apostila desenho técnico ifnmg
Post on 13-Oct-2015
61 Views
Preview:
TRANSCRIPT
Instituto Federal de Educao, Cincias e Tecnologia do Norte de Mimas Gerais Campus Montes Claros
Instituto Federal do Norte de Minas Gerais
DESENHO
TCNICO
Curso: Tcnico em Segurana do Trabalho
Prof.: Geraldo Vigas Vargas
1- OBJETIVOS
Promover o desenvolvimento dos conhecimentos, habilidades e atitudes necessrias compreenso e percepo da prtica do desenho tcnico
Levar o estudante a entender e adquirir os conceitos fundamentais de desenho
Elaborar desenhos aplicando as normas tcnicas em sua atividade profissional
2- NOES GERAIS DO DESENHO TCNICO
2.1-O desenho como forma de expresso
A comunicao do desenho foi evoluindo ao longo da histria dando origem a duas formas de desenho: um o desenho artstico, que pretende comunicar idias e sensaes, estimulando a imaginao do espectador; e o outro o desenho tcnico, que tem por finalidade a representao dos objetos o mais prximo possvel, em formas e dimenses.
Em arquitetura, o desenho a principal forma de expresso, pois atravs dele que o arquiteto exterioriza as suas criaes e solues, representando o seu projeto, seja ele de um mvel, uma casa ou uma cidade.
2.2-O desenho tcnico
O desenho comeou a ser usado como meio preferencial de representao do projeto arquitetnico a partir do Renascimento, quando as representaes tcnicas foram iniciadas nos trabalhos de Leonardo da Vinci. Um dos grandes avanos em desenho tcnico se deu com a geometria descritiva de Gaspar Monge (1746-1818), que pesquisou e apresentou um mtodo de representao das superfcies tridimensionais dos objetos sobre a superfcie bidimensional. A geometria mongeana, como tambm conhecida, embasa a tcnica do desenho at os dias atuais.
Com a Revoluo Industrial, os projetos das mquinas passaram a necessitar de maior rigor e os diversos projetistas necessitaram de um meio comum para se comunicar.
Desta forma, instituram-se a partir do sculo XIX as primeiras normas tcnicas de representao grfica de projetos. Hoje, a normalizao est mais avanada e amadurecida.
2.3-Definio de desenho tcnico
uma forma de expresso grfica que tem como finalidade a representao de forma, dimenso e posio de objetos de acordo com as diferentes necessidades requeridas pelas diversas modalidades de engenharia e tambm arquitetura.
2.4-Tipos de desenho tcnico
Desenho projetivo: so os desenhos resultantes de projees do objeto em um ou mais planos de projeo e correspondem s vistas ortogrficas e as perspectivas.
Desenho no-projetivo: desenhos resultantes de clculos algbricos e compreendem os desenhos de grficos, fluxogramas, diagramas, etc.
O desenho projetivo utilizado em todas as modalidades da engenharia e da arquitetura. Pelas diferentes modalidades, o desenho projetivo aparece com vrios nomes que correspondem a alguma utilizao especfica: desenho mecnico, de mquinas, de estruturas, arquitetnico, eltrico/eletrnico, de tubulaes, etc.
2.5-Planos de projeo
A execuo e a interpretao da linguagem grfica do desenho tcnico exigem treinamento especfico, porque so utilizadas figuras planas (bidimensionais) para representar formas espaciais.
Podemos ter a figura simples de um quadrado
utilizando os eixos horizontal e vertical. Este quadrado
pode ser tambm a representao de um cubo.
Para interpretar um desenho tcnico necessrio enxergar o que no visvel. Viso espacial a capacidade de entender uma forma espacial a partir de uma figura plana.
Podemos representar melhor algumas figuras usando o plano de projeo: o plano sobre o qual se projeta uma figura.
Plano horizontal de projeo o plano onde incidem os raios projetantes verticais, neste plano aparece a projeo horizontal do objeto, que tambm chamada de vista superior.
Plano vertical de projeo o plano onde incidem os raios projetantes horizontais, neste plano aparece a projeo vertical do objeto, que tambm chamada de vista frontal.
2.6-Formas de elaborao e apresentao do desenho tcnico
Manualmente: atravs de equipamentos e instrumentos manuais adequados
Informticamente: atravs do computador e programas especficos (AutoCad, CAD, CAD Design, CAD Map)
2.7-Equipamentos de desenho
No desenho tcnico manual temos vrios equipamentos: caneta nanquim, lpis, compasso, borracha, rgua, escalmetro, rgua T, esquadros, transferidor, normgrafo e a prancheta.
No desenho computacional temos como equipamentos: computador, impressora, plotter e software especfico.
2.8-Normas Tcnicas
O desenho tcnico em qualquer uma das formas deve ser padronizado por meio de normas tcnicas, seguidas e respeitadas internacionalmente.
No Brasil as normas so aprovadas e editadas pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT, fundada em 1940.
Para favorecer o desenvolvimento da padronizao internacional e facilitar o intercmbio de produtos e servios entre as naes, os rgos responsveis pela normalizao em cada pas, reunidos em Londres, criaram em 1947 a Organizao Internacional de Normalizao (International Organization for Standardization ISO).
Quando uma norma tcnica proposta por qualquer pas membro aprovada por todos os pases que compem a ISSO, essa norma organizada e editada como norma internacional.
As normas tcnicas que regulam o desenho tcnico so normas editadas pela ABNT, registradas pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial) como normas brasileiras NBR e esto em consonncia com as normas internacionais aprovadas pela ISO.
2.9-Normas de desenho tcnico
NBR 10647 Desenho Tcnico Norma Geral
NBR 10068 Folha de desenho Lay-out e dimenses
NBR 10067 Princpios Gerais de representao em desenho tcnico
NBR 10126 Cotagem em desenho tcnico
NBR 13142 Desenho Tcnico Dobramento de cpias
NBR 8402 Execuo de caracteres para escrita em desenho tcnico
NBR 8403 Aplicao da linha em desenhos
NBR 8196 Desenho Tcnico Emprego de escalas
NBR 6492 Representao de projetos de arquitetura
NBR 12298 Representao de rea de corte
2.10-Linhas
EspessurasLinha grossa
Pena 0,6 ou 0,7 ________
Linha mdia
Pena 0,4 ou 0,5 _________
Linha fina
Pena 0,2 ou 0,3 _________
TiposLinha visvel _________
Linha invisvel - - - - - - - -
Linha de eixo -.-.-.-.-.-.-.-
2.11-Folhas de desenho
A medida padro o formato A-0 que possui exatamente 1 m.
2.12-Margem e quadro
Formatorea
(m)MargemComprim.
da legendaLargura
da linha
EsquerdaDireita
A01,02510175
1,4
A10,50101751,0
A20,2571780,7
A30,12571780,5
A40,062571780,5
Obs.: 1-A ISO 5457 estabelece margens mais adequadas:
A0 e A1: mnimo = 20 mm e para A2, A3 e A4: mnimo = 10 mm
2- A ISO 7200 estabelece o comprimento mximo das legendas = 170 mm
3- As medidas da margem direita igual s da margem superior e inferior.
2.13- Apresentao do desenho
EMBED Slide do Microsoft PowerPoint 2.14-Dobramento das folhas
As normas da ABNT (NBR 13142) DOBRAMENTO DE CPIA: recomendam procedimentos para que as cpias sejam dobradas de forma que estas fiquem com dimenses, aps dobradas, similares as dimenses de folhas tamanho A4.
Temos outro tipo de dobra para o formato A2, amplamente aceito e utilizado, pois dobra menos a folha:
2.15-Letras e algarismos
Note que alm das letras de talhe vertical, so permitidas letras inclinadas de 75 e at 60 (itlico), mas deve ser utilizado apenas um tipo de caracteres no mesmo desenho.
As letras maisculas so preferidas s minsculas, j que so mais fceis de ler em cpias de desenho de tamanho reduzido, embora estas ltimas sejam utilizadas quando fizerem parte de um smbolo ou de uma abreviao.
Os espaos em torno dos caracteres so importantes para assegurar que no ocorra aglomerao durante a reproduo. Todos os traos componentes devem ser pretos e de densidade constante.
As notas no devem ser sublinhadas j que isso prejudica a legibilidade, mas quando os dados forem tabelados, as letras e algarismos devero ser mantidos a uma certa distncia das linhas de espaamento.
Deve-se atentar s Normas (NBR 8402) quanto ao tamanho das letras e caracteres, sendo que a tabela abaixo fornece recomendaes para as dimenses mnimas relativas a folhas de desenho:
Altura nominal para X ( mm )
2,02,53,55,07,010,014,0
Modelo de letras tcnicas:
2.16-Legendas
A legenda uma zona, que contm um ou mais campos, delimitada por um retngulo. Localiza-se, normalmente, no canto inferior direito da folha de desenho, e contm a informao relativa ao desenho, como a identificao dos projetistas/desenhistas, da empresa proprietria, o nome do projeto, escala, data e outros.
A norma internacional ISO 7200:1984 define apenas as dimenses mximas de legenda e a informao obrigatria e facultativa que esta deve incluir.
A zona de identificao deve ser delimitada por trao contnuo grosso, da mesma espessura de linha utilizada para moldura e deve conter, obrigatoriamente, a seguinte informao:
a) Nmero de registro ou de identificao do desenho.
b) Ttulo de desenho.
c) Nome da empresa proprietria do desenho. Pode tambm ser uma
abreviatura ou o logotipo.
Podemos ter a zona de informao adicional que pode ser subdividida em informao indicativa, tcnica e administrativa.
2.17- Exerccios:
1) Desenhe as margens do formato A4, no modelo retrato, com espessura da linha de 0,7 mm, com legenda de 48 mm de altura e os seguintes detalhes: ttulo do desenho: DESENHO TCNICO; autor: nome completo do aluno; turma: ...;data: ...;folha: ....; escala: ...; empresa: Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Norte de Minas Gerais Campus Montes Claros.
2) Desenhe no formato A4, um retngulo de 12,0 cm por 6,0 cm; escreva no centro do retngulo: refeitrio, na linha abaixo do refeitrio, as medidas: 12 m x 6 m e abaixo do retngulo o ttulo: planta baixa (sublinhado). Faa outro retngulo (tabela de 6 linhas por 2 colunas), acima deste com o ttulo: simbologia e dentro da tabela, na 1 coluna: Risco, mecnico, qumico, ergonmico, fsico e biolgico, na 2 coluna: Cor, azul, vermelho, amarelo, verde e marrom.
3) Refaa o desenho abaixo, medindo 8 x 16 cm, com linha grossa e fina:
2.18 -Unidades de medidas e suas transformaes
importante fazermos uma pequena reviso nas unidades de medidas e as transformaes para relembrar matria do ginasial. Podemos fazer uma tabela com as unidades de medida:
quilmetrohectmetrodecmetrometrodecmetrocentmetromilmetro
kmhmdammdmcmmm
1101001.00010.000100.0001.000.000
0,0010,010,1 1101001000
1/10001/1001/10metrox 10x 100x 1000
0,005470,05470,5475,4754,75475470
0,03650,3653,6536,5365365036500
4,8848,84884.88048.800488.0004.880.000
multiplicar dividir
1) Transforme todas as medidas, conforme se pede:
cmmmm
84,53 mm0,079 m0,079 km
734,3 hm734,3 hm734,3 hm
21,555 km21,555 km21,555 km
82 m82 m82 cm
0,0045 dam0,0045 dam0,0045 dam
0,0123 m0,0123 m0,0123 mm
1,0305 km1,0305 km1,0305 km
699 mm699 cm699 cm
0,87 dm0,87 dm0,87 dam
1,05 m84,53 mm84,53 dm
0,0002 km0,0002 km0,0002 km
8865 mm88,65 dm8865 mm
4,033 m4,033 m403,3 mm
3,5 km3,5 km3,5 km
3- Escalas
Normalmente, no desenho tcnico, a representao grfica no poder ser do tamanho real do objeto que iremos representar, sendo necessrio utilizarmos o recurso da proporo em escala daquilo que vamos construir. A escala a relao entre o tamanho real e o tamanho da representao do desenho. As escalas podem ser de ampliao ou de reduo.
ESCALA = Dimenses do Objeto Desenhado
Dimenses do Objeto Real
As escalas usuais so:
1:20; 1:25; 1:50; 1:75; 1:100; 1:200; 1:500; 1:1000; 1:5; 2:1; 5:1; 10:1
Vamos analisar algumas escalas:
1:100 1 cm = 100 cm 1 cm = 1 metro (o desenho estar 100 vezes menor que a verdadeira dimenso)
1:50 1 cm = 50 cm 1 cm = 0,50 metro 2 cm = 1 metro
1:500 1 cm = 500 cm 1 cm = 5 metros
5:1 5 cm = 1 cm
10:1 10cm = 1 cm
As escalas menores so usadas em detalhamento de um modo geral.
As escalas intermedirias so usadas em planta, corte e fachada.
As escalas maiores so usadas em topografia, localizao, urbanismo, paisagismo e zoneamento.
As escalas de ampliao so utilizadas normalmente em desenhos mecnicos para detalhamento de peas pequenas.
Estas escalas que vimos acima so chamadas de escalas numricas e temos tambm as escalas grficas que a representao atravs de um grfico proporcional escala utilizada e o clculo igual ao da escala numrica.
importante no confundir que a escala pode representar a proporo de qualquer medida, assim sendo na escala 1:100 temos:
1 cm = 100 cm ou 1 metro = 100 metros ou 1 mm = 100 mm ou
1 km = 100 km.
3.1-Exerccios:
1) Uma casa mede 12 metros por 18 metros. Na escala 1:100 qual ser a medida do desenho de contorno desta casa?
2) Um galpo mede 30 metros por 40 metros. Qual ser a medida do desenho na escala 1:200 ?
3) E este mesmo galpo na escala 1:500, ter qual medida?
4) A seo transversal de uma avenida de 12,0 metros. Qual a sua dimenso num projeto que foi desenhado na escala 1:50 ?
5) Num projeto de arquitetura foi desenhado o detalhe de uma janela de correr na escala 1:20, com largura de 14,0 cm por 6,0 cm de altura. Qual a verdadeira medida da janela.
6) E se esta janela fosse desenhada na escala 1:25 com 8,0 cm de largura por 6,0 cm de altura, qual seria a sua verdadeira medida?
7) A medida recomendvel de um banheiro social de 1,50 por 3,00 metros. Num desenho feito na escala 1:25, qual ser essa medida?
8) A medida recomendvel de um quarto de casal de 3,00 por 4,00 metros. Num desenho feito na escala 1:20, qual ser essas medidas?
9) Uma fazenda retangular possui 6,4 km de largura por 9 km de comprimento. Num desenho feito na escala 1:10.000, qual ser essas medidas?
10) Um stio mede 80 metros por 150 metros. Num desenho na escala 1:500, qual ser essas medidas?
11) Uma pea retangular foi desenhada com 18 cm por 10 cm. Sabendo-se que este desenho foi feito na escala 5:1, qual a medida real desta pea?
12) Vamos desenhar a planta de situao de uma casa no formato A4. A casa mede 10,50 metros por 15,0 metros. Qual a melhor escala para desenharmos esta planta de situao no A4 ?
4- Cotagem
Alm de mostrar a forma da pea a ser construda devemos tambm colocar todas as medidas necessrias para a sua construo.
A cotagem deve ser feita de forma racional, isto , colocar as medidas que so realmente necessrias para que o desenho fique limpo e claro para quem for l-lo.
Deve-se tomar cuidado para sempre usarem as mesmas unidades de medida. Podem-se informar as unidades do desenho atravs de uma nota de desenho.
5- Mapa de Risco
6- HACHURAS / SMBOLOS / CONVENES
Hachuras so linhas ou figuras que representam tipos de materiais em reas de corte em desenhos tcnicos. Devem ser traadas com traos finos e devem estar inclinadas a 45 em relao s linhas principais de contorno do desenho ou eixos de simetria.
Em alguns casos as hachuras podem ser utilizadas para indicao do tipo de material conforme os exemplos abaixo:
Exemplo de tipo de hachura:
Exemplo de uso de traos:
7- PLANTA BAIXA E CORTE:
A apresentao de uma edificao feita pela planta baixa e complementada geralmente pela fachada e corte.
A planta baixa o desenho onde so indicadas as dimenses horizontais, sendo representada com o corte no sentido horizontal normalmente a uma altura mdia de 1,25 m (entre 1,20 a 1,50 m) a partir do piso. Assim praticamente todos os vos de portas e janelas so representados. O sentido de observao sempre em direo ao piso (de cima para baixo) e tudo que cortado por este plano deve ser desenhado por linhas grossas e escuras (grossas) e o que est desenhado abaixo deve ser desenhado com linhas mdias (finas e escuras) e se tivermos algum elemento mais alto que a altura de corte, ento representamos este elemento por uma linha pontilhada.
Dos desenhos de uma casa a planta baixa a mais til e fcil de
entender, pois de fcil interpretao, parecida com um lay-out.
A planta baixa fornece uma srie de informaes sobre os objetivos e utilizao das diversas reas do prdio.
Para o nosso curso o foco aprender a interpretar plantas, desenhos e croquis de uma organizao tendo como foco os diversos ambientes de trabalho.
Vejamos abaixo um modelo de planta baixa:
O corte indica as dimenses verticais e tem como objetivo mostrar detalhes. Ento deve ser escolhida a melhor posio para o corte de forma que mostre os detalhes mais importantes. Normalmente o corte passa pelo banheiro, escadas e cozinha para mostrar diversos detalhes. O sentido de observao (transversal ou longit.) depende do interesse de visualizao.
Exerccio: Desenhe a planta da casa abaixo na escala 1:50
8- Smbolos grficos da planta baixa:
Parede: Linha grossa onde cortada e linha fina quando no cortada.
Portas de abrir e de correr:
Janelas:
Desenhe a planta baixo da casa sem desenhar o terreno, na escala 1:50
9- ACESSIBILIDADE FSICA:
Cadeira de rodas:
Tamanho: Largura = 70 cm; Comprimento = 110 cm; Altura = 95 cm
rea de manobra:
Giro de 180: 120 cm x 150 cm
Giro de 360: 150 cm x 150 cm
Concluso: A largura mnima de qualquer porta de acesso deve ser de
80 cm e a largura de qualquer corredor devem ser de 120 cm.
Obs.: A largura da porta de 80 cm atende tambm a bengala, muletas e
co guia, porm para o andador com rodas (85 cm) a porta dever ter a largura mnima de 90 cm.
Rampas:
Na construo de uma rampa, quanto maior for a altura do desnvel a ser vencido, maior ter de ser o seu comprimento.
um engano comum pensar em inclinar a rea de uma escada para se fazer uma rampa. Ficaria muito ngrime e deslizante comprometendo a segurana do usurio.
A largura mnima deve ser de 120 cm, ter piso ttil com 30 cm de largura no incio e no final da rampa, patamar (120 cm) e corrimo.
Tabela da ABNT para dimensionamento de rampas:
Inclinao admissvel
de cada segmento de
rampa (i)Desnveis mximos
de cada segmento
de rampa (d) Nmero mx.
de segmentos
de rampaComprimento
mximo de cada
seg. de rampa (c)
5,00 %150 cm30,00 metros
6,25 %100 cm1416,00 metros
120 cm1219,20 metros
8,33 %90 cm1010,80 metros
10,00 %27 cm08 2,74 metros
50 cm06 5,00 metros
75 cm04 7,50 metros
12,50 %18 cm01 1,46 metros
Obs.: Admite-se um desnvel na soleira da porta de no mximo 1,5 cm,
sem quina (rampa a 45)
Clculo do comprimento mnimo necessrio para a rampa:
c = d x 100
ic = comprimento da rampa em centmetros
d = altura a vencer em centmetros
i = inclinao da rampa em porcentagem
OBS.: Se usarmos o desnvel em metros, o comprimento da rampa ser
em metros tambm.
Exemplos: 1) Calcule o comprimento de uma rampa para vencer um desnvel de 17 cm.
c = d x 100 c = 17 x 100 c = 1700 c = 136 cm
i 12,5 12,5
2) Calcule o comprimento de uma rampa com desnvel de 50 cm para vencer.
c = d x 100 c = 50 x 100 c = 5000 c = 500 cm = 5 m
i 10 10
c = d x 100 c = 0,50 x 100 c = 50 c = 5 metros
i 10 10
3) Calcule o comprimento de uma rampa com desnvel de 1,50 m para vencer.
c = d x 100 c = 1,50 x 100 c = 150 c = 30 metros
i 5 5
4) Calcule o comprimento de uma rampa com desnvel de 1,25 m para vencer.
c = d x 100 c = 1,25 x 100 c = 125 c = 20 m
i 6,25 6,25
Corrimos:
Devem ser instalados corrimos duplos nas alturas de 0,70 m e 0,92 m do piso, de seo circular entre 3,0 e 4,5 cm afastados da parede 4,0 cm, de ambos os lados da rampa e ser firmemente fixados. Os corrimos laterais devem ser contnuos e prolongar-se 0,30 m antes do incio e depois do trmino da rampa. No incio e trmino das rampas, o piso deve ter tratamento diferenciado para orientao das pessoas portadoras de deficincias visuais (piso ttil).
Escadas:
Frmula: 2 h + p = 64 cm ; onde h = altura do degrau e p = piso
Observou-se, na prtica, uma dimenso considerada tima, em termos de ergonomia, compreendida pelos intervalos:
17 espelho 18
25 piso 30
Exemplo: 1) Para uma escada de piso = 30 cm, qual a altura do espelho?
2 h + p = 64 h = 64 p h = 64 30 h = 34 h = 17 cm
2 2 2
2) Para uma escada de espelho = 18 cm, qual o tamanho do piso?
2 h + p = 64 p = 64 2h p = 64 2.18 p = 64 36 p = 28 cm
OBS.: Na frmula h uma tolerncia entre 62 e 64 cm, ou seja:
62 ( 2 h + p ) 64 frmula emprica criada por Blondell
Clculo de uma escada:
Com a diviso da altura total da edificao pela altura do espelho, temos o nmero total de degraus. A altura do piso at o fundo da laje chamada de p-direito, ento devemos acrescentar a espessura da laje para termos a altura da edificao.
Por exemplo, considerando: p-direito= 2,70 m e espessura da laje= 0,15 m
Temos: 2,70 m + 0,15 m = 2,85 m (altura total)
2,85 m : 0,18 m (mximo permitido para h) = 15,83 (arredondar SEMPRE para mais) = 16 degraus
Logo: 2,85 m : 16 degraus = 0,178 m (NUNCA arredondar) = h (espelho)
Exerccios: 1) Calcule o nmero de degraus e a altura do espelho para um
sobrado que tem p-direito = 2,90 m e espessura da laje = 0,16 m ?
2) Calcule o nmero de degraus e a altura do espelho para um sobrado que tem p-direito = 3 m e espessura da laje = 0,15 m ?
3) Calcule o nmero de degraus e a altura do espelho para um sobrado que tem p-direito = 3,25 m e espessura da laje = 15 cm ?
Largura das escadas:
A largura das escadas varia de acordo com a destinao e situao, onde cada municpio estabelece as larguras mnimas.
Normalmente podemos considerar:
80 cm escadas secundrias
100 cm escadas residenciais
120 cm escadas de habitaes coletivas, escritrios, escolas, etc
180 cm escadas de casas de espetculos
Patamar e corrimo:
Sempre que uma escada tem mais de 20 degraus aconselhvel a colocao de um patamar intermedirio. Tambm necessrio termos corrimo ou guarda-corpo como proteo.
Define-se tambm que a altura livre de passagem entre um degrau e o teto do elemento superior deve ser no mnimo de 2,0 metros.
Banheiros e reas de aproximao: Nos banheiros a porta abre para fora e necessrio um espao mnimo de 60 cm junto a lateral da porta para aproximao e alcance da maaneta ou do puxador.
No banheiro para portador de necessidades especiais, o tamanho mnimo de 1,50 x 1,70 metros com um vaso e um lavatrio, garantindo o espao de circulao e transferncia. Alm de ter as barras horizontais para apoio em posio estratgica.
Exerccios: 1) Projete na escala 1:20, um banheiro coletivo para uma escola, com as medidas internas de 2,80 x 4,80 metros, contendo 03 vasos e 03 lavatrios, sendo que 01 vaso e 01 lavatrio devero ser adaptados para portador de necessidade especial. Projete as portas e as divisrias internas em frmica com 5 cm de espessura. O vaso e o lavatrio sero representados por um retngulo de 40 x 50 cm. As paredes externas possuem 20 cm de espessura. Escolha uma parede para colocar 02 basculantes de 100 x 60 cm.
2) Projete na escala 1:20, um banheiro coletivo para uma empresa, com as medidas internas de 2,60 x 3,80 metros, contendo 02 vasos e 02 lavatrios, sendo que 01 vaso e 01 lavatrio devero ser adaptados para portador de necessidade especial. Projete as portas e as divisrias internas em frmica com 5 cm de espessura. O vaso e o lavatrio sero representados por um retngulo de 40 x 50 cm. As paredes externas possuem 20 cm de espessura. Coloque 03 basculantes de 80 x 60 cm.
3) Faa uma pesquisa e descubra qual a altura padro do vaso sanitrio, da ducha higinica, da papeleira, da vlvula de descarga, do cabide, da saboneteira, das barras de apoio, inclusive o dimetro das barras de apoio e seu afastamento da parede. Qual a rea de giro da cadeira de rodas dentro do banheiro?
10- Perspectiva
Perspectiva a representao grfica de um objeto em trs dimenses que nos permite ter uma viso real de suas formas. Sabemos que um plano possui duas dimenses largura e altura. Para que possamos representar a terceira dimenso, passamos para o plano de maneira aproximada a percepo visual, ou seja, desenhamos os objetos como visualizamos de uma posio que permita enxergar as trs dimenses.
Existem varias formas de se construir perspectivas.
Classificao das perspectivas
Perspectivas - um cubo desenhado em diferentes tipos de perspectivas
Cnica
ou
RealsticaRepresenta o objeto de maneira mais real. Uma perspectiva desta bem feita se assemelha a uma foto.
Cilndricas
ou
ParalelasCavaleiraUma face (dois eixos)
paralela ao quadro.
IsomtricaAs trs faces (trs eixos)
com a mesma inclinao
em relao ao quadro
DimtricaUma das faces (um eixo) tem inclinao diferente das outras em relao ao quadro
TrimtricaAs trs faces (trs eixos) esto diferentemente
inclinadas em relao
ao quadro
Perspectiva realstica ou cnica
Representa o objeto de maneira mais real. Este tipo de perspectiva mais usado pelos arquitetos e decoradores, existindo uma metodologia para construo, pontos de fuga, etc.
Perspectivas cilndrica ou paralela
A perspectiva cilndrica ou paralela. O observador est relegado ao infinito e os raios visuais, conseqentemente, so paralelos.
Na prtica sabemos que o observador sempre estar a uma distncia finita do objeto e os raios visuais sero sempre cnicos. Com a escala reduzida os desenhos ficam pequenos e a conexidade dos raios menor. O que fica perfeitamente aceitvel o uso da perspectiva paralela. As perspectivas que o tcnico usa no dia a dia a cavaleira e a isomtrica.
Perspectiva cavaleira
Os objetos so representados como seriam vistos por um observador situado a uma distncia infinita e de tal forma que os raios visuais sejam paralelos entre si. Esta projeo tambm ressalta a vista frontal do objeto. Apenas o eixo fugitivo, que mostra a profundidade do objeto, tem inclinao de 45 com a reduo pela metade das medidas horizontais da face formada pelo eixo fugitivo, mas pode-se tambm usar os ngulos de 30 e 60. Neste caso a reduo da lateral (no eixo fugitivo) respectivamente para 2/3 e 1/3 das medidas reais do objeto.
TipoCoeficiente de Reduo
Largura ( L )Altura ( A )Profundidade ( P )
Cavaleira de 30112 / 3
Cavaleira de 45111 / 2
Cavaleira de 60111 / 3
Perspectiva isomtrica
Esta perspectiva a que se aproxima mais do real. Ela mostra detalhes de forma semelhantes nas trs vistas. Ambos os eixos tem uma inclinao de 30 em relao linha do horizonte e todas as dimenses representadas so as reais ou proporcionais ao objeto representado.
Perspectiva dimtrica
Essa projeo ressalta especialmente a vista frontal do objeto. Os eixos so inclinados com 7 e 42 e as dimenses horizontais da face formada pelo eixo fugitivo devem ser a metade do tamanho real.
Exerccio: Desenhar a perspectiva isomtrica do desenho abaixo:
Soluo
11- Projeo Ortogonal e construo de vistas
A representao em perspectiva nem sempre suficientemente clara em todos os detalhes para a fabricao do objeto. Nesses casos ento tem que ser representada de forma diferente: a Projeo Ortogonal. Para a perfeita representao do objeto, normalmente trs vistas so indispensveis:
Vista frontal
Vista superior
Vista lateral
O objeto deve ser colocado de tal forma que sua vista principal passe a ser a vista frontal. A figura abaixo mostra um objeto suspenso no espao cujas sombras so projetadas em trs planos posicionados como se fosse o canto formado por duas paredes e o cho.
O desenho abaixo mostra a mesma projeo como se os planos fossem colocados um ao lado do outro.
Exerccios: 1- Fazer a projeo ortogonal do slido abaixo:
Soluo:
2-Fazer a projeo ortogonal do objeto abaixo:
3-Dada as vistas, construir o objeto utilizando a perspectiva isomtrica:
Soluo:
12- Perspectiva com pontos de fuga
Ao observarmos a foto de uma rua, paisagem, edifcio, etc, podemos perceber que todas as linhas convergem para um ponto na profundidade do espao. Esse ponto denominado ponto de fuga.
Modificando-se a posio do observador ou a altura dos olhos modifica-se tambm a perspectiva.
O ponto de fuga localiza-se sempre na altura dos olhos do observador. Em ralao ao observador e ao horizonte todos os objetos podem assumir trs posies bsicas: o observador poder estar acima, no meio ou abaixo do objeto focalizado.
Perspectiva frontal:
Tem um nico ponto de fuga, que pode ser central ou no.
Projeo angular lateral:
Permite desenhar uma imagem tridimensional partir de dois pontos de fuga.
.0,00
CORRER
10.50
15.10
1.50
2.50
5.00
3.00
0.00
+0.20
+0.25
A
A
3.20
1.50
2.70
ARMRIO
1.00
0.80
2.00
4.50
SALA
DORMITRIO
COZINHA
BANH.
0.60
3.00
+0.30
+0.30
+0.25
+0.25
3.20
5.00
ALINHAMENTO
MEIO FIO
PROJEO TELHADO
ABRIGO
RS
PLANTA
sem escalas
Piso superior
Piso inferior
2,20
Planta esquemtica
Sem escala
sobe
- 14 -
_151035400.ppt
Os desenhos so dispostos na horizontal ou vertical.O desenho
principal colocado acima e esquerda, na rea para desenho.Todas as
informaes necessrias so colocadas no espao para texto (simbologia,
instruo, referncia, carimbos, etc.Na legenda: ttulo,firma,
proprietrio, projetista, local, data, assinatura, folha, logotipo,
escala, etc.
_292423628.ppt
Mapa de Risco uma representao grfica dos fatores presentes nos
locais de trabalho, que podem afetar a sade ou riscos de acidentes
para os trabalhadores. Estes fatores tm origem nos elementos do
processo de trabalho como, por exemplo: materiais, equipamentos,
ambientes de trabalho, organizao do trabalho (ritmo de trabalho,
mtodo de trabalho, posturas, jornada de trabalho, turnos de
trabalho, treinamento, etc).
_292424588.ppt
O Mapa de Risco construdo sobre a planta baixa do ambiente ou da
empresa. Os riscos so identificados pela cor e tamanho dos crculos
conforme descritos nas tabelas abaixo:
_247725252.ppt
FOLHAS
_151035080.ppt
top related