Comissão referida con-denou a exigência de queos partidos, para serem rc-connecidos, tenham um mi-riimo de 250 mil eleitores,ó mil por circunscrição oupp'o monos 4 representou-tes no Congresso.

No entanto, inexplicável e

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Congresso Nacional de BarnabésReunir em Belo HorizoniVai se

Vitoriosos na campanhapelo reajustamento de seusvencimentos . e vantagens,os barnabés movimentam-seem todo o pais, preparando--se para o IV Congresso Na-cional dos Servidores Públi-cos Federais, Autárquicos,Estaduais e Municipais quese reunirá de 9 a 13 de ju-lho próximo, em Belo Hon-zonte, no auditório da Se-cretaria de Saúde e Assis-1têncla do Estado. Um dosgrandes objetivos do con-clave é a conquista do di-reno de slndicalização *parao funcionalismo.

O engenheiro Carlos Tay-lor, presidente da Coníe-

deração Nacional dos Servi-dores, entidade que promo-ve o certame, falando à re-portagem de NR. declarouque a importância do con-clave pode ser medida nãosó pelos assuntos que de-baterá, mas. também, porse rcaizar num período pré--eleitoral, durant" o qual seíaz necessário que os ser-vidores públicos expressemclara e inequivocamente opensamento da classe sobreas suas próprias reivindica-ções, e exijam dos cândida-tos a cargos eletivos pro-nunciamentos concretos eó-brr os problemas do fundo-nalismo.

DELEGAÇjÔES

Após salientar o necessl-dade de se intensificar, emtodo o território nacional, ostrabalhos de preparação dasdelegações que participarãodo IV Congresso, de deba-ter e aprovar ss teses a se-rem apresentados em BeloHorizonte, o engenheiroCarlos Taylor declarou quacerca de 500 servidores te-derais, autárquicos e esta-duals da Ouanabara deve*rão seguir para Belo Hon-zonte. para participar doeon.clave. Do Estado de SãoPnu'o. segundo Informou,deverá seguir uma delega-

ção com mais de duzentosmembros. Numerosas dele-gaçôes também estão sen-do organizadas na Bahia,Pernambuco e outros Esta-dos. No Estado do Rio, emconvenção programada parao próximo dia 28, será es-oolhlda o delegação flurnl-

¦ nense oo conclave nacional.

. TIMAMOt o seguinte o temário do

TV Congresso Nacional doaServidores Federais, Aulár-quicos, E*tí.d'jnls e Miuii-clpais, que se Instalará emBeto Horizonte, no próximodia 9:

I — Organização da cias-se de servidores públicos:

1) Medidas práticas vi-sando ao fortalecimento or-gánlco da Confederação, d"sFederações e Entidades Na-clonais;

2) JStndlCttlizaçSo; a) es-tudo da legislação sindicalbrasileira ^e estrangeira; b)estudo dos projetos e propo-slcôes em tramitação noCongresso Nacional; ç) for-ma da organização sindicaldos Servidores Púbicos Fe-drrr;?. Aiitárnulcos, Esta-duals e Municipais, tendocm vista a unidade de classe

c as suas características c.i-pecífícás.

II — Defesa dos direitosdes servidores públicos:

aj Remuneração do tra-balho: b) Plano de Classi-ficaeão, . sua aplicação noâmbito Federal e extensãode seus princípios no âmbitoestadual e municipal: c) iíe-pulamentação dos direitos evantagens estabelecidos noPlano de Classificação taiscomo: gratificações por *! -co de vida c saúde insalu-bridarie e tempo intv-iH'r?ed?r>ta'-ão: di Aposenta-doria: e» Outras reirinc'1-cações dc interesses dos ser-vidores públicos.

III — Previdência e As-sístència Social:

ai Participação dos servi-dores, através de suas As-.socíações na direçáo doI.P.A.S.E.; b) Seguro de vidae contra acidentes; c) Cie-ches e restaurantes nos lo-cais de trabalho e conjun-tos residenciais: d) Arma-*zéns reembolsáveis ou eco-perativas; c) Assistênciamédica, odontologia e hos-pitalar; f) Ajuda às Enti-dades de servidores públi-cos para desenvolvimentode seus programas de ativi-dades sociais; g) Colônias deférias; h) Empréstimos «im-pies e imobiliário. /

— lio d» Jontiro, itmono ém 39 dt (unho o 5 ém julho dt 1902 — ¦ NOVOS RUMOSy

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I

Km mm momento como o •lu-.l. quando « «tidtnte ofra-ro-a» «• wlnic. u*«tU nt urre*, diu veihu mUu-•ura» • M in*»«alJi* a e<j».itt4o da qu« • nse**»«.rtO um•tf-OFoder, *MÍ«**nâJ>-»« »Mim 0 PfOCWO ie*umci««»à.fie, 4 MMHiWf compreensível qua m meinm m luta«¦ M tlím-rtMlaa tdeotógmi • poitUru. I qm ttu h tor*nando cada «Ua mal» sentirei o problema do podor. De«fl» W40, H forço» caducai da mriMada procuram encon*ir«v ot inaioa para conservar en» IUM mane o pt-ter Deoutro lado, H mrçM pragrw«lilM • rev«li»eton»rt»i m tm*pcnha-n tm buscar os caminho» qu* lerem à instauraçãode um noto poder político. nmt> «Ire* k nação t m povo.Riu-e «mi doU sli-ems» de força» eaiiie, naturalmente,um completo sntagonuma

Dada» m «ireunittnciM *m que te trava éwe com*Mie. e compreensível lambem que existam conl-adiçõet tíe».tro de cada um do* dota campo* em luta. No tampo da»riaMet dominante* há oa grupoi mau eatremadu* qua pre*tendem reoolrer todoa o« problema» através do terror po*lidai, t oa mipoa que, embora nio renunciando à vtoltn.cíb. consideram indispensável admitir certa* reforma* par-dal* como condição par» a aobreviiéncia da odtofoa prtvl-i niu>. KnquanU) o* prlinriro* agem aefmndo o lema "ludoou nadaH, o* outros peniam, como disi» há poucoa diaarom lôda m clarc«a o "Jornal do Brasil", que "è melhorperder oa anel* para conservar o» dado*". A* tua* dlacrt*panela* alo em torno do que é preciso laser para preacr*var o poder da minoria.

Entre a* íôrçaa progressista» e revoluclonirlaa. tr.\'-tem também, sobre certo» problema*. pontos-de-vista dl-Tenente*. Há uma concordância geral acerca da que t ne*cessado libertar o Braall da dominação imperlaluta nor*te-amerleana, acabar com o latifúndio • reallur umareforma agrária radical, elevar o nível de vida da* ma*-«a*, assegurar o* direito* do» trabalhadora» * do povo aconstituir um poder que «eja um servidor da esmagador*maioria da naçáo e náo. como hoje, de apenaa um punha,do de privilegiado*. Apesar dlaso. entretanto, há no cam*po formado pela» força*, nacionalista* o democrática* pon*tos-de-vtsta nem sempre coincilenies. principalmente noque se refere a questões como oa Instrumentos e método* deluta. a poslç&o da* classes social* na direção dessa luta.a ordem de prioridade dos problemas que derem ser en*firmado-, e resolvidos, etc. Náo pode surpreender a nln-guém a existência de semelhantes divergência* na frenteantilmpcrlolUta e antifeudal uma ves que dela partlcl-pam diferentes classes sociais e diferentes forca* políticas,cujo grau de conseqüência revolucionaria varia, cuja ex-pertencia nio c a mesma e cujo* objetivos, a longo prazo,sito diversos, t por isso exatamente que a frente única con-tém dois aspectos, Isto é. a uniáo e a luta. O dever dos re-voluclonários é trabalhar sempre visando ampliar e con-solidar a união. A luta na frente única devo «atar subor-limada a ésse objetivo.

Um exemplo de como as forças ou peraonalldades queintegram a frente antiimperiallsta e antifeudal nem sem-pre coincidem em seus pontos-de-vista, e a palestra pro-nunciada pelo deputado Francisco Juliào durante as co-memornçôc* do 46.° aniversário do CACO e publicada em"O Semanário'' de 31 de maio deste ano. O parlamentarpernambucano, cujo nome se projetou naelonalmenU II-gado à aseensão do movimento camponês em nosso pais,faa afirmações e formula uma «erle de teses com a* qual* náopodemos de modo algum estar de acordo. Trata-se de te-

Íses

que, sendo errôneas no plano doutrinário, repreeen-tam uma interpretação deformada da realidade brasilei.ra de no «os dias e, por Isso. causariam prejuízos à luta.rm que está lançado o oovo brasileiro, caso fossem acei-

i t :. O rcepeííi) que temos pelo deputado Francisco Juliàor.',o noa pode Impedir — ao contrário, exige de nós —ca falemos (rança e abertamente. Náo pretendemos im-Çir-lhc os novas pontos-de-vista, mas nos encontramosciente da necessidade de esclarecer posições, acreditandoque ay-im se possa dar novos passos à frente no caminhoda unidade."~^ Em sua palestra, afirmou o deputado Francisco Jn-lião que é possivel neste instante no Brasil "aalr para arevolução socialista."./! pena que uma afirmação tio se-ria tenha sido feita ide maneira tio •uperfldal. aem queo seu autor explicasse aa premissas que o levavam a essaconclusão nem esclarecesse .as conseqüência» t. qu» sem»-lhante tese pode conduzir, j De qualquer maneira, entre-tanto,' julgamos que ela enterra um gra** erro. 8e. porventura, o movimento revolucionário braatleiro foaae aeoriente» por tal •*concapeáo. os resultados aeriam profun-damente r»i-ÍToa.,,Tsríainoa então, no piano attoaUgto». d»considerar tam» «hjatlvo» fundamentais nio a elimina-çio do imperialismo norte-americano o «eus agente* e •latifúndio, mas a elimlnaçáo da burguesia brasileira comoelasw. A contradição principal a resolver Imediatamenteem nossa sociedade seria a contradição entre o trabalhoe o capital. Do ponto-de-vista tático, teria de ser postade lado a frente única antiimperiallsta e antifeudal e suba-tituidos os processos e as formas de luta. A politica deampla aliança de classes contra o Imperialismo, os en-treguistas e a oligarquia latifundiária daria o seu lugara uma política de estreiteza e isolamento.

Corresponde Isso à realidade brasileira? O que ae dáé que as etapa» da revolução não podem aer caracter!-sada» mediante critérios voluntaristas, segundo os nos-aos desejos ou Impulsos momentâneos, maa sim levando-•te em conta toda uma vasta série de fatores de ordemobjetiva o subjetiva. Quem não agir disse modo cometeuns leviandade e se lança numa aventura, cujo resulta-do inevitável será o fracasso, t exatamente a considera-eão daqueles fatores que leva a se caracterizar a revo-lução brasileira, na presente etapa, como uma revolução

Ti Eeses errôneas e iNocivasNGiocondo DIll

anuunpemlM* • anultudal. nacional t demorraitc* b*a revolução, na (a*e atual da seu desenvolvimento. »-¦-«ocialUta a contradição que primeiro teria de *#r re*rida » a que existe enire o proletariado e a burguesia >a primeira exigência, imposta pelo grau de agucamemnd*«sa contradição, seria a Mwialuaçao de iodo* os mem*.da produção fundamsn.au. Entretanto n,*» contradição— que existo e se desenvolve no seio d» sociedade brasi*letra a que se exprime na* vária* forma» d» lute d* classeentre operários » eaplUHslaa — nác exige. »*•»».» suasuperação de maneira radical. I*u> e. a •aoclatliaeto dmmelo* d» produção, a eliminação da burguesia e a instau.ração Imediata da ditadura do proletariado. Há, porem,outra» •eontndlçoM que exigem, agora, uma solução Ina*dtávet o definitiva, como uma Imposição do grau de agu-çamrnto que J* aunniram. Trata*se das conuadlçoea tn*tre a nação e o Imperialismo norte-americano e seu» agen*te* internos e entre a* força» produtiva» em desenvolvi*mento e a* relações «emifeudal» dominante* na agricui*tura.

Re rnrampeiv-**mos a lese exposu pelo deputado Fran-cUco Juliào tenainos de subverter a ordem de prioridadeque exute entre as contradições atuante* na sociedade bra*..eu. \i . dizer: paasana a ser pnnclpat e determi-iu me a contradição entre o proletariado e a burguesiae se rolocariam em plano secundário a* eontradiçAe» como Imperialismo e o latifúndio. Não é difícil perceber o*enorme» prejuízo» que resultariam dai para a revoluçãorm nosso pais. Rm primeiro lugar, estreitaríamos o cam*po revolucionário, submetendo-o a uma radicalização ar-tiflclal, e simultaneamente alargaríamos o campo lulmi*go. Em segundo lugar. Importemos à revolução brasileiratarefai que náo ae acham ainda •uflelentemente madd*ra* e que, portanto, catio eelma de suaa forças no mo*mento. como a imediata socialização do todos oa melo*de produção fundamentei», finalmente, em terceiro Iu-gar, teríamos de concentrar o fogo num alvo que não é.atualmente, o principal, deixando portanto de convergiro ataque contra aquele» inimigos que sio, de fato, osmal» importantes. Parece ficar evidente, assim, que a fra-seoloda ulira-revoluctonária em ves de aervlr i revolu-ção defende, na prática, uma política errônea cujo re--ultado. mesmo que sejam outras a» Intenções, «ária tor*nar mala fáceis aa coisa* para o» Imperialistas, oa entre-•mistas e oa latifundiários, dificultando desse modo W con-qulste, efetiva e não em palavras, do socialismo, qu» é o

.objetivo ao qual subordinamos toda a nossa lute,f O deputado Francisco Julião afirma, em sua pales*

tra, que se pode no Brasil, Já agora, "sair para a revo.lução socialista- devido a que "é possivel dar-se o salto,queimar •tepaa". Há aqui, sem dúvida, uma enorme con*fuaioj t certo que, na história da revolução, existem exem-pio» d» naoBea que. em circunstâncias especial», "quei*maram etapa»" na paaaagem ao «orialteno. Na União 8o-vletlca existem nacionalidade» que passaram dlretamen*te do feudallsmo. o até de formações mate atrasadas, parao socialismo. Mas lsao foi condicionado, historicamente,pelo fato do surgimento e consolidação do poder sovléti-co. isto é, da forma de ditadura do proletariado Instau-rada na Rússia, nos centro» decisivos da vida econúml-ca. política e social do pais. A ação do centro Já náo sefazia no sentido da contra-revolução, como antes, mos nosentido de ajudar os povoe mais atrasado» do pais a en-eontrar aa mesma» forma» de vida vitorio*»» no centro.Não pode av esquecida eaaa peculiaridade.

Aereditamea, porém, que • deputado Francisco Juliãotem em mira uma experiência mala recente » geográfica-mente mala próxima do nó»: a revolução cubana. 8» Mrassim, oomo pensamos. Incorra • parlamentar pernambu.cano em outro erro, desta ves interpretando falsamentea experiência eubana. Não 4 verdade que em Cuba te*nham aldo «queimada» etapa*". Ao contrario, a revolu*çio cubana, cuja importância nunca 4 demais reesaltar,percorreu etapa» distintas, perfeitamente eaneterteadas.Até fln» delWO eeomeçoa «a 1.961. ela foi definida, fomt*í*.A preeMo, mwppeteióUea • demoeráâee, na^ossai-uaoraaoer* o .(programa do FSP, aprovado em «ua VHZ AaaemhlélaNacional, em agosto de 1960). For qu» nio era definidaentão como uma revolução socialista? Forque aa tarefa»que tinha a enfrentar e os objetivos que tinha a atingir,naquela etapa, se situavam objetivamente nos marcos deuma revolução antiimperiallsta e agrária antifeudal. Sómais tarde ela passou a ser caracterizada como uma re-volução socialista, Isto é, devido ao fato de se terem es-gotado no fundamental as tarefas da primeira etapa eterem surgido, nesse processo, tarefas e objetivos que jáse situavam nos marcos socialistas. A experiência cubanaconfirma que para entrar na etapa socialista 4 previa-mente indispensável expulsar o explorador estrangeiro orealizar a reforma agrária. Houve, portanto, etapas dlstln-tas, com tarefas, objetivos e métodos de luta distintos. O queo deputado Francisco Julião parece não ter entendido éque se deu uma transição rápida de uma para a outraetapa. Isso, entretanto, não significa qu» as etapas náotenham existido, nem que a luta na primeira etapa tenhadeixado de ser conseqüentemente revolucionária. Uma coi-

*a é g n.;".ci...» da«r;«•.»., outra col-a è o ritmo de suawniiíH-. ji. a» etapa* nào podem ht suprimida» ....«.«.¦i«ri*mtMf. lambem i» ritmo* de transição náo podem=<¦; arbitrai lamente pie.drirrminac.ai. lua deptnd» da dt*itimira da rtvuuçáo, da* condiçôc* históricas concreta*nn que aluam *- leu da revolução. De modo geral ¦ - eesta ô uma dat valiosa* experiência* da revolução cuba*ii» |«w.i- i afirmar que no* paiives cm que as força*ritoiui ..n. tenham coetào e atuem rom firme/a,dt'igiut.0 lealmente as ma*-»»- trabalhadora» e popula.rt*. os ritmos de traniiição serão vclete*. Ai rondiçôt*....< n.4....1.41. de in- -.a época contribuem para iuo de ma*nelra decisiva. 14as stna um dcsast.r para a revoluçãoso a* força* dirigentes, nio tendo clareza sobre esses fe*nómenos, prelendoiem por volunterismo suprimir ela*pas. Ho o* Ingênuos podem imaginar que ot teus desejo»¦•*<» mait fortes que a* lei* social* objetivas, mais forte»que a própria vida.

D» pastagem, é necessário esclarecer que, contrária*mente ao que pensa o deputado Francisco Julião, o fatode compreender que existem etapa» no processo revoiucio*nario não significa admitir que a revolução antilmperia-luta e antifeudal em nosso umpo pertença ao mesmotipo d» revoluções democraUco*bu*iuesu do século pas-sado, qu» te processavam para abrir caminho ao capita-iitmo. Então, o capitalismo nascia ou ao desenvolvia Im*petuo-iamrnte, enquanto agora, como alstema, êle cami-nha para a «epuliura. Ao contrário ainda do que pen»»o deputado FranrUeo Julião, a maior on menor rapidez dosiitmo* de iramiçáo náo depende tanto *ie um pais qual-quer powulr ou nio colônias (Cuba náo só não tinha co-lonlo*. mos era uma semlcolónia dos Estados Unidos».quanto da realidade hoje exUtente e~n nosso plunei*: oavanço do sUlems mundial do socialismo, o enfraquecimentoIncessante do capitalismo como sistema mundial, o des-moronamento ão sistema colonial do imperialismo, a as-ren<ão do movimento de libertação nacional e do movi-mento operário c revolucionário cm todo o mundo, inclu-aive na América Latina e no «Brasil.

Mais confusa e extravagante ainda é a tese do depu-tado Francisco Julião quando êle passa a opaiar sobrea posição e o pspel das classes aoclaU no Brasil. Quantoa burguesia, não tem aparentemente uma opinião firma-da, llmltando-se a algumas ironias que nada esclareceme à Ingenuidade de dar um prazo (até o Congresso de LI-berteção) para que a burguesia decida se quer ou não"bater.se pela emancipação nacional". Evidentemente, dl-rlgentea revolucionários responsáveis não podem ter ae-melhante atitude no que se refere ao problema du rela.«¦"> s entre as clatscs sociais. No fundo. Io parlamentarpernambucano esposa o ponto-de-vista sectário, ultra-es-querdlsta, segundo o qual não existe uma burguesia 11-Kada aos Interesses nacionais, em choque eom os do Impe-riallsmo e. portanto, nenhum papel tem essa classe na,frente única nacionalista o democrática. Segundo novaopinião, ésse ponto-de-vista 4 errôneo, não correspondeà realidade e só pode trazer prejuízos á causa revoiucio-nárialA burguesia 4 dúpllce e vacilante, tendendo a con-•ciliar com o lmpariallamo e o latifúndio. Mas suas con-tradições com o imperialismo e os restos feudais são umdado concreto da realidade que não pode ser Ignorado.Fatos como a relativa resistência à Standard 011 ou àaprovação pela Câmara do projeto que limita as remessasde lucros comprovam a existência dessa contradirão, sãouma atitude positiva diante dela. Cabe-nos é eompreen-der bem o caráter da burguesia, e, assim, prevenir-noscontra duas falsas tendências: a ilusão de classes, queconsiste em esperar da burguesia mala do que ela podedar, e o sectarismo de negar que existem contradiçõesentra ela e o imperialismo, recusando-lhe qualquer papel,por menor que seja, no bloco daa forças nacionais e de-moçrátlea».

No que dia respeito ao proletariado e ad eampeslnatoeão também profunda» aa tacotnpreensóes manifestadas-pelo deputado Francisco Julião. Acha éle que "é possivelsair para a nvoluçio socialista eom o eampealnato á íren-to". Arma ainda «que ^quando a luta ae inicia no campoela toa». Imediatamente, caráter político, o que nio ocor- VmVbBBÇtUSSSi

o processo revolucionário brasileiro e conseguirá ln-fluir para que a classe operária ae assod» i luta." A quelevam semelhantes teses o eoncluafies? Primeiro: o cam.peslnato é a classe mais revolucionária e a sua lute (pelaterra) tem desde o Inicio um caráter político (socialis-ta?). Segundo: a classe operária tem Interesse apenas noaumento de salário e só participará na luta pelo Podersob a Influência dos camponeses. Terceiro: a "revoluçãosocialista" será desencadeada e dirigida pelos campone-ses. Seria difícil encontrar tantos e tão sérios erros emtio pouca» palavras. /

Na apreciação "dê um problema tão Importante comoo do papel daa classes sociais no processo da revoluçãonão podemos fazer nem admitir concessões de naturezademagógica, assim como não podemos querer transfor-mar em leis universal» experiência» d» outro» países, alémdo mala entendidas de maneira superficial e mecânica.Quando e em que parte do mundo o deputado FranciscoJulião encontrou um eampeslnato que se tivesse coloca-do à frente de uma revolução socialista? 'Acreditamos

iiNota Econômica

Acabam de ser divulgados os primeiro»dados relativos ao comércio exterior do Bra-sil, em 1962. Revela o Serviço de Estatis-tica Econômica » Financeira do Ministérioda Fazenda que no primeiro trimestre doano em curso as exportações situaram-seem cerca de 271 milhões de dólares e asimportações em 359 milhões. No mesmo pe-riodo de 1961, as exportações foram de cercade 300 milhões de dólares e as importaçõesde aproximadamente 345 milhões. Obser-va-se, assim, confrontados os dois periodosde 1961 e 1962, que as exportações brasi-iciras diminuíram de 28 milhões de dóla-res, ou 9,5%, oo passo que as importaçõescresceram em cerca de 14,5 milhões de dó-lares, ou 4,2%. O déficit nos transaçõescomerciais com o exterior, portanto, quefoi de 45,5 milhões no primeiro trimestrede 1961, passou a 83,5 milhões no mesmoperíodo deste ano, isto é, sofreu um acres-cimo de quase 90%. Adverte o Serviço deEstatística Econômica e Financeira que osdados relativos ao último mês do trimes-tre considerado estão sujeitos a retificação,mas não de molde a alterar substancial-mente o quadro acima.

Importantes conclusões podem ser tira-das dos números mencionados. Em primei-ro lugar, caem completamente por terraas razões apresentadas na esfera do co-mércio exterior para Justificar a politicacambial iniciada com a Instrução 204 daSUMOC por imposição dos magnatas doFundo Monetário Internacional. Que se di-zia, com efeito? Que era indispensável adesvalorização oficial do cruzeiro para pos-sibiliter o aumento das exportações. Ora, ocruzeiro foi desvalorizado sucessivas vezes,os preços-ouro da maioria dos nossos pro-dutósde exportação aviltaram-se, cresce-ram em alguns casos as quantidades expor-tadas, mas a receita cambial diminuiu. Acada dia que passa, mais se Impõe a con-clusfio de que esta politica cambial ê pro-fundamente lesiva aos Interesses nacionais.A chamada "verdade cambial" só é verda-de para-os exportadores que ganham mi-lhões com a depauperação dò pais e paraos especuladores que ganham milhões nojogo do câmbio.

entretanto a queda das nossas expor-talões também contém outras revelações eensinamentos. Confirma a tese sustentadapelas forças progressistas de que o Brasilprecisa intensificar decididamente suas re-

Fruto lógico de uma

política insustentável

lações comerciais com os países socialistas.Ao Invés disso, porém, o que se vê é a resis-tência, senão a sabotagem a. todo esforçosério nesse sentido. Os homens que coman-dam a politica econômico-financeira dopais, todos eles adeptos fiéis do catecls-mo colonialista do FMI, insistem em man-ter os relações econômicas do Brasil como exterior nos mesmos moldes superados emque elas existiram no passado. Falam nanecessidade de aumentar as exportações,mas, ao excluir virtualmente o incremen-to substancial do comércio com os paísessocialistas, restringem aos Estados Unidose à Europa Ocidental as áreas onde espe-ram atingir aquele objetivo.

Recapitulemos, brevemente, o que aquitemos dito. Na Europa Ocidental, sobretu-do depois do Mercado Comum, trata-se éde lutar para manter posições. É uma pe-rigosa utopia alimentar a ilusão de que po-deremos aumentar nossas vendas a um mer-cado que oferece preferências e vantagensa concorrentes dos nossos produtos. Quan-to aos Estados Unidos, basta examinar ototal das exportações dos quinze paises la-tino-americonos produtores de café paraaquele pais, no qüinqüênio 1956-1960. Man-tiveram-se tais exportações em torno de3.250 mil dólares, atingindo um máximo em1957 (3,4 bilhões) para dai virem decain-do consecutlvamente até chegar a 3,19 bl-lhões em 1960. De outro lado, a reallda-de ihesma da economia norte-americanaImpele os Estados Unidos, a favorecer, istosim;'-o aumento de suas próprias exporta-ções — e não dos importações. Talvez es-teja ai a explicação para fatos como a re-Jelção, pelo Senado dos Estados Unidos, dassubvenções ás importações de açúcar, como¦as gestões que estão sendo realizadas peloDepartamento de Defesa no. sentido de.rea-lizar exclusivamente pela frota mercantenorte-americana as importações de cafépara uso das forças armadas ianques, etc.Em «uma, o grande problema dos Esta-dos Unido» é formar saldos no comércioexterior para equilibrar seu balanço de pa-gamento. O mesmo problema do Brasil...

Eis por que persistir na posição atualde fechar caminhos à expansão do comer-cio do Brasil com os paises socialistas é im-pedir a expansão das exportações brasilei-ras, em geral. Essa política é criminosa enão tem nem pode ter nenhum futuro.

INVASÃO: QUINZE MIL POLICIAIS E MILITARESNORTE-AMERICANOS JÁ ESTÃO NO BRASIL v

Vários Jornais, nos últi*mos dias, revelam, com in-formações das própriasagências telegráficas norte--americanas, estar se re-gistrando um enorme aflu-xo de militares e agentessecretos Ianques para oBrasil. Não são dezenas, nemmesmo centenas: são mi-'lhares. No dia 25 de junho."A Noite", que várias vezestem embarcado no antico-munismo primário e irracio»nal, publicou como manche-te de primeira pagina estarevelação: "Dez mil G-Menno Brasil observam açãosubversiva". O texto, numapagina interna, diz: "Refe-rimo-nos à existência naBrasil de agentes norte--americanos". E adiante:"Dez mil passaportes /o-,ram visados pelos consula-dos brasileiros nos EstadosUnidos, ao que parece, todoseles para elementos do FBInorte-americanos, isto é,homens de grande escola,de grande experiência e ha-bituados às investigações eà ação".

A noticia não era de todoinédita, pois dias antes o"Jornal do Brasil" (14 dejunho) informara, em tale-gramas da UPI e FrancePress: "Grupos de oficiaisnorte-americanos, especia-Hzados no combate às guer-rilhas, estão dando instru-ções ás forças armadas dediversos paises sul-america-nos, segundo informou on-tem o Newsday".

Simultaneamente, na Cá-mara Federal o deputado Jo-sé Jofflly denunciava, basea-do em Informações de jornaisconservadores, que este ano,até 30 de abril, já haviamentrado no Nordeste brasi-leiro cerca de cinco mil ofi-ciais norte-americanos, dis-farçados em técnicos, via-jantes comerciais, Jornalis-tas, etc. Trata-se de uma

verdadeira ocupação militardo Nordeste, uma das zonasbrasileiras mais cobiçadaspelos Estados Unidos doponto de vista estratégico eeconômico.

O pretexto para ésse des-locamento de forças milita-res e agentes secretos ian*quês é o "combate ao comu-nismo na América Latina".A 23 de junho, a AssociatedPress ("Jornal do Brasil"dessa data) informava deWashington que (textual)"os Estados Unidos pedirammaior colaboração do He-misférlo na campanha paracombater a infiltração co-munlsta nas Américas". Emais: as autoridades ameri-canas haviam "censurado ospaíses do Hemisfério pornão fazerem o suficientepara neutralizar as investi-das comunistas".

No dia seguinte, na seção"Militares", ainda do "Jor-nal do Brasil", outra revê-lação vinha completar aque-Ias. Transcrevemos textual-mente: "Fontes do Estado-Maior das Forças Armadasconfirmavam junto à Em-baixada do Brasil em Wa-shington, através do Itema-rati, que o Departamento deDefesa (Ministério da Guer-ra) dos Estados Unidos estápreparando, dentro de umplanejomento global para oContinente, a execução deplanos de assistência militarpermanente destinada a evi-tar ou combater possíveisinsurreições comunistas. Oplano, integrado num pro-grama denominado de "açãocívica", vai começar afuncionar no Equador..."

Tudo indica que Jã entrouna fase prática o referidoplano, pois os jornais do dia26 noticiavam que a policiado governo tltere equatoria-no fizera fogo contra estu-dantes que se manifestavam

pelas liberdades democrátl-cas em praça pública.Esta é una das amea-pas que pairam sobre nos-so pais: a intervenção mill-tar norte-americana no Bra-sil, coordenada com asações dos agentes secretosianques, para implantar en-tre nós um clima de provo-cações e, numa segunda eta-pa, de terrorismo contra asforças democráticas, sob opretexto de combate ao co-munismo. Nessa esteira iátrabalham abertamente ul-tra-reacionários: Oarlos La-cerda, Armando Falcão,Frederico Schmidt, AmaralPeixoto, Herbert Levy, Mar-tins Rodrigues, contandocom a cobertura de "O Glo-bo", "Correio da Manhã","O Estado de São Paulo" eoutros jornais da extrema--direita.

Estamos vivendo uma ho-ra em que é necessária amaior vigilância e a denún-cia pronta Junto ao povodas manobras criminosasdos imperialistas e seus la-calos. É inadmissível que anossa soberania seja enxo-valhada pelas imperialistase seus agentes.

NOVOS RUMOS;PALESTRAE AJUDA

Um grupo de democratasdo Alto do Mandaqui teveuma grande iniciativa: rea-lizaram, no dia 16 último,uma festa durante a qualfoi realizada uma palestrasobre NOVOS RUMOS, pelopatriota Francisco Ferrazde Oliveira. Além disso, afesta rendeu CrS 1.150,00para o Jornal dos traba-lhadores.

quo, aiti Ia «feita ver, o quo aconteça é quo o deputadolui.t-.-iu ........ .i..cii-.n , <iiuiitdii.ciiir o ,<tUo--*-o exem*pio «....- Km Cuba » revolução <*• adquiriu o caráter:¦..¦..... a porttf do momento em que a direção do pro.»«•...•¦!... «-e afirmou de maneira incontestável, como alta»tem dito. repetidamente, o líder do povo cubano, Fldelra >.. ». • , r faelilmo de compreender, pois somente

proletariado eom m sus ideologia, por »er a uníca ela*.'.*ii .....1..4 oa pmprledede «obre os meios de produção,pt.de ii. . >ui-»r o ••'«<iHi.tmo t um completo contra-senioaltrmar*se. em nume da revolução noeíalista, que o cem-pesinato, ligauo por «ua própria condição á propriedadeprivada da terra, obedece a uma "dinâmica" da luta pelosocialismo, enquanto a "dinâmica" que move o proU;a<rlado e simplesmente o aumento de salário. Nâo se tratode "preferir" uma classe ou outra, de considerar uma n.•--Ihor que a outra, Trata-se. sim. da realidade, de comoas coisas se apresentam coneretamente na sociedade, o,i'*.iuiuii v o camprtinato l&m suas característicaspróprias, assim como interesse» comuns; São as classesmau» intercaladas no triunfo da revolução brasileira, imderrota do Imperialismo e do latifúndio, na formação doum poder que represente as forças nacionais e democra-

uras de nooo pais, £ ninguém pode pór rm dúvida ouoa revolução avançara tanto mais rapidamente para mvitória quanto mais firmemente se encontrar ã sua fren-te a classe operária. As massas camponesas têm nisso omaior Interesse.

A ¦ubestimação que o deputado Francisco Julifto ma-nifesta pelo papel político da classe operaria revela a suatendência a negar a hegemonia do proletariado na lutarevolucionaria. Para contestá-lo dlspen«amo*nos de maio.res considerações, bastando lembrar o que tem sido aatuação do proletariado brasileiro na vida politica dopais nos últimos anos contra o Imperialismo t a reação,por um governo nacionalista e democrático. Quem pode-ria ocultar ou rebaixar o papel da classe operaria na cri-se de agosto e setembro de 1061, apesar de todas a« debl-lidades verificadas? Quem poderia Ignorar ou subestimaro papel exercido pela classe operária na luta pela cons-tltuição de um Gabinete progressista, que se comprome-ta a realizar as reformas de base? Qurm poderia ne.gar o sensível avanço, através desse processo de lutas, daconsciência política do proletariado? Naturalmente, naoqueremos dlser que a classe operária brasileira tenha atln-gldo um nivel de consciência Já multo elevado, mas èIndiscutível o enorme progresso alcançado nesse sentido.

Um sinal desse avanço é a compreensão revelada pe-los setores mais esclarecidos do proletariado — graças, cmrrande parte, ao trabalho desenvolvido por sua vanguar-da, o Partido Comunista — da necessidade de dar todaajuda aos seus irmãos camponeses para que se organizeme travem com êxito a luta pela reforma agrária e con-tra os monopólios. Isso tem representado uma grandecontribuição para o fortalecimento da aliança entre osoperários e os camponeses.

Em suma, consideramos que sáo errôneos ambas asteses defendidas pelo deputado Juliào; é pernicioso carac-terlzar-se como revolução socialista a presente etapa rioprocesso revolucionário brasileiro e igualmente permeio»so negar-se o papel de vanguarda da classe operária.

As tarefas que temos hoje pela frente, repetimos, nãosão aa de uma revolução socialista, mas sim as de uma'revolução antiimperiallsta e antifeudal. nacional e de-moçrátlea. Sabemos multo bem que não existe uma mu-ralha chinesa, como tantas vezes se tem dito, entre umae outra, mos sabemos também que os condições concre-tas de um dado momento é que determinam a etapa deuma revolução. Para que essa revolução se torne vitorio-sa Impõe-se hoje no Brasil a formação da frente finleade toda.* as forças da sociedade brasileira Interessadas nalibertação nacional, na democracia, no progresso e napaz. Essa frente única se destina a conquistar um govér-no de coalizão que promova os transformações de estru-tura que as condições do pais reclamam. Evidentemente,varia o grau de conseqüência das classes e camadas queparticipam ou podem participar dessa força social, polienquanto o objetivo final da classe operária é o socialis.mo e o comunismo, o objetivo da burguesia, como elas.**»exploradora, é o lucro. Por Isso, é necessário reforçar ao'máximo e incessantemente a aliança operário-campone-sa como o sólido núcleo em que tem de apoiar-se a frenteúnica nacionalista e democrática. Isso, por sua vez. exi-ge que se realizem os maiores esforços visando ampliar oconsolidar a unidade da classe operária e, ao mesmo tem-po, estender e reforçar a organização e a combattvidade- ¦ «a*, -grandes maasas camponesas. -

Os comunistas, plenamente conscientes do seu papale das suas responsabilidades diante do povo brasileiro,não poupam nem pouparão energias até que esses obje-tivos sejam alcançados. Estamos convencidos de ser essaa política que corresponde aos Interesses essenciais doproletarlodo brasileiro e de todo o nosso povo. Temos cons-ciência, portanto, de que êste é o dever da vanguarda,marxista-leninista organizada e combativa da classe ope-rária. Nada nos afasturá desse ramlnho. Tudo faremostambém para impedir que possa ter êxito qualquer ten-tativa de dividir as forças revolucionárias e enfraquecer,'dessa maneira, a frente única.

Não somos, porém, exclusivistas nem nos considera-mos os senhores da verdade. Defendemos com firmezaos nossos pontos-de-vista, certos de que eles correspon-dem aos interesses de nosso povo. Mas associamos sempreessa atitude ao desejo de unir todos quantos estejam dis-postos a servir ã nação e ao povo. O que queremos é mar-char lado a lado de todos os que, como o deputado Fran-cisco Julião, ocupam um posto nessa luta.

Minas é Também Pelo GabmeteNacionalista e Democrático

Belo Horizonte, (Da su-cursai) — Cerca de 4 miloperários, estudantes, do-nas-de-casa, presidentes deSindicatos, Federações ope-rárlas, entidades estudantisrealizaram sábado, 23, umapoderosa concentração naSecretaria de Saúde e As-slstêncla. A finalidade dagrande assembléia era en-vlar uma numerosa delega-ção de trabalhadores a Bra-sí\\& para fazer sentir àCâmara e ao Senado a ne-cessidade de aprovação ur-gente de dois projetos delei de interesse vital dostrabalhadores: o 13.° mêsde salrrlo e o aumento doabono família.

Entre as personalidadespresentes se encontravamum representante do mi-nlstro San Tiago Dantas,sr. José Hugo Castelo Bran-co, o deputado c líder sin-dlcal Clodsmith Riani, pre-sidente da ConfederaçãoNacional do.s Traball-».do-res da Indústria, o depu-tado federal Almino Afon-so, que fot o principal ora-dor da concentração.

O deputado ClodsmithRiani, no discurso com quedeu a conhecer os objetivosda concentração, destacou aimportância da situação po-lítlca que está atravessandoo pais neste momento e anecessidade de os trabalha-dores se manterem unidos evigilantes para uma saídademocrática da atual crise.Acentuou que a "marchasobre BrasiMa" que estava•lido ameaçada por algu-mas autoridades, devido âcoincidência com a concer*-tração de trabalhadores naCapital Federal, com a es-colha do novo Gabinete, nãopodia ser detida. Os objeti-vos dos trabalhadores eramos mais .justos, a marchahavia sido programada há

mais de dois meses. Expres-sou finalmente a confiançade que os trabalhadores se-rão vitoriosos em suas rei-vindlcações.

Após falar o representan-te do sr. San Tiago Dan*tas, sr. Castelo Branco, dis-cursou, sob constantesaplausos, o deputado Alml*no Afonso. Disse considerara concentração ali realiza-da como uma demonstraçãode unidade e organizaçãodos trabalhadores. De cons-ciência da necessidade delevar-se a cabo reformasurgentes ao pais como & re-torma agrária, a reformaurbana, a reforma tributa-ria, a bancária, todas elasrelacionadas estreitas e in-dissoliivelmcnte à direçãoda politica nacional.

Quanto à substituição doGabinete, afirmou ser pes-sütilmcnte de todo favorá-vel a indicação do sr. SanTiago Dantas para o cargode primeiro-ministro, mas

que não poderia pedir paraéle o apoio imediato dostrabalhadores, uma vez queos trabalhadores só devemapoiar èste ou aquele nomadesde que houvesse um com*promisso sagrado de que onovo primeiro-ministro se

opusesse realmente a re-'ilve.r os graves problemasdo pais.Quando se encerrava a

grandiosa manifestação detrabalhadores de Minas Ge-rais, a mesa que presidia ostrabalhos comunicou quauma delegação de trabalha-dores da Guanabara quemomentos antes deixara asala para seguir rumo a¦ i-p-íilia fora detida na bar-'"ira pelas autoridades poli-nais do Estado. Imediata-mente movimentaram-se li-¦'-res sindicais e parlámen-tares, sendo levantada a in-ierdição. As demais delega-çoes seguiram normalmenteno domingo.

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U'4 NOVOS PUMOS .— Me d. Jont.*©, Mmono dt 29 dt Junho • 5 dt (ulhe dt 19Ó2 —

Resoluto de Maio de 1962 Dos Comunistas GaúchosDelegado» âateermanlstat

i«u :-..- ti*uni4o»> etn l-< rtfim no* a\»» n.u p 29úp maio da INt, analisa *'im oa problema» Interna»rumai» e racionai* e a*

Siu*'-òt% fundamentai* do

stado e da atividade eo-muni»ia uo âmbito r»u.dual Depou de amplo* de»•<-»¦<-- chegaram as ronelu»SOCa M.-Uüttrt ,

- A at;J" r d«M ,*¦ USl*.i. ¦¦ - do mundo, do pau, dui.:-.:. e de na**a aii.ldsdeestadual ronfirma a l.nh-tpoli th-4 apiovada priaComençAu lurioiul duiro-mttnUtai de «demoro de ..l*-*t), P!.*:.-ub*:ai,Hí*''a iudtx-UiUer.lo "Rtsoluçáo Pu»liitca dos (' imuni ¦•..». Ora-stlpiro***.

II - Apttifu:;da->c arti»te acral da * -.* itali-tn raumfiii.nn a» • <,tí.ul:»-i-->dê«ie ststrinr.: tl.vmuroiu-•se o st-sema colonial doImperialismo; o socialismochega ate no continenteamericano. »*••-- a vj.»*.*4a

< a R ... rubana* o sis-tema socialista mundialtransforma-**,* no fator dcriulvo da dc-envolvlmcniuda -orlrdrde humana.

III — O dcicnvolvínientieconômico do Brasil e doRio Orande do Sul e entra-vado pela rxoloisçio doca-pitai tmper!»ll'ta intenta-cional e pelo monopo-io dapropriedade de terra rmmios da cIbmc dos latitun-diário». A crise de estrutu-ra em que se encontra opais estende-se ao nossoEstado, atingindo os scto-res fundamentais dn vidadeste: agricola-pastorll. in-dustrlal. bancário, comer-»-..il e administrativo, comoconseqüência da exploraçãoImperialista. latifundiária edo* grandes cspitalluas. Oresultado dessa situação édescarregado nas castas dopovo.

Crescem a miséria e n fo-me das massas. Avoluma--se a Juvntrde rtbf-ndona-da. c- *> ¦* ¦*¦* cr'-mlnnlldade. alastra-se apri-jtitu.»-. :. a i asfavelas e nv - "«. é radavez inslor a mortalidade In-fantil.

Dc outro lado. aumentam• unidade e a organizaçãodas massas populares, crês-cem a perspectiva de no-vas a potentes lutas e apoasibllldada de unificargrandes fArcas contra olmpertaUamo * o latifúndioe de lová-loe à derrota,abrindo caminho para oprogreaao do Satado e dopais, para a amenlzaçio eeliminação doa sofrimentosdo nosso povo.

IV — Crescem no pais ebo Estado a* forças demo-eráticas e populares, au-meu tam o nivel e combati-vidade de suas lutas, o queficou constatado na bata.lha pela Legalidade.

Saudámos entusiástica-mente o povo gaúcho pelovigor e coragem demons-trados na luta gloriosa pelaLegalidade, luta que infli-gíu uma derrota parcial aosagentes Internos do impe-rialismo norte-americano,que pretenderam, a 25 deagosto do ano passado, coma renúncia do sr. JânioQuadros, Implantar no paisuma ditadura a serviço dosmonopólios estrangei-ros. Nessa luta. os comunis-tas tiveram papel decisivo.

Saudámos também calo-rosamente o campeslnatodo Rio Grande do Sul pelolnvulgar crescimento de suaunidade, organização econsciência política.

O ar. Leonel Brizola, nu-tes quatro anoa de governo,náo enfrentou oa problemasdo Rio Orande do Sul, co-mo sejam o alto custo davida, a precariedade dasrodovia», etc. O governo fe.deral foi e continua sendoum entrave ao desenvolvi-mento do «stado, porém ogoverno estadual é respon-aivel por nio ter tomadomedida» concreta* para aomenoe amenlsar problemascomo o do alto custo da vi-da.

O sr. Leonel Brizola. en-tretanto, evolui no sentidoantllmperiallsta e antifeu-dal e toma posição contrao imperialismo norte-ame-ricano e em defesa das 11-herdades democráticas. En-campou a CEERO e a Com-panhla Telefônica Nacio-nal, duaa empresas Impe-rialista». Quando da crisepolitico-mllitar de agostodo ano passado, colocou-se

nesta de. luta pejajegali-dade e, hoje, vem~èstrnru-lando a unidade e organi-taçío doe camponeses noEstado.

V O qvadro dá situa-ção geral e da política na-cional cotoca na ordem-do--dia daa reivindicações dopovo brasileiro o problemada constituição de um po-der político, de um governopara o país, baseado nasfôrçae antMmperlallitas eanttfewtals, demoerátk»* •nackmalWae.

O período de *«tt«t?8opo-lltiea epat t******o» pela Is-esv-te, noa pràitimo»

****««•»*aprofundar a divisão dasforças políticas da nação,enfraquecendo a reação efortalecendo a frente únicada classe operária, doscamponeses, da pequena--burguesia e da burguesialigada aos interé*—-, nacio-nais.

As massas passarão a vi-T(r com mais claresa a ne-

«.«.!»*» de mudar a «¦**»¦udadr do K«-.-*nu>do Hra-i*A frente ume» df-Tnocnttfiit» nanoitaUtta, dentro d»qual a clsjat operaria eon*tmuara liuando por «ua he»gemoma. pa«*ara a teiapreciável* probabilidade»de atrrndrr ao poder,

Sem arruar que o renul*lado do próximo pleito ciei»'oral posta m-rcurar, pc:«i f«i, r •-, ¦ *,. de mudan»tra de governo, nio pode»mos. por outro lad.i «ubea-limar a importância quet-»r» para o íortalecimentuda frente unira um err-x-i*mento ponderável, dentrodo Conrtrevo. do numerode rep*r*entanles demo»¦•»•>• e v.i. .¦•.-•• • da" ¦• ¦> • -,"¦• •' > q*ie arei-ta e deneja um uoverno dr-moeratleo e nacional!-In.O* ic-ultedu*- aa* eleieae»nn« Estado* também deve-rio reíletir u rrr»eiiiienlodas forra» patrióticas,

Esteiamo*. pul*. prepa-m-d;»» r**ra d*fender, pelaforma que a* dreututin-cias lecsmendarem. a Ins-taurariiti de um governodemocrático e nacionalistapara o Brasil, cm ron-o»nàiirlu com a aspiração dn<-f.-ndt•» massas da popu!».ção

VI — São principal» to-refas políticas dos ron;u-nt*ta» dn Rio Orande doSul:

1) Impul-ienar nn***- ali-vidade na campanha elel»loral

Esta e nossa tarefa cen-trai nte 7 de outubro, de-vendo ajudar n impulsio-nar as demais tarefa** an-tilmperlalistas r antifeu-dais dreorpm*** de nossalinha política Tôdas asnofsas fú-cas no Estado de-vem ser mobilizadas para abatalha eleitoral. Intenslíl-randi a atuação entre nsmassase o alistamento e'ei.toral. organizando o mnlornúmero de Comitês Eleito-rais. eom comunistas c nãn--comunistas, nas fábricas,bairros, escolas, no campoe em outros locais de tra-balho e moradia.

Os comunistas, em todoo Estado, devem concen-'rar o máximo de esforço»,para a vitória dos cândida-tos que apoiarmos e pelaconquista de uma combati-va bancada comunista.

21 Intensificar a luta e aorganização fios rampone-sen

Concentrar esforças namobilização, luta e organl-zaç&o dos camponeses paraque se avolume e avance otrabalho ]á realizado nessesentido. Para tento é ur-gente que os comunistas,em todos o* municípios edesde a base. planlflquemImediatamente sua atlvlda-de no campo, em torno deuma reforma agrária raril-cal e das reivindicaçõesimediatas mais mentidas dohomem do campo, da rcaü-zaçào de encontros regio-nais de camponeses, de no-vos acampamentos c daparticipação do campcslna-to na preparação do I Con-gresso Estadual de Campo-neses. para que venha aPorto Alegre participar doconclave grande massacamponesa.

É necessário, ainda, ao la-do das Associações de Cam-poneses Já estruturadas,coordenar pela base a ati-vidade dos comunista- cam-poneses.

3» Consolidar a unidadeda classe operária

Os comunistas em todo oEstado d e v e m planificarsua atividade na frente sin-dical no sentido da unida-de, organização, luta rei-vindlcatórla econômica epolítica e luta ideológica daclasse operária. A atividadedeve concentrar-se na lutapor aumento de salários,na organização de Conse-lhos Sindicais nos locais tletrabalho, no reforcamentoou início da atuação dos' comunistas das empresasdiretamente nos sindicatos,na intensificação da lutacontra a carestia da vida,na defesa dos direitos tra-balhistas, no combate àfraudação da legislação so-ciai, na ampliação das li-berdades sindicais, na pre-paração do VI CongressoSindica! Estadual, a reali-

___zar-se em julho, na prepa-rã^ãõ~»tirs-«l«çÕÊi_shTdjcaise das JJR. na ativãçíSõ~aTr-Conselho da CNTI no Es-tado, e na criação, nosMunicípios, das frentes ope-rárto-campon**5-estuclant is.

4) Ampliar as lutas pelasreivindicações rins tle-mais camadas ria popu-lação e a organiüaçáortetfta

Os t-omunist-a* devom es-tor alertas para qoe sejadada maior atenção à Ju-Tcntude, em particular àJuventude es+udantll,npolando e levantando suasreivindicações, como a lutapor uma reforma universl-tárla democrática, contra oaumento de taxas escolares,em defesa da escola públi-ca, etc. tí necessário orna-nlzar a juventude nas fá-brie**,s. nos bairros e nocampo, • participar ativa-

mente da vida dai entlda»de* eftudantis, - = ¦-¦••- ¦••--¦'«•«luar amplo -.-.<tJi.ii, deprrpttrdcau pra «* n.vui druma drlrgacàti au FestivalMundial da Ju.entude, airaliísr**»* em fina de julhuem llrUmque.* n» Fmlàtt»dia.

O* ¦!» ¦¦-• rm todo r»t .¦..,.., .irirlíi -ut*... :.'.!.»•-*»(ü***im eom vlítaa a roor-Jrttavao da atividade det)4 . a»$ mulher*** comu*iu*\w. ao iiir-uin tempo,cm todo* o» munsnpiu» de»*«*••? incluir enUe a* tarr*fa* diárias dos romuiii-tJ*ii trabalha entre a* ¦¦•¦ ¦¦• •lemininas. t nere mim»•*om*«rrer pura que viva n»K<tado a Federação de Mu»Hieres, ou para que *e wierntidade que a «ub-t.tuaN»h Muniripio* tJevt-m exis-tir inmbem entidade* femi-ninas que diniain e oríen-tem a luta da* mulheresem *:•¦•¦¦ 4 dr seus (lireiKvs.em defesa da infância, ron»tra a carestia da vida. etc,

U.tda a importincla daorei: . - . > do povo nosbairros e vilas, e necessárioque os comunista* tirematenção a própria atuara»nas "Sociedade», de Amlcosde Bairro** e "Sociedades dev;*s". bem como nas orew-nizações de desempregados,ile ciutne.it Icas. etc.

O.: comunUtas devem dsrtotít» upoio e aiuda a lutatl.i classe média e do fun-nona. ¦¦-.¦'." publico. £ssesdois setores sofrem Imcn-samente com o aumento docusto de vida e dos Impôs-to», particularmente o fun-nonnlismo. onde existeittjtidr número de opera-rios.

Ê cie crande Importânciao trabalho dos comunistasentre a Intelectualidadeprogressista, que tem de-.-«empenhado papel signili-cativo nas lutas de nos-opovo por sua libertaçãoMais .-.::-'.i a intclectuall-dade é setor integrante In-dispensável da revoluçãobrasileira.

5» Cooperar para o rrescl-mrntn da organizaçãoda II.N' e do MovimentoNacionalista e para areOrnanirarSo dn Movi-mrnto de Resistência.

Os comunistas em todoEstado devem tomar me-dida.s a fim de concorrerpara que se impulsione aorganização de núcleos daFrento de Libertação Na-cional nos Municípios, nasfabricou, no campo, nas es-colas, em toda parte.'Ao,mesmo tempo devem tra-balhar no sentido de que asmais diversas organizaçõesde massa, sempre que pos-sivel, se filiem à FLN. tne-ressario promover a dlvul-gação da "Declaração deGoiânia" e cooperar para oenvio de uma ampla dele-gação ao Congresso de LI-bertacão Nacional, a reali-zar-se em São Paulo na se-gunda quinzena de julho.

O.s comunistas gaúchosdevem ajudar o MovimentoNacionaliáta a organizarnovos núcleos, assim comoa fazer viver os que já exis-lem. colaborando para aplanificação de suas ativi-dados.

Com vistas á intensifica-ção da luta nacionalista edemocrática e à organiza-ção da FLN, faz-se urgenteque, em todos os Municl-pios e desde a base, os co-nuinistas cooperem paraque revivam todos os Comi-tès de Resistência Democrá.tica estruturadas durante acrise de agosto de 1961, eajudem a criação de novosComitês.

6) Intensificar a luta pelapaz, pelas liberdades dn-mocráticas, pela solida-riedade a Cuba e a lc-galidade do PCB.

Todos os comunistas de-vem estar alertas p a r a operigo de uma nova guer-ra. A medida que avança oprocesso revolucionário e omundo marcha para o so-cialismo, à medida que ospovos criam consciência dobarbarismo de uma novaguerra e mobilizam-se con-tra ela, o imperialismo, ostrustes armamentlstas de-sesperam-se e preparam-secada vez mais ostensiva-mente para a guerra. Ê ne-cessaria uma luta perma-nente e ativa pela salva-guarda da paz mundial,pela coexistência pacífica,pela proibição das armas

tuc.leares, pelo desarma-mento geral e total:

O essencial é Imobilizar,a tempo, as mãos dos agres-sores para Impedir uma no-va guerra, mundial. Deve-mos fazer esforços para aida de expressiva delega-ção ao Congresso Mundialrio Desarmamento, a reali-za-r-se em Moscou no mêsdo Julho.

Diante das tentativas deoeroeamento do direito degreve, de restringir a 11-berdade de imprensa, dlan-te da perseguição abertaaos camponeses que lutampor seus direitos e pela re-forma ag-rária e da rearti-«ilação golpista no país, énecessário que os comunis-tas mobilizem o povo a fimde qup seja Intensificada aluta nelas liberdades de-mocráticas c o direito degreve. Ao masmo tempo é

neeettirto qu» o» romunts»sa» aumeitttm «ua vigilin»ria t> tnrpai.. -r paraqualquer emeigenels. deforma a nio terem pef»-de • ii ju '-.4

Diante da« ameaças f-oits»¦ .•- i soberania e a In»tit-pendenela de Cuba porparte do Imperialismo nor»te»amrrieano, os romum«»ta* devem empenhar»»-*pela inlensiflraçáo da lutade solidariedade ao povu«* ao Qovérno Socialista decuba. Defender a Repuhll-»*a Socialista de Cuba e de»ver de honra de todos osromuiiUta*.

O desenvolvimento demo-t-ratlco no pais esta a exi-ttir a Irgalldade jurídica do*comunistas brasileiro*. Ai»-un sendo, o* rtimunlsla»do Rio Orande do Sul dr-vem por em destaque a lulapela legalidade do PCB •-pela revogaçAo de todas a*reatricòes que impedem •<dirigentes comuni*ta> deroneorrerem aos pleitoseleitorais.

vil n ---ma mlnu-rt.-. .;.- e auiocltlco,da atividade doi comunis»ias no t :¦-¦•• mo-ti-o quetemo» •-¦•¦¦ exilo».

Aum*nt»u u número deromm*.-.-••»- e cresceu «uaItiacao com as massas, par»"...44.4.M!....-.c com aa mas-*as • 4-i.:-*'•- -•- onde -*eleVOU -.« '• .'".r.l.rlllr. II. 4 »atividadr Vitorias ponde»raveu foram conquistada»no movimento aindical eparticipam1** corretamentenos ai-uuifi-imrnio» poliu-roa mai» importantes doEstado, como seja no* deagôíio dc 1061.

Ao tado dessa atividadepoijtiva. ron*tataram»«edr»bilidadi - e falhas. Os prin-ripais erro* criticado* fo-ram: a fraca ligaçào dos¦ -I-»:*..-•..»¦• com a* massas:o -i. n.: trabalho sindicalna» rmpi • ¦•* e tnfluènrlano movimento itndtcal daideologia das classe* domt-nantta* a subesumaçào daatuidade romunbla comomotor do movimento de

maaatt t da remiutâoc u-t4t 4--« que grand*parte das'falhas deve-se afraca atuação da» dutgtn»lea romuni-u» Mtaduals

.to 8naUiar>se a posteiodt eamaradas que, no cor»$o da luta ideológica ira-vada em noa»a a fileiras,passaram da» dívtratnriMpaia o campo do olviaio»insulo e do aotiptrUdo,

*.»•'..4tnai*-.- a» inedldutomadaa em relaeio a• ¦ > no âmbeo estadual emunicipal. Devem »er dlvul-rado* publicamrnt* o* no-me» dos elementos ewlul»do* do movimento que U-nttam reipoiuabllldade dl-rigente e os daquelaa pes-soaa que nao mais perten-rem ãs *.. -.»* fileiras. Aomesmo tempo, entre o» queabandonaram nossas fitei»nu no processo da atualluta Interna, existem ele-mentOf confundidos e en-I a nado», aconselhando.-sa por -¦• i que no nivel dedireção e»tadual se façamesforços para recupera-tos.

Oi ramunlrts* no E§1«dOtrem currtgindo o» tttm dopaasado. d» mandurtumo.tccttftsmo. ele, mas, dtoutro lado. cornei a criarcorpo a lendencta do libe-raiuma. ao e>pontan<'Umo<k falta de disciplina rtro-lucionarta. tia. por parted» muitos militante* res»pofisavrts, verdadeira su.Lr-'.itusí*.» pelo movimentocomuntita; por qualquermotivo as tarefa* s&o dei-ladas paia segundo plano.t nece-strio que os comu-nlslas etn lodo o Citadoempenhem»te na luta pelasuperação dessa» falhas edrlirienrias

•Depois de. em seu ItemVIII. traçar tarefas pràtlrasrelativa* ao aumento dosefetivo» comunista* e de suaatividade; ao trabalho deeducação comunista; à ne-ceasidade de editar-te umJomal comunista no E-tadoe de ampl:ar»se a divulga-çao da literatura comum*-ta. »**'rn como de propa-gar.se e defender-se a»

Idéias dt atdâSMti I msMttd.mi.-a nas tuas frentes,tanio ru«ua oa dttwlttoporionlitaa de dlrtlte tt»mo dt •i-squerda*'. ate, •RttoliKto co-KltU eoa atpalavra» lefUlOltt.'!

Constderamoa qu» a m-Itaaçao das larefe» de»t»Resolução I POMlvtl. facauiéoecetséHot.-M.slâadi-jfçf*i a base. *• aiaaiSvmt coalfolt sua aptlcaçáe

Fajtmos um chaauuntn-to aot romunUtas dt todoo Estado paro a lata pelecumprimento da presenteResoiuçlo.

Chamamos a todo o ms-vimento comunista ao »-tado. a todo» ot militante».% cerrarem fileira* »as"«"»r-no da direção nadanal dtnouo movimento, eleti» namemorivel Convtnçto dtsetembro de INO. t a tra-varem uma luta sem tré-tuas e permanente ptloiM'a|ertmen'o e pela uni-

c* ¦¦¦* de nnua* fileira*PArto AIrire, JI dt

de 1M3.

OS COMUNISTAS DOS EUAE O GOVERNO KENNEDY

GUS HALLsecretáriogeral do PCA

Iniciamos neste número .*• publicação de um trabalhodo diriKrnte comunista nortr-americano (*u\ llall. secreta-rio-aeral tto PCA. sóbre o governo O Krnnedy e a atualconjuntura político norte-amerirana. O trabalho foi di-vulgado em fevereiro deste ano.

Continua avolumando-se,nos Estados Unidos, a ainea-ça da extrema direita. Aomesmo tempo, o govémo deKennedy segue uma poliu-ca de guerra fria, interven-clonísta e em geral antl-democrática. Defrontamo-nos, portanto, com um sc-rio problema que é o dacomo, nessas circunstância.',levar a cabo, da maneiramais eficiente, a luta pelapaz e pela democracia. Oproblema pode aer mais bemcolocado através de algu-mas perguntas.

t séria a ameaça -, da ,exiretría direita,) nb sen4td£ide que se aproxima da po-sição de onde pode exercerinfluência decisiva sóbre ogoverno ou de procurar elamesma conquistar o poder?

Qual a relação entre aextrema direita e o govér-no de Kennedy, e em quediferem? É necessário tra-çar uma linha de difercn-ciação?

Eis ai problemas sérios ecomplexo.-, ivluito se podeaprender com nossa própriahistória, principalmente nopenodo do New Deul, e ta-.n-bém com situações paralc-Ias em outros paires, comona França. Mas, aqui ocor-rem também aspectos novose especiais que precisam de.-.éria avaliação. Proponhoapenas começar essa ana-li.se.

Na opinião do Partido Co-munista, náo pode haverdúvida de que e séria aameaça da extrema direita.Ela decorre de uma situa-ção nova para qs Estados,Unidos. Estes, o mais po-deroso paLs capitalista, naopodem impor o seu cami-nho em um mundo no qualas forças do socialismo, dalibertação nacional e da pazdesempenham um impor-tante papel. Os contínuos re-veses e as derrotas da guer-ra fria e da política inter-vencionista unais recente-mente em Cuba e no Lausjcolocam o poder monopoiis-ta dominante diante de umaescolha, essencialmente en-tre duas alternativas. Uniaé a de por fim à guerrafria e procurar alguma for-ma de entendimento com omupdo socialista e nacio-nal-revolucionário, o quesignificaria uma guinadapara uma política de coexls-tencia e de emulação pa-cificas. Essa mudança depolítica iria. ao encontro dasnecessidades nacionais maisprementes no presente pe-riodo da história mundial,

O outro caminho é pro-curar conter e inverter amarcha das tendèn-dèncias mundiais a todo-custo, incluindo a chamadaguerra localizada e a guer-ra nuclear definitiva. E ne-cessárlo reconhecer que aatual política de guerra friacio governo aponta para essadireção. Contudo, temos dereconhecer que parte daextrema direita a expressãomais agressiva e extremadadessa política suicida,

A guerra é sua receitapara a crise com que se de-para o pais. O senadorOoldwater e Rlchard Nlxon,em luta pela liderança dosrepublicanos direitistas, de-fendem um caminho deguerra, como também o fa-zem seus aliados "sulista-cratas" democráticos, comoos senadores Eastland sSmathers. Acham-se pron-tos a ene .rar qualquer pro-blema mundial urgente, selaCuba ou Berlim, como

uma ocasião para desenca-deur uma ação militar. Att-va c agressivamente pro-curam a borda do precipi-cio. Ue fato. Nixon agoraapela continuamente paraque seja reencetada a po-litica ã beira da t-uerra, deDulles.

A &"DE FASCISTA

Por trás dessa coalizãopolítica bellcista, surge nopais um movimento orga-m/tido de tipo fascista, ti-nanciado pelos setores maisrhauvinistas e agressivos dosbrandes nef*6ctos. Isso °émais sério do que fatos an-terlores desse tipo, assu-mlndo mesmo uma amea-ça maior do que o movi-mento encabeçado pelo fl-nado senador Joe McCarthy.

Em primeiro lugar, a dl-ferença de correntes fascls-tas anteriores, o atual mo-vimento está tomando a for-ma de uma organização demembros, com grupos deação cousplratórlos, inclu-sive formações militares se-cretas. Sua ponta-de-lançaA Sociedade John Blrch

é essa organização, emlórno da qual se congre-gam uma rede de gruposdc ódio mais antigos, ca-madas fascistas, os Conse-lhos de Cidadãos Brancose outros grupos racistas deconservadores empederni-dos do Sul.

A rede fascista atua, se-gundo um tipo de divisãodo trabalho, em ligação comcomissões legislativas, co-mo a Comissão de Ativi-¦dades Antl-Nortc-Amerlca-nas da Câmara e a Comis-são de Segurança Internado Senado, e entidades si-milares nos Estados. Procla-ma a característica demu-gogica de movimentos ias-cistas, tal como a revoga-ção do imposto de renda,e começa também a lançarJemas antimonopolistas, afim de ludibriar o descon-tentamento da classe me-dia. A rede fascista desde-nha abertamente a demo-ciacia e a Carta de. Direi-tus, advogando o direito de"revoluoão", que. de lato, éa contra-revolução. Declarao objetivo de conquistar opoder político. Com consi-derável influência no go-vèrno atual, trabalha pordominá-lo completamente,

O COMPLEXO MILITAR EDA ALTA FINANÇA

Outra característica pro-nunciada desse crescentemovimento fascista é suaampla influência entre oalto pessoal militar. O casorio general Walker foi sóum sintoma de uma atribu-lação multo mais profunda.Mesmo o Pentágono-teve deadmitir, recentemente, quese adiava "preocupado" com:i extensão das influênciasblrchlstas e .similares entreos oficiais das. forças ar-madas.

Sabe-se agora que umaordem «ecieta, b?.íxoãa pejoConselho de Segurança Na-cional, em 1998, dava ins-truções aos oficiais coman-dantes no pais e no estran-ceiro no sentido de "escla-recer" à? forças armadas eaos civis de suas regiões arespeito da "política deeuerra fria". Isso era acom-nannado de mannats e ma--"risis p.dic'onais. também"víis-SificCitíO? rnrro -* •""*.-¦' ¦¦¦ditados pelo coa-.:::-V, ».*o;i-¦unto do Estado-Maior, ten-

do servido de base para aorganização de Ot-bates ereuniões pelo» comandosmilitares, freqüente-mente com a cooperação degrupoa de negócios locais.Choveram reclamações sóbreo Pentágono, contrarias asatividades políticas dos co-mandos militares, prlncl-palmente a ampla difusãooc propaganda birchila e asodiosas películas cincmuto-gráficas chamadas "Opera-ção Abolição" • "Comunis-mo no Mapa".

Toda essa linha política,associada a Agencia Centraide Inteligência, e treinamen-lo semelhante em atlvida-des subversivas a put.-clus-tas, somente pode servir pa-ra o aparecimento de nos-.som "generais franceses",que se sentem à vontade emcírculos fascistas e que seacham dispostos a concre-tizar seus objetivos. Isso éuma conseqüência de vin-te anos de mllitarizaçáo, daestreita colaboração entreas forças armadas e os mo-nopóllos na aplicaçúo de umorçamento anual de 40 bl-lhócs de dólares, e de umdesespero decorrente deuma política exterior fa-lida.

Éste complexo de mono-pólios e militares, alirae..-tado pela economia de guer-ra. desviou a ciência, quaseInteiramente, para objeti-vos militares, absorvendo osprincipais ramos do ensinosuperior e levando para oInterior dessa vasta redeamplos setores da moclda-de estudantil c dos lntelec-tuais.

Quando se considera essaaliança de oficiais de altapatente, organizações fas-cistas do Norte e do Sul,coalizão direitista republica-no-üulistacrata, e profundasincursões nos órgãos gover-namentals e no sistema deensino, pode-se afirmar co-.usegurança que a ameaça duextrema direita é realmen-te séria.

O objetivo dc.i.se movi-mento, compartilhado pordiversos elementos da extre-ma direita e da reação, éa completa destruição dademocracia, a abolição dasprincipais conquistas so-ciais alcançadas pelos tra-balhadores e o povo nas ul-limas décadas, a supressãoou subversão de organiza-çoes independentes do povocomo os sindicatos, os gru-po.s pacifistas, na socieda-des de negros, é a encar-nação do chauvinismo e doracismo como um credo na-cional, em .suma, um esta-cio ditatorial que procura-rá levar o pais á guerra ea autodestruição,2. O GOVERNO KENNEDY

A política e as atividadesdo govémo Kennedy, domi-nado pela alia finança, cs-tiveram, durante seus pri-meiros sei.s meses, na.s mãosda extrema direita. Substan-cialmente, a principal dire-ção de seus golpes foi con-tra a paz e a independer.-cia, contra os direitos de-moeriit.ipo**—e civis-r-ecnlraos trabalhadores.

Nesse curto período, o go-vèrno esforçou-se por pro-clamar uma política de in-tervenção "paiamilitar" con-tra movimentos de liberta-tação nacional, lrrcrcmen-tou a corrida annamenüs-ta e a guerra fria c de-sencadeou a aventura mlli-tar contra Cuba.

Procurou "congelar" osCavaleiros da Liberdade ese furtou à atividade le-gislativa e executiva no sc-tor dos direitos civis.

Invocou a Lei Taft-Har-Uey contra os grevistas ma-riíimos.

O Departamento de Jus*'¦rn dedsra a intenção dotrove: no de le.vor avante as•'•-,'. •'•;>!¦ decisões pntlcomu-•¦ •¦ .- (••: Suj-r" -.-..'. Corte,com redobrada perseguição

ao Partido Comunista.Ao proclamar o comunis-

mo como o "perigo rvul eIminente", o presidenteKennedy concordou com opretexto central aob o quala extrema direita e os fas-cistas procuram alcançarseus objetivos a consequén-temente estimulou a rea-ção.

NAO NO CAMINHOFASCISTA

O governo de Kennedy se-gue essa. linha porque seacha dominado pelos gran-des monopolistas e nego-cistas, a cujos Interesses éleserve. Isso deve ser consi-derado de maneira firme.Contud), embora reconhe-cendo que éle tomou me-duias que restringem os dl-reltos democráticos, seriaum grave èrto julgar queo governo de Kennedy seacha atualmente trilhandoo caminho fascista.

Diferenciar conveniente-'mente entre Kennedy e aextrema direita é o prlncl-pai problema tático comque se deparam toda a es-querda e todos os progres-sistas. Isso não é 3imple».Kennedy não é um Roose-velt. Desde sua eleição queéle vem tomando um ru-mo reacionário. Mas não eInevitável que continui porésse caminho, fazendo cadavez mais novas concessõesá extrema direita.

Se o problema tático fòrsolucionado de forma cor-reta, será possível bater aporta à extrema direitu, der-rolá-la e forçur uma mu-dança de polilica por par-te do governo, no rumo dapaz c da democracia.

O RUMO CONTRADITÓRIODE KENNEDY

Parece-me que devemoster sempre eni mente asdiferentes necessidades e en-cargos que o governo dcKennedy tem rie resolver,e que a uitradireila querignorar e fazer retroceder.

O governo de Kennedysegue um rumo contradito-rio, decorrente du Instablll-dade da posição imperialis-ta dos Estados Unidos, danova correlação de forçasmundiais 'o crescente for-taleeimento rias forças «o-cialislas, ai)tiimperiali.sta.s epacifistas i que éle reconhe-ce mas que náo coloca demodo integral e adequado.Sua direção hesitante resul-ta também das pressões demassas populares em nos-so pais, especialmente dac'.i ;¦ onurãri i, dos negros,das forças pacifistas, uueforam seu principal apoioe que elegeram Kennedy.

Esse rumo oscilante e zi-guezagueante p o d e serobservado em inúmeros lu-tos. Por exemplo, ainda quesustendo uma política deguerra fria, o governo con-tinua comprometido eomuma posição de negociaçãocom a União Soviética, co-mo nos problemas de Ber-lim, L a u s, experiênciasnucleares e desarmamento.Não é desprezível o fato de

. Kennedy, apesar de tudo oque dis.se contra, ter reto-macio as conversações comKruschlov em Viena, con-versações que tinham sidorompidas pelo Incidente doU-2.

Também é significativoque Kennedy tenha delibe-rado não apoiar a invasãode Cuba feita por refugia-dps com o apoio militar di-reto e imediato dos EUA, oque é tão criminoso e cen-surável quanto sua decisãode realizar a aventura mi-litar e tão grave quantoainda é o perigo c!e uma in-tervenção imperialista nor-te-mnericana. Também res-salta o fato de Kennedyter de ainda procurar sus-

tenlar pretens"***»tica» « a i,l i .mi»scu.s contatos cum oavinuntos de libertaçio nn-cional. embora sen» objeti-vo*. permaneçam tendo o»de conte-los t faae-ks ie-troceder. Isso lhe erU eer-tos embaraço» noa aanantwmundiais, aaa virtude dumedidas Interna» aattdeanavcritica». '

A DIFMINÇAIMl-OÜTANTI

t verdade, naturalnearle,que essaa manobra*, pre-tensões e conceaeôea ma St»impostas pela pt**me áa*forças mundlala dn pM, yeeadeter.oraçlo do InmfM»-mo, pelo deelinto és pm-tiglo e da noatfi» fiteido ünperialunM MftMMt-ricano em pnrtleihur, • petosentimento deeaoeráMe*» •pacífico profandnaMMU tr-ralgado do pom *»*mtaam.

Maa pmosm*** • tam ***.o govdné 4* *bn*# stei-ter feehado a poeto

"te da acomodação nrealidade» mundlak,formo deseja a extrema dl-reita, o lato envolvo *m tm-to reconhecimento daa no-vas neceutdadea do min-do atual no paia laon»trangeiro. Esta é «ma dlíe-t-ença Importante, qut devoser reconhecida pela» fôr-ças da paz e da democrá-cia e por elas explorada afim de ser concretizada anecessária mudança na po-litica nacional.

Voltando á cena domésti-ca. temos também de re-conhecer que em consequén-cia das eleições e do apo odos trabalhadores, dos ne-gros e dos liberais, torna--se difícil para Kennedyignorar os compromissos as-sumidos no campo da legls-lação social, o que a extre-ma direita gostaria de anu-lar por completo. Por maisque suas medidas sejam ma-decuiadas. elas têm de lu-tar" em um Congresso ref.-clonário.

Dois caminhosda revoluçãosocialista

A revolução socialista po-rie ser pacifica? Só pode

ser não pacifica? A estasperguntas responde um dosmais interessantes artigospublicados no último nume-ro cia revista Problemas da •Pu: e rfo **OL'i:/"í."»io 'á. re-fet-cmte a maio deste ano).Seu autor, Oeorg Karr, mos-Ira a multiplicidade t ri-queza de formas de lutapara alcançar a vitória ciarevolução socialista nos di-versos países. Mostra comoantes da revolução de outu-bro de 17. na Rússia. Lênlncomiderava possível a to-mudo rio Poder sem a revo-iução armada, íster é. atra-vés de meios pacíficos. De-pois, situações diferentessurgiram em vários paises.desde a Europa até a Ásiae a América Latina, ondeuma , revolução socialistatriunfou pela primeltra venem janeiro de 1959.

O assunto é controversoe digno de ser estudado.Georg Kar o faz com pro-ficiência que merece aten-Ção.

Além desse artigo, o n.°5 de PPS oferece ainda ma-terlais da maior oportuni-dade, entre eles o prosse-puimento do debate sobre odesenvolvimento econônVooe a luta de classes, os ca-minhos dos países f-ub-"»-«envolvidos e um artigo r-Carlos Marighella: A '-apelas liberdades democrá***-PCB

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'.'""•'C" s.VOS 9 —

Combatendo o Analfabetismoe'Unindo o Estudante ao Povo

Conto f)«« Pagino âcomci-

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Reportagem de Regme MorifêM. ini*. X_*M_*J àm »

tt ».».._ abriu «... anoi « uma tmoit dr l.t_i*.. campa nha . *u. or __ <_-_»___u- Nu itr_...;¦ ' m _-.*u d* 30 mtlh_t#• -i»:f--ei__. _. por t-t.11 d_ uopuiaçAo maior de: i .:-...« vive privada _• »en a n l f • a t a r p_n___B__t»ie ptiu voto apena* por ter•rrlfit.t* r apenas \meamali dr 1 por cento do*noum Joveft» ron-rt-eni

inilr a unherudade. Tal«.»-«.. «patético, miu atu-da awim Ineapax de levar »_<>ierno a tomar medida»p*ra luj.i __•!-• dlspens-«l_at*t_rr JueUfl-âUva» .«»¦mn a __¦____¦_____ da bata-lha fM «ra «_ eatodanir»Uo rkt» dt _radk_.o naluta pelas dlrHtnt dr nouopor-, toldam.

A CSmtSHHA

N_ sede da UNE eonver-ssmm tosn Arou Abrnd.roord_B_d_T d. morlmento.V 4 fia ourm dis: "A eam-parira nlo prateada aNabe-mar todo* o* analfabeto*.«_-tt_e____r aalIMM 4 Urefa«** a____a «turraano* ape--ta* da_MM_rar ¦ nu re-__¦__¦_& a 9___.btl.da''- drfase-h. Q_____M_ de_n#ttara optalio púrbltra para oproblema. K a UNE .'• umdtvt pouco* orjtanl-mt^ en-P-.e» d* faarr algo nea eaenUdo." Drpoti de referir-ae aa fs______o da eampa-nha contra • aaaMab. tlrnno

plaaejada prl» tovâti»Imira _--tm Ufehtajt c__nadr divtr*_. p___t__i mm dor*«n«a na* raveuu» do Jdiw»-urio da Iduraçào r Culta»ra detde .tM, frae_-_o orí-timüo na un*!__( :__<__ doa•»«_*_. r__.ul_.tr. dr UUi.i' -•_->. nu - dc M _t_r__i-i •_.- da* _r__.<*-_ .______.Arou rraftrata at grandes. ..(IIC.k-1 dr tn_.il__.r__popular de qur a UNE dit-pé*, "como entidade Utsd*ao povo ou» * r pouuidoradr l«n_<> acrrro dr luta* nn_'f«.--a da* rauia* popula-re*". E aerrscenta: "A«anjpanlia objrtira tambémunir rada vrx mala o r*tu-danle ao povo, pt-srarandntornar a m_ui eoiueirntrda *ua re_Jidadr. E multotem o» rrtudantr* aprendi-do rom o povo a eampanha•em tido um verdadeiro diá-logo entre o* qur ensinamr vio aprendendo r o* queaprendem r vio rntlnando."

COMO NASCfU

A id.lt dr -ruçar» do movimento surgiu no íilUraoCongre__o da UNE «lulho o>1MI. Niterói», quando foiarapJameciu discutido o pro-blrrca do voto do analfabr-to A diretoria entio rleltapara a orc.inl_.ic__ repre-Mif.iiivn dos universitário*;br.r !• ;r».«. considerou afine.:-io un» Importante in-v>i-\ a ser realizada E a d.s-p«»ito de mil dificuldade»,.nbr.tudn de ordem flnan-

m^mm^mm-m___ iHh--' ••-_______________________V^____.V_____T_r ¦ > •__ ¦¦ *.*-* _'-_¦ _____! ____P____r_t____Pf'1*' *

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A Editora de Literatura Politica da Tchecoslováquiaacaba de lançar, em tradução teheca. o livro BRASILBÊCULO XX, de nosso companheiro Rui Facó. Trata-seAe uma bela ediçio ilustrada desta obra aparecida noBrasil em eomeços do ano passado. A tradução foi feitapelo conhecido fllólogo tcheco Zdenek Hampejs, O livrode Rnt Facó deve sair também naquele pais em língua•slovaea.

Top ros Típicos

•'•'••tINO

Quando • Brasil marcou . Urcci.o „òl. s vitória ron-tra o* tcbecos estava assegurada. L'm frêmito de entu-•iasmo percorreu sessenta milhões de pessoas, Até o pro-íessor Eugênio Gudin se sentiu brasileiro naquele mo-mento.

Os tchecos lutaram muito. O goleiro deles féz defe-•as espetaculares. Mas não havia jeilo. Um amigo meu,que . católico, chegou a comentar:

Nem Cristo fechava o gõl contra a linha do Bra-«il!

Depois caiu em si e reconsiderou: —Bem, Cristo fechava. Mas ia ser na base do mi-

lagre! '"""

Nos últimos minutos da partida. Garrincha recebeua bola, travou-a e esperou que os adversários viessemdisputá-la. Ninguém, contudo se atreveu a enfrentar ogênio do drible, tle, então, botou as mãos na cintura eficou e_p.r_.ndo: parecia um toureiro em fim de toura.da, tranqüilo, confiante.

Na Guanabara, o.s fogos de estampido estavam prol-bidos, mas ninguém ligou pra proibição. Perto da minhacasa, vi um garoto soltar uma bomba "cabeça de negro"junto de um velho. O velho achou ruim. O garoto inter-pelou-o:O senhor não tem senso de humor?

Porém o velho retarquiu:E você não tem senso de rumor?

Oepois de grandes esforços (e alguns momentos emo-cionant.s). o bêbado conseguiu subir no bonde. Então,começo» a dar vivas:

Viva Amarildo. Viva Zózimo. Viva Friedcnreich!O condutor goiou:

Friedenreich... é do time tia Tchecoslováquia?O bêbado encarou-o. com ar (lo n.iir.ir.tri.imentn.

Nâo sahc quem foi Fricdenreic.il? Poi., pra não serIjçnorante. não vou lhe pagar a minha passagem!

E nio p-gou meatn*.

eatra, a __japanha M «w*uda Cuca a Uaiio Metro*l>_li__i._ ___. Snmkst.it, foif>r«4_r__i_4_ _i_ua_» ajudaruAtmal. mu ao todo ar_ii"4>a.j.» ainda nio ««__.•nuu irm» n_U rruteiru., rja .*_. rom IM aluno*; en«quanto que o* _."*_•« «• -to* ram o* piaii^iamriito*t.-eeiT-tmmthi» nada raiue*¦ulram taitr. Drpoi* aindahá qurm dica qur o* eetu*dante* *ó «ervetn para pro-__over a.iuoão »__* _io *->-t«_ • _ü»_a«.n-'" que **-__tirando dinlirlro do própriobòtto para comprar tápt* era_rrTK* a f*m d«* cabrtt alacuna deixada pel* tnerria00 _o*>r.i'

oraiwmviMfMiotMITAPAS

rv-.._- ouiubro d* IK1 *ie.1-.. «..'.. inext. _«r_» «¦< fi«"•.ir.-i a Campanha uma lutaronii* •> '»«.<¦«»."lu».'!•> »que puti.-* experiência nd»*ir nr_ie »etOT. I*iim«.rainrt-.-le, ralram o* alíabetlrado.rr. uo puro t-_rtcl*roo. 1'rr.tendism anta «le qualqueratlU. olnltnrar .-..mili..- »«ll.rtiiir plano». r>*que«,ndo-_ae dr qur «¦ * prática po.«teria lhe* rnilnar o nunnm tomar. Ao «te*«*r_rrmi_»u rrn». ralram no txtrr.mo opnMo t'_n_«crr#m adar aulas i*em nenhum pia-it.. nn»\1«.. I>enii.i di»_le e».qu.m* pi. •!¦ ;.¦•• as aula*dada* n. t-n< i_ «1_ Ctta-«mmba falharam. Ch._nr..mé:«-. rnifio. aimv.s <l» rxpe.rl.ncl». * «•oníiu«t.o dr q»**rnt n«ve_*árlo unir n« d')i*aspei-tr... Nem traria umprnitm. n»n prt*.tl«.i vmteoria. Reuniram.**, o-t,..I^let-erarr, pis no» prelimina.ir*, dividíram-no em seiorrsrufa nm rom um respoiifi.vel, r -otnrçaram imedtat».mrn«r> a dar aula*. An mrs.mn trmt«. a Campanha c»-nhcva um salto qualitniiinmuito grande eom o rur»opara fllfa_rU__dore*. que lh>-veio tntmr uma nova dl-men*Ao. aumentando o nú-mero dr _Jta_e4__ad_r_* ede eaeola*. D_*t« curao foifrita uma frrande propaian.da pelo rádio e Jornal*, deforma que a aula tnaucural.dada por Aldeio Teixeira,foi um gran_r> miersso: as.•Istlram-na maia de 100 pe*-soa».

OtéDE DAM AULAS?Depois das duas primei,

ras fases, ao ter.se chegadoá ronelusfo da impostdbili-dade de teorizar a quettiorem a experiência prática enem ne dedicar a esta aemantes ter certa* perspectivasdelineadas, surge ttm pro.blema concreto. Onde darns aulas? Após debates eanálises dn situaçSo. con-eltii.sp que peln sentido am-pio da Campanha, por pre-tender aer ela uma campa-nha de massas, pelas difi.cuidado* de divulgacio etc.as aulas ad poderiam serdada» onde está o analfabr-to, e nft_ pretender traz*,-lo ao alfabetizado.. Pnroutro lado. era preciso pen.sar nas condições deste, nadificuldade de locomoção emesmo de tempo disponf-vel. Procurou-se conciliar olocai das aulas com a mo-radia da pessoa a ser alfa.betizada. O lugar com estasvantagens íoi encontrado nasconstruções de edifícios eoutras obras. At existe ttmgrande número de enalfabe-tos. salas disponíveis paraas aulas, e localização con.vement.es.

Primeirament., o» esíor.cos foram concentrados emquatro núcleos principais:uma obra na ma Barata RI-beiro, outra em Botafogo,na construção tia nova seriod.t FiindaO-io Getúli,, Var.Cas. outra ainda na Ilha (ioFundão e a última na Ave-nidn Rio Branco, na cons.trtição da Prolar.DIFICULDADES

As primeiras dific-ulda.des foram de organização efinanceiras, como vimos.Agora elas são de cresci-

_me:i4.. Existe um númeromuito reduzido de alfabeti.zarlores. São quinze, paracento c cinqüenta alunos.Alguns dão duas lioras deaula seguidas, trancados,muitas vezes, em porõesabafados. Há também a difi.culdade do material didáti-co. que tem sido conseguidopela boa vontade dos coi*.-oradores da campanha.

Ajuda aNOVOSRUMOSAmtgoa do Cear* .. 50.(100,00Ellas Nlcnlmi Mar-

tlns (Klo-GB) .... 1,600,00Hoteleiros (Rlo-GB) 650,00A. Ro.riKU-s (Jacaré-

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AJUDA A VICVA DO fAJI-1'OXftS JOÃO 1'KIIBO TKi-

Xlllt.V — n,\ r.Vl? .1,!..

Moi_.1or.« r'? r ,." ii i;i. -GR' _.<_5r»)

Além d_a_o twmm a faü*«ir »« _-

No «mtanio. e*tac difi.fitidadr» idnt tendo em

prlti áítir-u... cntuàiaano «*«ir__r_<áu do* _ií_i_r.u_>'.(r. pel* __• vunade * tu-• :i.. .í.,-_,itt_.(i_. ro* en_..¦.nii',» «U* o-f-t, qtt* oio•d fornerem a» tala», m_**'l*f»m utr.l_.nt a Inttalar«_.¦..._. lu/ r •!* quadro ne.».- vu. o principal aouloor apoio para o d-*envol.vimmio da Campanha, vem_rr_lo • prápria r-peitt-Uân¦'.-•«• no. ar_*riot pafmt*»rr*, Há uma rordadrira fo.•nr dr .»»». rw *rlo da ma***a analfatkMa. Muflo* prr._nnrr-.il drpoá* d*. aul*«|»r* di*c_tir roa* n* pf>-frMArrs: há uma tirreatld*.dr enorme dr euliura.

A medida rnrtmo qur *campanha »r dremvohr.nl* eaniia n povo, Proru-ramna. para aolicitar aula*r ofrrre.«r InoiU. No Jar-

.dlrn R«-iánlro foi ofrrrcidauma rerol»: uma eolftnla det. -... i..i.-. no l^hlon, mo.redore» do Salfuráro. drUralenao r mtiroit Iticar-*Um vindn pedir _dfahrtl..i.dore». No momento m___.<-rm qur no«sa iYport*f«>m ¦•rmvntrav* na *rdr da Cám.(tenha. n.rt-r_m algun*membros dn UNIÃO OOSMORADOFU3S Pt. LUCAS.

. b_.u-.io da pusMlulidadrdr levA-li. ate mia fn»r,,•íiili.:.-. Ia nn •...;„ l_flo 1 I.i.-Vlaa nn« rrdondrra.i porXi.i*Yi („^.,._. Coniar.n.."os . tr« ...nin esta noptiln-c*o vive a marrem .1* •_.«li.: a pr n a k tralvilhanln.miillnic tomando su* encha-rlnha mns w»m uber n f|U.»*r r.iM*. nrm porque *epssta.

-tlMIlIA.immir.cta.

A* . «•* que .rm •#?.,;..«t-n» aie aptra *-_ *. t_»r«;_. -,-r¦••_ , .Vau rM.ípainda um niriodo «l.-*^.*.-!-vi», nrm livro. ... * i »¦-irm apmai at ||nh*. errai,fomrrvt*. ._•'_» .«,|_>it.n.i_»jfdaa^et.-»» «Vi muM». atuai»'^tá. :-!. ¦• na ordem d«dia urra i «.,-m.».. í*_-,| .^...gira pera «i-tetnatirnr al-róiirií r»p?Ti*«i«4 da C*m,l».-.i.n.panna.

O nurlro • . _. n* ehr_«ta f.'..-:.' .ij Canadá, n*lua lui.v.1 i-. ,m apna* «t_l« mrvH «..ma j«•fim rérra de mma aluno»rm «lua* turma- .. ., ,¦>¦.¦pruK.|«am a ler • a eaere-*er. A !_i.i... • ¦!.. ¦-,-.,«to*. • •>. r.f.:i-«-.. IK a|.fabruradoir*. •.. <.in.rr>ui.

• ria. (-(•"•*• •« e-fAtço «lo«i.rftpr.-.. -•.•... \! , .... ../Ir» ..'... .1. •/.-..• -i., turma fificam dua* hora» rfrnoi- doirahalho e. pernndo a aula.

No ..¦•.-.. • 4-.., por par.«r «lo» .luou. um |{r_nd<»¦¦•¦•.'• ITltlir: ¦.. r mu--no. * profr»«_ra dn ohm«Is. IVnlar. Tinham »t-rconrw«t. .'._.:¦;'..- A_(»*a J» <_••"•mrm á vontade, mn.*crs_m r imla»,_m «lo pro-f«^*or. OIJioii ittm «-«rinlin*» provas a mo>trou.no»:• f.jite aqui i«í»r ..-;...... 4nIrnlMlIio r.,A (|Uaj_e reco,ma* \ejn _,. ,....;.,, i,... ||tTI.ttwlKki ... De fato, o. con-«ornuf a pritiripio tono. «•desajeitados i.m te tonian-«io. I mrxlldn qur a* f_lh..spueavam, mai* nítidos.•No» pens.xnmos a |.r.n«i.pin. entiiintinu. qitr („ -,.sfii tr.ib_]ho duro. . Ie» ir.r'ftm a m*o eni.jrriíln. e tr-riam que. ante* dr começar

a r-erever alquíiir mr«Nii'-_.tr» jiliatr. O* «i .i»l««>t/üjo .r... a rr*p*»i_ ot» um...»!..«... t , t. aquijwra apremirr a rt»Tiner rnâo |«»m t >«*r-t 14I11.,.» th>fitio a prv«ifra m<Hirou que.-,>.!.. rrn •_•»;.•. r»».rtt.

Ouir„ !-• .i. --_i_ da o>*r4da I*uiii_H-_o r.vlúik» Vai._•», rel_iiMi.ito<; lAconte.rnt ut¦-•. piivre-XH.; quan*<!. r«. «r..-««.-« m« «i_« .o a

l-l-vra IVlr. in|o. a rr-t»,idtrrrr_m ímr.ijaiamftiir rcniaram; 1'elr: Pr!*! IV.lei .l»UNO$

No mom*mi» «h pi-*n«>»«m«vwirflm--. rrutriio* áUiianitviM rmuramrnir.*»»im qu«. Imttxrr .tifirim-ir acúmulo dr ••_..• # der\|^ríf.iui_ik, _. i,.i. .!«•_ am.plindu- por irJn o pal« «-omapoio d*» l*Nlôí_. _STi'.DANT11 E_STADU.U8 r Dt.rt_rrúiuos acaormicos

11/. uma ofrria da fOSKCuma «Ias entidade* in-

.«•n.-. .<•¦¦•• * lio* .-Mi.;....:.¦•para ; ...... r nm semi.

Ilit.tn «Ir .'/.... i .-..I.i i. .-.nalm-mir. o crandr *o.

nltn da .'.;.....:•,„ * orfani./nr umn ÜNIVISRSIOAJ-KIHiPfLAR ondr ha\-erá rr.-ludnnir. . ,.; -.'.rr... ,.o mr*.mn t.mpn romo nltinos i»l>iofr*.Ar»*» a teoria r *1'r.Mlro nllndn . «• n« aiirsmciptilliafln. nn Inspirsráo|»nntilnr fi pnrn Ha* vnli*.da*».

1'nmn raniam n» rsludnn.!«•* na peça do cm. .O au-I». «in» Noventa r Nove pnrCento.: - «rolei»**. _*tu.dar r pr. :l,Ti„ / rins n,:r-fnram parn o rolef-in. ' :¦ni»! . 'In ...nii r ......-'. /»•.,.„_,. r_,h,.m ,,,, ró. ^

íenlitim In nó*r rampon**».

Fjtio ai, r_i forda* e farto*, «vi m»li dtre*t_.i aeontr-r.mento. (.,-... o ... _u.i« i.-'. | naturaim/nte u_otiru*rMM uma rnonn* roforia te ferct que - - -.ipot t@U o, --...r du pior t «ntacor do mundo rttudetttet -1-..-do*, a liberdade palavra tá fomr nmutn l*r'r>. i-_.¦ ..*» . ¦_• lei», «ai. árrof. frttán o» çtneum de pi,<_m_ni ne-

• ¦ 'l-ilr !!.• ...ií.»r r--r t„ . .,(..:. l.;:ó -,- . . „ bl« •d» -a 4uii;;ris'»-_.. «a • --.-•rf-j tudo virou fumada ¦¦¦«tola At fila* enorme» diantir- d<»( anna*.n* rnrcam a doerno* otho> dia r<:.'< A aeua lufiu ri-vamente oa* lom-t-•¦ --- Hilário flautam., )o.rm oprnirAc. dr d. rr <_*,•• ano», *rasado r rom um fUlio peqn_nln., nán aeu^ntou r**a fl-tuacáu >'• ¦ frnro diante de tante. calamidade ,.._..:..,Prisuu uma rana para tua máe qur e nem um rrtnitodrfta • =. :-«tr mulher dorotr. fiUio arm Ivitr, ele «rm di-nhriro, atratado o pa_am«utto da rata. ¦¦ tabrr o quafa/rr. dai.do duro a noite ..-•-.••¦ pera vanhar quarenta.-fU-rif" • -i •.¦.,:. :.d., o meti próprio ( Matou**e li-Inrio porque nào '«¦¦•• forras |mrn lutar rontra a advemi-dade, O «utrjda r «emprr um covarde. •..•..:-.. todo*, maaHilário, jovem operário nán te..< tempo,. equ«r para apren-der Imo.

Viver # irm duvida a me.hor roua do mundo. Prn*o«emprr auím. principalmente quando recebo como açora,rana* que ntr chegam por rtUi* crunir__ :;«¦ v notso Hf->'.'>:- RUMOK. Uma vem de áloriiia r r dt ttm leiKv qur,¦ ¦.-.:«••!. nào. r multo msiduo na leitura dè_tr jornal, noque mal a„r. Êle. eomo eu e tt»d__ no.. e»prra r ere) quatal rtirtar uni dia — aquele dia — rm que n&n mau ha.trra menina* r mrnino* trintr*. nem tr-tte» itrráo itomente miilherr* «Ah *r llilàrtn tlvri-tr aprrndtdi. l**o! Nào *amataria, o b«)bo • IVpots r Vlrrnlr Luciann de !..¦.. quontr manda usn prrsmtr i._.Mn_n: vitta* dr Tatui. etdade-rlnha pauli«t-i Ali moram 30 431 pr-r-ia* e. rom Vleenlae *eu prrteni.. vta|n prla praça Caro/nrl FVrnando Prestai• bonita icreírt. Vtceniri por ontra caraça chamada Paulo:-"..ti... «fie iti "r-n ai- P>i| um hl*Wtrlador multo frarotr,ma* rnfim.. » Rentrl na praça .....riinl.n Ouede* randrtpela ma Pnidnnte dr Morar* f. hom viver. Vicente, r mui-to obn_«da peía vintém Stuidr e toropem para voe* e oa«eus

...;.•_ stiUp boa no mundo para fn.rr a vida* boa:tanta sente ma querendo • ••:mr a tida ma Os primelroalutam rontra as segundos que usnni de tAdas a* arma*.prn*andn qta» com ímo íer«ni'w. romo o Jovem operárioHilário Pura bobatrem Aqueles que .«abem o valor da vidae porque sabrm o valor dn lu' * Parece apert-ut uma frasepomt.osa, ma. penaom bem qtir ela o multo verdadeira.

Tantos arotntcctiDrntos Um rnpa_ paulista escreveu--mr uma carta linda da qunl -isro --.te trecho: "A tua cró-nica no NOVOS RUMOS, comemorando mais um anlver-.trio do glorioso Partido Comunica, fèz-me srntlr o quan-to eu perdi, quando estava r. . Rio de .tar.' -n. cm evitar asorirdade do* comunistas, pois julguei erroneamente quotodos nào passAseem dr meros aproveitadores das ,-itiin-côrs Knganrl-meí. dei onvld.s a muitos fajsos seguldoreado sociallTno e mi apur. r n^ori. r. verdade, fiquei rabendoruão erandes fnn m e qnáo grandes Fâo!" Nunca r tardepara esses encon.ro1; rom a terdnd". Pode me chamar deamiga, lrmáo. >_, ,¦

UNE Pioneira na Luta Pela Unidade do Movimento Estudantil internacionalReportagem de Zuleika Alambert

K-lblndo acua aelo* ale-ffru a coloridos chegamdiariamente k sede da UNEcarta* de tfidaa aa partes domundo. Baa aao o melhortestemunho do prestigiointernacional de aue cota aEntidade diante du demaisorganiracftes estudantis ejuvenis de todos os conti-nentes. Êsse prestígio aünlào Nacional de Eitudan-tes o conquistou levantandobem alto a bandeira de so-iidariedade aos jovens quena Europa. Ásia, África ouAmérica Latina lutam pelaemancipação nacional, pelapaz e contra a guerra, pelaDemocracia e contra as di-liidurns fa.sclstas c pelaUnidade estudantil e inter-nacional.

ANTECEDENTESHISTÓRICOS

Embora poucos o saibam,a UNE faz parte daquelegrupo de .8 associações es-tudantis que, no ano de1848, visando a preservaçãoda paz, concebeu e tornourealidade a idéia de um in*-trumento a serviço de umamaior aproximação e coor-denação entre oe estudan-tet de todo o mundo: aUnião Internacional de Es-tudantes (UIE).

Somente em 1952 caindoem mãos de uma diretoriareacionária, a entidade, emCongresso realizado naqueleano, pediu seu desllgamen-to daquele organismo inter-nacional estudantil. Multocontribuiu para essa atitudea campanha difamatória deCarlos Lacerda que ontemcomo hoje Já se revelava omesmo ftiribttndo inimigodo movimento estudantilbrasileiro.

Reconsiderando tal atitu-de. o 24" Congresso da UNE,no ano passado aprovouunanimemente a sua filia-ção em caráter de membropleno aos organismos estu-dantis Internacionais: UniãoInternacional de Estudan-tes (UIE), com sede emPraga, e a Conferência, In-ternaclonal de Estudantes(COSEC), eom sede emHaia, mantendo Junto à prl-melra um representante.

Com a criação da vice--presidência de IntercâmbioInternacional, em 1959, crês-ceu e se desenvolveu aindamais a atividade interna-cional do estudante brasi-leiro.

NA LUTA PELA PAZ"Fiéis ao exemplo dos

melhores entre nós que cai-ram na luta dos povos de-mocriticos por sua liberta-de, afirmamos nosso pro-pósito de construir um mun-do melhor, ávido de liberda-de, de paz e de progresso."Estas palavras, que constamdo preâmbulo da Constitui-ção da UIE, têm norteadoem rumo certo a Unláo Na-cional de Estudantes, queem innro pais gora do pres-tft/io de ser uma entidadea serviço da paz e dn liber-dade. A UNE. através deretis congressos, conferén-cias, seminários e atos pú-

blico*, tem *e pronunciadofavoravelmente a uma poli-tica externa independentede nosso pais, que defendaa coexistência pacifica, odesarmamento, a proibição'!_^t____U_2__!*nas-a tt"iaç_.*_an todúa os camposcom oa poros de todo omundo. Seus delegados adiferentes conclaves inter-nacionais tém sido ponto deapoio firme na defesa e es-Ubeledmento de relaçõesculturais, esportivas, artís-ticas ou simplesmente deamizade entre os estudan-tes dt todos os continentes.Por essa razão é que hojepreside o Comitê EstudantilInternacional do VHI Festi-vai Mundial da Juventude ase realizar em Helsinque.mantendo ali um represen-tante efetivo.

SOLIDARIEDADE

Porque ama a paz e por-que não pode existir umapaz verdadeira enquantoexista o colonialismo nomundo, a UNE apoiou sem-pre e continuará a fazê-lo,todas as lutas estudantiscontra o colonialismo e oimperialismo, contribuindoassim à causa da lndepen-dência nacional dos povosainda subjugados. Sua soli-dariedade ativa não faltouà brava Juventude argelina,que durante meses a fio lu-tou bravamente contra oobscurantismo do colônia-lismo francês e por sua in- .dependência. Esteve presen-te à Conferência Internado-nal de Solidariedade aopovo argelino e integrou oComitê Internacional de So-

Iidariedade a o m r s m o.Apoiou e opoia a luta d_sestudantes alricanos que,de armas nas mãos, se ba-trm pela independência desua pátria: saiu àa ruas empasseata contra o assassina-to de Patrice Lumumba,pelos colonialistas belgas,como também participoucomo força ativa do último'congresso da Juventude an-goiana. Soube compreendera luta dura e dificil que de-«envolvem os estudanteshespanhóis e portuguesesconlra as ditaduras fascis-ta_, sob as quais ainda hojevivem e não lhes faltou comsua solidariedade: pronun-clou-se rm grande ato pú-blico contra a viagem deJ. K. a Portugal qnandoeste ainda era presidente daRepública; condenou vee-mentemente os acordos quelevavam o Brasil à uma po-sição de conivência com ocolonialismo português. Ematos públicos condenaramas ditaduras de Franco eSal azar.

O apoio ao povo cubano,em face da invasão do seuterritório por bandidos emercenários a serviço doimperialismo, constitui umcapitulo à parte nos movi-mentos de solidariedade 11-derados pela UNE. Os es-tudantes compreenderam osentido histórico da Revo-lução Cubana e defende-ram-na certos de que de-fendiam a revolução em nos-.so próprio pais. A UNE par-ticipou de várias concentra-ções populares, defendeu in-translgentcmcnte os princi-pios democráticos daquelarevolução, a autodetermtna-ção do povo cubano e seudireito de escolher livremen-te seus destinos.

A peça teatral Pdfrto ouMuerle. feita pelos estudem-tes. ganhou as praças puhli-cas. Na sede da UNE abriu--se o voluntariado. "Ouba81, Ianques No!" gritaramos estudantes de norte a suldo pais. Recentemente aEntidade máxima dos Estu-dantes brasileiros fêz-*_ re-presentar ém Montev-déuna Conferência Popular pelaNáo-tntervençáo e Autodo-terminação dos Povos, aotempo em que, em Punta deiEste, as forcas Imperialistastentavam destruir a obralibertária e pioneira da Re-volução Cubana, a primeirarevolução socialista dasAméricas.

PELA UNIDADEINTEUNACIONAL DOMOVIMENTO ESTUDANTIL

Um dos problemas qu.hoje mais preocupam o mo-vimento estudantil interno-cional é o problema, da sv.aunidade. O assunto tem sidoventilado em diferentes oca-siões. A UNE tem sido pio-neira dessa batalha. Por elabateu-se no Iü CongressoLatino .Americano de Estu-dantes realizado em Cara-cas em setembro de 1959 eem numerosos outros con-claves estudantis efetuadosna Europa, Ásia, África eAmérica Latina. Poi êssemesmo espírito qtto a ori-entott em outubro do anopassado ao receber na cldn-de de Natal os estudantesde todas as naçõers latino--americanas, quando resol-ven, como único meio defrustrar as manobras divislo-nistas e sabot_.do.Tes do Im-pcrialismo norte-americanoe seus instrumemtOR, não

p_tro(7.nnr uma reunião pré--fabricada e comprometidacmn Intrsrè.r.es estranhos: oIV C..AE. Nessa atitude foiapoiada pela maioria esma-ftadora das entidades estu-«iantls de todo o Continente.

ATIVIDADES ATUAIS

Atualmente, a vlce-presl--dência de Intercâmbio Inter-nacional da UNE é um doadepartamentos mais ativosda entidade. A seu cargoestão: a divisão de bolsas deestudo para o exterior, otrabalho com publicações,proveniente de todas aspartes do mundo, a elabo-ração de teses para a apre-sentação em conclaves in-ternacionals, a recepção dedelegações estrangeiras quepermanentemente visitam o;J. ÍS.

Ê bem simples o progra-ma Internacional da UNEque pode ser assim resumi-do: contribuir para a sal-vatrttarda da paz mundial,luta contra o colonialismo,pela reforma e democratiza-çíio do ensino, em defesados direitos democráticos omelhoria das condições devida dos estudantes, traba-lho em prol da unidade epela liquidação da atual di-visão do mundo estudantil.Este programa é sua plata-forma de luta cm todos osconclaves realizados no ex-terior. Ê a sua grande ban-deira no cumprimento da-quele postulado inscrito noproÃmbulo da Constituiçãoda União Internacional deEstudantes: "a luta porconstruir um mtmdo melhor,ávido de liberdade, de paz ede propresso."

LA AlUJEil SOvi.flCtA Se Você deseja saber como vive a mulher soviética,que papel ela desempenha na vida social e na família;

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Agência Intercâmbio CulturalJurandir GuimarãesRua 15 de Novembro 228 - 2? and. sala 209

-9 NOVOS RUMOS — Rio dt Janeiro, Mmono dt 39 do (unho o 5 dt Julho dt 1962 —

MAIS UM NEGÓCIO ESCUSO DE LACERDA:

Decreto Dos Gabaritos AsseguraMllhOos Aos EspeculadoresImobiliários da Guanabara

(Oo Iboró do Borroí para NR)Coiutuuando uai do* mau

#kiaio*ivoa rM-ántUiu. ac «ugoverno, • Uvorwndo umaciiíjiícs» imu-mit.ua queicmpic cíwumu »ua* demo*rtuias «parlai iu ttiwuâucarioca, o ajoveritaaior Car*lua Lacerda baixou o ile*creio n" Mi, que f»tabeu*c«notnuu "paira co«*iruç<*-*de gabarito superior ao pre*visto no decreto 0000 « le*ajuliiçãu poniertor*.

Segundo o decreio de La*cerda *'s«ra pertnitida aaMiiuiruçào de prédios commaior numero de pavinnm*los que o estabelecido para

local aaiei desde que obr.decidas aa seguintes dt«po*alçoes:

? náo prejudicarem lo-cais, imerèAse» j»... i. -

guticos, histórico ou «riu-ii- ¦>. kUicito* o leeüittcuo

« ;»....i!? » nao .!¦¦¦•::«:..->¦ -.-. com

* decretos federal-, nnvigor.3 • ••'¦>¦• acarretarem ter*

:..;...i:i.i.'« ::i i>..ií;i Mil.i.o. :«>i i.i .:.••..• a configuraçãonatural do silto, atendidos•ts «-.ii ii'¦•> mínimas de cs-tabllldiide."

Atura isso, excluídas tuí. ¦¦ protegida.*, pela ..¦„..¦i..'.-a«> paüiAgíiitica e intll*lar. o negócio de coiutru*ç«3es pode avançar ao inli-nlto. A começar pelas ave-nidas Vieira Souto e DelfimMoreira...ONDE ENTRA«•NOBRE S. A

O» que acompanharam acampanha du governadorcontra a política externa doex-presidente Jàmo Qua-tíru.t. devem estar lembra-dos que a fir.ua patrocina-dura das aparições dc La-cerda uu video era a Com-p.inlua Construtora i In-corporadora Nobre S. A.

.linda agora. Nobre S. A.patrocina um programa dcentrevistas do deputadoudenistn Arnaldo Nogueira,uma das figuras da maiorintimidade de Lacerda. Poisbem. Onde Nobre S. A.incorpora e vende imóveis?Precisamente na área dcIpanema e Leblon onde ha-via uma riglda fixação degaoaritos... Uu na área dasavenidas Vieira Souto e Del-íim Moreira para a qual ha-¦ria o decreto n.° 6.986, de10 dc maio dc 1941, com aseguinte redação principal:"artigo 1.° — Os prédios aaerem construídos ou recons-truidos nas avenidas Vlei-ra Souto e Delfim Moreiratorto dois ou três pavlmen-tos, revogados qualquer dis-positivo regulamentar quefaculte acréscimo acima detrês pavlmentos.§ único — Acima do li-mite máximo estabelecidoneste decreto será permiti-da apenas, a construção comas menores dimensões pos-slveis de reservatórios, atui-go para máquina e entra-da do terraço, projetadas eexecutadas de maneira a fl-earetn Integrados na com-posição arquitetônica notdlficlo."

Pois com o decreto 991/62,Lacerda não apenas revo-sou o decreto 6.986 <comforça de lei porque ante-rior à Constituição de 1946e anterior também à LeiOrgânica do Distrito Fe-deral) como permitiu que osterrenos de Nobre S. A. so-íressem um violentíssimoprocesso de valorização, jáque a área que antes regts-

A Cidade

trava um gtbartto inferior* i pavimento* agora nãot-onia com nrntium limitede altura

Por troiüca coincidência,outra empresa enormeuien*le benttifisiia pelo decrviode Lacerda e a imubilia*ria Nova Iorque, patrocina*dura du programa "Ciuau>.'w in Mascara" que o depu*lado Amaral Ncio apte«en*ia as segundas-feiras, natelevisão Rio. Também aimobiliária Nova Iorque,financiadora du campa*niias do líder govrmuta naAucmbleia Legislativa, ga-nliaia alguma» centena* demilhòr» de crturlro» ,,••,; atalortiaçào de terrenos pro*vocada peto decreio lr9i 64.PIOTIStO OOSENGENHEIROS

Para que *e leiaiia umaIdéia ue quanto e lesivo aosinteresses da cidade o de-creio de Lacerda ¦'.>'..« aten-l ¦: para eue telegrama di*rígido pelo Sindicato dosEngenheiro* do Estado daOuanabara ao Chefe doExecutivo carioca:"Data vénla, tentáramosvosscncla grave perigo au-mento gabarito Praia lpn-nema c Lebluii, medidaque futuramente Irá sen-do modificada sabor con-vcnlénclas Interesses par-ticulores contrários Inte-résses cidade. Antigo ga-barlto sabiamente fixadolei protegendo aquelas praiascontra desenfreada cobiçaincorporadores. Cu«o vawcn-cia permita aumento gaban-to ficará futuramente Le-blon e Ipanema mesmo es*tado Copacabana, incons-cientemente desfigurada porInimigos cidade. Então danocausado será Irreparável."

Em resposta à manifesta-ç.ío do Sindicato dos En-pcnhelro*. Lacerda deten-deu-se, mas deixou escaparo verdadeiro objetivo do de-creto 991:"Tão errado quanto per-

milir muralha de der an*dare» de arranha-céus naprata e permlilr muro decasa de 4 andares O quee»!ama* fa.Tuj., r rever po*lúica ae gabarito* para per*mltir crescimento muralde»de que pte*orvado« rs*paço» livres em torno doprédio."••Cra-scímenio vertical" que«emento atendera ans ope-utes de Nobre 8, A. eImobiliária Nova Iorque,empresas que mais ontrn*sivameiite participam da"caixinha" radio-difu*sora do governador do Em-lado.IIECAUOAOE

-\.:< .imi • ,- que COMIseu «.11.1111111 p.u. ¦ i livre pa-ra o gabarito Lacerda pu-licamcitte revogou a .-,.¦• ¦•..«« contida no clumudodecreto 0.000, de I de ju-lho de 1937. Decreto quenpenu» tem o nome oe o«-creto (da época do lutadoNovo' porque sabidamentevaie como legislação o co*mo tal somente passível dcrevogação por ler emanadada Assembéia Legislativa.Pois o decreto 091/82 re-voga o Código de oh:.. ,notadamcnie os aulgos II,13, 14, 27. 804 e parágrafo10. Também foram Ilegal-mente revogados outros de-crelos dispondo sobre ga-barltos e todos com forcade lei. Notadamente os dc-cretos 5.062, 6.980, 7.036.7.044, 7.045. 7.056. 7131.7 226, 7236, 7.305. 7.315 e7.095.ATENTADO URBANÍSTICO

Ja do ponto de vista ur-baiiLstlco o decreto 991 62representa a repetição dovergonhoso espetáculo deCopacabana, onde a espe-culação Imobiliária, lmptil-sionada pela libcralldade dosgabaritos, fez com que adensidade demográfica che-gaste, em agumas quadras,a 4.100 habitantes por hec-tare quando a densidade,permitida por lei, 6 llmi-tada cm 2240 habitantes

por hectare! 8 evidente quetina nevada deiiMdaue uepopulação aa denuidade pm*¦-¦•<; que .:¦ Hdtaii., ua com*;•- i > luiruçao, nas con-•i.•.¦••¦•: iicrmitidas pela L«i,cliegu rm determinada* qua*«ii«a, a 8600 habitante» poiheciarei* ial densidade im*puisioim o prootema da fal*ta de água. agrava a situa*çao do •-•'... sanitário, mi-i>óè nova» diiiculdadrs detiaiego e de etiacíunamen-to r n.i.i « pode ignorar as¦ ¦ i..i. u .-• >.obre o« atrl*tus e ii. ¦ > . lamentai quederivam dtjssc desordtiuiduacumulo populacional.

Aliás, as i-.ni - doCenso Urbanuico de Co-';..i- -.ii.iuu an-j "Revista Mu-nicipoi de Kn senhoria". ]a-neiro 1B51M )á havia ater-tado a fldtiiiniftlraçáo pú-blica para nt runseqiiéneiasda libcralldade com que nconstrução civil irabalhnvaem Copacabana. Essas con-clunóes denunciavam a cxls-tenda tm Copacabana:"li — de uma barreira deprcdlos fcciiando & vista rao ar oceânico toda a zonado bairro compreendida ?»¦*,•(re os funde: Cm piedios«•onstruido*. Junto a avcnl-da Atlântica e os morros:

2> — muralhas de con-creto flanqueando os doislados de horríveis "ruascorredor";

3i — aumento dc popu-lação e densidade demográ-ficas correspondentes quecriaram pela ausência dcregulamentação complemen-lar. que atendesse menos aespeculação Imobiliária àfalta de serviços de utlll-dade pública c facilidadessociais, falta de áreas II-vrea e de recreação e as di-fieuldades de trânsito e es-tnclonamento. de que sofreatualmente o bairro."

Pois. não obstante aadvertência do Censo Ur-hanlstlco. Lacerda vai re-petir no Leblon e cm Ipa-nema o crime consumadopela especulação imobiliáriaem Copacabana.

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Marco Antônio fala nos sindicatosO auditório do Sindicato dos Bancários

do Estado da Guanabara esteve repleto têr-ça-feira, dia 19, quando o jornalista Mar-co Antônio Coelho proferiu ali, sob aplau-sos, uma conferência sobre "Inflação, Re-formas de Base e Carestla". A palestra éparte de um ciclo de conferência que Mar-co Antônio vem realizando, a convite dosdirigentes sindicais do Estado, nas sedes dasorganizações operárias. Na quinta-feira, dia .21. o jornalista falou aos operários navais¦obre o mesmo assunto. B no dia 26, em

horários diferentes, Marco Antônio foi ou-vido pelos ferroviários da Leopoldina e pe-los talfelros. Hoje, quinta-feira, o nosso con-frade estará às 18 horas na sede do Sindica-to dos Trabalhadores em Curtume. E nodia 30, às 13 horas, falará aos marinheiros,no sindicato da categoria. Na foto. MarcoAntônio dirlglndo-se aos bancários. A seulado o presidente do Sindicato, Antônio Pe-reira da Silva Filho. Vemos ainda um aspt-c-to da assistência. /

Ana Montonegra

UmProtestoDescabido

Carioca Poderá Ver CartazesPoloneses: Museu de Belas Artes

Um grupo do senhoras da "Aliança Eleitoral Pelanunilla" andou nag redações dos jornais protestando con-tra a Indicação do sr. San Tiago Dantas ao posto de pri-meiro-mlnlstro.

Considerando o zelo daquelas senhoras pelo bem-es-tar público (sic), é oportuno lembrar-lhes alguns fatosocorridos e em curso, ultimamente, que bem poderiam me-arecer um pouco de atenção. Famílias inteiras estão pas-¦ando os dias nas filas, para comprar açúcar. Até as crian-ças ficam à chuva e ao frio. As donas-de-casa sentem re-dobrados os seus sacrifícios e as suas apreensões. Não que-rerão as senhoras da "Aliança" protestar contra a mano-bra vergonhosa do IAA, que tem como presidente um em-baixador, que é um dos maiores plantadores de cana dopais? Não quererão protestar contra os usineiros que sone-gam milhões de sacas de açúcar da safra passada, parauma vergonhosa especulação? É lamentável, também, queaquelas senhoras não tenham protestado contra o crimi-noso "negócio" da liberação do leite, que diz respeito, di-retamente, à sobrevivência das crianças. No entanto, sò-mente a "Vigor" faturou, no exercício passado, 210 mi-lhões de lucros líquidos, enquanto, a média de criançasmortas em algumas cidades foi de oitocentas por mil. Eainda esta semana, a maquina capitalista que fabrica"anjos" em massa, e, em contrapartida, lucros fabulosos,fabricou um suicídio: o de um jovem pai de família quese desesperou com a miséria que lhe legou, injustamente,a sociedade. Antes de suicidar-se escreveu um bilhete emtermos simples e patéticos: "Minha mulher está doente eeu não posso comprar remédio. Meu filho há multo tem-po não bebe leite e está morrendo." E o que farão aquelassenhoras por todas as mulheres doentes que não têm re-médio por todas as crianças que não bebem leite e estãomorrendo?

Sendo uma -"Aliança Eleitoral pela FamAia**, elas eD. Jaime deveriam lutar por exemplo, pelo tabelamentodo leite "in-natura" e os seus derivados. Lutar, também,para que seja estabelecido o monopólio estatal do produ-to, considerando-o um alimento social.

E à semana passada, o governador e a sua maioria('ospejaram, através de um veto desumano, 53 íamí-lias que moram na ma Marquês de S. Vicente. São cercade 600 pessoas. Entre elas, centenas de crianças. Mas aque-Ias senhoras que se dizem defensoras das famílias nãolançaram uma palavra de protesto. Ou famílias são, apenas,as dos latifundiários, as dos proprietários s w do* expio-radores do povo?

Cartazes de autores polo-neses poderão ser vistos apartir do dia 26 deste mês,no Museu Nacional de Be-ias Artes (av. Rio Branco,199, 2.° andar), quando sedará a inauguração da mos-tra, às 17,30 horas.

Entre os autores que fl-gurarão na Exposição deCartazes Poloneses^ citaii--se: Henryk Tomaszewsky,professor da Academia oeBelas Artes, laureado cincovezes na Exposição de Vle-na; Tadeus Trepkowski, ar-tlsta famoso, laureado como "Orand Prlx" na Exposi-ção Internacional de Paris(1957); Wejciech Fanger,que já figurou em váriasmostras; Waldemar Swierzy,Prêmio Toulouse-Lautrec,Paris, 1959. Além desses,

apresentará seus trabalhoso artista e cineasta polo-nês Jan Lenica, premiadocom o "Leão de Prata", naBienal de Veneza, em 1957,e em Bruxelas, em 1958,com um filme experimental(1.° prêmio).

Os cartazes, de artistasdas Academias de Belas Ar-tes de Varsóvia, Cracóvia eoutras cidades da Polônia,expressam o intenso traba-lho de pesquisa de seusautores, no sentido de criarobras que falem ao senti-mento e à razão, ao mos-mo tempo em que contri-buem para o apuro do gôs-to artístico da população.

FLN DE BRASÍLIA PROTESTA:DEMISSÃO DO CEL. ROCHA LIMA

BRASÍLIA -—(Docorr«3spondente) — Osmembros do 4.° Núcleo(Vila do IAPI) da Penhada Frente de LibertaçãoNacional na capital doPaís enviaram ao pre-sidente da Repúblicauma nota de protestopela exoneração do co-ronel Rocha Lima da di-

reção da Companhia Na-cional de Álcalis.

A nota, que conside-ra o coronel Rocha Li-ma "um dinâmico admi-nistrador", exige comurgência "o retorno e aposse daquela autorida-de em suas funções napresidência da Compa-nhia Nacional de Álea-lis".

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A PROVA DA HORAOs ponteiros do despertador ifotot assinala n vinte e

duas horas e cinqüenta c sete minutos. E desmascaram La-cerda, sua poüc-o e seus "AraRiirças-boys". autores da farsaque a K.ubalxad*.* S-ivIctlca classificou multo oportunamentede "ptuvocaçÃo fracassada". A fonfarronada de Lacerda,

Indo à Exposiçio da URSS, "apurar os acontecimentos", niopassou, pois, de mais uma da* suas bravatas costumeiras,uma dos suas faina* expedições punitivas «vide Gulirlta eAlfi ¦>¦. com as quais pretende drsvlnr a atenção do pavudo .-.iu niunuinentiil fiuvèsto como gove.nanU.

JUSTIÇA COMEÇA A DESVENDAR A FARSA

LACERDA E SEUS CÚMPLICES MONTARAM HISTÓRIADA BOMBA PARA CRIAR UM CASO INTERNACIONAL

Um mes depois da colo-cação da bomoa-relogto uaExposição Industrial eComercial Soviética no Kiude Janeiro, fato ocorrido a19 de maio, a Justiça já co-meça a perceber que o epi-sódio foi mais uma farsamontada pela policia dogo-vornador Carlos Lacerda,com a cxclaslva finalidadede criar um problema queabalasse as relações Brasil--URSS, recentemente rea-tadas

O Juiz Ellezcr Rosa, da8.B Vara Criminal, lnterro-gando com habilidade dia20 de junho, quarta-feira,o Inspetor José Pereira Vas-concelos, do DPPS, que co-mandou as buscas à bom-ba no local da Exposição,conseguiu que êle reconhe-cesse que as fotos publica-das por "Manchete" e"M u n d o Ilustrado", nasquais o relógio da bombaassinalava 22,57 horas, ío-ram tiradas no momentoem que o engenho Ioi de-sarmado.

Com isso, desmascara-ram-se as versões da poli-cia — de que a bomba sonão explodiu porque o re-lógio parou às 18,50 — e dopróprio Lacerda, no seu de-poimento espalhafatoso, ei-nico e provocativo contraa URSS, publicado nos jav-nais de segunda-feira, dia21 de maio, — segundo oqual, a bomba "só não ex-plodiu porque uma pressãoqualquer na manivela dodespertador torecu-a ligei-ramente, fazendo o relógioparar às 21 horas, 60 minu-tos antes da hora prevista".

Em outras palavras: eramentira que a bomba ex-plodiria às 22 horas, e todosos implicados na tra m a,Lacerda e seus homens, sa-biam do fato. Colocaram abomba apenas para criar unicaso político.DEPOIMENTO

O depoimento do policialVasconcelos, cheio tle con-

tradições, compromete ai-guns de seus superiores,principalmente o diretor daDivisão Politica o Social,Carlos Aberto Antunes, e oChefe de Policia Substituto,dr. P o 11 e r, esclarecendoque: o chefe de policia sófoi ao local após a bombater sido encontrada pelospróprios soviéticos; o sr.Carlos Alberto Antunes nãofoi ao local, Umltando-se asair de casa para o seu Oa-bine te; o sr. Potier, apóscomunicar a Vasconcelos acolocação da bomba, nãopediu uma ambulância ouqualquer outro socorro parao caso de uma explosão; apcricla e seus técnicos sóchegaram ao local multotempo depois da hora mar-cada para a explosão.

Os quatro Itens acima,especialmente o que sc re-fere à ausência de qualquermedida dc socorro para osque se encontravam naEx-posição, deixam claro quea policia não acreditava emexplosão.O «HERÓI»

O governador Lacerdanão perde ocasião para umaíanfarronada policialesca.procurando esconder seuabsoluto fracasso adminis-trativo atrás de grotescasinvestidas à frente de expe-dições punitivas que pos-sam impressiolar os leito-rs de capa-e-espada. Entreesses golpes publicitários,s salientam-se, par exemplo,os episódios do contraban-do — em que èle chegoumesmo a interferir nos ne-gócios de outros Estados —,o da água — quando inva-diu o Estado do Rio, e o darebelião dos presos no Na-tal de 1961, quando chegouao local já depois de tudodominado.

Sua mais recente faça-nha foi o caso da bomba,uyora seriamente compro-metido com os últimos de-poimentos, que o apontamcomo um dos principais

elementos implicados nai.u.-a contta a Exuo iç.ioSoviética, da qual era gran-dc inimigo. ,

No depoimento dos pa-trulhelros da Policia Mili-tar, tomado no mesmo diado de Vasconcelos, os n<lli-danos afirmaram que eram21,40 horas quando o ma-jor Lameirão telefonou pa-ra o brigadeiro Ouedes Mu-nlz comunicando que colo-cara a bomba na Exposi-çâo.

Já Lacerda, em seu de-poimento publicado comgrande destaque no jornaldos irmãos Marinho do 21de maio, disse qne recebeuum telefonema do briga*delro Quedes Munlz, às ..21,30 horas, comunicandoa ocorrência.

E mais: os patrulheiros,conforme seu depoimentoperante o Juiz Eliezer Ro-sa, quando chegaram aopavilhão da mostra sovu-.ica lá encontraram o go-vernador. Como pôde che-gar êle com tal presteza aolocal? Como soube da bom-ba, se os patrulheiros, queestavam próximo ao locale viram o telefonema aobrigadeiro, chegaram dc-pois dele?

AP-DOVINOA participação do coro-

nel Ardovino Barbosa,' au-xiliar predileto de Laceraanos acontecimentos, vem kscomplicando dia a dia. Ti-ao imediatamente comosuspeito por suas ligaçõescom o MAC, o chefe ojtest.»sivo acabou sc irritandocom a insistência dos inter-.rogatórios buscando a ver-dade, e ameaçou delatartodos os figurões envolvi-rios nos atentados terroris-tas que vem abalando a ei-uade de.sde que Lacerda tò-mou posse como chefe doExecutivo.

E cumpriu parte daameaça, confessando que otelefone instalado na sala1120 cio edifício Avenida

Central, quaUel-gencral dusterroristas c local onde .ibomba foi feita, puncncc .«v pna pcücia c foi trau -lendo por uma ordem sua,a pedido da embaixadanorte-americana.

Essa confissão, publicadanos jornais dc 4 dc junho,foi confirmada dia 21 atra-vés de Informação prestai.»pela Companhia Tclcfònic.iao Juiz Ellezcr Rosa.INQUÉRITOS

Agora q u e a Justiça jãestá com o processo nasmãos, talvez se possa espe-rar que. algo seja elucida-do., Se, ficasse apenas .,. naesfera policial, já se podiadar o caso por encerrado,a exemplo de outros aten-tados planejados e executa-dos pelos mesmos persona-gens. tais como o metra-lhamento da sede da UNEcm janeiro de 1061, asbo---bas que explodiram na Mis-Fâo Comercial Soviética cmfevereiro deste ano e nscn.rgas de dinamite coloca-das em barracas da Feirade Livros, na Cln°'ândia,uma das quais explodiu.

INDUSTRIÁMOS DAPEKHA: GRÊMIO TEÍ.1NOVA DIRETORIA

O Grêmio Recreativo, Es-portivo e Educativo dos In-dustriários da Penha ele-geu recentemente sua novaDiretoria, que admlnís.trarúa entidade no período de ..1-5-62 a 30-4-64.

Luiz Oregório da Paixão,presidente; Luciano de 011-veira Pinto e Rodrigo IvoJosé dos Santos, 1." c 2°vice-presldentes; "M o a c 1 rLobo do Medeiros, secreta-rio-geral e Silvano José Ro-drlgues, tesoureiro geral,são alguns dos integrantesda nova Diretoria da agre-miaeão dos moradores doconjunto do IAPI naquelesubúrbio leopoldinense.

IINIOÃI SOVI ET! f&* inH-tit.it u i*>iu

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Aulas de Física e Química no Museu Politécnico de MoscouProblemas de medicina: sobressalentes para o corpo liur. . .oA nova e magnífica estação rodoviária de Kiev 8 suas comodidades iReportagem sabre a Universidade da Amizade

dos Povos Patrício lumumba

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grupo 304

Em São Paulo: AGÊNCIA INTERCÂMBIO CULTURALJttrandir GuimarãesRua 15 de Novembro 228 — 2.° and. — sala 209

rj'*a

jrjij tte Jârtèlib. .•mono de 29 dl iunr.1. «i 5 He julho de 196? •'i". oiim*^** 7 —

KENNEDY É INDESEJÁVELPARA O POVO BRASILEIROEtia anuneiad* para os

ri.iiriítu o:», de aa«>-*ts>i>.s.simo uma visita do Pre.*.<.«**'• do*. lUudo* Unido»,John Kennedy, ao Brasil.Aparentem-Me. trata*te deuma visila de corlrsta, enire «-posta a que foi frita re*centemente pelo presldrtiieJoio Ooulart aos CVA. Naverdade, porem, o que menuextiie no cato é cortesia.íüi. outros, multo diferente*.o* objetivei reais da vindade Kennedjr ao nosso paU.Nenhum artificio, nenhumrecurso drmscoiiro como ode nreter.der ldentiflr?r estaviatten com a do presidenter-oieveU em 1042. cnnvegu*.• ri ocultar aos olho* dop*vo bra«l'eiro o car'ter eo-wnlSMOr da vinda de Ken-nedy.

'¦¦Ia é. por iüdu as ra*Jàes, una visita Indesejável.Nâo é ttut antWo do wm»brasileiro ou um defensorda demoraria que vem ai.lu/*. o principal executor do;¦ -MU-a esnoíbdore a enros*s'v* do* Estados Unidos, or*.«.rono do* trusie* Imorria-'•'lat ianques e da rama-nihí oue insliie em colo-car o mundo «t beira de umamUstroíe atômica, o povobrasileiro reoiidla essa v>i-te. como reoudlou a de E'-jenhower. anteemor deKcnnedy na Casa Branca.

OPRESfAO DA AMÍRICALATINA

Kennedy estará t ta se-ra..na no .México I.in oca-siõts anteriores, foi à Ve-nezuela e à Colômbia. Emtodos éasea paises. nos quaisestiva sempre sob a alega-çào de cortesia, o Presidenteianque o que fêt foi defen-

der ot ¦¦.in<-.=¦¦» do* trustesnorte.smertetano* Por U**u.r.mo tanto na Ventuelacomu na Calòmtria. eneun*trmi viGorwta manlfeauçoe*de proteeto e repudio Ato-ra, nu Mésiro, um verdadet-ro batalhão dr militares epoliciau ianque» ocupa llte*relmente o pais para qnenele ¦*• m» ae«**mt»r«*ar orepresentante do* oprewo*res da América Ullna. Osm-oprle* lorntis norte*ame*ricanos sio obrigados a con*fe-sar «íue uma simbroacompanha Kennedy: asombra dr ridrl Castro.

Mencionar a ealslênciadc**-. sombra é uma formaOr dlrrr quais o* «jmt-Mtoaoue Kennedy tem «ie fato emvWa durante M nu* an*danças pela América Urina:esmagar, por todos n* meiosposslveii. os anseios de II-bertaçào narional. de pro-Rre"*u e btm-estar do* 200mfhòc* de laSlno-amcrlea-no*

8 «Me o me*mo ohletivode *ua enunciada ..nda aoBra-ll.

SUBÔftNO E CHANFAIHO

A visita de Kcnnedy aoBrasil é precedida por umaIntensa barragem de pro-paganda. que pre«ende *o-bretudo apresentar o* impe-rialista* norte-amerlcanoaroni.1 nossos sinceros amigos.*** a nrop-*<-audn da phftma-t'". "Mlcnç-i para o Prourei-*»o". nova furntii de peneira-cãj «* dominação «ia Améri-ca Latina pelos monopóliosianques como tem lido de-nunciada nâo somente peloscomunistas, mas tambémpor outros patriotas, como oGovernador teonel Brl-zola.Além de distribuir algumas

iiumilhantes migalha*, prlu*ipalmeni- ertut ot arulgu*

oo peito, como Cariu* Lucer*..., • «.a Bampaio. a "Aiian*•a irau*toniiou a l*miiaixa<UA da* talado. Unido». ***•

âuiido a painoiica deuui.ru

e Drliola. uuma espeeic dr«ujtrigavirnu que ignora.ufrunl«*-aiitei)ir, o* põderr*d« Vulfto. Krii.ni> prrelea.vindo ao Ura.il. movimentarpe«-*oalinrnlc e*-**. maquinade engodo e suborno. Eu*quanto ela trabalha, os uto*nopdllos ianques continuamextraindo (urros fábulas*-**.o comercio exterior continuaa deteriorar-se, a nostamoeda cuntlnua a sofrerquedos - -i« ...»-> c o povubrafili ... continua a sofrer,rada dia cm prupoiçúes mal-aflitivas, a* cunstqutocla*do saque luípcrialuia.

Ao mesmo tempo, •• Oo*verno ianque atua em outroten eno: o da repressão ml-lltar c do recrudcsclmcntoda espionagem. Uma sériede fato* .da maior gravidade*e coloco. ne»;.e terrrno. naord'*m*do-dla: a criação druma Academia Militar. pri ¦OEA. funcionando em Wa«-hlngton para a "preparaçãoideológica'' dos oficiais da*força* armadas latlno-ame-ricanas: o envio dc c«pecla-listas ianques na "luta anti-guerrilheira" para váriospaises da America Latina,•¦•nforme tém cinicamentedeclarado ns própria* auto-lidaoVs utadiuiidenacs: a:•-.-..ii. 1...1 dc uma a- •: •...do Pentágono uo Eslado u.iOuanabura. sem que o Go-vèrno federal c o Ilamaratirecebessem ao menos umacomunicação: a instalaçãode uma vastíssima rédc dcespiões Ianques em todos osEstados, valendo aqui lem-

orar • denúncia hft '*•*<* -(viu peto Governador Brt*.• . • dr que alguiia >'¦*¦<-¦ (o*ram rnc**nirad«-* nu RiuOrande do Bu) nio terul"-.,¦.<• ji j- _,;. a'.. a «fUII*

erntraçáo dt mtlliare» deagente* do P<¦¦¦'¦*.: »¦• mili*tare* e elvi*. «o Kordesteu:.--..'.t.:, atuando junto apoUtiCQg :-¦ :•¦¦¦:¦ ¦ t gol*pi«ta* como o Br. Cid Saiu*paio.

APUTAI O CttCO

A* autoridades e a im*prensa norte-ameriranu» náoescondem a sua intranqui*lidade em facr do avançodo movimeniu o>morratiro ¦peta emancipação nacionalem r.-... Pais. Alarmou-o*um fato como a enrampa*çio Ua ITT pelo fl..n n...gaúcho O fortalecimento domovimento operário e a or-gamurio dos camponcM**.a amplitude .- o vigor crês*cenics da frente única anti*unpfrialUta no Brasil In*quietam profundamente o*monopolUtas Ianques. E I*«h>

•:ar«tudo agora.quando vioít.-wa and" ruldo.*4unentc a*próprios promev-as da "Ali-«nça paro o Progresso" e.Internamente, a economianorte-americana atravessauma grave crise que com-prova, mal* uma ver. a fa-lênela da "livre Iniciativa".

N«**-<n* clrcunsiílnrla*. avlslii de Kennedy uo Me-xico e ao Brasil — o* dois«¦abes da América Latinaém que • mais fitmr apcicio en defeío do dl-relto dc nutodetcrmlnacúodo povo cubano — tem rmvista, claramente, apertar ocirco. O Departamento dcEstado e o Pentágono exi-gem de todos os governos

'«Uw-amtictM» derièra*>:«**>• e autudea eoneretat«ti*** r.rmoiutitm total tut»*:rr*iáne*a ao governo do*¦¦¦cUr, fi.itju: Exigetn qu«-«•-a ** atrelem m«*ondi<io*«.«irnenie aot piaoot mlU*iate* de agressée ttorte*¦•¦¦'¦•¦ »m»- Eaifpit que' *¦-¦ ampliadas a* f*n i..udr. p«ra o* intetumen*tm de capilal pelos trut*te* de Wall Bueet Cugemque tarjam •*>=.** em pra*tica medida* poiieialt parau tsu.teamrn.0 da* aspira-Kte* Oe inCa-pa-f-Urnr!» 0piogretto do* mmkm potrot* -t- :n o romptmento com

governo Revolucionário deCuba r o apoio a novas.»r;r .wV., militares contra oa:urto*o povo cubano. Exi*gen que sejam suprimida*l*e!a violência manlfeata*

"¦. c«Jmo a do povo argen-tino na* urnas, embora con-•-..j-.ii dexcaradamenlt a'¦•'..: rm "democracia re-presrntaliva". e que á lfei.trdos governos esteiam to*mente us hument mais do-cels, de aua estrita conflen*ça. Exigem que se pratt*que nio uma politica exter-na de Independência, comorcclama-n os nossos povos,mas a politica de "aliena-çio progressiva da sobera-nla nacional", defendidapor tmVeráveb traidores dapátria, romo Joio Neves da

¦.• : * Exigem, enfim, aentrega de nossos países, demüos e nes atados, ao* In-so!rn*ri ma* frarasrados se-nliore* do dólar.

festa- é o sentido verda-deiro du visita de Kcnnedyao Brasi). Por isso é elauma visita Indesejável. Porliso o povo brasileiro re-pudln esse presidente dostrustes.

Remessa de Lucros: Retrocessoem Relação ao Projeto da Câmara

Constitui um evidente re-trocesso em relação ao pro-j.-io aprovado em novembroúltimo pela Câmara, p subs-tituMvo elaborado pelo se-nador udenista Mem de Sie que foi objeto de delibe-ração por parte da CombsãoMista de Deputados e Sena-dores. Conforme era prevls-to, a violenta campanhamovida principalmente pe-ias empresas estrangeiras— e antes de tudo pelas

norte-americanas — e pelosseus testas-de-ferro produ-ziu seus frutos. A essa cam-pshhh não faltou, como m*recorda, a intervenção maisdesabrida do embaixadori*orte-americano, sr. LincolnGordon —• o "progressista",¦niigo pessoal de Kennedy

—, oue em "sucessivos pro-nunciamentos colocou-secontra o projeto ap**ovadopor tão expressiva maiorianr Càmp.ra dos Deputados.

Aoesr.r (». não dispormosainda do texto inteprsl dosubstitutivo encaminhado aoSenado pela Comissão Mis-ta. alguns pontos do mes-nn já divulgados pela im-prensa evidenciam os re-c-os. es portas abertas, nu-ma palrvra o predomínio Ceum esoírito oposto àque'emie presidiu a decisão daCâmara.

No projeto que saiu daCãmsra. estabelecia-se acriação de um Conselho deInvestimentos Estrangeiros,com amplas atribuições decontrole sobre os investi-mentos iá existentes, assimcomo sobre os novos in-vestimenta1*, podendo, in-c'usive selecionar aquê'csadmissíveis ou não. Em vepdisso, o substitutivo da Co-missão Mista transfere va-çamente ao Conselho deMinistros, "com audiênciado Conselho Nacional deEconomia" algumas dasatribuições do referido Con-selho de Investimentos.

PREMIADO0 PROF. ANTENORNASCENTES

A Academia Brasileira deLetras acaba de conceder oPrêmio Machado de Assisde 1962 «200 mil cruzeiros)ao eminente filólogo brasi-"eiro Antenor Nascentes.

A candidatura do profes-sor Nascentes a este prêmioanual da Academia ioi apre-sentada simultaneamentecom a do sociólogo pernam-bucano Gilberto Freire. An-tenor Nascentes obteve 12Totós # Freire 6.

Uma Justa decisão daAcademia Brasileira de Le-trás. Antenor Nascentespossui um conjunto «je obraíilológiea digna de todoapreço e que é um patrimó-nio da cultura brasileiracontemporânea.

A emissão de capital porempresas estrangeiras, ve-dada pelo projeto da Cama-ca. foi substituída pela exi-gência de que as ações deempresas estrangeiras coio-cadas no mercado brasileirodêem direito a voto... De queadiantará essa restrição, se,nem ao menos i conferidoao governo o direito de re-presentar oa acionistas dis-persos?

LIMITAÇÃO DASREMESSAS

No projeto aprovado pelaCâmara, limitava-se cm10',s sobre o capital a quan-tia legalmente transferivelpara o exterior a título delucros de empresas estran-geiras. O substitutivo daComissão Mista troca essaexigência pelas seguintesnormas: só haverá limitaçãonas remessas «máximo de8%) para "os investimentosnão produtores de bens eserviços e aos que se .-o. -Unam à produção dc bense serviços suntuários", fór-mula, como se ve, bastanteelástica e onde pode caoertudo, ou quase tudo. Noscasos atinpidos pela Umi-tação. os lucros que exce-derem de 8^ poderão serreinvestidos "cm atividadesconsideradas do maior in-terésse para a economia na-cional" e. então, desapare-ecrão as restriçõe-.

OUTROS ASPECTOS

Estabe'ece, ainda, o subs-titutivo. que em caso de gra-ve desequilíbrio da balançade pagamentos, o Conselhoda SUMOC poderá imporrestrições por prazo limita-do á importação e às remes-sas de rendimentos dos ca-pitais estrangeiros. Ora, asituação cambial do país. nosúltimos «reis anos. que cias-sificaeão merece, senão a def-rave? Comi «-'-.•¦',-— ¦ ssucessivos deíicits do ba-lanço de pagamentos'' a':.....-ra-se, por acaso, que o setorexterno da economia entreei» colapso, para então co-locar o rótulo de "situaçãoKrave"? Por acaso não éesta, de agora, de junho de1962, uma situação cambial«trave, quando o déficit dobalanço de pagamentos jávai muito além dos 100 mi-lhões de dólares?

O substitutivo fixa. ain-da, um prazo de 30 diaspara que a SUMOC regu-lamente a forma pela qualas pessoas físicas ou júri-dicas domiciliadas no Brasilfaçam a declaração .dasbens e valores que possuamno exterior (1 bilhão e 600milhões de dólares, segun-do foi revelado em recon-te reunião da AssociaçãoComercial). Nao sabemosse foram mantidas as pe-naUdades previstas ao pro-jeto da Câmara para osque infringirem essa deter-minação, mas o espírito ge-ral do projeto, nio autori-za sunor que isto tcr.r.aocorrido. TamWm es puni-

ções para os que pratica-rem írauci» - cambiais fo-ram abrandadas pela Co-missão Mista..

O relatório apresentadopelo sr. Mem de Sá justlfi-•¦ando o seu substitutivo ium tratado (2.400 linhasdatilografadas) de defesado capital estrangeiro. En-tre outras coisas, segundoos jornais, afirma o sena-dor da UDN que "o lucro,por maior que seja. é sem-pre necessariamente, umafração do preço; dòste, as

maiores porcentagens sedestinam ao pagamento desalários, matérias-pri-mas. despesas geral* • lm-postos". A primeira parteda afirmação 4 óbvia. Mas,quanto á segunda, gosta-ríamos que o senador pu-desse conciliá-la com o queapurou a comissão de In-quérito sobre a Indústriafarmacêutica, segundo aqual, entre 1958 e 1960 hou-ve medicamentos que so-freram um acréscimo dep.reço de até 500'r 'qui-nhentos por centop. Trata-

-sa de um ramo controla-do pelo capital estrangei-ro, notadamentt norte-jmjÊSámtm\m*i\jmà» " **'""

rios situam-a» antra 1*7%dos preços d» venda. Comoexplicar aumento tão fan-tlstlco senão pela lnsaeiá-vel aêde de lucros? t aei-dento que oa lucros aaslmobtidos • remetidos nãofiguram nas estatísticas daSUMOC, que são os allcer-ces em que a* apoiam todoso* cálculos, juizo* e conclu-*ões do ilu*tre advogado docapital estrangeiro.

Uma Farsa a ReiAsrária de Beta

ormancou rt

CARACAS (Corrcspondèn-cia especial) — A reformaagrária alardeada pelo Go-vèrno de Romulo Betancourte o maior logro que se po-deria impor ao povo vene-zuelano, sob o íalaz pretex-to de levar o progresso aiagricultura e acabar con. amiséria no campo. Esta ca denúncia feita pela Fe-deraçáo Camponesa da Ve-nezuela, num manifesto e:nque analisa a política agra-ria do atual governo. O co-

¦municado aponta igualmen-te uma sorte de arbitrarie-dades e crimes praticadospelos homens de Betancourtcontra as massas campone-sas.

De acordo com a Lei doReforma Agrária, promul-gada em lUao, o governo seobriga a doar terras a tó-das as famílias campone-sas. Mas das 400 mil fami-lias rurais existentes noPaís, o governo reconheceque, no periodo de doisanos, apenas 30 mil famíliasforam registradas para orecebimento de terras. Onúmero real de registros nãochega, porém, a 15 mil. 8e-gundo uma rigorosa pesqui-sa realizada pela Federa-cão, a quantidade de fami-lias registradas é apenas umpouco superior a 10 mil.

Para se ter uma idéiamais clara do problema,acrescentamos que existemno país mais de 1.5O0 Co-mites de Camponeses Peti-cionárlos de Terra, desde apromulgação da Lei Agrária.Cada Comitê reúne uma me-dia de 100 a 150 famílias eo total de propriedades re-queridas se eleva a 54 mil.

O artigo 101 da Lei Agra.ria estabelece que seis me-ses após ser feito o pedidode uma prta-wiedade, o Go.vèrno deve fazer a entregadas terras ao Comitê Peti-cionárlo respectivo. Na ver.dade. porém o Governo nSosó nao entrega as terras,mas nem mesmo pi«sta aosComitês o menor esclareci,mtaito, apesar df> est.ar a if-

ps*ôr--io tam o texto da I.eiAgrária.

CAMPONESES OCUPAM

A Federação Camponesafêz todos os esforços pos.sjvois a fim de conseguiras doações de terras medi-ante os critérios fixados nalei. O Governo, no entantonâo fêz senão ludibriar oscamponeses. Estes, desilti-didos tanto das promessasfeitas por Betancourt du-.ante a campanha eleitoralcomo das garantias teórica,mente dadas pela Lei Ag.á-ria passaram a agir porsuas próprias mãos preíc-rindo ocupar as terras quehaviam requerido.

Assim, foram ocupadas •'nos últimos meses.cerca dc70 fazendas em tudo o ter.ritório nacional. A respos-ta do Governo — que nfiocumpre a Lei por éle pró.prio promulgada — é a re-pressão violenta contra oscamponeses. íiste é o papelque tom cabido á GuardaNacional e outros organis.mos do Governo.

Nos Valles dcjl Tuy sãoinúmeras as arbitrariedadescometidas pela Guarda Na-cional. Com a mesma bruta -

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II

Palestra de PrestesSábado último, dia 23. na Escola Car-

deal Leme. «*m .Rumos. I.uix Cario* Pr«**tr*prununcluu uma palestra <fotu« acirra dapresente situação uariotiale da* tarefa* dos.si:.i.:. ¦.• e «ii-::..ii« patriota*. Preste* dt-nunciou vigoroiMimente as manobras do* cir-cuios entreguistas e mais reacionários que.por todo* os meios, procuram pressionar oCongresso a fim de que se forme um Oa-bineu nlnda pior do que o atual, isto é, que

impeça a* trsn.*formaç«>« de e»trutura re-chamadas por lodo o povo e reprima o mo-vtiuciito i.j. . ...I..--.I e democrático, de arôr-do com aa exigências dos impei iallMu* nor-(«¦americanos. Prestes concltou o* patriotasa cerrar itirlrn* na luta contra c* muno-bra* ii.'.< !¦;.. '...- • ¦••'.•• prla rcm-tiuiçáode um Oovérno que rcrrespwda a* s»plra-çòcs de independência, progresso e demo-cracia da nosso povo.

CONLUIO ROBERTO MARINHO-TIME-UFE :

INTERVENÇÃO NA IMPRENSA BRASILEIRA

jidade tem a Guarda atuadocontra os camponeses nosEstados Lara. Aragua, Ya-íacuy, Zulia. Fálcón e Por.tuguesa. Não contente emespancai1 os <invasoi"es ¦ aGuarda Nacional destrólsolvagemente os casebres cas plantações dos campone.ses. Incendoia propriedadeso chega ao ponto de rolocararmas e produtos quimirosa.as ca*as dos camponesespara depois acusa.Ios deguerrilheiros, prende-los esubmetê-los a brutais tor.u-ras.

FARSA E SUBORNO

Naqueles casos em que oGoverno diz ter resolvido.fixando nas terras algumascentenas de camponeses, afraude é ainda mai*. ciní-ca.

Eis em que consiste:1) As fazendas desopro-

piladas foram pagas a pre-ços astronômicos ("preçosjustos", estabelece a LeiAgrária) e com a participa-çao aberta db -suborno;

2) Procurando lmpressio-nar a oplniào pública e oCongresso, o Governo fazaparecer como propriedadesrepartidas muitas que já ohaviam sido em anos ante-riorers, como aconteceu emCunamá com relação a pro-príedades que estavam ven-didas desde 1945 e 1940;

3) Várias entregas de ter-ias foram puro simulacro.Há casos em que os "títulosdc propriedade", entreguesaos camponeses em atos so-Ienes, são simples papéis embranco. Em outros casos,anuncia-se a repartição dcpropriedades que ninguém,muito menos os campone-ses. sabe onde se encontram.E em outros casos ainda, asterras entregues estão nasselvas, em regiões inacces-siveis e produtivas, como éo exemplo de "El Guapo";

4. Nos pouquíssimos ca-sos em que houve realmen-te entrega de terras, estas,em regra geral, carecem dosniali -e-lomcntares—íi^mços ".água, esgotos, luz, etc),sendo os camponeses, alémdo mais, envolvidos na piordesorganização econômica,a tal ponto que se vêemobrigados a abandonar aterra. Isso para náo falarem crédito, que ou nâo exis-te absolutamente ou é eon-cedido em condições pratica-mente impossíveis para oscamponeses.

Quanto à ajuda técnica— fornecimento dc maqui-naria, engenheiros agróno-mos, métodos de cultivo,vias de transporte, adubos',sistema de mercados, etc. —o fracasso do Governo é ain-da maior. Nada foi feito nes-se sentido, e nenhumapreocupação revela o Govér-no em fazer.

Enfim, a propalada refor-ma agrária do Governo Be-tancourt-COPEI é uma trá-gicr. farsa contra os cam-poneses e o povo da Vene-zuela.

Costumam dizer os colu-nistas sociais que "cm so-ciedade tudo se sabe". Há

Íioucos dias, um dèlcs revê-

ou um fato cujo Intercaleultrapassa os limites do'•soclcty". Vamos transcre-ver literalmente o tópico docolunista Pedro Müller«"Jornal do Brasil". 14/5/Í21.subordinado ao titulo "Uniãode capitais para a impren-sa". Lé-se ai:"Cinco publicitários dogrupo Time e lift janta-ram .-tiiuna-^oite- desta nr-mana. com o proprietário deimportante jornal, revistase rádio 'além dc salinas),tendo sido estudada a pos-sibilidade de uma associaçãocom o grupo Henr-f Lure.um dos mal* poderosos daimprensa norte-americana."Além de televisão, o gru-po brasileiro e norte-ame-ricano está considerando apossibilidade de lançamentode .mia revista semanal, cmportuguês, que aproveitaria70% da matéria editorialque sobra de suas publica-ções internacionais. Os res-tantes 30''. seriam compie-tados cora assuntos nacio-nais. A idéia está em sus-penso, á espera de que oitovérno brasileiro decida sô-bre a política de remessa delucros para o exterior."Superado este aspecto,entraráo em negociações, jána fase de detalhes."

IDENTIFICAÇÃO

No meios da Imprensa, iá-dio e televisão, em geral sesabe de quem se trata, seconhece o aparentementemisterioso personagem cujonome o colunista social si-lenciou. O leitor comum náoo identificaria. Vamos revê-lar-lhe o nome. pois estamosdiante de um assunto sério,que envolve interesses na-cionais sérios. O persona-gem aparentemente miste-rioso é o sr. Roberto Mari-nho, proprietário de váriasempresas comerciais e ior-nalistícas. entre elas "O Glo-bo", a Rádio Globo e umcanal de TV. Ninguém igno-ra que mesmo as empresasjornalísticas do sr. RobertoMarinho são sobretudo ca-sas de negócio e muitas vé-zes de negociatas, autènti-;-as organizações destinadasi render lucros e super-lucros, além de defendereminteresses contrários aos in-teresses nacionais do Brjvsiir"Para isto, recel*em--t5bulo-sas somjj£--i-fê~'empresas in-dtistfláis e comerciais cs-trangeiras, particularmentenorte-americanas. São essaspublicidades (pagas até a800 mil cruzeiros e mais apágina) que ditam a Unhapolítica de "O Globo", daRádio Globo, das revistecasdo sr. Marinho.

TENTANDO IUKIA* A LEIfim suas estreitas relações

ccM.i firmas norte-amenca-nas é que se baseiam asatuais negociações, Já emfase bem adiantadas, entreRoberto Marinho e o grupoTime-We, de Henry Luce,um dos magnatas da im-prensa e outros ramos denegócio dos Estados Unidos.

Pela Constituição Brasi-lelra, é absolutamente ve-dado » qualquer grupo es-trangeiro a propriedade deempresas jornalísticas ouafins. Diz textualmente oartigo 160 da Constitu^ioFederal: "í vedada a pro-priedude O e?nprêsas jor-

naüilicas. sejam polilitas ousimplesmente noticiosas, os-sim como a de radiodifusão.a sociedades anônimas portedes ao portador e a es-trangeiro» Sem Uses. nempessoas jurídicas, excetuadosos partidos politioos nacio-nai». poderão ser acionistaste sociedade» anôntmae pro-prietârtat dmut» empriiai".

Im suas eonfabula«*õeseom Roberto Marinho, ogrupo Time-Life objetivaburlar a lei brasileira, pe-netear-dirrtammte-no cam-po da imprensa, do rádio,da televisão. £' claro quetambém para faaer naco-cios, altamente rentáveisnum pais como o nosso, on-de a mão-de-obra é ineotn-parivelmenta mais baratado que noa Estados Uni-doa; mu também no ter-reno político procurandoinfluenciar ainda mais di-retamente a opinião públicabrasileira do que já o fa-zem os imperialistas atra-vég de certos jornais brasi-leiros que lhes defendem osinteresses.

Com esta finalidade, opresidente do grupo Ti mo--Life. Andrew Heislcel já ve:oao Rio diversas vezes. Quan-do o assunto «*om RobertoMarinho estava satisfatória-mente encaminhado, trou-xe, da última vez, toda umaequipe de "técnicos'' paradiscutir os detalhes.

AS «GARANTIAS» DEMARINHO

Como «se sabe, os ameri-canos sào comerciantes per-feitos, homens de negócioaltamente experimentados.Os chefes do grupo HenryLuce, nâo obstante as iden-tidades de interesses finai.-ceiros e políticos com o «.tu-po de Roberto Marinho,exigem deste, para levar atermo o acordo, uma sé-rie de garantias, a fi-n den&o serem logrados. Porque— "amigos, amigos, nego-cios â parU"... Roberto Ma-rinh.0 ofereceu com garan-tia doe •investimentos a se-

rem feitos pelo t*rupo ame-ricano a Radio Globo. !i-cando de fora o jorna.. p.a-ra salvar as aparent-.a* epara se precaver quanto aofuturo. Os americanos con-sideram Insuficiente a ga-rantis. Exigem também ojornal diário doa Martnhoa.Comprorutam-aa a con»-trair oa •dlflotoc apropria-dos para aa noeaa oeganl-zações: TV, revista eema-nal. os quais seriam arren-dados á Rádio Olobo. Emcompensação, o* Marinhoslhes dariam como garantiao próprio jornal "O Olobo".

CAVALO Dl T*OiA

Nas últimas aemanaa, te*.nou-st* moda í*^"*í•'I,,.Cavalo de Tróia* no Snati-ííste escandaloso negocioentre o grupo norte-ameriacano de Time.Lite • o gru*po brasileiro «Globo-TV-Ri-dio Clobo» é que constituium verdadeiro cavalo d«*Tróia, cm o qual os inte-.esse» financeiros e políti-ros ianques le.itam violar aConstituição Brasileira, coma ajuda do .comendador.**Roberto Marinho. £ umavergonha que este conluioimoral contra o povo bra*l-loiro tenha sido encaminha,aio a tal ponto que já sanoticia abertamente estaremagora ns-detalhe* dependeu-do apenas da politica brasi-'leira sobre remessa de lu-

i :»r. Teríamos, assim, umtruste norte-americano in-torvindo diretamente na vidaIjiaiiiiii. nacional através demeios «ir. difusão que só umaminoria insignificante debrasileiro* lem a possibill.dade cie utilizar: imprensa.radio e televisão.

Aqui fica * denúncia, quaé um alerta a todos os ps.t/iolas. Será inadmissívelque ras podêres públicos —dos quais depende em úl-tinia annlise n romponendaanil.constitucional — favo.reçam semelhante afronta *;nossH dignidade como Na.

O AVENTUREIRO SCHMiDTNum momento cm que se

discutem problemas nacio-nais tão importantes comoa escoll*i*^dj_un]_jGis.biaste-

.^sattoSIista e democrático,somos obrigados a descer onível cios debates para tra-tar de um aventureiro: o sr.Augusto Frederico Schnildt.Não só um aventureiro, mastambém um homem semcaráter. Êle mesmo se reco-nhece como tal quando es-ereve com todas as letras:"Náo tenho (...) a força decaráter c a obstinação depermanecer sempre fiel aosmeus critérios" .'O Globo, 12IV.1960L

É unia autodefinição <'o:iia qual n?Lu podemos deixarde concordar.

Por isso mesmo denuncia-mos como uma nova de-monstração de faltj dc ca-ráter do sr. Schmldt a suaentrevista ao jornal fascis-toixlo "O Globo" no dia 25de junho. Aí o ex-consclhei-ro do ex-Presidente Kubils-chek condena, como todosos reacionários e direitistas,a política externa Indepen-dente que vem tentando se-guir o Brasil. Schmldt í*on-corda aqui com Lacerda.Armando Falcão e outrosfascistas e golpistas da mes-

ma categoria. Está no seulugar. Segue o caminho dohístrião que semj3r£_íoS--me—--trdrr~ã"" páTêíico, enquantol.iziu bons negócios à custados interesses nacionais doBrasil.

São ésses interesses queditam a falta de caráter do¦x. Qchmid!., homem hojoligado às seguintes empre-sas, das quais é diretor ouacionista: Distribuidora deComesUveis-Dis.eo SA, Com-panhla Colonlzadofa Brasi-leira, Linhn de São Bor.iaS/A, Meridional Compitnhiade Seguros Gerais, BerçoIndústria Química MlnemlS A. Rilsan Brf>?<leirn fi A,MaiuifiiUirn Nacional dcPlásticos S A. Cernir.'-'. —Comércio de Materiais deConstrução s A, Mannes-man Irrigação S A, EstudosTécnicos Europa Brasil S/A,Banc0 do Comércio 8'A. 8a-be-sc também que o sr. Au-custo Frederico Schmldt foium dos primeiros trafícan-tes de areias monazitlcashr.psjiçiras — matéria-primaatômica — com firmas nor-tr-nmericanas,

Ai esta a origem da posl-c~\o do sr. QchmSdl contra:i p"'itica independente rioBrasil.

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amor Popular em Todo o Brasil:ovo Quer Gabinete Nacionalista

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TRABALHADORES DIZEM

A JANGO QUE QUEREMAS REFORMAS DE BASE

PASSEATA VENCE LACERDAApesar das ameaça» do governador tacertla. centenas detrabalhador*», vollaram k% rua» da Ouanabara. na ultl-ria scxt-a-fclra. desfilando em pauvala rumo ao PalácioTiradentes, onde n reallsoa o (rende comício por um

ESPÍRITO SANTO

C.Bblnetc ttemocrélleo e narlonalUla. A frenU da pas-ea-ta. o* lidei**** do Paeto de 1'nidade e Açào. drntie éle» «*»-««aldo Pacheco, Jo-ú Paulo c Waldir Gomes do» Santos.

centena, de lidere*. »indt««-4I*. proveniente), da* mai*ttivrr»ai- rrgiõe* do Pai» enpre*<-iH*»iido milliôe* de

¦ ....• i.-"'. ire* de toda» a*.alfuoria» prottoiaiwl**. ex*u.r*>iinini ao ¦¦resideiiiejouo Goulart, no úliimodia 26. em Bra ,.i.. a sua«tri-òu dr lutar pela com*,-•... de um ttabinrte de*iiKM-tattco e nacionalista.c,ip.u dc levar a p.atlea a*refor nu* de ba*r preconi*mdH> nào só pela» «-rt-aiii*/4çór* uliu. -i- e e*tudan*li», ma* por membro* dopróprio governo e da maio-ria do* partido.» politi-cos. O* dirigentes »indl-mi*, que objetivavam. Ini-cialmente, reclamar do Con-•»!'¦¦.¦ o a aprovação do* pro*•«•to* que instituem o sala-riu família e o abono deNatal, aproveitaram a opor-tunidade para expie«ar aopresidente da República eao Parlamento sun posiçãoante a formação do novoGabinete.

O presidente da Repúbil-es. respondendo ao* lideressiiiQtcals que se concentra-

«.•im no PdUcio do PUnil*io, revelou *U4 «oiiu-nicda-'i. BO* -i.il-. ........¦,:- in,-i..ir.t...,an---.- favorável st.(¦¦ri... de gw drfeiibi*

«j» i><- ¦• muv.meiuo *md(*ral. Afirmou. ne**e »entldo.u «i •• ««ido. e .»»nho a coragem dedlrercomi- ..<,n.... i,... um pai* ja*mal» poderá •>¦>• uu • »uut-iaiid*.- > p a sua Indcpcn*déncla «ubre a ml«>erla da*• !¦¦..«¦*. populaief. Entendoque um pai» nunca lerairanqüilidadr, *c a intian*qttllldadr lavrar no <i" dnni.- .i popular. Portanto,quero dtrer, rom ttida a ela*i c-ii e a responsabilidade derhefe da Nação, no momen*to em que recebo tio expres*slva dc-noimraçào de lide*rr» ¦Indicai*, que estou con-vencido de que será atra*ves dessas reformas de pro*fundldade que eoiucgulre*mos o clima dc paz e detranqüilidade, com o fona-Icclmcnto das imlltulçõc.*democráticas r- com o re*-peito do povo a democrá*cia."

SÃO PAULOCon-rorado pei»* organi*

***,át> unoiebi», fitudaitit-*e Oi» ..o.l*»*.ir*. a = a úe .-««¦•Pnulo. ifal»(iou*-< tegunda*•feira, dia Vi dt» junlm.t-rainii, * . . .ni.. i.i IIB ri«- -da *¦.<.. ¦¦¦>"• uma ma* a pu«pulsr ,4icul4da em nproxi*niadameiitf 10 OW u«**oai.

A trdiitk t***embicin pu*puiar moiveu entlar teir*

I.U1..1- 40 l'!'' "'•' "'• ,;-'iti pubhca. »r ¦.¦-»- Uoulari.au pre*idenie da i*ãmaraKruera., deputado llmiierim-..i! r bo Comandantedo I liXército. general ü»vl*no Ferrelta Alve*, reivindi*raudo b foniiBçào de umConcelho de MinUiro* Na*cionalUta e Demo-rniliru.

O* pir.ente* atcumlram o.*..!iuir..uii*... de garantir qutmilhar-.» de lelcarams* emen*agen/. par fmpré***.«erào enviado*. r< cismandoa reivindicação citada.

GREVE GERAI

O movimento em SâoPaulo pela formação donovo Gabinete e de tal or*dem. que os trabalhadoresBC-ttisráo a palavra-dc-or-dem da Con fede raçfio Nacio*nal do** Trab-'lhi«dore* naIndústria «CNTIi de grevegeral caso seja dnlcnad'*um Gabinete reacionário e

rntrriuiMa que nio atendaam a.,-ni.* populirM,?.r -r riiüU.. MrtO re-s.lt-..-!..¦. B**embleiaa prepara-• i.f em ioda» aa organi*.-4ço*« »mdleat*. a domingo,ais I ¦ de Julho, todos oa dl-ngrn.t» sindicais do Eatado»e rruiuráo na ***de do 8ln*dicalo do» Mr*8lúralroi paiaexaminar 4 qu-atao. Se oG4binete funuauo nâo pre*uielier o* rcqui-ito* nacio*nallMa» a democráticos rxi-gido» a palavri-dr-ordemda CNTI *erá fonerrllr»d»r o •¦¦¦ 'i» i.i • em 8io Pauloserá *"-n-:i ¦

0'ADURESN> comício d» Praça dB

Se falnr.»m o lltíer sindicalCrraldo Rodricuea dos San-to*, o pre«iden'e do Slndf».-¦ i dos Trabalhadores naComtruçio Civil. sr. JoséXavier do» Santos, uma re-prerentonie da FederaçJod*- Mulheres. -«Mudant»Maurtdo Pinheiro. r/ns\-dente da Unlâo aTatadualdt» Estudanus, deputadoLuciano Lepera, sr. LagaroP. Moin. diretor do Sindica-to do*. JforcrnelrOB. sr. Pe-«iru lovlnr. presidente doSindicato dc* Bancários. *•J.-s* dr Araúlo P'íc!do. *-••"¦-•nre'ldentr do Sindicato dosMetalúrgicos.

"As classes trabalhadorasdo Estado dn E pinto San-to manifestam a v. excia. oseu grande desejo de que onovo Conselho de Ministrosrepresente as suas justasaspirações bem assimde túdas as forças demo-cr.it.'-:, c progressistas. Dai,nossa luta cm defesa daConstituição c das liberda-des democráticas que outroideal não objetivam >enãogarantir a aplicarão riasreformas de base nelas fòr-ças vivas do Brasil."

O trecho acima é damensagem enviada ao prr-.«•'dente da República, sr.João Goulart, pelos lideressindicais do Espirito Santo,onde a luta pela formaçãode um Gabinete Naciona-lista e Democrático vemempolgando todos os seto-res da população.

O documento e assinadopor Manoel Santa, presl-dente do Conselho Sindi-cal; Anno de Moraes, pre-sldente do Sindicato dosPortuários: Manoel Vieirade Deus, presidente do Sin-dlcato dos Arrumadores;Hélio Vicente doa Santos.Sindicato dos Trabalhado-rea Marítimos; MaurícioPereira Bareellos, Sindica-to doa Estivadores; ManuelJorge, presidente da Asso-claçlo Profissional dos Vi-glas Portuários; DazidioRibeiro de Araújo, tesourei-ro da Federação dos Tra-balhàdores na Indústria;Vespaslano Metrelles. secre-tário do Sindicato dos Tra-balhàdores na ConstruçãoCivil; Ase*/ Castello Mc--donça, secretário do Snuii-cato dos Gráficos: HélcinAlves da Mota; presidentedo Sindicato dos Emprega-dos no Comércio: MiltonXlmenes, presidente doSindicato dos Empregadosem Hotéis; Zózlmo Gomesdo Nascimento, presidentedo Sindicato dos Trabalha-dores na Indústria Hidrelé-trica- Antônio Bernardlnoda Silva, presidente do Sin-dlcato dos Trabalhadoresem Carris Urbanos: Bara-qulel Pinto de Medeiros,presidente da Associaçãodos Vendedores Ambulan-tes; José Martins rte Frei-tas, presidente do Sindica-to dos Bancários; AntônioRodrigues Flores, presiden-te da Associação dos Apo-sentados do IAPT: AlcidesSemblano, delegado sindi-cal dos Ferroviários daLeo-poldlna; Teimo Lopes So-dré, presidente do Sindicatode Carnes e Derivados; Jo-sé Gomes Barreto, presl-dente da Associação Profis-—siònàPfltos Alfaiates; Her-_mes da Silva Freire, presl-dente da Federação dos La-vradores e TrabalhadoresAgrícolas do E. Santo; AlcyCorrelra da Silva, presiden-te dos Empregados em Em-presas Ferroviárias de Vi-tória.

CONSELHO SINDICAL

Firmado por todos os pre-sidentes de Sindicatos, oConselho Sindical dos Tra-balhàdores do Espirito San-to lançou um manifestoonde são apontadas as re-formas- e medidas urgentesmais solicitadas pelo povo

Alertando para a movi-mentação "dos grupos eco-nômlcos ligados aos trustesestrangeiros e aos latifun-diários" que pressionam opresidente da República e oParlamento para a compo-slção de um Gabinete quedefenda seus interesses, oConselho Sindical conclamaos sindicatos a se manteremem assembléia permanentepela formação de um Con-selho de Ministros naciona-lista e democrático.

As primeiras assinaturasdo documento são de ManoelOlímpio de Santana, presl-dente do Conselho; Zozinro

Gomes do Nasclmrnto. vice--presidente; Dlvaldo de Al-varenga Ribeiro, secretário--geral; Hélrlo Alves daMotta. secretário; MaurícioPereira Bareellos. tesourei-roá e Antônio Bernardlnoua Silva, 2.° tesoureiro.

Os trabalhadores assina-Iam no manifesto que náopodem ser mais adiadasmedidas tais como a lutaconcreta contra a carestia,reforma agrária radical, rc-forma urbana, reforma elei-toral com direito de votoaos analfabetos e aos cabosc soldados, repudio á poli-tica do Fundo Monetário In-tcrnacional, manutenção sampliação dos aspectos In-dependentes da atual politi-ca externa, encampação dasempresas estrangeiras queexploram serviços públicos,limitação da remessa delucros, garantia do direitode greve, participação dostrabalhadores nos lucrosdas empresas, fortaleci-mento da Petrobrás e ime-dlato funcionamento da Ele-trobrás.ARRUMADORES

Fruto de memorável as-sembléla em sua sede, o Sin-dlcato dos Arrumadores edos Carregadores e Ensaca.dores de Café e Sal do Es-plrito Santo enviou vigoro-sa mensagem ao presidenteJoão Goulart, assinalandoque somente um Conselhode Ministros composto de¦ brasileiros independentes,nacionalistas e democrataspoderá atender, realmente,ás necessidades do pais e dopovo brasileiro».

A mensagem foi assinada1-elo presidente do Sindica,to, Manoel Vieira de Deus,e mais 471 associados.

INTELECTUAISDarly Santos — jornalis-

ta; Anselmo Gonçalves —radialista; Luiz Noipnlía —radialista: Fernando jackas—• publicitário; Hermes Xa-vier da Silva — radialista;Aloysio Rocha — radialista;Aloysio Mesquita de Souza

radialista; Alvina Mariada Conceição — radialista;Evcraldo Nascimento — ra-dialista; Maurício de Olivei.ra — músico; Nelson Orte-ga _ jornalista; Mario Mai-nardi — jornalista; OtacilioNunes Gomes — jornalista;Severino Bezerra Cabral Fi-llio — jornalista; Audifaxde Amorim — jornalista;Hormógenes Lima1 Fonseca

jornalista; Francisco Oli-veira Neves — jornalista;Audifax i,'uacimento — jor.nalista; e Wilson Vieira Ma-«-liado — jornalista; também

enviaram ao presidente .loãoGoulart —mensagem salien.tando ser «-indispensável, emnossa opinião, que seja for.mado um Gabinete autênti-camonte nacionalista, deci-dido a tornar realidade oque atô agora não tem pas.sado de palavras: as Reíor.mas de Base».

A mesma exigência é for-mulada pelo Diretório deVitória do Partido SocialistaBrasileiro que enviou do-cumento ao Presidente daRepública apoiando suasatitudes à frente do govér-no e afirmando estar certode que neste momento o sr.João Goulart não recuarána formação de um Gabine-te Nacionalista e Democrá-tico.

Ao pé da mensagem figu-ram as assinaturas dos di-rlgentes do Diretório: JoséLeão Borges, presidente;Darly Santos, secretário-ge-ral; Nilton Dias, vice-presl-dente; Walter Braga, 1.°secretário; Ellsio Natalino,2." secretário; Manoel Deus-dedit Silva, 1.° tesoureiro;Erly Silva, 2.° tesoureiro;Eugênio Goulart, José Vlcen-te e Moisés Barbosa Olivei-ra, secretários sindicais; eYvonne Amorim, secretáriade Propaganda,

Luta Pelo Gabinete: Reação CEARAQuer Vetar Reformas de Base

Semanai- antes de comu-mar-se. por força de dis-positivo constitucional, a re-núncla coletiva do gabine-te Tancredo Neves, desenca-deava-se, sobretudo no Rioe em Sáo Paulo, uma de-sesperadora crise de abas-tectmento. A carestia Já In-suportável Juntava-se a so-negação total de gêneros co-mo o açúcar, o feijão e oarroz, eiibora as safras dés-ses gêneros fossem dasmaiores dos últimos anosc nos depósitos se encon-trassem enormes estoques.O.s exploradores do povoexigiam, como sempre, no-vos aumentos. Mas haviaum outro objetivo nessa ma-nobra: o de tumultuarmais ainda o panorama po-litlco e pressionar o pre-sldente da República e aCâmara dos Deputados nosentido de que nao viesse aser constituído um novo ga-blnete capai de levar k prá-tica as tio prometidas re-formas de base e realizarum governo que se com-prometesse a conter o pro-cesso inflaclonário e a ca-réstia de vida. No auge dacrise de abastecimento, ogolpista Carlos La-cerda ameaçava: não pode-

mos "manter a ordem" naGuanabara. Era uma for-ma de exigir um "govêr-no forte", em condições deesmagar pela violência os"agitadores", isto é, um go-vêrno ainda mais reacloná-rio do que o que chegavaao fim.

Logo em seguida, punham--se em campo todas as for-cas do entreguismo e dareação — nos partidos, naimprensa, em setores daIgreja, etc. —- dizendo aber-tamente o que queriam: aentrega do posto de primei-ro-ministro a um homemcomo Juracl Magalhães, Car-valho Pinto ou Walter Mo-relra Sales. Batiam os pé*5'furiosamente, intimando opresidente da República ea Câmara a formarem umConselho de Ministros quevoltasse atrás dos passosultimamente dados no ter-reno da política exterior eaplicasse ainda mais rígida-mente, dentro do Pais, osesquemas econômlco-finan-ceiros impostos pelo FundoMonetário Internacional eos trustes norte-americanos.As cúpulas do PSD e daUDN —tendo á frente o ne-goclsta Amaral Peixoto e obanqueiro Herbert Levy —,"O Globo" e "O Estado deSão Paulo", o fascista D. VI-cente Scherer e outros ex-poentes da reação entrega-ram-se à tarefa de exercertodo tipo de pressões, varl-ando desde o mais grossel-ro anticomunismo até asameaças de golpe armado.

REAÇÃO E HIPOCRISIA

A histeria entreguista au-mentou desde o instante emque se tornou pública a de-cisão do presidente Goulartde submeter à Câmara onome do chanceler San Tia-co Dantas. Perfeitamenteidentificados. Amaral Peixo-to e Herbert Levy, sem ou-vir sequer as bancadas deseus partidos, .vetaram» aindicação do Planalto, em-bora seja atribuição exclusi-va do presidente da Repú-blica, nos termos do AtoAdicional, propor ao Parla-mento o candidato a primei,ro.ministro. Em notas ofi-ciais, verdadeiros modelosde hipocrisia e reacionaris-mo. as cúpulas dirigentes daUDN e do PSõ «fixaramclaro que só dariam apoioa um homem inteiramentedócil às suas exigências einteresses, embora tivessem" cinismo dc se dizerem rieacordo com reivindicações

patrlótn-as r democráticasii-mo a liinlia,-'io da remes,sa de lucro.-, a icloiniaagrária e a contenção docusto de vida. -Apoiavam*essas reivindicações ao mos-mo tempo em que. na irlhu-na da Câmara. Herbert Lo-\y defendia que fôsse cn-tregue «os barões do caleuma parte ainda maior dasdivisas provenientes dasvendas dc nosso principalproduto è Amaral Pfllxoloadvogava ostensivamente o*,usineiros de açúcar. Iui.mi.do pelo aumento do preçodesse gênero. Falavam emlimitar as remessas de lu-cros. mas simultaneamente,através da comissão presidi,da pelo udenlsta Mem de Sá,estropiavam o projeto apro-vado pela Câmara, a\>^ai<>novas brechas para a espo.Ilação do Brasil pelos mono-pólios imperialistas ianques.

Os jornais financiadospela Embaixada norte-ame..ricana passaram ao insultomais desabrldo, adotando atática de condenar a «pres-sâo» do movimento sindical.e das forças patrióticas sô-bre a Câmara dos Deputa,dos, enquanto elas pressio.navam da maneira mais In-solente. Tentaram desvir-

.tuar o sentido das carava.

nas de trabalhadores a Bra.»ü.i e. por último, conse-gtiiiHm até o deslocamento.de iropas do Rio para a Ca-pitai — manobra que. entre,tanto. Ioi logo desmarcara,da. ordenando o presidente«ia República o retomo dosparaquellsta** r-vIVos oelosr. Ranleil Mazzili o man-«tados |ielo ex-itiinlsiro Se.v wl.i» Viana.POVO EM IUTA v

Os objetivos i|n voto aonome do sr. San Tiago Dan.tas e. cm geral, da políticadas cúpulas PSD-UDN eseus Jornais rstâo bastanteclaros para todo o povo. Oque eles querem é impedira formação de um Gabine.te que possa mostrar-sesensível aos interesses na.cionais e populares, um Go.vêrno que. como disse opresidente Goulart, arregaceas mangas e ponha em prá-tica, corajosamente, as re-formas de base reclamadaspor toda a Naçâ". files nâoquerem que se toque no mo-nopóllo da terra, nos pri vi.légios revoltantes-do capitalestrangeiro, na Inflação quecorrói os salários e enrique-cem os negocistas na cares-tia de vida. na miséria dasgrandes massas. Eles não

admitem que o Brasil adoteuma politica externa quenâo seja de total submissãoao Departamento de Estadoe ao Pentágono.

Isso está claro para a opl-nião pública. L por issomesmo é que o povo. par-tícularmcnte os trabalhado-res, considera que o atuale;)i;ód!o da elricão do pri-melro-mlnlstro c parte deuma lula que vem se tra-vando há anos e nào ter-minará senão no momentoem que se constituir eunosso Pais um governo real-mente identificado com asforças nacionalistas e de-mocráticas.

A perspectiva que hoje seapresenta ao nosso povo éa de sofrerem as forças maisreacionárias uma séria der-rota. Mas para que isso seconcrettze é indispensável,antes de tudo, que as mas-sas se mobilizem e atuem,não admitindo recuos oucambalachos com os seuspiores inimigos, mas tor-nando claro ao presidenteda República e à Câmarados Deputados que só con-cordarão com um gabineteque se comprometa a efe-tivar, imediatamente, astantas vezes prometidas re-formas de base.

Fortalc7a «Do corre.ipon-dentei — Os trabalhadoresde todas as categorias pro-fisslonals, os servidores pú-blicos. os estudantes, os Ia-vradores e todos os pátrio-tas do Ceará e-tào sendomobilizados para a luta porum Conselho de Ministrosdemocrático e nacionalista,decidido a realizar, com oapoio das forças progressis-tas. as reformas dc b.-ucexigidas pelos Interesses na-cionais.

Um longo manifesto cbn-clamando os cearenses a semobilizar para repelir osgolpistas e exigir a compo-slção de um Gabinete na-

rlonalisla e democrático feilançado pelo P.>*..». de Uni-dide e Açào Sindical, pelaFederação dos Lavradores eTrabalhadores Agrícolas doCeara, pela Frente Unidados Servidores Públicos epela União Estadual dos Es-tudantes. O referido maní-ff.«to vem sendo anipiamen-te distribuído e debat'-*'?nos principais centros Ue••'Ividade do Estaciu. O.» ira-balhàdores do Ceará perma-necem em estado tle a«.t-ta, mobilizados e formandoao lado- dos trabalhadoresde todo o pais, na luta con-tra os golpistas e por umGabinete democrático e na-cionalista.

NOVOS

GB: Povo no Comício Aprova ProgramaPara um Ministério Nacionalista W^rMíxarOs trabalhadores de todas

as categorias profissionaise os estudantes da Guana-bara ratificaram sua deci-sáo de lançar todas às suasforças na luta'pela compo-slção de um Gabinete de-;mocrático e nacionalista,capaz de executar um pro-grama de Governo que in-clua o combate efetivo a in-fiação, aos especuladoresda bolsa de gêneros allmen-ticios e que se empenhe narealização das reformas debase, indispensáveis a aber-tura do caminho para odesenvolvimento econômico,politico e social do pais.

Uma decisão nesse senti-do foi adotada na noite da-última sexta-feira, quandomilhares de trabalhadores,estudantes e donas-de-casascariocas, novamente reuni-dos nas escadarias da As-sembléia Legislativa do Es-tado da Guanabara, reafh-maram sua decisão de lutarpela composição de umConselho de Ministros dc-mocrático e nacionalista, etornaram mais veemente asua condenação à condutados políticos reacionários,que pretendem negar aopovo o legitimo direito ciese manifestar sóbre a cons-tituição do novo Gabinete.

PASSEATA SEM POtiCIAA concentração da última

sexta-feira, promovida pe-Ias organizações sindicaissediadas na Guanabara, foiprecedida de uma passeatados portuários, que se. reali-mu sem incidentes, emboraos rumores de quo seria dis-solvida .pela policia do go.vernador Lacerda. As 17 ho.ras. centenas de portuários,tendo a frente uma bandade música, deslocaram-se doArmazém 3, do Cais do Pòr-to, rumo às escadarias doPalácio Tiradentes. Percor-rendo as principais mas riacidade, sempre . aplaudidospelo povo, os manifestantes,filiados ao Pacto dc Unida.de e Ação, entidade que dc-sempenhou papel de relevona luta contra o.s golpista.»-,cm agosto do ano passado,conduziam inúmeros cartn.zes, dentre os quais anota-mos: «O Pacto de Unidade

e Ação é o Garrincha Sin-dical». «Políticos Arcaicos,Saiam de Nossa Frente.,-Seremos Bi na Luta Con-tra o Golpismo^., «Exigimosum Gabinete Nacionalista**.

Também os trabalhadoresda indústria de construçãocivil compareceram organi-zados à manifestação da úl-tima sexta-feira, saindo empasseata da Central do Bra.sil, até o Palácio Tiradentes.GREVE CONTRA OGOtPE

Os lideres sindicais Os.waldo Pacheco, rio Pacto deUniuaáe e A(,ao; CloúsmlthRiani, da CNTI; Luis Vie.gas ria Mota Lima, daCONTEC; e Roberto More-na, da CPOS, falaram cmnome dos trabalhadores, roa-firmando que será deflagra,da a greve geral no Pais.no momento exalo em queos golpistas tentarem reali-zar no Brasil o que fiaramos egorilas» na Argentina.Após reafirmarem sua deci-são de, lutar ao lado de to-gos os patriotas para man-ler e ampliar as liberdadessindicais e democráticas noPais. contra qualquer golpereacionário, os lideres cias-Sisias salientaram que o mo-vimento sindical lançara tô.rias as suas forças em apoioa designação rio chancelerSan Tiago Dantas para pri-meirp-ministro, desde queo atual titular da pastario Exterior comprometa-secom os trabalhadores e opovo a constituir um Gabi.nets operativo, composto riodemocratas e nacionalistas,decididos a tornar realidadeo programa minimo de re-formas rie base, aprovadopelas organizações <\-::rVc-••*c estudantis, e que comacom o apoio dos patriota.-civis e milhares.«O AUTO DOSCASSETETES»

Após se fazerem ouvir vá.rios outros orado.-es. on.rios quais Aldo Arantes. pre-sidente da UNE; ClaraCharp. ria Liga i-Vn-initia;padre Aliíwi da Freitascombatam*1 pela reformaa grári a, ''n Maranhão;deputados estaduais Roland

Corbisier e Paulo Alberto;e o .jornalista Marco Antô.nio Coelho, • que falou emnome de Luiz Carlos Pres.tes, situatido a posição doscomunistas em favor de umGabinete democrático e na-cionalista, os estudantes,componentes do Centro i'u-pular de Cultura, encena,ram, com grande êxito, apeça «O Auto dos Cassete-tes.:, uma sátira às violên-cias praticadas pelo Gover.nador Lacerda contra os es.tudantes,

O DOCUMENTO ASAN TIAGO

O documento aprovado naconcentração da última sex-ta.feira, para ser encami-nhado ao chanceler SanTiago Dantas, e aos parla,meiuares, situando a posi-ção dos trabalhadores antea designação do titular daPasta do Exterior, para Pri-meiro-mmistro. pelo prosi-dente da República, foi apre-sentado pela Federação Na-cional dos Estivadores, Fe.rieração Nacional rios Mari.limos, Federação Nacionalrios Portuários FederaçãoNacional dos Ferroviários,Federação Nacional riosGráficos, Federação Nacio-nul dos Arrumadores, Uniãodos Portuários rio Brasil eComissão Permanente cia-Organizações Sindicais riaGuanabara.. O documento,que está sendo amplamentedistribuído e debatido entreos trabalhadores*, c;.iu,'.a,,.,.c o povo rie um modo ger».!icm o seguiu!: texto:"Em virtude do que facm-ta o Ato Adicionai, o exmc.sr. presidente da Rcpúbü-ca encarregou vossa cx.i;-léncia de entabolar, juntoas direções dos partido» po-liticos. as necessárias nego-ciações à concretização dadesignação do atual titularda Pasta das Relaçõe:. Eà-teriores para desempenhar oalto encargo de presidenteao Conselho de Ministros.

Levando-se or. considera-cão a posição firme e.pa-triótica desempenhada poivossa excelência tio encami-nhamento ri? politica ex-

camadas populares e pro-gresslstas do povo poderáratificar essa designaçãodesde que comprometa-se,ouvidos os trabalhadores, acompor os demais postos deGabinete de Ministros comhomens já provados na lutade libertação nacional, bemcomo o solene compromis-so de lutar pelo programa(já aprovado pelos traba-lhadores em suas assem-bléias) que permitlmo-nosapresentar nesta oportuni-dade:

—- Luta concreta e efi-caz contra a inflação e acarestia, mobilizando todosos meios ue transporte paraa condução de gêneros es-senciais dos centros produ-tores pára os consumidores,chegando-se, se necessário,até ao confisco dos esto-quês existentes;

— Reforma agrária ra-dical e, imediato, reconheci-mento dos Sindicatos deTrabalhadores Rurais:

— Reforma urbana co-mo única solução nara oproblema da casa própria;- Reforma bancáriacom a nacionalização dosdepósitos;"

—¦ Reforma cV *¦•¦com direito de voto aosanalfabeto..-, aos cab . •. ¦ .,dados das Forcas Armadas ca instituição da cédttlfi únl-ca para as eleições ttu 7 deoutubro;

—- Reforma''ia e a i^-.-tici-jde estudante;

lema noperária uniria 9° demais

universitú-'.'Ao rie 1/3- '!?..• <.'.': ..-ivt-

Kaç.je-j, .Conselhos üí-ba-ia-mentai- -. Cbnselhúl* Uni-vcrsltarlci;- Ampliação ri,? atua!

política externa do Brasilpela cr ;qulsta dc novosmercados, tm defesa da paz.do desarmamento total e daautodeterminação dos po-vos;

— Repúdio c desmasra-ramento da politica flnàn-celra do Fundo MonetárioInternacional;

— Aprovação da lei qutpssci-ure o direito de greve,nos termos do projeto tipro-vado pela Câmara Ft5deral,com as emendas propostas e";-.. F."'fov '''.,. pelos trabalha-(" :.•:.•• i ;¦¦ s s conferênciase congresso*,;

10 — *l(a-*s**apaçào. comtoml»mf*alo, de todas f>semprttoé .Mt-Anfeira: qneexploram ob Berviços púbu-COS*

li — Coatró)e na inversãode oapitrds estrangeiros nopais a limitação da remessade lut-ro**;

12 — Participação de tra-balhàdores hoé lucros dasemprèns-

13 — Revogação de todoe qualquer acordo lesivo aosinteresses nacionais;•14 — Fortalecimento daPETROBRÁS com o mono-pólio estatal da importaçãode óleo bruto, da distribui-cão de derivados à granel,da indústria petroquímica ea encampação das refina-rias particulares;

15 — Medidas concretasc eficazes para o funciona-mento da ELTROBRAS:

lfl — Criação da AERO-BRÁS. instituindo o mono-pólio estatal na aviação co-mercial;

17 — Manutenção dasaui&is autarquias que expio-ram o transporte maiitiir*-,assegurando-se-lhes o r.er-centuai rie 50c. rias ça.-ç.fstransportadas, nu imóortâ-cio e exportação, as cm-''.'vrvóes mercantes nacio-

13 — Aprovação da Leiem* institue o pagamento do3.1° mês de salário.

Constituído c vovó Gabi-nele de Ministres de formaí: nreuder as iiev-ciáldat ..sn;..\o.iais. de í oníormidatlecom i)s pontus a-mia con-siderados, bem comp o cúm-promisão kobnt ;'.c todos ósfuturos ministres de lutarpela sua concretização, ape-Íamos para os exceleníL-.-.i-mos líderes de Bancada c atodos os congressistas, ',:-distlntariieiíte-, a riárem ovoto de confiança á compo-sieão do Conselho que se"ásubmetido á alta consirie-ração do Poder LegislativoNacional, pois os tra.ba'ha-deres têm .certeza de cetendo os deputados c sena-core? representantes do po-vo nào se colocarão em po-slção contrária aos interès-se- da pátria."

Rio rie .T-*"iciro, 22 de ju-nho dc 1962.

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