alma brasileira na música e na gastronomia
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Alma Brasileira na Música e na Gastronomia
Villa-Lobos
Homenagear a obra de Villa-Lobos através da gastronomia requer acima de tudo, muito amor e a percepção
da valorização da gastronomia brasileira. Convidamos para este desafio o Chef Ivo Faria, profissional
brasileiro de alma, que assim como Villa, teve importante experiência com a técnica da gastronomia
francesa, foi professor na faculdade de gastronomia da Suíça, viveu com intensidade o conhecimento da
cozinha europeia, mas na essência conduz sua cozinha com a valorização sabores do Brasil.
A seleção musical será interpretada pela conceituada soprano Julianne Daud, e por um trio de expressivos
músicos no piano, violino e violoncelo que interpretaram as obras de Villa-Lobos trazendo ao cenário do
evento a vivencia musical ressaltada pela composição com a gastronomia do Chef Ivo Faria.
Alma Brasileira na Música e na Gastronomia
Ivo Faria da Costa descobriu cedo a vocação para a culinária: aos 14 anos entrou para o curso técnico de cozinha.
Com o objetivo de ter uma formação completa, fez diversos estágios, trabalhou e ainda hoje participa de
diversos festivais de gastronomia como chef convidado, colaborador e consultor tanto no Brasil quanto no
exterior. Podemos destacar os Festivais de Cultura e Gastronomia de Tiradentes e Araxá, onde participa
ativamente de sua organização.
Eleito mais de dez vezes como melhor chef de cozinha pelas revistas Veja BH e outros veículos de comunicação
do meio gastronômico.
Essa trajetória rica em experiências diversas permitiu que, em 1995, surgisse o Vecchio Sogno Ristorante, um
espaço gastronômico elegante e requintado que se transformou em um dos mais concorridos e elogiados
restaurantes da capital mineira.
Ivo Faria foi entronizado no Confrade de Honra da Confraria dos Enófilos da Bairrada em Portugal, no no dia 26
de novembro de 2011, no Palace Hotel do Bussaco.
Chef Ivo Faria
Villa-Lobos é consagrado não apenas o maior compositor brasileiro, mas um dos mais importantes e decisivos
do século XX. Em pé de igualdade com nomes ilustres como o húngaro Béla Bartók e o russo Igor Stravinsky, ele
fez de sua obra a porta de entrada a um novo mundo sonoro baseado no ritmo da riqueza folclórica do Brasil.
Autentico o compositor não admitia influência: “Quando sinto alguma influência, me sacudo todo e pulo fora”
ressaltava aos franceses em 1923 em sua primeira viagem a Europa. Mas sofreu um impacto em sua criação
musical, após, na mesma viagem, surpreender-se profundamente ao ouvir a 'Sagração da Primavera', de
Stravinsky.
Villa Lobos
Assim como na música, na predileção
gastronômica Villa-Lobos valorizava as raízes
brasileiras. Em temporadas parisienses promovia
famosas feijoadas regadas a caipirinhas. Em um
desses encontros o amigo, escritor e músico
cubano, Alejo Carpentier, disse a seu respeito num
artigo de 1928: “Villa-Lobos é um dos poucos de
nossos artistas que se orgulham de sua
sensibilidade americana, e não tratam de
desnaturalizá-la. É uma palmeira que pensa como
uma palmeira, sem sonhar com pinheiros
nórdicos”.
Tom Jobim registrou um momento marcante em
sua vida, quando jovem, em 1956, conheceu o
compositor em sua casa. Na ocasião uma
soprano cantava com vigor, o rádio estava ligado
e as pessoas conversavam animadamente. Num
canto, Villa escrevia em uma folha pautada. Tom
perguntou-lhe se o barulho o incomodava: “Meu
filho, o ouvido de fora nada tem a ver com o
dentro”.
Entrada
Obras Orquestrais “Uirapuru” – uma
obra que recria os sons da Amazônia,
composta em 1917 o poema
sinfônico "Uirapuru", baseado em
material do folclore coletado em
viagens de Villa pelo interior do Brasil.
Na lenda que inspirou a obra, o
pássaro encantado - "rei do amor" - é
flechado no coração por uma moça
embevecida com a suave canção
transforma-se em um bonito jovem.
Darne de peixe sobre moquequinha
de abobora e molho de cupuaçu
1º Prato
Choros nº 5 – composto em 1925 leva
o subtítulo “Alma Brasileira” e é uma
das obras mais expressivas de Villa-
Lobos que definia o choro como “uma
nova forma de composição musical na
qual sintetizam-se as diferentes
modalidades das musicas populares e
indígenas do Brasil”.
Envelope de galinha caipira à
caipora sobre cremoso aipim
2º Prato
Bachiana nº 2 - Toccata Final, para
orquestra, correu o mundo com o
subtítulo de “Trenzinho Caipira”, escrita
em 1930 e estreada em Veneza em
1938, inspirada nas viagens de trem
que o compositor fez em 1931 para a
difusão da música de concerto pelo
interior do Estado de São Paulo.
Teclado de costelinha de porco em
baixa temperatura a moda sertaneja
Sobremesa
Bachiana nº 5 – a Ária: Cantilena
transformou-se na assinatura musical
internacional de Villa-Lobos, escrita
para soprano e oito violoncelos.
Infinita doçura
Bachianas Brasileiras No. 5 – Ária (Cantilena)
Heitor Villa-Lobos
Tarde uma nuvem rósea lenta e transparente.
Sobre o espaço, sonhadora e bela!
Surge no infinito à lua docemente,
Enfeitando à tarde, qual meiga donzela
Que se apresta e a linda sonhadoramente,
Em anseios d'alma para ficar bela
Grita ao céu e a terra toda a Natureza!
Cala a passarada aos seus tristes queixumes
E reflete o mar toda a Sua riqueza...
Suave a luz da lua desperta agora
A cruel saudade que ri e chora!
Tarde uma nuvem rósea lenta e transparente
Sobre o espaço, sonhadora e bela!
Apresentação da soprano
Julianne Daud
Julianne Daud, há mais de 20 anos, vem construindo uma admirável carreira na música lírica. Seus estudos tiveram início em 1990 com Marga Nicolai em São Paulo, daí em diante não parou mais.
Aprimorou suas técnicas na Itália entre 1994 e 1996. De volta ao Brasil, Julianne Daud esteve no palco ao lado de Marília Pêra no musical Master Class de Terence Mc Nelly e Claudia Raia no inesquecível musical “O Beijo da Mulher Aranha”.
Ao longo de sua vasta carreira podemos destacar também, os papéis principais em memoráveis apresentações como as óperas “A Flauta Mágica de Mozart”, ”O Barbeiro de Sevilha”, “Salvator Rosa”, “O Guarani” e “Joanna de Flandres”, esta última que ficou esquecida por 140 anos até ser totalmente restaurada, editada e apresentada por Daud sob direção do autor do projeto, o Maestro Fábio Oliveira.
Reila Criscia – reila@anagrama.com.brTels: 55 11 2503 1320 – ID Nextel 55*129*153696
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