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CIDADES TRIBUNA DE ITAPIRA - Domingo, 1 de fevereiro de 2015A 6

Oscip completa um ano na Santa Casa○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Revitalização: membros da organização civil celebram resultados; empresário Ogari de Castro Pacheco liderou coletiva de imprensa○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Uma das estratégias adota-das pela Santa Casa para au-mentar a receita foi abrir ne-gociação com outras operado-ras e seguradoras de planos desaúde. Até então, a Unimed eraa única que cobria atendimen-tos ambulatoriais e internaçõesno hospital. Em dezembro, con-tudo, a Amil também passou acobrir internações de clientesna instituição, e não mais so-mente no Pronto Socorro, comovinha ocorrendo.

“Já atendíamos clientes daAmil em consultas e agoratambém fazemos internações.A Santa Casa depende de re-

A nova administração àfrente da Santa Casade Misericórdia comple-

tou um ano de atuação em de-zembro, com resultados positi-vos. O grupo, agora oficializadocomo Oscip (Organização daSociedade Civil de Interesse Pú-blico), iniciou o trabalho de ges-tão em dezembro de 2013, comum crítico quadro administrati-vo e financeiro que apontavapara o iminente encerramentodas atividades. A iniciativa lide-rada pelo empresário Ogari deCastro Pacheco, diretor-presi-dente do Cristália Produtos Quí-micos e Farmacêuticos, rever-teu a situação, conforme dadosapresentados à imprensa na ma-nhã de anteontem, no salão no-bre da instituição.

Na ocasião, Pacheco deta-lhou o andamento do processode reestruturação implantado.O encontro contou ainda coma presença do presidente daOscip, Carlos Mário Stevanat-to Marangão, da coordenado-ra de enfermagem Helen Ca-tarino e da administradora hos-pitalar Silmara FerrazSant’Ana. O panorama apre-sentado pelos novos adminis-tradores é bem diferente daque-le encontrado há pouco mais deum ano, quando o caixa do hos-pital tinha somente R$ 156.

Dos R$ 3 milhões aporta-dos inicialmente para literal-mente socorrer a Santa Casa,R$ 603,9 mil ainda seguemadministrados. As dívidas ven-cidas com fornecedores, quesomavam R$ 1,8 milhão emdezembro de 2013, foram re-negociadas, com saldo restan-te a ser quitado de R$ 363 mil.Já as dívidas vencidas junto aprestadores de serviço, na or-dem de R$ 375 mil, estão to-das pagas. Os salários e direi-tos trabalhistas dos funcioná-rios também estão em dia e adívida bancária, de R$ 1,2 mi-lhão, foi negociada com os cre-dores, que passam a recebera partir deste mês.

“Quando nós assumimosessa incumbência, entende-

mos que para melhorar as con-dições da Santa Casa havia anecessidade de reestruturá-laatravés de uma gestão profis-sional, e uma Oscip represen-ta a união de cidadãos de to-das as classes dispostos a tra-balhar e dar sua contribuiçãopara recuperar a instituiçãosem conotação partidária e ide-ológica que não fosse servir àsociedade. E, de certa manei-ra, temos conseguido isso”,comemorou Pacheco.

De acordo com ele, a con-tratação de profissionais e asmudanças culturais implantadasna Santa Casa foram determi-

ceitas novas e por isso preci-samos abrir mais convênios”,disse a administradora hospita-lar da Santa Casa, Silmara Fer-raz Sant’Ana, uma das profis-sionais contratadas pela Oscip(Organização da Sociedade Ci-vil de Interesse Público) paragerir o hospital.

Ela adiantou que outra ne-gociação junto à BradescoSeguros está bem adiantada eo atendimento deve começarnos próximos meses. “Tam-bém já iniciamos conversaçãocom a SulAmérica Saúde”,enfatizou, ressaltando que osclientes da Unimed ainda re-

Instituição já atende novo plano de saúde

Silmara: atendimento da Amil

nantes para alcançar os bonsresultados ao longo do primei-ro ano da nova gestão. “Con-seguimos isso com a profissio-nalização. Por mais boa vonta-de que se possa ter, amadoris-ticamente não se consegue fa-zer grande coisa. A Oscip con-tratou profissionais e tem con-seguido resultados altamentesignificativos”, enfatizou.

Marangão classificou a atu-ação do grupo como “um tra-balho incansável e inestimá-vel”, que terá continuidadeneste ano. “De fato, percebe-mos que nossos usuários e cli-entes sentiram as mudanças

em relação ao cenário geral ena condição profícua da San-ta Casa que é a prestação deserviços de saúde”, disse.“Nós estamos no meio de umprocesso de construção de umnovo modelo de administraçãosustentável e isso vai reque-rer muito mais tempo de tra-balho, sobretudo de recursosfinanceiros, pois temos a ne-cessidade de muitos investi-mentos”, complementou.

TREINAMENTOE QUALIDADE

Durante a coletiva, Maran-gão também destacou que os

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Amil: direção da Santa Casa de Misericórdia atende novo serviço desde o ano passado e negocia com outros○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

presentam a maior fatia dosatendimentos conveniados.“Temos hospitais psiquiátricosna cidade que atendem a di-versos convênios, então que-remos atender as intercorrên-cias desses pacientes aqui,sem que precisem ser levadosa outras cidades”, definiu.

CRESCIMENTOSilmara também se mostrou

animada com os resultados doprimeiro ano de gestão a cargoda Oscip na Santa Casa, maslembrou que o processo de re-cuperação financeira da institui-ção é um “projeto a médio e lon-

go prazos”. “O hospital possuiuma história deficitária, apresen-tava problemas em várias áre-as e recuperar sua saúde finan-ceira é coisa para três anos detrabalho pelo menos. Mas, mesurpreendeu muito o resultadode 2014, reduzindo em 50% odéficit”, destacou.

Ela também lembrou quemudanças culturais nos proces-sos de forma a dar mais aco-lhimento aos pacientes e huma-nizar o atendimento ao públicocontribuíram sobremaneira noaumento do movimento. “Asdiárias hospitalares cresceram16% e também aumentamos asinternações cirúrgicas. Haviaevasão de pacientes para ou-tras cidades e hoje percebemosque estão vindo operar na San-ta Casa. Isso quer dizer que es-tão sentido segurança e melho-ria, estamos nos tornando re-ferência. Os atendimentos noPronto Socorro também cres-ceram 10% em relação ao anoanterior”, frisou.

De acordo com ela, as ne-gociações com a SecretariaMunicipal de Saúde tambémseguem em andamento paraampliar o atendimento à popu-lação através de exames labo-ratoriais. As verbas serão inves-tidas na aquisição de equipamen-tos. Na área de investimentosforam reformadas as instala-ções elétricas da lavanderia, aocusto de R$ 60 mil, e aquisiçãode equipamentos, com investi-mentos de R$ 120 mil.

Dentro das medidas paraarrecadar recursos, o empre-sário Ogari de Castro Pache-co, diretor-presidente do Cris-tália Produtos Químicos e Far-macêuticos, também adiantoua realização de um show dos

cantores Sérgio Reis e Rena-to Teixeira, em junho, no mu-nicípio. Agora, a Santa Casainicia a elaboração de proje-tos para ampliação do ProntoSocorro e reforma da recep-ção e do Pavilhão Virgolino deOliveira. Para isso, a Oscipespera a colaboração de em-presas da cidade, a quem pre-tendem recorrer.

“Quando assumimos a ad-ministração, a população es-tava insatisfeita com a SantaCasa, então com poderíamospedir ajuda?”, questionou oexecutivo. “Agora, sinto quehá condição moral para pediresse auxílio. Uma das alter-nativas é criar alas que rece-berão aporte de empresários.Isso já existe em hospitaiscomo Sírio Libanês e AlbertEinstein. Hoje temos respal-do para pedir ajuda”, explicouPacheco.

De acordo com o presi-dente da Oscip, Carlos MárioStevanatto Marangão, a prio-ridade é a ampliação do Pron-to Socorro. Uma das medidasa serem adotadas é a trans-ferência do Laboratório SãoJosé para outro espaço.“Também pretendemos reno-var a hotelaria do hospital.Hoje temos 30 quartos, comcusto aproximado de R$ 30mil cada, e pretendemos no-mear as alas com nomes deempresas para obter os recur-sos, pois não temos renda pró-pria para isso. Mas, a SantaCasa não vai ficar dependen-do disso a vida toda. Quere-mos alcançar a sustentabilida-de. Não procuramos lucro,mas temos que ter receitacompatível, superávit opera-cional para investir”, finalizou.

funcionários da Santa Casatêm passado por constantestreinamentos que visam à me-lhoria da qualidade do atendi-mento e dos processos. “AOscip se propôs a formular umnovo modelo de gestão hospi-talar à semelhança da iniciati-va privada, com novas políti-cas e técnicas administrativasmuito avançadas que são tra-zidas do mercado privado eestão sendo aplicadas na San-ta Casa, principalmente naárea de Recursos Humanos.A gestão tem que ser muito efi-ciente e técnica. Não rompe-mos com o passado, apenas

estamos atuando de maneiracooperada”, comentou.

De acordo com ele, umadas grandes reclamações eracom relação ao atendimentodispensado aos pacientes. “Im-plantamos diversos processosde qualidade e temos ofereci-do treinamentos para garantira melhoria contínua. Melhora-mos o atendimento da recep-ção, padronizamos o atendi-mento telefônico e melhoramosa comunicação interna e exter-na, afinal, são pessoas que cui-dam de pessoas e é muito im-portante o entrosamento funci-onal de todos. Vamos iniciarmais dois treinamentos e temostido o apoio de consultorias deItapira e de Campinas de for-ma voluntária”, revelou o pre-sidente da Oscip.

A implantação de um sis-tema de trabalho “mais enxu-to e esbelto”, que visa aumen-tar a produtividade e reduzircustos, também está em estu-dos. Marangão ainda concla-mou a Irmandade da SantaCasa a contribuir mais com ohospital. “Há muitos irmãosque se afastaram, e queremosque voltem, pois a Irmandadeé mais um órgão de apoio mui-to importante”, completou.

Marangão chamou Irmandade

Pacheco apresentou os números que atestam a recuperação financeira da Santa Casa de Misericórdia, ao lado de Marangão

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