1902 a 1922 · caracterÍsticas do prÉ-modernismo ... esses novos autores demonstram um grande...

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1902

A

1922

Não se pode dizer que

o Pré-modernismo

constitui-se em uma

escola literária em si.

É, em verdade, um

conjunto de

manifestações do

espírito de uma época,

que apresentava o

novo, rompia com o

velho, mas ainda não

possuía um rumo certo

ou uma clara intenção

estética.

Palmito

No geral, o Pré-Modernismo é uma literatura de Crítica

Social.

Pré-Modernismo

Uma Radiografia Crítica do Brasil

Mostra o Brasil real, com seus Conflitos Político-Sociais.

Portanto, um Nacionalismo Crítico-Amargo.

“Precisamos descobrir o Brasil!Escondido atrás das florestas,Com a água dos rios no meio,

O Brasil está dormindo, coitado!”

Carlos Drummond de Andrade

CARACTERÍSTICAS DO PRÉ-

MODERNISMO

RUPTURA COM O PASSADO

DENÚNCIA DA REALIDADE BRASILEIRA

REGIONALISMO

TIPOS HUMANOS MARGINALIZADOS

LIGAÇÃO COM FATOS POLÍTICOS,

ECONÔMICOS E SOCIAIS

CONTEMPORÂNEOS

Palmito

Pré-Modernismo

Que Brasil é este? É o Brasil desigual...

Rural Urbano

civilizado

politizado

refinado

Anacrônico

Desacordo com

os usos e

costumes de uma

época.

Brutalizado

Fanatizado

Temas de Euclides da Cunha

Palmito

Pré-Modernismo

O Brasil Caipira

Anacrônico (Desacordo com os usos

e costumes de uma época).

Inerme (Que não tem armas ou

meios de defesa)

Analfabeto

Tema de Monteiro Lobato

Obtuso (Um ângulo maior)

Urupês (Jeca Tatu) Cidades Mortas

Palmito

Pré-Modernismo

O Brasil da Marginalização Urbana

O negro O funcionário público Os alcoólatras

Lima Barreto Subúrbio

Caricatura de Osvaldo Storni sobre as eleições de 1910

O fim do século XIX marca o início da “República do café-

com-leite”, na qual os grandes proprietários rurais

exerciam enorme influência.

Auge da economia cafeeira no Sudeste.

Rua 15 de Novembro - 1915

Nossa

urbanização, já

dava sinais de

crescimento

principalmente

em São Paulo.

Entrada de

grandes levas

de imigrantes

(notadamente

os italianos) no

país;

O ciclo da borracha desloca para o norte a riqueza do país.

Acentua o contraste social: algumas regiões prosperavam em meio ao atraso irremediável de outras.

Esplendor da Amazônia, com o ciclo da borracha.

As tensões geraram inúmeras revoltas.

O cangaço, em pleno sertão nordestino, que nos apresentou a figura de

Virgulino Ferreira, o Lampião.

O bando de

cangaceiros

de Lampião

Palmito

Revolta de Canudos, na Bahia.

Os grandes fazendeiros da região, unindo-se à Igreja,

iniciaram um forte grupo de pressão junto

à República recém-instaurada, pedindo que fossem

tomadas providências contra Antônio Conselheiro e

seus seguidores. (crença numa salvação milagrosa que pouparia

os humildes habitantes do sertão dos flagelos do clima e da exclusão

econômica e social).

Palmito

Revolta da

Chibata, liderada

por João Cândido,

o “Almirante

Negro”

Revolta contra os

castigos físicos.

Palmito

As classes trabalhadoras,

lideradas por anarquistas

(movimentos humanitaristas),

iniciavam movimentos grevistas

em São Paulo.

Manifestação operária em S.P. ocorrida em 1917

Liga Contra a Vacinação Obrigatória “varíola”.

No Rio de Janeiro a população sofria com a falta de um sistema eficiente

de saneamento básico.

Este fato desencadeava constantes epidemias, entre elas, febre

amarela, peste bubônica e varíola.

Embora seu objetivo fosse positivo, ela foi aplicada de forma autoritária e

violenta.

Invadiam as casas e vacinavam as pessoas à força.

Essa recusa em ser vacinado acontecia, pois grande parte das pessoas

não conhecia o que era uma vacina e tinham medo de seus efeitos e

morrer pela vacina.

Os agentes de saúde teimam em inocular as mulheres na perna, o que é

considerado um atentado sério ao pudor.

Populares destroem bondes, apedrejam prédios públicos e espalham a

desordem pela cidade.

Em 16 de novembro de 1904, o presidente Rodrigues Alves revoga a lei

da vacinação obrigatória, colocando nas ruas o exército, a marinha e a

polícia para acabar com os tumultos.

Em poucos dias a cidade voltava a calma e a ordem.

Um traço conservador;

Um traço renovador;

1. Ruptura com o passado;

2. Denuncia da realidade brasileira;

3. Regionalismo;

4 Tipos humanos marginalizados;

5. Fatos políticos, econômicos e sociais.

A preocupação central era assuntos do

dia-a-dia dos brasileiros;

Obras de caráter social;

A preocupação central era abordar o

homem universal.

Augusto dos Anjos Monteiro Lobato Lima Barreto

Graça Aranha Euclides da Cunha

Esses novos autores demonstram

um grande interesse pela

realidade nacional, contrariando o

universalismo dos modelos

realista-naturalistas.

O cotidiano brasileiro passa a ser

exposto nas páginas dos livros,

dando espaço a criação de obras

de nítida preocupação social.

Os tipos marginalizados, as lutas

inglórias e as mazelas do povo

passam a ser os temas da prosa

pré-modernista.

A aproximação com a

realidade brasileira traz

como consequência formal

a busca por uma

linguagem mais simples,

mais direta, coloquial,

próxima da população.

Os textos apresentam

linguagem jornalística,

aproximando-se, por

vezes, mais da realidade

que de um estilo artístico

propriamente dito.

Palmito

PRINCIPAIS OBRAS E

REPRESENTANTES

OS SERTÕES, de Euclides da Cunha (relato sobre a Guerra de Canudos)

Linguagem cientificista

Teorias deterministas (o homem é fruto do meio em que vive)

Obra dividida em três partes :

A terra

O homem

A luta

“O sertanejo é,

antes de tudo,

um forte. Não

tem o

raquitismo

exaustivo dos

mestiços do

litoral. A sua

aparência,

entretanto, ao

primeiro lance

de vista, revela

o contrário.”

Os sertões

Principal

obra:

“Os Sertões”

“E era assim todos os

dias, há quase trinta

anos. Vivendo em casa

própria e tendo outros

rendimentos além do

seu ordenado, o Major

Quaresma podia levar

um trem de vida

superior ao seus

recursos burocráticos,

gozando, por parte da

vizinhança, da

consideração e respeito

de homem abastado.”

Triste Fim de Policarpo

Quaresma

Palmito

TRISTE FIM DE POLICARPO

QUARESMA, DE LIMA BARRETO

RETRATO DO GOVERNO DE FLORIANO

PEIXOTO E DA REVOLTA DA ARMADA

LINGUAGEM PRÓXIMA DA LÍNGUA

FALADA DA ÉPOCA

PERSONAGENS MARGINALIZADOS,

IGNORANTES E OPRIMIDOS

“- Upa! Cavalgo e parto.

Por estes dias de março

a natureza acorda

tarde. Passa as manhãs

embrulhada num roupão

de neblina e é com

espreguiçamentos de

mulher vadia que despe

os véus da cerração para

o banho de sol.

A névoa esmaia o relevo

da paisagem, desbota-

lhe as cores. Tudo

parece coado através

dum cristal despolido.”

Urupês

CIDADES MORTAS e URUPÊS, DE

MONTEIRO LOBATO

PASSAGEM DO CAFÉ PELO VALE DO

PARAÍBA PAULISTA.

LINGUAGEM PRÓXIMA DA COLOQUIAL

PRESENÇA DO CAIPIRA PAULISTA (JECA

TATU)

Versos Íntimos(...)Toma um fósforo. Acende teu cigarro!O beijo, amigo, é a véspera do escarro,A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,Apedreja essa mão vil que te afaga,Escarra nessa boca que te beija!

CARACTERÍSTICAS NA

ARTE Pouco se influenciou pelas

renovações;

Permanecia o estilo Acadêmico;

Resumia-se a temas e a ambientes da elite;

Rodolfo Amoedo – Más notícias;

Pintura Brasileira (1913)

Lasar Segall;

Obra revolucionária; ...alerta a sociedade para a degradação humana...

Anita Malffati (1917);

Renovação artística;...escandaliza a burguesia com suas obras...

Palmito

A MÚSICA POPULAR

(MAXIXE, MODINHA E

TOADA) COMEÇA A

SER OUVIDA NOS

SALÕES ELEGANTES

O mais importante centro de divulgação da música popular

carioca da virada do século era o teatro de revista, ou

revista de ano, palco canalizador das novas composições

populares e de lançamento das músicas carnavalescas –

só perdendo este status com o advento do disco e do rádio.

O CARNAVAL COMEÇA A SE FIRMAR COMO A

PRINCIPAL FESTA POPULAR DO RIO DE

JANEIRO

Palmito

“Ó ABRE ALAS

QUE EU QUERO PASSAR

Ó ABRE ALAS

QUE EU QUERO PASSAR

EU SOU DA LIRA

NÃO POSSO NEGAR

Ó ABRE ALAS

QUE EU QUERO PASSAR

Ó ABRE ALAS QUE EU QUERO PASSAR

ROSA DE OURO

É QUEM VAI GANHAR”

Chiquinha Gonzaga - 1991

Palmito

FONTES

PEREIRA & PELACHIN, Helena Bonito e

Marcia Maisa. Português Na trama

do texto. Ensino Médio. Ed. FTD

TERRA, ERNANI. Português para o Ensino

Médio. Vol. Único. Ed. Scipione

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