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Apresentação

A ADV Junior Consultoria Jurídica, Empresa Júnior de Direito da Universidade Federal da Bahia, foi

fundada em 2007, a partir do anseio dos estudantes para aplicar, de maneira prática, os conhecimentos

obtidos em sala de aula.

A empresa, durante seus dez anos de existência, sempre esteve atenta à sua responsabilidade jurídica

e social, buscando promover o empreendedorismo na área do Direito e aproximar seus clientes e parceiros

do mundo jurídico. Durante essa trajetória, muitas foram nossas conquistas, prova disso foi a criação da

LEJUD - Liga das Empresas Juniores de Direito - no ano de 2011, capitaneada pela ADV Junior.

Além disso, a empresa atuou em diversas iniciativas, como por exemplo: a elaboração e publicação do

Livro “Empresa Júnior, Aspectos Jurídicos, Políticos e Sociais”, no ano de 2012 e a participação no processo

de formulação e acompanhamento da Lei nº 13.267/16, que regulariza as Empresas Juniores no Brasil. É

evidente, portanto, a preocupação da ADV Junior em proporcionar retorno à sociedade, sobretudo ao meio

no qual se insere.

E foi reunindo toda a experiência e o conhecimento produzidos e adquiridos durante esses dez anos

de trajetória, a ADV Junior produziu este conteúdo sobre IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica.

Boa Leitura!

Os impostos

O Estado necessita de recursos para o

cumprimento de suas funções, previstas pela

Constituição Federal. Em grande parte, tais

recursos são obtidos por meio da tributação. O

Sistema de Tributação Nacional prevê que todos

devem contribuir para o custeio das despesas

públicas de acordo com a sua capacidade de

ajudar.

Nessa lógica surge a figura do imposto,

uma das formas do Estado de angariar recursos.

Deve-se o pagamento do imposto quando se

realiza um fato que indica riqueza, de acordo com

critérios previstos na legislação. Assim sendo,

quanto mais se demonstra prosperidade

financeira, maior se presume a capacidade

econômica de contribuir com o rateio, que deverá

ser gasto em prol de toda a coletividade, de

modo generalizado.

Uma das espécies de tributo é o “imposto

sobre a renda ou proventos de qualquer

natureza”, o famoso “Imposto De Renda”.

A renda pode ser identificada de diversas

maneiras, tais como: (I) através do recebimento

do salário, ou honorários por serviços prestados,

hipótese classificada como resultado do trabalho;

(II) através do recebimento de aluguel,

recebimento de royalties1, hipótese classificada

como resultado de capital; (III) ou em situações

em que se verifica o resultado de ambos, como

1Quantia que é paga por alguém ao proprietário pelo

direito de usar, explorar ou comercializar um produto, obra, terreno, etc.

no pró-labore2; (IV) por sua vez, o provento de

qualquer natureza engloba os outros ganhos que

não descritos anteriormente como

aposentadorias, pensões, ganhos em loteria, etc.

Importante:

O Imposto sobre a Renda não é uma

tributação sobre o patrimônio, mas sobre o

acréscimo patrimonial, isto é, sobre a riqueza

nova ser incorporada.

Quem são os contribuintes do

Imposto de Renda da Pessoa

Jurídica (“IRPJ”)?

De acordo com o Decreto 3000/99, que

regulamenta o Imposto de Renda, os

contribuintes são, dentre os quais:

1- As Pessoas Jurídicas de Direito Privado

domiciliadas no Brasil, não importando a

existência de finalidade lucrativa;

2- As Pessoas Jurídicas equiparadas, dentre

as quais:

2.1- As Sociedades de Conta em

Participação;

2.2- As Sociedades em comum (aquelas

sem ato constitutivo ou sem o registro do mesmo

no órgão competente);

2.3- As Empresas Individuais, que por sua

vez dividem-se em:

2Remuneração de sócios por atividades

administrativas, sendo opcional e diferente da distribuição de lucros ou dividendos.

2.3.1- Pessoas físicas que promoverem a

incorporação de prédios em condomínio ou

loteamento de terrenos, nos termos do Decreto

3000/99;

2.3.2- Pessoas físicas que, em nome

individual, explorem, habitual e

profissionalmente, qualquer atividade econômica

de natureza civil ou comercial, com o fim

especulativo de lucro, mediante venda a terceiros

de bens ou serviços, sendo equiparadas às

pessoas jurídicas.

Atenção para as exceções à equiparação:

Existem os casos de serviço intelectual científico,

como o prestado, individualmente, por

advogados, engenheiros, contadores, médicos, ou

outras que se assemelhem, bem como os

corretores, leiloeiros e despachantes, seus

prepostos e adjuntos. Nessas situações, o

profissional não será equiparado à pessoa

jurídica, não estando obrigado a pagar o IRPJ,

ainda que tenha exercido individualmente a

busca do lucro.

Por determinação Constitucional, alguns

entes são imunes ao pagamento do IRPJ, como:

1- Os Templos de Qualquer culto

(imunidade religiosa).

2- Instituições de Educação e de

Assistência Social, desde que cumpram

determinados requisitos elencados na Legislação,

como não remunerar, na maioria das hipóteses,

seus dirigentes pelos serviços prestados,

apresentar, anualmente, Declaração de

Rendimentos, em conformidade com o disposto

em ato da Secretaria da Receita Federal e manter

escrituração completa de suas receitas e despesas

em livros revestidos das formalidades que

assegurem a respectiva exatidão.

O Regulamento do IRPJ também elenca

alguns entes que serão beneficiados pela isenção

do imposto, tais quais:

Sociedades Beneficentes, Fundações,

Associações e Sindicato que prestem os serviços

para os quais houverem sido instituídas e os

coloquem à disposição do grupo de pessoas a que

se destinam, sem fins lucrativos.

Dentre os contribuintes do IRPJ, a Pessoa

Jurídica ou Pessoa Jurídica Equiparada

enquadrada como, microempresa ou empresa de

pequeno porte, poderá optar pela inscrição no

Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e

Contribuições das Microempresas e Empresas de

Pequeno Porte - SIMPLES, um sistema criado para

unificar o pagamento mensal unificado dos

impostos e contribuições federais, incluindo o

Imposto de renda devido pelas pessoas jurídicas.

O que é e qual é a base de

cálculo do IRPJ?

Na linguagem tributária, a base de cálculo

é a grandeza econômica sobre a qual se aplica a

alíquota (percentual) para calcular o valor a ser

pago a título de imposto. A depender das

características da Pessoa Jurídica ou Equiparada,

conforme será explicado, a base de cálculo

poderá ser o lucro real, o lucro presumido ou o

lucro arbitrado.

Lucro real: A base de cálculo a ser usada

resulta da diferença entre a receita bruta e as

despesas operacionais. Trata-se do lucro líquido,

ajustado pelas exclusões, adições ou

compensações permitidas por lei. Esta

modalidade é obrigatória para algumas Pessoas

Jurídicas, como bancos e cooperativas de crédito,

e opcional para as demais. Os contribuintes que

adotarem a sistemática do lucro real poderão,

ainda, optar pelo recolhimento por estimativa,

em que um valor mensal do imposto é recolhido

com base em um lucro estimado em lei. Ao fim

do exercício fiscal, procede-se o ajuste3.

Lucro presumido: O Lucro Presumido é

uma forma de tributação simplificada para

determinação da base de cálculo do Imposto de

Renda – IRPJ. O contribuinte não obrigado por Lei

a apurar o lucro real, pode optar por este sistema.

Estabelece-se uma presunção legal de lucro pela

empresa, representada por uma porcentagem de

sua receita bruta, durante o exercício fiscal.

Lucro arbitrado: Há casos em que, por

descumprimento de obrigações acessórias como

a não apresentação regular dos livros fiscais ou

comerciais, torna-se impossível a apuração do

Lucro Real ou Presumido. Nessas situações, o

Fisco arbitrará o lucro. O Lucro Arbitrado não

representa uma punição para a empresa, mas

uma forma de o Estado exigir o tributo quando

ela não atende às condições para determinar a

3Sabbag, Eduardo de Moraes – Direito Tributário

Essencial - 3. ed, rev., atual e ampl. - Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, pág. 232

base de cálculo pelo Lucro Real, Lucro Presumido

ou Simples. Nessas situações, o Fisco arbitrará o

lucro. Cumpre ressaltar que os percentuais de

lucro utilizados na determinação do cálculo do

montante devido, na metodologia do lucro

arbitrado, são bem superiores aos utilizados na

sistemática do Lucro Presumido.

Vejamos um exemplo hipotético:

Tributação da Dentista Autônoma:

Suponhamos que o faturamento mensal da

dentista X, que não constituiu Pessoa Jurídica e

presta serviços de forma autônoma, seja de R$

30.000,00 (trinta mil reais). Consideremos,

também, que ela, aproveitando a permissão legal,

deduza despesas mensais com folha de

pagamento, aluguel, conta de energia, água e

telefone, relacionadas ao exercício de sua

profissão, no montante de R$ 3.000,00 (três mil

reais):

X, ao final de um ano, terá pagado, a título

de Imposto de Renda da Pessoa Física – IRPF: 12

(meses) x R$ 6.555,64 = R$ 78.667,68 (setenta e

oito mil e seiscentos e sessenta e sete reais e

sessenta e oito centavos).

Tributação de Dentistas e Consultórios

Odontológicos como Pessoa Jurídica:

Suponhamos agora, que a dentista X tenha

contratado os serviços de consultoria jurídica e

tenha constituído uma Pessoa Jurídica, passando

a submeter-se, portanto, ao IRPJ. Considerando o

mesmo faturamento mensal de R$ 30.000,00

(trinta mil reais), tem-se:

Cálculo adicional

Ao final do ano, X terá pagado, a título de tributo,

o montante de R$ 29.280,00 (vinte e nove mil e

duzentos e oitenta centavos).

Assim, por conta da criteriosa redução da carga

tributária realizada, X, economizará, anualmente,

o valor de R$ 47.387.68 (quarenta e sete mil e

trezentos e oitenta e sete reais e sessenta e oito

centavos). Sensível vantagem.

A importância da assessoria

tributária

Segundo dados da Secretaria da Receita

Federal, a Carga Tributária Bruta no ano de 2015

foi de 32,66% do PIB nacional.4 Diante do nítido

inchaço da máquina administrativa brasileira,

agravado pela excessiva burocratização, desvio e

má utilização dos recursos públicos, a elevação da

astronômica carga tributária, infelizmente,

afirma-se como tendência permanente para a

garantia da continuidade dos serviços do Estado.

É imprescindível o planejamento

tributário criterioso, precedido da análise do

perfil e da saúde fiscal, para as empresas que

desejam economizar com a redução da carga

tributária, dentro da legalidade e conforme os

preceitos Constitucionais.

Dentre as inúmeras possibilidades lícitas a

serem indicadas pela assessoria tributária está de

propor a adoção da sistemática do Lucro Real por

empresas que estejam com pequena margem de

lucro ou prejuízo, e a de propor a adoção do

Lucro Presumido por empresas altamente

lucrativas, não impedidas por lei, resultando em

montantes elevadíssimos a título de economia

fiscal.

É necessário ressaltar que o Sistema

Tributário Nacional possui leis exigentes e

complexas, dificultando bastante a vida do

4http://idg.receita.fazenda.gov.br/dados/receitadata/e

studos-e-tributarios-e-aduaneiros/estudos-e-

estatisticas/carga-tributaria-no-brasil/ctb-2015.pd

empresário que não conta com apoio de

excelência para assumir a linha de frente na

Assessoria e Planejamento Tributário. Assim

sendo, recomenda-se atenção especial não só ao

Imposto de Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ, mas a

todos os tributos embutidos e repassados

durante a atividade empresarial, que irão definir

as margens de lucratividade do seu negócio.

Conclusão

Por fim, diante de tudo exposto, a ADV

Junior espera ter ajudado no esclarecimento

sobre a declaração do imposto de renda da

Pessoa Jurídica e na compreensão da importância

de um acompanhamento jurídico contínuo.

Disponibilizamo-nos para eventuais dúvidas.

Contato:

Site: www.advjunior.com E-mail: contato@advjunior.com

Facebook: ADV Junior Consultoria Jurídica Instagram: @advjunior_

Redação: Rodrigo de Amorim

Suporte: Camila Xavier Henrique Piton Leonardo Cirne Mariana Dourado Mateus Batista

Diretoria Executiva: Maria Lemos Presidente Esaú Muniz Diretor Vice-Presidente Alana Souza Diretora Administrativo-Financeira Gabriel Cavalcanti Diretor de Gestão de Pessoas Camila Xavier Diretora de Marketing Ully Costa Diretora de Projetos

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