aplicaÇÕes em escoamentos com re

Post on 02-Oct-2021

1 Views

Category:

Documents

0 Downloads

Preview:

Click to see full reader

TRANSCRIPT

APLICAÇÕES EM

ESCOAMENTOS COM RE<1

I. Meios Porosos (Darcy)

II. Tubo de Seção Variável

III. Mancais

IV. Hele shaw

Tópico I – Meios porosos

• Os meios porosos são constituídos por uma matriz porosa

composta por uma fase sólida e estacionária e preenchida por

uma fase gás ou líquida ou ambas.

Porosidade ()

• Porosidade define o volume

livre de armazenamento.

• = Vv / (VV +Vs)

Vs vol. sólidos VV vol. vazios

• A razão volumétrica num meio isotrópico também coincide

com a razão entre a área transversal livre para o escoamento e

a área transversal total.

• = Av / (AV +As)

Porosidade: arranjos com esferas

• arranjo geométrico

• granulometria

• Para esferas de mesmo diâmetro,

não depende do diâmetro mas do

arranjo: cúbico ou romboedro!

Porosidade não isotrópica

• Propriedade direcional!

• Inter-granular ou fraturas

Clark, 1969 Clark, 1969

Lei de Darcy (1856)

base de quase todos os

métodos para a medição

de permeabilidades!!!

Amyx (1960)

http://en.wikipedia.org/wiki/Henry_Darcy

Permeabilidade absoluta, k (m2)

2Q Lk m

A P

2

P kQ A Darcy

L

P aQ A Poiseiulle

L 12

Rearranjando lei de Darcy p/ expressar Q e

comparando contra um canal plano com

espaçamento ‘a’ encontra-se grande

semelhança!

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Permeabilidade k (m2) (wikipedia)

Na geologia, a permeabilidade é a medida da capacidade de um material

(tipicamente uma rocha) para transmitir fluídos. É de grande importância na

determinação das características de fluxo dos hidrocarbonetos em

reservatórios de petróleo e gás e dos fluxos da água em aquíferos.

A unidade de permeabilidade é o darcy ou, mais habitualmente, o mili-

darcy ou md (1 darcy = 1 x 10-12 m2). A permeabilidade é usada para

calcular taxas de fluxo através da lei de Darcy.

Para que uma rocha seja considerada um reservatório de hidrocarbonetos

explorável, a sua permeabilidade deve ser maior que cerca de 100 md (o

valor exato depende da natureza do hidrocarboneto - reservatórios de gás

com permeabilidades mais baixas ainda são exploráveis devido à menor

viscosidade do gás relativamente ao petróleo). Rochas com permeabilidades

significativamente menores que 100 md podem formar selos eficientes .

Areias não consolidadas podem ter permeabilidades de mais de 5000 md.

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Ranges of common intrinsic permeabilities

Source: wikipedia

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Lei de Darcy

A velocidade média por unidade de área através da seção transversal

da coluna de material poroso é diretamente proporcional ao gradiente

de pressão estabelecido através da coluna e inversamente proporcional

a viscosidade do fluido, .

k é o coef. Permeabilidade; unidades m2 ou Darcy;

1 Darcy é equivalente a 9.869233×10−13 m² ou 0.9869233 (µm)².

Esta conversão é usualmente aproximada por 1 (µm)²

k dpu

dx

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Lei de Darcy: um processo de média Ela informa a velocidade média em um ponto no espaço mesmo se naquele ponto haja um material sólido.

Ela trata os meios sólido e fluido como se fossem interpenetrantes.

O resultado da lei de Darcy (empírica) equivale a uma média na velocidade na seção transversal da matriz porosa.

Na S.C. da figura a velocidade calculada é a média na seção e não aquela que passa através dos poros.

k dpu

dx

u u

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Relação entre velocidades do poro, uf e média u

A relação entre a velocidade média que cruza a seção transversal de

uma matriz porosa e a velocidade média nos poros é dada por meio da

porosidade

u – velocidade média na seção transversal matriz

uf – velocidade média do fluido nos espaços livres

u u

f v fuA u A u u

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Lei de Darcy – análise de escala

A lei de Darcy (empírica) está fundamentada por escoamentos com

ausência de termos inerciais.

Considere ‘d’ uma dimensão representativa do espaço instersticial do

material poroso; uf a velocidade média do fluido entre os interstícios;

então a razão:

sendo que d é estimado pelo coef. Permeabilidade: então

Desde que Rek <<1 o escoamento nos interstícios não possui inércia e

pode ser representado pela equação de Stokes 2p v

2

f f

2

f

Inércia u d u d1

Viscosos u d

d k

u

fk

ku dInérciaRe 1

Viscosos

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Lei de Darcy – campo 3D

Um detalhado conhecimento da distribuição espacial dos interstícios

não é disponível. Consequentemente o conhecimento da velocidade

local também não será.

Considerando o escoamento através de um grande número de poros

pode-se tirar uma média espacial da velocidade.

Se o meio for isotrópico (um gradP aplicado nas 3 direções produz a

mesma vazão) pode-se re-escrever a equação q. movimento como:

p e u representam a pressão e velocidade médias, k é a permeabilidade

do meio e é a porosidade

u k u kp ou u p desde que 1

k

k equivalente (isotrópico) – associação em paralelo

Os meios porosos estão submetidos a mesma pressão. Área transversal,

A = hx1 (largura unitária)

O resultado possui analogia direta c/ lei

de ohm, V=P, i=u e R=hi/ki

i i i

i

p 1Q Q h k

L

eq

i

k p Q h

L

k4, h4

k3, h3

k2, h2

k1, h1

Q1

Q2

Q3

Q4

Q1

Q2

Q3

Q4

k, h =

ii i i i

k pQ u h h

L

i i

eq

i

h k

kh

k equivalente (isotrópico) – associação em série

Os meios em série estão submetidos a mesma vazão ou velocidade!

O resultado possui analogia direta c/ lei de ohm, V=P, i=u e Ri=hi/ki

ieq i

i i i

Lk L

k

k4

L4

k3

L3

k2

L2

k1

L1 u u

k, L

=

ii

i i i

Lp p u

k

i

i

eq

L

p uk

i i

i

ii

i

k pu

L

L

p uk

p1 p2 p3 p4

IM250 Prof. Eugênio Rosa

O potencial de Velocidades

A pressão modificada, , engloba a contribuição da força e campo,

possibilitando que o campo de velocidade seja determinado tanto pela

pressão como pelo peso da coluna de líquido:

Note que o campo de velocidades é irrotacional:

A equação massa é satisfeita desde que o Laplaciano de seja nulo:

Portanto é uma função potencial: o gradiente de expressa o campo

de velocidades. Vamos visitar este tópico nas aulas 14 e 15.

k

u onde p gz

ku 0

2ku 0

g alinhado eixo z

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Solução do potencial de velocidades

A Equação de Laplace é uma equação elíptica e necessita de

informação em todo contorno para ser resolvida:

2 0

n 0 para fronteira impermeáveisc.c.

p const em superfícies livres.

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Exemplo: escoamento em um poço radial

2 1r 0 r Aln r B

r r r

r

P

Pw Condição de

contorno

w

w

w w

w w

p pA

Ln r rp Aln r B

p Aln r B p A Ln r ouB

p A Ln r

As constantes de integração

Cálculo da velocidade radial em r = rw

w w

w

w

w w

kU r r

p pk A k 1U r

r Ln r r r

w

w

w

Q U 2 r h

p p2 hkQ

Ln r r

Vazão m3/s por metro de poço

h

IM250 Prof. Eugênio Rosa

IP de um reservatório • O índice de produtividade de um reservatório, IP (em inglês

Productivity Index) é uma razão entre o volume produzido e a razão

entre a diferença de pressão do reservatório e do fundo do poço:

w

QIP

P P

w w

w

2 hkQ p p Q IP p p

Ln r r

• A origem desta expressão está na relação de vazão dada no slide

anterior:

• A vazão produzida é determinada pela diferença (p-pw), quanto

menor pw maior é a vazão.

• Mas pw acopla o reservatório com a linha de elevação, pw é

determinado pela perda de carga causada pelo escoamento na linha.

Calcule k p/ geometrias cilíndricas: série e paralelo.

eq

w

2 hk pQ

ln r r

Todas camadas estão na m/ma P

Leitos paralelos

rw

r

k1, h1

k2, h2

k3, h3

i i i eq i

i w w

eq i i i

P 2 2 pQ h k k h

Ln r r Ln r r

k h k h

Q cruza todas camadas

Leitos em série

rw r1 r

i Ni i 1 w

i

i i 0 i eq

i Ni i 1

eq w

i 0 i

Ln r r Ln r rQ QP

2 h k 2 h k

Ln r r k Ln r r

k

w

eq

ln r rQp

2 h k

h

Aplicação em barragens

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Extensão Lei de Darcy: Forchheimer (1901)

Relação quadrática entre o gradiente de pressão e a velocidade. A

forma mais comum é:

O termo de Darcy e Forchheimer estão associados ao arrasto (ou

resistência) que o meio poroso causa a passagem do fluido. A extensão

de Forchheimer está associada ao arrasto de forma interno a matriz

porosa e ajustada por meio do coeficiente da matriz, CF.

Tanto a relação de Darcy quanto Forchheimer não possuem

embasamento matemático/teórico, são relações empíricas.

F

U Uup C

k k

IM250 Prof. Eugênio Rosa

FIM DO TEMA SOBRE

MEIOS POROSOS

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Tópico II - Tubo de Seção Variável (Batchelor)

• Tubo seção circular cujo raio ‘a’ varia lentamente ao longo da

direção axial.

• Será procurada uma solução onde a contribuição dos termos inerciais

sejam desprezíveis (aprox. Stokes)

i. O escoamento ocorre em regime permanente.

ii. As extremidades do tubo estão a uma diferença de pressão.

iii. O dP/dz varia com z porque o raio a varia, a = a(z)

Note que este caso é um caso particular do escoamento de Jeffery-Hamel em

coordenadas esféricas para um tubo com pequena inclinação entre as paredes. Isto

foi visto no similar paredes planas quando -> 0.

a r

z

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Análise da ordem de magnitude dos termos

O problema simplifica se pudermos desprezar os termos de inércia.

Neste caso a solução reduz para a solução de Poiseuille. A questão é:

quando a aproximação é válida?

1. Se o raio ‘a’ for constante a solução de Poiseuilli é exata.

2. Queremos conhecer para qual taxa de variação de ‘a’ com ‘z’

ainda é válida a aproximação de inércia desprezível.

3. Para isto temos que determinar escalas para as velocidades axial

(z) e radial (r), W e V.

a r

z

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Eq. massa e q. mov. direção z

O termo de inércia e viscoso eq. q. mov. na direção z:

2

2

W W 1 W W pV W r -

r z r r r zz

(termo dominante

desde que << 1)

Conservação da massa: rV1 W

=0 r r z

a r

z

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Escalas

de W e V

Tan =r/z << 1 Tan ~ a

z

ar a

W0

Escala vel. W : W W0

Balanço massa dir. z: 220 0

WW a W z a r

z

0

0 0

0

2 WW escala W/ z :

z a

W 2 WW a escala z: então z

z z a 2

WW escala W/ r:

r a

tan

tan

tan

Balanço de massa na

direção r:

220 0W a a r V a r z

0 0escala de V : V 2 W tan

Escala da velocidade radial: ?

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Avaliação do termos inercial x viscosos

O termo de inércia e viscoso na eq. q. mov. direção z:

Os termos inerciais são desprezíveis desde que .Rea<<1 e <<

1. A eq. q. movimento na direção z reduz para:

02

2a0 0

W

Viscoso 1 1a

Inercia Re2 W W 2a

a

tan tan

tan

2

2

w w 1 w w pv w r -

r z r r r zz

p 1 wr Poiseuille

z r r r

(termo dominante

desde que << 1)

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Perfil de velocidades (Batchelor)

Desprezando os termos de inércia, vamos encontrar a solução

de Poiseuille:

a r

x

V V

2 2a z rdpw z r

dz 4

,

A vazão é constante em qualquer seção do tubo:

4a

0

dp dz aQ w z r 2 rdr

8,

4

dp 8Q

dz a z

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Perfil de Velocidades (Batchelor)

Substituindo a definição de dp/dz no perfil de velocidade:

2 2

4

a z r 8 dpW z r W z onde W z Q

4 dza z

,

As linhas de corrente não são exatamente paralelas a z mas inclinadas

pelo ângulo . Existe uma componente radial v ~ .w,

conhecendo-se w a velocidade v é estimada.

A queda de pressão vem da integral do gradiente de pressão:

2

1

z

1 24 4z

dp 8 8 Q dzQ p p

dza z a z

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Influência do perfil a(z) A solução é válida se << 1 e

tan().Rea<<1.

Considere, por ex., um perfil

linear em z com r(z) = a0 – .z;

sendo:

- a0 = 0.05, e

- = 0.005, 0.010 e 0.025 rad.

2

1

zz ini

4z

p p dz

8 Qa z

A figura mostra que a diferença

de pressão varia de forma não

linear.

a r

z z

(graus)

(rad)

1.43 0.025

0.57 0.010

0.29 0.005

Topico III - Forças em Mancais e

Equação de Reynolds

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Classificacao de mancais Capacidade de carga área x pressão

Tipos de mancais Hidrodinâmico, Hidrostático, e Hibrido

Mancal Hidrodinâmico a pressão é gerada por forcas heterodinâmicas devido ao movimento relativo entre as superfícies.

Mancal Hidrostático a pressão é gerada por meio de uma bomba que pressuriza o fluido de trabalho.

Tipos de Mancais

jounal bearing thrust bearing conical pivot bearing

Veja princípio operacional de mancais hidrodinâmicos e diagnóstico link

Mancal hidrodinâmico com

placas deslizantes

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Mancal hidrodinâmico com placas

deslizantes

Dedução a partir da aproximação por um escoamento de Couette +

Poiseuille para .Re << 1, baseada no caso do “Tubo de seção

variável” estudado.

x

y

z

x=0 x=L

IM250 Prof. Eugênio Rosa

• Perfil de velocidades adimensional para escoamento laminar completamente desenvolvido entre placas paralelas infinitas, placa superior movendo-se com velocidade U.

• Solução: superposição linear:

22

0 0

u y y 1 dp a y y

U a U dx 2 a a

0 1 2 3

(y/a)

1

(u/U0)

0dx

dp

0dx

dp

0dx

dp

Revisão: Couette + Poiseuille

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Revisão Poiseuille+Couette p/ canais

Poiseuille + Couette P + C

y = 0 u = 0 + u = 0 u = 0

y = a u = 0 + u = U u = U

u(y) +

Q +

w p/ y =0

22dP a y y

dx 2 a a

*y

Ua

22y dP a y yU

a dx 2 a a

U vel média Área**

U 2 a 1 2

Área*

U vel média

dp aa 1

dx 12

2

Área*U vel médiaU vel média

dp a Ua 1

dx 12 2

• (*) placa superior deslocando-se com U.

• (**) ‘1’ significa por unidade de largura = 1m

• Grad. P favorável, dp/dx<0, desfavorável, dp/dx > 0

dp0

dx

0

1 (y/a)

y

U

(x)

U

2

dP a

dx 2

dP a U

dx 2 2

Slide 40

IM250 Prof. Eugênio Rosa

A figura representa um bloco estacionário com uma parede deslizante

com velocidade U0.

Veja Mancal Deslizamento Low Reynolds Number Flow, Sir Geofrey

I. Taylor; 8’15” a 10’ 15” YOUTUBE

Mancal de deslizamento

x

y

z

x=0 x=L

Referencial (x,y,z) estacionário

ligado, solidário ao bloco.

Eixo y tem origem na placa.

u(x,0) =U0 e u(x,h(x)) = 0, não

deslizamento Velocidade parede, U0,

medida ref. (x,y,z)

U0

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Q por unidade de comprimento z vem de Couette + Poiseuille plano:

3h

00

dp h 1Q udy U h

dx 12 2

Como Q independe da coordenada x isto requer que:

0

2 3

Udp 2Q6

dx h h

Mancal de deslizamento

Aproximações:

(i) h/L << 1, garante ausência efeitos

de borda e d2u/dy2 >> d2u/dx2;

(ii) Red.(h/L) << 1 garante inércia

desprezível, sol. Stokes x

y

z

x=0 x=L

vel. parede, U0, medida ref. (x,y,z)

Veja slide 38

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Integrando a pressão em x teremos:

x x

0 0 2 30 0

d dp x p 6 U 12Q

h h

A solução baseia-se na aproximação do tubo com seção cônica mostrada na seção anterior. p0 é a pressão em x = 0. A distribuição de pressão é determinada conhecendo como h varia com x, isto é definido na forma do mancal.

Mancal de deslizamento

0

2 3

Udp 2Q6

dx h h

x

y

z

x=0 x=L

vel. parede, U0, medida ref. (x,y,z)

IM250 Prof. Eugênio Rosa

h1

h2

Mancal de deslizamento Vamos considerar uma variação linear de H com x

1 1 2h x h x onde = h -h L

A pressão na entrada e saída, seções h1 e h2, é igual a p0. A variação

de pressão entre a entrada e uma posição x, x < L é:

Como a pressão na seção h = h2 é p0 e, o lado direito da expressão é

nulo em x = L. A vazão Q é calculada por:

0 0 2 21 1

6 1 1 1 1p x p U Q

h h h h

1 20

1 2

h hQ U

h h

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Mancal de deslizamento

A variação de pressão passa a ser:

i. A pressão no mancal é

maior que p0, p - p0 > 0,

somente quando h1>h2.

ii. A pressão é gerada pelo

movimento relativo entre as

placas que arrasta fluido da

abertura mais larga para a

mais estreita.

1 20

0 21 2

h h h h6 Up x p

h h h

distribuição de pressão centro de

pressão

L

p máx

Exemplo: L = 0.1m, h1 = 0.005 m

= 0.01

= 0.02

= 0.03

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Mancal de deslizamento

A força normal exercida no bloco por unidade de largura

A força tangencial:

L1 20 1

0 20 2 1 2

h h6 U hp x p dx 2

h h h

log

L1 20 1

0 21 2y h

h h2 U hudx 3

y hh h

log

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Um modelo que descreve a distribuição de pressão em corpos

sólidos separados por um filme de líquido ou gás foi originalmente

proposto por Osborne Reynolds em 1886. A equação aplica-se para

mancal hidrostático, hidrodinâmico ou misto. Fonte: wikipedia

Equação de Reynolds

Equação de Reynolds I

Condições de contorno:

u(0) = u0 e w(0) = 0

u(h) = 0 e w(h) = 0

Perfil velocidades Couette + Poiseiulle

Referencial estacionário (x,y,z) , y = 0

Bloco estacionário, u(x,h) = 0,

Parede com u(x,0) = U0

2y y y

0a a a

2y y

a a

h dpu y 1 1 U

2 dx

h dpw y 1

2 dz

hh L 1 e Re h L 1

x

y

z

x=0 x=L

vel. parede, U0, medida ref. (x,y,z)

3h

x 00

3h

z0

h dp 1Q udy U h

12 dx 2

h dpQ wdy

12 dz

Integração dos perfis vel. Qx e Qz

Equação Reynolds II - uso equação da massa

A eq. Reynolds irá relacionar a distribuição de pressão com o espaçamento h e a velocidade U0.

h h h

0 0 0

du dw dvdy dy dy

dx dz dy

O termo do lado direito é um diferencial exato: ∫dv/dy dy = v(h) – v(0).

Paredes sem sucção/injeção, a integral é ∫dv/dy dy = 0.

A eq. massa então reduz para:

h h

0 0

du dwdy dy 0

dx dz

x

y

z

x=0 x=L

vel. parede, U0, medida ref. (x,y,z)

Integrando-se a eq. massa na espessura h

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Equação de Reynolds III – Teorema Leibniz

A equação da continuidade pode ser reescrita termo a termo usando o Teorema de Leibniz (*)

h h

0 0

d dudy wdy 0

dx dz

Para bloco estacionário, a equação integral do volume na seção

transversal (y) do mancal passa a ser:

h x h x

0 0 y h0 y 0

h x h x

0 0

d du dh dhudy dy u h u 0

dx dx dx dx

d dwwdy dy

dz dz

(*) Observe o termo d/dx ∫udx tem dois extremos. O primeiro extremo está no bloco onde

dh/dx 0 mas u(h) = 0 porque o bloco está parado, quem anda é a parede inferior. O segundo extremo está na parede porém, y = 0 e dh/dx = 0.

x

y

z

x=0 x=L

vel. parede, U0, medida ref. (x,y,z)

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Equação de Reynolds IV

Observe que os termos da integral representam as vazões nas direções x e z, b é a largura do mancal na dir. z

3 30

HidrodinâmicaHidrostática

d p d p dhh h 6 U

dx x dz z dx

Dependendo da ordem de magnitude dos termos o mancal pode ser

governado por forças hidrostáticas ou hidrodinâmicas ou misto.

h h

x z0 0

d d d dubdy wbdy 0 Q Q 0

dx dz dx dz

Qx vem da superposição de Couette + Poiseuille na dir X

3

x 0

dP h hQ b U b

dx 12 2

Qz vem de Poiseuille dir. Z 3

z

dP hQ b

dz 12

• A Eq. de Reynolds (1886) é um

modelo básico em lubrificação.

• É aplicada em um canal variável

h(x) com uma superfície movendo-

se com velocidade U0.

•. A distribuição de pressão pode ser determinada conhecendo-se a geometria

e a velocidade da parede.

• A essência do fenômeno de lubrificação está na pequena espessura do filme

e paredes inclinadas que geram altas tensões no fluido que por sua vez geram

elevadas pressões.

• A força motriz do escoamento é o movimento relativo entre as paredes.

3 30

HidrodinâmicaHidrostática

d p d p dhh h 6 U

dx x dz z dx

Equação de Reynolds VI

Mancal hidrostático

com discos paralelos

Mancal Hidrostático de

Discos Paralelos

Um mancal hidrostático possui duas superfícies que se mantêm

separadas devido a um escoamento forçado. Se a folga entre as

superfícies diminuir, a vazão através das bordas será reduzida e a

pressão aumentará, forçando as superfícies a se separarem

novamente com muita força, proporcionando excelente controle da

folga e dando baixa fricção. WIKIPEDIA (link)

Pressão

Manométrica

Exemplo - Encontre perfil de velocidades e o gradiente pressão no canal

entre dois discos paralelos.

Considere as hipóteses:

1. Os termos viscosos são muito maiores que os termos inerciais;

2. Escoamento desenvolvido, linhas de corrente paralelas,

1. Considere que as velocidades nas direções (r,z) são dadas por (v, w).

2. Pela hipótese (1) o modelo não possui termos inerciais!

3. Pela hipótese (2), Escoamento desenvolvido, vamos considerar que w = 0 (linhas de corrente paralelas) e que v = v(r,z) somente.

Ro Ri

L = Ro - Ri

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Equações e análise escala

• Equação Massa: 1

rv w 0 rv 0 rv z v z rr r z r

• Equação Q. Mov, não há termos inerciais

2

2

P 1 v0 rv

r r r r z

• Equação Q. Mov direção (r): 2

2

P d0

r r dz

• Modelo válido para: 2

2

2vr o

voz

v VRInercia b 1

Viscoso R

• Escalas: r ~ Ro; z ~ b e v ~ V, sendo que V = Q/(2Ro2b)

• Em termos de Q

2 2

o o

Inercia 1 Q b 1 m b 1

Viscoso 4 b R 4 b R

A aproximação é tanto melhor quanto menor for (b/Ro) e m, e maior for .

• Para conhecer a faixa de validade da aproximação proposta é necessário fazer uma análise de escala do problema.

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Solução

Equação Q. Mov: 2

12

r dP dc

dr dz

• Solução Pressão: 1 1 2

dPc P r c Ln r c

dr r

• Solução : 2 2

1 1 3 42

d zc z c c z c

2dz

• Condição não deslizamento: z = - b v = 0 & (-b) = 0 z = +b v = 0 & (+b) = 0

• Sendo v = (z)/r, resta definir (z) e dP/dr

• Substituindo (-b) = (+b) = 0 em (z) encontra-se c3 = 0 e c4 = -c1b2/2 e

22

1c b zz 1

2 b

• Considere que a pressão de descarga dos discos em P(Ro) = Po, isto é usualmente conhecido. Neste caso c2 = Po – c1Ln(Ro) então sol. P é:

O 1 O i O P r P c Ln r R para R r R

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Solução

Se a vazão Q for conhecida P é determinado Usando a definição de Q em função de P chega-se a:

A soluções para P e que dependem da definição da constante c1.

2

O 1 O i O

2b12

P r P c Ln r R para R r R

z c 1 z b para b z b

Há duas maneiras: conhecendo a pressão na entrada, P(Ri) = Pi ou a vazão Q

Se a pressão de entrada for conhecida, Pi Q é determinado P(Ri) = Pi sendo Pi > Po, então: Pi – Po = P = c1Ln(Ri/Ro) e

c1 = P/[Ln(Ri/Ro)] note que c1 < 0.

i O3

QP Ln R R

12 b

2

2

i O

b Pz 1 z b 0 p/ b z b e v r, z z r

2 Ln R R

(z)

b b 3

i Ob b

12 b PQ v r,z 2 rdz z 2 dz 0

Ln R R

Q

IM250 Prof. Eugênio Rosa

Resu

ltad

os

No modelo sem inércia, a pressão é máxima na entrada e decai.

O perfil de velocidade radial varia nas direções (r,z). Note que a medida que r aumenta a velocidade máxima diminui devido a divergência de área!

A vazão volumétrica que cruza qualquer seção r/Ro é sempre constante

Ri 0,2 m

Ro 0,8 m

b 0,007 m

rho 1249 kg/m3

mi 0,791 kg/m/s

P 1000 Pa

P0 100000 Pa

Q 0,0118 m3/s

V ref 0,3348 m/s

I/V 0,0162

dados simulação

Perfil adimensional Pressão Perfil de velocidade ao longo canal

FIM do mancal hidrostático

com discos paralelos

IM250 Prof. Eugênio Rosa

FIM DO TEMA SOBRE

MANCIAS HIDRODINÂMICOS

Tópico IV - HELESHAW FLOW

O aparato Hele-Shaw gera um escoamento dominado pela viscosidade mas que no plano de visualização é irrotacional. Esta técnica é utilizada para representar escoamentos potenciais, assunto das aulas 13 e 14.

IM250 Prof. Eugênio Rosa

How to build

The cell consists primarily of two

transparent plates separated by a

narrow gap. A thin spacer runs along

the internal edges of the plates to

maintain their separation and keep the

fluid from leaking out. Air bubbles

are introduced into the cell through a

port along one of the edges. The fluid

can be pushed or pulled through the

cell by a pump connected to other

ports. Alternatively, the cell can

simply be propped up at a slant or

mounted vertically so that gravity and

buoyancy move the fluid and the

bubbles.

• Nesta seção vamos demonstrar que o escoamento no plano (xy) no centro do canal é irrotacional.

Vista lateral e de topo

do cilindro dentro do

canal

z

x

y

x

h/d << 1

h/L << 1

h

L

2 2 2

2 2 2

2 2 2

2 2 2

u u 1 p u u ux u v

x y x x y z

v v 1 p v v vy u v

x y y x y z

Para escoamento laminar dominado por forças viscosas o sistema reduz

para: 2

2

2

2

1 p ux

x z

1 p vy

y z

Porque o espaçamento em z é muito menor que nas direções x e y e

portanto os termos d2u/dz2 e d2v/dz2 dominam!

Plano z,x Plano x,y

z, w

x, u y, v

x, u

h/d << 1

h/L << 1

L

Para escoamento laminar dominado por forças viscosas o sistema reduz

para:

Porque o espaçamento em z é muito menor que nas direções x e y e

portanto os termos d2u/dz2 e d2v/dz2 dominam!

O sistema:

2

2

2

2

1 p ux

x z

1 p vy

y z

As soluções das eqs. acima são dadas pelo escoamento de Poiseuille

2 22

2

22 22

1 p h h pu x y z z u x y z f z h

2 x 4 2 x z 1onde f z h

4h1 p h h pv x y z z v x y z f z h

2 y 4 2 y

, , , ,

, , , ,

Observe que : i. A dependência em z no perfil e u e v é introduzida pelo termo f(z/h) que é

também adimensional; ii. A pressão varia nas direções (x,y) e os termos associados ao grad. P

possuem unidade de velocidade! iii. Os termos (h2/2) p/y e (h2/2) p/y estão associados com a

dependência de u e v nas direções (x,y)

x, u

y, v

Na linha de centro, z = 0, f(0) =-1/4 e o

campo de velocidades deixa de possuir

dependência na direção z.

Os campos e u e v passam a ser:

2 2

2 2

h p h pu x y 0 u x y 0 U x y

8 x 8 x ou

h p h pv x y 0 v x y 0 V x y

2 y 2 y

, , , , ,

, , , , ,

A vorticidade no plano z = 0 é zU x y V x y

y x

, ,

Substituindo U(x,y) e V(x,y) em z encontra que z =0.

Conclui-se que na linha de centro, z = 0, o escoamento é irrotacional e

representa um escoamento de um fluido ideal!

x, u

y, v

FIM

top related