ambiente da contabilidade são paulo
DESCRIPTION
TRANSCRIPT
2010
Conselho Federal de Contabilidade
Paulo Henrique Feijó
Ambiente da Contabilidade Aplicada no Setor Público: A Busca da Contabilidade Patrimonial
Tópicos
Contexto
Princípios
Variações
Tópicos
Contexto
Princípios
Variações
Você não sente nem vê
Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo
Que uma nova mudança em breve vai acontecer
E o que há algum tempo era jovem novo
Hoje é antigo, e precisamos todos rejuvenescer
Belchior
Precisamos todos rejuvenescer nossos conhecimentos...
O Brasil a Caminho dos Padrões Internacionais de Contabilidade...
“Não há vento favorável para quem não sabe para onde quer ir”
Sêneca
Brasil
Os Estados Unidos foram os pioneiros em relação a uma estrutura democrática para edição
de normas contábeis: criaram um Comitê Contábil (FASB) em 1973.
No mesmo ano, 10 países da Europa e do Oceano Pacíficoa criaram outro Comitê Contábil
(IASC) com pretensão de definir as regras contábeis a nível mundial.a França, Alemanha, Países Baixos e Reino Unido, Irlanda, Estados Unidos, Canadá, México, Japão e
Austrália.
Durante muito tempo o FASB e o IASC disputaram esse status internacional.
Em 2001, o IASC foi reformulado e passou a adotar o nome de IASB.
A partir de então, o IASB consolidou sua hegemonia e, atualmente, quase todos os países
estão convergindo para os padrões de contabilidade do IASB.
O mundo inteirob está unificando o padrão contábil com base no IASB.b Brasil e Estados Unidos, inclusive
Uma Visão Geral do Processo de Convergência
Principais Entidades Normativas
IFAC – International Federation Of Accountants Organização de abrangência global com foco na profissão contábil. Edita normas contábeis referentes aos padrões éticos da profissão, ao setor público (IPSAS), à qualidade, à auditoria e à formação educacional; Representantes do Brasil: CFC e IBRACON; Website: http://www.ifac.org/
IASB – International Accounting Standard Board (Ex-IASC) Organização privada independente, sem fins lucrativos, que edita padrões contábeis (IFRS) aplicados ao mercado de capitais; Representantes do Brasil (2010): ex-Ministro da Fazenda e ex-diretor de normas do BC; Website: http://www.iasb.org
Internacionais
Principais Entidades Normativas
FASB – Financial Accounting Standards Board Organização de origem americana que estabelecepadrões contábeis de contabilidade e relatórios financeiros; Representantes do Brasil: ex-diretor do BC e da CVM, como observador; Website: http://www.fasb.org/
Cenário Internacional Atual: Convergência entre IASB e FASB. Características:
• Convergência entre os US GAAP com as IFRS;• Normas globais únicas, que permitam a comparabilidade da situação
financeira de dois entes quaisquer;• Reticência internacional em subordinar-se a princípios contabilísticos de
um país específico (US GAAP)
Internacionais
Visão da Convergência no Mundo
Principais Entidades Normativas
CFC – Conselho Federal de Contabilidade Órgão de representação da classe contábil no Brasil. Edita Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao exercício da profissão (perícia, educação, etc.) e às áreas de atuação do profissional (setor público, auditoria, etc.). Website: http://www.cfc.org.br
IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil Organização de abrangência nacional que concentra auditores, contadores e estudantes de ciências contábeis, e edita e/ou recepciona normas referentes à atuação destes profissionais junto a institutos de previdência, seguradoras e instituições financeiras. Website: http://www.ibracon.com.br
Nacionais
Principais Entidades Normativas
CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis Organização com o objetivo de estudar, preparar e emitir Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações contábeis. Website: http://www.cpc.org.br
CVM – Comissão de Valores Mobiliários Autarquia federal responsável por fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de capitais brasileiro. Website: http://www.cvm.org.br
Outras – (SUSEP, MPS, SPC/PREVIC, RFB, etc.)
Nacionais
Principais Entidades Normativas
STN – Secretaria do Tesouro Nacional Órgão vinculado ao MF, normatiza através do MCASP, Portarias e Notas Técnicas, as práticas contábeis do setor público da Federação Brasileira. Website: http://www.tesouro.fazenda.gov.br
BCB – Banco Central do Brasil Autarquia vinculada ao MF, normatiza e fiscaliza o setor financeiro brasileiro, sendo integrante do Sistema Financeiro Nacional e responsável pela política monetária brasileira. Website: http://www.bcb.gov.br
Nacionais
Principais Entidades Normativas
FASB
MPS
RFB
AGÊNCIAS
CPC
CFC
STN
BCB
IBRACON
SUSEP
CVM
IFAC
SPC / PREVIC
IASBFIPECAFI
ABRASCA
APIMEC
BOVESPA
SETOR PÚBLICO SETOR PRIVADO
pronunciam.
IFRS
observa
Principais Entidades Normativas
FASB
MPS
CPC
IFAC
IASB
AGÊNCIAS RFB BCBSUSEPCVMOBSERVADORES
ORGANIZADORES
FIPECAFI
IBRACON
CFC
ABRASCA
APIMEC
BOVESPA“inspira”
converg.
STN
IPSAS
CFC
NBC T 16 MCASP
OUTROS
edita
edita edita edita
Número Ementa Aprovado por:
CPC 00 Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual NBC T 1, Resolução nº 1.121/08
CPC 01 Redução ao Valor Recuperável de Ativos NBC T 19.10, Resolução nº 1.110/07
CPC 02 -Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis
NBC T 7, Resolução nº 1.120/08;Resolução nº 1.164/09 (altera a vigência dos itens 4 e 5 da NBC T 7);
CPC 03 Demonstração dos Fluxos de Caixa NBC T 3.8 - Resolução CFC nº 1.125/08
CPC 04 Ativo Intangível NBC T 19.8 - Resolução CFC nº 1.139/08NBC T 19.8 - IT 1 - Resolução CFC nº 1.140/08
CPC 05 Divulgação sobre Partes Relacionadas NBC T 17 - Resolução CFC nº 1.145/08
CPC 06 Operações de Arrendamento Mercantil NBC T 10.2 - Resolução CFC nº 1.141/08
CPC 07 Subvenção e Assistência Governamentais NBC T 19.4 - Resolução CFC nº 1.143/08
CPC 08 Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários
NBC T 19.14 - Resolução CFC nº 1.142/08
CPC 09 Demonstração do Valor Adicionado NBC T 3.7 - Resolução CFC nº 1.138/08Resolução nº 1.162/09 (altera o item 3 da NBC T 3.7);
CPC 10 Pagamento Baseado em Ações NBC T 19.15 - Resolução CFC nº 1.149/09
Pronunciamentos Técnicos do CPC
Característica dos Sistemas Contábeis Nacionais
CARACTERÍSTICA
PAÍSES C/ SIST. CONTÁB.
DE BAIXO NÍVEL DE DESENV.
PAÍSES C/ SIST. CONTÁB.
DE MÉDIO NÍVEL DE DESENV.
PAÍSES C/ SIST.
CONTÁB. DE ALTO NÍVEL
DE DESENV.
Regime de competência para reconhec. de despesas e receitas
Desvinculação da contabilidade da inf. Orçamentária
Apresentação de inf. não financeiras nas Demonstrações Contábeis
Possuem forte influência dos órgãos profissionais contábeis
Apresentam inf. que suportem o levantamento da eficiência, efetividade e economicidade nos serviços
Desenvolvem sistemas de contab. no sentido de melhorar o gerenciamento da administração pública
NÃO
NÃO
NÃO
NÃO
NÃO
NÃO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIMIncipiente
Incipiente
Reg. comp. modificado
Incipiente
Alguns casos
Incipiente
E o Brasil?
Sistema Contábil de Médio nível de
Desenvolvimento, caminhando para alto.
Orientações Estratégicas para a Contabilidade Aplicada ao Setor Público
Patrimônio x Estatística Fiscal x Orçamento
Contabilidade
OrçamentoEstatística Fiscal
Orçamento
Demonstrações
Plano de Contas
Partidas Dobradas
O orçamento faz uso das técnicas próprias da contabilidade, mas não utiliza os critérios, conceitos e regimes contábeis.
A Contabilidade apoiando o Orçamento
São técnicas contábeis, utilizadas segundo
critérios, conceitos e regimes
orçamentários.
“Do Caos ao Grau de Investimento”Contabilidade e Finanças Públicas
50 anos de História
Evolução da Contabilidade e das Finanças Públicas
Brasil
Capítulo 1
As Reformas Estruturais nos Anos 60
1960 1964 1965 1967
Elevado Déficit PúblicoInflação Crescente
Juros Elevados
Mercado de Capitais Inexistente
BB era autoridade Monetária
Lei 4.320Normas de Direito
Financeiro
Criação da CPF
Criação da ORTN
Lei 4.595 (31/12/1964)
Extingue a SumocCria o CMN
Cria o Bacen
Cta/Movimento BC no BB
CMN ganha a gestão da dívida mobiliária
Mercado de Títulos aumenta
Incentivo à captação de recursos externos
ORTN garantia taxa de reais
Sistema de Programação
Financeira(Decreto
64.441/1969)
Delfim Neto - MF1967 a 1974
Crescimento (médio) -10%
Início do Regime MilitarCastelo Branco1º Presidente
04.1964 a 04.1967
Artur da Costa e Silva2º Presidente – Militar
04.1967 a 08.1969
Finanças Públicas e o avanço da contabilidade nos Anos 70
“Giro da Dívida Interna”
Crescimento do Endividamento
Crescimento da Poupança Interna
Captação de Poupança Externa
Redução do endividamento externo do setor privado e aumento do setor público
II Crise do Petróleo
I Crise do Petróleo Multiplicidades de
orçamentos (OGU, OPS, OM, OEE e conta da dívida)
O "Brasil Grande Potência" baseava-se na construção, com dinheiro público, de projetos grandiosos de infra-estrutura. Nesse período, começaram as
obras da Ponte Rio–Niterói, da usina de Itaipu e da Rodovia Transamazônica.
10.1969 a 03.1974
Desenvolvimento do mercado de capitais
Milagre Econômico(1970 a 1974)
Elevada Liquidez Internacional
Crescimento das Exportações
03.1974 a 03.197903.1979 a 03.1985
Criação do FASB (Financial Accounting Standards
Board) e do IASC (International Accounting
Standard Committee)
Desajustes Fiscais da Década de 80 e o Início do Reordenamento
Plano Cruzado
CUT
Unificação Orçamentária
Início do Reordenamento das Finanças PúblicasControle das NFSP
MoratóriaPlano Verão
(Cruzado Novo)
Esgotamento do Modelo de Crescimento com
endividamento
Corte do fluxo externo
Descontrole e desordem institucional evidentes
O Reordenamento das Finanças Públicas
O Reordenamento Continua e a Construção do novo modelo de Estado.....
Plano Collor IConfisco
Volta o Cruzeiro
Plano Collor IIAbertura
Corte de DespesasDecretou Fim Indexação
Cruzeiro Real (Ago/93)
URV
Privatização (Usiminas, CSN, Bancos, Vale, Teles,...)
PAF - Lei 8.727 (11/93) - Refinaciamento da Dívida dos
Est/Mun com a União
PAF – Lei 9.796/97 – Refinaciamento da Dívida Mobiliária
LRF
Impeachment
LC 82/95Lei Camata 1
Limite Despesa de Pessoal
LC 96/99Lei Camata 2
Limite Despesa de Pessoal
RESOLUÇÃO CFC N.º 750/93 -
Princípios Fundamentais de
Contabilidade
As Finanças no Século XXI
O Futuro Chegou!!!
Entre 1968 e 2008 - inflação acumulada de 970 000 000 000 000% (970 trilhões). A maior de 2.477% (1993). A menor, de 1,6% (1998)
Efeitos da LRFFim da Transferência de dívidas entre os Entes
Limites - Endividamento
Limites - Pessoal
Bacen não Emite Títulos
O Operário no Poder.....
Manutenção da estabilidadeMetas de Inflação
Superávit Primário BC “Independente”
Política Fiscal
Política Monetária Grau de Investimento
Lei das PPP
MP 449/08“Altera a
lei 11.638/07”
PortariaMF 184/2008
Lei 11.638/07“Altera a lei 6.404/76, para seguir o IFRS”
“Já nasce desatualizada”
Resolução CFCnº 1.055/05 IASC
se transforma emIASB
O Reordenamento da Contabilidade Aplicada ao Setor Público
2008 2009 2010 2011 2012 2013
Implantaçãodo Grupo da
Convergência
Tradução dasIPSAS
Validação e Elaboração das
Minutas
Publicação e Treinamento
Início de Vigência
Início de Vigência
Publicação Treinamento
Facultativa nos Entes
Obrigatória na União,
Estados e DF
Obrigatória nos
Municípios
Discussão GT
Estrutura básica (4º Nível)
Versão 7º nível da União
Ciência contábil
Contabilidade orçamentária
Lei 4.320/64
Conhecimento
Nova lei
Contabilidade patrimonial
Contabilidadefinanceira
Estratégia da Contabilidade
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - MCASP
PCO
•Procedimentos Contábeis Orçamentários Portaria STN/SOF nº 2/2009
PCP
•Procedimentos Contábeis Patrimoniais Portaria STN 467/2009
PCE
•Procedimentos Contábeis Específicos Portaria STN 467/2009
PCASP
•Plano de Contas Aplicado ao Setor Público Portaria STN 751/2009
DCASP
•Demonstrações Contábeis do Setor Público - Portaria STN 751/2009
28
Entrada(PCASP) Processamento
Saída(Demonstrativos)
SistemaIntegrado de
AdministraçãoFinanceira
(SIAFC)
Implementação de um Padrão para o País
RREO
RGF
DCASP
LRF (Alterado LC 131/2009): “Art. 48. .....................................................................Parágrafo único. A transparência será assegurada também mediante: ........III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto no art. 48-A.” (NR)
Estrutura das NBCASP (NBC T SP)
NBC T 16.1 – Conceituação, objeto e campo de aplicação
NBC T 16.2 – Patrimônio e Sistemas Contábeis
NBC T 16.3 – Planejamento e seus instrumentos sob o enfoque contábil
NBC T 16.4 – Transações no Setor Público
NBC T 16.5 – Registro Contábil
NBC T 16.6 – Demonstrações Contábeis
NBC T 16.7 – Consolidação das Demonstrações Contábeis
NBC T 16.8 – Controle Interno
NBC T 16.9 – Depreciação, Amortização e Exaustão
NBC T 16.10 – Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos
em Entidades do Setor Público
IPSASs (Norma Internacional de Contabilidade para o Setor Público) da IFAC
A IPSAS 3, “Políticas de Contabilização, Alterações nos Erros e
Estimativas de contabilização” exige demonstrações contábeis que
proporcionem informações que reúne um número de características
qualitativas, incluindo que a informação seja:
(a) Relevante às necessidades de tomada de decisão dos usuários; e
(b) Confiável, no sentido de que as demonstrações contábeis:
(i) representem fielmente a posição patrimonial, o desempenho
financeiro e os fluxos de caixa da empresa;
(ii) reflitam a substância econômica das transações, outros
acontecimentos e condições e não meramente a forma legal;
(iii) sejam neutras, isto é, livre de parcialidades;
(iv) sejam prudentes; e
(v) sejam completas em todos os aspectos relevantes
Tópicos
Contexto
Princípios
Variações
Ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público. (item. 3)
Fornecer informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão; a adequada prestação de contas; e o necessário suporte para a instrumentalização do controle social (item. 4)
CONCEITOOBJETIVO
(a) integralmente, as entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais;(b) parcialmente, as demais entidades do setor público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social.
ABRANGÊNCIAENTIDADES DO SETOR PÚBLICO Qualquer pessoa física ou jurídica,
de direito público ou privado, com autonomia patrimonial, sujeita a controle, quando realizar atividade que tenha finalidade pública.
OBJETO
Patrimônio Público (Item 5)
NBC TSP 16.1 - Conceituação, Objeto e Campo de Aplicação - CASP
• Reconhecimento e Bases de Mensuração ou Avaliação - o patrimônio das entidades do setor público, o orçamento e sua execução e os atos administrativos que provoquem efeitos de caráter econômico e financeiro no patrimônio devem ser mensurados ou avaliados monetariamente e registrados pela contabilidade. (art.17)
- as transações no setor público devem ser reconhecidas e registradas integralmente no momento em que ocorrerem. Princípio da Oportunidade (art. 18)
- os registros da entidade, desde que estimáveis tecnicamente, devem ser efetuados, mesmo na hipótese de existir razoável certeza de sua ocorrência. (art. 19)
NBC TSP 16.5 – Registro Contábil
Art. 6º O Princípio da Oportunidade é base indispensável à integridade e à fidedignidade dos registros contábeis dos atos e dos fatos que afetam ou possam afetar o patrimônio da entidade pública, observadas as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público.
A integridade e a fidedignidade dizem respeito à necessidade de as variações serem reconhecidas na sua totalidade, independentemente do cumprimento das formalidades legais para sua ocorrência, visando ao completo atendimento da essência sobre a forma.(Resolução CFC nº 750/93 – 1111/07)
Princípio Contábil da Oportunidade
Princípios de Contabilidade – Perspectivas do Setor Público
Princípio Contábil da Competência
Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.
Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
Princípios de Contabilidade – Perspectivas do Setor Público
O Regime de Competência na LRF“Art. 50 – Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração
das contas públicas observará as seguintes:
II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de competência, apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa;”
Artigo 18, § 2º - A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no mês em referência com as dos onze imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência.
Conceito: Patrimônio Público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações.
NBC TSP 16.2 – Patrimônio e Sistemas Contábeis - Patrimônio Público
CONCEITOS QUE REMETEM AO PASSIVO
CONCEITOS QUE REMETEM AO ATIVO
DESTINAÇÃO SOCIAL
Objeto: Patrimônio Público (item. 5).
O QUE É PATRIMÔNIO?
Ter um imóvel Ter a intenção de
comprar um imóvel
Fazer um empréstimo
Ter a intenção de pedir um
empréstimo
Ter o direito de usar uma marca
Adquirir uma marca
Ter a posse de um carro (arrendamento
financeiro)
Ter a propriedade de um carro
Ter um disquete
Ter um estoque de disquetes para
revenda
FUTURO BENEFÍCIO
ECONÔMICO
CONTROLADO PELA
ENTIDADE
RESULTADO DE EVENTOS PASSADOS
Definição de Ativo
ATIVO
Controle não é em termos absolutos
Origem do Benefício:• Produção;• Troca por ativos;• Reduzir passivos;• Distribuição aos
proprietários.
Liga-se ao conceito de Bem Econômico
Não contempla ativos contingentes
Controle: exercer direitos sobre os benefícios
IASB evita termo propriedade
OBRIGAÇÃO ATUAL
LIQUID. RESULTA EM
DESEMBOLSO DE BENEFÍCIOS
ECONÔMICOS
RESULTADO DE EVENTOS PASSADOS
Definição de Passivo
PASSIVO
Não é obrigatoriamente vinculada a contratos
Reconhecimento do Passivo: incorporação do item que se enquadra na definição no balanço patrimonial.
Estrutura da Lei 4.320/1964
Título I – Da Lei do Orçamento (Artigo 2º ao 21)
Título II – Da Proposta Orçamentária (Artigo 22 ao 31)
Título III – Da Elaboração da Lei do Orçamento (Artigo 32 ao 33)
Título IV – Do Exercício Financeiro (Artigo 34 a 39)
Título V – Dos Créditos Adicionais (Artigo 40 ao 46)
Título VI – Da Execução do Orçamento(Artigo 47 ao 70)
Título VII – Dos Fundos Especiais (Artigo 71 ao 74)
Título VIII – Do Controle da Execução Orçamentária (Artigo 75 ao 82)
Título IX – da Contabilidade (Artigo 83 ao 89)
Disposições Gerais (Art 83 a 89) Da Contabilidade Orçamentária e Financeira (Art 90 a 93) Da Contabilidade Patrimonial e Industrial (Art 94 a 100) Dos Balanços (Art 101 a 106)
Visão Patrimonial na Lei 4.320/1964
Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros.
“Art. 89 - A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária, financeira, patrimonial e industrial.”
“Art. 100 - As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução e as superveniências e insubsistências ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial.”
“Art. 104 - A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício.”
A Estrutura Patrimonial na Lei 4.320/1964
§ 1º O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveisindependentemente de autorização orçamentária e os valores numerários.
§ 2º O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa.
§ 3º O Passivo Financeiro compreenderá “as dívidas fundadas e outras” cujo pagamento independa de autorização orçamentária.
§ 4º O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate.
Art. 105. O Balanço Patrimonial demonstrará:
I - O Ativo Financeiro;
II - O Ativo Permanente;
III - O Passivo Financeiro;IV - O Passivo Permanente;
V - O Saldo Patrimonial;
VI - As Contas de Compensação.
Regime Orçamentário x Regime Contábil
Regime Orçamentário
Pertencem ao exercício financeiro:
As receitas (orçamentárias) nele arrecadadas
As despesas (orçamentárias) nele legalmente empenhadas
Regime Contábil
As receitas (Variações Patrimoniais Aumentativas) e as despesas (Variações Patrimoniais Diminutivas) devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento.
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público
Tópicos
Contexto
Princípios
Variações
• Conceito de Transações no Setor Público: os atos e os fatos que promovem alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais, no patrimônio das entidades do setor público, as quais são objeto de registro contábil em estrita observância aos PFCs e às NBCs.
• Natureza de Transações no Setor Público: a) econômico-financeira - originadas de fatos que afetam o patrimônio público, em decorrência, ou não, da execução de orçamento, podendo provocar alterações qualitativas ou quantitativas.
b) administrativa - originadas de atos administrativos, com o objetivo de dar cumprimento às metas programadas e manter em funcionamento as atividades da entidade do setor público. (art. 3)
NBC TSP 16.4 – Transações no Setor Público
• Variações Patrimoniais Quantitativas: aquelas decorrentes de transações no setor público que aumentam ou diminuem o patrimônio líquido. (art. 8)
• Variações Patrimoniais Qualitativas: aquelas decorrentes de transações no setor público que alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido. (art. 9)
NBC TSP 16.4 – Transações no Setor Público
Conceito de Variação Patrimonial Aumentativa
Aumentos nos benefícios
econômicos ou no potencial de serviço
durante um exercício
financeiro;
que produzem aumento no PL
e exceção dos aportes dos proprietários
O que é uma VPA?
Variação Patrimonial Aumentativa (Receita – Norma Internacional):
Conceito de Variação Patrimonial Diminutiva
Variação Patrimonial Diminutiva (Despesa – Norma Internacional):
O que é uma VPD?
Reduções nos benefícios
econômicos ou no potencial de
serviço
durante um exercício
financeiro;
que produzem diminuição no
PL
que toma forma de fluxos de saída
ou consumo de ativos
Excetuando-se as distribuições aos
proprietários.
Natureza dos Atos e Fatos Contábeis
PatrimonialOrçamentária
↓ PL = ↓ A - P
↓ PL = A - ↑ P
Lei Orçamentária
Variação Quantitativa
Decorrentes da Execução
Orçamentária
Variação Quantitativa
Independente da Execução
Orçamentária
Patrimônio X Orçamento
Variação Qualitativas
Decorrentes da Execução
Orçamentária
“ O objetivo principal da Contabilidade é de gerar informações úteis para os seus
usuários”Livro: Teoria da Contabilidade, Editora Atlas
Para Reflexão
“ É muito caro para a sociedade investir recursos humanos e financeiros na
geração de informações que cumprem a legislação, mas que ninguém utiliza
para tomada de decisão”Paulo Henrique Feijó
As demonstrações contábeis das entidades definidas no campo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público são:
(a) Balanço Patrimonial;
(b) Balanço Orçamentário;
(c) Balanço Financeiro;
(d) Demonstração das Variações Patrimoniais;
(e) Demonstração do Fluxo de Caixa;
(f) Demonstração do Resultado Econômico. (art.3)
NBC TSP 16.6 – Demonstrações Contábeis
Lei nº 4.320/64: A prerrogativa de alteração dos demonstrativos
Lei nº 4.320/1964
Art. 113. Para fiel e uniforme aplicação das presentes normas, o Conselho Técnico de Economia e Finanças do Ministério da Fazenda atenderá a consultas, coligirá elementos, promoverá o intercâmbio de dados informativos, expedirá recomendações técnicas, quando solicitadas, e atualizará sempre que julgar conveniente, os anexos que integram a presente lei.
Decreto 6.976/2009
Art. 7o Compete ao órgão central do Sistema de Contabilidade Federal: ..... XXIV - exercer as atribuições definidas pelo art. 113 da Lei no
4.320, de 17 de março de 1964, a saber: atender a consultas, coligir elementos, promover o intercâmbio de dados informativos, expedir recomendações técnicas, quando solicitadas, e atualizar, sempre que julgar conveniente, os anexos que integram aquela Lei;
Demonstrações Contábeis – Portaria STN 749/2009
Balanço Orçamentário Balanço Financeiro; Balanço Patrimonial; Demonstração das Variações Patrimoniais;
Demonstrativo do Fluxo de Caixa Demonstração do Resultado Econômico (Facultativa)
Lei 4.320 e NBCASP
NBCASP
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido(Apenas para entes que tenham Empresas Estatais Dependentes)
LRF
"Nada existe de permanente a não ser a mudança.“(Heráclito de Éfeso 540-480 AC)
Convivendo com as mudanças....
"Você deve ser a mudança que você deseja ver no mundo.“
(Mahatma Gandhi 1869-1948)
"Não é o mais forte nem o mais inteligente que sobrevive. É o mais adaptado às mudanças.“
(Charles Darwin 1809-1882)
Tópicos
Porque Mudar?
Para que o Setor Público registre todos os ativos e passivos.
Para permitir a efetiva consolidação das contas públicas.
Para cumprir na íntegra a LRF e a Lei 4.320/1964 (Contabilidade Patrimonial e Sistema de Custos)
Para que o Brasil seja uma referência contábil para a comunidade internacional.
Tópicos
Porque Acreditar?
O Brasil já enfrentou desafios maiores e hoje é referência em várias áreas: Sistema Financeiro (SPB)SiafiSistema de Apuração das EleiçõesSistema de Declaração do IRSPED...
Tópicos
Qual a Estratégia?
Promover o Desenvolvimento Conceitual da Contabilidade
Estabelecimento de novas regrasParticipação das entidades representativas do
setor públicoMudança de Postura dos Profissionais do Setor
Público
“ A mudança de cultura é uma porta que abre por dentro”
Vilma Slomsky
Como fazer a mudança de postura ?
Secretaria do Tesouro Nacional - STN
Coordenação-Geral de Contabilidade – CCONT
O que o Profissional deve fazer ?
Encontre a chave que existe em cada um de vocês e abra a porta para a Contabilidade.