aprendizagem colaborativa suportada por computador
Post on 31-Dec-2015
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Aprendizagem Colaborativa Suportada por Computador
Carlos Gabriel Santos Nunes
RESUMO: A inserção das TICS (Tecnologias de Informação e Comunicação) exerce um
grande papel, de forma didática, na formação cognitiva dos aprendizes e da comunidade
acadêmica. A Aprendizagem Colaborativa engloba a união das partes, professores e alunos,
no objetivo de trabalhar na interação entre cada um dos componentes, correlacionando entre o
estado de emissor e o estado receptor. Atento a possibilidade de um suporte que gere maior
interação no processo de ensino-aprendizagem, destaca-se a utilização de ferramentas
tecnológicas, como ambientes virtuais, para dar suportar e facilitar nos processos e as
dinâmicas em grupo. Este artigo tem como cunho apresentar a característica da CSCL
aplicadas como suporte ao desenvolvimento cognitivo e no planejamento de estratégias
pedagógicas de interação.
Palavras-chave: TICS, Ambientes virtuais, Aprendizagem colaborativa, CSCL.
INTRODUÇÃO
A comunicação sofreu grandes mudanças na sua forma de serem transmitidos, novos meios de
comunicação em massa trouxeram melhorias na disseminação da informação. Meios esses
que mudaram a forma de se interagir transformaram-se em um fator indispensável na
sociedade globalizada. O fluxo de informação tende-se a cada vez mais crescer e com isso
mudar o processo de ensino adotado na Educação. Na sala de aula o professor passa a não ser
mais o detentor da informação. A disponibilidade da informação é rápida e acessível, a forma
como os livros e documentos são digitalizados e transmitidos pela Internet demonstra isso.
Com o surgimento da Internet e a popularização dos computadores propuseram um grande
avanço e transformação na sociedade. A forma como a sociedade interage com as novas
culturas, como definido por Pierre Lèvy por Cibercultura, é uma realidade e deve ser
transportada ao contexto educacional.
Aprendizagem colaborativa tem como base a construção coletiva do conhecimento, onde os
participantes trabalham juntamente para alcançar um conhecimento compartilhado (TORRES,
2004). Cada participante possui o papel de emissor/receptor onde um busca ajudar a atingir o
objetivo. “A rede colaborativa de aprendizagem permite que cada participante possa expressar
suas ideias, defendê-las e redefini-las... o que contribui para a construção do conhecimento”
(NUNES, 2000, p.2). Com isso as possibilidades de inserção de novos recursos, em ambientes
de aprendizagem colaborativa, e de formas de utilização dos mesmos, levam professores e
alunos a reavaliarem seus papéis e a promoverem novas relações de interações. A afetividade
é fundamental no processo colaborativo, pois traz liberdade ao aluno em interagir com o
problema propondo sua opinião ao grupo. Assim o desenvolvimento cognitivo não acontece
sozinho, ele ocorre por meio da interatividade social.
A criação de ambientes colaborativos aliados às novas tecnológicas procura modos de
aprimorar a antiga modalidade de ensino, tornando possível trabalhar efetivamente a
construção do conhecimento, criando condições favoráveis para a construção do ensino e da
aprendizagem. Tais condições são demostradas nos recursos oferecidos pela tecnologia, o uso
das redes sociais é um grande exemplo, dentre outras meios de comunicação gerados na
internet. As redes sócias descontroem as barreiras de tempo e espaço, a comunicação não
passa a ser somente síncrona, e sim assíncrona entres pares de usuário ou entre grupos. Esse
cenário traz possibilidades de usar a comunicação on-line em ambientes de ensino-
aprendizagem colaborativos. A escola ou universidades, não passam mais a serem somente o
local de encontro de professores e alunos.
É necessário que o professor procure analisar criticamente as vantagens e desvantagens de
cada ferramenta pedagógica disponibilizadas pelas TICS, especialmente se ele já está
comprometido com a aprendizagem construcionista e encontra-se consciente de que o ensino
baseado na informação unilateral, o instrucional, tornou-se obsoleto. Convém lembrar que do
profeto organizado pelo professor, da metodologia utilizada e do direcionamento pedagógico
dado ao curso com o auxilio da tecnologia, porque tal tecnologia por si só, não garantirá a
inovação nem a qualidade de ensino.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BASQUERO, R. Vygotsky e a aprendizagem escolar. Porto Alegre: ArtMed, 1998.
XAVIER, Antonio Carlos. Hipertexto na sociedade da informação. A constituição de um
modo de enunciação digital. Campinas: Tese de doutorado inédita, 2002.
SANTOS, Edméa Oliveira dos. Ambientes de Aprendizagem: por autorias livres, plurais e
gratuitas. Disponível em: < http://www.comunidadesvirtuais.pro.br/hipertexto/home/ava.pdf>.
Acesso em: 6 de Dezembro de 2013.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. 2. ed São Paulo, SP: Ed. 34, 2008. 260 p. (Tran) ISBN
8573261269.
LÉVY, Pierre; NEVES, Paulo (Trad.). O que e virtual. 2. ed. São Paulo: Ed. 34, 2011. 157 p.
(Trans) ISBN 9788573260366
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