aea de patologia
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO CENTRO-OESTECURSO DE FARMÁCIA
PRINCIPAIS PATOLOGIAS PARASITÁRIAS E IMUNOLOGICASQUE ACOMETEM A POPULAÇÃO DO ENTORNO DO UNIDESC
E OS MEDICAMENTOS USADOS
DANIEL BRUNOELIENE NUNES E SILVA
ÉRICA NARJARA S. BRITOKELLY MARIA DOS SANTOS
RAYANE M. MORAIS
LUZIÂNIA-GO
2010
Orientador: Prof. Ms. Ellen Cristina
Trabalho Científico apresentadocomo requisito para aprovação naDisciplina de Patologia.
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DANIEL BRUNOELIENE NUNES E SILVA
ÉRICA NARJARA S. BRITOKELLY MARIA DOS SANTOS
RAYANE M. MORAIS
PRINCIPAIS PATOLOGIAS PARASITÁRIAS E IMUNOLOGICASQUE ACOMETEM A POPULAÇÃO DO ENTORNO DO UNIDESC
E OS MEDICAMENTOS USADOS
LUZIÂNIA- GO
2011
Orientador: Prof. Ms. Ellen Cristina
Trabalho Científico apresentadocomo requisito para aprovação naDisciplina de Patologia.
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“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção,proteção e recuperação.”
(Constituição Federal de 1988, artigo 196)
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RESUMO
O presente estudo traça o perfil das principais patologias parasitárias e
imunológicas que acometem a população do entorno do CENTROUNIVERSITÁRIO DO CENTRO-OESTE e os medicamentos utilizados por essapopulação. Os resultados foram obtidos através de uma pesquisa de campo,com aplicação de questionários, onde uma amostra de moradores prestaraminformações voluntariamente para tabulação desses dados. Foi apresentadoum alto índice de patologias parasitárias e imunológicas, onde a maioria dapopulação procura orientação medica. A dengue predomina como principaldoença parasitária existente na região pesquisada. A giárdia atinge na grandemaioria as crianças. A hanseníase assim como as patologias citadas
anteriormente está relacionada ás baixas condições de vida impostas ásclasses mais baixas da sociedade. Fazem-se necessárias também melhorescondições de vida e educação sanitária para a população. De todas aspatologias citadas, a prevenção é a forma mais eficiente de tratamento.Investindo em campanhas de prevenção e melhorando as condições básicasde vida da população é a única forma de se reverter o quadro existente.
Palavras-chaves: dengue, hanseníase, giardíase, parasitas, tratamento.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................... 06
2. OBJETIVOS........................................................................................ 13
3. MATERIAIS E MÉTODOS.................................................................. 14
4. RESULTADOS.................................................................................... 16
5. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO............................................................ 17
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................... 19
7. ANEXOS............................................................................................. 20
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1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho consiste numa revisão bibliográfica feita através de
material impresso e em sites de busca na internet, como Scielo e Birene, sobre
as principais patologias parasitárias e imunológicas que acometem a população
do entorno do Centro Universitário de Desenvolvimento do Centro-Oeste
(UNIDESC) e os medicamentos utilizados.
Foi dedicada atenção especial a doenças como a dengue, a giardíase e
a hanseníase, tendo como base um levantamento feito através de 40
(quarenta) questionários aplicados na região do Entorno do UNIDESC, ou seja,
nos municípios de Cidade Ocidental, Luziânia e Valparaíso de Goiás, foi feita
uma investigação nas Secretarias de Saúde desses municípios, no setor de
Vigilância Epidemiológica, foi constatado que realmente existem notificações
sobre essas doenças nesses municípios.
Neste trabalho estão sumarizadas referências sobre os principais
fármacos utilizados no tratamento da dengue, giardíase e hanseníase,
destacando-se também a importância em se manter a qualidade da saúde da
população através da prevenção destas doenças.
A dengue é uma doença infecciosa febril aguda que é caracterizada, em
sua forma clássica, por grandes transtornos físicos à pessoa doente.
Atualmente a dengue, entre as várias doenças que são transmitidas por
vetores, está sendo considerada como um dos principais problemas de saúde
pública, não só no Brasil, como em todo o mundo (CAMARA, 2007).
O vírus responsável pela transmissão da dengue é da família flaviridae
transmitido pelo mosquito Aedes aegypti , que se infecta após picar indivíduos
contaminados. Esse mosquito é de origem africana e chegou ao Brasil nosnavios negreiros na época da escravidão. A dengue é considerada uma doença
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com um grande potencial de expansão e que possui um caráter endemo-
epidêmico em praticamente todos os continentes do globo. A doença é
manifestada, de forma geral, de maneira benigna, porém pode evoluir para o
tipo mais grave da doença, ou seja, a dengue hemorrágico (FRANÇA, ABREU
e SIQUEIRA, 2004).
De acordo com Tauil (2002), o vetor Aedes aegypti que é responsável
pela transmissão da dengue é doméstico e tem atividade hematofágica de
hábitos diurnos, utilizando principalmente água limpa e parada para o depósito
dos seus ovos, os quais resistem à dessecação, esse vetor tem mostrado uma
grande capacidade de adaptação. A infecção pela dengue pode causar desde
formas clinicamente assintomáticas até casos graves de hemorragia e choque,
podendo o doente evoluir para óbito. São quatro os sorotipos da dengue o
DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4, sendo que após a infecção por um desses
sorotipos confere proteção permanente para o mesmo sorotipo e também
adquire imunidade parcial e temporária contra os outros três (ORGANIZAÇÃO
MUNDIAL DE SAÚDE, 2001).
Conforme o Ministério da Saúde (BRASIL, 2007) é considerado
clinicamente acometido por dengue todo o paciente que apresentar doença
febril e aguda, com duração máxima de até sete dias, essa febre pode vir
acompanhada de cefaléia, mialgia, dor retroorbitária, artralgia, prostração ou
exantema associado ou não à presença de hemorragia; e também ter estado
nos últimos quinze dias em áreas onde tenha ocorrido transmissão de dengue
ou tenha tido a presença do mosquito Aedes aegypti .
A dengue hemorrágica é considerada uma condição clínica grave e se
manifesta de três a cinco dias depois da clássica, são vários os sintomas entre
eles tem o aparecimento de hemorragias em pequenas quantidades, quando a
doença fica mais grave o fígado fica mole e doloroso e as cólicas abdominais e
a hemorragia aumentam, atingindo o tubo digestivo e os pulmões (CHIN,
2002). Na forma hemorrágica a hospitalização é importante para o tratamento
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sintomático, visando controlar a febre e dos sintomas que possibilitam um
agravamento do quadro conforme Organização Mundial de Saúde (2001).
A dengue é uma doença viral que ainda não possui um tratamento
específico e ainda não tem vacina, o que a torna eminentemente sintomáticoou preventivo das possíveis complicações. Os pacientes sintomáticos que
apresentam febre elevada ou dor é tratada com o uso de antitérmicos e
analgésicos, como a Dipirona e o Paracetamol, porém os fármacos que
contenham ácido acetilsalicílico não devem ser usados, porque podem causar
sangramento devido à queda de plaquetas no sangue durante a doença, nos
casos mais graves da doença se faz necessário a internação do paciente para
acompanhamento médico (KOYAMA e BALDISSERA, 2009).De acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2007), o único método
atualmente disponível para a prevenção da dengue é o combate do vetor, que
necessita da atuação dos serviços de saúde e também da participação direta
da população que exerce papel fundamental, porque o habitat do mosquito é
principalmente no ambiente doméstico. O controle da dengue é considerado
um dos maiores desafios para a saúde pública brasileira em relação aos
aspectos ambientais, porque a distribuição do vetor Aedes aegypti é cada vezmais abrangente e a identificação precoce dos casos é de vital importância
para se tomar em decisões e programar medidas, visando principalmente o
controle da doença.
A giardíase é uma doença caracterizada por uma infecção intestinal
causada pelo protozoário flagelado denominado Giardia lambia esse
protozoário pode ser responsável por um quadro de enterite, geralmente
benigno (QUADROS, 2004).De acordo com Rey (2001), a giardíase é considerada uma doença
parasitária que é apontada como indicador de desenvolvimento sócio-
econômico de um país; as doenças parasitárias representam um problema
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sério de saúde pública principalmente nos países subdesenvolvidos e em
desenvolvimento devido às condições higiênico-sanitárias, fazendo com que
haja uma propagação das enfermidades parasitárias.
A giardíase é transmitida pelo protozoário flagelado Giardia lambli, esse
protozoário não afeta somente humanos, mas também animais domésticos e
silvestres. Está dentro da ordem dos diplomonadida tem motilidade ativa e se
reproduz no intestino, o cisto é resistente e está presente no meio ambiente
(QUADROS, 2004).
As concentrações de cloro que são utilizadas no tratamento da água não
conseguem matar os cistos da Giardia lamblia . Não se transmite a giardíase
pelo sangue, mas ela pode ser transmitida pela colocação de qualquer coisa na
boca que tenha entrado em contado com fezes contaminadas e também
através de água de piscinas, lagos, rios, fontes, banheiras, reservatórios de
água que possam estar contaminado por fezes de animais e/ou seres humanos
infectados ou através da ingestão de alimentos mal cozidos contaminado por
Giardia (UCHOA, 2001).
Nas infecções com sintomas da giardíase ocorre um quadro de diarréia
crônica, esteatorréia, cólicas abdominais, sensação de distensão, podendo
levar perda de peso e também desidratação. Algumas infecções podem ser
assintomáticas (SOGAYAR, 2001).
O tratamento da giardíase é feito como os fármacos metronidazol ou
tinidazol. Essa doença infecta todas as pessoas, porém crianças e mulheres
grávidas podem estar mais susceptíveis a desidratação causada pela diarréia,
portanto nesses casos deve-se administrar a fluiodoterapia, quando se fizer
necessário. Utiliza-se o furazolidona que também é utilizada no tratamento deamebíases (UCHOA, 2001).
Conforme Sogayar (2001) para se prevenir a doença é muito importante
evitar ingerir água ou alimentos que possam estar contaminados com fezes
que contenham os cistos do protozoário. Fazer uma educação sanitária com a
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população é de extrema importância; e a água que for proveniente de
abastecimentos públicos que sejam localizados em áreas de risco deve ser
filtrada. A investigação epidemiológica é necessária para se saber a fonte da
infecção e o modo de transmissão, com o objetivo de se identificar e eliminar o
veículo comum de transmissão. O controle da transmissão de pessoa para
pessoa exige higiene rígida pessoal e disposição sanitária das fezes.
A hanseníase é uma doença de caráter infecto-contagiosa e crônica
desenvolvida pelo bacilo de Hansen, em homenagem ao seu descobridor o
cientista norueguês Gehard Amauer Hansen, esse bacilo possui alta
infectividade, porém com baixa patogenecidade. Essa doença é existente e
estigmatizada desde os tempos antigos e ainda possui um grande preconceito
até os dias atuais, mesmo possuindo tratamento (PENNA et al, 1998). De
acordo com Araújo (2003) o Brasil é o segundo país do mundo em número de
casos de Hanseníase, perdendo apenas para a Índia.
Conforme Talhari e Neves (1989) a Hanseníase também conhecida
como Mal de Hansen ou Doença de Hansen é causada pelo bacilo álcool-
resistente Mycobacterium leprae que tem predileção pelas células cutâneas e
nervosas periféricas do corpo em especial aos nervos da face e extremidades,
como braços e mãos; pernas e pés; a transmissão do bacilo é feita de forma
direta, ou seja, pelo convívio íntimo e prolongado com pessoa infectada.
A incidência da hanseníase está relacionada às baixas condições de
vida imposta as pessoas que pertencem às classes miseráveis da sociedade e
que estão mais suscetíveis ao desenvolvimento de doenças, ou seja, essa
doença está relacionada a fatores de cunho social e também econômico da
população (MATTOS, 2002).
A Hanseníase Indeterminada é considerada a primeira manifestaçãoclínica da doença e as lesões aparecem após um período de incubação que
pode variar de dois a cinco anos. Essa fase é caracterizada pelo aparecimento
de lesões na pele de forma superficial com perda da sensibilidade que podem
se manifestar tanto pelo calor, quanto pela dor ou pelo tato, nesse estágio da
doença a baixa presença de bacilos faz com que essa forma não permita o
contágio (ARAÚJO, 2003).
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A Hanseníase Tuberculóide também é uma fase não contagiosa da
doença, caracteriza-se pelo aparecimento de lesões cutâneas e nervosas bem
delimitadas no portador, ocorre à descamação da pele e a ausência de
sensibilidade é mais intensificada que na hanseníase indeterminada. Uma
importante particularidade nesse tipo se hanseníase é a resistência no quadro
evolutivo da doença (MATTOS, 2002).
A Hanseníase Virchowiana é caracterizada pelo alto índice de
contagiosidade com evolução crônica, apresentando nódulos em vários lugares
do corpo como orelhas, face e nariz, a pele do portador pode apresentar-se
inchada principalmente na face (MATTOS, 2002).
A Hanseníase Dimorfa possui alto grau de transmissibilidade e pode
apresentar de forma semelhante às formas Tuberculóide e Virchowiana é
apresentada por manchas eruptivas na pele, anestesias localizadas e também
perfurações de algumas regiões (FOSS, 1999).
Antigamente quando não existiam medicações para o tratamento e cura
da hanseníase, as pessoas portadoras dessa doença eram recolhidas e
isoladas em locais denominados de hospitais-colônias, sendo afastadas do
convívio social, numa tentativa de se diminuir as chances de contágio e
proliferação da doença (FOSS, 1999).
Conforme Araújo (2003) o tratamento da hanseníase deve ter início
precocemente, para se evitar o aparecimento de novos casos contagiantes,
para assim, quebrar a cadeia epidemiológica, impedindo a instalação de
incapacidades físicas que contribuem para os desajustes sociais.
A PQT consiste no esquema poliquimioterápico que possui um esquema
terapêutico apropriado para cada forma clínica da doença, levando-se em
conta toda a história clínica do paciente. Esse esquema poliquimioterâpico temcomo objetivo a associação de drogas no tratamento e cura da hanseníase, os
medicamentos são fornecidos gratuitamente em todo país (FOSS, 1999).
Existem três fármacos que são utilizados no esquema poliquimioterápico
da hanseníase a dopsona, a clofazimina e a rifampicina. Nas formas
Indeterminada e Tuberculóide são usados a dopsona e a rifampicina, já os
pacientes das formas Dimorfa e Virchowiana recebem os fármacos dopsona,
rifampicina e clofazimina. Há também o acompanhamento fisioterápico para se
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prevenir ou diminuir as incapacidades físicas decorrentes da doença. Pode ser
necessário o tratamento cirúrgico para se corrigir as incapacidades físicas já
instaladas pela doença (ARAUJO, 2003).
A prevenção da hanseníase baseia-se no diagnóstico precoce da
doença, com o objetivo de se fazer o reconhecimento das áreas endêmicas
para iniciar um trabalho de divulgação de informações nas regiões afetadas,
treinar as equipes de saúde e realizar exames e acompanhamento dos
familiares do doente. A vacina BCG aumenta a resistência das pessoas contra
a hanseníase, devem se aplicadas duas doses da vacina. A educação sanitária
à população também faz parte da prevenção da doença (TALHARI e NEVES,
1997).
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2. OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo a explanação de patologiasparasitarias e imunológicas, e averiguar os medicamentos usados poressa população para o tratamento dessas. Tais informações serão degrande valia em trabalhos escolares e universitários voltados para adisciplina de patologia. E também como fonte de informação apopulação moradora desses municípios.
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3. MATERIAIS E MÉTODOS
Foram distribuídos 40 questionários para moradores do entorno da
UNIDESC (Centro Universitário de Desenvolvimento do Centro-Oeste).Todos os 40 questionários foram tabulados no programa Microsoft Excel,
fornecendo os seguintes resultados.Entre os 40 moradores entrevistados, 100% afirmam ter algum amigo,
parente ou vizinho que tenha ficado doente nos últimos meses. Entre asdoenças citadas pelos entrevistados a dengue representou 45%, agiardíase 23%, a hanseníase 8% e outras doenças 25%, conforme épossível verificar no gráfico a seguir.
Quando perguntado se conhecem alguma crianças que esteja ou esteve
com a patologia citada nos últimos tempos 55% responderam que sim.Entre os entrevistados, 23% apresentam algum problema de saúde efazem uso de medicamentos específicos para sua patologia.
11% 2%
5%
43%5%
6%
22%
6%
Principais medicamentos utilizados pela
população entrevistada
Captropil
Ciprafloxacino
Diabinese
Lansoprazol
Metiformina 50mg
Metronidazol
Paracetamol
Rifampicina
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Quando questionados sobre a frequência em que procuram visitar omédico 60% dos entrevistados alegam acompanhamento médico regular,
45% fazem exames de rotina como: exame de sangue, exame de fezes eexame de urina. Ainda relacionado ao assunto de prevenção, 70% afirmampraticar alguma atividade de prevenção de imunológicas e parasitarias. Asformas de prevenção mais citadas foram: Atividades físicas (39%), Bonshábitos de higiene (32%), Boa alimentação (11%) e Outras formas deprevenção (18%).
Quando questionados sobre a prevalência de doenças imunológicas eparasitarias existentes nos municípios pesquisados, 50% dos entrevistadosnão sabem quais são as doenças que mais afetam a região onde moram.
Os outros 50% citaram algumas doenças parasitarias e imunológicas,
dentre elas a dengue, a giardíase e a hanseníase.Apenas 30% faz uso de remédios regularmente. 65% faz uso de
medicamentos por conta própria, sem orientação médica. 23% fazem usode medicamentos naturais ou alguma planta medicinal.
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4. Resultados
Através da tabulação de dados, foi possível constatar que a população
do entorno do UNIDESC apresenta doenças parasitárias e imunológicas emnúmeros preocupantes.
Dentre todas as patologias a que mais se destacou foi a dengue. Combase em dados divulgados pela Secretária de Saúde de Goiás, no dia 23 deabril de 2011, foram registrados 84.081 casos. Dentre os municípios commaiores números absolutos de casos está a cidade de Luziânia, onde doisóbitos foram confirmados até o momento. Dentre os principais fatores queinfluenciam a expansão da doença na região está o aumento da população emáreas urbanas, o abastecimento irregular de água, aumento do lixo urbano,
aumento do transporte de pessoas, que favorece a disseminação do vírus quecausa a dengue e a dispersão do seu vetor. Os medicamentos mais utilizadospela população são os antitérmicos e analgésicos, como Dipirona e oParacetamol.
A giardíase também apresentou números significativos na pesquisa.Essa patologia afeta principalmente a população de baixa renda, que vivem emcondições precárias de saneamento básico e higiene. Em alguns pontos dascidades entrevistadas foi possível visualizar esgotos a céu aberto. As criançasforam apontadas como maioria dos casos de giardíase na região do entorno doUNIDESC. O medicamento mais utilizado pelos infectados está o metronidazolou o tinidazol.
A hanseníase também se destacou nesse estudo. Alguns casos depessoas doentes foram encontrados. Os mesmos estão em fase de tratamentocom a poliquimioterapia (PQT) . Os pacientes se dirigem mensalmente aoserviço público de saúde para tomar a dose supervisionada por profissionais desaúde, e fazer a retirada das doses que tomarão diariamente em casa.
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5. Discussão e Conclusão
Esse estudo possibilita a identificação das principais doençasparasitárias e imunológicas que acometem a população existente no entorno
do UNIDESC.Diante desses resultados alarmantes, torna-se necessário adotar meios
de prevenção dessas doenças e sua propagação. A dengue, hanseníase e agiardíase afetam principalmente a população mais carente de recursos desaúde e saneamento básico. Para evitar uma endemia dessas patologias naregião é necessário identificar e tratar os casos sempre com orientaçãomédica.
A dengue predomina como principal doença parasitária existente naregião pesquisada. Embora as entidades de saúde invistam em campanhas de
combate ao vetor da dengue, a população precisa se conscientizar que exercepapel fundamental no combate dessa patologia.A giardíase também atinge a população do entorno do UNIDESC de
forma preocupante. A grande maioria dos infectados são crianças. Assim comoa dengue, a prevenção da giardíase está relacionada com educação sanitáriada população, evitando ingerir água ou alimentos que possam estarcontaminados com fezes que contenham os cistos do protozoário.
Os casos de hanseníase registrados na pesquisa mostram anecessidade de novos estudos para entender melhor a forma dedesenvolvimento dessa patologia na região. É necessário intensificar as
campanhas de prevenção e diagnostico da hanseníase entre a população queainda é carente desse tipo de informação. A situação atual é preocupante, umavez que o controle da hanseníase é baseado no diagnostico precoce de casos,seu tratamento e cura, visando eliminar fontes de infecção e evitar sequelas.
Fazem-se necessárias também melhores condições de vida e educaçãosanitária para a população. Portanto, as ações dos profissionais de saúde sãoindispensáveis para auxiliar essa população a encontrar o tratamentoadequado. Os farmacêuticos principalmente possuem a missão de garantir queos medicamentos adquiridos por essa população, não seja o causador ou
provedor de malefícios àqueles que o consomem. Adotando a AtençãoFarmacêutica como uma Política Pública de Saúde no Brasil é mais do queapenas outro ato legal, é um passo a mais na garantia da qualidade de vida detoda uma nação (CUNHA, K.F. 2010).
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De todas as patologias citadas, a prevenção é a forma mais eficiente detratamento. É necessário fazer campanhas de divulgação junto à populaçãodos sintomas e sinais das patologias prevalentes em seus municípios. Osaneamento básico é a medida de saúde pública mais eficaz quando se fala
em prevenir doenças parasitarias e imunológicas. Investir em campanhas deprevenção e melhorar as condições básicas de vida da população é a únicaforma de se reverter o quadro existente, e assim garantir a todos o direitode usufruir uma vida saudável.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAUJO, M.G. Hanseníase no Brasil. Revista da Sociedade Brasileira deMedicina Tropical, Belo Horizonte/MG, v. 36, n. 3, p. 373-382, mai-jun/2003.
BRASIL. Ministério da Saúde. Diretoria de Vigilância Epidemiológica Gerênciade Controle de Zoonoses. Situação da dengue no Brasil e em SantaCatarina. Florianópolis: Diretoria de Vigilância Epidemiológica, p. 1-5, 2007.
CAMARA, F.P. et al. Estudo retrospectivo (histórico) da dengue no Brasil:características regionais e dinâmicas. Revista da Sociedade Brasileira deMedicina Tropical, Uberaba, v. 40, n. 2, abril/2007.
CARDOSO, G.S. et al. Frequência e aspectos epidemiológicos da giardíase emcreches no município de Aracajú, SE, Brasil. Revista da Sociedade Brasileirade Medicina Tropical, Uberaba, n. 13, p. 63-65, 1995.
CHIN, J. et al. Manual de controle das doenças transmissíveis. PortoAlegre: Artmed, 2002.
CUNHA, K.F. ; Políticas Publicas X Atenção Farmacêutica. Disponível em:< http://www.webartigos.com/articles/54220/1/Politicas-Publicas-x-Atencao-
Farmaceutica/pagina1.html#ixzz1Q9FdD0Y1>. Acesso em: 10 mar. 2011, 16:47:29.
FOSS, N.T. Hanseníase: aspectos clínicos, imunológicos e terapêuticos. AnaisBrasileiros de Dermatologia, v. 75, p. 745-743, 2000.
FRANÇA, E. ; ABREU, D.; SIQUEIRA, M. Epidemias de dengue e divulgaçãode informações pela imprensa. Caderno de Saúde Pública, v. 20, n. 5, p.1334,2004.
KOYAMA, A.M. ; BALDISSERA, V.D.A. Descrição dos casos de dengue na
região sul do Brasil, de 2001 a 2005. Arquivo de Ciências em SaúdeUNIPAR, Umuarama, v.13, n.3, p. 125-132, maio/ago. 2009.
MATTOS, D.M. Fora do Arraial: hanseníase e instituições asilares emSanta Catarina (1940-1950). 2002. 239f. Dissertação (Mestrado em HistóriaSocial) Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade deSão Paulo, 2002, p. 13-18.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Dengue hemorrágica: diagnóstico,tratamento e controle. São Paulo: Santos, p. 15-30, 2001.
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ANEXOS
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Centro Universitário de Desenvolvimento do Centro-OesteMantido pela Associação Educacional do Planalto Central-AEPC
Credenciado pela Portaria MEC nº 1.670, de 05/10/2006 – D.O.U. 06/10/2006
Questionário a ser aplicado na realização da pesquisa intitulada: Principais patologias
parasitárias e imunológicas que acometem a população do entorno do UNIDESC e os
medicamentos utilizados. Essa entrevista corresponde a uma das etapas da Atividade de
Ensino-Aprendizagem - AEA - da disciplina Patologia, 4° período do curso de Farmácia e 3º
período do curso de Enfermagem. Os dados coletados serão utilizados para mapear as doenças
prevalentes no entorno da IES e a conduta da população em relação ao tratamento delas.
QUESTIONÁRIO
1) O(a) senhor(a) conhece algum amigo, parente ou vizinho que tenha ficado doente nos
últimos meses?
( ) Sim ( ) Não
Se sim, qual doença ele teve?
_________________________________________________________________________
2) O(a) senhor(a) conhece alguma criança que esteja ou esteve doente nos últimos tempos?
( ) Sim ( ) Não
Se sim, qual doença apresenta(ou)?
_________________________________________________________________________
3) O(a) senhor(a) tem algum problema de saúde?
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Se sim, qual problema? Faz tratamento médico? Qual medicamento usa?
_________________________________________________________________________
4) O(a) senhor(a) faz acompanhamento médico regular?
( ) Sim ( ) Não
5) O(a) senhor(a) faz exames de rotina (sangue, raio x, etc)? Faz algum acompanhamento
preventivo?
( ) Sim ( ) Não
Se sim, qual procedimento faz? _______________________________________________
6) O(a) senhor(a) conhece alguma atividade de prevenção de doenças?
( ) Sim ( ) Não
Se sim, qual atividade preventiva?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
7) O(a) senhor(a) tem o hábito de lavar as mãos? Lava as frutas e verduras antes de consumi-
las?
( ) Sim ( ) Não
Se sim, como costuma fazer essa lavagem das mãos e frutas e verduras (uso de sabão, uso de
substâncias como vinagre, água sanitária, etc)?
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Com qual frequência o(a) senhor(a) faz essa lavagem (lava as mãos em quais momentos, lava
as frutas e verduras apenas no momento de consumi-las, etc)?
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8) O(a) senhor(a) sabe dizer quais são as doenças que mais afetam a região onde o(a)
senhor(a) mora?
( ) Sim ( ) Não
Se sim, quais são essas doenças?
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9) O(a) senhor usa algum remédio regularmente?
( ) Sim ( ) Não
Se sim, qual medicamento?
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10) O(a) senhor(a) usa medicamentos por conta própria ou sempre procura um médico?
( ) Sim ( ) Não
Se sim, qual medicamento utiliza? ____________________________________________
12) O(a) senhor(a) usa algum medicamento natural ou planta medicinal?
( ) Sim ( ) Não
Se sim, qual produto usa?
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13) Quando o(a) senhor(a) adoece usa apenas remédios industrializados (vendidos em
farmácias) ou usa alguma planta medicinal?
( ) Sim ( ) Não
5/7/2018 AEA de Patologia - slidepdf.com
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Se sim, qual produto usa?
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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Resolução nº 196/96 – Conselho Nacional de Saúde
Sr(a) foi selecionado(a) e está sendo convidado(a) para participar da pesquisa
intitulada: Principais patologias parasitárias e imunológicas que acometem a população do
entorno do UNIDESC e os medicamentos utilizados, que tem como objetivos: verificar quais
são as doenças que mais acometem a região do entorno da Unidesc, se a população conhece
alguma atividade para prevenir o aparecimento dessas doenças, se essas comunidades utilizam
plantas medicinais ou medicamentos industrializados quando adoecem e se essas pessoas
recebem tratamento e acompanhamento médico.
A pesquisa terá duração de 5 meses, com o término previsto para junho de 2011.
Suas respostas serão tratadas de forma anônima e confidencial, isto é, em nenhum
momento será divulgado o seu nome em qualquer fase do estudo. Quando for necessário
exemplificar determinada situação, sua privacidade será assegurada uma vez que seu nome será
substituído de forma aleatória. Os dados coletados serão utilizados apenas NESTA pesquisa e
os resultados divulgados em eventos e/ou revistas científicas.
Sua participação é voluntária, isto é, a qualquer momento você pode recusar-se a responder
qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento. Sua recusa não trará
nenhum prejuízo.
Sua participação nesta pesquisa consistirá em responder as perguntas a serem
realizadas sob a forma de questionário. A entrevista será registrada em papel para posterior
tabelamento dos dados e será guardado por 1 (01) ano e incinerada após esse período.
Sr(a) não terá nenhum custo ou quaisquer compensações financeiras. Não haverá riscos de
qualquer natureza relacionada a sua participação. O benefício relacionado à sua participação
será de aumentar o conhecimento científico para a área de Farmácia e Enfermagem – doenças
parasitárias e imunológicas e o tratamento utilizado no combate a elas.
Sr(a) receberá uma cópia deste termo onde consta o telefone/e-mail do pesquisador
responsável, e demais membros da equipe, podendo tirar as suas dúvidas sobre o projeto e sua
participação, agora ou a qualquer momento. Desde já agradecemos!
Ellen Cristina Félix da Silva _______________________________
Orientador Nome do Orientando
Pesquisador Principal (Unidesc) Graduando
Tel: (61) 3878 - 3100 Tel:
e-mail: ellen.felix@professor.unidesc.edu.br e-mail:
Cidade Ocidental, ____ de _______________ de 2011.
Declaro estar ciente do inteiro teor deste TERMO DE CONSENTIMENTO e estou de acordo
em participar do estudo proposto, sabendo que dele poderei desistir a qualquer momento, sem
sofrer qualquer punição ou constrangimento.
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http://slidepdf.com/reader/full/aea-de-patologia 25/25
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Sujeito da Pesquisa: ______________________________________________
_____________________________________________ RG: __________________
(assinatura)
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