agressividade a luz da teoria psicopedagÓgica
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FACULDADE CATÓLICA DE ANÁPOLIS INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDGOGIA INSTITUCINAL E CLÍNICA
CARMEM SILVIA DE SOUZA PASSOS
AGRESSIVIDADE A LUZ DA TEORIA PSICOPEDAGÓGICA
ANÁPOLIS 2012
CARMEM SILVIA DE SOUZA PASSOS
AGRESSIVIDADE A LUZ DA TEORIA PSICOPEDAGÓGICA
Trabalho apresentado à coordenação da Faculdade Católica de Anápolis para obtenção do título de Especialista em Psicopedagogia Institucional e Clínica sob a orientação da professora especialista Ana Maria Vieira de Souza.
ANÁPOLIS 2012
CARMEM SILVIA DE SOUZA PASSOS
AGRESSIVIDADE A LUZ DA TEORIA PSICOPEDAGÓGICA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação do curso de Psicopedagogia Institucional e Clínica, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Psicopedagogia Institucional e Clínica, sob a orientação da Profª Ana Maria Vieira de Souza.
Anápolis, ____ de ___________________ de 2012
Data de Avaliação: ____/____/____
BANCA EXAMINADORA
________________________________________ Ana Maria Vieira de Souza
Professora Orientadora
________________________________________ Arthur Vandré Pitanga Professor Convidado
________________________________________ Aracelly Rodrigues Loures Range
Professor Convidado
SUMÁRIO
Introdução ...................................................................................................................... 05
CAPÍTULO 1- METODOLOGIA ............................................................................... 08
1.1 CAMPO DE PESQUISA .......................................................................................... 08
1.2 TÉCNICAS ............................................................................................................... 11
1.3 PROCEDIMENTOS ................................................................................................. 11
CAPÍTULO 2- DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO ........................................... 13
1.1 INSTRUMENTOS UTILIZADOS ............................................................................ 13
1.1.1 Anamnese.............................................................................................................. 13
1.1.2 EOCA ................................................................................................................... 14
1.1.3 Pareja Educativa .................................................................................................. 15
1.1.4 Observação na sala de aula / fora da sala / materiais escolares .......................... 15
1.1.5 Realismo nominal ................................................................................................. 16
CAPÍTULO 3- RESULTADOS FINAIS E DISCUSSÃO ........................................... 17
3.1 INFORME PSICOPEDAGÓGICO .......................................................................... 17
1 Dados pessoais ........................................................................................................... 17
2 Motivo de encaminhamento ...................................................................................... 17
3 Tempo de investigação ............................................................................................... 17
4 Instrumentos utilizados .............................................................................................. 18
5 Análise dos Resultados nos aspectos .......................................................................... 18
Aspecto afetivo / emocional: ........................................................................................... 18
Aspecto social / cultural .................................................................................................. 18
Aspecto corporal: ............................................................................................................ 18
Aspecto Cognitivo Pedagógico ....................................................................................... 19
6 Síntese dos resultados – hipótese diagnóstica ............................................................... 19
7 Recomendações e Indicações ....................................................................................... 19
8 Outras Observações ..................................................................................................... 19
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 20
ANEXOS ....................................................................................................................... 21
INTRODUÇÃO
A psicopedagogia é uma ciência imbricada com outras ciências.
Segundo Beauclair (2004), a Psicopedagogia é a união entre a psicologia com a
pedagogia, sendo assim este trabalho vem legitimar ainda mais a função do Psicopedagogo no
processo de aprendizagem da criança, compreendendo a importância em não pular suas fases
e etapas respeitando e conhecendo a criança no seu desenvolvimento cognitivo dentro de uma
instituição infantil.
A instituição, objeto de estudo, atende crianças de 0 a 6 anos com grupo de “creche e
pré-escola”, Berçário e Maternal; Jardim I e Jardim II saindo pronta para criar e recriar suas
próprias ideias e seu aprendizado, a partida foi dada sua coordenação e seu raciocínio foram
desenvolvidos para saciar ainda mais o conhecimento.
A criança desenvolve-se e constrói seu conhecimento desde o seu nascimento e
acerca do ambiente que a envolve. Tudo se dá através de um processo de aprendizagem que
poderá ser criativo ou não.
Visca (2008) relata que o psicopedagogo deverá fazer uso de recursos de
intervenção. Esses recursos podem ser instrumentos verbais ou corporais, afim de que o
cliente encontre o equilíbrio e, com isso, ocorra a aprendizagem.
De acordo com Barbosa (2009), as crianças vão aprendendo ou não num momento
que é intimo e relacional, que é plural e individual, e que ao mesmo tempo se constroem como
pessoas pensantes, seres do conhecimento.
Aprender, é dar continuidade ao que foi exposto e deixar que as crianças possam
caminhar na certeza de que seus passos futuros serão respeitados e que no seu crescimento,
cresçam também suas conquistas e seu espaço na busca como profissional. Nunca se deve
esquecer que o profissional que se é hoje é resultado da base construída na infância.
A Psicopedagogia possui então a função preventiva, pois segundo Bossa (1994,
p.23):
Cabe ao psicopedagogo perceber eventuais perturbações no processo de aprendizagem, participar da dinâmica da comunidade educativa, favorecendo a integração, promovendo orientações metodológicas de acordo com as características e particularidades dos indivíduos do grupo, realizando processos de orientação.
Dessa forma, a Psicopedagogia é de fundamental importância, pois estuda o processo
de desenvolvimento humano e auxilia a criança em seus déficits de aprendizagem.
O psicopedagogo tem então, o importante papel de analisar o comportamento da
criança, observar como ela aprende, e propor meios para que essa criança obtenha melhores
resultados em sua vida escolar.
Segundo a ABPp, em seu artigo 6º, São deveres fundamentais dos psicopedagogos:
Manter-se atualizado quanto aos conhecimentos científicos e técnicos que tratem o
fenômeno da aprendizagem humana;
Zelar pelo bom relacionamento com especialistas de outras áreas, mantendo uma
atitude crítica, de abertura e respeito em relação às diferentes visões de mundo;
Assumir somente as responsabilidades para as quais esteja preparado dentro dos
limites da competência psicopedagógica;
Colaborar com o progresso da Psicopedagogia;
Difundir seus conhecimentos e prestar serviços nas agremiações de classe sempre
que possível;
Responsabilizar-se pelas avaliações feitas fornecendo ao cliente uma definição clara
do seu diagnóstico;
Preservar a identidade, parecer e/ou diagnóstico do cliente nos relatos e discussões
feitos a título de exemplos e estudos de casos;
Responsabilizar-se por crítica feita a colegas na ausência destes;
Manter atitude de colaboração e solidariedade com colegas sem ser conivente ou
acumpliciar-se, de qualquer forma, com o ato ilícito ou calúnia. O respeito e a dignidade na
relação profissional são deveres fundamentais do psicopedagogo para a harmonia da classe e
manutenção do conceito público.
O psicopedagogo, pode-se dizer, é um profissional altamente engajado com a
aprendizagem humana, que através de seus conhecimentos e técnicas, atende as necessidades
individuais de aprendizagem.
1 METODOLOGIA
O CMEI, objeto de estudo deste trabalho, é um C.M.E.I, que abriga 135 crianças
com faixa etária de 0 a 6 anos, situada a Av. Souzânia, esquina com JK 10, área pública, nº
01, bairro Nova Vila com Período integral.
Para a construção do presente trabalho foram feitos projetos, observações, diálogos,
entrevistas e atividades na proporção de conhecer melhor o funcionamento da instituição e
alunos.
A finalidade destas atividades, além de crescimento profissional, é solucionar
queixas que a instituição tem com algumas crianças e proporcionar meios afetivos, culturais e
sociais para que as crianças desenvolvam um bom relacionamento na sociedade e alcancem
um melhor rendimento escolar.
O C.E.I.M.H.O.S, possui uma administração competente e um ótimo atendimento às
crianças que ali são recebidas. a creche é uma instituição de Educação Infantil criada para
oferecer condições ótimas que propiciem e estimulem o desenvolvimento integral, sadio e
harmonioso da criança nos seus primeiros quatro anos de vida. (RIZZO, 1984, p. 23).
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, a
criança tem direito a um desenvolvimento integral, e a uma escola que o receba com todas as
condições para que esse desenvolvimento ocorra de forma eficiente e eficaz.
O C.E.I.M.H.O.S possui como objetivo não só cuidar, mas também educar, dando
assim condições para que as crianças se desenvolvam de forma efetiva em todas as áreas de
sua vida.
Portanto, pretende-se realizar nesta instituição uma importante pesquisa a qual fará
uma analise de sua estrutura física e pedagógica, ressaltando ainda mais sua importantíssima
contribuição para a comunidade.
2 ANÁLISE DA INSTITUIÇÃO
A Instituição é localizada em um bairro de classe média em Anápolis, acolhe 135
crianças com faixa etária entre 0 e 6 anos. C.E.I.M.H.O.S trabalha com a valorização,
respeitando a diversidade e etapas do desenvolvimento, desenvolvendo conteúdos de forma
interdisciplinar como atividades psicomotoras e pedagógicas.
Os professores são concursados e estão sempre em busca de uma educação com
qualidade.
O ambiente é limpo e agradável, com espaço grande para que as crianças possam
brincar e desenvolver vários tipos de projetos.
Ao entrar no C.E.I.M.H.O.S, percebe-se que a recepção é bastante aconchegante e
acolhedora, assim como uma escola particular.
Logo na entrada está a sala da diretora e da secretária. A sala de aula são próximas
umas das outras. O banheiro é do tamanho ideal para as crianças. Há um refeitório onde todos
se reúnem para um momento de lazer e alimentação. Boa parte interna do CMEI serve para
horta, que faz com que a comida feita pelas merendeiras fique ainda mais saborosa. Toda a
equipe desenvolve da melhor maneira possível suas funções para que esta instituição seja
modelo para todas que desenvolve esse trabalho e para aquelas que ainda virão para o CMEI.
C.E.I.M.H.O.S é mantido pela Prefeitura de Anápolis, inaugurado em março de 2006
e nomeado por Maura Helena em homenagem a uma professora, contadora e poetisa, filha de
Josefina de Oliveira que também era poetisa e de José Antônio Simões, nascida em 25 de abril
de 1942, no Rio de Janeiro, mudando para Anápolis em 1953, onde contribuiu com melhoria
na Educação. Enfrentou barreiras políticas, mas seu projeto foi desenvolvido com sucesso
com publicações em vários jornais de Anápolis.
2.1 OBJETIVOS
-Vivenciar a prática das crianças na escola, analisando suas dificuldades de aprendizagens,
desenvolvendo um trabalho de psicopedagogia.
- Relacionar com demais profissionais da área, a fim de obter maiores conhecimentos sobre
pedagogia e psicopedagogia.
2.2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Quadro 1- Pessoal Técnico Administrativo N
º
Nom
e
CA
RG
O/
FU
NÇ
ÃO
ESCOLARIDADE
Ensino
Fundamental
C I
Ensino Médio
C I
ENSINO SUPERIOR
PÓS-GRADUAÇÃO
C/Lic
C I
S/Lic
C I
01 Ana
Alessandra Lopes
AE X - X - X - - -
02 Diana
Mendonça Alves
ASHA- ME
X - X - - - - -
03 Doraci
Pereira dos S. Silva
AE X - X - X - - -
04 Elesiheide
L. de S. Braga
PIII X - X - X - - -
Graduada em Educação Infantil e Graduando-se
em Administração Escolar
05 Eliane
Rezende da Silva
ASHA-
ASG X - X - - - - -
06 Francille Medeiros
dos Santos PIII X - X - X - - -
Graduando-se em Neuropedagogia
07 Jaime
Siqueira da Silva
VD X - X - - - - -
08 José
Antônio Ribeiro
VN X - X - - - - -
09 José
Ferreira da Silva
VD X - - X - - - -
10 Juliana
Pereira de Siqueira
AE X - X - X - - -
11 Ivanete Alves L.
dos Santos
ASHA-ME
X - X - - - X - Graduando-se em
Serviço Social.
12 Ladislau Gomes Ribeiro
VN X - X - - - - -
13
Marcilene R. do
Nascimento
AE X - X - X - - -
14
Nelson Basílio F. Fernandes
AE X - X - - - X - Cursando Pós-Graduação em
Direito Tributário.
15 Raimunda Alves de Miranda
ASHA-
ASG X - X - - - - -
16 Rosimeire Aparecida da Silva
ASHA-
ASG X - X - - - - -
17 Silvia
Marra da Fonseca
AE X - X - - - - -
18 Simone
Cezário dos Santos
ASHA-ME
X - X - - - - -
19 Sunamita
Matos Teles PIII X - X - X - - -
Graduando-se em Administração
Escolar
20 Tatianne Ferreira da
Silva
ASHA-ME
X - X - - - X - Graduando-se em Recursos Humanos
Fonte: Projeto Político Pedagógico C.E.I.M.H.O.S, 2012
Quadro 2: Corpo Docente
Nº Nome
CA
RG
O/
FU
NÇ
ÃO
CA
RG
A
HO
RÁ
RIA
ESCOLARIDADE
Ensino
Médio
ENSINO SUPERIOR
PÓS-GRADUAÇÃO
C/Lic S/Lic Nome do Curso
C I C I C I
01 Adriana Lopes da
Silva PIII 157 X - X - - -
Graduada em Pedagogia e História. Pós-Graduada em
Gestão Educacional.
02
Fernanda Neres
Pereira Cardoso
P III 157 X - X - - - Cursando Pós-Graduação em
Psicopedagogia.
03
Iraídes Regina Correia Borges
PIII 157 X - X - - - Graduada em
Psicopedagogia.
04
Josiane Neres
Pereira Fernandes
PIII 157 X - X - - -
Graduarda em Psicopedagogia e
Metodologia de Ensino Superior
05
Maní Tavares Pimentel Chaves
P III 157 X - X - - - Cursando Pós-Graduação em
Psicopedagogia.
06 Maria
Galgani de O. Oliveira
P III 157 X - X - - -
07 Maria José Cardoso da
Costa PIV 210 X - X - - - Pós em História do Brasil
08
Maria Pereira de
S. Junqueira
PIII 157 X X Cursando Pós-Graduação em
Psicopedagogia.
09 MARCILENY
P III 157 X - X - - -
MARIA DE
SOUZA
10 Valdinéia
Reges Santos
P I 157 X - - - - -
Fonte: Projeto Político Pedagógico C.E.I.M.H.O.S, 2012
Quadro 3- Número de alunos matriculados em 2012
CURSO
GR
UP
O
NÚ
ME
RO
DE
CR
IAN
ÇA
S P
OR
T
UR
MA
CRIANÇAS REMOVIDAS DE TURMA
TO
TA
L D
E C
RIA
NÇ
AS
DE
SIS
TE
NT
ES
TO
TA
L D
E C
RIA
NÇ
AS
DE
SIS
TE
NT
ES
TO
TA
L D
E C
RIA
NÇ
AS
PO
R
GR
UP
O
DE
PARA
CRECHE (0<ANOS<3)
Berçário 11 - - - - 11
MI 15 - - - - 15
M II 16 - - - - 16
PRÉ-ESCOLA
(4<ANOS<5)
JI A 16 - - - - 16
JI B 25 25
J II A 25 - - - - 25
J II B 25 - - - - 25
TOTAL GERAL DE CRIANÇAS
133 - - - - 133
SALAS
TOTAL DE SALAS (ESPAÇO FÍSICO 06)
06
TURMAS
GRUPO
07
Fonte: Projeto Político Pedagógico C.E.I.M.H.O.S, 2012
2.1 Estrutura Organizacional Pedagógica
Na organização do um plano pedagógico, as ações e metas são desenvolvidas por
equipes profissionais, proporcionando a instituição, objetivos de melhoria dentro de umas
normas estabelecidas na Educação Infantil. O brincar, o cuidar e educar é uma das propostas
estabelecidas no C.E.I.M.H.O.S.
2.2.2 Metodologia de ensino
Tudo será organizado de modo que as crianças desenvolvam as seguintes
capacidades:
• desenvolvimento físico, motor emocional, intelectual, moral, ético, social, estético,
ampliação de suas experiências, estimulação do interesse pelo processo de conhecimento do
ser humano, da sociedade e da natureza;
Desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos linguagem
oral e escrita, a matemática, as artes visuais, a música e a natureza;
Compreensão de ambiente natural e social do sistema político, tecnologia das artes
e dos valores em que se fundamenta na sociedade;
Desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
Fortalecimento dos vínculos da família, os laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social;
Desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais
independente, com confiança em suas capacidades e percepções de suas limitações;
Estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças, fortalecendo sua
auto-estima e ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicação e interação
social;
Estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais, aprendendo, aos poucos, a
articular seus interesses e pontos de vista com os demais, respeitando a diversidade e
desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração;
Observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se cada vez
mais como integrante, dependente e agente transformador do meio ambiente e valorizando
atitudes que contribuam para sua conservação;
Brincar expressando emoções, sentimentos, pensamentos desejos e necessidades; •
utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita) ajustadas às
diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a compreender e ser
compreendido, expressar suas idéias, sentimentos, necessidades e desejos e avançar no seu
processo de construção de significados, enriquecendo cada vez mais sua capacidade
expressiva;
Conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando atitudes de interesse,
respeito e participação frente a elas e valorizando a diversidade.
Experimentar e utilizar os recursos de que dispõem para a satisfação de suas
necessidades essenciais, expressando seus desejos, sentimentos, vontades e desagrados, e
agindo progressiva autonomia;
Familiarizar-se com a imagem do próprio corpo, conhecendo progressivamente
seus limites, sua unidade e as sensações que ele produz;
Interessar-se progressivamente pelo cuidado com o próprio corpo, executando
ações simples relacionadas a saúde e higiene; brincar e relacionar-se progressivamente com
mais crianças, seus professores e com demais profissionais da escola, demonstrando suas
necessidades e interesses. Dentro desta proposta enfocaremos os Eixos de Trabalho:
Os conteúdos da Programação Curricular trabalhados na Educação Infantil serão
inseridos nos Eixos de Trabalho do Movimento, das Artes Visuais, da Música, da Linguagem
Oral e Escrita, da Natureza e Sociedade e da Matemática, ampliando e enriquecendo as
condições de inserção das crianças na sociedade.
2.2.3 Relação professor-aluno-Comunidade
O trabalho no Centro Municipal de Educação Infantil é fundamentalmente um
trabalho em equipe. O processo de crescimento das crianças apresenta conflitos e desafios.
O objetivo do C.E.I.M.H.O.S é proporcionar condições adequadas para promover o
bem-estar da criança e oferecer a ela meios para um aprendizado em conjunto.
A troca de informação com a família permitirá a construção de um projeto comum e
possibilitarão o desenvolvimento da criança que vai ao Centro Municipal de Educação todos
os dias, mas que acima de tudo vive com a família.
A criança deve ser auxiliada pelo professor, nas atividades que não puder realizar
sozinha; ser atendida em suas necessidades de nutrição, higiene e saúde; ter atenção especial
por parte do professor em momentos peculiares de sua vida, estabelecendo uma relação de
confiança entre ambos.
2.2.4 Avaliação
No Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, a avaliação é entendida
prioritariamente, como um conjunto de ações que auxiliam o professor a refletir sobre as
condições de aprendizagens oferecidas e ajustar sua pratica às necessidades colocadas pelas
crianças.
É um elemento indissociável do processo educativo que possibilita ao professor
definir critérios para planejar atividades e criar situações que gerem avanços na aprendizagem
das crianças. Tem como função acompanhar, orientar, regular e redirecionar esse processo
como um todo.
A avaliação far-se-á mediante o acompanhamento da criança em suas conquistas,
dificuldades e possibilidades, mediante acompanhamento e registro das habilidades, sem o
objetivo de promoção. Os resultados apurados mediante avaliação deverão ser registrados e
informados aos pais e/ou responsáveis a cada final de bimestre letivo.
2.2.5 Estratégia de Avaliação
Oral por todos os alunos;
Avaliação Institucional;
Diariamente de forma discursiva.
2.2.6 Calendário
A Lei nº 9394 de 20 de Dezembro de 1996, que estabelece as Leis de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, não explicita a carga horária da Educação Infantil, mas
conforme análises e pesquisas, pelo consenso das redes de ensino será adotado como
referencia o indicativo de 200 dias letivos.
No caso de Centro Municipal de Educação Infantil em virtude da necessidade da
comunidade, assim como por ser um direito estabelecido no Estatuto da Criança e do
Adolescente, a carga horária é mais abrangente chegando a ser superior a oito horas diárias.
O recesso escolar e as férias deverão ocorrer respeitando-se o estabelecido no
calendário escolar e prevendo-se intervalos letivos em julho e janeiro.
2.2.7 Conselho de Classe
O conselho de Classe é um momento que o professor tem para refletir e avaliar o
resultado pedagógico feito com os seus alunos. Na Educação Infantil não há necessidade para
tal avaliação.
2.2.8 Horário
O cotidiano nas turmas de Educação Infantil é dinâmico. Estas atividades de rotina
não possuem significado de enfadonhas, repetitivas mecanicamente, ou mesmo rígidas.
Elas na verdade, além de serem propiciadoras da construção de hábitos em geral são
muitas vezes pontos de referência na movimentação das crianças, auxiliando na ordem dos
acontecimentos, orientando a seqüência das atividades no dia, propiciando segurança, já que
as crianças vão ficando a par dos acontecimentos e assim não se sentirão perdidos sem saber o
que eu irá acontecer.
2.2.9 Cronograma de Elaboração e Reformulação do Projeto Político Pedagógico
Quadro 4 - Cronograma
Descrição das Atividades Setembro Outubro Novembro
Elaboração do Projeto de Pesquisa X
Apresentação do Projeto de Pesquisa-Ação a
unidade escolar (Educação Infantil)
X
Realização das entrevistas com a Família X
Análise das entrevistas realizadas no âmbito
escolar
X
Avaliação da pesquisa-Ação X
Apresentação dos resultados alcançados com a
pesquisa-ação
X
Fonte: A autora, 2012.
2.2.10 Prática Inclusiva
Receber essas crianças especiais dentro de uma instituição como o CMEI, torna-se
para o corpo docente um grande desafio, e como profissionais que somos, temos que
estabelecer momentos agradáveis para que todos possam interagir e perceber que essas
crianças tem todo direito à educação, um recurso diferenciado mas com o apoio especializado.
Centro Municipal de Apoio ao Deficiente (CEMAD) que são psicólogos,
fonoaudiólogos, pedagogos, psicopedagogos, assistente social e outros, com o mesmo
objetivo.
2.3. RECURSOS FINANCEIROS E HUMANOS
A Instituição M.H é mantida pela Prefeitura Municipal de Anápolis, onde recebe do
Governo Federal o FUNDEB e FUNDE, a verba do Programa de Autonomia Financeira
Institucional (PAFIE) e o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), Lei nº 11.947 –
16/06/2009, para suprimento das necessidades do CMEI.
2.4 ORGANOGRAMA
Gestora
Coord. Geral
Coord. Pedagógica
ASHA
SERV.
GERAIS
SERV.
GERAIS
MEREN-
DEIRA
MEREN-
DEIRA
VIGIA
SERV. GERAIS
MEREN-
DEIRA MEREN-
DEIRA
VIGIA
MÉTODOS E
RECURSOS
BERÇ.
MAT/
VESP
MAT I
MAT/
VESP
MAT II
MAT/
VESP
J I A
MAT/
VESP
J I B
MAT/
VESP
J II A.
MAT
J II B.
VESP.
Matutino Vespertino
2.5 ESTRUTURA FÍSICA
Quadro 5- Estrutura Física do C.E.I.M.H.O.S
Dependências Quantidade
Diretoria 01
Secretaria 01
Sala de Coordenação Pedagógica 01
Sala de Aula 06
Almoxarifado 01
Depósito de material de limpeza 01
Despensa 01
Refeitório 01
Recreio Coberto 01
Cozinha 01
Área de Serviço 01
Sanitário dos Funcionários 04
Sanitário dos Alunos 04
Fonte: Projeto Político Pedagógico C.E.I.M.H.O.S, 2012
3. DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO
3.1 DIAGNÓSTICO
Após passar por um período dentro da Instituição C.E.I.M.H.O.S, pode-se dizer que é
uma instituição inovadora, com alto índice de qualidade e com alguns problemas, como
qualquer outra organização. No que diz respeito à educação é um modelo para as demais
creches de Anápolis.
A gestora comporta-se com tranquilidade e transparência. Está sempre em busca de
qualidade e melhoria, despertando no profissional a importância do estudo, através de textos e
pautas.
A principal função do gestor escolar é realizar, por intermédio da administração, uma liderança política, cultural e pedagógica, a fim de garantir atendimento das necessidades educacionais de sua clientela, cuidando da elevação do nível cultural das massas. (HORA 2005, p. 18)
Apesar do esforço da gestora, percebe-se falta de interesse de alguns professores. Há
aqueles que estão sempre na mesmice, outros, há além de demonstrarem desinteresse,
demonstram também falta de criatividade. O C.E.I.M.H.O.S conta com professores que estão
a mais de 10 anos em sala de aula e ainda são PI (professor com magistério) o que mostra
profunda comodidade e falta de compromisso por parte desses educadores.
Felizmente há também uma parcela de professores compromissados com a Educação
e com a aprendizagem de seus alunos, procurando sempre o bem estar das crianças, fazendo
valer a pena seu título de educadora. De acordo, há necessidade de formação continuada para
que os professores se capacitem cada dia mais.
3.2 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
A proposta de intervenção psicopedagógica nasce após averiguação da necessidade
de formação continuada, onde percebe-se, segundo A. M. V. S., pedagoga, psicóloga,
especialista em Psicopedagogia e diretora do C.E.I.M.H.O.S que é através da leitura e do
estudo que o profissional será reconhecido. Dentro da instituição a gestora vem intervindo de
maneira sensata, com propostas de mudanças através da teoria de Freud, Winnicott e Alicia
Fernandes, para que o desenvolvimento da criança seja de boa qualidade e os profissionais
adquiram conhecimento.
Duas vezes no mês os professores reúnem com textos e pautas levados pela gestora, a
fim de explorarem o máximo possível de conhecimento.
Diante do fato de que para ensinar é preciso primeiramente saber, propõem-se que os
professores e psicopedagogos do C.E.I.M.H.O.S façam constantemente cursos extra –
curriculares, busquem novas formas de ensino-aprendizagem, atualizem-se tecnologicamente
e assim possam levar às salas de aula novas maneiras de ensinar e de interagir com as
crianças.
Portanto, as propostas de intervenções realizadas pela psicopedagoga foram:
*Grupos de estudos com temas pertinentes à realidade do C.M.E.I. Momentos estes
que foram de grande aproveito pois os professores puderam trocar experiências fazendo com
que cada professor cresça em conhecimento.
*Palestras sobre o meio ambiente e a alimentação saudável. Pois percebe-se que
grande parte dos problemas ambientais que vivemos não são por falta de políticas ambientais
e sim falta de informação e conscientização de cada cidadão.
*Psicopedagogia Institucional. Levar cada professor a fazer uma análise de seus
alunos para que a intervenção do profissional seja acionada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É importante ressaltar que a psicopedagoga exerce um papel importantíssimo
dentro dos C.M.E.I.S, contribuindo para o crescimento da instituição e das crianças que ali
frequentam. Ela veio para somar força com a escola, que antes contava somente a parte
pedagógica.
A Educação Infantil no Município de Anápolis, era oferecida em “creches”, sendo
estas de caráter assistencialista, gerenciadas pela Secretaria da Assistência Social do
município.
A partir da L.B.D nº 9394/96, o município de Anápolis, adéqua as novas
exigências da referida lei, transformando o que antes era chamado de “creches” em C.M.E.I
(Centro Municipal de Educação Infantil), com o objetivo que vai além do cuidar, mas
contempla sobretudo o educar, proporcionando condições adequadas para promover o bem
estar da criança, como também o seu desenvolvimento físico, motor, emocional, intelectual,
moral, ético, social e estético.
Esta mudança foi feita em parceria com o Conselho Municipal de Educação de
Anápolis que fixa as normas para a Educação Infantil no Sistema Municipal e privado de
ensino e dá outras providências através da Resolução CME nº 015 de 06 de junho de 2007,
Lei Orgânica Municipal. Esta resolução regulamenta a Educação Infantil no Município de
Anápolis, tanto das instituições mantidas pelo poder público municipal, quanto das mantidas
pela iniciativa privada.
Educação Infantil é uma fase significativa do desenvolvimento infantil, assim como as
crianças, que aprendem brincando, o profissional também educa e trabalha de maneira
prazerosa e feliz. Por meio desta pesquisa tive a oportunidade de aprofundar meus estudos e
aprimorar meus conhecimentos em relação a Educação Infantil, uma vez que estive envolvida
de maneira direta ou indireta com essa fase da educação.
A psicopedagogia institucional nasceu da necessidade da melhorar o processo ensino-
aprendizagem da criança. As dificuldades das crianças não podem ser vistas apenas como um
fator de não aprendizagem, é preciso verificar a fundo tudo o que se passa com essa criança,
para que o diagnóstico da não aprendizagem seja mais específico.
Através deste estudo foi possível compreender o quanto o trabalho realizado nos
Centros Municipais de Educação Infantil (C.M.E.I) é importante para o desenvolvimento
intelectual, físico e psicológico das crianças. Foi constatado que nos que nos dia de hoje, as
antigas “creches” (denominadas depósitos de crianças) não existem mais.
O que o município de Anápolis oferece nos dias atuais, são espaços organizados
denominados C.M.E.I.s, que têm como objetivo oferecer a criança a oportunidade de construir
seu próprio conhecimento através do cuidar, brincar e educar, tendo como eixos de trabalho o
estudo com a música, movimento, arte, natureza e sociedade, matemática e a língua
portuguesa, oferecida por profissionais qualificados e tendo como resultado uma Educação
Infantil de qualidade.
Portanto, é um trabalho que merece atenção, pois seu resultado já começa a ser
percebido nas crianças e também pela sociedade, fazendo com que, no futuro, possamos
contar com adultos autônomos e cidadãos críticos.
A Psicopedagogia enquanto ciência no espaço do C.M.E.I vem se comprometendo a
esclarecer as relações da criança com o meio, com o próximo e consigo mesmo.
REFERÊNCIAS
ABPp – Associação Brasileira de Psicopedagogia. Disponível em <www.abpp.com.br.> Acesso em: 26 set. 2012. BARBOSA, Laura Monte Serrat. Psicopedagogia: Um diálogo entre a Psicopedagogia e a educação. Curitiba: Ed. Bolsa Nacional do Livro, 2006.
BEAUCLAIR, João. Psicopedagogia: Trabalhando competências, criando habilidades. Coleção Olhar Psicopedagógico, Editora WAK, Rio de Janeiro 2004.
FERNÁNDEZ, Alícia. A inteligência aprisionada. Porto Alegre. Artes Médicas, 1990.
HORA, Dinair Leal da. Gestão democrática na escola. Campinas: Papirus, 2005
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