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André Mendes MoreiraDoutorando em Direito Econômico e Financeiro

na USPMestre em Direito Tributário pela UFMG

Professor dos Cursos de Graduação e Especialização em Direito Tributário das

Faculdades Milton CamposAdvogado

Definição civilista:

“Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.”

“Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.”

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A regra do Código Tributário Nacional:

"Art. 124. São solidariamente obrigadas:I – as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal;II – as pessoas expressamente designadas por lei.Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.”

 

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O “interesse comum” definido pelo STJ:"Conquanto a expressão 'interesse comum' encarte um conceito indeterminado, é mister proceder-se a uma interpretação sistemática das normas tributárias, de modo a alcançar a ratio essendi do referido dispositivo legal. Nesse diapasão, tem-se que o interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal implica que as pessoas solidariamente obrigadas sejam sujeitos da relação jurídica que deu azo à ocorrência do fato imponível. Isto porque feriria a lógica jurídico-tributária a integração no pólo passivo da relação jurídica, de alguém que não tenha tido qualquer participação na ocorrência do fato gerador da obrigação.“ (EREsp 1.001.450/RS, j. 11.03.2008)

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Se o pagamento for efetuado por um dos obrigados, os demais se aproveitam;

Se houver concessão de isenção ou remissão do crédito tributário, todos os obrigados são desonerados (salvo se a isenção ou remissão for concedida em caráter personalíssimo – hipótese em que os demais continuam responsáveis pelo saldo);

Se houver interrupção da prescrição, a favor ou contra um dos obrigados, todos os demais são favorecidos ou prejudicados.

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CTN:“Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual."

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Alcance, segundo o STJ: principal + juros + multas. Fundamentos (REsp 1.017.186/SC): art. 129 c/c art. 139

c/c art. 113, §1º:"Art. 129. O disposto nesta Seção aplica-se por igual aos créditos tributários definitivamente constituídos ou em curso de constituição à data dos atos nela referidos, e aos constituídos posteriormente aos mesmos atos, desde que relativos a obrigações tributárias surgidas até a referida data.““Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta.”“Art. 113, §1º. A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.”

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"Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelado sou curatelados;III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;(...)VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.”Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório."

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Responsabilidade subsidiária, não solidária (caput do art. 134);

Limites objetivos da transferência de responsabilidade:(a) sócios somente respondem pelos tributos relativos aos atos em que intervierem ou às omissões de que foram responsáveis;(b) apenas as multas de mora são transferidas ao sucessor (in casu, ao sócio, após liquidação da sociedade de pessoas)

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SOCIEDADE DE CAPITALX

SOCIEDADE DE PESSOAS

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Código Tributário Nacional:"Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:I - as pessoas referidas no artigo anterior;II - os mandatários, prepostos e empregados;III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado."

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Responsabilidade pessoal : (a) definição (exclusiva ou solidária com a sociedade?);(b) limite: (b.1) tipos de penalidade; (b.2) responsabilidade integral ou proporcional às cotas do capital social?

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Pressupostos para aplicação do art. 135, III:(a) atuação dolosa do administrador;(b) violação à lei ou ao estatuto / contrato social (atuação com excesso de poderes); (c) lesão ao Fisco.

Hipóteses:(a) o mero não-pagamento de tributo;(b) dissolução irregular de sociedade;

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A práxis: da lavratura do auto de infração ao aforamento do executivo fiscal;

O posicionamento do STJ (EREsp 702.232/RS, j. 26. 09.2005): presunção de liquidez e certeza da CDA.

Responsabilidade tributária do administrador: quo vadis?

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