20/12/001 o dolo e a culpa b o dolo b dolo é vontade, mas vontade livre e consciente. a...

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20/12/00 1

O Dolo e a CulpaO Dolo e a Culpa

O doloO dolo Dolo é vontade, Dolo é vontade,

mas vontade livre mas vontade livre e consciente. A e consciente. A culpabilidade e a culpabilidade e a imputabilidade imputabilidade constituíram constituíram objeto do dolo. objeto do dolo.

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O Dolo e a CulpaO Dolo e a Culpa

Orientador : Professor NilsonOrientador : Professor NilsonCopyright © 1999 LINJUR

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ObjetivosObjetivos

Por meio desse trabalho é Por meio desse trabalho é pretendido passar a mais pretendido passar a mais pessoas o conhecimento pessoas o conhecimento sobre o dolo e a culpa.sobre o dolo e a culpa.

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O doloO dolo

A consciência há de abranger a A consciência há de abranger a ação ou a omissão do agente, ação ou a omissão do agente, devendo igualmente compreender devendo igualmente compreender o resultado, e o nexo causal entre o resultado, e o nexo causal entre este e a atividade desenvolvida este e a atividade desenvolvida pelo sujeito ativo.pelo sujeito ativo.

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O doloO dolo

Age, pois, Age, pois, dolosamente dolosamente quem pratica a quem pratica a ação ( em sentido ação ( em sentido amplo ) amplo ) consciente e consciente e voluntariamente.voluntariamente.

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Espécies de doloEspécies de dolo

Existem algumas formas de dolo, a Existem algumas formas de dolo, a ver :ver :

- dolo direto ;- dolo direto ; - dolo indireto ( comporta duas - dolo indireto ( comporta duas

formas, o alternativo e o individual ) formas, o alternativo e o individual ) ;;

- dolo de dano ;- dolo de dano ; -dolo de perigo ;-dolo de perigo ;

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Espécies de dolosEspécies de dolos

Dolo DiretoDolo Direto

Quando o evento Quando o evento corresponde àcorresponde à

vontade do vontade do sujeito ativo, sujeito ativo, quando o agente quando o agente quer o resultado.quer o resultado.

Dolo indiretoDolo indireto

Quando , apesar de Quando , apesar de querer o resultado,querer o resultado,

a vontade não se a vontade não se manifesta de modo manifesta de modo único e seguro em único e seguro em direção a ele.direção a ele.

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Espécies de doloEspécies de dolo

Dolo alternativoDolo alternativo

Quando o agente Quando o agente quer um dos quer um dos eventos que sua eventos que sua ação pode ação pode causar . Exemplo : causar . Exemplo : atirar para matar atirar para matar ou ferir.ou ferir.

Dolo eventualDolo eventual

O sujeito ativo O sujeito ativo prevê o resultado prevê o resultado e, embora não e, embora não seja este a razão seja este a razão de sua conduta, de sua conduta, aceita-o .aceita-o .

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Espécies de doloEspécies de dolo

Dolo de danoDolo de dano

O que se quer é O que se quer é um dano, a lesão um dano, a lesão efetiva a um bem.efetiva a um bem.

Dolo de perigoDolo de perigo

O que se quer é O que se quer é somente um somente um perigo .perigo .

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A culpaA culpa

O vocábulo culpa, O vocábulo culpa, em sentido em sentido amplo, equivale à amplo, equivale à culpabilidade, culpabilidade, compreendendo o compreendendo o dolo e a culpa em dolo e a culpa em sentido estrito.sentido estrito.

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A culpaA culpa

Pode ser definida como a Pode ser definida como a voluntária omissão de diligência voluntária omissão de diligência em calcular as consequências em calcular as consequências possíveis e previsíveis do próprio possíveis e previsíveis do próprio fato. fato.

20/12/00 12

A culpaA culpa

A essência da culpa esta toda nela A essência da culpa esta toda nela prevista.prevista.

20/12/00 13

A previsibilidadeA previsibilidade

Previsibilidade é a possibilidade de Previsibilidade é a possibilidade de se prever um fato. se prever um fato.

20/12/00 14

A previsibilidadeA previsibilidade

Há previsibilidade quando o Há previsibilidade quando o indivíduo, nas circunstâncias em indivíduo, nas circunstâncias em que se encontrava, podia ter-se que se encontrava, podia ter-se representado como possível a representado como possível a consequência de sua ação.consequência de sua ação.

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A previsibilidadeA previsibilidade

Distingui-se da previsão, porque Distingui-se da previsão, porque esta a contém. O previsto é esta a contém. O previsto é sempre previsível. A previsão é o sempre previsível. A previsão é o desenvolvimento natural da desenvolvimento natural da previsibilidade.previsibilidade.

20/12/00 16

Espécies de culpa Espécies de culpa

- culpa consciente ;- culpa consciente ;

- culpa inconsciente ;- culpa inconsciente ;

- culpa lata, leve e levíssima ;- culpa lata, leve e levíssima ;

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Espécies de culpaEspécies de culpa

- culpa imprópria ou por extensão, - culpa imprópria ou por extensão, equiparação ou assimilação ;equiparação ou assimilação ;

- culpa presumida ;- culpa presumida ;

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Espécies de culpaEspécies de culpa

Culpa consciente,Culpa consciente, ou com previsão, ou com previsão,

o sujeito ativo o sujeito ativo prevê o resultado, prevê o resultado, porém espera que porém espera que não se efetive. não se efetive.

Culpa Culpa inconsciente,inconsciente,

ou sem previsão, ou sem previsão, o sujeito ativo não o sujeito ativo não prevê o resultado, prevê o resultado, por isso não pode por isso não pode esperar que se esperar que se efetive.efetive.

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Espécies de culpaEspécies de culpa

Culpa imprópria,Culpa imprópria, é de evento é de evento

voluntário. O voluntário. O agente quer o agente quer o evento, porém evento, porém sua vontade está sua vontade está lastreada por erro lastreada por erro de fato vencível de fato vencível ou inescusável.ou inescusável.

Culpa lata,Culpa lata, ocorreria no caso ocorreria no caso

em que qualquer em que qualquer pessoa pudesse pessoa pudesse prever o evento.prever o evento.

20/12/00 20

Espécies de culpaEspécies de culpa

Culpa leve,Culpa leve, ocorre quando ocorre quando

somente o somente o indivíduo indivíduo bastante diligente bastante diligente previsse o previsse o resultado.resultado.

Culpa levíssima,Culpa levíssima, quando só a quando só a

excepcional excepcional cautela o cautela o impediria. impediria. Aproxima-se do Aproxima-se do caso fortuito. caso fortuito. Excepcionalmente Excepcionalmente pode ser punida.pode ser punida.

20/12/00 21

Espécies de culpaEspécies de culpa

Culpa presumida,Culpa presumida, a pessoa que não a pessoa que não

tivesse carta de tivesse carta de habilitação para habilitação para guiar automóvel, guiar automóvel, se acontecesse se acontecesse atropelar alguém atropelar alguém responderia por responderia por delito culposo.delito culposo.

20/12/00 22

Compensação da culpaCompensação da culpa

Ao inverso do que sucede no Ao inverso do que sucede no direito direito

privado, não admite o penal a privado, não admite o penal a compensação de culpas. compensação de culpas.

20/12/00 23

Compensação da culpaCompensação da culpa

O proceder culposo do ofendido O proceder culposo do ofendido não elide o do agente. Nossa lei, não elide o do agente. Nossa lei, que consagra a teoria da que consagra a teoria da equivalência dos antecedentes equivalência dos antecedentes causais, torna absurdo advogar-se causais, torna absurdo advogar-se a compensação de culpas.a compensação de culpas.

20/12/00 24

Compensação da culpaCompensação da culpa

Só se isentará de Só se isentará de pena alguém pena alguém quando o quando o resultado for resultado for atribuível atribuível exclusivamente à exclusivamente à culpa da vítima.culpa da vítima.

20/12/00 25

O preterdoloO preterdolo

Agravação pelo resultado. Existe o Agravação pelo resultado. Existe o delito preterdoloso quando o delito preterdoloso quando o resultado vai além do dolo do resultado vai além do dolo do sujeito ativo. sujeito ativo.

20/12/00 26

O preterdoloO preterdolo

No caso em que uma pessoa No caso em que uma pessoa desfere em outra um soco, com desfere em outra um soco, com intenção de machucá-la, se ela cair intenção de machucá-la, se ela cair e, batendo com a cabeça na guia e, batendo com a cabeça na guia da calçada, fratura a base do da calçada, fratura a base do crânio, vindo a falecer.crânio, vindo a falecer.

20/12/00 27

O preterdoloO preterdolo

ConsequentementConsequentemente, no crime e, no crime preterdoloso, há preterdoloso, há dolo no dolo no antecedente e antecedente e culpa no culpa no consequente. consequente.

20/12/00 28

O preterdoloO preterdolo

Há dolo porque há Há dolo porque há má fé do agente má fé do agente passivo.passivo.

Há culpa porque Há culpa porque há previsibilidade há previsibilidade do efeito mais do efeito mais grave.grave.

20/12/00 29

A responsabilidade A responsabilidade objetivaobjetiva

O art. 18 declara não haver delito O art. 18 declara não haver delito sem dolo ou culpa. A sem dolo ou culpa. A responsabilidade objetiva trata da responsabilidade objetiva trata da responsabilidade do homem responsabilidade do homem esbulhado de tudo quanto nele esbulhado de tudo quanto nele existe de humano.existe de humano.

20/12/00 30

A responsabilidade A responsabilidade objetivaobjetiva

O art. 18 equipara os atos dos O art. 18 equipara os atos dos homens, como seus possíveis homens, como seus possíveis eventos e os atos dos homens, aos eventos e os atos dos homens, aos dos animais e às forças brutas da dos animais e às forças brutas da natureza.natureza.

c

20/12/00 31

A excepcionalidade do A excepcionalidade do crime culposocrime culposo

O delito culposo há de ser O delito culposo há de ser expressamente declarado na lei; expressamente declarado na lei; no silêncio desta, quanto ao no silêncio desta, quanto ao elemento subjetivo, a punição só elemento subjetivo, a punição só se verifica a título de dolo. se verifica a título de dolo.

20/12/00 32

A excepcionalidade do A excepcionalidade do crime culposocrime culposo

A incriminação do fato culposo tem A incriminação do fato culposo tem por fundamento sua gravidade por fundamento sua gravidade com os crimes contra a pessoa, ou com os crimes contra a pessoa, ou sua relação direta com a proteção sua relação direta com a proteção da coletividade.da coletividade.

20/12/00 33

A imputabilidadeA imputabilidade

Supõe a supressão da capacidade Supõe a supressão da capacidade ética no momento do crime, mas ética no momento do crime, mas responsável o agente por ser livre responsável o agente por ser livre na causa, isto é, no instante na causa, isto é, no instante anterior, quando desejava praticar anterior, quando desejava praticar o delito. o delito.

20/12/00 34

A imputabilidadeA imputabilidade

O estado de inimputabilidade é, O estado de inimputabilidade é, então, por ele procurado, como então, por ele procurado, como ocorre na embriaguez preordenada ocorre na embriaguez preordenada (beber para cometer o crime).(beber para cometer o crime).

20/12/00 35

ConclusãoConclusão

Agora já se está a Agora já se está a ver que um fato só ver que um fato só pode ser imputado pode ser imputado ao agente quando ao agente quando este, no momento este, no momento de praticá-lo , de praticá-lo , apresenta apresenta capacidade ou capacidade ou condições pessoais condições pessoais que permitam a que permitam a imputação.imputação.

20/12/00 36

ConclusãoConclusão

O sujeito ativo, no momento da O sujeito ativo, no momento da execução do fato delituoso, execução do fato delituoso, deveria ter capacidade de deveria ter capacidade de entender o caráter criminoso do entender o caráter criminoso do fato ou de determinar de acordo fato ou de determinar de acordo com esse entendimento. com esse entendimento.

20/12/00 37

ConclusãoConclusão

Há casos em que o agente não se Há casos em que o agente não se encontra, naquele instante, em encontra, naquele instante, em tais condições, e , mesmo assim é tais condições, e , mesmo assim é responsável , devendo arcar com responsável , devendo arcar com as consequências jurídicas .as consequências jurídicas .

20/12/00 38

O dolo e a culpaO dolo e a culpa

Universidade Federal de Santa Universidade Federal de Santa CatarinaCatarina

Centro de Ciências JurídicasCentro de Ciências Jurídicas Graduação em Direito Noturno Graduação em Direito Noturno Disciplina : Informática JurídicaDisciplina : Informática Jurídica Professor : AiresProfessor : Aires Aluno : Giani Gabriel CardozoAluno : Giani Gabriel Cardozo

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