a transformada de laplace -...

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METAHEURO EDUCACIONAL

José Roberto Marques – 2013 (direitos reservados)

A TRANSFORMADA DE LAPLACE

O cálculo operacional foi inicialmente desenvolvido por Oliver Heavyside

(1850-1025) que, entre outras contribuições, desenvolveu a função degrau

unitário u(t). O operador D=d/dt do cálculo operacional de Heavyside em muitos

aspectos era similar a transformada de Laplace, as operações algébricas eram

as mesmas, mas a transformada tinhas as seguintes vantagens:

As funções descontínuas e impulsivas eram facilmente manuseáveis.

A solução era completa, incluindo a solução da parcela forçada ou de

regime estacionário e a parcela relativa ao transitório.

As condições iniciais eram introduzidas no início e não precisavam ser

laboriosamente derivadas ao final do problema, principalmente em

estudos envolvendo sistemas de controle, que envolviam a análise de

sistemas de ordem mais elevada.

O método da transformada de Laplace, na prática, não envolve nenhuma

dificuldade de integração, uma vez que existem tabelas disponíveis para

soluções rápidas de uma ampla gama de problemas.

A transformada de Laplace de qualquer função f(t) variante no tempo, é F(s)

onde:

Onde s é o operador de Laplace e possui algumas das propriedades do

operador D=d/dt do cálculo operacional de Heavyside. A transformação inversa

de F(s) é:

É desnecessário realizar qualquer uma dessas tarefas de transformação, uma

vez que existem tabelas que abreviam enormemente o trabalho.

O método da transformada de Laplace pode ser descrito como a conversão de

um dado problema em uma soma de respostas dentro de um espectro de

funções exponenciais, uma vez que tanto as funções harmônicas geralmente

associadas a excitação de circuitos (seno e coseno) podem ser representadas

como exponenciais, assim os diversos tipos de respostas transitórias. Em

casos de excitações mais complexas, as mesmas podem ser separadas,

quando necessário, em formas mais simples e analisadas de acordo com o

teorema da superposição, onde a soma de todas as componentes corresponde

a resposta completa da excitação original.

UM MÉTODO

Uma situação bastante comum é a energização de um circuito em um

determinado intante t0, no qual a corrente pode ser calculada pela aplicação da

expressão:

Onde I(S) é a transformada de Laplace da corrente que circula no circuito i(t),

V(s) é a transformada da função de excitação (fonte de tensão do circuito) e

Z(s) é a impedância complexa do circuito em função do operador de Laplace

(s).

Esse método faz as seguintes alterações no circuito:

R (resistências) permanecem inalteradas.

L (indutâncias) tornam-se (reatância indutiva complexa)

C (capacitâncias) tornam-se 1/sC (reatâncias capacitivas complexas).

A transformada da fonte V(s) deve ser obtida diretamente da talela de

transformadas.

Como tanto V(s) como Z(s) podem ser polinômios em s, a resultado final

dever ser algebricamente reduzidos de modo a formar os padrões contidos

na tabela de transformadas, denominamos esta etapa “expansão em

frações parciais”.

A solução obtida por esse método é a solução completa da corrente i(t)

constituída da parte operacional de regime e mais as parcelas

correspondentes ao transitório.

Nosso curso lida com aplicações da transformada de Laplace utilizando o

método acima, A análise de malhas, a análise nodal, os teoremas de redes

e o método de superposição, partindo do princípio que todos os circuitos

podem ser descridos por equações diferenciais lineares e com coeficientes

constantes.

A seção abaixo contém as propriedades e e a transformada de Laplace de

algumas funções básicas.

1. A transformada é um operador linear

Seja uma função fo tempo definida por )()()( 21 tbftaftf , sua transformada de Laplace é:

0 0

21

0

21 )()()()()()( dtetfbdtetfadtetbftafsFtfL ststst

)()()()()( 2121 sbFsaFtfbLtfaLtfL

2. A transformada de Laplace das derivadas

Como já verificamos na lições anteriores, a engenharia lida com muitas equações

diferenciais e até integro-diferenciais, que são compostas por integrais e derivadas em uma

única função. Assim é do interesse dos engenheiros o conhecimento da resolução destas

equações para aumentar sua capacidade de análise e projeto de sistemas físicos

Seja f(t) uma função qualquer cuja transformada de Laplace é L {f (t)} = F(s), e seja

df(t)/dt a sua derivada. Para obtermos a transformada de Laplace da derivada, fazemos:

dtedt

tdf

dt

tdfL st

0

)()(

Resolvendo por integração por partes temos:

Fazendo stst sedt

tdudtetu

)()( e

)()(

)()(

tfdtdt

tdftv

dt

tdf

dt

dv

Então:

)()0()(

)()()( 0

000

ssFfee

fdtetfstfedte

dt

tdf stst

st

)0()()(

fssFdt

tdfL

Como já vimos, as equações diferenciais podem ter termos de ordem muito maior que 1,

assim vamos nos preocupar com essas derivadas também. Para a derivada de ordem 2,

temos:

)0(')0()()( 2

2

2

fsfsFsdt

tfdL

Para ordem 3

)0('')0(')0()()( 23

3

3

fsffssFsdt

tfdL

As transformadas de derivadas de ordem superior podem ser determinadas por indução.

3. A transformada de Laplace da integral

Seja f(t) uma função qualquer cuja transformada de Laplace é )())( sFtfL e seja

dttf )( sua integral.

A transformada de Laplace é:

0

)()( dtedttfdttfL st

Utilizando a técnica da integração por partes fazemos:

)()(

)()(0

tfdt

tdudttftu

t

e stst es

tvedt

tdv 1

)()(

tsttst

dttfss

sFdttfLdt

s

etfdttf

s

edttfL )(

1)()(

)()()(

00

t

dttfss

sFdttfL )(

1)()(

observe que se 0)( tf para 0t , então 0)(

0

tf .

Repetindo o procedimento acima para integrais de onde superior podemos escrever:

dtdttfs

dttfss

sFdtdttfL

t ttt t

)(

1)(

1)()(

22

ou ainda para integrais triplas:

dtdtdttfs

dtdttfs

dttfss

sFdtdttfL

t t tt ttt t

)(

1)(

1)(

1)()(

233

4. Transformada da função degrau unitário

A função degrau unitário desempenha um importante papel nos circuitos elétricos, uma vez que

ela modela uma chave ON-OFF ideal (sem repique mecânico). Podemos ver na figura 1 como

isso é realizado:

E

Chave ON-OFF

x(t)

+

t o

Figura 1

Note que se E=1V, então

0

0

0

1)(

tt

tttx que é escrito como )()( 0ttutx onde

)( 0ttu é a função degrau.

Para outros valores de tensão da fonte escrevemos:

)()( 0ttEutx ou )()( tEutx para 00 t .

E

Eu(t-to)

0 tto

E

t

Eu(t)

0

A transformada de Laplace desta função é:

s

Ees

EdteEtuELtEuL stst 111))())(

00

s

es

dtetuLtuL stst 111))())(

00

5. Transformada da função impulso )(t

A função impulso gera uma transformada especial em função de sua própria definição. Como a

área sob a função impulso é, por definição, unitária, então:

1)()()(

0

00

stst etdtettL

6. Transformada da função rampa unitária

A função rampa unitária é mostrada na figura 2 e é definida como

0

00

0)(

tt

tttttr

que para 00 t fica

00

0)(

t

tttr ou )()( ttutr .

0 to

r(t)r(t) = t - to

t 0

r(t)

t

A transformada de Laplace desta função é obtida por integração por partes:

00

00 )(t

stst dttedtettttL

Fazendo dttdudt

tduttu )(1

)()(

st

t

st es

tvdtedv

1

)(

0

Assim

02

0

000

0

1*0

111

0

ststst

t

st ese

es

dtes

tes

dttettL

2

0

2

0

11

0s

ees

dttetLt

st

2

1

stL

7. Transformada da função pulso.

A função pulso de altura unitária e largura T segundos é definida como F )()( Ttutu . Sua

transformada de Laplace é:

0 00

)()()()()()( dteTtudtetudteTtutuTtutuL ststst

0 00 0

)(1

)()()()()( dteTtue

dtetudte

eeTtudtetuTtutuL Tts

sT

st

sT

sTstst

sTTts

sT

st es

dtee

dteTtutuL

11

11

1)()(0 0

sTes

TtutuL 11

)()(

8. Transformada da função exponencial ate

Vamos determinar a transformada da função exponencial pata 0t , ou atetu )( .

asas

ee

as

edtedteetueL

tsatasstatat

1

)(0

0

)(

00

as

tueL at

1

)(

9. Transformada da função sen(ωt)

A transformada da função seno pode ser realizada de diversos modos, entre eles podemos

aplicar a expansão em frações parciais duas vezes, de modp a gerar um termo repetido e em

função deste termo, colocado em evidência podemos obter a transformada procurada.

0

)()()( dtetsentutsenL st

Fazendo )cos()()()( ttdutsentu e s

etve

dt

tdv stst

)(

)(

000

)cos()(

)( dtetss

etsendtetsen st

stst

Aplicando novamente a integração por parte neste segundo termo da expressão, temos:

)()(

)cos()( tsendt

tdwttw e

s

etze

dt

tdz stst

)(

)(

dtetsens

ets

dtets

ststst

)()cos()cos(

0

2

02

0

Substituindo na expressão original, temos:

dtetsens

etss

etsendtetsen stst

stst

)()cos(

)()(

0

2

02

00

2

0

2

0

02

00

2

2

)cos()0cos()()0(1

)cos()(

)(1

see

sesenesen

s

etss

etsendtetsen

s

stst

st

22

2

2

2

0

2

0

2

2

1

)()(1

s

s

sdtetsens

dtetsens

stst

22

0

)(

sdtetsen st

Um outro modo de calcular esta transformada é aplicando a propriedade:

j

eetsen

tjtj

2)(

0

)(

0

)(

0 0

)()(

002

1

2

1

2)(

js

e

js

e

jdtedte

jdte

j

eedtetsen

tjstjstjstjsst

tjtjst

)(2

111

2

1

2

1)(

0)(0)(

0

jsjs

jsjs

jjsjsjjs

ee

js

ee

jdtetsen

jsjsst

22

0)(

2

2

1)(

sjsjs

j

jdtetsen st

e temos o mesmo resultado acima.

10. Transformada da função sen(ωt+θ)

Vamos admitir que a função seno esteja defasada, assim,

j

eetsen

tjtj

2)(

0 0

)()(

002

1

2)( dtedte

jdte

j

eedtetsen tjstjsst

tjtjst

)(2

1

2

1)(

0

jsjs

ejsejs

jjs

e

js

e

jdtetsen

jjjjst

)(2

1

)(2

1)(

0

jsjs

ejseejse

jjsjs

ejsejs

jdtetsen

jjjjjjst

)(2

1

)(2

1)(

0

jsjs

eejees

jjsjs

ejseejse

jdtetsen

jjjjjjjjst

2222

0

)cos(*)(*22

22

2

1)(

s

sens

s

eej

j

eejs

jdtetsen

jjjj

st

22

0

)cos(*)(*)(

s

sensdtetsen st

0

)(

0

)(

02

1)(

js

ee

js

ee

jdtetsen

tjsj

tjsjst

TABELA DE TRANSFORMADAS ELEMENTARES DE LAPLACE

0

)()( dtetfsF st

00)(

0)(

ttf

ttf

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

1. s

A 1. Au(t)

2. 2

1

s 2. t

3. 1

!ns

n 3. nt (n=1,2,3...)

4. as

1 4. ate

5. as

1 5. ate

6. nas )(

1

6. atn et

n

1

)!1(

1

7. 2)(

1

as 7. atte

8. 2)(

1

as 8. atte

9. )0()( fssF 9. )(')(

tfdt

tdf

10. )0(')0()(2 fsfsFs 10. )('')(

2

2

tfdt

tfd

11.

0

)(1)(

dttfss

sF 11. dttf )(

12. 22

s 12. )( tsen

13. 22 s

s 13. )cos( t

14. 22

)cos(*)(*

s

sens 14. )( tsen

15. 22

s 15.. )( tsenh

16. 22 s

s 16. )cosh( t

17. 22

1

as 17. )(

1atsen

a

18. 22)(

as 18. )( tsene at

19. 22)(

as

as 19. )cos( te at

20. 22

s

BAs 20. )/(cos22 ABarctgtBA

21. s

e As

21. Attf

Attf

1)(

0)(

22. s

est01

22.Attfettf

tttf

0)(__00)(

01)( 0

23. 2

01

s

est

23.

Attfettf

ttttf

0)(__00)(

0)( 0

24.

2

201

s

est

24.

0

00

0

20)(__00)(

21)(

01)(

tttfettf

ttttf

tttf

25. 2

00

s

e

s

estst

25.

0

00

0)(

1)(

tttf

tttttf

26. 2)( as

s

26. ateat )1(

27. 2)(

3

as 27. ate

att

21

28. )(

1

ass 28. )1(

1 atea

29. 222 )(

1

s 29. )cos()(

2

13

tttsen

30. 222 )( s

s 30. )(

2tsen

t

31. ))((

1

bsas 31.

ba

ee atbt

32. ))(( bsas

s

32.

ba

beae btat

33. 2))((

1

baas 33.

2)(

)(1

ba

tbaee btat

34. 2))(( bsas

s

34.

2)(

)(

ba

aetebaba atbt

35. ))((

122 sas

35.

)cos()()(

122

ttsena

ea

at

36. 22)(

1

bas 36. )(

1tsene

b

at

37. ))()((

1

csbsas 37.

))()((

)()()(

accbba

eabecaebc ctbtat

38. ))()(( csbsas

s

38.

))()((

)()()(

accbba

ebaceacbecba ctbtat

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