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1. INTRODUÇÃO
Este trabalho de pesquisa foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica, e tem
como objetivo identificar e compreender a importância da escolha do livro didático nas
séries iniciais.
Segundo Lakatos e Marconi (1987, p. 66) a pesquisa bibliográfica se constitui em um
levantamento, onde ocorre a seleção de bibliografias já publicadas sobre o assunto que
está sendo pesquisado, em livros, revistas, jornal, boletins, monografias, teses,
dissertações, material cartográfico, com o objetivo de proporcionar ao pesquisador
conhecimento e contato direto com todo material já escrito sobre o mesmo.
Pois qualquer tipo de pesquisa em qualquer área de conhecimento, segundo Cervo
e Bervian (1976, p. 69) exige pesquisa bibliográfica prévia, para o levantamento da
situação em questão a ser pesquisada, quer para a fundamentação teórica ou ainda para
justificar os limites e contribuições da própria pesquisa.
Desta forma, afirmam que a pesquisa bibliográfica é um excelente meio de formação
e juntamente com a técnica de resumo de assunto ou revisão de literatura, constituindo
assim de forma geral como o primeiro passo de toda pesquisa científica.
Tem como objeto enfatizar a importância do momento da escolha do livro didático
para as series iniciais, pois sabe- se que o uso do livro do livro didático não é uma prática
recente, embora as escolas, principalmente do campo, remontem com características que
permanecem até hoje, tanto do ponto de vista da implantação metodológica quanto ao
atendimento aos alunos. Tudo o que se fez no decorrer dos anos sempre foi pouco
significativo sob o ponto de vista do número de alunos envolvidos, além disso, há uma
imensa massa de professores que não tem ou que não dominam o livro e que por uma
questão de necessidade precisam saber lidar com isso em tempo recorde.
Esse trabalho será composto por cinco capítulos. No primeiro capítulo, A evolução da
educação e o desenvolvimento da educação no brasil.
No segundo capitulo a história da origem do livro didático, onde se busca mostrar
um pouco da história de criação e concepção do livro didático o livro didático e o histórico
de programas trata dos programas desenvolvidos sobre o uso do livro didático.
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No terceiro capitulo serão apresentados o livro didático e a peculiaridade de seu
conteúdo, onde será apresentado o suporte teórico de um livro didático.
No quarto capitulo a relação sistemática do livro didático, onde será mostrado à
atuação do professor e o livro didático, e a relação aluno e livro didático.
E, por final, nas Considerações Finais será enfatizada a importância da escolha e a
dinâmica do livro didático dentro do contexto educativo dos alunos, demostrando a
importância da escolha de tal ferramenta que é imprescindível para se alcançar uma
educação mais consciente e ética.
Acredita-se que cabe a escola propor um estimulo a seu processo de ensino
aprendizagem, levando em consideração que o livro didático, por algum motivo, dentre
dele, exige a necessidade de trabalhar a construção do conhecimento como fator
determinante para que os alunos compreendam sua utilidade. Porém, entende-se que não
cabe só à escola garantir isso, mas assegurar através dessa ferramenta um ensino de
qualidade, na qual o educando possa fazer uso na vida prática.
É nessa lógica que se valoriza o uso do livro didático como uma prática significativa
da realidade social e que possa auxiliar os alunos a ampliarem sua aprendizagem, aporta-
se a necessidade de pesquisar esse tema, pois se constata que na escola do campo,
especialmente, ainda é proposto, métodos tradicionais de ensino, pautados somente na
transmissão de conhecimentos prontos e acabados onde os alunos, apenas assimilam
conteúdos e pouco realizam suas próprias produções ou refletem sobre sua realidade
para tornar o saber mais significativo, levando-os a desenvolver novas habilidades e
competências, e atuar de maneira participativa no meio em que vive.
O estudo foi delimitado a partir de abordagem bibliográfica e por meio desse
levantamento pode-se desenvolver o trabalho com uma perspectiva histórica de análise
do livro didático voltado à realidade do aluno do campo com intuito de reunir diversas
publicações isoladas, atribuindo-se uma nova leitura e reflexão.
O ensino ao longo dos tempos vem sofrendo grandes transformações no seu contexto
histórico que visa sempre sua melhoria, no entanto dificuldades acompanham essas
mudanças e são constatados por meio do alto índice de desiquilíbrio social, econômico e
analfabetismo, que por vezes prejudica consideravelmente a evolução da educação.
Assim, faz-se necessário a aquisição de um novo modelo profissional do livro
didático voltado a realidade social do aluno do campo. Este terá que possuir habilidades
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de comunicação, de abstração, de visão de conjunto, de integração e de flexibilidade para
acompanhar os avanços sociais o qual está inserido.
Nesse contexto, este estudo visa lançar um olhar sobre as perspectivas da
importância do livro didático, pois as experiências desenvolvidas com essa ferramenta de
ensino mostram e evidencia a necessidade de ressignificar o manuseio e valor, pois na
aprendizagem se precisa contemplar a integração no mundo social, tendo em vista que a
sociedade do conhecimento exige pessoas preparadas e qualificadas para atuar em seu
contexto.
Entende-se que o contexto educacional das escolas do campo revela a necessidade
tanto da escola quanto do corpo que a compõe adotar novas práticas educativas em
relação ao ensino peculiar do aluno, pois é significativo o número de alunos que ao
observar o livro didático o vê como uma mera formalidade do ensino.
Diante da situação problema apresentada, de que a proposta do livro didático não se
adequa a realidade da comunidade rural, aliado a falta de uma formação sólida do
professor em relação a essa especificidade precisa-se estar atento a estas questões, pois
se bloqueia a possibilidade e acaba de certa forma o excluindo dos acontecimentos a
interpretação, a imaginação, as possibilidades de mergulhar no mundo da fantasia e da
realidade encontradas no mundo dos livros.
Portanto, compreende-se a importância desta pesquisa na contribuição que a
mesma pode oferecer ao processo ensino aprendizagem, pois o livro didático está
inserido em um processo contínuo de transformações, onde comunidade acadêmica
discuta sua extrema importância no cenário educacional. E remete as seguintes questões:
- Qual a importância da escolha do livro didático para as series iniciais?
- Qual a importância do livro didático para ampliar aprendizagem dos alunos?
- Quais concepções que os professores possuem em relação a importância do livro
didático?
- Proporcionar uma reflexão no referente às dificuldades obtidas na aplicação dos
livros didáticos
- Investigar as bases legais que norteiam o uso do livro didático?
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CAPITULO II - A EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO
A discussão em torno da cidadania, dos direitos fundamentais, do
enfrentamento as desigualdades, em especial na educação, são bastante antiga e
muito difundida no meio educacional, pois a bem pouco tempo, o acesso educação
escolar era um privilégio de poucos.
A escola é um espaço prioritário de sistematização do conhecimento histórico
produzido pelo conjunto da humanidade, no decorrer dos tempos, é também o lugar
onde é possível conceber o cidadão de direito, assim como nos alicerçar de armas
para combater a pratica excludente, o preconceito e as desigualdades. Portanto a
educação passa a ter a necessidade de mudanças para adequar-se às demandas
da sociedade contemporânea visando atender seus objetivos e expectativas
educacionais e de mercado de trabalho.
A educação e o acesso à escola acontecem historicamente com o objetivo de
adequar a formação do trabalhador ou do futuro trabalhador à lógica do mercado, e
justamente por isso que somente homens estudavam, já que pra sociedade não era
interessante à mulher adquirir conhecimento sistematizado escolar. Principalmente
por seu caráter hierarquizado, pressupondo que somente quem iria ingressar no
mercado de trabalho deveria estudar.
A finalidade deste documento é incitar um discursão acerca da evolução da
educação e o seu processo de mutação da sociedade analisando o desenvolvimento
educacional como um dos fatores responsáveis por uma nova visão de mundo, de
mercado de trabalho, que suprisse as exigências das sociedades contemporâneas.
Para isso, faremos uma lacônica passagem pela história da educação no Brasil e
sua evolução na Educação Infantil.
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2.1: O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL
A história da educação brasileira é dividida em três fases: a) do descobrimento
até 1930, b) dos anos 1930 a 1964 e c) o período pós-64 fase que perdurou até
1985. Posteriormente a este ano, começa uma nova trajetória que transcorre pela
atualidade e revela o mau desempenho do setor educacional do país. (GADOTTI,
2000)
A primeira fase se ocorre em um período de educação tradicional, religiosa,
voltada para o adulto e para a autoridade do professor. No período de 1549 a 1759
utilizar-se a Educação jesuíta. Com a vinda da Família Real Portuguesa para o
Brasil, em 1808, a preferência era a formação das elites governantes e dos quadros
militares. Não podemos ignorar ou deixar de reconhecer que os portugueses
apresentaram um padrão de educação próprio da Europa, o que não quer dizer que
as populações que por aqui viviam já não possuíam características próprias de se
fazer educação. E convém observar que a educação que se exercitava entre as
populações indígenas não apresentava as marcas repressivas do modelo
educacional europeu. Quando os jesuítas chegaram por aqui eles não trouxeram
somente a moral, os costumes e a religiosidade europeia; trouxeram também os
métodos pedagógicos.
Em 1827, a elite ainda era a prioridade, então foram edificadas duas
faculdades de direito (Recife e São Paulo) para que os estudantes que nelas se
formasse, assumissem os cargos principais de administração pública, na política e
igualmente no jornalismo e na advocacia. Na realidade a vinda da Família Real
admitiu uma inovação, haja vista ter causado uma ruptura em relação a situação
anterior. Para preparar terreno para sua estadia no Brasil D. João VI abriu
Academias Militares, Escolas de Direito e Medicina, a Biblioteca Real, o Jardim
Botânico e, sua iniciativa mais acentuada em termos de transformação, a Imprensa
Régia. Conforme alguns autores o Brasil foi finalmente "descoberto" e a nossa
História passou a ter uma complexidade maior.
Na 1ª República, (1889-1830), fundamentado nos pensamentos liberais, os
administradores rebatiam o modelo educacional imperial. Várias escolas normais de
formação de professoras foram instituídas na tentativa de solucionar o problema do
analfabetismo que já era grande. Essa fase foi marcada por conflitos que
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procuravam progressos nos níveis de escolaridade, porém a educação ainda não
tinha tanto valor para a sociedade sendo um recurso apenas para a classe alta.
Justamente com a Proclamação da República tentaram-se várias reformas que
pudessem trazer inovação para o contexto educacional, mas se analisarmos bem, a
educação brasileira não passou por um procedimento de evolução que pudesse ser
avaliado como definido ou significativo em termos de exemplo.
Já a segunda fase é assinalada pela confrontação entre o ensino público e o
privado que, com o aparecimento da escola nova, difundem as ideias liberais na
educação, contestando a educação tradicional. o intuito de aperfeiçoar a educação
brasileira se concretiza após a Revolução de 1930, período de contribuições para o
ramo educacional, devido a criação do Ministério da Educação e a criação do
capítulo da educação na constituição de 1934, assim como outras medidas foram
adotadas e alteradas: Constituição de 1937, de 1946, 1º projeto de lei de1948, LDB
1961, Decreto-Lei nº 477 (1969), MOBRAL (Movimento Brasil de Alfabetização) em
1970, dentre outras.
Ainda que após 1930, tenham existido oportunidades educacionais, “a
qualidade do ensino deteriorou-se profundamente, e os índices de evasão,
principalmente de repetência, tornaram-se apavorantes” (GADOTTI, 2000, p.28).
Período este igualmente marcado pela interação do Estado com a sociedade pelo
empenho de compromissos eleitorais. A última fase da história da educação, definida
pelo período pós-64, inicia-se por uma extensa etapa de educação autoritária do
período militar em que o tecnicismo educacional prevalece.
A nossa educação, fundamentada na Constituição Federal, e protegida por
princípios que procuram uma sociedade mais justa, é direito de todos, dever do
Estado e da família, tendo em vista ao completo desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para exercitar a cidadania e sua qualificação para o trabalho, e esses três
objetivos básicos da educação, segundo Silva (2000, p. 314). O artigo 205 da
Constituição Federal (BRASIL, 2007) dispõe que:
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.
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Esses objetivos constitucionais da educação conjuminam-se com os
fundamentos do Estado brasileiro, instituído no artigo 1º da Constituição Federal: a
soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do
trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político, como se verifica na consecução
prática dos objetivos da educação previstos no artigo 205 da Constituição Federal,
conforme Silva (2000, p. 814):
Só se realizará num sistema educacional democrático, em que a organização
da educação formal (via escola) concretize o direito ao ensino, formados por
princípios com eles coerentes, que realmente foram acolhidos pela Constituição,
como são: igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições
públicas e privadas de ensino; valorização dos profissionais do ensino garantido na
forma da lei; plano de carreira para o magistério público, com piso salarial e
profissional, e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos;
gestão democrática; garantia de padrão qualidade (artigo 206).
Posteriormente a Constituição Federal, algumas tentativas aconteceram
tendendo resolver esse problema dos índices de evasão e repetência, entretanto,
não se obteve êxito. Dentre elas estão: o Programa Nacional de Alfabetização e
Cidadania (PNAC,) em 1990, e o Plano Nacional de Educação para todos, em 1994,
a nova LDB que complementava os princípios da Constituição de 1988, a criação do
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de valorização
do magistério (FUNDEF) e, mais recentemente, Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (FUNDEB). Essas tais tentativas não solucionaram os problemas de
decadência educacional no Brasil que surgiram com a implantação do processo
educativo. E esta situação persiste até os dias atuais.
Contudo a educação, quanto componente indissociável do ser humano, é o
grande sustento para que o homem possa impetrar o pleno desenvolvimento de
suas faculdades físicas, mentais e intelectuais. Ela certifica ao indivíduo, liberdade e
autonomia, oferecendo-lhe ferramentas imprescindíveis para a realização de seus
objetivos, a fim de que possa progredir na vida. Teixeira (1968) tem razão ao afirmar
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que a finalidade da educação se confunde com a finalidade da vida:
Para Freire (2001), educar é construir, é libertar o homem do
determinismo, incidindo a reconhecer o papel da História e a questão da identidade
cultural, tanto em sua dimensão individual, como na prática pedagógica proposta. A
percepção de educação de Paulo Freire entende o homem como ser autônomo.
Esta autonomia está intrínseca na definição de vocação antológica de “ser mais” que
está associada com a capacidade de transformar o mundo (ZACHARIAS, 2007).
Ensina-nos Freire (2001, p. 51) que:
Uma das grandes, se não a maior, tragédia do homem moderno, está em que é hoje dominado pela força dos mitos e comandado pela publicidade organizada, ideológica ou não, e por isso vem renunciando cada vez, sem o saber, à sua capacidade de decidir.
E é isso que nos diferencia dos outros animais.
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CAPITULO III – HISTORIA DA ORIGEM DO LIVRO DIDATICO
O surgimento do livro didático ocorreu na Grécia antiga, onde o filosofo Platão
defendia a utilização do que havia de melhor na cultura grega.
No Brasil, surgiu no governo do Presidente Getúlio Vargas, no entanto, somente com
a nomeação de Gustavo Capanema para Ministro da Educação em 1934, o Instituto
Nacional do Livro começou a executar suas primeiras atribuições como: a expansão do
número de bibliotecas públicas, a elaboração de uma enciclopédia nacional, a edição de
obras literárias para a formação cultural da população e um dicionário nacional. Muito se
discute a cerca dessa importante ferramenta para a educação. Muitas críticas e elogios já
foram publicados a cerca desse importante instrumento de trabalho, professores, alunos,
avaliadores e críticos nem sempre se dão conta de que eles são o resultado da longa
história da escola e do ensino. Não há como discordar.
A grande questão, que não pode deixar de ser mencionada, é que os professores
não devem se tornar escravos dos livros, como se eles fossem o único recurso, a verdade
final, porque não são, porém não devem ser esquecidos. Cada professor tem autonomia
para utilizar todo e qualquer instrumento que possa tornar uma aula mais rica.
Deve-se ter, entretanto, em mente que muitos livros didáticos apresentam erros,
outros são imbuídos de preconceitos, mas há vários deles bem prontos e acabados. Em
tempo de escolhas, é preciso ler com cuidado, optar com critério. Pensando nisso o poder
público normalmente avalia os livros e informa o resultado da avaliação. Essa avaliação é
realizada por vários especialistas, no entanto o período destinado à realização da escolha
é relativamente curto demais para os professores, especialmente os da rede pública, que
às vezes trabalham em três turnos. Prescindir de algo útil seria o caos.
O dia nacional do livro didático é comemorado no Brasil no dia 27 de fevereiro, são
75 anos de história e um conjunto de ações que levaram ao atual Programa Nacional do
Livro Didático do Ministério da Educação (PNLD/MEC).
Essa história começa em 1929, com a criação do Instituto Nacional do Livro (INL)
que, em principio, não saiu do papel.
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Ocorre que em 1938, o livro didático passou a figurar na pauta do governo federal
com o Decreto-Lei nº 1.006/38 de 30/12/1938, que instituiu a Comissão Nacional do Livro
Didático para tratar da produção, do controle e da circulação dos livros didáticos. De 1934
a 1945, só o Decreto-Lei nº 8.460 de 26/12/45, o Estado consolida a legislação sobre as
condições de produção, importação e utilização do livro didático, limitando ao professor a
escolha do livro a ser utilizado pelos alunos, conforme definido no art. 5º. O número de
bibliotecas cresceu em função do acervo de livros fornecido pelo Governo, 11 anos de
espera.
Em 1966, o Ministério da Educação e a Agência Norte-Americana para o
Desenvolvimento Internacional fazem um acordo que permite a criação da Comissão do
Livro Técnico e Livro Didático. O acordo garantiu ao MEC recursos no período de três
anos para a distribuição gratuita de 51 milhões de livros.
Por volta de 1970, através da Portaria nº 35, de 11/3/1970, o MEC implementa o
sistema de co-edição de livros com as editoras nacionais, com recursos do Instituto
Nacional do Livro. Já em 1971, o referido Instituto passou a desenvolver o Programa do
Livro Didático para o Ensino Fundamental – PLIDEF. Através do Decreto nº 77.107, de 04
de fevereiro de 1976, o governo assume a compra de boa parcela dos livros para
distribuí-los à parte das escolas e das unidades federadas. Com a extinção do INL, a
FENAME - Fundação Nacional do Material Escolar – torna-se responsável pela execução
do programa do livro didático. Os recursos provêm do FNDE- Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação e das contribuições das contrapartidas mínimas
estabelecidas para participação das Unidades da Federação. Devido à insuficiência de
recursos para atender todos os alunos do ensino fundamental da rede pública, a grande
maioria das escolas municipais é excluída do programa.
Em 1996, sessenta e sete anos após a criação do Instituto, com a extinção do FAE –
Fundo de Assistência ao Estudante e a transferência das suas ações em 1997, para o
FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação é que começaram a produção
e distribuição dos livros de forma contínua e dinâmica. A partir daí todos os estudantes do
ensino fundamental passaram a receber livros didáticos de todas as disciplinas.
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O Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) é o mais antigo dos programas
voltados à distribuição de obras didáticas aos estudantes da rede pública de ensino
brasileira. Ao longo desses anos todos, o programa foi aperfeiçoado e teve diferentes
nomes e formas de execução. Atualmente, o PNLD é voltado à educação básica
brasileira, tendo como única exceção os alunos da educação infantil.
3.1 O LIVRO DIDÁTICO E O HISTÓRICO DE PROGRAMAS
Inúmeros programas foram criados ao longo desse período de implantação do livro
didático, dentro os quais elucidaremos neste contexto. Notamos:
Em 1929 - O Estado cria um órgão específico para legislar sobre políticas do livro
didático, o Instituto Nacional do Livro (INL), contribuindo para dar maior legitimidade ao
livro didático nacional e, consequentemente, auxiliando no aumento de sua produção.
Já em 1938 - Por meio do Decreto-Lei nº 1.006, de 30/12/38, é instituída a Comissão
Nacional do Livro Didático (CNLD), estabelecendo sua primeira política de legislação e
controle de produção e circulação do livro didático no País.
Por sua vez na década de 1945 - Pelo Decreto-Lei nº 8.460, de 26/12/45, é
consolidada a legislação sobre as condições de produção, importação e utilização do livro
didático, restringindo ao professor a escolha do livro a ser utilizado pelos alunos,
conforme definido no art. 5º.
No inicio do ano de 1966 - Um acordo entre o Ministério da Educação (MEC) e a
Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID) permite a
criação da Comissão do Livro Técnico e Livro Didático (COLTED), com o objetivo de
coordenar as ações referentes à produção, edição e distribuição do livro didático. O
acordo assegurou ao MEC recursos suficientes para a distribuição gratuita de 51 milhões
de livros no período de três anos. Ao garantir o financiamento do governo a partir de
verbas públicas, o programa adquiriu continuidade.
Em 1970 - A Portaria nº 35, de 11/3/1970, do Ministério da Educação, implementa o
sistema de coedição de livros com as editoras nacionais, com recursos do Instituto
Nacional do Livro (INL). Um ano depois o Instituto Nacional do Livro (INL) passa a
desenvolver o Programa do Livro Didático para o Ensino Fundamental (Plidef), assumindo
https://www.fnde.gov.br/fndelegis/action/UrlPublicasAction.php?acao=abrirAtoPublico&sgl_tipo=DEL&num_ato=00001006&seq_ato=000&vlr_ano=1938&sgl_orgao=NIhttps://www.fnde.gov.br/fndelegis/action/UrlPublicasAction.php?acao=abrirAtoPublico&sgl_tipo=DEL&num_ato=00008460&seq_ato=000&vlr_ano=1945&sgl_orgao=NI
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as atribuições administrativas e de gerenciamento dos recursos financeiros até então a
cargo da COLTED. A contrapartida das Unidades da Federação torna-se necessária com
o término do convênio MEC/USAID, efetivando-se com a implantação do sistema de
contribuição financeira das unidades federadas para o Fundo do Livro Didático.
Através do Decreto nº 77.107, de 4/2/76, o governo assume a compra de boa
parcela dos livros para distribuir a parte das escolas e das unidades federadas. Com a
extinção do INL, a Fundação Nacional do Material Escolar (FENAME torna-se
responsável pela execução do programa do livro didático. Os recursos provêm do Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e das contrapartidas mínimas
estabelecidas para participação das Unidades da Federação. Devido à insuficiência de
recursos para atender todos os alunos do ensino fundamental da rede pública, a grande
maioria das escolas municipais é excluída do programa.
No ano de 1983, em substituição à FENAME, é criada a Fundação de Assistência ao
Estudante (FAE), que incorpora o PLIDEF. Na ocasião, o grupo de trabalho encarregado
do exame dos problemas relativos aos livros didáticos propõe a participação dos
professores na escolha dos livros e a ampliação do programa, com a inclusão das demais
séries do ensino fundamental.
3.2 O LIVRO DIDÁTICO E A IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE ESCOLHA
CONTUNDENTE
Após demanda considerável de mudanças e mais mudanças que diz respeito ao
processo de implantação e escolha do livro didático, novas perspectivas e possibilidades
surgem dentre as quais destacamos:
A edição do Decreto nº 91.542, de 19/8/85, o até então PLIDEF e cede lugar ao
Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), que traz diversas mudanças consideradas
cruciais, tais como:
1. Indicação do livro didático pelos professores;
2. Reutilização do livro, implicando a abolição do livro descartável e o
aperfeiçoamento das especificações técnicas para sua produção,
https://www.fnde.gov.br/fndelegis/action/UrlPublicasAction.php?acao=abrirAtoPublico&sgl_tipo=DEC&num_ato=00077107&seq_ato=000&vlr_ano=1976&sgl_orgao=NIhttps://www.fnde.gov.br/fndelegis/action/UrlPublicasAction.php?acao=abrirAtoPublico&sgl_tipo=DEC&num_ato=00091542&seq_ato=000&vlr_ano=1985&sgl_orgao=NI
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visando maior durabilidade e possibilitando a implantação de bancos
de livros didáticos;
3. Extensão da oferta aos alunos de 1ª e 2ª série das escolas públicas e
comunitárias;
4. Fim da participação financeira dos estados, passando o controle do
processo decisório para a FAE e garantindo o critério de escolha do
livro pelos professores.
Mas em 1992 a distribuição dos livros é comprometida pelas limitações
orçamentárias e há um recuo na abrangência da distribuição, restringindo-se o
atendimento até a 4ª série do ensino fundamental.
Acontece que em 1993 a Resolução CD FNDE nº 6 vincula, em julho de 1993,
recursos para a aquisição dos livros didáticos destinados aos alunos das redes públicas
de ensino, estabelecendo-se, assim, um fluxo regular de verbas para a aquisição e
distribuição do livro didático, bem como em transição ao ano vindouro são definidos
critérios para avaliação dos livros didáticos, com a publicação “Definição de Critérios para
Avaliação dos Livros Didáticos” MEC/FAE/UNESCO.
No ano de 1995 há a universalização da distribuição do livro didático no ensino
fundamental, onde são contempladas as disciplinas de matemática e língua portuguesa e
nos anos seguinte ciências, geografia e história consequentemente.
Não menos importante em 1996 inicia-se o processo de avaliação pedagógica dos
livros inscritos para o PNLD, sendo publicado o primeiro “Guia de Livros Didáticos” de 1ª a
4ª série. Os livros foram avaliados pelo MEC conforme critérios previamente discutidos.
Esse procedimento foi aperfeiçoado, sendo aplicado até hoje. Os livros que apresentam
erros conceituais, indução a erros, desatualização, preconceito ou discriminação de
qualquer tipo são excluídos do Guia do Livro Didático.
Em 1997 ocorre a extinção, em fevereiro, da Fundação de Assistência ao Estudante
(FAE), a responsabilidade pela política de execução do PNLD é transferida integralmente
para o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O programa é
ampliado e o Ministério da Educação passa a adquirir, de forma continuada, livros
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didáticos de alfabetização, língua portuguesa, matemática, ciências, estudos sociais,
história e geografia para todos os alunos de 1ª a 8ª série do ensino fundamental público.
Propositalmente em 2000 os livros didáticos passam a ser entregues no ano anterior
ao ano letivo de sua utilização, isto é, os livros para 2001 foram entregues até 31 de
dezembro de 2000.
Por conseguinte, em 2001 um passo não menos importante é tomado, quando o
PNLD amplia, de forma gradativa, o atendimento aos alunos com deficiência visual que
estão nas salas de aula do ensino regular das escolas públicas, com livros didáticos em
braille.
3.3 AS MUDANÇAS OCORRIDAS NA DISTRIBUIÇÃO DO PNLD
O PNLD foi institucionalizado por meio do Decreto nº. 91.542, de 19/8/85,
substituindo o Programa do Livro Didático do Ensino Fundamental (PLIDEF). Esse novo
programa que utiliza recursos do Governo Federal seria o responsável por distribuir os
livros didáticos adquiridos, trazendo “princípios até então inéditos, de aquisição e
distribuição universal e gratuita de livros didáticos para os alunos da rede pública do então
1º grau [...]” (CASSIANO, 2007, p. 20), pois até então apenas os livros reutilizáveis seriam
comprados e os professores passariam a realizar a escolha das obras.
Porém não havia ainda recursos suficientes para tal demanda, que comtemplasse
todas as series iniciais da rede pública de ensino. Dessa forma apenas em 1990 essa
situação foi mudada, quando se entendeu que além de distribuir os livros era preciso
avaliar a qualidade dos livros, houve a pedido do Ministério da Educação a realização de
uma avaliação pedagógica dos livros didáticos destinados às séries iniciais do ensino
fundamental, no entanto o resultado dessa avaliação teve sua divulgação adiada por
várias vezes e quando de fato foi tornada pública, causou grande repercussão entre
autores, editoras e professores, sendo que os primeiros recorreram judicialmente
alegando desconhecerem os critérios da avaliação.
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O referido programa em 1995 pode contar com um fluxo regular de financiamento
(CASSIANO, 2007), e apenas no ano subsequente, somente os livros didáticos
considerados aprovados pela avaliação pedagógica podiam ser adquiridos.
Nessa fase todos os critérios de avaliação foram previamente divulgados, a
divulgação ocorreu em dois grupos, a seguir:
Critérios Eliminatórios referentes à correção dos conceitos e informações,
correção e pertinência metodológica, contribuição para a construção da
cidadania;
Critérios de Classificação relativos à estrutura editorial, aspectos visuais,
ilustrações e do Manual do Professor (BRASIL, 1998, p. 15-16-17).
Os livros didáticos destinados as primeiras series do ensino fundamental foram
analisados envolvendo ações de diferentes sujeitos. As questões operacionais e os
recursos financeiros são de responsabilidade do MEC, os valores que são repassados as
editoras através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE.
Levando em consideração que o Programa Nacional do Livro Didático faz a aquisição de
livros didáticos produzidos por empresas privadas, com recursos públicos, é importante
perceber como a distribuição de livros didáticos tornou-se um do ponto de vista
institucional, assim como a ampliação do programa no decorrer dos anos tornou premente
sua consolidação como política de educação do Estado brasileiro.
No ano de 2010 o referido Programa foi institucionalizado através do Decreto presidencial
n. º 7.084 de 27/01/2010. Esse Programa é executado pelo Governo Federal, promovido
pelo Ministério da Educação e gerenciado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE), autarquia federal vinculada ao MEC, tendo por objetivo “prover as
escolas das redes federal, estadual e municipal e as entidades parceiras do programa
Brasil Alfabetizado com obras didáticas de qualidade”. É decorrente de inúmeras e
sucessivas propostas e ações com o intuito de definir as relações do Estado com o livro
didático brasileiro, não se restringe apenas à distribuição de obras aos estudantes de
ensino fundamental da rede pública, também é responsável pela seleção de livros
adequados e que atendam às exigências metodológicas de ensino e aprendizagem que
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cada disciplina impõe, constituindo-se em um processo oficial de avaliação do livro
didático que teve início em 1996. A iniciativa foi uma consequência da necessidade de
avaliar sistemática e continuamente o livro didático brasileiro e de versar sobre suas
características, funções e qualidade por meio de discussão entre os envolvidos na
produção e consumo do mesmo.
A partir daí o processo seletivo que ocorre é fruto de criteriosa avaliação pedagógica e
metodológica, organizada pela Secretaria de Educação Básica e realizada por equipes de
especialistas que possuem conhecimentos para realizar tal julgamento nas diversas áreas
de conhecimento. No início essas comissões foram responsáveis em estabelecer critérios
de avaliação coerentes e discuti-los com editores e autores para a formulação do
processo avaliativo.
Portanto, tanto a implementação da avaliação dos livros didáticos, além de procurara assegurar a ausência de erros conceituais, de preconceitos e de inconsistências metodológicas, cumpre também outros papéis, porque além da difusão da Reforma Curricular também a legitima, na medida em que a avaliação foi instituída em função da questionável qualidade dos livros comprados anteriormente (...) demonstra a importância desse processo ao definir sua função, ponderando que.
Através das avaliações foram revelados sérios pontos falhos nas obras examinadas, resultado que levou à a necessidade de se fazer uma avaliação pedagógica periódica dos livros didáticos adquiridos pelo governo para distribuição aos alunos deste nível de ensino. Essas avaliações focaram sobre os títulos submetidos pelas editoras e os analisam e julgam de acordo com os critérios preestabelecidos em edital. Posteriormente a esse julgamento por parte da equipe de especialistas, cujos critérios são baseados nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs).
É importante assinalar que existe consenso no questionamento no que concerne à adoção de livros didáticos, que é importante haver um controle de qualidade dos materiais didáticos por parte do órgão de governo ao qual compete a educação de ensino fundamental. Entretanto, o processo em curso atualmente deve ser revisto e reformulado em alguns pontos críticos, que devem ser sanados o mais breve possível. É importante também haver um “esforço de ir além das duas posições mais frequentemente observadas nos meios acadêmicos e escolares, que é: por princípio, contra ou a favor de se avaliar os livros didáticos”.
Outro ponto que merece atenção nesse processo é a composição da comissão de
especialistas, a Secretaria de Educação Básica do MEC convida universidades públicas
para que realize a análise de livros didáticos em cada área do conhecimento, elas são
responsáveis por organizar equipes compostas por pesquisadores e professores
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universitários, com comprovada experiência acadêmica, didática e pedagógica, além de
docentes da educação básica, com qualificação mínima de mestrado, onde cada obra é
avaliada por pelo menos dois participantes, caso não haja consenso, ela é submetida a
um terceiro, uma avaliação desse porte não se pretende julgadora apenas da qualidade
técnica do material didático e da correção das informações prestadas. O objetivo maior é
obedecer a certas normas de cunho pedagógico e metodológico, compatíveis com o nível
cognitivo dos alunos de cada série cursada, assim sendo a heterogeneidade no corpo
constitutivo do comitê enriquece o processo, fazendo vir à baila uma profusão de visões
diferentes e complementares acerca do livro didático adequado a nossos estudantes de
ensino fundamental. No entanto, existem outros pontos que devem ser apreciados no
decorrer da análise o parecer desse tipo de profissional – aliado àquele dos educadores,
que conhecem bem as particularidades do público-alvo e da faixa etária deste tipo de livro
– traria uma nova visão acerca do design de livros didáticos, que é um dos fatores que
contribuem para o estímulo da aprendizagem. Aqui, chega – se à questão da
necessidade de se compor uma equipe julgadora mais heterogênea no que concerne às
formações profissionais para prover à avaliação oficial de concepções que sejam a base
para o aprimoramento do material didático vis-à-vis as necessidades dos estudantes.
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CAPITULO IV – A IMPORTANCIA DO LIVRO DIDATICO E SUAS PECULIARIDADE DE
CONTEUDO
4.1 O APORTE TEÓRICO DE UM LIVRO DIDÁTICO
Todo bom livro trás aspectos normativos de atividade de que auxilia o aluno e
também o professor rumo a um incentivo de aplicação do conhecimento, fundamentada
em práticas factuais e conceituais. Trás um termo simples, a linguagem do aluno, com
figuras que retrata um visual dinâmico, embora meramente ilustrativo, de procedimentos
de normas, valores e atitudes.
A proposta curricular do livro didático é pautada suporte teórico de autores que
pensam sobre e fazem um resgate sobre tudo que estudaram, pesquisaram e
fundamentaram convergindo, às vezes, o mais coerente dando a ideia que nem tudo é
totalmente certo ou de errado, claro ou confuso e coerente ou incoerente.
“As crianças, ao longo do seu desenvolvimento cognitivo, devem adquirir a maior
parte das categorias e conceitos que nós usamos sem nos darmos conta, para
compreender e dar sentido a tudo que nos cerca” (COLL, et AL, 1998, p.21).
Compreendemos que tornar uma constante no Universo do conhecimento como funciona
determinada teoria é atribuir características a própria aprendizagem.
A temática do livro permite o aluno aprofundar seus conhecimentos baseado nu,
processo de socialização que COLL elucida “... que se define como um processo de
aprendizagem ou aquisição de atitudes e comportamentos em contexto interativos”.
(COLL, et al, 1998, p.138).
Portanto cada autor tem uma grande preocupação em reter a atenção do aluno e
ajudar o professor no seu ensino, sempre colocando que tudo aquilo que ele aprendeu
pode ser posto em prática no dia a dia, que o aluno defenda “uma interpretação
radicalmente construtivista do ensino e da aprendizagem e sustenta, ao mesmo tempo,
que os conteúdos desempenham um papel decisivo na educação escolar”. (COLL, et al,
1998, p.1).
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Em virtude dessa importância é nos permitido dizer que todo material está pautado
em análise de cunho inesgotável e de um aprofundamento maior da aprendizagem. Daí a
necessidade e importância de cada professor saber escolher seu livro didático (partindo
deste exemplo), pois é um recurso de extrema importância para o aluno, e uma
ferramenta para o professor, se escolhermos errado o ensino não será de modo eficiente,
pois devemos priorizar o ensino em nosso país. Nessa avaliação uma má escolha
resultará num mal andamento em sala de aula, pois o livro tem que haver contexto
procedimentais, e convergir cada assunto com o dia-a-dia do aluno e ensiná-lo a aplicar
este estudo no seu cotidiano.
Neste contexto, o livro didático assume característica maior de poderosa ferramenta
pedagógica tendo como base a concepção teórica dos conteúdos de seus conteúdos,
onde notoriamente acentuam-se as atividades que aprofundam o conteúdo e os
procedimentos que norteiam o ensino e a efetividade da aprendizagem. Nesse
pressuposto tem-se também o proposto de avaliar se há relação dos temas com o dia-a-
dia do aluno, e as propostas dos autores e a consecução delas observado no livro. E, por
conseguinte do exposto, elucidaremos com poucas palavras, em levantar alguns aspectos
determinantes e relevantes ao livro didático, tomando por base a análise quantitativa e
qualitativa, visando um desenvolvimento integrado e total dos alunos.
No exercício da educação formal e escola é a responsável em promover com
objetivos claros e específicos, o educador professor. Nesse contexto podem-se incluir os
livros didáticos que serão utilizados nas escolas, veiculando conhecimentos pré-
determinados pelos órgãos responsáveis pela educação do país e os objetivos escolares
de transmissão do conhecimento. No entanto, para que o livro didático entre em contato
com os alunos, existem etapas que vai desde a escolha de conteúdos, a produção a
distribuição, e principalmente pela análise do docente que irá utilizá-lo. Como afirma
Lajolo (1996 p. 5): “o professor torna-se uma espécie de leitor privilegiado da obra
didática, já que é a partir dele que o livro didático chega às mãos dos alunos.”.
Além do livro didático, o Ministério da Educação dispõe para os professores os
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), que objetivam auxiliam na execução do
exercício da docência por meio do uso do livro didático.
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O livro didático represente um dos principais meios para gerar o aprendizado, no
entanto para que ocorra o aprendizado, o professor deve analisá-lo previamente e
constatar se o mesmo traz significados relevantes para o aprendizado dos alunos.
Porém o fato de haver ausência de significação nos conteúdos, não quer dizer que o
professor não irá utilizar o livro didático em sala de aula, aqui consiste o grande desfio dos
professores na atualidade, pois sabe – se que a escolha desse material tão importante
para transmissão do aprendizado e do conhecimento na sua grande maioria é escolhido
por equipes que desconhecem as realidades das comunidades escolares, partindo dessa
premissa, o docente deve analisar com antecedência os conteúdos dos livros didáticos e
procurar introduzir os conhecimentos trazidos no livro para a pratica do aluno, de modo
que os mesmos possam obter êxito a partir da realidade que os mesmos já conhecem.
Assim, na análise dos livros didáticos, deve ser considerada a realidade existente na
comunidade, a que faixa etária eles se destinam e a que conhecimento deve ser
veiculado e discutido em sala de aula.
Para Ausubel (1982), a aprendizagem adquire caráter significativo à medida que o
novo conteúdo é incorporado ao conhecimento de um aluno e adquire significado para ele
a partir da relação com seu conhecimento prévio. Desse modo, se esse processo ocorre
arbitrariamente, a aprendizagem torna-se mecânica ou repetitiva, torna-se sem
significado, pois se armazena temporariamente o que se adquire, mas o aprendizado
continuo não existe. A aprendizagem que utiliza o livro didático como suporte para a
transmissão do conhecimento, não deve se manter concentrado apenas no que é exposto
nele, deve igualmente considerar todo e qualquer conhecimento uniformizado. Sabe – se
que cada aluno tem percepções diferentes ao entrar em contato com o conhecimento,
porém ambos desejam estabelecer uma relação entre o conhecimento formal, adquirido
na escola, e o conhecimento informal, adquirido nas vivências sociais.
A transmissão do conhecimento na atualidade não resume – se apenas na
memorização, o conhecimento é adquirido por meio da aprendizagem significativa e pode
ser reativado mesmo que este pareça esquecido.
Na relação estabelecida em sala de aula entre o livro e o aluno traz uma reflexão
acerca do uso do livro didático, fazendo - se refletir sobre o que os alunos aprendem e o
que é significante na construção do conhecimento dos mesmos.
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FREITAG (1989 p. 123) explica em sua obra que há a geração de um “paradoxo de que
os livros didáticos, destinados para as crianças, desconhecem essa criança”. O que se
verifica é que a maior parte dos estudos sobre o livro didático relata a distância entre os
conteúdos do livro e a realidade dos alunos que os utiliza, pois se desconsidera as
necessidades, habilidades e conhecimentos prévios.
No entanto esse paradoxo não pode inviabilizar a utilização dos livros didáticos em
sala de aula, o professor deve se desdobrar para alcançar uma aprendizagem satisfatória,
levando o aluno refletir sobre novas realidades, fazendo desse modo, o que se conhece
por aprendizagem significativa, existindo ai uma fragmentação quando há existência
desse paradoxo, que leva o aluno a agir como um processador de informações.
Analisando esses fatos dentro da concepção de Lajolo, o livro didático deve exercer
uma função coletiva, veiculando conteúdos específicos que possam ser assimilados,
contribuindo para que os alunos não desempenhem o simples papel de processadores de
informações, mas que consigam realizar as atividades propostas no livro e construir um
aprendizado por meio destas.
Para Lajolo (1996, p. 9), a “escolha e uso de livro didático precisa resultar do
exercício consciente da liberdade do professor no planejamento cuidadoso das atividades
escolares”.
Uma escolha consciente retira do professor a imagem de objeto do processo
avaliativo e o coloca na situação de sujeito de sua prática pedagógica. Este autor também
destaca a importância das discussões e trocas de experiências que se realizam entre os
professores com vistas à tomada de decisões sobre os livros didáticos, pois elas, além de
incentivarem a autonomia didática, contribuem para consolidar e aperfeiçoar o projeto
pedagógico da escola. O que se deve ter em mente é a necessidade de ampliação da
qualidade educativa da instituição, contemplando, de forma mais eficaz, a missão, as
metas e os objetivos de ensino qu se deseja alcançar com a utilização desses livros
didáticos.
No âmbito das instituições, a avaliação do livro didático deve ser visualizada como
processo que permita identificar as potencialidades e os limites do material frente às
possíveis aprendizagens dos alunos. Deve – se busca, também, auxiliar o professor no
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seu trabalho pedagógico de modo que dialogue, de forma crítica, com os conhecimentos,
as habilidades e as atitudes valorizados no material didático.
Segundo Romanatto (2000), os livros didáticos refletem o desenvolvimento da
escolarização no país, pois ao longo do século passado podem-se visualizar dois
momentos bem distintos: na primeira metade do século, os livros eram mais informativos,
ficando a forma de repassar os conteúdos, isto é, a metodologia de ensino-aprendizagem
a cargo do professor; a partir da segunda década, mais especialmente, depois dos anos
60, com a democratização da educação, ao lado dos conteúdos escolares surgiu à
preocupação com as estratégias, admite-se que tal preocupação tenha a ver com a
precária formação de professores para o exercício da atividade do magistério e com a
disseminação da dupla (ou até mesmo tripla) jornada da docência, por força dos baixos
salários praticados pelas diferentes instituições. Este autor destaca o protagonismo do
livro didático no ambiente escolar, indicando alguns fatores, entre os quais o fato de em
suas páginas estarem inseridos conteúdos e atividades que facilitam a prática docente:
basta abrir a página indicada e mandar o aluno ler e realizar as tarefas propostas –“uma
atração irresistível.” (Romanatto, (2000), p. 3). Para Silva (1996, p. 13), “o magistério,
enquanto trabalho e profissão, vem sendo desfigurado e desvalorizado ininterruptamente”,
sendo que um dos problemas dessa desvalorização está na escravidão ao livro didático.
Aqui é imprescindível destaca a necessidade de o professor ultrapassar os limites deste
recurso, realizando incursões em fontes variadas de conhecimento, de modo a levar seus
alunos a realizar suas próprias sínteses em seus processos de aprendizagem. Na defesa
da autonomia do professor na produção do conhecimento, adverte: “pobre daquele que
acredita em um livro único ou, bem pior, que adota um livro didático só!.” (SILVA, 1996, p.
13). Lajolo (1996), por sua vez, aponta a necessidade de o professor realizar ajustes no
livro didático, realizando as adaptações necessárias, intercalando os objetivos do
processo ensino-aprendizagem ao uso pedagógico do livro. Para ele, o livro seja capaz de
“[...] reforçar á a posição de sujeito do professor em todas as práticas que constituem sua
tarefa docente, em cujo dia-a-dia ele reescreve o livro didático, reafirmando-se, neste
gesto, sujeito de sua prática pedagógica e um quase co-autor do livro.”
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CAPITULO V - A RELAÇÃO SISTEMÁTICA DO LIVRO DIDATICO
5.1 A ATUAÇÃO DO PROFESSOR E O LIVRO DIDÁTICO
O livro didático é tido como um padrão curricular desejável, mesmo quando se considera
a possibilidade de que ele seja modificado de alguma forma.
A defesa de sua distribuição às escolas é primordialmente vista como a forma mais
efetiva de apresentar uma proposta curricular aos professores e alunos e não apenas
mais uma produção cultural dentre outras (LOPES, 2007, p. 209).
Portanto, o livro didático continua sendo um instrumento pedagógico indispensável no
processo de construção do conhecimento, sendo um produto cultural, veiculado de
valores ideológicos e culturais, além de seu conteúdo pedagógico especifica de cada
disciplina.
Aos professores cabe responsabilidade de utilizarem esse recurso de forma adequada e
não deixar que ele seja esquecido, pois conforme salienta Romanatto,
O livro didático ainda tem uma presença marcante em sala de aula e, muitas vezes, Como substituto do professor quando deveria ser mais um dos elementos de apoio ao trabalho docente. Um livro que promete tudo pronto, tudo detalhado, bastando mandar o aluno abrir a página e fazer exercícios, é uma atração irresistível. O livro didático não é um mero instrumento como qualquer outro em sala de aula e também não está desaparecendo diante dos modernos meios de comunicação. (ROMANATTO, 1987, p.85).
Reconhecer a necessidade de melhorar as perspectivas de relação do livro
didático é um assunto que precisa ser priorizado, visto que esta ferramenta didática
apresentam modos diferentes de ensinar e aprender, e com isso os educadores devem
compreender que seu uso deve ser de forma contextualizada a dinâmica, e com isso
pode-se chegar no aspecto ideal do próprio ato de ler e escrever relevando a pratica
educativa com expectativas reais para transformarem o cotidiano do aluno em vivencias
mais cidadãs.
Recordamos Freire que em sua visão a tomada de consciência crítica do sujeito
resgata e contribui para a formação da uma sociedade mais digna e dentro desta
perspectiva a construção de um processo que se compreenda o ensino e aprendizagem
como um processo de formação humana. Nesse sentido, destacamos também a
necessidade de o educador olhar as coisas de outra forma, a fim de considerar novas
perspectivas, para que seja possível a adoção de posturas mais abertas e mais
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compreensivas em relação aos desafios proposto no trabalho docente, entre os quais o
não menos importante livro didático.
A utilização ideal do livro didático por professores e estudantes atrelado a
existência de muitos fatores, como o reconhecimento das funções pedagógicas que ele
pode desempenhar. Lopes (2007) salienta que mesmo reconhecendo a dependência do
professor em relação ao livro didático, admite-se que os bons livros didáticos são parte
fundamental da qualidade da boa educação.
Por outro lado, a autora reconhece que para os professores com deficiência em sua
formação um livro didático de boa qualidade contribui também para qualificar as
atividades docentes desenvolvidas em sala.
Neste sentido o professor, ao escolher a forma mais adequada de utilização do livro
didático deve considerar, entre outros critérios, a proposta pedagógica, os modos de
contextualização e apresentação dos conteúdos, nível de complexidade e relações
estabelecidas com o cotidiano dos estudantes.
Sendo assim, se o educador estiver atualizado certamente quebrará o
tradicionalismo do ensino e proporcionará ao educando um aprendizado de qualidade
com maiores oportunidades de uma melhor assimilação de conteúdos, onde o
aproveitamento dos conhecimentos e experiências dele seja utilizado de maneira a fazê-lo
compreender que suas experiências são cruciais na efetivação de sua aprendizagem.
Inúmeras podem ser as contribuições oferecidas pelo livro didático ao processo
metodológico do professor, pois acreditamos na possibilidade de mudança do paradigma
de seu uso e manuseio e na conscientização deste sobre sua situação de exploração e
dominação diante de conteúdos complexos. Porém para que haja mudanças nessa nova
forma metodológica faz-se necessário que os educadores utilizem práticas e métodos
inovadores que proporcione ao educando aprendizado e não uma simples forma de ser e
de estar em sala de aula e em casa sem valor algum como mero coadjuvante do passar
das horas em classe ou em atividades extraclasse sem orientação didática, como hábito
de corresponder a uma exigência de ocupação do aluno.
Diante da evolução educacional hoje percebida cabe considerar que livro didático
alcançou merecimento de conquistas voltado para uma proposta curricular adequada e de
acordo com os interesses de sua aplicabilidade no ensino, tendo em vista que os alunos
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são sujeitos capazes de acompanhar sua sequência. E certamente por esse motivo
podem aprender habilidosamente do mesmo seu jeito e modo regular, e nesse enfoque
pode-se compreender que as teorias que fundamentam a praticidade sinalizam a
necessidade compreender essa dinâmica de ensino e aprendizagem, justamente porque
maximiza o estimulo e prende a atenção.
O livro didático assume essencialmente três grandes funções: de informação, de
estruturação e organização da aprendizagem e, finalmente, a função de guia do aluno no
processo de apreensão do mundo exterior.
Deste modo, a última função depende de o livro permitir que acontecesse uma interação
da Experiência do aluno e atividades que instiguem o estudante desenvolver seu próprio
conhecimento, ou ao contrário, induzi-lo á repetições ou imitações do real.
Entretanto o professor deve estar preparado para fazer uma análise crítica e julgar os
méritos do livro que utiliza ou pretende utilizar, assim como para introduzir as devidas
correções e/ou adaptações que achar convenientes e necessárias (SANTOS e CARNEIR
O 2006, p. 206).
Mas além do livro didático se faz necessário que o professor utilize outros recursos
pedagógicos, para o desenvolvimento de suas aulas, pois nem um livro por melhor que
seja deve ser utilizado sem adaptações e complementações (LAJOLO, 1996, p. 8).
Considerando as dificuldades que o professor encontra para efetivar consciente e
adequadamente o uso do livro didático, acredita-se que é importante considerar o nível de
acompanhamento de cada aluno e o tempo de acolher a atividade básica, prática,
individual e coletiva oferecida. Esse problema merece atenção, pois, têm-se constatado
em algumas escolas, que os alunos conseguem iniciar, mas não concluir a atividades do
modo como começaram, e acabam abandonando o livro por vários motivos, entre esses
se destaca, em sala, o nível de aprendizagem, a necessidade de trabalhar tendo uma
atenção considerável pelo professor que não o faz porque está sobrecarregado de muitos,
e ainda as práticas educativas poucos atrativas, sendo sempre a mesma coisa livro tal em
página tal. Por outro lado, se em casa a falta de apoio da família, sem acompanhamento e
orientação.
Sobre o exposto acima considero peculiar abrir entrelinhas para Tiba (2005) onde
a aproximação da família com a escola, fundamental para o sucesso da educação de todo
individuo, esta adequação ultrapassa as barreiras que são impostas nas escolas públicas,
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facilita e torna o processo da aprendizagem muito, mas prazeroso, ou como afirma
caracteriza (1997) se a família que é o primeiro grupo com que convivemos demonstrar
curiosidade em relação ao que acontece em sala de aula e reforça aquilo que está sendo
aprendido, estará dando uma contribuição imensurável para o sucesso da aprendizagem,
afinal, a família é o principal agente socializado. É ela que ajuda no desenvolvimento da
personalidade, na capacidade de enfrentar situações do dia a dia.
Brasil (2001, p.65) afirma que é competência e habilidade do ensino escolar:
“Desenvolver as capacidades de narrar, descrever, argumentar, debater e ouvir; fazer
inferências e pressuposições sobre o conteúdo dos textos; Confrontar o conteúdo e a
opinião expressos em outros textos; Articular recursos de natureza verbal aos de natureza
não verbal no decorrer do processo de compreensão de textos; Posicionar-se criticamente
diante dos textos; Atribuir sentido, relacionando o texto ao contexto”.
Observa-se, que essas exigências, quando não explorada pelo professor, podem
possibilitar os alunos a não se interessar, e comprometer com às aulas, não se motivar
para aprender, por conta da proposta, estimulo que está-lhe sendo oferecido e do método
trabalhado. O mundo mudou e só mudou porque as relações, principalmente
educacionais, mudaram. Estamos vivendo numa sociedade do conhecimento onde há
cada vez mais a exigência de um sapiente onde implica, mais conhecimento, habilidades
comunicativas e cognitivas, flexibilidade de raciocínio, capacidade de empreender
administrar, gerenciar, lecionar, criar, inovar.
Quando se trata de considerar os fatores que contribuem para a escolha do livro
didático um merece atenção e muito tem sido causa de preocupação e, é justamente a
postura da escola e do professor que não corresponde as necessidades dos alunos, pois
muitas vezes o professor por não saber lhe dar com a situação pedagógica discrimina o
aluno rotulando-o como se este fosse incapaz de aprender através do livro didático e de
avançar nos estudos.
Com Libâneo (1994) postulamos que uma nova concepção de ensino precisa ser
esboçada e fundamentada principalmente naquelas que fornecem subsídios para a
superação das aulas expositivas como método exclusivo e apontam caminhos para um
ensino estimulador do desenvolvimento cognitivo dos alunos. Nesse contexto cabe,
portanto, ao professor refletir sobre que aluno deseja formar visando às reais
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necessidades do mundo moderno. É preciso inovar, ousar, tomar decisões propor
desafios interessantes, sem jamais esquecer que o sucesso dependerá em grande parte
da qualidade do ensino oferecido.
Outro fator que provoca preocupação refere-se à postura do professor que ainda
é tradicional e arcaica, e nesse contexto são oferecidas atividades prontas e acabadas
sem que faça uma adaptação a realidade, que pouco estimula a aprendizagem que
evidencie um processo acelerado de globalização que vivemos. Assim, é de suma
importância que o professor mantenha uma relação de cumplicidade, respeito e
credibilidade frente ao livro didático para que o processo ensino aprendizagem ocorra de
forma significativa, com o foco na troca de conhecimentos e experiência que ele
proporciona. E o professor por ser o principal responsável pela condução do ensino deve
mediar tamanho conhecimento e ajudar o aluno a obter conquista e sucesso.
Neste contexto, portanto, discutir sobre um ensino pautado na virtude do livro
didático como ferramenta essencial que afeta plausivelmente no processo educativo e
reflete positivamente tanto na oferta de ensino, como na aprendizagem dos alunos que
edifica pressuposto indispensável na vida prática. Desse modo é relevante pensar no livro
didático como perfil metodológico diferenciado onde o professor encontra apoio e
contextualização da realidade nele vivenciada.
5.2 A RELAÇÃO ALUNO X LIVRO DIDATICO E SEU CONTEXTO NA SALA DE AULA.
Nas series iniciais o livro didático tem sido utilizado de diferentes formas pelos
professores, uns aplicam rigorosamente o desenvolvimento de cada item indicado, outros,
por considerar inadequado, pois entendem que os conceitos se apresentam
desvinculados da realidade dos estudantes, definem que a discrepância entre o que o
livro trás e a realidade dos alunos essa utilização irá dificultar a aprendizagem.
A organização da grade curricular como aporte do ato educativo supõe que o
conhecimento de determinados conteúdos esteja atrelado ao livro didático, mais ainda
que certos hábitos, valores e práticas culturais estejam ainda plenamente enraizados nos
aprendizes, que certos modos de transmissão de conhecimentos e habilidades seriam os
mais apropriados, que certos aspectos do jargão escolar estariam dominados pelos
alunos em cada momento do percurso escolar.
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Essas suposições em que se baseia o uso do livro didático no trabalho escolar
podem colocar o aluno em situação bastante complicado no desenvolvimento do processo
de real aprendizagem. De certa forma, o livro didático na sala de aula, é si mesmo,
potencial gerador do sucesso na situação de escolarização contemporânea.
Uma preocupação que o professor deve ter no momento de propor metodologias
com o livro didático é que o aluno se encontre na condição de incluídos no processo
justamente por terem ingressado confiantes nos estudos, pois tamanha ferramenta
metodológica funciona com base em regras específicas e com uma linguagem particular
que deve ser reconhecida por aqueles que nela estão envolvidos, os alunos.
Parafraseando Saldanha (2009), faz parte do processo educativo o
desenvolvimento das atividades escolares basear-se em símbolos e regras como parte do
conhecimento cientifico. Isto retrata o modo de fazer o aluno usar o livro didático na sala
de aula como suporte específico da própria aprendizagem. As mais óbvias dessas regras,
que configuram o modelo escolar do livro didático, constituem um estereótipo bastante
generalizado em uma sociedade letrada e na escola praticamente todos sabem que na
sala há um professor que ensina e estabelece as regras para o grupo que deve aprender
e obedecer; há um quadro negro e carteiras e os alunos trabalham com cadernos, lápis,
borracha e livros.
Por sua vez, congratulamos com Pinto (2003) que dominar a mecânica da escola
e manipular sua linguagem são capacidades que devem ser aprendidas uma vez que são
legados para o desempenho do aluno nas suas tarefas escolares. Muitas vezes o
manuseio do livro didático no âmbito escolar mostra ser maior um obstáculo à
aprendizagem até mesmo que o próprio conteúdo. Alunos que não se familiarizam por
terem grandes dificuldades de trabalhar essa dinâmica escolar, enquanto que aqueles
que demonstraram dominar a mecânica geral do livro como guia de aprendizagem
consideram-no como tipos de atividades aceitáveis mesmo quando desconhecem as
atividades específicas.
Portanto, ainda que os alunos mais familiarizados saibam a respeito da efetivação
do livro didático nas atividades desenvolvidas em classe, a apresentação formal das
tarefas que ele propõe continua em certas situações sendo obstáculo ao bom
desempenho. Daí a importância da essência professor como suporte do problema a ser
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resolvido. Assim, é importante também que o professor busque desenvolver metodologias
que possam integrar os alunos na familiaridade com o livro didático, visando o efetivo
acompanhamento e participação nas atividades por ele propostas, bem como fazer com
que os educandos sejam mais valorizados e o livro reconhecido como ferramenta de
apoio e estimulo de aprendizagem em todo o espaço escolar.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em virtude do que foi pesquisado, compreende-se que através de uma ação de rotinas é
preciso compreender que os livros didáticos devem ser, essencialmente, fontes de ideias,
inicialmente proporcionar ideias para o professor, e posteriormente ideias a serem
utilizadas pelos alunos como pontos de referência e fontes de informações, devem
também despertar em que utilizam, quer professor, quer aluno, promovendo assim ponto
de partida para investigações.
Essa troca de conhecimentos deve ocorrer através da aplicação de metodologias
que possibilite um processo ensino aprendizagem eficaz, considerando que o processo de
ensino é uma difícil e árdua tarefa, onde se deve buscar sempre alternativas e caminhos
inspiradores cujo significado promova o encontro dos possíveis desafios em relação à
aprendizagem ao uso do livro didático em si.
É de extrema importância essa dupla utilização, uma vez que os alunos
paulatinamente terão a compreensão de que o livro didático ajudará tanto na resolução
como na proposição de problemas.
Compreender o livro didático por meio de sua historia é de fundamental importância,
mostrando que sua importância sempre estará presente na resolução de problemas, ora
prático, ora especulativo. A dificuldade para construir uma ferramenta tão eficaz como o
livro didático, provavelmente será a mesma que o aluno sentirá ao iniciar a sua utilização
para alcançar uma aprendizagem significativa, esse, é um desafio de que o conhecimento
está em contínua elaboração e que os alunos podem participar ativamente dessa
elaboração.
Enfatizar a dinâmica do livro didático dentro do contexto educativo dos alunos é
indiscutível, pois é de extrema importância afirma que desde a escolha, ao uso em sala
de aula ou fora dela, trará inúmeros benefícios na contribuição dessa ferramenta que é o
livro didático, especificamente com relação ao processo de aprendizagem importante é
destacar que as situações vivenciadas com o livro didático podem possibilitar inspirações,
mobilizações ou paradigma de fracasso. Trata-se de um aprimoramento profissional por
parte do professor cuja ação recai sobre seus planos pedagógicos e o monitoramento
permanente sobre o resultado de seu ato educativo. Noutro ponto, só o fato do aluno ter
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no livro uma segurança plausível de aprendizagem elucida uma externa tomada de
consciência do desafio que é o ato de aprender.
Tomando por base o estudo em si não foi fácil visualizar uma ação conjunta de todos
os fatores legais que professor e aluno passam ao utilizar o livro didático como elementos
a favor da aprendizagem. Que essa especificidade de relação professor X livro didático X
aluno faz parte antes, durante e depois do plano de ensinar e aprender.
No âmbito educacional escolar atual o papel do professor vai além da dimensão
cognitiva e se preocupa com o bem comum do aluno. Aprimorar esse olhar direcionado
para a formação humana é respeitar e valorizar cada ato do processo educativo, onde o
aluno a todo o momento busque a construção de sua identidade própria, e a dinâmica do
livro didático contribua para que a educação escolar extrapole os limites da sala de aula.
Com a realização deste foi possível compreender que a escolha e utilização do livro
didático é uma questão bastante complexa, uma vez que exige a definição de critérios
que instrumentalizem o processo de escolha e fomentem a discussão sobre os processos
de ensino e aprendizagem. Essa escolha constitui uma responsabilidade de natureza
social e política e que muitas vezes traz dificuldades e incertezas aos professores.
Através das analises realizadas foi possível perceber o quão é necessário
participação de toda comunidade escolar em torno da escolha do livro didático, que ao
longo de sua história vem cada vez mais apresentando uma melhorias significativa na sua
estruturação, qualidade de material, concepções veiculadas, linguagem, ilustrações
consistentes e atividades. Mesmo considerando essas melhorias, o professor deve
desenvolver saberes e ter competências para superar as limitações que ainda existem
nos livros didáticos, tendo a responsabilidade de complementar, adaptar e dar maior
sentido aos livros recomendados pelo MEC.
Nesse sentido, fazem-se pertinentes as colocações sobre a necessidade da
utilização de outros instrumentos para o desenvolvimento da aprendizagem que deve
ocorrer nas salas de aula.
Uma análise mais aprofundada permite observar que o livro didático pode mostrar-
se um instrumento eficiente no processo de ensino-aprendizagem, pois conforme salienta
Coracini (1999) "o livro didático já se encontra internalizado no professor... o professor
continua no controle do conteúdo e da forma...".
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Nesse sentido a autora reafirma que tornar o livro eficiente ou ineficiente vai
depender da maneira como o professor vai utilizá-lo no processo de ensino-
aprendizagem. Embora os estudantes e professores salientem a importância atribuída ao
livro didático como um auxiliador nas aulas, é possível perceber que alguns professores o
utilizam como um roteiro a ser seguido rigorosamente, “se tornando um padrão curricular
desejável, mesmo quando se considera a possibilidade de que seja modificado de alguma
forma” (LOPES, 2007, p. 212).
A pesquisa mostra que o livro didático é utilizado pela maioria dos professores como
instrumento principal que orienta os conteúdos que devem ser desenvolvidos, a
sequência desses conteúdos, as atividades de Aprendizagem e a avaliação para o
ensino, no entanto deve ter em mente a necessidade de atrelar ao uso do livro didático
outros materiais pedagógicos com o objetivo de alcançar resultados mais significativos.
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