a cidades domingo, 1 de fevereiro de ... - cristalia.com.br - a tribuna de... · rer muito mais...

1
CIDADES TRIBUNA DE ITAPIRA - Domingo, 1 de fevereiro de 2015 A 6 Oscip completa um ano na Santa Casa Revitalização: membros da organização civil celebram resultados; empresário Ogari de Castro Pacheco liderou coletiva de imprensa Uma das estratégias adota- das pela Santa Casa para au- mentar a receita foi abrir ne- gociação com outras operado- ras e seguradoras de planos de saúde. Até então, a Unimed era a única que cobria atendimen- tos ambulatoriais e internações no hospital. Em dezembro, con- tudo, a Amil também passou a cobrir internações de clientes na instituição, e não mais so- mente no Pronto Socorro, como vinha ocorrendo. “Já atendíamos clientes da Amil em consultas e agora também fazemos internações. A Santa Casa depende de re- A nova administração à frente da Santa Casa de Misericórdia comple- tou um ano de atuação em de- zembro, com resultados positi- vos. O grupo, agora oficializado como Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Pú- blico), iniciou o trabalho de ges- tão em dezembro de 2013, com um crítico quadro administrati- vo e financeiro que apontava para o iminente encerramento das atividades. A iniciativa lide- rada pelo empresário Ogari de Castro Pacheco, diretor-presi- dente do Cristália Produtos Quí- micos e Farmacêuticos, rever- teu a situação, conforme dados apresentados à imprensa na ma- nhã de anteontem, no salão no- bre da instituição. Na ocasião, Pacheco deta- lhou o andamento do processo de reestruturação implantado. O encontro contou ainda com a presença do presidente da Oscip, Carlos Mário Stevanat- to Marangão, da coordenado- ra de enfermagem Helen Ca- tarino e da administradora hos- pitalar Silmara Ferraz Sant’Ana. O panorama apre- sentado pelos novos adminis- tradores é bem diferente daque- le encontrado há pouco mais de um ano, quando o caixa do hos- pital tinha somente R$ 156. Dos R$ 3 milhões aporta- dos inicialmente para literal- mente socorrer a Santa Casa, R$ 603,9 mil ainda seguem administrados. As dívidas ven- cidas com fornecedores, que somavam R$ 1,8 milhão em dezembro de 2013, foram re- negociadas, com saldo restan- te a ser quitado de R$ 363 mil. Já as dívidas vencidas junto a prestadores de serviço, na or- dem de R$ 375 mil, estão to- das pagas. Os salários e direi- tos trabalhistas dos funcioná- rios também estão em dia e a dívida bancária, de R$ 1,2 mi- lhão, foi negociada com os cre- dores, que passam a receber a partir deste mês. “Quando nós assumimos essa incumbência, entende- mos que para melhorar as con- dições da Santa Casa havia a necessidade de reestruturá-la através de uma gestão profis- sional, e uma Oscip represen- ta a união de cidadãos de to- das as classes dispostos a tra- balhar e dar sua contribuição para recuperar a instituição sem conotação partidária e ide- ológica que não fosse servir à sociedade. E, de certa manei- ra, temos conseguido isso”, comemorou Pacheco. De acordo com ele, a con- tratação de profissionais e as mudanças culturais implantadas na Santa Casa foram determi- ceitas novas e por isso preci- samos abrir mais convênios”, disse a administradora hospita- lar da Santa Casa, Silmara Fer- raz Sant’Ana, uma das profis- sionais contratadas pela Oscip (Organização da Sociedade Ci- vil de Interesse Público) para gerir o hospital. Ela adiantou que outra ne- gociação junto à Bradesco Seguros está bem adiantada e o atendimento deve começar nos próximos meses. “Tam- bém já iniciamos conversação com a SulAmérica Saúde”, enfatizou, ressaltando que os clientes da Unimed ainda re- Instituição já atende novo plano de saúde Silmara: atendimento da Amil nantes para alcançar os bons resultados ao longo do primei- ro ano da nova gestão. “Con- seguimos isso com a profissio- nalização. Por mais boa vonta- de que se possa ter, amadoris- ticamente não se consegue fa- zer grande coisa. A Oscip con- tratou profissionais e tem con- seguido resultados altamente significativos”, enfatizou. Marangão classificou a atu- ação do grupo como “um tra- balho incansável e inestimá- vel”, que terá continuidade neste ano. “De fato, percebe- mos que nossos usuários e cli- entes sentiram as mudanças em relação ao cenário geral e na condição profícua da San- ta Casa que é a prestação de serviços de saúde”, disse. “Nós estamos no meio de um processo de construção de um novo modelo de administração sustentável e isso vai reque- rer muito mais tempo de tra- balho, sobretudo de recursos financeiros, pois temos a ne- cessidade de muitos investi- mentos”, complementou. TREINAMENTO E QUALIDADE Durante a coletiva, Maran- gão também destacou que os Amil: direção da Santa Casa de Misericórdia atende novo serviço desde o ano passado e negocia com outros presentam a maior fatia dos atendimentos conveniados. “Temos hospitais psiquiátricos na cidade que atendem a di- versos convênios, então que- remos atender as intercorrên- cias desses pacientes aqui, sem que precisem ser levados a outras cidades”, definiu. CRESCIMENTO Silmara também se mostrou animada com os resultados do primeiro ano de gestão a cargo da Oscip na Santa Casa, mas lembrou que o processo de re- cuperação financeira da institui- ção é um “projeto a médio e lon- go prazos”. “O hospital possui uma história deficitária, apresen- tava problemas em várias áre- as e recuperar sua saúde finan- ceira é coisa para três anos de trabalho pelo menos. Mas, me surpreendeu muito o resultado de 2014, reduzindo em 50% o déficit”, destacou. Ela também lembrou que mudanças culturais nos proces- sos de forma a dar mais aco- lhimento aos pacientes e huma- nizar o atendimento ao público contribuíram sobremaneira no aumento do movimento. “As diárias hospitalares cresceram 16% e também aumentamos as internações cirúrgicas. Havia evasão de pacientes para ou- tras cidades e hoje percebemos que estão vindo operar na San- ta Casa. Isso quer dizer que es- tão sentido segurança e melho- ria, estamos nos tornando re- ferência. Os atendimentos no Pronto Socorro também cres- ceram 10% em relação ao ano anterior”, frisou. De acordo com ela, as ne- gociações com a Secretaria Municipal de Saúde também seguem em andamento para ampliar o atendimento à popu- lação através de exames labo- ratoriais. As verbas serão inves- tidas na aquisição de equipamen- tos. Na área de investimentos foram reformadas as instala- ções elétricas da lavanderia, ao custo de R$ 60 mil, e aquisição de equipamentos, com investi- mentos de R$ 120 mil. Dentro das medidas para arrecadar recursos, o empre- sário Ogari de Castro Pache- co, diretor-presidente do Cris- tália Produtos Químicos e Far- macêuticos, também adiantou a realização de um show dos cantores Sérgio Reis e Rena- to Teixeira, em junho, no mu- nicípio. Agora, a Santa Casa inicia a elaboração de proje- tos para ampliação do Pronto Socorro e reforma da recep- ção e do Pavilhão Virgolino de Oliveira. Para isso, a Oscip espera a colaboração de em- presas da cidade, a quem pre- tendem recorrer. “Quando assumimos a ad- ministração, a população es- tava insatisfeita com a Santa Casa, então com poderíamos pedir ajuda?”, questionou o executivo. “Agora, sinto que há condição moral para pedir esse auxílio. Uma das alter- nativas é criar alas que rece- berão aporte de empresários. Isso já existe em hospitais como Sírio Libanês e Albert Einstein. Hoje temos respal- do para pedir ajuda”, explicou Pacheco. De acordo com o presi- dente da Oscip, Carlos Mário Stevanatto Marangão, a prio- ridade é a ampliação do Pron- to Socorro. Uma das medidas a serem adotadas é a trans- ferência do Laboratório São José para outro espaço. “Também pretendemos reno- var a hotelaria do hospital. Hoje temos 30 quartos, com custo aproximado de R$ 30 mil cada, e pretendemos no- mear as alas com nomes de empresas para obter os recur- sos, pois não temos renda pró- pria para isso. Mas, a Santa Casa não vai ficar dependen- do disso a vida toda. Quere- mos alcançar a sustentabilida- de. Não procuramos lucro, mas temos que ter receita compatível, superávit opera- cional para investir”, finalizou. funcionários da Santa Casa têm passado por constantes treinamentos que visam à me- lhoria da qualidade do atendi- mento e dos processos. “A Oscip se propôs a formular um novo modelo de gestão hospi- talar à semelhança da iniciati- va privada, com novas políti- cas e técnicas administrativas muito avançadas que são tra- zidas do mercado privado e estão sendo aplicadas na San- ta Casa, principalmente na área de Recursos Humanos. A gestão tem que ser muito efi- ciente e técnica. Não rompe- mos com o passado, apenas estamos atuando de maneira cooperada”, comentou. De acordo com ele, uma das grandes reclamações era com relação ao atendimento dispensado aos pacientes. “Im- plantamos diversos processos de qualidade e temos ofereci- do treinamentos para garantir a melhoria contínua. Melhora- mos o atendimento da recep- ção, padronizamos o atendi- mento telefônico e melhoramos a comunicação interna e exter- na, afinal, são pessoas que cui- dam de pessoas e é muito im- portante o entrosamento funci- onal de todos. Vamos iniciar mais dois treinamentos e temos tido o apoio de consultorias de Itapira e de Campinas de for- ma voluntária”, revelou o pre- sidente da Oscip. A implantação de um sis- tema de trabalho “mais enxu- to e esbelto”, que visa aumen- tar a produtividade e reduzir custos, também está em estu- dos. Marangão ainda concla- mou a Irmandade da Santa Casa a contribuir mais com o hospital. “Há muitos irmãos que se afastaram, e queremos que voltem, pois a Irmandade é mais um órgão de apoio mui- to importante”, completou. Marangão chamou Irmandade Pacheco apresentou os números que atestam a recuperação financeira da Santa Casa de Misericórdia, ao lado de Marangão

Upload: dangkhanh

Post on 03-Dec-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: A CIDADES Domingo, 1 de fevereiro de ... - cristalia.com.br - A Tribuna de... · rer muito mais tempo de tra-balho, sobretudo de recursos financeiros, pois temos a ne-cessidade de

CIDADES TRIBUNA DE ITAPIRA - Domingo, 1 de fevereiro de 2015A 6

Oscip completa um ano na Santa Casa○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Revitalização: membros da organização civil celebram resultados; empresário Ogari de Castro Pacheco liderou coletiva de imprensa○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Uma das estratégias adota-das pela Santa Casa para au-mentar a receita foi abrir ne-gociação com outras operado-ras e seguradoras de planos desaúde. Até então, a Unimed eraa única que cobria atendimen-tos ambulatoriais e internaçõesno hospital. Em dezembro, con-tudo, a Amil também passou acobrir internações de clientesna instituição, e não mais so-mente no Pronto Socorro, comovinha ocorrendo.

“Já atendíamos clientes daAmil em consultas e agoratambém fazemos internações.A Santa Casa depende de re-

A nova administração àfrente da Santa Casade Misericórdia comple-

tou um ano de atuação em de-zembro, com resultados positi-vos. O grupo, agora oficializadocomo Oscip (Organização daSociedade Civil de Interesse Pú-blico), iniciou o trabalho de ges-tão em dezembro de 2013, comum crítico quadro administrati-vo e financeiro que apontavapara o iminente encerramentodas atividades. A iniciativa lide-rada pelo empresário Ogari deCastro Pacheco, diretor-presi-dente do Cristália Produtos Quí-micos e Farmacêuticos, rever-teu a situação, conforme dadosapresentados à imprensa na ma-nhã de anteontem, no salão no-bre da instituição.

Na ocasião, Pacheco deta-lhou o andamento do processode reestruturação implantado.O encontro contou ainda coma presença do presidente daOscip, Carlos Mário Stevanat-to Marangão, da coordenado-ra de enfermagem Helen Ca-tarino e da administradora hos-pitalar Silmara FerrazSant’Ana. O panorama apre-sentado pelos novos adminis-tradores é bem diferente daque-le encontrado há pouco mais deum ano, quando o caixa do hos-pital tinha somente R$ 156.

Dos R$ 3 milhões aporta-dos inicialmente para literal-mente socorrer a Santa Casa,R$ 603,9 mil ainda seguemadministrados. As dívidas ven-cidas com fornecedores, quesomavam R$ 1,8 milhão emdezembro de 2013, foram re-negociadas, com saldo restan-te a ser quitado de R$ 363 mil.Já as dívidas vencidas junto aprestadores de serviço, na or-dem de R$ 375 mil, estão to-das pagas. Os salários e direi-tos trabalhistas dos funcioná-rios também estão em dia e adívida bancária, de R$ 1,2 mi-lhão, foi negociada com os cre-dores, que passam a recebera partir deste mês.

“Quando nós assumimosessa incumbência, entende-

mos que para melhorar as con-dições da Santa Casa havia anecessidade de reestruturá-laatravés de uma gestão profis-sional, e uma Oscip represen-ta a união de cidadãos de to-das as classes dispostos a tra-balhar e dar sua contribuiçãopara recuperar a instituiçãosem conotação partidária e ide-ológica que não fosse servir àsociedade. E, de certa manei-ra, temos conseguido isso”,comemorou Pacheco.

De acordo com ele, a con-tratação de profissionais e asmudanças culturais implantadasna Santa Casa foram determi-

ceitas novas e por isso preci-samos abrir mais convênios”,disse a administradora hospita-lar da Santa Casa, Silmara Fer-raz Sant’Ana, uma das profis-sionais contratadas pela Oscip(Organização da Sociedade Ci-vil de Interesse Público) paragerir o hospital.

Ela adiantou que outra ne-gociação junto à BradescoSeguros está bem adiantada eo atendimento deve começarnos próximos meses. “Tam-bém já iniciamos conversaçãocom a SulAmérica Saúde”,enfatizou, ressaltando que osclientes da Unimed ainda re-

Instituição já atende novo plano de saúde

Silmara: atendimento da Amil

nantes para alcançar os bonsresultados ao longo do primei-ro ano da nova gestão. “Con-seguimos isso com a profissio-nalização. Por mais boa vonta-de que se possa ter, amadoris-ticamente não se consegue fa-zer grande coisa. A Oscip con-tratou profissionais e tem con-seguido resultados altamentesignificativos”, enfatizou.

Marangão classificou a atu-ação do grupo como “um tra-balho incansável e inestimá-vel”, que terá continuidadeneste ano. “De fato, percebe-mos que nossos usuários e cli-entes sentiram as mudanças

em relação ao cenário geral ena condição profícua da San-ta Casa que é a prestação deserviços de saúde”, disse.“Nós estamos no meio de umprocesso de construção de umnovo modelo de administraçãosustentável e isso vai reque-rer muito mais tempo de tra-balho, sobretudo de recursosfinanceiros, pois temos a ne-cessidade de muitos investi-mentos”, complementou.

TREINAMENTOE QUALIDADE

Durante a coletiva, Maran-gão também destacou que os

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Amil: direção da Santa Casa de Misericórdia atende novo serviço desde o ano passado e negocia com outros○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

presentam a maior fatia dosatendimentos conveniados.“Temos hospitais psiquiátricosna cidade que atendem a di-versos convênios, então que-remos atender as intercorrên-cias desses pacientes aqui,sem que precisem ser levadosa outras cidades”, definiu.

CRESCIMENTOSilmara também se mostrou

animada com os resultados doprimeiro ano de gestão a cargoda Oscip na Santa Casa, maslembrou que o processo de re-cuperação financeira da institui-ção é um “projeto a médio e lon-

go prazos”. “O hospital possuiuma história deficitária, apresen-tava problemas em várias áre-as e recuperar sua saúde finan-ceira é coisa para três anos detrabalho pelo menos. Mas, mesurpreendeu muito o resultadode 2014, reduzindo em 50% odéficit”, destacou.

Ela também lembrou quemudanças culturais nos proces-sos de forma a dar mais aco-lhimento aos pacientes e huma-nizar o atendimento ao públicocontribuíram sobremaneira noaumento do movimento. “Asdiárias hospitalares cresceram16% e também aumentamos asinternações cirúrgicas. Haviaevasão de pacientes para ou-tras cidades e hoje percebemosque estão vindo operar na San-ta Casa. Isso quer dizer que es-tão sentido segurança e melho-ria, estamos nos tornando re-ferência. Os atendimentos noPronto Socorro também cres-ceram 10% em relação ao anoanterior”, frisou.

De acordo com ela, as ne-gociações com a SecretariaMunicipal de Saúde tambémseguem em andamento paraampliar o atendimento à popu-lação através de exames labo-ratoriais. As verbas serão inves-tidas na aquisição de equipamen-tos. Na área de investimentosforam reformadas as instala-ções elétricas da lavanderia, aocusto de R$ 60 mil, e aquisiçãode equipamentos, com investi-mentos de R$ 120 mil.

Dentro das medidas paraarrecadar recursos, o empre-sário Ogari de Castro Pache-co, diretor-presidente do Cris-tália Produtos Químicos e Far-macêuticos, também adiantoua realização de um show dos

cantores Sérgio Reis e Rena-to Teixeira, em junho, no mu-nicípio. Agora, a Santa Casainicia a elaboração de proje-tos para ampliação do ProntoSocorro e reforma da recep-ção e do Pavilhão Virgolino deOliveira. Para isso, a Oscipespera a colaboração de em-presas da cidade, a quem pre-tendem recorrer.

“Quando assumimos a ad-ministração, a população es-tava insatisfeita com a SantaCasa, então com poderíamospedir ajuda?”, questionou oexecutivo. “Agora, sinto quehá condição moral para pediresse auxílio. Uma das alter-nativas é criar alas que rece-berão aporte de empresários.Isso já existe em hospitaiscomo Sírio Libanês e AlbertEinstein. Hoje temos respal-do para pedir ajuda”, explicouPacheco.

De acordo com o presi-dente da Oscip, Carlos MárioStevanatto Marangão, a prio-ridade é a ampliação do Pron-to Socorro. Uma das medidasa serem adotadas é a trans-ferência do Laboratório SãoJosé para outro espaço.“Também pretendemos reno-var a hotelaria do hospital.Hoje temos 30 quartos, comcusto aproximado de R$ 30mil cada, e pretendemos no-mear as alas com nomes deempresas para obter os recur-sos, pois não temos renda pró-pria para isso. Mas, a SantaCasa não vai ficar dependen-do disso a vida toda. Quere-mos alcançar a sustentabilida-de. Não procuramos lucro,mas temos que ter receitacompatível, superávit opera-cional para investir”, finalizou.

funcionários da Santa Casatêm passado por constantestreinamentos que visam à me-lhoria da qualidade do atendi-mento e dos processos. “AOscip se propôs a formular umnovo modelo de gestão hospi-talar à semelhança da iniciati-va privada, com novas políti-cas e técnicas administrativasmuito avançadas que são tra-zidas do mercado privado eestão sendo aplicadas na San-ta Casa, principalmente naárea de Recursos Humanos.A gestão tem que ser muito efi-ciente e técnica. Não rompe-mos com o passado, apenas

estamos atuando de maneiracooperada”, comentou.

De acordo com ele, umadas grandes reclamações eracom relação ao atendimentodispensado aos pacientes. “Im-plantamos diversos processosde qualidade e temos ofereci-do treinamentos para garantira melhoria contínua. Melhora-mos o atendimento da recep-ção, padronizamos o atendi-mento telefônico e melhoramosa comunicação interna e exter-na, afinal, são pessoas que cui-dam de pessoas e é muito im-portante o entrosamento funci-onal de todos. Vamos iniciarmais dois treinamentos e temostido o apoio de consultorias deItapira e de Campinas de for-ma voluntária”, revelou o pre-sidente da Oscip.

A implantação de um sis-tema de trabalho “mais enxu-to e esbelto”, que visa aumen-tar a produtividade e reduzircustos, também está em estu-dos. Marangão ainda concla-mou a Irmandade da SantaCasa a contribuir mais com ohospital. “Há muitos irmãosque se afastaram, e queremosque voltem, pois a Irmandadeé mais um órgão de apoio mui-to importante”, completou.

Marangão chamou Irmandade

Pacheco apresentou os números que atestam a recuperação financeira da Santa Casa de Misericórdia, ao lado de Marangão