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Ambientes Estuarinos Acadêmicos: Carla, Elisa, Paulo, Leoni, Micheline Disciplina: Geologia Professora: Dra. Adriana Rost Rossi Universidade de Santa Cruz do Sul. UNISC.

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Page 1: Ambientes Estuarinos

Ambientes Estuarinos

Acadêmicos: Carla, Elisa, Paulo, Leoni, Micheline

Disciplina: GeologiaProfessora: Dra. Adriana Rost RossiUniversidade de Santa Cruz do Sul. UNISC.

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Estuário provém do latim aestuarium (maré)aestuo ( espuma que flutua)

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Um estuário pode ser definido como um ecossistema aquático em que as águas de um

rio se misturam com águas marinhas, produzindo gradientes mensuráveis de

salinidade ( KETCHUM, 1951)

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É uma desembocadura longa e ampla, escavada pelo rio, que dá entrada ás águas do

mar e serve como ponto de encontro entre águas fluviais e marítimas

( TUNDISI, José Galizia, 2008)

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Transgressão Flandriana, ínicio do período interglacial época de alto nível do mar.

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Tipicamente os estuários são mais comuns em costas caracterizadas por plataformas

continentais largas e planas.

Os estuários são estruturas de substrato móvel confere-lhes um caráter muito dinâmico

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Caracterização dos estuários:

• Pode-se considerar como tipos estuarinos desde lagoas que são formadas por ação das ondas situadas atrás de barreiras caracterizadas por sedimentos arenosos.

• Os deltas que penetram profundamente na linha da costa com sedimentos finos, siltosos e argilosos .

• Os manguezais que ocorrem em pontos da costa onde há depósito de sedimento fino a argila.

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Classificação dos estuários:

• Os esquemas de classificação presentes na literatura diferem-se devido a escolha de bases diferentes cada autor para suas classificações.

• Quatro classificações baseadas na geomorfologia, na circulação e estratificação da água e na energia do sistema.

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Vales fluviais:

• Tipicamente em forma de (V) inundados pelo mar, conhecidos também por estuários de planícies costeiras.

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Fiordes:• São reentrâncias costeiras profundas tipicamente em

forma de ( U), cavadas pelos glaciares e geralmente com um patamar pouco profundo na sua foz formado pelos depósitos terminais do glaciar.

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Estuários formados por barreiras:

• São bacias de águas baixas cercadas por uma cadeia de bancos de areia ou conjunto de ilhotas nos quais se abrem algumas entradas permitindo uma ligação livre com o mar.

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Estuários de origem tectônica:

• Formados por movimentos de terras podendo estar associado á atividade vulcânica, falhas geológicas ou abatimentos locais.

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Deltas:

• São protuberâncias na linha da costa formadas nos locais onde os rios adentram os oceanos ao mares interiores ou lagos, são constituídos por sedimentos transportados pelos rios que os alimentam.

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São muito variáveis as formas e tamanhos dos estuários, mas a peculiariedade de um

estuário é a mistura de águas doce e salgada e não somente o nome.

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Composição química e processos em águas salobras

• A salinidade é a medida do conteúdo de sal da água, sendo a concentração expressa em g de sal por kg de água do mar (‰).

• Os principais íons na água do mar são os de cloro e de sódio, suplementados por potássio, cálcio, magnésio, sulfatos e em menor escala por muitos outros.

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A água salobra do estuário pode ser classificada como oligo, meso, ou polialina, conforme a salinidade média.

A salinidade da água do mar é aproximadamente de 35‰, tendendo a ser maisbaixa em mares costeiros (33‰) e mais elevada em águas tropicais (37‰).

A salinidade da água doce é sempre inferior a 0,5‰, a salinidade da água dos estuários varia portanto de 0,5‰ a 35‰, sendo designada salobra.

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A salinidade é variável e se constitui em um dos componentes mais importantes dos estuários,

alterando-se diariamente e durante períodos do ciclo estacional, em que a relação precipitação - evaporação

da maré se modifica.

Em função da salinidade e da intensidade da evaporação podem se distinguir três grandes tipos de

estuários:

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Estuários Positivos:

• A evaporação á superfície do estuário é inferior ao volume de água doce que entra neste a partir dos rios, a água doce tende a sair flutuando sobre a água salgada que entra vinda do mar.

• Nesta situação a água salgada dilui-se verticalmente do fundo para a superfície.

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Estuários Negativos

• A evaporação á superfície excede a quantidade de água doce que entra no estuário, a água superficial tende a tornar-se mais salgada que as das camadas inferiores e em consequência a afundar.

• Neste caso , tanto a água do mar como a água doce entram no estuário á superfície, no seu conjunto a tendência será sempre para as água superficiais aumentarem de densidade, afundarem e saírem do estuário para o mar junto ao fundo.

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Estuários Neutros:

• Estuários neutros: situação em que ocasionalmente a evaporação iguala o fluxo de água doce que entra no estuário, neste caso ocorre um regime de salinidade estático, trata-se de um tipo de estuário muito raro.

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Estratificação gerada pela mistura das águas

• Quanto ao grau de mistura vertical, os estuários positivos podem ser altamente estratificados, parcialmente homogêneos ou totalmente homogêneos.

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Estratificado ou “ cunha de sal”:

• Quando a corrente de água do rio domina fortemente a ação da maré, a água doce tem a tendência a sobrepor-se á água salgada mais pesada, a qual nestas condições forma uma “ cunha” que se estende sobre o fundo, ao longo de uma distância considerável rio acima.

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Estuários parcialmente homogêneos:

• Quando correntes de entrada de água doce e de maré são aproximadamente iguais, o principal agente da mistura é a turbulência, causada pela periodicidade da ação da maré.

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Estuários totalmente homogêneos:

• Quando a maré é fortemente dominante e vigorosa a água tem tendência a ficar bem misturada, da superfície para o fundo e a salinidade relativamente elevada.

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Estuário hipersalino é um tipo especial de estuário, ocorre quando a corrente de água

doce é pequena, a amplitude da maré é fraca e a evaporação muito alta.

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Forças que atuam nos estuários:

• As duas forças essenciais em ação nos estuários são á força da corrente fluvial e a força das marés.

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As correntes da maré agem como correntes de fluxo á margem esquerda e como correntes de refluxo mais violentas sobre a margem direita,

de forma que a desembocadura normal do estuário amplia-se com o tempo

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Além da amplitude das marés, as variações relativas do mar e o clima, o respectivo grau de floculação controla o tipo e a quantidade de sedimentos que fazem parte

dos estuários sendo de extrema importância para a sua caracterização.

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A corrente fluvial é contrariada pela força da maré enchente, mas sofre um reforço assinalável pela

corrente da vazante.

Ao chegar ao estuário a força da corrente fluvial amortece-se por diminuição do declive e pela

resistência oferecida pela água do mar e acaba por anular-se.

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Por vezes a subida da maré ao longo de um estuário origina o fenômeno do macaréu.

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Á medida que a maré enchente vai avançando ao longo do rio, a sua amplitude vai-se reduzindo, até

desaparecer completamente.

No máximo da maré alta, o nível do mar é mais elevado que o nível da água do rio, então ocorre á penetração da água do mar ao longo do rio, ou enchente.

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Nas águas de um estuário mesmo durante a maré baixa ou maré alta não existe corrente alguma e a água fica

praticamente parada.

No momento em que a maré está no seu ponto médio é que se atingem velocidades mais elevadas, este fato

tem uma importante conseqüência em termos de sedimentação, pois na ausência de corrente vai

produzir a deposição de sedimentos transportados em suspensão ou resultantes da floculação das argilas com origem fluvial em contato com as águas marinhas ricas

em iões.

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Os sedimentos nos estuários:

• os flocos formados nos estuários permanecem em suspensão e são estruturas frágeis que se rompem sob condições turbulentas, por isso os flocos maiores só serão formados em condições de baixa velocidade de corrente.

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O depósito essencial dos estuários é a vasa, é um sedimento complexo constituído por uma fase inerte, formada principalmente por pó e areias quartzosas ou

calcárias e uma fase coloidal ativa que serve como ligação que é composta por matéria orgânica trazida do

continente como pólem, húmus, etc.. ou trazidas do mar como diatomáceas, algas etc..., mas sobre tudo sedimentos produzidos no próprio meio do estuário.

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A caracterização dos parâmetros dos flocos, como tamanho velocidade de decantação e a densidade,

assim como seu comportamento em suspensão e no fundo, são importantes para a compreensão da

dinâmica sedimentar de estuários.

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A análise de partículas destes sedimentos permite-nos conhecer a história da Terra, as

mudanças que se verificam nos oceanos e no clima durante os últimos milhões de anos.

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As comunidades dos estuários :

• Os organismos que vivem nos ambientes estuarinos são totalmente adaptados a viverem neste habitat e para isto possuem grandes tolerâncias ou seja são eurialinos e euritérmicos.

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As condições físicas nos estuários são frequentemente extremas portanto a diversidade em espécies é baixa,

mas as condições alimentares são muito favoráveis tornando o estuário um ambiente cheio de vida.

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São comunidades tipicamente endêmicas, também ocorre a presença de espécies que entram nos

estuários vindas do mar e mais um pequeno número de espécies que possuem a capacidade osmorreguladoras, que lhes permite entrar ou sair do meio de água doce.

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São considerados como “berços marinhos” muitas espécies dependem destas águas como lugares seguros

para reproduzirem-se como por exemplo vários camarões comercialmente importantes.

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A vegetação das terras úmidas também atua como “amortecedor” natural entre a terra e o oceano,

absorvendo as inundações e dissipando as ressacas, ajuda a prevenir a erosão e estabiliza as costas.

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Importâncias econômicas

• Os estuários foram fundamentais para o desenvolvimento de muitas civilizações antigas, como egípcia, indiana e a chinesa, pois permitiu a construção de portos e o florescimento de grandes centros comerciais adjacentes.

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Os estuários são depósitos de carvão mineral, que é uma rocha sedimentar que se forma através de

processos bioquímicos e soterramento, tem origem do acúmulo de detritos vegetais sob condições anaeróbias.

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Ação antrópica

• Estes recursos entram em perigo todo o ecossistema perde, o crescimento demasiado das populações a beira de estuários perturba o equilíbrio natural, ameaçando a sua integridade.

• Canais são drenados, terras úmidas aterradas, a água é contaminada e até mesmo as costas são reconstruídas para acomodar habitações.

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conclusão

• Desta maneira ficou evidente que os estuários representam um sistema aquático único, representando áreas vitais para muitas espécies de fauna e flora.

• A demanda de uso dos ambientes naturais é cada vez maior, daí a importância de se proteger estes recursos com todo o seu valor natural econômico e estético.

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Obrigado pela atenção!!!