aula 1 coleta, transporte

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IFMT – Bela VistaCurso: EA

Análise Microbiológica de Alimentos

Profª. Dra. Nágela Magave Siqueira

Coleta, Transporte, Recepção ePreparo de Amostras para Análise

Microbiológica

Para que se faz análise microbiológica de um alimento?

Profa. Dra. Nágela Magave

Existe, por acaso, alguma atividade ou

produto, por exemplo, um investimento

financeiro, um medicamento ou um novo financeiro, um medicamento ou um novo

tipo de alimento, sobre o qual podemos

afirmar de antemão ser 100% seguro?

Profa. Dra. Nágela Magave

Problema de segurança dos alimentos

• Situação em que uma ameaça à saúde

pública (real ou ainda não comprovada),

envolvendo um ou vários patógenos e umenvolvendo um ou vários patógenos e um

ou diversos produtos, exige atividades de

gerenciamento para o manejo do risco

associado.

Profa. Dra. Nágela Magave

A identificação de um problema

• atividades de inspeção,• Vigilância sanitária• monitoramento ambiental• Investigação de um surto

Profa. Dra. Nágela Magave

• Investigação de um surto• pesquisas científicas• ou através de alertas dos próprios

consumidores

Introdução• A coleta de amostras para avaliação de lotes de

alimentos deve obedecer a planos de amostragem

Determinação do número deamostras a serem analisadase os critérios de decisão.

Finalidade de avaliar as condições microbiológicas de lotes e

permitir um julgamento sobre a sua aceitação ou rejeição

e os critérios de decisão.

Planos de amostragem - Comissão Internacional de Especificações Microbiológicas para Alimentos (ICMSF – International Commission on

Microbiological Specifications for Foods) - 1974

Profa. Dra. Nágela Magave

ICMSF -Planos de amostragem - quinze categorias

• Grau de risco - tipo de microrganismo presente,

quantidade no alimento e probabilidade de seu

número aumentar, diminuir ou se manter estável

no alimento até o momento de ser consumido.

Profa. Dra. Nágela Magave

Classificação por categoria

• Deteriorantes - categorias 1, 2 e 3

• Indicadores - presença de microrganismos

patogênicos - 4, 5 e 6

• Patogênicos - causam doenças brandas e de• Patogênicos - causam doenças brandas e de

difusão restrita - 7, 8 e 9

• Patogênicos - doenças brandas mas difusão

extensa - 10, 11 e 12

• Patogênicos e causam doenças graves - 13, 14

e 15.

Profa. Dra. Nágela Magave

Profa. Dra. Nágela Magave

Conceitos importantes: lote, n, c, m e M

• Lote: unidades de um produto produzido,manuseado ou armazenado em condiçõesidênticas, dentro de um determinado período.

• n: número de unidades retiradas de um lote queserão analisadas independentemente (unidadesserão analisadas independentemente (unidadesamostrais)

• c: é o número máximo aceitável de unidades dolote em que as contagens microbianas estãoacima do limite mínimo (m) e abaixo do limitemáximo tolerado (M) para o microrganismoinvestigado (unidades defeituosas).

Profa. Dra. Nágela Magave

Planos de amostragem

• Duas classes - classificado como aceitávelou inaceitável - o resultado está abaixo ouacima de um critério pré-estabelecido,respectivamente.

duas ou de três classes

Profa. Dra. Nágela Magave

Planos de amostragem

• Três classes - pode pertencer a umaterceira categoria, denominada marginal,definida por resultado que se encontraentre os limites m e M

Profa. Dra. Nágela Magave

Coleta

• A coleta de amostras para avaliação de lotes dealimentos processados deve obedecer a planos deamostragem

• A obtenção correta das amostras, seu transporte parao lab e sua preparação são etapas fundamentais para

Profa. Dra. Nágela Magave

o lab e sua preparação são etapas fundamentais parao sucesso da análise.

• O número de unidades a serem coletadas paraanálise e os critérios adotados para aprovação oureprovação de um produto definem um plano deamostragem

I- Coleta de alimentos em embalagens individuais

• Sempre que possível na embalagem original,fechada e intacta;

• Se a embalagem unitária tiver uma

Profa. Dra. Nágela Magave

quantidade de alimentos 2 x menor do que aunidade analítica = coletar váriasembalagens

• Juntar o conteúdo de diversas embalagensem único frasco, misturar e retirar a unid.Analítica.

II- Coleta de alimentos em embalagens nãoindividuais

• Transferir porções representativas damassa total para frascos ou sacosestéreis, sob condições assépticas

Profa. Dra. Nágela Magave

Critérios para seleção e preparação dos frascos de coleta

• Com tampas à prova de vazamentos

• De material aprovado para contato comalimento e de preferência pré-esterilizados

Profa. Dra. Nágela Magave

alimento e de preferência pré-esterilizados(sacos plástico/frascos estéreis)

• Tamanho adequado para quant. deamostra

Coleta – Importante Lembrar

• 1 unidade de amostra deve conter no mínimo2x a unidade analítica (3 a 4 x paraseparação da contra-amostra)

Profa. Dra. Nágela Magave

• 200 g ou 300-500 mL são suficiente para amaioria dos alimentos

• Um frasco de coleta não deve sercompletamente preenchido

Coleta – Importante Lembrar

• Os frascos e utensílios devem seresterilizados (autoclave, estufa, vaporfluente, flambagem em chama, imersãoem etanol 70%)

Profa. Dra. Nágela Magave

em etanol 70%)

Procedimentos para Coleta

Cuidados Assépticos – Evitar Contaminação da Amostra!!!!

• Massa - misturar toda a massa• Líquido – agitar• Moído – revolver• Bloco (congelado) – sacos plásticos e quebrados

Profa. Dra. Nágela Magave

• Bloco (congelado) – sacos plásticos e quebrados• Pó, grãos (sacos ou silos) – amostras tubos

centro

• Quando não for possível = porções de diferentepartes do conteúdo

Ex: água de torneira

Procedimentos para Coleta

• Grandes peças sólidas – facas,pinças...pedaços

• Grandes peças congeladas – furadeira

Profa. Dra. Nágela Magave

III - Coleta de alimentos envolvidosem surtos de ETA:

Procedimentos para Coleta

• Tentar coletar e analisar o mais cedopossível

Profa. Dra. Nágela Magave

possível

• Não adianta coleta amostras de alimentosque tenham sofrido abuso de T°C oudeteriorados

Procedimentos para Coleta - ETA

• Se não houver sobras, coletar osvasilhames, amostras dos ingredientes,amostras de refeições similares

Profa. Dra. Nágela Magave

• Coletar amostras de lotes deIngredientes e matéria-primaUtilizado no preparo do alimento

IV- Coleta de amostras de água

Procedimentos para coleta• Água clorada: neutralizar o cloro residual:

0,1 mL solução 10% tiossulfato de sódiopara cada 100 mL de amostra.

Profa. Dra. Nágela Magave

• Limpeza da torneira – etanol 70%

• Flambar – material resistente a fogo

Informações que devem acompanhar asamostras

• Tipo de amostra e processo usado na

fabricação – Ex. lingüiça defumada, leite

pasteurizado.

• Fabricante, data fabricação, código do lote

Profa. Dra. Nágela Magave

• Fabricante, data fabricação, código do lote

• Solicitante da análise

• Data e local da coleta

• Razão da análise

Transporte e Estoque de Amostras Para Análise

• Regra geral: transportar e estocaramostras de alimentos da mesma forma(comercialização).

a) alimentos comercialmente estéreis em

Profa. Dra. Nágela Magave

a) alimentos comercialmente estéreis emembalagens herméticas = t°C ambiente,proteger t°C maiores que 45°C

b) alimentos com baixa atividade de água:t°C ambiente e proteger umidade

Transporte e Estoque de Amostras Para Análise

c) alimentos perecíveis refrigerados:refrigeração até o momento da análise.- Não ser congelado; tempo máximo entrecoleta e análise= 36 h

Profa. Dra. Nágela Magave

coleta e análise= 36 h

d) alimentos perecíveis congelados:congelados; temperatura de estocagemnão > -10°C

Transporte e Estoque de Amostras Para Análise

e) transporte refrigerado de amostrasperecíveis resfriadas ou congeladas - cxisopor com gelo (por até 24-30h)- Se for prolongado = gelo seco

Profa. Dra. Nágela Magave

- Se for prolongado = gelo seco

Recepção e Preparação de Amostras Para Análise

• Observar as condiçõesda embalagem e dotransporte

• Amostra com embalagem

Profa. Dra. Nágela Magave

• Amostra com embalagemjá aberta (surtos):identificar o fato no laudofinal de análise

Estocagem das amostras até a análise

• Refrigeradas perecíveis: mantidas sobrefrigeração. (máximo até o dia seguinte)

• Congeladas: mantidas no máximo a -18

Profa. Dra. Nágela Magave

• Congeladas: mantidas no máximo a -18°C (máximo 7 dias)

• Não perecíveis: estocadas em lugarfresco, protegidas da umidade e da luz

Recepção e Preparação de Amostras Para Análise

Envolve duas etapas:• Retirada de unidade analítica

(representativa)

Profa. Dra. Nágela Magave

(representativa)

• Preparação das diluições decimaisseriadas

Preparação de Amostras Para Análise

1 - Preparação de alimentos sólidos oulíquidos concentrados

a) abertura da embalagemb) retirada da unidade analítica: 25 g –

Profa. Dra. Nágela Magave

homogeneização com diluente

Preparação de Amostras Para Análise

Retirada da unidade analítica - Cuidados• Assépticos: câmara de fluxo laminar,

instrumentos estéreis

Profa. Dra. Nágela Magave

• Alimentos congelados- sempre quepossível não descongelar

• Análise de Salmonella (enriquecimentoprévio)= unidade analítica adicional

Profa. Dra. Nágela Magave

Preparação de Amostras Para Análise

Preparação de alimentos sólidos ou líquidosconcentrados

c) homogeneização e preparo da 1° diluição da

Profa. Dra. Nágela Magave

c) homogeneização e preparo da 1° diluição daunidade analítica:

- A homogeneização é precedida por umadiluição inicial (10-1)= 25g + 225 mL

- Diluente: água peptonada 0,1%; água salinapeptonada ou tampão fosfato pH 7,2

Preparação de Amostras Para AnáliseHomogeneização pode ser feita:

• Agitação manual – 25 x

• Alimentos sólidos em peça: trituração liquidificador(8000 a 15000 rpm/1-2 mim) ou “stomacher”

Profa. Dra. Nágela Magave

• Alimentos gordurosos: toucinho defumado = diluentesuplementado com Tween 80 ou Triton X-100(emulsificação) – liquidificador bx rotação

• OBS: Salmonella: diluição inicial é feita no caldo deenriquecimento

Intervalo entre a homogeneização da

unidade analítica e a preparação das

Profa. Dra. Nágela Magave

diluições posteriores não deve

ultrapassar 3 minutos!!!

Preparação de Amostras Para Análise

d) diluições seriadas da amostrahomogeneizada

• Preparação da 2ª. Diluição

Profa. Dra. Nágela Magave

• Usar o mesmo diluente (alimentosgordurosos não adicionar Tweennovamente)

• Seleção do número das diluições

Preparação de Amostras Para Análise

Transferência de volumes entre as diluições:

• Pipetas diferentes para cada diluição

• Pipetas com capacidade no máximo 10 x superior

Profa. Dra. Nágela Magave

• Agitar o tubo 25 x

• Liberação do volume com a ponta da pipeta naparede do tubo

• Não flambar a pipeta

Preparação de Amostras Para Análise

2 - Preparação de amostras para análisepela técnica da lavagem superficial oupela técnica do esfregaço de superfície

Profa. Dra. Nágela Magave

Alimentos cuja contaminação é predominantemente superficial

Preparação de Amostras Para Análise

2ª) Técnica da lavagem superficialAplicação: carcaça aves, cortes de aves, cascas de

ovos, condimentos grãos, sementes ou folhas,peq. peixes.

• Procedimento: amostra (maioria dos alimentos

Profa. Dra. Nágela Magave

• Procedimento: amostra (maioria dos alimentos50g, condimentos 11g) para o fraco + diluente(1:1), agitar vigorosamente 50 x

• Salmonella: o diluente é a solução deenriquecimento e este é usado para realizaçãodas outras análises

Preparação de Amostras Para Análise

• Cálculo dos resultados: expressos emUFC/g ou NMP/g

• Inicialmente calcular UFC/mL de água de

Profa. Dra. Nágela Magave

lavagem. Depois converter em UFC/g. Sea diluição for 1:1 o resultado será omesmo.

Preparação de Amostras Para Análise

2 b- Técnica do esfregaço de superfície• Aplicação: carcaças bov, suínos, aves,

superfície equipamentos, embalagens

• Procedimento: molde estéril delimitar área a

Profa. Dra. Nágela Magave

• Procedimento: molde estéril delimitar área aser amostrada. Aplicar o “swab” compressão.

• No exame de superfícies secas: umedecer o“swab”

Profa. Dra. Nágela Magave

SWAB

Técnica do esfregaço de superfície

Profa. Dra. Nágela Magave

Técnica do esfregaço de superfície

Ex. Esfregaço de ½ carcaça de bovino e suínos:- Selecionar 5 pontos demarcados com moldesestéreis de 10 cm² e aplicar o “swab”.- Colocar os 5 “swabs” – mesmo frasco com 25mL diluente, vortex 2 min ou manual –análises

Profa. Dra. Nágela Magave

mL diluente, vortex 2 min ou manual –análises- Cada mL (diluente) – 2 cm² de superfície –expresso cm² de amostra

• Carcaça aves: 5 pontos de 10 cm² (dorso, asas,antecoxas e pescoço). Idem

• Cortes comerciais - 5 pontos

Métodos de Análise Microbiológica De Alimentos

A avaliação de qualidade microbiológica de

um produto fornece informações que

permitem avaliá-lo quanto às condições

Profa. Dra. Nágela Magave

permitem avaliá-lo quanto às condições

de processamento, armazenamento e

distribuição para o consumo, sua vida útil

e quanto ao risco à saúde coletiva

Métodos de Análise Microbiológica De Alimentos

1- Contagem por plaqueamento

2- Determinação do Número Mais Provável3- Métodos alternativos

Profa. Dra. Nágela Magave

nagelap@terra.com.br

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