apostila cc - ii módulo - doenças
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Acidente de trabalho é o evento súbito ocorrido no exercício de atividade laboral, independentemente da situação empregatícia e previdenciária do trabalhador acidentado, e que acarreta dano à saúde, potencial ou imediato, provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que causa, direta ou indiretamente (concausa) a morte, ou a perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho. Inclui-se ainda o acidente ocorrido em qualquer situação em que o
trabalhador esteja representando os interesses da empresa ou agindo em defesa de seu patrimônio; assim
como aquele ocorrido no trajeto da residência para o trabalho ou vice-versa.
São os acidentes decorrentes da característica da atividade
profissional desempenhada pelo trabalhador.
São os acidentes ocorridos no trajeto entre a residência e o local
de trabalho e vice-versa.
Corresponde ao número de acidentes cuja Comunicação de Acidentes do Trabalho – CAT foi cadastrada no
INSS. Não é contabilizado o reinício de tratamento ou afastamento por
agravamento de lesão de acidente do trabalho ou doença do trabalho, já
comunicado anteriormente ao INSS.
Corresponde ao número de acidentes cuja Comunicação de Acidentes Trabalho – CAT
não foi cadastrada no INSS. O acidente é identificado por meio de um dos possíveis
nexos: Nexo Técnico Profissional/Trabalho, Nexo Técnico Profissional/Trabalho, Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário
– NTEP ou Nexo Técnico por Doença – NTEP ou Nexo Técnico por Doença Equiparada a Acidente do TrabalhoEquiparada a Acidente do Trabalho. Esta identificação é feita pela nova forma de concessão de benefícios acidentários.
O número de acidentes de trabalho em todo o país cresceu de 512.232512.232
em 2006 para 653.090653.090 em 2007.
Os dados referentes à Construção Civil ficaram nesse mesmo
período, passaram de 29.05429.054 para 36.46736.467, respectivamente.
CNAE ÓbitoTaxa de
MortalidadeIncapacidade Permanente
Incidência de Incapacidade Temporária
Incapacidade menos e mais
de 15 dias
CONSTRUÇÃO 03 X 709 X 32.855
41.20-4 – Construção de Edifícios 115 16,00 326 18,78 13.494
42.21-9 – Obras para Geração e Distribuição de Energia Elétrica e p/ Telecomunicações
44 39,05 51 32,92 3.709
42.11-1 – Construção de Rodovias e Ferrovias
43 35,31 62 30,95 3.769
42.99-5 – Obras de Engenharia Cívil não especificadas anteriormente
23 16,84 57 19,46 2.657
Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho / MPS / 2007
Em Santa Catarina os números de acidentes de trabalho
passaram de 30.90230.902 em 2006 para 41.54641.546 em 2007.
Na Construção Civil nesse mesmo período, de 1.8561.856 para
2.3942.394, respectivamente.
CNAE TOTALMenos de
15 diasMais de 15
diasIncapacidade Permanente
Óbito
CONSTRUÇÃO 2.536 893 1.470 50 19
41.20-4 – Construção de Edifícios 870 283 539 24 11
42.21-9 – Obras para Geração e Distribuição de Energia Elétrica e p/ Telecomunicações
204 98 57 X 2
42.11-1 – Construção de Rodovias e Ferrovias
191 98 78 3 4
42.99-5 – Obras de Engenharia Cívil não especificadas anteriormente
91 40 47 2 1
Quantidade de acidentes do trabalho liquidados, por conseqüência, segundo a Classificação Nacional de Atividades Econômicas(CNAE) - 2007
CNAE TOTAL
Com CAT registrada
Sem CAT registrada
TípicoTrajet
o
Doença do
Trabalho
SANTA CATARINA 41.546 22.614 4.821 1.007 13.104
CONSTRUÇÃO 2.394 1.452 328 26 588
41.20-4 – Construção de Edifícios 808 491 105 14 198
42.21-9 – Obras para Geração e Distribuição de Energia Elétrica e p/ Telecomunicações
200 168 12 0 20
42.11-1 – Construção de Rodovias e Ferrovias 178 122 23 1 32
42.99-5 – Obras de Engenharia Cívil não especificadas anteriormente 86 62 10 0 14
Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho / MPS / 2007
MUNICÍPIO TOTAL
Com CAT registrada
Sem CAT registrada
ÓbitosTípico Trajeto
Doença do
Trabalho
Blumenau 4.719 2.021 588 65 2.045 0
Joinville 3.632 2.373 548 140 571 11
Florianópolis 2.357 1.453 373 120 411 9
Chapecó 1.944 1.120 151 108 565 1
Brusque 1.607 679 285 4 639 4
Itajaí 1.528 786 194 37 511 2
São Bento do Sul 1.442 812 85 2 543 2
Criciúma 1.179 614 126 29 410 1
Jaraguá do Sul 1.169 845 249 3 72 4
Rio do Sul 978 321 32 1 624 0
Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho / MPS / 2007
São doenças que acometem o trabalhador como conseqüência
da atividade de trabalho que exercem ou exerceram, ou pelas condições adversas em que seu
trabalho é ou foi realizado.
Mendes,R;Dias, EC. Saúde dos trabalhadores. In: Rouquayrol, MZ; Almeida Filho, N; et.al. Epidemiologia & Saúde 5 ed. Rio de Janeiro: Medsi, 1999, p. 431-456
Doença Profissional:Doença Profissional: aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinado ramo de atividade.
Doença do trabalho: aquela adquirida ou desencadeada em função de condições
especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente.
Ministério da Previdência Social / INSS
São considerados riscos ambientais:
Agentes químicos
Agentes físicos
Agentes biológicos
Riscos ergonômicos
Riscos de acidentes
Os riscos ambientais são capazes de causar danos à saúde e à integridade
física do trabalhador devido a sua natureza, concentração, intensidade,
suscetibilidade e tempo de exposição.
Os riscos físicos são efeitos gerados por máquinas, equipamentos e condições físicas
características do local de trabalho, que podem causar prejuízos á saúde do trabalhador.
Ruídos
Temperaturas extremas
Pressões anormais
Vibrações
Radiações
Estes riscos são representados pelas substâncias químicas que se encontram nas
formas líquida, sólida e gasosa. Quando absorvidos pelo organismo, podem produzir
reações tóxicas e danos á saúde.
Há três vias de penetração no organismo:
Via respiratória:Via respiratória: inalação pelas vias aéreas
Via cutânea:Via cutânea: absorção pela pele
Via digestiva:Via digestiva: ingestão
Poeiras
Operações de pintura e uso de solventes
Impermeabilização e substâncias químicas
Manuseio de álcalis (é uma reação química que se processa, numa argamassa ou concreto,
provenientes do cimento ou de outras fontes)
Asfixia química por inalação de gases
Os riscos biológicos são causados por microrganismos invisíveis a olho nu, como
bactérias, fungos, vírus, bacilos e outros, São capazes de desencadear doenças devido à contaminação e pela própria natureza do
trabalho:
Escavação de valas e tubulações
Obras de saneamento
Pode ser definido como um risco introduzido no processo de trabalho por
agentes (máquinas, métodos, etc.) inadequados às limitações dos
trabalhadores. Este risco está presente, na Construção Civil, durante toda a execução
de uma obra, e atinge a maior parte dos trabalhadores, tais como:
Esforço físico intenso Levantamento e transporte manual de
pesos Trabalho em turno e noturno
Situações causadoras de estresse físico e/ou psíquico.
Riscos de acidentes ocorrem em função das condições físicas, do processo de trabalho e das condições tecnológicas
impróprias capazes de provocar lesões à integridade física do trabalhador.
Representam as principais causas de acidentes fatais e não fatais na
construção civil.
Quedas
Choque elétrico
Soterramento
Cortes e Mutilações
ESCAVAÇÃO E FUNDAÇÃO:ESCAVAÇÃO E FUNDAÇÃO: Sílica, soterramento, ruído de impacto
ESTRUTURAS DE AÇO:ESTRUTURAS DE AÇO: acidentes, ruídoSOLDA:SOLDA: fumos, radiação UV, calor
PREPARO CONCRETO (CIMENTO, AREIA, BRITA):PREPARO CONCRETO (CIMENTO, AREIA, BRITA): sílica, poeira, alergia, contato pele
PINTURA:PINTURA: partículas, vapores de solventesESMERILHAMENTO:ESMERILHAMENTO: sílica, poeira, ruído
ELETRICIDADE:ELETRICIDADE: choque elétricoMONTAGEM:MONTAGEM: queda altura, queda de objetos, ruído
MARCENARIA:MARCENARIA: pó de madeira, ruído, mutilaçãoRISCOS ERGONÔMICOS EM TODAS ETAPASRISCOS ERGONÔMICOS EM TODAS ETAPAS
SERVIÇOSERVIÇO RISCORISCO
Serviços gerais
(serventes) Quedas, contusões,
ferimentos
Serviços
em dias de chuvaQuedas, resfriados
Serviços
de eletricidadeChoques elétricos
SERVIÇOSERVIÇO RISCORISCO
Serviços
de pintura
Risco de quedas em nível
provocado por mal-estar ou tontura
Impermeabilizações (caixa d’água, áreas
molhadas e
fachadas)
Risco de asfixia, conforme a
concentração de vapores dos produtos
Serviços
de pintura
Risco de quedas em nível
provocado por mal-estar ou tontura
SERVIÇOSERVIÇO RISCORISCO
Limpeza
de fachadasQuedas de nível
Corte de
ferragem manualFerimentos nas mãos,
detritos nos olhos
Corte de ferragem com
máquina pneumática
Ferimentos nas mãos, detritos nos olhos e
ruído
As lesões produzidas neste tipo de acidentes são desde fraturas, contusões e traumatismos até
lesões irreversíveis e invalidantes, como paraplegia, tetraplegia e
morte.
CONTUSÕESCONTUSÕES
TRAUMATISMOSTRAUMATISMOS
FRATURASFRATURAS
Acidentes que acontecem por instalações elétricas em mal estado ou com falta de proteção;
por falta de conhecimento na manipulação de instalações elétricas; falta de aterramento elétrico de máquinas e equipamentos; contato com linhas
de média e alta tensão. Outras causas incluem: ferramentas com
instalações elétricas defeituosas, objetos de metal que estão em contato com cabos que levam
corrente; equipamento ou maquinário elétrico com corrente elétrica não interrompida.
Desmoronamento total ou parcial em cima do trabalhador
que se encontra trabalhando em áreas de escavações, encostas,
áreas de cimentação ou desníveis.
Causas:Causas: exposição prolongada a ruídos acima de 85 Db.
Sintomas:Sintomas: dificuldades de audição
Como prevenir:Como prevenir: instalar EPC – Equipamento de Proteção Coletiva na fonte que produz o
ruído.OU
Fornecer EPI – Equipamento de Proteção Individual aos trabalhadores expostos,
protetor auricular ou abafadores de ruído.
Causas:Causas: execução constante de movimentos repetitivos por longos
períodos.
Sintomas:Sintomas: dores nos punhos, cotovelos e ombros.
Como prevenir:Como prevenir: dotar a empresa de equipamentos adequados para a atividade
e realizar pausas regulares e alongamentos.
Também conhecida como silicose ou Também conhecida como silicose ou abstoseabstose
Causas:Causas: inalação de partículas (sílica ou amianto).
Sintomas:Sintomas: falta de ar e tosse, causadas por alterações nos pulmões.
Como prevenir:Como prevenir: evitar o uso de produtos com produção de amianto; no manuseio de mármore, adequar ao corte úmido e uso de
máscaras adequadas para a atividade.
Trabalhador com silicose em estágio avançado
Causas:Causas: exposição ao bicromato, um alérgeno do cimento.
Sintomas:Sintomas: vermelhidão, coceira e surgimento de vesículas nas mãos e nos
pés.
Como prevenir:Como prevenir: usar luvas, botas e demais equipamentos de proteção para evitar
contato direto com o cimento.
ALERGIA PELO CIMENTOALERGIA PELO CIMENTOPedreiro com eczema
alérgico crônico provocado por cimento.
ECZEMA IRRITADO ECZEMA IRRITADO PRODUZIDO POR MASSA DE PRODUZIDO POR MASSA DE
CIMENTOCIMENTOPedreiro apresenta irritação nas mãos provocada pelo contato freqüente com a
massa do cimento.
QUEIMADURA POR CIMENTOQUEIMADURA POR CIMENTO
Queda de massa ou calda de concreto dentro da bota ou
direto no pé
ECZEMA CAUSADO POR ECZEMA CAUSADO POR CIMENTOCIMENTO
Infecção nos pés provocados pelo contato diário de massa de
cimento com os pés.
Causas:Causas: exposição prolongada a tintas ou solventes químicos.
Sintomas:Sintomas: fraqueza, náusea, tontura.
Como prevenir:Como prevenir: treinamento dos trabalhadores, orientação de uso dos
produtos e uso de máscara.
Causas:Causas: exposição a fontes de luz ultravioleta ou infravermelha (trabalho
com solda, exposição ao sol).
Sintomas:Sintomas: vermelhidão, ardor nos olhos, blefaritis crônica, conjuntivite, catarata.
Como prevenir:Como prevenir: treinamento e orientação aos trabalhadores; uso de óculos
protetores.
Causas:Causas: trabalho em condições hiperbáricas (embaixo d'água).
Sintomas:Sintomas: confusão mental, perda repentina da consciência, convulsões.
Como prevenir:Como prevenir: treinamento e passar por descompressão paulatina antes de
retornar à superfície.
Causas:Causas: contato com bactérias e vírus em ambientes de trabalho insalubres, como
esgoto.
Sintomas:Sintomas: depende do micróbio contraído.
Como prevenir:Como prevenir: uso de máscara e demais equipamentos de proteção.
Causas:Causas: carregamento de peso de forma inadequada ou acima da capacidade do
trabalhador.
Sintomas:Sintomas: dores na musculatura vertebral.
Como prevenir:Como prevenir: evitar carregar peso em excesso, usar equipamento de transporte e
orientar o trabalhador como levantar o peso.
Causas:Causas: exposição prolongada aos raios solares ou outras fontes de calor.
Sintomas:Sintomas: queimaduras, sentimento de desorientação.
Como prevenir:Como prevenir: uso de capacete ou boné adequado e ingestão regular de líquidos
não-alcoólicos
Causas:Causas: exposição prolongada aos raios solares ou outras fontes de calor.
Sintomas:Sintomas: bolhas, vermelhidão e queimaduras.
Como prevenir:Como prevenir: usar proteção na cabeça (capacete ou boné), uso de filtro solar, utilize óculos escuros com proteção UV e procure não se expor ao sol no final da manhã e no início da tarde, quando os raios são mais
intensos.
Causas:Causas: decorrente de acidentes é, geralmente, é adquirido através da contaminação de ferimentos (mesmo pequenos) com esporos do Clostridium tetani, que são encontrados no ambiente (solo,
poeira, esterco, superfície de objetos - principalmente quando metálicos e enferrujados).
Sintomas:Sintomas: primeiras manifestações são dificuldade de abrir a boca (trismo) e de engolir. Na maioria dos
casos, ocorre progressão para contraturas musculares generalizadas, que podem colocar em risco a vida do indivíduo quando comprometem os
músculos respiratórios.
Como prevenir:Como prevenir: vacinação com a Vacina Dupla Adulto – DT (difteria e tétano), uso
de calçados fechados e adequados.
LEI Nº 14.655, de 16 de janeiro de 2009LEI Nº 14.655, de 16 de janeiro de 2009
LEI Nº 14.655, de 16 de janeiro de 2009Procedência: Depª Ada de Luca
Natureza: PL 299/08DO: 18.528, de 16/01/09
Fonte - ALESC/Div. DocumentaçãoObriga as empresas de construção civil a promover vacinação
antitetânica, no Estado de Santa CatarinaO GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA,Faço saber a todos os habitantes deste Estado que a
Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º As empresas de construção civil ficam obrigadas a promover vacinação antitetânica em todo o seu efetivo, no
Estado de Santa Catarina.Art. 2º O Poder Executivo estadual, juntamente com a
Secretaria Estadual de Saúde, regulamentará esta Lei no prazo de sessenta dias contados a partir da sua publicação.
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Florianópolis, 16 de janeiro de 2009
LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRAGovernador do Estado
LUCILA FERNANDES MORELUCILA FERNANDES MORE
EnfermeiraEnfermeira
CEREST Macro Região de Florianópolis
lucila@pmf.sc.gov.brlucila@pmf.sc.gov.br
more.lucila@gmail.commore.lucila@gmail.com
Fone: 48 3239 1591 / 48 3239 1591
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