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A Educação e Formação de Adultos: Um campo de saber e intervenção
2
1. Desafios do quadro actual da educação e formação de adultos
em Portugal;
2. As diferentes modalidades de Educação e Formação de Adultos
(CNOs)
3. O referencial de Competências-Chave (RCC)
4. A equipa Técnico-Pedagógica;
5. Cursos EFA: Metodologias e Técnicas associadas ao
desenvolvimento dos cursos de educação e formação de adultos
1. 1ª Fase: O Diagnóstico: Autobiografia
2. Actividades de formação
Índice:
DESAFIOS da Nova estrutura da Educação e Formação de Adultos
DESAFIOS
• Garantir retaguarda educativa da formação profissional;
• Melhorar sistemas de acolhimento, informação e orientação;
• Evitar que massificação conduza à demarcação do contexto real do trabalho;
• Promover e validar competências sem escolarizar a formação;
• Equilibrar promoção de competências transversais com respostas a exigências mais imediatas dos adultos;
• Articular formação com construção de novas circunstâncias profissionais e organizacionais.
4
DESAFIOS (Cont.)
• Reforçar o carácter educativo e cívico das entidades promotoras/formadoras
• Multiplicar redes nacionais e internacionais;
• Construir parcerias locais para o desenvolvimento;
• Assegurar novas formas de financiamento, articulando o apoio por acção de formação com o suporte a projecto plurianual;
• Favorecer estabilidade, qualificação e compromisso cívico das equipas pedagógicas;
• Promover condições de reflexão sobre as práticas educativas e sociais desenvolvidas.
5
Centro Novas Oportunidades
Ofertas Formativas: Diferentes Modalidades
Centros Novas Oportunidades
“Porta de entrada”
“Saída por diferentes Portas”
Inscrição
Acolhimento
Diagnóstico
Encaminhamento
7
Ofertas Formativas adequadas
RVCC
Certificação
Novo encaminhamento
Formação Complementar
Certificação
Olívia Santos Silva
Modalidades de Formação: Diferentes
8
Processo
RVCC
Processo
RVCC PROCursos EFA
Ensino
Recorrente
Cursos de
Especialização
Tecnológicas
Acções de
Formação de
Curta Duração
Formações
Modulares
Certificadas
Vias de
Conclusão
Do 12 º Ano
A relação RVCC (CNO)/Cursos EFA
• Novo paradigma
• Necessária relação e inter-ligação entre o Processo de RVCC e os
Cursos EFA:
• Complementaridade,
• Continuidade
• Conclusão da qualificação dos adultos em processo
• A identificação e valorização de competências deve ser realizada
através de um processo de RVCC – CNO
• A estrutura curricular de um curso EFA tem por base os princípios de
identificação de competências, no qual se determina um conjunto de
competências a desenvolver no âmbito do percurso formativo
10
Relação RVCC/EFA
RVCC e EFA – Nível Secundário
Tipo A
-Inscrição em RVCC com objectivo EFA ou identificação de competências para
desenho do percurso formativo
Tipo B
RVCC realizado com o número de créditos insuficiente para validação total
(valida parcialmente)
Tipo C
RVCC Secundário
Validação Total
Três situações tipo:
Ligação RVCC/EFA/UFCD
Aspectos fundamentais:
• São exemplos de boas práticas entre CNOs e Entidades
Formadoras/Promotoras de cursos EFA os seguintes
fundamentos:
Realização de um plano pessoal de qualificação (PPQ);
Realização e entrega dos relatórios e perfis dos adultos;
Aplicação de modelos e mecanismos simples de diagnóstico;
Estratégias de comunicação entre as equipas (plataformas on-
line);
O processo e estratégia de descodificação do referencial de
competências-chave ser comum ou partilhado;
O mediador ou equipa assistirem aos júris de validação;
Construção de objectivos comuns ou cooperativos.
Cursos de Educação e Formação de Adultos
Cursos EFA: Princípios Orientadores
• Assentam numa perspectiva de educação e formação ao
longo da vida – inserção socioprofissional e qualificação;
• Percursos Flexíveis de formação (definidos no CNO ou no
diagnóstico inicial feito pela equipa pedagógica);
A organização curricular dos cursos EFA de dupla certificação obedece a
uma articulação das componentes de formação de base e
tecnológica, mas de uma forma Flexível (EFA-NS):
• Frequência de todo o percurso formativo ou apenas das unidades de
competência não evidenciadas;
• Frequência da formação de base, de forma autónoma (habilitação escolar);
14
Cursos EFA: Princípios orientadores
• Modelo de formação Modular estruturado a partir de Unidades de
Competência (formação de base) e Acções de Curta Duração ou
Modulares (F. Tecnológica);
• Percursos formativos articulados e integrados;
Formação de Base;
Formação de Base e Tecnológica
• Desenvolvimento de uma formação centrada em processos
reflexivos e de aquisição de saberes e competências
Aprender com Autonomia – NB;
Portefólio Reflexivo de Aprendizagem – NS;
• A existência de Referencial de Competências-Chave (RCC):
Orientador, Flexível, Aberto e Dinâmico
15
Cursos EFA Nível Básico e SecundárioO Referencial de Competências-Chave
Estrutura RCC - NB
17
Nível Básico
B1 B2 B3
Equivalência
ao 1.º Ciclo o
Ensino Básico
Equivalência
ao 2.º Ciclo o
Ensino Básico
Equivalência
ao 3.º Ciclo o
Ensino Básico
Estrutura do RCC - NB
18
B1, B2 e B3
LC Linguagem e
Comunicação
MV Matemática
para a Vida
TICTecnologias da
Informação e
Comunicação
CE Cidadania e
Empregabilidade
As Áreas de Competência - Chave
19
LC
TICMV
CE
20
Linguagem e
Comunicação
LC A
Oralidade
LC B
Leitura
LC C
Escrita
LC D
Linguagem não
Verbal
21
Matemática
para a Vida
MV AInterpretar,
organizar, analisar
e comunicar
informação
MV BAnalisar e resolver
problemas e
situações
problemáticas
MV CCompreender e
usar conexões
matemáticas
MV DRaciocinar
matematicamente
de forma indutiva e
de forma dedutiva
22
Tecnologias da
Informação e
Comunicação
TIC AOperar
equipamento
tecnológico
TIC BRealizar operações
várias no
computador (B2)
Utilizar uma
aplicação de folhas
de cálculo (B3)
TIC CUsar um programa
de proc. de texto
(B2)
Usar um programa
de proc. de texto
e de apresentação
de informação (B3)
TIC DUsar a Internet
23
CE CEducação/
formação ao
longo da vida
CE DRelacionamento
interpessoal
Cidadania e
Empregabilidade
CE ATrabalhar em
Grupo
CE BAdaptabilidade e
flexibilidade
Possível aplicação prática
24
Estrutura do RCC-NS: conceitos
• Áreas de competências
• STC – Sociedade Tecnologia e Ciência
• CLC – Cultura Língua e Comunicação
• CP – Cidadania e Profissionalidade
• Núcleos geradores (NG) - temas abrangentes, presente na vida de todos os
cidadãos, a partir dos quais se podem gerar e evidenciar uma série de competências-
chave;
• Domínios de Referência (DR) - São elementos que contextualizam o accionamento
das competências, remetem para os contextos em cada um vive;
• Temas – resultam do cruzamento dos DRs com os NGs, correspondem a situações de
vida nas quais as competências são geradas, accionadas ou evidenciadas;
• Níveis de Complexidade – aquisição de competências a vários níveis do saber-
fazer
25
Estrutura do RCC - NS
26
CPSTC CLC
Núcle
os G
era
dore
s
(Un
idades d
e C
om
petê
ncia
)
7 N
G
8 N
G
Estrutura do RCC_NS
= NG ou UC
27
Domínio de Referência (DR)
Contexto Privado (DR1)
Contexto Profissional (DR2)
Contexto Institucional (DR3)
Contexto Macroestrutural (DR4)
Núcleo Gerador (Unidade de Competência)
Temas Competências
Situação de vida Saber fazer, acção
Estrutura do RCC_NS
28
Competências
Critérios de evidência
Critérios de evidência
Critérios de evidência3 níveis de
complexidade
1. Identificar
2. Compreender
3. Intervir
29
NG DR Tema Competência
Critério de Evidência Cultura
Critério de Evidência Língua
Critério de Evidência Comunicação
CLC (Cultura Língua e Comunicação)
STC (Sociedade Tecnologia e Ciência)
NG DR Tema Competência
Critério de Evidência Sociedade
Critério de Evidência Tecnologia
Critério de Evidência Ciência
NG DR Tema Competência
Critério de Evidência (Nível de complexidade I) D. Cognitiva
D. Ética
D. Social
Critério de Evidência(Nível de Complexidade II)
Critério de Evidência (Nível de Complexidade III)
CP (Cidadania e Profissionalidade)
Trabalho PráticoRCC
31
Áreas de
Competência
Domínios de
ReferênciaCompetências
Critérios de
evidência/
Dimensões
STC
1.
x
₌
2.
3.
4.
5.
6.
7.
x
₌
CPx
₌
Total (quantitativo) UC C
32
Áreas de
Competência
Domínios de
ReferênciaCompetências
Critérios de
evidência/
Dimensões
Elementos de
complexidade
STC
1.Eq. Sist. Técn.
Dr1 – Privado
Dr2 – Prof.
Dr3–Institucio.
Dr4 – Macroest.
7 x 4
₌ 28
Sociedade
I- Identificar
II- Compreender
III - Intervir
2. Amb. Susten.
3. Saúde
Tecnologia4. Gestão e Econ.
5. TIC
6.Urb. E Mob.Ciência
7. Saberes Fund.
CLC
1.Eq. Sist. Técn.
7 x 4
₌ 28
Cultura2. Amb. Susten.
3. Saúde
Língua 4. Gestão e Econ.
5. TIC
6.Urb. E Mob.Comunicação
7. Saberes Fund.
CP
1.Direitos e Dev.
8 x 4
₌ 32
D. Cognitiva2. Compl. Mudança
3. Refl. Pens. Críti
D. Ética4. Id. Alt.
5. Com. e F. Ètica
6. Abertu. Moral
D. Sociais7. Arg. E Asser.
8. Programação
Total (quantitativo) 22 UC 88 C
Estrutura dos Cursos EFAEquipa Pedagógica
Estrutura do curso EFA - NS
• Grupo de Formandos
• Devem ser constituídos por 10 a 20 formandos
• Poderá haver um grupo com um percurso formativo constante e comum
que “recebe” outros para a concretização de um plano deformação não
contínuo (apenas algumas UC)
• Regime de funcionamento e carga horária
• Funcionamento em horário laboral (não ultrapassando as 7 Horas diárias
e as 35 horas semanais) ou pós-laboral (não ultrapassando as 4 horas
diárias e as 20 horas semanais)
• No caso dos Cursos EFA-NS exclusivamente escolar o seu início não tem
de ficar dependente do calendário lectivo
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Estrutura do curso
• Assiduidade
• Consta do contrato de formação as condições de frequência de um Curso
EFA-NS, de acordo com o Regulamento Interno da entidade;
• Não deve ser inferior a 90% da carga horária total definida para cada adulto
• É também um elemento avaliativo do percurso;
• Formação em Contexto Real de Trabalho
• Realiza-se no final do Curso EFA-NS;
• É obrigatória apenas para os que não estão inseridos no mercado de
trabalho, no âmbito da saída profissional do curso realizado;
• Grupos de 5 formandos acompanhados por um tutor, em articulação com
restante equipa pedagógica.
35
Modelo de Formação
As Unidades de Competência (UC)
• Para a Formação de Base:
• As Unidades de Competência são 22 e correspondem às que
constam no RCC-NS, nas 3 Áreas de Competências-Chave;
• Para a Formação Tecnológica
• As Unidades de Competência correspondem às unidades de
formação (saberes-fazer), com correspondência às UFCD que
constituem actualmente os referenciais do Catálogo Nacional de
Qualificações;
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Orientações para acção
• O RCC é um ponto de referência para a elaboração dos
percursos formativos;
• A formação a ministrar deve ser integrada num plano de
trabalho, que deve ter em conta duas vertentes:
1. Uma visão transversal (para o grupo)
2. Uma estratégia individual (para o formando, enquanto individuo);
• As três áreas de formação (CLC, CP e STC) são diferentes nas
intervenções, no entanto devem ter planos de formação
similares;
37
Orientações para acção
• Cabe ao formador “ensinar com o grupo”; para o grupo e
para o formando a nível individual (planos de formação
colectivos e individuais);
• Deve existir uma planificação flexível e orientada para a
transmissão de conhecimentos de forma informal:
Não deve dar sessões de formação;
Deve transmitir informações na envolvência do trabalho proposto;
Transformar a formação numa área ou projecto;
Mobilização dos conhecimentos, em conjunto e de forma orientada, para
a intervenção;
“Ensinar Fazendo”
Desafiando o formando a construir e reflectir sobre o tema38
Equipa pedagógica
• Mediador (nível superior+EFA):
• Figura central do Curso EFA
• Funções:
• Diagnóstico avaliativo,
• Articulação com CNO,
• Recrutamento e selecção dos formandos (constituição dos grupos);
• Acompanhamento e Orientação pessoal, social e pedagógica;
• Coordenação da equipa pedagógica no âmbito do processo formativo
e articular a relação formadores – formandos – entidade formadora;
• Responsável pela área de PRA;
O Mediador não deve exercer funções de mediação em mais de 3
cursos EFA, nem acumular nestes funções de formador
Portaria nº817/2007, de 27 de Julho
39
Elaboração do PRA: Mediador
É um dos principais papeis do Mediador: começa com a
organização da primeira versão autobiografia (diagnóstica),
essencial para a construção do percurso formativo
• Autobiografia – algumas pistas para a sua elaboração:
Escrever o nome e apelido criando árvore genealógica;
Nascimento: País, cidade, contexto onde nasceu, etc.
Vida escolar: boas e más recordações;
Mapa da vida: quais os sonhos (mudanças ao longo dos anos) e metas e percurso
realizado até então em função destes;
Descrição do curriculum vitae e experiências mais marcantes;
Vida social e tempos-livres;
Descrição das principais funções do seu trabalho actual ou trabalhos mais
significativos;
Plano de Qualificação Pessoal: objectivos e estratégias.
40
Noção de Competência
• Competências:
• Adquiridas em percursos formais de escolarização obrigatória
e/ou processos formativos;
• Adquiridas ao longo da vida através da experiência de vida,
em contextos não-formais e informais – fundamentos para
novas aprendizagens e processo de aquisição de
competências.
Importante clarificar o conceito de competência aos formandos
na fase inicial do processo formativo
41
Exemplos de actividades orientadoras Fase de DIAGNÓSTICO
Equipa Pedagógica - Competências
• Formadores
• “Descodificação” do RCC
• Elaboração do plano de formação com a equipa pedagógica,
• Desenvolvimento da formação na área para que está habilitado,
intervindo em mais do que uma área garantindo os princípios da
transversalidade, articulação e integração;
• Conceber os materiais pedagógicos e de avaliação mais adequados e
necessários,
• Manter uma estreita colaboração com os demais elementos da equipa
pedagógica, nomeadamente na área transversal de PRA, com realização
de sessões conjuntas com o mediador
Despacho nº11 203/2007
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Equipa pedagógica: formadores
• Orientações ANQ:
Formadores de diferentes grupos de docência em cada área de
competência,
No mínimo 2 formadores por área;
• Regime de co-docência das UC do RCC-NS
“2 formadores, no mesmo tempo e no mesmo espaço”
• Sempre que possível, devemos favorecer práticas pedagógicas que
permitam 2 formadores (da mesma área e/ou áreas diferentes)
ministrem sessões de formação em conjunto;
• Os formadores da componente tecnológica devem satisfazer os requisitos
do regime de acesso e exercício da respectiva profissão
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Exemplos de actividades formativas Fase de Formação
Links e Contactos
• www.anq.pt
• www.novasoportunidades.gov.pt
• www.catalogo.anq.gov.pt
• http://novasoportunidades.ning.com
• www.knowit.pt
• Contactos:
• formacao@knowit.pt
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