a nona cartada - disciplina - lingua...

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A nona cartadaum livro de

Batista de Pilar7ª Edição

A nona cartada

03

Tritura-se silêncio na moenda do tempo.Deslizam enigmas encurtam distâncias no fechar das mãos.

04

Minha vizinha tinha uma estranha mania de colecionar estrelas colecionou tantas que um dia tentou a luaera tarde, ela não cabia mais em seu apartamento

A nona cartada

05

Pai, aqui o último caso desvendado bem antes do entardecer

daqui a pouco

a hora é a mesma do dia anterior

a luz ilumina a mesa solitária jogo estranho entrea claridade e a escuridão

surge outra escalada novas garrafas sobre a mesa

novos sorrisos novos amigos percorrendo a noite de sábado sem atraso esperando o domingo

06

Me perco no pulsar da veiaonde circula a palavra

Pulsando

A nona cartada

07

Que abre portas decifra mistériosfecha celas.Se perdida uma simples copia é a solução.

Existe uma chavesem retornose for perdida.É a chave da porta da vida.

Chave

06

Construir frases bonitas é lapidar mil vezesa pedra que já foilapidada,

lapidada,Lapidada...

A nona cartada

07

O mundo mudou muito desde ontem às seis horas da tarde.

Meu vizinho comprou um carroMadalena foi pro convento Pedro José morreu enforcado.

Aumentaram várias tarifas usuais diárias o rádio transmite futebolainda se fala de política.

Vamos Clarice!não me olhe com esta cara de ontem.

O mundo mudo fala

06

Eu não entendo a caneta vive fugindo da gente sem desaparecerás vezes pareceque tem preguiça de escrever.

Estranho desaparecimento

A nona cartada

07

Hoje vai emboraviver em outro ambientepor aí afora.

Estante que guardou livrosque narram parte da historia com seu formato antigo junto a minha memória.

Vejo quando é carregadasobre o carreto em deslizealvo certeiro da crise.

Estante

06

Ventos que deslizam:inquietosora bravosora calmos.

Transportam sussurrosno impacto de vozes.

Acariciam as plantas balançam as folhasbrincam com as flores e se perdem na distancia os ventos do sul.

A nona cartada

07

O político subiu ao palanque fez discurso ao público fantasma gestos-palavras sílabas de sentimentos humanos.

O povo aplaudiu eufóricoa mensagem transmitidamil saudações e confetesno momento das palavras esculpidas.

O tempo passou o orador parouficou na margem esquecida.O candidato perdeupara a política da vida.

Inesperado

06

Quem escondeu a chave da porta das palavras que estão armazenadas na garganta do povoda América Latina?

A nona cartada

07

Sua imagem ficou gravada em todasas telas da tarde.

Infância

06

A poesia escrita na mesa do baré um barcoem calmariavidaforça de poder falar é o mundo centralizado em um só lugar.

A nona cartada

07

O maior amor é aquele que é dadoem nada cobrardar-se a arte pela vida.Neste instante sem perceber o espírito voa.

06

No desenrolar dos atos que na vida dos homens encenam-se:

Pela propriedade do fatoeu fico com o estratagemadando vida ao poema.

Escrevendo poesia

A nona cartada

07

A linda flor nasceu entre floresmortas...Viveu com um texto em linhas tortas.

Solidão

06

Trago no peitouma doruma esperançaa alma acimada pródiga andança

Sou o quinto sonoda rocha adormecida o espanto do pássaroque há pouco cantava.

Companhia

A nona cartada

07

o sol penetra na janelaeloentre a solidão e o mundo

06

O silencio da pedra envolveo olhar de neblinana cidade distante fiel guardiã no caminho do andante

Longo inverno despido de primavera sobrevoando a transmutação da vidano eterno encontro com a terra.

Que vá o poema ao encontro da guerra seja osso duro no oficio a ternura lucidez completa no transcorrer do fato,ancorando de levano arquipélago de ilhas no coração do mundo.Pulsando firmena velocidade do poema tranqüilosem reta de chegada no soar do passo.

De-Sensibilizado

A nona cartada

07

Nunca tive influência de ninguém na vida,nem aquiou em lugar nenhum.Apenas o vácuo longitude latente que me conduze me leva nesta sina de ser poeta.

06

Inúmeras casasespreitam o asfaltovários trilhos dormem esperando o tremque lentamente trazo vagão fantasma,carregando o andarilho dos dias

Na volta da andança soa o passo no ponto final.Nasce mais um estranho dentro de casa.

Volta ao mundo

A nona cartada

07

A tinta salpicao colorido novoencobrindo o visual velhona obra do tempo indo.Novos pósantigos quóruns.A reposta hesita num rápido piscar de olhos em busca do mistério que anda.Puta ironia!Ainda não partie já dizem que demoro.

Reflexo

06

As mulheres se arrumam cedopara serem desarrumadas mais tarde.Os homens se arrumam tantopara serem desarmados mais tarde.

Ciclo da vida

A nona cartada

07

A rua é longa e no caminho as aparências as vezes cansam,não se espante se o jogo não for ganho agora,pois as cartas estão marcadas e os jogadores não morrem antes do amanhecer da cidade.

Corremos sempre contraa velocidade da idadeque nos leva aos poucos.porém o poema é forte a alma persiste serena enquanto a razão permanece.

Nona cartada

06

O cavalo passa despercebido á espera do cavaleiropara participar do rodeio da boiada presente.

O tempo desaba na planície ondulante do sonhodo menino que dormeum sono antigo

em cima do colchão de palhado milho colhido em diferentes safrasplantadas no dia de solsem medo de tempestade.

Do céu do conhecimento o vento espalha a duvidaá espera dos pais do futuro tranqüilo com a chegada de outro Pedro Álvares Cabral.

Panorama indo

A nona cartada

07

distante a guilhotina dormeá espera de um novo Danton

Além da sombra

06

Fantasmas,fantasmas voadores em nossa mente demente.

Que no espaço se perdemcomo chegam partem de repente.

Visões que tumultuam o azul infinito.

São amores?São terrores?

Chegam girando no ar,na terra pousammeus discos voadores.

Mistério

A nona cartada

07

O carro do catador de papel desfila na rua coloridaem um caminhar lentocatando o papel da vida.

Itinerário sem direçãoem esquinas confusas, ruelas escuraspassando pelos becos do coraçãoretornando ao ponto de partidano esplendor das favelas.

Pára o carro movidopor combustível humano...logo vem o sono do catador o eterno caminheiro da rua do abandono.

Carro-papel-homem

06

Velório sem morto

Onde está o mortoque não aparece? As cinzas do cigarrose perdem no chão,a brasa o dedo aquece.

Podem parar com a preceo morto vive de novo!Me perdoem o espantomas as lágrimas de pranto transformaram-se em alegria.

O caixão devolvido na funerária da esquinaem cima do balcão espera outro morto perdido,o morto que era para ser enterradonão tinha morrido.

A nona cartada

07

o livro aberto sobre a mesaespera um olhar cair de leve sobre as páginas envelhecidas

a memória guarda incertezasno mistério do suspiro sufocadopromessas espalhadas abafam o grito perfeito no cair do precipício

posse pela posseface endurecida, estrela sem brilho juras vencidas ao lado do calendárioencobrindo as manchas da história

Extratempo

06

Beirute de destroços Quantas vidasSem esforçosTombadas no chãoEstendidas.

Beirute das bombasMorteiros e canhõesNão há mais luzes

Transformou-se em sombrasMorreram as flores...

Beirute Sempre BeiruteNão mudará de nome?

Quem sabe um dia Mude de nome também Essa guerra entre homens.

A nona cartada

07

Quem passouachou o ocorridoum fato normal,depois continuou,já não havianada a fazer

O morto estava morto.

Caído na avenida

06

Meu espírito hojeé livreultrapassa a parede

rodopia na rua se perde no meio Do povo.

Depois de vagar,o regresso.hoje sou feliz.

A nona cartada

07

O bêbado caminha pela Cruz Machadosem querer perdeu a Carlos de Carvalho

De fogo

06

depois do jogo acabado é difícil driblar o silêncio.

Probabilidade

A nona cartada

07

o mago das palavras rodopiou o pensamentodeslocou o verbo do tempo

cruzou a rua antiga discursou para os séculos

habita o castelo invisível construído no tempo incerto

onde cada palavra escrita é mais uma palavra enfeitiçando o universo

Vertente

06

que importa o mar quando o marinheiro navega além das águas?

A nona cartada

07

no descer do elevador o orgulho desce junto

Igualdade

06

hoje, quando olho o rascunho da vida parece tudo brincadeira.

Pesquisa

A nona cartada

07

alguma coisa é preciso:um murro na mesaquem sabe tudo crie juízo

06

Pesquisa

riso na avenida rostos se movem nem tudo pára nem tudo muda nesta vida encarapuçado de nuvens

A nona cartada

07

trancou a voz no peito a madrugada perdeu o cavaleiro do silêncio um grito saiu daqui deste endereçoo lobo convidou a presa juntos fizeram um banquete prevendo o sexto fim do começo

mistério envelhecido mostrando o final da esquina onde uma rua começa e outra esquina termina

Em trânsito

06

não importa o dia não importa a data faça alguma coisa mesmo que alguém Desfaça

A nona cartada

07

Mar afora

a praia descansa o corpo goza o repouso banhado pelas ondas

tudo perfeito no velejar da alma o mar é grande mostra a belezaesconde os perigos

os marinheiros são muitos uns navegam, outros nãoos mais velhos conduzem o barco os novos sabem que há sempre uma novidadeno levantar de cada onda.

06

a voz ultrapassa o ecoo lugar comummarca traço no mapade um país desconhecido

calma é preciso correr na frente do juízode que valeria o céu sem paraíso?

A nona cartada

07

Ventando

vento que coloca uma pitada de bem-estar no calor

levanta a saia da menina moça

abraça tantas vidassangue forte sangue novo da América Latina.

06

Noite de autógrafo

quando estiver tristee não for consolado procure meu livro ali encontrará um nomeem forma de letras-rabisco

se estiver contente procure no livro o significadoque tem o ato de abri-lo

se não estiver triste nem contentelembre-se, a poesia é latenteela vem e desaparececomo a gente que é tudoe ao mesmo tempo é ninguém

A nona cartada

07

Poema comportado

Não pode andar despenteadonem curtir muita folia

Rapaz, a vida não é regaliase tomar uma cervejanão pode mijar na galeria.

A posição e importanteno despertar da figura pública pouco importa o que embarga por isso quando cagarpuxe com força a descarga.

06

Garoando

O chopp tem gostode salna madrugada cinza.

A nona cartada

07

Poema indo

escrevi um poema longotão longo quanto o caminho da insônia curioso como o olhar do gatono escuro confuso as vezes no cantar

tão leve, tão levequanto a brisa de encontroao olhar.

06

Infantaria da infância

cercados de homens armados meninos erguem os braços e gritam:

“somos os senhores do futuro”

A nona cartada

07

Essa voz desconhecidasoando vidanuma noitede sonhos obscenos.

Este encontro impossíveldúvida cúmplicedo medo da realidade.A expectativa da cenano ponto de ônibusa procura da imagem,parada na porta do circo

imóvel na galeriaatrás da fumaça do café.

Lá fora a chuva

06

Fornada

um dia de soldepois da tarde molhada

um caminho estranhouma longa estrada que vai dar no fimde um complicado começo

A nona cartada

07

Funeral das horas

Rima vida em cimado tic-tac das horaspenetrando no silêncio da demora.

Enquanto o passo incerto vacila, procurando uma direçãono andar do coração.

Vento dispersa fantasmas que acompanham a procissãoem direção ao nada. A rua é minhafiel companheira no dia-passando-dia.

No diagrama vasculhadode vôos rasantes calmos.

06

Vou á caminhadasem descanso na jornada,ainda faço parceriaao corre-corre dos anos,um coração de poetaque se tornou urbano.

A nona cartada

07

O susto da vida

A semente semeada em adubogerminado no solocriando raízes.

Espantadacom o baque do mundoisolada no meioda vegetaçãoCrescendo contra a vontade do climaresistindo a muitos ventos...

A arvore resistechuvasolraiostempestades.E sua semente

06

há um poema pa(i)rado no ar

agarrem-noantes que ele Caia

A nona cartada

07

Calendário sem data

Este trabalho um dia há de ser reconhecidopena que talvez meus ossos já tenham apodrecido.

06

Final

Até mesmo os mísseis que são lançados aos aresem alvos apontados...parece que por inconsciência ficam lado a lado.

A nona cartada

07

Literatura

Não sei escrever poemapra convite se for uma merdaque morra se for uma jóia que fique.

06

Deusa andarilha

A palavra caminhanão tem morada certa chega de surpresaquando está de partidarecém é descoberta.

A nona cartada

07

interessante:

a formiga morder

o elefante

06

Boi de boiada

Mundo velho descartávelnão fale mal de mimjá comi filé mignontambém comi capimno final tudo perfeitoneste BREVE carnaval.

A nona cartada

07

Jardinagem

o rosto permanece serenono retocar da esperançao menino não planta mais

bananeiras dentro d'água.

06

duas vidas e um caminho

menino órfão da pazagarrado o mundo

o lado de lá é difícilo lado de cá complicado

dois amigos percorrendo os dias ultrapassando a surpresa.

A nona cartada

07

Maria da calçada

Marias que ficamparadas na calçadaquem passa as critica:chamam-nas Marias do nada.Marias Mariasde calçadas escurascom maus sorrisosbuscam amor sem estruturanas noites em paralelo.

Marias Mariascaminham sempre errantesna geração do abandono.- Teu amor nunca é bastante teu coração nunca teve um dono.

Marias Mariasque sobram nas noites de boemia,e quando a velhice chegar?Desesquinas que se viacom a madrugada vão se evaporar.

06

Marias Marias do nosso dia-a-diatão lindas Mariasde almas vazias.

A nona cartada

07

Para van gogh

Entre o gadoE o mito

o vulto

06

a cidade engoliu a ingenuidadedo moço (do interior)

marcando o rosto do aluno sem professor

A nona cartada

07

Estes poemas foram escritosnas páginasdo sentimento.

Para a vidaos meus sinceros Agradecimentos.

06

Um poema sim um poema na página brancacom o enigma do poeta na vida intermediária.

Um poema sim um poemaque nascesem política literária.

A nona cartada

07

Realidade

Por debaixo da terra os vermes proliferame atacam.

Por cima da terra os ratosprocriam e espreitam.

(Enquanto os gatos, ladinamente,dão o bote)

06

Seu corpo me deixa loucomusa das noitesintermináveishora sem começodo dia que não tem fim

A nona cartada

07

galeria de meus olhos quantas vitrinesde minha almanão foram contempladas

06

mesmo que a vítima adormeça a corda enlace o pescoçoa voz se perca no gritoe o circo desapareça....

ainda haverá espetáculo

A nona cartada

07

Poema Inédito

Inédito é o poemaQue a gente nuncaEscreveuAquele que passaDe relâmpago pelo sonho.No acordar someComo a cerraçãoSobre a colina.E vai construindo Em nadaAos poucos tornando-seO reflexo de um raio de solSobre a água cristalina.

06

Ator-Doado

O mundo é grandeA vida é pequena Nos olhares que acenamAlguns orvalhadosOutros que queimam.Às vezes pra viverUm pouco maisÉ preciso fazer cenaAté fora do cinema.

A nona cartada

07

Poema a São Francisco

Guardai os passos dos andantesQue sobre todos os trilhos terrenos andam

Protegei as almas serenasDos ataquesDas almas nefastas

Que o coração do homemSeja país sem fronteiraNo continente da harmonia

Que as ruas contentes de minha cidadePassem sempre ao lado das praçasOnde possuam pássaros tranqüilosVindo do céu do conhecimento

Cultivai o ensinamento do mestreE a cartilha do aprendizNos manuais da vida passageira Com páginas escritas no vento

06

Meus amigos mais InteressantesQue uma manada de elefantes

A nona cartada

07

Que Sorte

A morte deu uma distraída Ela foi pro sulE eu fui pro norte

06

De que vale a fama sem granaÉ o mesmo que olhar o pasto E não poder comer a grama.

A nona cartada

07

Livro de BATISTA DE PILARCuritiba 2004

A poesia escrita na mesa do baré um barcoem calmaria vida forçade poder falaré o mundo centralizadoem um só lugar.

06

Ironia

Meu vizinho ainda ontem, não quis me dizeras horas. hoje, me pede o relógio emprestado!

A nona cartada

07

Velha da Tribo

Para onde vai Dona Olinda?Levar a beca no pasto?Faz tempo que viajassem reclamar com os anosou com a partida dos filhos.Por aqueles que se foram teu coração calado guardaa emoção sólida sobreviventeda raiz familiar contente.De onde viestes?A festa aconteceue não participaste.Para onde vai Dona Olinda?Chegou a hora de entoaro canto de todos os pássaros.A tarde bate em nossa porta.

06

Cegueira

A cega tateiaEvitando o atropelamento.Em seu rosto seus olhosduas estrelas que apagaramantes do tempo.

A nona cartada

07

Feira do livro

Olhares encabuladospassos que passamna visão de quem fica,de quem parte.

Quantos versos espalhadose quantos não olhadosesquecidos na bancaem silêncio.

Fim de feiraquem vai com ela fica na esperado próximo ano.

Fim de feira

fim de um passono caminho do livroque passa.

06

Príncipe sem trono

Menino dormeem sua cama de cimentoseu grito já acostumou no sufocoda garganta calada.

Dorme menino no vídeo-tape da vidana noite pirilampo de luzescom a avenida coloridajunto com os fantasmasque desfilam em cruzes.

A vida o espera para o equilíbriona corda-bambabrincando de palhaçonos circos do mundo.Seu agasalho....

cobertor

tecido vento-neblina.

A nona cartada

07

É A Vida Damiao

Canta Damiãoa vida não acaboua parada foi dadaa noite terminou em pesadelosnos relâmpagos da insônia.

Vê Damião!

a tarde entristececom lagrimas de garoaUmedecidos são os pilares guardiõesda nossa arquitetura cinzenta.Escuta Damião!o canto do passaro da liberdadesobrevoando sobre nossas cabeças diz que aindanão morremos totalmente.

Calma Damião!

somos uma romaria pensanteque vaza como as folhas secase se espalham em algum outono.

06

Sem sentido o grito pedirsocorro pro gemido

Tranquei a vidadentro de casa é a maneira mais segurade proteger a morte na rua.

A nona cartada

07

Curva dos Trinta Anos

manhã com principio de tardeos amigos da distanciasumiram na adolescênciapor caminhos diferentestrôpegos e persistenteso relógio cobra a exatidãodo tributo as existênciaa criança nunca cresceue brinca no coração do temporaízes esquecidas ainda brotamférteis no pomar do conhecimentoo vagão do futuro dormenum trilho abandonadona parada da estação finala cadeira permanece á esperado viajante do mundo das palavrasque chegará cansado para assinalara última data no calendário do espanto.

06

Passagem

A rosa andarilha dos livrossurgiu na mocidade.A rosa protetora dos livrossumiu na realidade.

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