amor de perdição roteiro

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  • 7/24/2019 Amor de Perdio Roteiro

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    PARTE I

    1- Contextualizao da obra: (gnero, autor, referncia, Resumo do enredo);

    mor de !erdio foi um romance "ublicado em 1#$% "elo escritor "ortugus Camilo Castelo

    &ranco' romance narra a ist*ria do amor im"oss+el entre eresa e .imo' eresa, uma burguesa e .imo

    um fidalgo rebelde, eram izinos e se coneceram em um encontro na /anela e ra"idamente se a"aixonaram

    "erdidamente' s fam+lias de .imo e eresa eram inimigas, e ao ficarem sabendo do enolimento dos dois,

    o "ai de .imo o enia a Coimbra e o "ai de eresa 0uer cas-la com o "rimo &altasar' .imo deses"erado na

    tentatia de encontrar eresa se enole num assassinato dos em"regados do !ai de eresa' 2erido, .imo 3

    acolido na casa 4ariana, uma cam"onesa, 0ue se a"aixona "or ele, mas esse amor 3 mantido em segredo'

    eresa ao negar-se casar com &altasar 3 eniada ao conento' rs anos se "assam, neste "er+odo .imo e

    eresa se comunicam "or cartas' .imo sofrendo de amor e saudade, "lane/a o ra"to de eresa, mas sem

    sucesso, acabando "or matar &altasar' .imo 3 condenado ao ex+lio, eresa no su"orta e morre, ao saber da

    morte, .imo adoece e morre' 4ariana 0ue nutria "or .imo um amor incondicional, no su"ortou er o

    cor"o de .imo /ogado ao mar e se atirou ao mar tamb3m' 5o final trgico esto mortos .imo, eresa,

    &altasar e 4ariana'

    %- Caracterizao da obra como uma "roduo caracteristicamente inserida nos "receitos 6 formais e

    conteud+sticos - da est3tica rom7ntica; (em outras "alaras, ex"licar o "or0u de Amor de perdio

    constituir-se uma obra do Romantismo)' 8ustificar as afirma9es com trecos da obra'

    iferente do Realismo, o Romantismo tem como uma das caracter+stica cultiar o lirismo' s

    conflitos interiores umanos se desenolem na temtica do amor , da solido, da saudade, da morte' stessentimentos "odem ser istos "or exem"lo 0uando .imo a"*s saber da morte de eresa escree corando

    uma carta 0ue "arece endereada a eresa, na 0ual .imo faz uma aaliao de sua ida'

    < O po do trabalho de cada dia, e o teu seio para repousar uma hora a face, pura de manchas: no

    pedi mais ao Cu. Achei-me homem aos dezasseis anos. Vi a virtude luz do teu amor. Cuidei ue era santa

    a pai!o ue absorvia todas as outras, ou as depurava com o seu fo"o sa"rado. #unca os meus

    pensamentos foram dene"ridos por um dese$o, ue eu no possa confessar alto diante de todo o mundo. %iz

    tu, &eresa, se os meus l'bios profanaram a pureza de teus ouvidos. (er"unta a %eus uando uis eu fazer do

    meu amor o teu opr)bio.

    #unca, &eresa* #unca, ) mundo ue me condenas*

    +e teu pai uisesse ue eu me arrastasse a seus ps para te merecer, bei$ar-lhos-ia. +e tu me

    mandasses morrer para te no privar de ser feliz com outro homem, morreria, &eresa*

    as tu eras sozinha e infeliz, e eu cuidei ue o teu al"oz no devia sobreviver-te. is-me aui

    homicida e sem remorsos. A insnia do crime aturde a consci/ncia0 no a minha, ue se no temiadas

    escadas da forca, nos dias em ue o meu despertar era sempre o estrebuchamento da sufoca1o.

    u esperava a cada hora o chamamento para o orat)rio, e dizia comi"o: falarei a 2esus Cristo.

    +em pavor premeditava nas setenta horas dessa a"onia moral, e antevia consola13es ue o crime

    no ousa esperar sem in$4ria da $usti1a de %eus.

    as chorava por ti, &eresa* O travor do meu c'li! tinha sobre a sua amar"ura as mil amar"uras

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    das tuas l'"rimas.

    5emias aos meus ouvidos, m'rtir* Vermeias sacudido nas convuls3es da morte, em teus del6rios. A

    mesma morte tem o horror da suprema des"ra1a. &arde morrerias. A minha ima"em, em vez de te acenar

    com a sua palma de mart6rio, te seria um fantasma levantado das t'buas dum cadafalso.

    7ue morte a tua, ) minha santa ami"a*8

    =- Comentrios "essoais sobre a obra, a "artir da leitura realizada'

    enredo 3 interessante "rinci"almente "ela ironia em 0ue so colocados .imo e eresa em 0ue

    nutrem um amor "lat>nico e morrem "or este iderio de amor ' ntretanto ao meu er, 4ariana 3 a

    "ersonagem mais com"lexa da obra, ao mesmo tem"o em 0ue renuncia as im"osi9es sociais em se casar,

    ama incondicionalmente .imo' 4ariana no se a"resenta como um algo iderio, mas como uma muler real

    em suas ang?stias, ci?mes, auto controle, coragem' !arece 0ue os sentimentos se alternam entre um amor

    materno "or .imo e ao mesmo um amor de muler' final tamb3m 3 sur"reende como o descobrimos 0ue

    o narrador 3 filo de 4anoel &otelo, irmo de .imo' escrita detalista lembra 4acado de ssis'

    PARTE II

    "artir da leitura de Amor de perdio, analise, @ luz dos estudos cr+ticos sobre a narratia 6 tema

    abordado na disci"lina eoria literria AA, !5 BA. 5RRAB em"regado na obra'

    8ustifi0ue com "assagens do liro

    Como imos na disci"lina de eorias iterria AA, "odemos dizer 0ue de acordo com a classificao

    de 2riedman o "onto de ista narratio 3 do utor nisciente Antruso' autor nisciente Antruso tem como

    marca caracter+stica a intromisso na narratia, al3m de ter uma conecimento e dom+nio das a9es,

    "ensamentos, sentimentos das "ersonagem e manter uma relao estreita com o leitor, como 3 "oss+el

    obserar no treco a seguir

    9%isto ue os mestres em romance se escapam sempre. em sabem eles ue o interesse do leitor se "ela a

    passo i"ual ue o her)i se encolhe nas propor13es destes heroizinhos de boteuim, de uem o leitor

    dinheiroso fo"e por instinto, e o outro fo"e tambm, porue no tem ue fazer com ele.;

    9#o desprazia, portanto, o amor de ariana ao amante apai!onado de &eresa.