arq 5622-5ª aula- grandes mestres anos 60

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINACENTRO TECNOLÓGICOSECRETARIA DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMOCampus Universitário – Trindade88010-970 - Florianópolis - SCFone-fax: (48) 331-9550 - Fone: (48) 331-9393www.arq.ufsc.br miltonconceicao@hotmail.com

Arq 5622 - HISTÓRIA DA ARTE, DA ARQUITETURA E DO URBANISMO II.

Arquitetura dos Grandes Mestres pós guerra. Anos 60

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- O fim dos CIAM e o questionamento das experiências do pós guerra e do estilo Internacional.- Anos 60 – Grandes Mestres do modernismo.- A obra de Louis Khan e a transição ao pós -moderno.- A obra de James Stirling e o novo ecletismo.

- Utopias e a terceira geração de arquitetos.

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O fim dos CIAM e o questionamento do estilo internacional.

Os Congrès Internationaux d'Architecture Moderne (literalmente: Congressos internacionais da arquitetura moderna ou simplesmente CIAM) constituíram uma organização e uma série de eventos organizados pelos principais nomes da arquitetura moderna européia a fim de discutir os rumos da arquitetura, do urbanismo e do design.

Um dos seus principais idealizadores foi o franco-suíço Le Corbusier.

Os CIAM foram responsáveis por discussões e pesquisas inéditas até então, como a busca da residência mínima e o design para as massas, que revolucionaram o pensamento estético, cultural e social do período.

Fundados em 1928 na Suíça, os CIAM foram responsáveis pela definição daquilo que costuma ser chamado “international style” introduziram e ajudaram a difundir uma arquitetura considerada limpa, sintética, funcional e racional.

Os CIAM consideravam a arquitetura e urbanismo como um potencial instrumento político e econômico, o qual deveria ser usado pelo poder público como forma de promover o progresso social.

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Talvez o produto mais influente dos CIAM tenha sido a Carta de Atenas, escrita por Le Corbusier baseada nas discussões ocorridas na quarta conferência da organização.

A Carta praticamente definiu o que é o urbanismo moderno, traçando diretrizes e fórmulas que, segundo seus autores, são aplicáveis internacionalmente.

A Carta considerava a cidade como um organismo a ser planejado de modo funcional e centralmente planejada, na qual as necessidades do homem devem estar claramente colocadas e resolvidas.

Entre outras propostas revolucionárias da Carta está o de que todo a propriedade de todo o solo urbano da cidade pertence à municipalidade, sendo, portanto público.

Estes preceitos começam a ser contestados em Londres e Amsterdã que foram as sedes principais do Team X – grupo de jovens arquitetos modernos que iniciaram a crítica principalmente em relação ao urbanismo, ao contestar a Carta de Atenas.

Jacob B.Bakema, George Candilis, Joseph Rykwert , Peter Smithson e Aldo Van Eyck são os principais fundadores do grupo.

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O Team X propunha, já nos anos 1950, recolocar nos projetos o homem real das ruas no lugar do Modulor, homem ideal, de Le Corbusier e da “velha guarda” dos CIAM.

As questões das diferenças individuais passaram a ser estudadas no lugar do coletivo ideal.

A idéia principal era de devolver a cidade a seus habitantes.

O grupo era heterogêneo e eclético mas tinha a convicção comum de ir contra a doutrina da Carta de Atenas.

Joseph Rykwert continua até hoje perseguindo este tema, ao insistentemente buscar alternativas ao modernismo ao longo de toda sua obra.

Pode-se notar uma influência direta de Van Eyck, sobretudo temática, ligada ao estudo da mitologia e dos rituais, ou seja, ao resgate de um simbolismo primitivo claramente ausente do racionalismo do pensamento moderno.

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A experiência do Team X parte do final dos anos 1950 com a vontade de continuar com a nova tradição moderna.

No entanto, são introduzidas neste uma serie de mudanças destacáveis.

Em primeiro lugar, o método que será seguido nas reuniões de trabalho é pragmático e empírico, em oposição ao método sistemático e à vontade de definir alguns objetivos globalizados e universais dos CIAM.

Para os membros do Team X, continuar com o projeto da arquitetura moderna significa dar uma guinada nas pretensões universalistas e positivas dos CIAM.

Trata-se de continuar com o intuito de se aproximar do mundo da ciência, da tecnologia e da produção, mas não definindo grandes teorias ou projetando protótipos, mas sim imitando o método científico experimental e empírico que analisa caso a caso.

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As reuniões do Team X não se realizam sob um tema em comum e palestras específicas, mas com demonstrações de projetos e discussões sobre cada uma das experiências. Isto quer dizer que suas reuniões não geram manifestos, textos ou teorias, senão que grande quantidade de opiniões, fragmentos e breves ensaios que se unem aos artigos que cada um de seus membros vão publicando.

Isso provoca uma dificuldade de delimitar claramente as propostas do Team X em função de que as idéias deste grupo são a somatória das idéias de cada membro.

As formulações deste grupo se baseiam em uma atitude experimental e empírica que se fundamenta na consideração de que vivemos em uma realidade mutante e passageira.

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Portanto, é necessária uma atitude pragmática – baseada nos projetos concretos –, antidogmática – estruturada na aceitação da diversidade de opiniões que se apresentam na arquitetura contemporânea – e não doutrinária – evitando a tentação de congelar um processo de debate e crescimento do conhecimento a partir de teorias insuficientes.

A posição do Team 10 expressa a continuidade a respeito do convencimentode que a arquitetura moderna não constitui um estilo senão uma maneira deraciocinar, de afrontar a resolução dos problemas, de projetar.

É nesse sentido que se pretende continuar avançando.

A demolição do conjunto residencial de Pruitt-Igoe em St. Louis, Missouri, nos EUA é considerada por muitos como o golpe fatal ao modernismo dos CIAM.

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O Pruitt-Igoe foi um premiado projeto residencial da década de 1950 que testemunhou elevações preocupantes na taxa de violência interna e durante 20 anos passou por um grave processo de degradação.

Na década de 1970 o conjunto foi demolido por ordem judicial, em um processo apoiado pela comunidade que ali vivia. Este episódio é também considerado como o

ponto de início do Pós-Modernismo.

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1928, CIAM I (La Sarraz, Suíça). Fundação dos CIAM1929, CIAM II (Frankfurt, Alemanha). Unidade mínima de habitação (Existenzminimum)1930, CIAM III (Bruxelas, Bélgica. Desenvolvimento racional do lote (Rational Lot Development)1933, CIAM IV (Atenas, Grécia. Publicação da Carta de Atenas, A Cidade funcional (The Functional City)1937, CIAM V (Paris, França). Moradia e recreação (Dwelling and Recreation)1947, CIAM VI (Bridgwater, Inglaterra). Reafirmação dos objetivos dos CIAM. Nossas cidades podem sobreviver? (Can Our Cities Survive?); e a Nova Monumentalidade.1949, CIAM VII (Bérgamo, Itália). Sobre a cultura arquitetônica (Concerning Architectural Culture)1951, CIAM VIII (Hoddesdon, Inglaterra). O Coração da cidade (The Heart of the City)1953, CIAM IX (Aix-en-Provence, França). A Carta da habitação (The Charter of Habitat)1956, CIAM X (Dubrovnik, Iugoslávia. Surgimento do Team X

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Falar das ideias do Team 10 é falar das ideias das quatro equipes mais destacadas, que se mantêm desde o início do grupo.

Os 5 arquitetos que compõem inicialmente o Team 10 são:

JACOB BEREND BAKEMA

(1914)Groningen (1981) Rotterdam

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Bakema e Van den Broek12

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Bakema uniu-se ao departamento de Trabalhos Públicos em Amsterdã.

Durante a guerra trabalhou no escritório de Van Tijen e Maaskant, depois da destruição de Rotterdam.

Em 1948 tornou-se sócio no escritório de Van den Broek.

Já em 1945 se envolveu nos CIAM. Em 1963 tornou-se professor de arquitetura em Delft e em 1965 em Hamburg.

De 1959 até 1963 era redator da revista “Fórum”.

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Sua arquitetura tentou expressar comportamento humano em terceira dimensão.

Comprometeu-se a projetar cidades, distritos e grandes complexos.

Junto com Van den Broek ele trabalhou no centro comercial de Lijnbaan (1953), o Liceu Montessori (1957) e foi envolvido com o estádio de futebol de Feyenoord (1934).

Ele também projetou o pavilhão Holandês na expo de 1970, em Osaka e fez também projetos para o centro da cidade de St. Louis (1955) de Missouri.

Tornando-se um dos mais premiados arquitetos de sua época.

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A contribuição mais importante de Bakema e Van den Broek diz respeito a um tipo de organização de bairro que estabelece um vínculo preciso entre projeto urbanístico e construção.

Esboço nova cidade de Wulfen, Alemanha (Bakema e Van den Broek) Concurso -1961

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Maquete feita em 1949 a partir do estudo do bairro Pendrecht, Rotterdam, em 1948-1953 , Bakema junto com o grupo opbouw.

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Estádio do Feyenoord Feyenoord

"De Kuip" (atual)

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Biblioteca Central, Rotterdam – Bakema e Van den Broek .

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Universidade de Delft – Bakema / Van der Broek (1967)

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Universidade de Delft

BAKEMA É um expoente da arquitetura funcional.

Sua trajetória está estreitamente vinculada a reconstrução e a reestruturação das cidades holandesas

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Interior ( Delft)25

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Uma das obras mais significativas no centro de Rotterdam nos anos 60, foi o complexo de lojas e habitações Lijnbaan, as lojas foram concentradas em torno de uma larga rua para pedestres, de modo a formar um grande centro comercial, completado por dois grandes magazines no cruzamento e ornamentado com grande cuidado (quiosques, bancos, locais de parada, esculturas, aparelhos de iluminação...), os apartamentos foram reunidos em 7 grandes blocos de 10 andares dispostos nos terrenos adjacentes entre amplos espaços verdes.

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Lijnbaan27

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1.Lojas

2.Pedestres

3.Habitações

4. Casas Maiores

5.Garagem

6. Àrea verde

7.Estacionamento

8. Ruas

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Bakema e Van den Broek

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George Candilis (Grécia) Georgios Kandýlis, foi Arquiteto e Urbanista Grego, estudou na Politécnica de Atenas formando-se em 1936.

Convidado pelo Arquitéto Francês Le Corbusier para a realização de projetos urbanísticos, instala-se em Paris a partir de 1945.

Participou como encarregado do Escritório ” Le Corbusier “ na construção de vários projetos, entre eles o Condomínio de Marselha ( ” Cité radieuse de Marseille ) entre 1945 e 1952.

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Defensor da visão interdisciplinar em Arquitetura para a estruturação de projetos integrou as equipes de Arquitetos, Técnicos e Engenheiros.

Em 1953, associado ao Arquiteto Alexis Josic abre seu próprio Escritório de Arquitetura ganhando o concurso ” Operation Milion “, com uma proposta de redução de custos e otimização dos espaços, transformando o próprio conceito de habitação ou ” L´habitat du plus grand nombre “, ou, maior número de moradias num único espaço com menor custo – os condomínios.

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Entre suas obras mais importantes destacamos em 1969 a ” Universsité Libre de Berlin “, associado a Josic-Woods – e como Arquiteto independente os balneários ” Port-Leucate et Port-Barcarès “ de 1964 e a ” École D´architecture de Toulouse “ em 1970. 

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Aldo Van Eyck – (Holanda) Aldo van Eyck nasceu em Driebergen em 1918.

Teve contato com as vanguardas européias e seus integrantes como Franz Arp, Brancusi, Giacometti, Le Corbusier.

Tornou-se famoso pelo seu trabalho como redator na Revista Forum (1959-1967) e por ter participado do X CIAM, onde discutiam-se novos caminhos para o pensamento arquitetônico do pós-guerra.

Juntamente com outros jovens arquitetos organizou um encontro na cidade de Otterlo (fora dos CIAM) para colocar em discussão projetos que os próprios participantes estavam desenvolvendo, com o objetivo de verificar a opinião do grupo acerca da contemporaneidade dos conceitos e valores pregados pelo Movimento Moderno.

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Aldo van Eyck levou para este encontro em Otterlo o projeto do Orfantato em Amsterdã desenvolvido na segunda metade da década de 50.

Ele pode ser considerado como a obra-síntese do pensamento e dos valores do arquiteto holandês pois nele pôde desenvolver em profundidade seus conceitos de claridade labiríntica e fenômenos gêmeos, que influenciaram arquitetos em todo o mundo.

“árvore é folha e folha é árvore - casa é cidade e cidade é casa - uma árvore é uma árvore mas também uma grande folha - uma folha é uma folha mas também uma pequena árvore - uma cidade não é uma cidade a menos que ela seja uma grande casa - uma casa é uma casa somente se for também uma pequena cidade”

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O edifício é modulado a partir de cubos que se aglomeram e se dispersam pelo lote.

Estes volumes estão distribuídos no espaço como elementos organizadores e diferenciadores de espaços.

A intenção é de criar um diálogo possível com o entorno, com a cidade existente e não a sua negação como pregava a arquitetura modernista.

Van Eyck pretendia elaborar novas leituras do ambiente contruído, estabelecendo relações de escala entre pequenas e grandes estruturas componentes de um todo complexo.

A este conceito deu-se o nome de claridade labiríntica (configuratie, em holandês)

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Segundo Aldo van Eyck a respiração pode exemplificar seu conceito de fenômenos gêmeos: não se respira somente para fora ou somente para dentro.

São fenômenos opostos mas conjugados - a existência do primeiro depende do segundo e vice-versa.

Como pólos opostos ou falsas alternativas estes antônimos abstratos possuem sempre a mesma característica: perda de identidade e seu atributo, a monotonia.

Monotonia não simplesmente no sentido uniforme: se algo é demasiado e muito pouco parecido, também será demasiado e muito pouco distinto. .

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A proporção correta florescerá tão logo os suaves ajustes de reciprocidade comecem a trabalhar neste clima de relatividade, no campo de todos os fenômenos gêmeos.

Neste projeto o arquiteto procura controlar a oposição entre conceitos como fora-dentro, interior-exterior, individualidade-coletividade, unidade-diversidade, pequeno-grande, etc.

Para ele esta polarização cerrada entre os opostos não se justifica mais no mundo contemporâneo.

Sua existência é simultânea e não consecutiva.

Para tanto tranparências e opacidades, terraços e jardins acontecem num mesmo lugar.

Ao mesmo tempo, a cada passo, a percepção das partes se faz pela compreensão do todo e vice-versa.

A percepção do individual se faz pela compreensão do coletivo, e vice-versa

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Alison & Peter Smithson – (Inglaterra)

Para entender o pensamento arquitetonico dos Smithson, tomemos o edifício chave do casal, a Escola Secundária de Hunstanton , projetada em 1949,cuja construção foi concluída em 1954.

Este pensamento conduzia a idéia que o edifício deveria ter um papel didático.

No caso desta Escola a intenção era mostrar a arquitetura brutalista.

A representação do edifício como brutalista estaria na plena exposição dos elementos, tais como, tubulações de água, condutores da fiação e dutos da rede de calefação junto com a presença das lajes pré-moldadas; dos pisos e da cobertura aparentes e sem o “acabamento” de tetos falsos, que ocultassem o seu desenho.

Em seu conjunto, predomina a articulação ente esses dois componentes do edifício – como, por exemplo, a tubulação aparente fixada na laje exposta sobre os espaços de uso coletivo.

Todo esse arranjo projetual tinha como intenção, o didatismo dos detalhes, a partir do tipo de usuário que seria indicativo para o uso genérico que os espaços deveriam ter.

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Ao invés de um especialista, o projeto previa um uso por um usuário novo -  pessoas comuns -, que necessita ser informado do funcionamento do edifício (ou do fenômeno edifício) e que não deixando de ser um grande mecanismo.

Assim, mais do que uma “estética de armazém”, o conceito arquitetônico era o de uma releitura da “máquina de morar”.

Uma imagem emblemática disso, seria a bateria de pias e encanamentos de água servida dos sanitários,onde deveriam ser instalados sifões em cada pia e um ralo sifonado, tinha-se para cada pia um pequeno cano conectando o seu ralo a uma estreita canaleta, em meia cana, portanto aberta, que “recolhia” e conduzia a água sob o olhar dos moradores.

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OS GRANDES MESTRES DO MODERNISMO NO PÓS GUERRA.

Le Corbusieur e o Brutalismo.

O caminho tomado por Corbusieur neste período se dirigiu a um “movimento convencionalmente denominado” brutalismo, e novo brutalismo.

Este é um exemplo dos “fenômenos ligados à exploração dos problemas deixados em aberto pelas investigações dos ‘mestres’ ou das vanguardas dos anos 20”. 

Uma forte carga de crítica e de proposições sempre referenciadas à arquitetura existente, levaria o movimento ao limite de um “criticismo não rigoroso”, a uma arquitetura que se recusava a ficar falando apenas da arquitetura, mas que teve sua grande expressão mais na crítica e menos nas obras.

O edifício paradigmático desta “tendência” foi a Unidade de Habitação de Marseille, projetada por Le Corbusier.

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O entusiasmo pela estrutura pura não se via mais satisfeito com a abstração e redução extremas, fazendo com que as atenções se voltassem para os detalhes das articulações, para a multiplicação das partes (gregarismo) e para a elaboração maciça e austera.

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Precursores dessa atitude foram os mestres Le Corbusier, Gropius e Aalto, com suas obras tardias, além do casal Smithson, cujos trabalhos demonstravam a insatisfação com o lirismo geométrico e apontavam para a volta do amor pelos materiais e o estabelecimento, de maneira natural, da unidade entre forma construída e os homens que a usam, fundamentando-se nos conceitos de responsabilidade, objetividade e seriedade.

Alguns teóricos reconhecem a origem do termo brutalismo na expressão corbusieriana béton brut (“concreto aparente”), a qual era utilizada em referência à série de unités d’habitación propostas entre 1946 e 1957, por Le Corbusier, para algumas localidades francesas.

Contudo, seu uso popularizou-se nos anos 60 com a difusão de uma ética anterior a uma estética pregada pelo casal Smithson.

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Essa corrente tardomodernista ficou conhecida como ESTÉTICA DA VERDADE, por expor brutalmente o conteúdo técnico-construtivo das edificações, como revestimentos, fiações, tubulações, condutos circulatórios, apêndices e assim por diante, além dos valores sociais e democráticos explícitos.

São estes os principais elementos da linguagem brutalista:

Pragmatismo: Volta-se inteiramente para a prática, considerando que existem determinadas e definidas funções que podem se cumprir mediante formas específicas.

Materialismo: respeita incondicionalmente a natureza dos materiais, sejam naturais como artificiais, preferindo técnicas semi-artesanais e econômicas.

Anti-ornamentalismo: mantem-se a universalidade das soluções arquitetônicas e a desconsideração do sítio histórico, preferindo a abstração e o anonimato.

Gregarismo: projeta partindo de um grupo de espaços separados que se unem com outros segundo sua função, através de um arquitetura de agregados ou corpos isolados postos em relação entre si.

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Esse movimento tardomoderno encontrou seu apogeu nos anos 60 e 70, difundindo uma absoluta honestidade na apresentação dos materiais, instalações e estruturas, mas sem abandonar o racionalismo estrutural e a modularidade típicas do International Style.

Quando se tornou internacional, a partir de 1968, passou a ser conhecido como New Brutalism, recaindo em preocupações mais estéticase formais que técnicas e funcionais.

Notre Dame du Haut. Le Corbusier. Ronchamp

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A partir da exposição de Bruxelas em 1958, o foco das exposições deixa de ser a questão cultural ou industrial, e os pavilhões tentam oferecer aos visitantes novas experiências sensoriais, é o caso do pavilhão Philips, o Poème électronique de Le Corbusier e Iannis Xenakis.

A construção do Pavilhão Philips envolveu esforços consideráveis no plano técnico: peritos em luz, som, estruturas e construção.

O desenvolvimento do “pavilhão-poema” esteve rodeado de múltiplas dificuldades. Desde discussões sobre a sua autoria até ao cumprimento dos prazos e condições contratuais.

Por fim, constituiu um marco singular da Exposição Universal de Bruxelas e teve consequências decisivas na biografia dos seus protagonistas.

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Ultima obra do mestre Charles Édouard Jeanneret-Gris, chamado Le Corbusier.

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Quando se espalhou internacionalmente, o NOVO BRUTALISMO seguiu caminhos cada vez mais radicais, que o afastaram de seus objetivos iniciais (verdade e funcionalidade).

Começou-se então a acentuar o aspecto áspero e irregular através de procedimentos artesanais, o que acabou fazendo o emprego de técnicas industriais decair.

Além disso, para aumentar a expressividade da obra, utilizou-se de estruturas dissimuladas, mascarando seus reais propósitos.

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Maria Ludwig Michael Mies van Rohe (1886-1969), e o Neo-Plasticismo

O purismo e o neoplasticismo constituíam o viés pictórico do movimento moderno.

Eram idéias formuladas por pintores de formação, e que, por isso mesmo, valorizavam o aspecto visual da arquitetura.

Os outros dois movimentos, formulados por arquitetos, comprometiam-se mais com o dado construtivista, com os materiais, com as estruturas.

Obviamente que esta separação entre o lado pictórico e construtivista dos movimentos não pode ir muito adiante, pois todos os movimentos de vanguarda devem seu tributo à pintura, do suprematismo ao elementarismo, do expressionismo à nova objetividade, mas deixaram marcas importantes na arquitetura.

Mies sempre foi fortemente influenciado pelo neoplasticismo.

Mesmo que possa parecer estranho sendo o neoplasticismo um movimento artístico e Mies um arquiteto.

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Esta aproximação se percebe principalmente na sua fase mais madura quando se aproximará cada vez mais da abstraçãode elementos e a busca de plantas racionais que formem um todo continuo.

O arquétipo da caixa de vidro.

Em 1929 Pavilhão da Alemanha para a exposição de Barcelona concebeu um edificio que é a expressão maxima do neoplasticismo na arquitetura, já que cumpre com todos os requisitos deste movimento artístico.

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O Neoplasticismo foi uma corrente que propunha despojar a arte de todo elemento acessorio tentando chegar a essencia através de uma linguagem plastica objetiva.

Reinvidicavam um processo de abstração progressiva no qual as formas se iriam reduzindo a linhas retas horizontais e verticais e as cores primarias acrescidas do branco do negro e do cinza.

Graças a pintura abstrata reduzida e as formas simplicimas de Mondrian e a arquitetura de Van Doesburg, Mies encontra um novo caminho para expressar sua arquitetura.. 

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FRANK LLOYD WRIGHT E A ARQUITETURA ORGANICISTA.

O conceito de arquitetura orgânica não é tão definido em Wright como o do brutalismo corbusiano ou o neoplasticismo em Mies.

O organicismo wrightiano pode ser resumido nos seguintes princípios:

-da unidade (na relação do projeto com a paisagem, na modulação espacial-construtiva)

- da plasticidade (os materiais devem fluir, amoldar-se e crescer dentro do espaço – estrutura, piso e fechamento podem ser uma única coisa);

-da continuidade (fluidez espacial que, pelo sentido de plasticidade, pode conformar um espaço livre e aberto, sem existir um limite claro entre o que a construção e a natureza ao redor);

-da obediência à natureza dos materiais (uso funcional e racionalizado de materiais e estruturas aparentes, sem ornamentação exceto para arremates, acabamentos e esquadrias)

-novo sentido de escala baseada na horizontalidade e na integração do edifício com a paisagem natural.

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A obra Louis Kahn e a transição ao pos-moderno.

Louis Isadore Kahn (nascido Itze-Leib Schmuilowsky) (20 de fevereiro de 1901 ou 1902 - 17 de março de1974) foi um mundialmente renomado arquiteto baseado em Filadélfia, Pensilvânia.

Muitos por não entenderem esta fase de transição, ou porque a vêem descontextualizadamente, classificam a Louis Kahn, injustamente, de historicista.

Com esta classificação poderemos ser levados a pensar que se trata de mais um desencantado do Modernismo, um retrógrado incapaz de elaborar uma arquitetura para o seu tempo e que se vira para o passado, cujas formas manipula de modo mais ou menos aleatório.

É fácil ver esta característica em Kahn: teve uma formação muito marcada pela tradição das “Beux-Arts”, aliada às posteriores viagens de estudo que realizou a França e a Itália e é conhecido o seu interesse pela antiguidade clássica.

Além disso os seus edifícios possuem uma imagem bem caracterizada – que chega a ser independente das suas funções ou dos locais onde são construídos – de forte sabor romano.

Mas existem razões profundas para ser assim.

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Parlamento Bangladesh - 1962/1974.

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O paradigma moderno do espaço contínuo e fluido não aparece nas obras de Kahn. Para ele o edifício é um objecto que abriga, o que justifica a opção pelo seu encerramento, mas implica ao mesmo tempo um grande investimento no tratamento da relação interior/exterior. Este problema é resolvido mediante a utilização de um método compositivo clássico que consiste no emprego de estratos sucessivos – caixas dentro de caixas – mas que resulta em edifícios com forma compacta e centralizada.

Do ponto anterior decorrem os sofisticados sistemas de iluminação e climatização dos espaços centrais, tão característicos das suas obras. É a luz, conjugada com a estrutura, que confere a qualificação aos espaços. Podemos ver estes dois elementos presentes logo nos primeiros esboços dos seus edifícios.

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Ao nível da composição a sua arquitetura é feita da adição e justaposição de partes muito individualizadas, um conjunto de edifícios muito complexos quer em si mesmos quer na sua implantação. Está aqui presente toda a lição da arquitetura romana condensada na Villa Adriana: a capacidade para conferir a tantos materiais heterogêneos (tipologias, técnicas de construção, tempos de execução, etc.) uma unidade, não de organismo unitário mas de relações espaciais. Não é uma apropriação da História pela rama mas sim o seu entendimento profundo!

Assim mostramos a obra de Louis Kahn por entender que foi das mais importantes do século XX, e muito representativa da btransição entre moderno e pos moderno. Ela expressa uma crítica aos códigos lingüísticos elaborados pelo Movimento Moderno e sobretudo à síntese que o “Estilo Internacional” tinha vindo a fazer desses mesmos códigos. Para isso apoia-se na segurança proporcionada pela herança clássica, procurando recuperar algumas “palavras” que, segundo ele, possuiriam um significado canônico transcendente ao tempo e às sociedades: simetria, integridade, perfeição, proporção, clareza. 82

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Vila Adriana

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Museu de ArteKimbell - 1966 – Forth Worth. TX

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Galeria de Arte da Universid. de Yale (1951) – New Haven CT.

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Salk Institute for Biological Studies (1959) La Jolla CA

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Phillips Exeter Academy Library – New Hampshire. 1965.

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First Unitarian Church in Rochester New York -1959.

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Bryn Mawr College-1960

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Indian Institute of Management, Ahmedabad India. 1962

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11. James Stirling e o novo ecletismo.

James Stirling (22 de Abril de 1926- 25 de Junho de 1992 é um arquiteto do Reino Unido. Em 1981 recebeu o prêmio Pritzker, é o prêmio mais conceituado de Arquitetura.

A arquitetura pós-moderna é um termo genérico para designar uma série de novas propostas arquitetônicas cujo objetivo foi o de estabelecer a crítica à arquitetura moderna à partir dos anos 60 até o início dos anos 90 .

Seu auge é associado à década de 80 (e final da década de 70) em figuras como Robert Venturi, Philip Johnson e Michael Graves nos Estados Unidos, Aldo Rossi na Itália, e na Inglaterra James Stirling e Michael Wilford entre outros. A flexibilidade e a marca principal da obra do ingles James Stirling. Os períodos históricos que sucessivamente vão modificando a imagem arquitetônica ao serem incorporados em edifícios seculares, muitos dos quais têm hoje interesse museístico, são o ponto de partida para a criação de uma nova expressão habilmente trabalhada nesta ampliação da Staatsgalerie idealizada por Stirling.

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Staatsgalerie

Stuttgard (1980-83)

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Staatsgalerie

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Staatsgalerie

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Na Staatsgalerie de Stuttgart, a versão contemporânea do “desaparecimento do autor” esta presente. Embora este seja o edifício público mais importante da última fase da carreira de Stirling, trata-se também de um projeto estranhamente heterogêneo e contraditório.

Com estrutura de concreto armado, meticulosamente detalhada e com um requintado acabamento em pedra de cantaria, a Staatsgalerie, ainda que longe de ser cenográfica, é atectônica em sua expressão geral.

Dos diversos materiais utilizados, o metal é um forte protagonista, com funções expressivas mais do que estruturais, sendo colocado em partes significativas do edifício das mais diversas maneiras.

Desde um pórtico extremamente figurativo a uma grande esquadria formalmente abstrata, sempre em cores brilhantes, os elementos metálicos ganham destaque em toda a Neue Staatsgalerie.

Tais elementos ora são usados numa lógica própria às suas características físicas, ora os vemos de um modo totalmente inesperado e surpreendente.

O contraste entre as partes realizadas em metal, sempre bastante coloridas, e as superfícies opacas, em massa pintada ou em pedra com colorações próximas ao ocre, oferece uma leitura inconfundível aos visitantes, o que permite estabelecer uma natural empatia destes com o edifício.

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Staatsgalerie

Derivada da moderna admiração dos museus, de que hoje o museu não é apenas uma instituição edificante, mas também um lugar de distração e lazer, explica-se a mediação da monumentalidade geral da Staatsgalerie por certos episódios de influência construtivista, por uma parede-cortina dramaticamente sinuosa, por corrimãos tubulares externos, por edículas simbólicas em aço tubular leve, na verdade todo um conjunto de elementos que, semelhantes a brinquedos de coresvivas, se destinam a atrair o homem comum.

Tal atitude, de certo modo eclética, que concilia elementos próprios do vocabulário pós-moderno do high-techou mesmo da linguagem da pop-art, e sem qualquer nuance populista, possibilita uma clara compreensão do público em relação à arquitetura, neste caso destinada a abrigar e expor obras de arte.

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A partir desta obra fundamental, que marca uma inflexão dentro de sua anterior produção vinculada ao Construtivismo Stirling, juntamente com seu sócio Michael Wildford, notabilizou-se nesta estratégia projetual e neste tipo de programa, realizando alguns dos mais interessantes museus destas últimas décadas.

No caso da Neue Staatsgalerie, tem destaque a recuperação do conceito tradicional de sala de exposição, aliado a uma adequada iluminação de tais espaços, e a passagem de pedestres que, cruzando em diagonal o edifício, liberta cotidianamente o ambiente de reflexão e lazer do museu para a cidade.

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Universidade de Cambridge 1964-1967

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Utopias e a Terceira geração de Arquitetos.

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- Maio de 1968 o mês em que a utopia desceu as ruas, Paris, a cidade marcada pelas grandes revoluções modernas: da Grande Revolução de 1789, à Comuna de Paris de 1871, primeira tentativa de autogestão social da polis moderna.

-Final da agitações, consolidada representatividade democrática Europa, capitalismo crescente, a caminho da sociedade de consumo.

-Acontece o Maio de 68.

-Guy Debord, o mais enigmático símbolo dessa época, "A Sociedade do Espetáculo", que marcou uma época e é ainda hoje um poderoso documento da sociedade massificada pelo consumo e pelo espetáculo

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Após a Segunda Guerra Mundial , Tokyo iniciou sua reconstrução, jovens arquitetos de solida formação moderna : Junio Sakakura (1904), Kunio Mayekawa(1905) e Kenzo Tange (1913).Kenzo Tange convidado para o CIAM de Otterlo (1959) da visibilidade a dois projetos teóricos (Sea City e Marine City) abrindo ao mundo a arquitetura japonesa.

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Grupo metabolista, que supunha uma ruptura com os postulados do movimento moderno: “ A dissolução do estilo internacional da arquitetura”

O grupo metabolista: Kisho Kurosawa (cidade helicoidal), Kiyonori Kikutake, Arata Isozaki e Fumihiko Maki, relacionava arquitetura com o esquema orgânico celular, .

Propunham uma estrutura urbana mutante, de alto nível tecnológico.

Sociedade em transformação

Kisho Kurosawa

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A terceira geração de arquitetos japoneses, pequena escala de suas obras. Entre eles encontram-se: Hiroshi Hara (1936), Tadao Ando ( 1941), Shin Takamatsu ( 1948) e Shoei Yoh (1940).

Shoei Yoh

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Shin Takamatsu

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Tadao Ando concreto armado, minimalista.

Shin Takamatsu coloca-se no extremo oposto de Tadao Ando, com uma arquitetura perturbadora . Shoei Yoh, por sua vez produz objetos de vidro nos quais aplica os binômios Maciço/Oco e Opacidade/Transparência

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A quarta geracao de arquitetos – Itsuko Hasegawa, Atsushi Kitagawara, Makoto Watanabe, Toyo Ito – repulsa ao caos urbano das grandes cidades. Critica a adoção dos modelos internacionais . Suas respostas são muito pessoais portanto resultados distintos.

Os japoneses do grupo metabólico antecipam uma serie de projetos utópicos que viriam a

se popularizar mais tarde na Europa por seu caráter irônico;

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KISHO KUROSAWA

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Itsuko Hasegawa

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Atsushi Kitagawara

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TOYO ITO

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Walking City de 1962. Ron Herrona partir de 1962. Estruturas nômades e simbióticas estaria na origem de estruturas de habitação intimamente ligadas ao corpo e aos seus atributos, entre os quais a locomoção e o envelhecimento.

Metropolis Issue de 1964- Uma capital mundial capaz de estar em qualquer lugar a qualquer hora, seria composta por vários veículos gigantes que mediam aproximadamente 400 metros de comprimento por 220 metros de altura.

Dentro destes veículos existiriam todos os equipamentos necessários para o funcionamento de uma cidade comum: habitações, escritórios, setores comerciais, serviços públicos e privados.

Equipamentos extras como hospitais e unidades especiais poderiam ser agregados eventualmente.

As condições ambientais necessária à vida seriam criadas artificialmente em um ambiente totalmente controlado.

Cada unidade se locomoveria “andando” como um inseto e suas “patas ”, os braços formariam corredores extensíveis, que permitia a conexão em rede com todas as demais unidades e a comunicação com a água e com as cidades terrestres, fazendo a circulação de pessoas, bens matérias e informação.

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Plugin City Peter Cook em 1964 como reflexo das mudanças sociais, econômicas e tecnológicas que vinham ocorrendo desde os últimos anos da década de 1950.

A cidade moderna típica era considerada padronizante e inflexível, estática. A nova cultura de consumo pedia rápidas transformações e gerava a obsolescência de equipamentos, que deveriam ser trocados periodicamente por outros mais modernos e eficientes, acompanhando o rápido desenvolvimento tecnológico e ao mesmo tempo gerando demandas para a industria capitalista.

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Esse “nomadismo” era visto como a única forma de a cidade acompanhar as mudanças pelas quais estaria sujeita. Dessa maneira ela poderia, lentamente, “caminhar”, aumentando suas estruturas na direção desejada pelos seus habitantes – seja ela vertical ou horizontal. À medida que a cidade aumentasse, deveriam acompanhá-la os sistemas de transporte, principalmente por trens e aeronaves, que fariam ligações regionais, nacionais e internacionais.

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Control of Choice ; A cidade não era mais o espaço estátic entre arquiteturas, mas os acontecimentos que ocorriam neste espaço. Para os arquitetos da Archigram as ações das pessoas, ou melhor, a sucessão contínua das ações descreviam melhor um espaço do que desenhos, perspectivas ou fotografias retratando ruas e edifícios estáticos e imutáveis. O que mais importava para eles não era o que estava sempre lá, as paredes construídas que definem o interior porem o separarem do exterior. Essa conformação mais ou menos perene era simplesmente o cenário das atividades ou ‘momentos’ que expressava uma verdadeira cidade.

A cidade não era mais vista como arquitetura (hardware)e sim como pessoas e suas situações (software) (Jencks1973). O urbano era então feito de movimento, sons, pessoas, automóveis, intensidades de luz, comunicação, publicidade, mobiliário urbano,quaisquer eventos temporários que estão ao alcance dos sentidos e modificam nossa percepção do espaço. O tempo foi adicionado ao espaço de uma maneira totalmente nova, que viria ser discutida somente em tempos muito recentes, como na descrição de Spuybroek: “aprendemos que não devemos apreciar formas no espaço, mas

entender como elas desenvolvem-se no tempo, como elas obtêm coesão com o tempo” .

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A Arquitetura Utópica das Casas Futuro dos anos 60.

O arquiteto finlandês Matti Suuronen projetou as habitações em formato de Discos-Voadores em 1968, inicialmente destinadas a cabines de pistas de esqui, ou casas de férias, muito comuns no hemisfério norte.

Suuronen batizou a sua idéia visionária de “Casas Futuro”.

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A idéia por trás do projeto reflete o otimismo reinante nos anos 60, quando as pessoas acreditavam no poder da tecnologia para resolver todos os problemas.

De acordo com os ideais Utópicos da recém inaugurada Era Espacial, futuramente os cidadãos teriam aumento de lazer, que seria usufruído fora das residências.

Conseqüentemente, uma nova arquitetura deveria responder a este tipo de demanda, proporcionando moradias pequenas e de fácil manutenção.

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Anos 70 realidade das propostas. Montreal 1967 o grupo ARCOP (Affleck,Desbarats, Lebelsold, e Size) realizam dois grandes pavilhões temáticos , “ O homem Explorador” e “O homem Produtor”, a que se segue a construção de “le Habitat” de Moshe Safdie também em Montreal .

-A montagem de modelos estruturais pouco usuais (como os tetraedros de Guntis Plesums- Town frame)-A combinação de muitas funções num invólucro gigantesco.-A livre combinação de células residenciais unificadas.-A grande cobertura leve.

Para a exposição de OSAKA 70 Tange realiza uma grande cobertura suspensa abrigando objetos grandes e pequenos.

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Moshe Safdie – Tecido Residencial Continuo- (Le habitat) Montreal 1967.

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Cúpula geodésica sobre pavilhão norte americano arq.Buckmeinster Fuller

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Nos edifícios do cotidiano são mais difíceis estas concepções, porem temos o centro de comunicações Yamanishu (1967) de K.Tange em Tokio, o centro Pompidou de Piano, Roger, Franchini, (1970), em Londres Brunswick Center de Martin, Hodgkinson (1962)., uma montagem de invólucros de Kurosawa em Kaga kim, ou Makoto Watanabe em Tokio.

Os anos 70 , esta via de investigação encontra uma justa medida e uma materialidade arquitetônica quando e aplicada a grandes espaços como pode ser o Eaton Centre de Toronto de E. H. Zeidler, ou o Scarborough Center de A.Moriyama,

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