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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
DIRETORIA DE PESQUISA
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA- PIBIC:
CNPq, CNPq/AF, PIBIC/INTERIOR, PARD, PIAD, PADRC E FAPESPA.
RELATÓRIO-TÉCNICO-CIENTÍFICO
Período: 10/2014 a 07/2015
( ) PARCIAL ( X) FINAL
IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO:
Título do Projeto: Parceria e Desenvolvimento Municipal na Amazônia Paraense.
Nome do Orientador: Mário Vasconcellos Sobrinho.
Titulação do Orientador: Economista, Mestre em Planejamento do Desenvolvimento e
PhD em Estudos do Desenvolvimento.
Instituto/Núcleo: Núcleo de Meio Ambiente.
Departamento: Programa de Pós-Graduação em Gestão de Recursos Naturais e
Desenvolvimento Local- PPGEDAM
Título do Plano de Trabalho: Parceria para o Desenvolvimento Rural e Sustentabilidade
em Igarapé- Açu.
Nome do Bolsista: Márcia Juliana Fernandes dos Santos.
Tipo de Bolsa: PIBIC/CNPq
INTRODUÇÃO
Este estudo busca analisar as possibilidades do estabelecimento de parceria entre as
Organizações Locais (sindicatos, associações, cooperativas e ONG’s) e os agentes estatais que
juntos buscam promover o Desenvolvimento Rural do município de Igarapé-Açu, localizado
no Nordeste do Estado do Pará. O município buscou como auxílio o programa de
desenvolvimento criado pelo governo estadual (Pará-Rural) para criar um Fórum de
Desenvolvimento Municipal, onde se elaborou um Programa de Desenvolvimento Municipal
para executar projetos produtivos, de desenvolvimento rural e sustentabilidade.
O Fórum de Desenvolvimento Municipal representa o espaço político que tem como
elemento fundamental a participação dos diversos atores sociais, além de estabelecer relações
formais de parcerias entre os atores e os agentes públicos e privados. Apesar dos municípios
da Amazônia brasileira terem incorporado os princípios da participação e parceria no
planejamento e estabelecido um novo arranjo institucional para suportar a participação dos
atores locais nesse processo, não é claro que essa participação possa ser entendida como
parceria.
Para Brinkerhoff (2002), a parceria é uma relação embasada em objetivos concordados
reciprocamente por atores que mantêm uma relação dinâmica. Por ser uma relação, ela
envolve riscos como: falta de clareza a respeito da responsabilidade de determinado ator que
pode ocasionar em fuga de responsabilidades, perda de legitimidade das partes envolvidas e a
incerteza quanto aos resultados da parceria (HUIJSTEE, FRANCKEN & LEROY, 2007).
Parceria pode adquirir inúmeros significados, finalidades, uma gama de atores
envolvidos e várias dimensões, tornando-se assim um conceito polissêmico e diverso. Desse
modo, torna-se necessário considerar todos os aspectos condizentes aos diferentes tipos de
parceria (MCQUAID, 2002). Além disso, a parceria envolve mútua influência, equilíbrio
entre sinergia e autonomia, transparência e igualdade de participação nas tomadas de decisões
(BRINKERHOFF, 2002). Porém, McQuaid (2002) ressalta existir desníveis de poder entre os
atores nos diversos níveis de uma parceria.
Segundo Bennett & Krebs (1994), a parceria é a cooperação entre atores que buscam
atingir um desenvolvimento de natureza puramente econômica, e para isso, precisam unir
forças e cooperar. Entretanto, a parceria não se estabelece apenas por interesses econômicos,
ela pode ser construída para atrair recursos para uma área, organização ou projeto e através
disso liberar sinergia (MCQUAID, 2000). Lasker, Weiss e Miller (2001) definem o nível de
sinergia alcançado pela parceria por meio da contribuição e fortalecimento dos envolvidos nas
atividades realizadas em grupo. Através disso, a sinergia refletirá na maneira como os
parceiros pensarão os objetivos, planos e metas para a parceria, além de poderem definir as
ações e evolução tidas por ela.
Huijstee, Francken & Leroy (2007) delimitam a sustentabilidade como um dos campos
onde a parceria pode atuar, pois os acordos podem ser definidos por dois ou mais atores da
sociedade civil (Mercado, Estado e Sociedade Civil). Mais do que isso, a parceria seria a
abordagem mais ética para a prestação de serviços e ao Desenvolvimento Sustentável, pois
permitiria abarcar a participação e o empoderamento (BRINKERHOFF, 2002).
Todavia, ainda não existem evidências se a parceria contribui para o Desenvolvimento
Sustentável, pois é muito difícil relacionar os dois conceitos por serem ligados mais
discursivamente do que empiricamente, além de sustentabilidade apresentar elasticidade e
imprecisão (HUIJSTEE, FRANCKEN & LEROY, 2007).
Apesar de não existirem indícios de colaboração da parceria para o Desenvolvimento
Sustentável, Vasconcellos Sobrinho & Vasconcellos (2012) mostram a possibilidade de o
conceito receber o sentido de participação e Desenvolvimento de Gestão através da
abordagem do Desenvolvimento Rural. Todavia, Bowier (2003) afirma não existir sinais da
eficácia da parceria enquanto participação porque seria necessário que ela trabalhasse a
inclusão social e o poder. Porém, é necessário averiguar de que maneira essas relações foram
construídas e quais são os fatores que as influenciaram em seu estabelecimento, pois o seus
significados dependem do contexto de poder e dominação onde elas foram construídas e não
existe um modelo único para atribui-las de significados (ATKINSON, 1999).
ALGUNS ASPECTOS SOBRE DESENVOLVIMENTO RURAL
Vários autores passaram enfatizar a necessidade de repensar as abordagens que eram
utilizadas para definir o Desenvolvimento Rural, pois o conceito altera-se devido os novos
condicionantes que o Desenvolvimento mais geral da vida social e da economia impõe às
famílias rurais e as variadas conjunturas que o influenciam (SHNDEIDER, 2004;
NAVARRO, 2001).
Segundo Navarro (2001), existiram dois momentos onde a ideia de “desenvolvimento”
alcançou o campo de singularidade histórica. O primeiro deles foi após a Segunda Guerra
Mundial, especialmente na década de 50 prolongando-se até o final dos anos 70. Instigada
pela polarização da Guerra Fria e seus modelos opostos de sociedade que revolucionaram os
modos de vida, sobretudo impulsionado pelo crescimento econômico que o período alcançou,
a possiblidade do desenvolvimento alimentou expectativas e estimulou iniciativas em todas as
sociedades.
O Desenvolvimento Rural, como subtema originado foi um dos motores das políticas
governamentais e dos interesses sociais, pois muitas sociedades, especialmente as avançadas,
ainda concentravam parte significativa de sua população habitando áreas rurais ou/e
envolvidas em atividades agrícolas. O peso econômico da agricultura ainda era muito
expressivo. Houve também uma compreensão do que seria a agricultura originada do acumulo
de inovações de períodos anteriores que lentamente se tornou hegemônica mundialmente,
culminando na denominação “Revolução Verde”. Ela materializou-se em um padrão
tecnológico responsável por romper com o passado e integrar os novos modos de vida às
famílias rurais. O desenvolvimento rural foi desenhado pelo sentimento de modernização.
No Brasil, um conjunto de programas foi cunhado pelos militares para as regiões mais
pobres, especialmente no Nordeste sob a diretriz do desenvolvimento rural visto que nas
outras regiões ainda encontrava-se o modelo de modernização agrícola. A absorção de novas
tecnologias de produção e produtividade foi interpretada como melhoria do bem- estar das
populações rurais sendo associada pelo aumento da renda familiar. O segundo momento foi
em meados da década de 90 motivado pela impossibilidade do desenvolvimento ou pela
dificuldade da sua materialização.
O debate sobre o desenvolvimento- e desenvolvimento rural ressurgiu no debate
social, mas agora em escala global. O debate sobre mudanças climáticas nascido do Protocolo
de Kyoto, originado nas últimas décadas pelos impactos ambientais é um exemplo disso. Para
Zander (2001), esse debate deverá permanecer nos próximos anos, gerando novas formas de
gestão dos recursos naturais porque um de seus componentes cruciais é o uso predatório da
terra, o que recai sobre os sistemas agrícolas e o modo de vida rural.
Para Ploeg (2000), o Desenvolvimento Rural seria uma tentativa de reconstrução das
bases ambientais, econômicas e sociais mediante as lacunas e limitações intrínsecas do
paradigma produtivista. Além disso, o Desenvolvimento Rural se mostra como uma
alternativa para a sobrevivência de unidades familiares rurais que buscam aumentar o
caminho para a garantia de sua reprodução. Porém, para Ellis (2000) o Desenvolvimento
Rural é um conjunto de práticas e ações que objetivam reduzir a pobreza em áreas rurais onde
os habitantes rurais tenham a capacidade de definir e controlar suas prioridades através da
participação e empoderamento. Shneider (2004) define o Desenvolvimento Rural como um
processo resultante de ações conjuntas que buscam incentivar mudanças ambientais e
socioeconômicas no espaço rural para a melhoria na qualidade da qualidade de vida e o bem-
estar das populações rurais. No entanto, Navarro (2001) ressalta que Desenvolvimento Rural
se refere às estratégias e ações do Estado que procuram melhorar ou alterar as condições de
vida no meio rural.
MATERIAIS E MÉTODOS
Para realizar este estudo, foram realizadas pesquisas bibliográficas a respeito da
literatura existente sobre Parceria, Desenvolvimento e Desenvolvimento Rural. O banco de
dados que embasou este estudo foi composto por dados primários e secundários.
Os dados do Censo de 2010 foram utilizados para a construção das tabelas referentes
às informações do município de Igarapé-Açu assim como alimentou a base cartográfica
presente neste trabalho.
Também se utilizou os dados municipais do IDESP e do Atlas de Integração Regional
do Pará para complementar o banco de dados. Para a construção do mapa, utilizou-se de
softwares de geoprocessamento.
As entrevistas com os presidentes dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras
Rurais e Sindicato Rural de Igarapé-Açu um questionário semi estruturado foi usado a fim de
coletar as informações necessárias.
RESULTADOS
A origem do município de Igarapé-Açu está ligada a fundação do antigo núcleo
colonial de Jambu-Açu criado em 1895 no Km 118 da estrada de ferro Belém-Bragança,
influenciada pela política do governo estadual de colonizar toda a região bragantina (figura 1).
A estrada exerceu um papel vital na política de colonização, pois propiciava o escoamento de
produtos da região bragantina à Belém, também foi um atrativo para a vinda de espanhóis,
nordestinos que fugiram da seca e da crise da borracha.
Por volta de 1903, uma lei municipal criada pelo governador Augusto Montenegro
determinou a criação do povoado de Igarapé-Açu. Mediante a lei nº 985 de 26 de Outubro, em
1906 foi fundado o município de Igarapé-Açu, com sua sede no núcleo antigo de Jambu Açu.
Figura 1: Mapa de Localização do Município
A origem do município de Igarapé-Açu está ligada a fundação do antigo núcleo
colonial de Jambu-Açu criado em 1895 no Km 118 da estrada de ferro Belém-Bragança,
influenciada pela política do governo estadual de colonizar toda a região bragantina (figura 1).
A estrada exerceu um papel vital na política de colonização, pois propiciava o escoamento de
produtos da região bragantina à Belém, também foi um atrativo para a vinda de espanhóis,
nordestinos que fugiram da seca e da crise da borracha.
Por volta de 1903, uma lei municipal criada pelo governador Augusto Montenegro se
definiu o povoado de Igarapé-Açu. Mediante a lei nº 985 de 26 de Outubro, em 1906 foi
fundado o município de Igarapé-Açu, com sua sede no núcleo antigo de Jambu Açu. Por volta
de 1895, eram vendidos e cultivados ao longo da ferrovia produtos originados das lavouras
temporárias como: feijão, arroz, mandioca para a produção de farinha e milhão.
A capacidade da economia capitalista em ajustar a produção às condições de tempo e
espaço em escala planetária através da integração entre os capitais financeiros, comerciais,
agroindustriais, da descentralização industrial e pela velocidade apresentada pelas recentes
telecomunicações (COUTINHO, 1995) propiciou a crescente interdependência das relações
econômicas e sociais em escala internacional, caracterizando o cenário atual (CASTELLS
1999; SHNEIDER, 2004).
Por volta da década de 1960, Igarapé-Açu vivenciou uma crise agrária e uma
restruturação produtiva que culminaram no abandono do campo por muitos agricultores que
passaram a se dedicar à exploração de garimpos, outros fugiram para os centros urbanos. A
permanência por parte de alguns membros da família no município propiciou a manutenção
do modelo de agricultura familiar. No entanto, foi inevitável o enfraquecimento da agricultura
familiar no município.
O município tornou-se agroexportador. Com o fim da estrada de ferro, Igarapé-Açu
precisou intervalar suas relações sociais entre si e a lógica capitalista de reprodução.
Atualmente, Igarapé-Açu pertence à microrregião bragantina, à região de integração do Rio
Guamá (ATLAS DE INTEGRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DO PARÁ, p. 187, 2010) e
à mesorregião do nordeste paraense. De acordo com a caracterização feita pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística, Igarapé-Açu é considerado um município pequeno
quatro (população de 20.001 a 50.000 hab), tendo em 2010 uma população de 35.887
habitantes e Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de 0,595.
Foi realizada uma Pesquisa em Campo em Igarapé- Açu cujos objetivos foram o de
apresentar o Projeto de Pesquisa ao local, como também o de identificar quais são as
instituições envolvidas e traçar um diagnóstico geral das áreas selecionadas. Uma visita
técnica foi realizada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SEMAAB), onde foi
possível obter a listagem das Organizações Rurais atuantes no município- um trabalho
realizado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará
(EMATER) em parceria com a SEMAAB. No total, foram contabilizadas dezenove
organizações locais, que são ativas, porém só foi possível visitar duas. As entrevistas foram
direcionadas para os presidentes das organizações locais (figura 2).
Figura 2- As organizações rurais ativas no município.
Organizações Locais Ativas do município de Igarapé-Açu
01- Associação Agrícola União e Desenvolvimento
02- Associação dos Moradores da Comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
03- Associação Comunitária Rural de São Jorge do Jabuti
04- Associação dos Remanescentes de Quilombo de Nossa Senhora do Livramento
05- Associação Comunitária Rural Bom Jesus
06- Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Igarapé-Açu
07- Associação de Desenvolvimento Comunitário Nova Olinda
08- Associação Comunitária João Batista
09- Movimento Voluntário Interbrasileiro para a Amazônia
10- Associação do Micro-Produtor Rural Santa Terezinha
11- Associação Comunitária Rural do Bairro da Colina
12- Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseaníase
13- Congregação das Irmãs Servas de Nossa Senhora da Anunciação
14- Associação dos Produtores Rurais da Agrovila do Escorrega
15- Centro Comunitário Santa Luzia
16- Associação de Criadores e Criadoras de Abelhas Melíferas do Município de Igarapé-Açu
17- Sindicato Rural de Igarapé-Açu
18- Associação Comunitária de Açaitêua
19- Cooperativa Mista Agropecuária, Píscola e de Pesca Vibra João XXIII.
O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais e o Sindicato Rural de Igarapé-
Açu foram as duas organizações visitadas, onde foi possível entrevistar os presidentes dessas
organizações utilizando-se de um questionário semi estruturado a fim de serem coletados os
dados necessários para a pesquisa. O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais foi
criado em 1972 por iniciativa local, fundado pelo pai da atual presidente do Sindicato. O
sindicato possui registro formal, no entanto não possui nenhum vínculo institucional. O
principal projeto desenvolvido pelo STTR é o cursinho pré-vestibular que anualmente oferta
140 vagas. Além disso, são oferecidos para a população atendimentos aos associados através
de encaminhamentos médicos e agendamento de entrevistas do INSS.
A principal dificuldade do Sindicato é a falta de um veículo para ter acesso às áreas
rurais, pois o STTR não possui um carro para fazer o deslocamento às áreas longínquas. Por
conta disso, os trabalhadores precisam se dirigir à sede do município, onde se localiza o
Sindicato.
A respeito do estabelecimento de parcerias e acordos firmados, o STTR não possui
com nenhuma organização visto que a principal dificuldade para o estabelecimento seria a
condição econômica do Sindicato (um sindicato composto por trabalhadores). Para o
Sindicato, o objetivo de estabelecer parceria seria para superar o seu maior entrave- a falta de
transporte. Quanto aos sócios, o principal objetivo que os levam ao STTR é a necessidade de
algum serviço oferecido por ele.
Os sócios do Sindicato ainda não tiveram consciência de que fazem parte dele, isso
resolveria consideravelmente o principal entrave do STTR, pois através da participação as
necessidades enfrentadas por eles seriam conhecidas, minimizando a necessidade dos
deslocamentos para a área rural- a ida até as áreas rurais é realizada com a finalidade de saber
quais são as suas necessidades. O Sindicato atende a todas as comunidades rurais do
município, entretanto as comunidades que mais o procuram são: Vila de São Jorge, Colônia
do Prata e Vila de São Luiz.
O Sindicato Rural de Igarapé-Açu (SR) foi fundado em 1965, possui entre 500 a 1500
sócios e 11 funcionários, está registrado formal e está institucionalmente vinculado. O SR têm
como parceiros: a prefeitura municipal, a Universidade Federal Rural da Amazônia, a
Associação de Criadores e Criadoras de Abelhas Melíferas do Município de Igarapé- Açu, e a
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará. Os principais projetos
desenvolvidos pelo Sindicato são de mecanização técnica e capacitação profissional. As
parcerias proporcionam ao SR apoio técnico.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ainda não é claro afirmar que a parceria promova a participação, pois participação não
tem sido convertida em empoderamento e tomada de consciência pelos atores. Seria
necessário investigar as suas finalidades e de que forma elas estão sendo estabelecidas
(MCQUAID, 2000), pois os interesses são diversos; além de analisar a maneira como a
relação entre as organizações locais e os parceiros é mantida. O Fórum de Desenvolvimento
Municipal se apresenta como lócus de análise para o estudo das parcerias criadas em Igarapé-
Açu porque o elemento principal que o compõe é a participação. Sendo assim, estudar as
interfaces da parceria no contexto da região amazônica é latente, pois ela tem se apresentado
no planejamento e criado um novo arranjo institucional para suportar a atuação dos atores
nesse processo, sobretudo no município de Igarapé-Açu que apresenta tantas peculiaridades.
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PARECER DO ORIENTADOR:
DATA: 16/08/2015
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