analgÉsicos opiÓides
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ANALGÉSICOS OPIÓIDES
Janay Stefany C. de Araújo
Jéssica Oliveira Souza
Universidade Estadual de Feira de SantanaDepartamento de Saúde
Curso: Ciências Farmacêuticas
Feira de SantanaNovembro, 2012
Introdução
Histórico Século III a.C – primeira referência inquestionável
ao ópio nos escritos de Teofrasto; Idade Média – algumas utilidades do ópio foram
difundidas; Em 1680 Sydenham escreveu:
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“Entre os remédios que o Todo-Poderoso achou convenientedar ao homem para aliviar seu sofrimento, nenhum é tão di-fundido e eficaz quanto o ópio.”
Introdução
Histórico 1806 – Seturner descreveu o isolamento de uma
substância pura de ópio (morfina); 1832 – Codeína (Robiquet); 1848 – Papaverina (Meck); 1973 – Descoberta dos 3 locais de ligação dos
opióides no cérebro. 1975- Descoberta do primeiro fator endógeno
semelhante aos opiáceos; 1994 – Descoberta do 4º local de ligação dos
opióides.3
Introdução
Indicação: Tratar e prevenir dor;
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Aspectos Químicos
A estrutura da morfina foi determinada em 1902. Dois anéis planares e duas estruturas alifáticas em
anel com ângulo aproximadamente reto.
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Aspectos Químicos
Naloxona
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Aspectos Químicos
Metadona
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Farmacodinâmica
Receptores opióides Existem 3 tipos de receptores µ, к e δ que medeiam os
principais efeitos farmacológicos dos opióides;
Medeiam ações muitas semelhantes, porém a distribuição heterogênea significa que neurônios e vias particulares são afetadas seletivamente por agonistas diferentes.
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Farmacodinâmica
Receptores opióides
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Farmacodinâmica
Receptores opióides
10Fonte: medicodehoy.com
Farmacodinâmica
Classificação Agonistas puros Agonistas parciais Misto de agonistas-antagonista Antagonista
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Farmacodinâmica
Classificação Agonista
Acentuada afinidade com receptores µ; Menor afinidade pelos receptores κ e δ;
Metadona afinidade por outros receptores não opioides.
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Etorfina Metadona
Farmacodinâmica
Classificação Agonistas parciais
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Morfina
Farmacodinâmica
Classificação Misto agonistas-antagonistas
Antagonista µ Agonista κ
A maioria desses fármacos tendem a causar disforia.
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Nalorfina Pentazocina
Farmacodinâmica
Classificação Antagonista
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Naloxona Naltrexona
Farmacodinâmica
Mecanismo de ação:Proteína Go Abertura K / Fechamento Ca
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Hiperpolarização da membrana neuronal
Diminuição da excitabilidade e da liberação de neurotransmissores
Farmacodinâmica
Ações farmacológicas ANALGESIA
Pacientes com dor: dor menos intensa ou desaparecida
Pacientes sem dor: náuseas e vômitos
Eficazes em dores agudas e crônicas
Menos úteis em dores dos membros fantasmas
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Antinociceptivo Reduz o componente afetivo da dor
Farmacodinâmica
Ações farmacológicas EUFORIA
Diminuição da ansiedade e angústia
Mediada pelos agonistas dos receptores µ
Balanceada pela disforia associada com a ativação dos receptores к
Diferentes opioides variam no grau de euforia que produzem
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Pacientes acostumados com a dor crônica, em geral o uso de opioide não causa euforia
Farmacodinâmica
Ações farmacológicas DEPRESSÃO RESPIRATÓRIA
Ação no trombo cerebral
Mediado pelos agonistas dos receptores µOcorre com doses terapêuticas
Causa comum de morte na intoxicação opioide aguda
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Queda na sensibilidade do centro respiratório à P co2
Aumento da P co2
Farmacodinâmica
Ações farmacológicas EFEITO SOBRE O TRATO GASTRINTESTINAL
Diminuição da secreção ácida no estômago
Redução da motilidade intestinal
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Demora no esvaziamento gástrico
Retarda a absorção
Redução da absorção de água
Constipação
Farmacodinâmica
Ações farmacológicas HIPOTENSÃO
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Liberação de histamina
Causa broncoconstriçãocontra-indicado para asmáticos
Farmacodinâmica
Ações farmacológicas SUPRESSÃO DA TOSSE
Ação direta no centro da tosse no tronco cerebral e em receptores µ, к localizados nas vias aéreas.
NÁUSEAS E VÔMITOS
Local de ação é a zona deflagradora quimiorreceptora, uma região do bulbo onde os estímulos químicos podem dar origem ao vômito.
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Farmacodinâmica
Ações farmacológicas CONSTRICÇÃO PUPILAR
Mediada pelos receptores µ, к do núcleo oculomotor.
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Constitui uma característica importante na superdosagem com morfina, pois a maioria das outras causas de coma
e depressão respiratória causam dilatação pupilar.
Farmacodinâmica
Tolerância Aumento da dose necessária para produzir determinado
efeito farmacológico. É instalada com rapidez. Identificada entre 12-24 horas após a administração. Se estende para a maioria dos efeitos dos opioides.
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Exposição contínua a esses fármacos.
Desenssibilizaçãodos receptores
Farmacodinâmica
Dependência Envolve fatores psicológicos e físicos Ocorre raramente nos pacientes que usam opioides como
analgésicos
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Dependênciafísica
Síndrome deabstinência
Dependênciapsicológica
Ânsia pelo fármaco
Opioides + AINEs
Efeitos aditivosAdministração de quantidades
menores
Menores efeitos adversos
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Exemplo: Codeína + Paracetamol
Farmacocinética
Vias de administração Dor aguda intensa: opióides fortes por via
parenteral (p. ex. morfina, fentanila); Dor inflamatória leve: AINEs (p. ex.
ibuprofeno) ou opióides fracos (p. ex. codeína) + paracetamol;
Dor intensa: opióide forte administrado por via oral, intratecal, epidural ou subcutânea.
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Farmacocinética
Morfina Usos: amplamente usada para dor crônica e aguda; Vias de administração: oral, intravenosa,
intramuscular, injeção intratecal; Posologia:
Adultos: 15 a 30 mg a cada 4 horas ; Para a dor de pacientes terminais deve-se montar um
esquema posológico a cada 4 horas até encontrar o nível desejado de analgesia.
Solução oral: cada 1 ml contém 10 mg de sulfato de morfina que corresponde a 26 gotas. Dose oral em adultos: 10 a 30 mg a cada 4 horas ou conforme prescrição médica.
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Farmacocinética
Morfina Absorção lenta; Biodisponibilidade das preparações orais: 25%; Meia vida de 3-4 h; Ligação às proteínas: 33%; Cruza a barreira hematoencefálica a uma
velocidade mais baixa que a codeína; Convertida em metabólito ativo (morfina 6-
glicuronídeo); Excreção: renal e biliar;
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Farmacocinética
Morfina Contra-indicação:
pacientes sensíveis à morfina ou aos componentes da fórmula;
com depressão ou insuficiência respiratória; asma brônquica aguda; arritmia cardíaca; aumento da pressão intracraniana e cerebroespinhal; danos cerebrais; tumor cerebral; alcoolismo; convulsões.
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Farmacocinética
Metadona Usos: dor crônica e manutenção de dependentes; Vias de administração: oral e injetável; Posologia:
Para dor: 2,5 a 10 mg a cada 3 ou 4 horas (adultos) Para a dependência de narcóticos: adultos de 18 anos
de idade ou mais: primeiramente, 15 a 40 mg uma vez ao dia
Solução injetável para a dor (adultos): 2,5 a 10 mg, por via intramuscular ou subcutânea, a cada 3 ou 4 horas se necessário
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Farmacocinética
Metadona Absorção: rápida; Biodisponibilidade: 36-100%; Meia-vida: longa (>24 horas); Início de ação lento; Principais efeitos adversos: os mesmo da morfina
(pouco efeito eufórico), pode ocorrer acúmulo; Excreção: renal e fecal; Contra-indicação: hipersensibilidade à metadona ou
componentes da fórmula e depressão respiratória.
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Farmacocinética
Codeína Uso: dor moderada (cefaléia) Via de administração: oral Absorção oral elevada Biodisponibilidade elevada Metabolismo hepático pequeno Ligação a proteína menos de 10% Meia-vida de 2-3 horas Excreção renal Grande parte inativa
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Farmacocinética
Codeína Efeito analgésico
Se deve à sua conversão em morfina efetuada pela enzima CYP2D6 do citocromo P450.
Efeito antitussígeno
Envolvem receptores diferentes, que se ligam à própria codeína no SNC.
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CODEÍNA PRÓ-FÁRMACO
Farmacocinética
Codeína Posologia
Administrar 50mg 3 vezes ao dia.
Contra-indicação
Crianças
Gestantes
Diarreia causada por envenenamento
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Farmacocinética
Codeína Interação com alimento
A administração do medicamento após as refeições pode levar a uma absorção retardada.
Deve-se administrar os comprimidos antes das refeições, com líquido.
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Farmacocinética
Naloxona Antagonista opioide Uso: tratamento de superdosagem de opioides Via de administração: Endovenosa(infusão contínua) Biodisponibilidade: 100% Metabolizada rapidamente pelo fígado Meia-vida: curta 1-2 horas Excreção: Via renal
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Farmacocinética
Naloxona Posologia
Adultos: 20-40 µg, a cada min, até reversão dos sintomas; Crianças: 0,01 mg/kg, a cada 3 min, até reversão dos sintomas. Contra-indicação
Hipersensibilidade à naloxona ( efeito idiossincrático)
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Farmacocinética
Naloxona CUIDADO!A naloxona pode desencadear dependência física;
Atenção para a dosagem!
Usada em situações emergenciais: COMA
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Farmacocinética
Meperidina Agonista atua no receptor µ no SNC; Usos: dor de intensidade moderada a severa; tremores
pós-operatórios (dose única) Via de administração
Oral: início de ação após 15min, e Cmax atingida após 1-2 horas
Parenteral: início de ação após 10min, e Cmax atingida após 1 hora Absorção: moderada V.O
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Farmacocinética
Meperidina Biodisponibilidade: oral é de + ou – 77% Metabolismo hepático: cerca de 50% Meia-vida: 3 horas
Lig. à proteínas: cerca de 60% Excreção renal , pequena quantidade é excretada sem
alteração
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Pacientes com cirroses, a biodisponibilidade aumenta cerca de 80%, e a meia-vida é prolongada!
Farmacocinética
Meperidina Posologia:
Adultos: 25-100 mg a cada 3-4 h, (Dmax diária de 500 mg).
Crianças: 1-1,5 mg/kg, a cada 3-4 h (Dmax diária de 100 mg). Contra-indicação :
Gestantes (atravessa a barreira placentária)
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A fração ligada á proteína é menor no feto, e consequentemente a livre é maior!
Farmacocinética
Meperidina CUIDADO!
Evitar o uso contínuo, pois pode ocorrer acúmulo do seu metabólito tóxico – normeperidina –, que pode produzir hiperexcitabilidade do SNC (tremores e convulsão).
Não deve ser usada por mais de 48 horas!
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OBRIGADA!44
Referências
GOODMAN, Louis Sanford; GILMAN, Alfred. As bases farmacológicas da terapêutica. Tradução Carlos Henrique de Araújo Cosendey et al. 11. ed. Porto Alegre: AMGH, 2010.
RANG, H. P. et al. Farmacologia. Tradução Tatiana Ferreira Robaina et al. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
SILVA, Penildon (Org.). Farmacologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
Bulas de medicamentos – Disponíveis em: http://www.medicinanet.com.br. Acesso em: 21 nov. 2012.
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