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Centro Universitário Belas Artes de São Paulo

VESTINDO A HONRA

Proposta de readequação do fardamento da Polícia Militar do Estado de São Paulo

Amanda de Souza Menezes2013

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ARTIGO

3

1

Estudo para proposta de readequação do fardamento da PMESP Study for realignment proposal of PMESP’s uniforms

Amanda de Souza Menezes

Centro Universitário Belas Artes de São Paulo

Amanda.menezes31@yahoo.com.br

Orientador: Profª Ma. Maria Auxiliadora Costa

RESUMO A necessidade de “uma roupa que acompanhe as exigências da profissão” é um pedido

constante desses profissionais de segurança pública, um uniforme deve ter funcionalidade

e eficiência. Camisas e calças mal modeladas, que esquentam demais, sem contar os

outros tipos de pressões durante o dia, levam o indivíduo ao estresse e consequentemente

a descontar isso no público, que por sua vez não entende a situação. Com base em

referências teóricas sobre ergonomia, o projeto pretende apresentar soluções de problemas

aparentemente simples, mas que geram grandes resultados ao final. Ressalta-se o uso de

manuais de referencial técnico e histórico sobre a Instituição, seguindo parâmetros

aceitáveis para manter a imagem do profissional correta, e da literatura específica de moda,

para deixá-la mais atual.

Palavras-chave: Uniforme. Policia Militar. Ergonomia. Farda

ABSTRACT The need for "an outfit that follows the requirements of the profession" is a constant request

of these public safety professionals, an uniform must have functionality and efficiency. Shirts

and pants poorly modeled, that warm too much, not to mention other types of pressures

during the day, leading the individual to stress and consequently to cash it in public, which

in turn does not understand the situation. Based on references on ergonomics theories, the

project aims to present solutions to problems seemingly simple, but that generate great

results. It highlights the use of technical and historical reference manuals about the

institution, following parameters acceptable to maintain the professional image and proper

fashion, and of specific literature to make it more modern.

Keywords: Uniform. Military Police. Ergonomics. Military Uniform

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INTRODUÇÃO

Este artigo tem como proposta compreender a evolução dos códigos expressos pelo

uniforme ao longo de uma linha do tempo comparando com a evolução das fardas da Polícia

Militar do estado de São Paulo (PMESP). O trabalho apresenta as mudanças significativas

do fardamento, procurando suas influências nos uniformes atuais, e buscando encontrar

uma proposta que melhor satisfaça as necessidades exigidas pela profissão de policial

militar, ao mesmo tempo em que deve buscar uma identificação com as diversas demandas

da sociedade.

No segmento escolhido, a pesquisa orienta-se para o interesse em levantar dados e

pesquisas estatísticas, como material de apoio que sirva de referência para possíveis

aplicações em uma reformulação do fardamento Operacional da PMESP.

Percebe-se uma necessidade de valorização profissional, e a roupa, mais

precisamente o uniforme, está constantemente com o profissional, uma indumentária

simbólica que representa o Estado e seus ideais, uma roupa que agrega todos esses

valores com um peso emocional grande, unido ao fato de estar exposto a todos os tipos de

situações (ocorrências diárias que exigem que o profissional corra, salte muros, além de

impasses psicológicos como negociações para libertação de reféns e o próprio atendimento

ao público, que em muitas ocasiões, está exaltado), às mais variadas intempéries da

natureza. Toda essa carga de informação conduz para a readequação do fardamento, que

não deve deixar de fora todos os seus simbolismos, mas que leve em consideração as

necessidades diárias do profissional.

O estudo do fardamento não é tão presente no meio acadêmico. Este presente

trabalho tem também como intuito mostrar um nicho de mercado pouco explorado, bem

como apresentar uma compreensão mais ampla de moda, muitas vezes interpretada como

resultante funcional, negligenciando aspectos ergonômicos, estéticos e o próprio conforto

físico e psicológico do profissional.

A EVOLUÇÃO DO UNIFORME

O uniforme é algo recente, isto é, tanto o termo “uniforme” quanto à própria

indumentária tem menos de três séculos de existência (ROCHE, 2010:228). A moda esteve

atrelada à farda e a necessidade de aproximação dos oficiais de alto escalão aos reis e

governantes, enfeitando-se na medida da boa impressão que queria causar, mas para o

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restante da tropa o uniforme era igual, puramente funcional, as mudanças ocorriam por

interferência dos próprios soldados que amarravam faixas de várias cores para discernir as

tropas e assim evitar erros.

A estética da farda está sempre associada às necessidades do soldado, Roche cita

os casacos militares que tinham grandes golas e lapelas que podiam ser levantadas para

se aquecer no frio, sendo compridos e grossos o suficiente para servirem como cobertores.

Essa forma funcional de ver o uniforme continua, pois é prática, uma única peça deve sanar

várias necessidades, uma vez que um militar em serviço não pode carregar muitas peças

de roupa para estar prevenido quando acontecem mudanças. Jaquetas com forro removível

e que possuem tratamento repelente à água são indispensáveis, pois, protegem do frio

mais brando ou mais forte (colocando o forro) e de chuvas leves e medianas sem a

necessidade de colocar uma capa de chuva.

O uniforme militar é a representação da disciplina. A constante manutenção do

uniforme deixa a tropa unida e induz o soldado a hábitos de higiene, manter roupas limpas,

botões reluzentes e botas engraxadas pode parecer um desperdício de tempo, mas cria

uma aura de admiração e o destaca no meio urbano.

A preocupação com a ergonomia da roupa já era citada em 1774 em Médicine des

gens de guerre. Tecidos com muitas dobras, com moldes mal cortados e botões

desnecessários, roupas apertadas, mostram que já havia conhecimento de fatores que

poderiam limitar ou prejudicar a eficiência do soldado. Referências como estas mostram

que sempre houve uma consciência de que a indumentária interfere muito sobre o corpo.

Para facilitar o feitio da roupa e manter um padrão de apresentação para a tropa, foi

estabelecida uma grade de tamanhos: pequeno, médio e grande (ROCHE, 2010:247) tal

padronização evita disparidades na composição da roupa, como localização, quantidade

de botões, e na aparência propriamente dita. Na sociedade atual, ter uma grade de

numeração no vestuário é algo comum, pois não há tempo perdido com medidas

individuais, a roupa deixa de servir ao indivíduo, para o indivíduo servir na roupa.

SOBRE A POLÍCIA MILITAR

A Polícia Militar é uma Instituição estadual. Foi criada em 15 de dezembro de 1831

a antiga Guarda Municipal Permanente, que veio a se chamar Polícia Militar do Estado de

São Paulo (PMESP) apenas na década de 1970 com a união entre Força Pública, Guarda

Civil e Policia Feminina.

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A PMESP é uma Instituição Estadual, subordinada ao Governador através da

Secretaria de Segurança Pública, cuja função é a preservação da ordem e combate ao

crime1. Ela é presente em todo o território Paulista nas mais diversas modalidades, são

elas: Corpo de Bombeiros, Operações Especiais, Polícia Ambiental, Polícia de Transito,

Polícia Ostensiva, Polícia Rodoviária, Radiopatrulha Aérea e Corregedoria.

Tabela 1. Organograma da PMESP

Fonte: policiamilitar.sp.gov.br

O atual fardamento da Policia Militar do Estado de São Paulo é composto de camisa

de gola esporte, calça, cobertura (gorro com pala) e EPI (equipamento de proteção

individual), que consiste em colete balístico e cinturão. Este é o fardamento básico para o

policiamento ostensivo.

Este uniforme foi usado pelos alunos da Academia de Policia Militar do Barro Branco

durante a execução do ExAA Prático (Exame de Aplicação de Aprendizado), teste

desenvolvido pelo Capitão PM Erick Gomes Bento e parte de sua dissertação para

obtenção de título de Mestre em Ciências Policiais e Ordem Pública. O teste prático consiste

em executar diversas transposições de obstáculos e procedimentos usuais da atividade

policial militar. Através desta amostragem é possível perceber como o uniforme interage e

restringe os movimentos do profissional (colocar imagens). Durante os testes, os

profissionais tiveram partes do uniforme descosturado, alguns objetos do cinturão se

1 Artigo 144, parágrafo 5º, do Capítulo III – Da Segurança Pública: “às polícias militares cabem à polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; (...)”.

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desprenderam e demonstraram preocupação em manter a roupa devidamente

apresentável. Ao final do teste foi aplicado um questionário a todos os participantes, que

confirmaram a fragilidade do atual fardamento. Com 64,41% dos alunos tendo a calça

danificada de alguma maneira, 25,42% a camisa e 10,17% a bota. Dos entrevistados

93,65% acreditam que o atual fardamento não é compatível com a atividade exercida.

O proposto artigo sugere uma readequação da farda principalmente na Polícia

Ostensiva, que é o modelo de policiamento que mais tem contato com a população, mas

que pode ser ampliado para outras áreas.

De acordo com dados atuais da 1º Seção de Estado Maior (1º EMPM) o efetivo é de

87.690 (oitenta e sete mil seiscentos e noventa) Policiais Militares, sendo 79.031 homens

e 8.659 mulheres distribuídos pelo território do Estado de São Paulo.

PESQUISA DE AVALIAÇÃO DE FARDAMENTO

Juntamente com o processo criativo foi desenvolvida uma pesquisa que tem por

objetivo colher informações sobre como população enxerga a farda da Polícia Militar. A

pesquisa atingiu cem pessoas e os resultados foram compilados nas tabelas a seguir. As

perguntas tinham como conteúdo o sentimento despertado pela farda no cidadão e sua

relação com os policiais.

Tabela 2. Resultados da pesquisa

Fonte: Autora

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A PMESP é uma Instituição Estadual, subordinada ao Governador através da

Secretaria de Segurança Pública, cuja função é a preservação da ordem e combate ao

crime1. Ela é presente em todo o território Paulista nas mais diversas modalidades, são

elas: Corpo de Bombeiros, Operações Especiais, Polícia Ambiental, Polícia de Transito,

Polícia Ostensiva, Polícia Rodoviária, Radiopatrulha Aérea e Corregedoria.

Tabela 1. Organograma da PMESP

Fonte: policiamilitar.sp.gov.br

O atual fardamento da Policia Militar do Estado de São Paulo é composto de camisa

de gola esporte, calça, cobertura (gorro com pala) e EPI (equipamento de proteção

individual), que consiste em colete balístico e cinturão. Este é o fardamento básico para o

policiamento ostensivo.

Este uniforme foi usado pelos alunos da Academia de Policia Militar do Barro Branco

durante a execução do ExAA Prático (Exame de Aplicação de Aprendizado), teste

desenvolvido pelo Capitão PM Erick Gomes Bento e parte de sua dissertação para

obtenção de título de Mestre em Ciências Policiais e Ordem Pública. O teste prático consiste

em executar diversas transposições de obstáculos e procedimentos usuais da atividade

policial militar. Através desta amostragem é possível perceber como o uniforme interage e

restringe os movimentos do profissional (colocar imagens). Durante os testes, os

profissionais tiveram partes do uniforme descosturado, alguns objetos do cinturão se

1 Artigo 144, parágrafo 5º, do Capítulo III – Da Segurança Pública: “às polícias militares cabem à polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; (...)”.

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desprenderam e demonstraram preocupação em manter a roupa devidamente

apresentável. Ao final do teste foi aplicado um questionário a todos os participantes, que

confirmaram a fragilidade do atual fardamento. Com 64,41% dos alunos tendo a calça

danificada de alguma maneira, 25,42% a camisa e 10,17% a bota. Dos entrevistados

93,65% acreditam que o atual fardamento não é compatível com a atividade exercida.

O proposto artigo sugere uma readequação da farda principalmente na Polícia

Ostensiva, que é o modelo de policiamento que mais tem contato com a população, mas

que pode ser ampliado para outras áreas.

De acordo com dados atuais da 1º Seção de Estado Maior (1º EMPM) o efetivo é de

87.690 (oitenta e sete mil seiscentos e noventa) Policiais Militares, sendo 79.031 homens

e 8.659 mulheres distribuídos pelo território do Estado de São Paulo.

PESQUISA DE AVALIAÇÃO DE FARDAMENTO

Juntamente com o processo criativo foi desenvolvida uma pesquisa que tem por

objetivo colher informações sobre como população enxerga a farda da Polícia Militar. A

pesquisa atingiu cem pessoas e os resultados foram compilados nas tabelas a seguir. As

perguntas tinham como conteúdo o sentimento despertado pela farda no cidadão e sua

relação com os policiais.

Tabela 2. Resultados da pesquisa

Fonte: Autora

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Tabela 3. Resultados da pesquisa

Fonte: Autora

Tabela 4. Resultados da pesquisa

Fonte: Autora

Analisando os dados, é possível notar que os entrevistados se interessam por uma

mudança na farda da PMESP (52% dos entrevistados), pois entende que ela influencia na

relação entre Polícia e cidadão civil (73% dos entrevistados). Ser mais prestativa, ágil e

referência são as qualidades que a população espera (44%, 23% e 16% respectivamente).

Uma mudança no fardamento poderia ajudar a diminuir o sentimento de medo, que se

mostra bem expressiva (31% dos entrevistados).

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Tabela 5. Resultados da pesquisa

Fonte: Autora

Tabela 6. Resultados da pesquisa

Fonte: Autora

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Tabela 7. Resultados da pesquisa

Fonte: Autora

Uma pesquisa semelhante foi aplicada para policias militares do patrulhamento

ostensivo da região do CPA-M/4 na zona leste da capital paulista. Devido ao trabalho

incessante desses profissionais foi possível reunir apenas 78 entrevistados. Ao serem

perguntados se gostam do fardamento atual 59% disseram que não,24 % disseram que sim

e 17% são indiferentes (vale destacar que o “gostar da farda” refere-se exclusivamente a

vestimenta e não as atribuições da profissão), as explicações citadas foram que: o

fardamento esquenta muito, não é compatível com a atividades exercida e é frágil

(descostura-se fácil). Ao serem perguntados se sentem-se protegidos 68% disseram que

sim contra 32% de não, embora tenha sido destacado a falta de coletes balísticos para todo

o efetivo. Dos entrevistados 48% disseram se sentir indiferentes ao vestir a farda o que

contraria frases da população ao dizer “aquele policial se acha só por estar fardado” ,24%

sentem-se respeitados e 16% admirados. Em relação a saúde 55% dos entrevistados não

tiveram quaisquer problemas devido ao fardamento entretendo 45%, mesmo sendo minoria,

é um número extremamente expressivo. Os problemas mais relatados são dores na coluna

e quadril devido a longos períodos de serviço em pé, EPI’s pesados e sapatos

desconfortáveis. Diante desses dados é possível prever que em algum momento esses

profissionais terão alguma dispensa médica que o afaste do serviço ou o recolha ao serviço

administrativo o que causaria um déficit ao patrulhamento ostensivo. Os 90% de aprovação

a uma mudança do fardamento é um resultado muito expressivo entretanto tal mudança só

será válida se for atenciosa as necessidades dos profissionais.

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Tabela 7. Resultados da pesquisa

Fonte: Autora

Uma pesquisa semelhante foi aplicada para policias militares do patrulhamento

ostensivo da região do CPA-M/4 na zona leste da capital paulista. Devido ao trabalho

incessante desses profissionais foi possível reunir apenas 78 entrevistados. Ao serem

perguntados se gostam do fardamento atual 59% disseram que não,24 % disseram que sim

e 17% são indiferentes (vale destacar que o “gostar da farda” refere-se exclusivamente a

vestimenta e não as atribuições da profissão), as explicações citadas foram que: o

fardamento esquenta muito, não é compatível com a atividades exercida e é frágil

(descostura-se fácil). Ao serem perguntados se sentem-se protegidos 68% disseram que

sim contra 32% de não, embora tenha sido destacado a falta de coletes balísticos para todo

o efetivo. Dos entrevistados 48% disseram se sentir indiferentes ao vestir a farda o que

contraria frases da população ao dizer “aquele policial se acha só por estar fardado” ,24%

sentem-se respeitados e 16% admirados. Em relação a saúde 55% dos entrevistados não

tiveram quaisquer problemas devido ao fardamento entretendo 45%, mesmo sendo minoria,

é um número extremamente expressivo. Os problemas mais relatados são dores na coluna

e quadril devido a longos períodos de serviço em pé, EPI’s pesados e sapatos

desconfortáveis. Diante desses dados é possível prever que em algum momento esses

profissionais terão alguma dispensa médica que o afaste do serviço ou o recolha ao serviço

administrativo o que causaria um déficit ao patrulhamento ostensivo. Os 90% de aprovação

a uma mudança do fardamento é um resultado muito expressivo entretanto tal mudança só

será válida se for atenciosa as necessidades dos profissionais.

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DESENVOLVIMENTO

Desenvolver uma coleção autoral para uma grande rede de fast fashion torna-se

mais fácil quando dividimos em públicos alvos, ou seja, quem queremos atingir? Por que e

como faremos? No segmento de uniformes, mais especificamente o de uniformes militares

das forças armadas, lidamos com um grupo específico. Em sua maioria homens com idade

entre 18 e 35 anos. Mas é exatamente ai que as empresas se enganam quando subestimam

universo das polícias estaduais. Diferentemente das forças armadas, as polícias estaduais

tem uma miscigenação muito maior. São vários tipos físicos, etnias, peso, alturas, em que

ainda predomina o público masculino, mas com uma variação de idade de 18 (idade mínima

para ingresso em concursos públicos) até 50 anos, e uma variação de peso e altura

inimaginável, todas variantes encontradas em um Estado, dentro uma única instituição.

Como dito anteriormente o efetivo atual da PMESP gira em torno de 88.000 policiais. Como

vesti-los?

A PMESP possui modalidades de policiamento, esse foi o primeiro passo para dividir

um número tão grande em nichos menores que possam ser mais bem trabalhados

conforme suas necessidades. As modalidades de Policiamento usadas foram: Policiamento

Ostensivo, Policiamento Rodoviário, Policiamento Ambiental e Policiamento de Choque.

Nestas quatro grandes modalidades existem ainda outros subgrupos, dentro do

Policiamento Ostensivo temos: Policiamento com apoio de motocicletas e quadrículos,

Policiamentos Ostensivo a pé, Policiamento Ostensivo Tático, Policiamento com Bicicleta.

No Policiamento de Choque temos: 1º Batalhão de Choque – Rota, 2º Batalhão de Choque

- responsável pelo controle de distúrbios civis, escolta de grandes eventos como jogos de

futebol e escolta com motocicletas, 3º Batalhão de Choque - responsável por escoltas

prisionais e controle de distúrbios em unidades prisionais, e 4º Btl. de Choque – Operações

especiais que compreende o Corpo Operações Especiais, Grupo de Ações Táticas

Especiais e Canil.

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Foto 1. Exemplos de policiamento: Choque, GATE, Ostensivo, ROCAM Masc. e Fem. e Operação verão

Fonte: Centro de Comunicação Social da PMESP

FUTURO

A partir da análise histórica do uniforme, da história da PMESP, do modo como ela

trabalha e a pesquisa de campo foi possível encontrar similaridades com outras esferas do

design como, por exemplo, figurinos de ficção científica. Este gênero muitas vezes parece

distante da realidade por ser ambientado em cidades utópicas ou futuristas, mas são

criteriosos ao analisar cientificamente a evolução humana. Títulos bem conhecidos como a

série de filmes Jornada nas Estrelas e animação Os Jetsons são apenas alguns exemplos

de ambientações futuristas onde suas ideologias de tecnologia futura tornaram-se realidade

em tempos atuais como televisores, smartphones, tablets, vídeo conferências. Da mesma

forma, pode ser aplicado o figurino de ficção científica para o desenvolvimento de novos

uniformes militares devido ao uso de roupas leves e maleáveis, sob peças rígidas apenas

em áreas estratégicas para proteção de pontos vitais. O que garante um melhor

desempenho para o profissional.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Polícia Militar do Estado de São Paulo é uma instituição mais que

sesquicentenária, possui uma história densa e muito marcante no Estado de São Paulo,

sua farda icônica veste aproximadamente cem mil homens e mulheres. Entretanto, por ser

um número deveras alto não houve uma atenção em pensar o fardamento com ideias

ergonômicas e estéticas, voltando toda atenção para referenciais financeiros e logísticos,

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Foto 1. Exemplos de policiamento: Choque, GATE, Ostensivo, ROCAM Masc. e Fem. e Operação verão

Fonte: Centro de Comunicação Social da PMESP

FUTURO

A partir da análise histórica do uniforme, da história da PMESP, do modo como ela

trabalha e a pesquisa de campo foi possível encontrar similaridades com outras esferas do

design como, por exemplo, figurinos de ficção científica. Este gênero muitas vezes parece

distante da realidade por ser ambientado em cidades utópicas ou futuristas, mas são

criteriosos ao analisar cientificamente a evolução humana. Títulos bem conhecidos como a

série de filmes Jornada nas Estrelas e animação Os Jetsons são apenas alguns exemplos

de ambientações futuristas onde suas ideologias de tecnologia futura tornaram-se realidade

em tempos atuais como televisores, smartphones, tablets, vídeo conferências. Da mesma

forma, pode ser aplicado o figurino de ficção científica para o desenvolvimento de novos

uniformes militares devido ao uso de roupas leves e maleáveis, sob peças rígidas apenas

em áreas estratégicas para proteção de pontos vitais. O que garante um melhor

desempenho para o profissional.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Polícia Militar do Estado de São Paulo é uma instituição mais que

sesquicentenária, possui uma história densa e muito marcante no Estado de São Paulo,

sua farda icônica veste aproximadamente cem mil homens e mulheres. Entretanto, por ser

um número deveras alto não houve uma atenção em pensar o fardamento com ideias

ergonômicas e estéticas, voltando toda atenção para referenciais financeiros e logísticos,

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que também se mostram muito importantes no desenvolver de algo tão grande como a

confecção de fardamento para uma instituição inteira. Mas dedicando-se a estudar com

precisão, pode-se identificar elementos que tornam possível o desenvolvimento de

propostas que atendam a questões estéticas e de conforto para esses profissionais que

chegam a passar doze horas ou mais vestindo uma mesma roupa.

REFERÊNCIAS

ABRAHÃO, J. R. R. et al. Introdução à ergonomia: da prática à teoria. São Paulo:

Blucher, 2009.

ANDRADE, Euclides;CÂMARA,Hely Fernandes. A Força Pública de São Paulo: esboço histórico, 1831-1931. São Paulo: Imprensa oficial do Estado. 1982

BENTO, Erick Gomes. Exame de Aplicação de Aprendizado(ExAA):visando a

transversalidade e à interdisciplinaridade das matérias de Educação Física, Defesa

Pessoal, Tiro Policial e Procedimentos Operacionais. São Paulo,2013.

BRANDS A to Z: adidas. Direção de Peng Yangjun, Chen Jiaojiao. Singapore: Page One

Publishing, 2007.

CRAIK, Jennifer. A política cultural do uniforme. Fashion Theory: A revista da moda,

corpo e cultura, São Paulo, v. 0002, n. 0002, p.5 – 25, Junho. 2003.

GRANDJEAN, Etienne. Manual de Ergonomia: adaptando o trabalho ao homem.

Tradução de João Pedro Stein. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.

GRAVE, Maria de Fátima. Modelagem, A: sob a ótica da ergonomia. São Paulo: Zennex

Publishing, 2004.

MELO, Edilberto de Oliveira. Raízes do Militarismo Paulista. São Paulo: Imprensa Oficial

do Estado, 1982.

ROCHE, Daniel. A cultura das aparências: uma história da indumentária séculos XVII-XVIII. Tradução de Assef Kfouri. São Paulo: Senac São Paulo, 2007.

SÃO PAULO. Decreto n.º 8.911, de janeiro de 1939, Regulamento de Uniformes.

SÃO PAULO. Decreto n.º41.221, de 17 de dezembro de 1962, Regulamento de Uniformes.

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RELEASE

Fardas não são meramente roupas de trabalho , são a representação de anseios , personalidade e ideais.

Transportar tantos sentimentos exige trabalho e sensibili-dade.

O cinza que permeia São Paulo é também a cor princi-pal da Polícia Militar do estado de São Paulo.

O vermelho presente na bandeira paulista propõe ousadia em meio a austeridade do preto.

Esta coleção propõe peças que melhor acompanham o dia a dia desses profissionais de segurança oferecendo conforto físico e psicológico , melhorando assim sua saúde e autoestima

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18

CORES

18-1561 TCXR 231 G46 B10

18-4006 TCXR 102 G103 B109

PretoR 0 G0 B0

14-0756 TCXR 255 G205 B06 B10

17-5734 TCXR 14 G130 B92

19-4245 TCX R 0 G89 B128

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TECIDOS

Rip Stop

50% Poliester 50%Algodão

Alfaiataria lisa

65% Poliester 35% Viscose

Sarja

98% Algodão2% Elastano

Piquet

50% Poliester 50% Algodão

Poletizado

100% Poliester

Jelanca

100% Poliester

Two Way

97% Poliester 3% Elastano

Dry Fit

100% Poliester

20

INSÍGNIAS

Cabo PM

3º Sargento PM

2º Sargento PM

1º Sargento PM

Sub Tenente PM

2º Tenente PM

1º Tenente PM

Capitão PM

Major PM

Tenente Coronel PM

Coronel PM

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COLEÇÃO

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OPERACIONAL FEMININO

Tendo como função o patrulhamento comunitário a camisa polo concilia de forma eficiente o despojamento da ca-miseta tradicional com a seriedade da camisa social.O cinza, o vermelho e o preto represen-tam São Paulo e conferem a peça um valor estético, definem a silhueta atra-vés das cores e dos recortes.

O vivo vermelho confere a jaqueta um despojamen-to esportivo. A gola mandarim e o acabamento reto dos punhos e barra adicionam seriedade .

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OPERACIONAL MASCULINO

Calça em sarja com elastano confere maior conforto e mobilidade itens indispensáveis para o patrulhamento.

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OPERAÇÃO VERÃO

27

POLICIAMENTO AMBIENTAL

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POLICIAMENTO RODOVIÁRIO

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CAVALARIA

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PASSEIO

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SOCIAL

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ESPORTIVO

33

TRAJE DE BANHO

34

POLICIAMENTO DE CHOQUE

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AÇÕES ESPECIAIS

36

CORPO DE BOMBEIROS

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OPERACIONAL FURUTISTA

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POLICIAMENTO ESPECIALFUTURISTA

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FICHA TÉCNICA

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FICHA TÉCNICA

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FICHA TÉCNICA

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FICHA TÉCNICA

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FICHA TÉCNICA

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FICHA TÉCNICA

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FICHA TÉCNICA

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FICHA TÉCNICA

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente aos meus pais, sem o apoio deles eu não estaria concluindo nem ao menos começado este curso e este projeto pelo qual me apaixonei.Agradeço imensamente ao Capitão PM Constâncio que desde o começo esteve ao meu lado se interessando pela ideia, divulgando meu trabalho contatando fornecedores e confecções, vibrando com cada peça que chegava e se estressando com cada atraso dos fornecedores. Sem sua ajuda este trabalho jamais ter ia tomado forma e ao Cabo PM Lindomar, assistente da seção técnica, que inclusive me levou em uma das con-fecções.Ao Comandante do Centro de Intendências da Polícia Mil i tar (CSM/M – Int), o Sr Te-nente Coronel Luiz Carlos, que me recebeu muito bem em sua unidade, autorizando que eu pudesse frequenta-la e ter ajuda de seus subordinados.Ao Alto Comando da Polícia Mil i tar, sem seu consentimento este trabalho não poderia ter prosseguimento.Aos Oficiais Major PM Ana Claudia e Capitão PM Rosemeire do Centro de Comuni-cação Social da PM, ao Capitão PM Erick da Escola de Polícia Mil i tar do Barro Branco, ao Capitão PM Luciano do CPA/M4, todos esses que me auxi l iaram na elaboração da parte teórica deste trabalho.Agradecimento especial as confecções: Unifabric do sr Fernando Wertheimer que se dispôs a entrar nesta ideia e cedeu seus funcionários, em especial a modelista Elaine e Carlos.A confecção Teles do Sr. Edmiltom que prontamente se dispôs a confeccionar as peças assim que entramos em contato.A confecção Jomal que mesmo estando cheia de encomendas ao ver os croquis aceitou de primeira a faze-los.Aos fornecedores de tecido.Agradecimento especial aos meus amigos que est iveram ao meu lado me dando força para nunca desist ir do meu sonho.A todos um muito obrigada e com certeza posso dizer que com o apoio de todos este trabalho não se encerra aqui.

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