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GRUPO III

4º ANO - PBL

ABORTO

JUNHO, 2011

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANEFACULDADE DE MEDICINA

AMÉLIA MOIANA

CRIZALDO BAPTISTA

LEONID JOAQUIM

MARLA KATAOO

TÂNIA FRANCÍSCO

Elementos do Grupo

Sumário

Definição

Epidemiologia

Classificação

Diagnóstico e conduta

Complicações do aborto

Bibliografia

Definição:

Aborto- é a interrupção da gravidez por expulsão e/ou

morte do embrião ou feto junto com seus anexos

ovulares.

Segundo a OMS: é considerado aborto, a expulsão ou

extracção de feto com menos de 500 gramas ou 20

semanas de gestação em países desenvolvidos e 1000

gramas ou 28 semanas de gestação em países em sub-

desenvolvidos do qual Moçambique faz parte.

Epidemiologia

70% das concepções humanas não atingem a viabilidade.

50% são perdidas espontaneamente antes mesmo que haja

atraso menstrual.

15-20% das gravidezes clinicamente reconhecidas

terminam em aborto espontâneo e 50% destas são no

primeiro trimestre.

Cont.

A frequência está relacionada com:

Idade gestacional: quanto maior for a IG, menos probabilidade há de aborto (espontâneo).

Idade materna: é notável maior risco de aborto depois dos 30-40 anos.

A - Segundo a causa/etiologia

1. Aborto espontâneo

Ameaça de aborto

Aborto inevitável

Aborto incompleto

Aborto completo

Aborto recorrente

Aborto retido

2. Aborto induzido

Terapêutico (legal)

Criminal (clandestino)

Classificação

Cont.

B - Quanto ao tempo de expulsão

Precoce: < 12 semanas de gestação.

Tardio: > 12 e < 20 semanas de gestação.

C - Segundo a idade gestacionala. Ovular: até 2 semanasb. Embrionario: da 3° - 8° semanasc. Fetal: da 9° até antes das 22 semanas.

D - Segundo sua frequencia ou recorrenciaa. Recurrenteb. Habitualc. Ocasional

Aborto espontâneo

Calcula-se que 25% das gestações terminam emabortos expontâneos.

Dos quais 75% ocorrem nos primeiros três meses de gravidez, que são devido a anomalias cromossômicas.

No segundo trimestre o ovo é expulso principalmentepor causas mecânicas.

Aborto espontâneo precoce

Causas:

1. Anomalias cromossómicas: Trissomia 21,

Aneuploidia.

Mosaicismo

2. Doenças auto-imunes: Anticorpos

Antifosfolipideos,

Incompatibilidade Rh.

3. Insuficiência do corpo lúteo ↓ produção de Progesterona

Cont.

4. Anormalidades da cavidade uterina:

Útero hipoplásico ou displásico Útero septado

Sindrome de Arshiman.

5. Infecções: Gonorreia, rúbeola, sifilis, HIV.

6. Factores ambientais: Traumatismos:

Toxinas,

Consumo de alcóol e tabaco

Aborto espontâneo tardio

Causas:1. Desordens anatómicas

Incompetência istmo-cervical - é causa de aborto tardio com tendência a repetição

Miomas

Sinéquias uterinas - resultam de agressões nas camadas mais profundas do endométrio com curetagens vigorosas e repetidas

Malformações uterinas - como útero didelfo, unicorno, bicorno e septado, presente em cerca de 15 a 30% das mulheres com perdas gestacionais recorrentes

Cont.

2. Doenças endócrinas

Disfunção endócrina do trofoblasto

Hipotiroidismo, ↓produção de T4, responsável pelo crescimento fetal.

Diabetes Melitos, Comprometimento do fluxo sanguíneo do útero.

Mecanismos imunológicos

Auto-iminidade

Aloimunidade

I. Ameaça de Aborto

Ocorre frequente no primeiro trimestre de gravidez,

incide em 25% das gestações.

Aparecimento no curso das primeiras (28) semanas de gravidez de uma hemorragia transvaginal, procedente do interior do útero.

Cont.

Quadro clínico:Ligeira hemorragiaDor ligeira do tipo colica na hipogastro ou na região sacro

lombar.Canal cervical fechadoNão há dor a mobilização cervical ou a palpação dos anexos

Diagnóstico diferencial:Hemorragia de nidaçãoGravidez ectópicaPólipos cervicaisCarcinoma cervicalDoença trofoblástica gestacionalTraumatismo cervical ou vaginal

Cont.

Diagnóstico:

História clínica

Exame ginecológico

Especuloscopia

Toque bimanual

Ultra-sonografia

Cont.

Conduta:

Repouso absuluto

Evitar qualquer penetracao vaginal

Hemograma completo

Dosagem seriada de HCG.

Não administrar medicamentos no 1º trimestre

Se necessário no 2º trimestre antespasmódicos:

Terbutalina 2,5mg 1- 2comp 6/6h,

Salbutamol 4 mg 2 comp. 8/8h

Diagnosticar e tratar os distúrbios associados.

II. Aborto Inevitável

Quando se tenha produzido a dilatação do colo uterino acompanhado de sangramento severo independentemente dos achados ecográficos.

Quadro Clinico:

Sangramento mais intenso,continuo, de cor vermelha viva,por vezes com coágulos.

Dor pélvica de maior intensidade tipo cólica.

Contracções uterinas rítmicas com dilatação cervical.

Cont.

DIAGNÓSTICO

Essencialmente clínico

Ultra sonografia

Dosagens hormonais são desnecessários.

Cont.

Conduta:A. Avaliar o estado geral da mulher: Se estiver a perder muito sangue e se tiver sinais de choque Cateterizar uma veia periférica e colocar um soro Fisiológico

ou Lactato de Ringer ou Dextrose a 5% + Oxitocina 10 UI até a explusão do feto.

Avaliar hemograma completo Pedir sague para transfusão.

B. Se a gravidez for do primeiro trimestre: Se tiver expulsado o feto fazer a evacuacão por aspiracão. Se não tiver expulsado, continuar com oxitocina até a expulsão e

depois fazer a aspiração.

Cont.

C. Após a evacuação uterina:

Administrar 10 UI de oxitocina IM.

Prescrever antibióticos:

Amoxicilina 500mg de 8/8h 2comp/toma durante 7dias

Metronidazol 500mg de 8/8h 2comp./toma durante 7 dias.

Salferroso com ácido fólico de 12/12h durante 15 dias,

Pilula –Microgynon ou Lo-femenal 1 ciclo.

III. Aborto incompleto

Expulsão do embrião com retenção dos tecidos ovulares.

Antes de 6-10 semanas a placenta e o feto geralmente são eliminados juntos.

Quadro clínico:

Hemorragia abundante, com risco de choque hipovolémico.

A cérvix está aberta, tocando-se os produtos de concepção

Dor na hipogástro semelhate ao trabalho de parto.

Cont.

• Conduta:

Aspiração o mais cedo possível

Canalizar uma veia e perfundir soro Fisiológico + Oxitocina

10mg/ml IM

Antibioticoterapia profilática:

Amoxicilina 500mg de 8/8h 2comp/toma durante 7dias

Metronidazol 500mg de 8/8h 2comp./toma durante 7 dias.

Sal ferroso com ácido fólico de 12/12h durante 15 dias,

Pílula –Microgynon ou Lo-femenal 1 ciclo

Pedir sangue para transfusão.

IV. Aborto Completo

Expulsão completa do conteúdo uterino, verificado pelo pessoal de saúde.

Quadro clínico:

Diminuição do sangramento,

Útero contraído e

Cessação da dor.

Conduta: não e necessário currectagem ou aspiração, só em caso de dúvida.

V. Aborto Retido

E a retenção de productos de concepção mortos no úteropor várias semanas.

Após a morte fetal pode nao haver hemorragia vaginal ououtros sinais de ameaça de aborto.

Diagnóstico:

Clínico,

Exame ecográfico se possível

Cont.

Quadro Clinico:

Perda de sangue escurro (borra de café);

Ausência de sinais usuais de progrssão de gravidez;

Desaparecimento dos sintomas de gravidez;

Dor pélvica geralmente ausente.Dias ou semanas após a morte fetal, o teste para

ß-hCG na urina torna-se negativo.

Cont.

Conduta:

Internamento da paciente, com avaliação da coagulação sanguínea;

Hemograma completo;

Se ocorrer antes das 12 semanas faz-se a dilatação e aspiração;

Se a gravidez for depois12 semanas usa-se Misoprostol200mg 4/4h e 200mcg via vaginal, associado a perfusãovenosa de Oxitocina 80mUI/min

Prevenção da aloimunização em pacientes Rh-negativo

VI. Aborto Recorrente

Ocorrência de 2 ou mais abortos espontâneos em getações

sucessivas ou 3 ou mais abortos não sucessivos.

Causas:

Incompetêcia cervical,

Infeccões maternas

Estado nutricional

Miomas

Mal formações uterinas congênitas

Cont.

Diagnóstico:

História Clinica e

Observação genecológica (colo curto e entre aberto no inicio da gravidez).

Conduta:

Ciclorrafia no caso de incopetência cervical e

Tratar a causa de base noutras circustâncias.

Aborto induzido

Aborto Terapêutico - é a interrupção da gravidezpor indicação médica antes das 28 semanas a fimde proteger a saúde da mãe.

Aborto criminal ou voluntário - interrupção dagravidez antes 20 semanas mas não por razões de comprometimento de saúde materna ou doençafetal.

Cont.

INDICAÇÕES PARA ABORTO TERAPÊUTICO

1. Quando a continuação da gravidez pode ameaçar a vidada mulher ou comprometer seriamente a sua saúde.

2. Quando a gravidez resultou de estrupo ou incesto.

3. Quando a continuação da gravidez tende a resultar aonascimento de uma criança com deformidades fisicasseveras ou retardo mental.

4. Se a grávida tiver um atraso mental grave

Métodos de indução de aborto

Metódos Cirúgico

Dilatação e evacuação

Aspiração a vácuo

Curretagem

Laparactomia

Metodos Clinicos

Oxitocina EV

Liquido hiperosmóticointraaminionio

Prostaglandinas F2 alfa e E2

Anti progesteronas

RU486 (mifepristona)

Aborto Séptico

É o aborto complicado por uma infecção uterina.

Mais frequente nos casos de aborto clandestino.

Quadro clínico:

Sinais semelhantes aos de aborto incompleto.

Dor pélvica espontânea e a palpação

Quadro febril

Leucorreia fétida

Cont.

Conduta: Hemograma completo Pedir transfusão de sangue Rehidratacao com soro

Antibioticoterapia: A. Nas primeiras 24 a 48h:

Penicilina cristalina (3 milhões UI EV 6/6h)Gentamicina 80mg EV 8/8h ou Kanamicina 500mg IM

12/12hMetronidazol 500mg 2 comp. oral ou rectal 8/8h

Retirar o material ovular fétido por aspiração 3-6h após o ínicio da antibioticoterapia.

Cont.

B. Se houver melhoria do quadro passar para:

Amoxacilina 500mg 2 comp. 8/8h ouPenicilina procaina 3milhoes UI IM/dia.

Gentamicina 80mg IM 12/12h ou KanamicinaIM 500mg 12/12h.

Metronidazol 500mg 2 comp. oral ou rectal de 8/8h durante 8 dias.

Complicações do aborto

Infecção

Choque séptico

Hemorragia

Trauma (físico e psicológico)

Infertilidade

Perfuração do útero

Abortos espontâneos

Morte

Bibliografia

NOVAK. Tratado de Ginecologia. Manual de Cuidados obstétricos Essenciais, 2ª ed.

MISAU, 2005 WILLIAMS, Obstetrícia, 20ª ed.

INTERNET: http://www.slideshare.net http://www.portalesmedicos.com http://www.inf.furb.br/parto_aborto.htm http://www.cpdt.com.br pt.wikipedia.org/wiki/Aborto

OBRIGADO PELA ATENÇÃO

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