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PRA QUEM TEM O MAR NA ALMA E QUER MAIS CONTEÚDO! Informativo Brasileiro de Náutica e Esportes do Mar Ano III – nº 14 set./out. 2014 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA ISSN: 23577800 14 Guarapiranga em Festa Novo TTNAB Salvador Lagosta: aprenda a fazer O novo Beneteau 35 Jogos Olímpicos da Juventude Meteorologia e Oceanografia Capotaria revitalizada Seca na hidrovia Eleição no ICSC Aquece Rio Jet, Sup, Kite, Va’a, Mergulho, Artigos e muito mais!

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Jornal Almanáutica: Pra quem tem o mar na alma e quer mais conteúdo

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Page 1: Almanautica 14

ALMANÁUTICAPRA QUEM TEM O MAR NA ALMA E QUER MAIS CONTEÚDO!

Informativo Brasileiro de Náutica e Esportes do Mar – Ano III – nº 14 – set./out. 2014 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA ISSN: 23577800 14

Guarapiranga em Festa Novo TTNAB Salvador Lagosta: aprenda a fazer O novo Beneteau 35

Jogos Olímpicos da JuventudeMeteorologia e Oceanografia

Capotaria revitalizada

Seca na hidroviaEleição no ICSC

Aquece RioJet, Sup, Kite, Va’a, Mergulho, Artigos e muito mais!

Page 2: Almanautica 14

Almanáutica:Jornalista Responsável: Paulo Gorab

ISSN: 23577800 14 Jornal bimestral, com distribuição nacional

nos principais polos náuticos do Brasil. Ano 03, número 14 set./out. de 2014

Depto. Jurídico: Dra. Diana MelchheierContato: [email protected] Almanáutica é uma marca registrada. Proibida a reprodução total ou parcial.

Visite nosso site e fique por dentro das novi-dades diariamente:

www.almanautica.com.br

EDITORIAL

Murillo Novaes é jornalista especializado em náutica. Mantém o blog www.murillonovaes.com

2 MurilloNOVAES

AL

MA

UT

ICA

José Paulo é biólogo, artista plástico, capitão ama-dor e conta, em crônicas com muito humor, situações vividas a bordo com sua família no livro “É proibido

morar em barco”, à venda na Livraria Moana

Crônicas Flutuantes Coluna do escritor José Paulo de Paula

Dos Leitores

Disformática

A gloriosa ex-capital da república, hoje capital do estado homônimo, Rio de Janei-ro, foi palco, neste inverno que já se vai, de um dos principais eventos mundiais da vela olímpica, a regata-teste das raias que serão o epicentro do mundo vélico no vin-douro 2016. Como já é sabido pelo dileto leitor – tendo sido, inclusive, alvo de nos-sas críticas neste mesmo espaço de alma boa e náutica –, a cloaca de Guanabara é o destino final de boa parte dos vergonhosos 70% do esgoto não tratado, ou mal trata-do, da cidade que almeja, e merece, ser a vitrine do mundo daqui a dois anos. Nes-ta altura, já é também de domínio público que os prometidos (ao COI e a nós) 80% de despoluição da baía (número, aliás, de de-lírio quase surrealista já que não há índices sintéticos e confiáveis do problema como um todo...) não serão alcançados nem que a vaca tussa ou que o golfinho engasgue, como preferir. Parafraseando o incansá-vel guerreiro da biologia carioca, Mario Moscatelli, nossas “otoridades” não estão nem aí. E cumprir metas e promessas não é bem o ponto forte de nossos dirigentes, convenhamos. Infelizmente. E nem entre-mos muito no mérito do PDBG – Plano de Despoluição da Baía de Guanabara, porque dos seus quase 20 bi investidos em déca-das, mais da metade evaporou em tenebro-sas transações. Mas nos voltemos ao mar. E a Deus, que é brasileiro, e a Éolo, que gosta bem de so-prar, e a Netuno, que protege as criaturas marinhas, e até mesmo a São Sebastião, padroeiro deste lar. Pois não é que o even-to-teste transcorreu de forma tranquila e

foi um sucesso? I-na-cre-di-tá-vel!! Aque-les que estiveram na marina da Glória e viram a praia onde desciam as pranchas e os catamarãs com água translúcida devem estar, como eu, se sentindo tocados pela graça divina. Deve fazer mais ou menos uns 10 anos que aquela prainha, ao lado da praia do Flamengo, não experimentava uma água tão limpa. Milagre! Milagre! Mi-lagre!! Oremos ao senhor. E agradeçamos penhorados às correntes marinhas de sul, às poucas chuvas no período e à proverbial sorte que acompanha esta gente bronzea-da que mostra seu valor. É verdade que os barcos cata-lixo e as barreiras nos rios que desembocam na Guanabara estavam fun-cionando e enxugando o gelo do problema do lixo flutuante da maneira que podiam e ajudaram marginalmente. E é verdade tam-bém que não houve, salvo um problema pontual aqui e ali, nenhuma catástrofe des-portiva grave para nenhum atleta devido ao lixo. Embora Bimba, nosso multicampeão da RS:X, e alguns gringos tenham tido que retirar da quilha de suas pranchas os gregos souvenires plásticos presenteado pela nos-sa generosa baía. Enfim... O fato é que no principal problema de nossas raias olím-picas, a água suja, que fará do Rio, inevi-tavelmente, as mais poluídas de todos os tempos das olimpíadas modernas, demos uma sorte tremenda. Teremos novamente a mesma sorte em 2015, na próxima regata--teste? Em 2016 nos jogos? Não sei. E me preocupa muito não sabê-lo. E é evidente que é necessário e urgente o maior esforço possível de mitigação do problema (porque solução, nesta altura, é inviável) por parte dos governos. Que as urnas sejam genero-sas com nosso meio ambiente. No entanto, do ponto de vista técnico e da organização o Aquece Rio foi um sucesso. Os cinco campos de regata, dois deles bem para fora da barra, em frente a Copacabana e Niterói,

permitiram disputas técnicas, de qualidade, e com tudo, de CRs a juízes e auxiliares, funcionando muito bem de maneira geral. Ponto para nós. E parabéns ao Waltinho Böddener e suas noites mal dormidas. O outro problema crônico destes jogos sem legado aparente para a vela nacional, as instalações da marina da Glória, deram conta do recado. Mesmo com tudo mon-tado como estruturas provisórias, o imenso espaço do lounge superior e os pátios de barcos eram amplos, funcionais e confor-táveis. Detalhe um “pouquinho” negativo e bastante nojento foi ver e, principalmen-te, sentir o cheiro daquela vala negra que desemboca bem na bacia da marina nas proximidades do píer onde, justamente, se concentravam os botes das delegações estrangeiras. Deu vergoinha. Brava! Mas nada que uma rede coletora não resolva. No fim, o saldo é altamente positivo. Eu, lá no bote de imprensa, responsável pelos insanos coleguinhas das imagens, e acre-dito que todos que trabalharam para que o evento transcorresse da melhor forma pos-sível, saí satisfeito. Os atletas, na sua es-magadora maioria, saíram contentes tam-bém e as críticas, sempre tão necessárias e importantes para o aprimoramento de qual-quer coisa, foram feitas e ouvidas. E espe-ro que sejam levadas em conta por aqueles que tem alguma condição de melhorar a competição de vela olímpica no Rio de Ja-neiro em 2016. Não podemos esmorecer. Há ainda muito por fazer. E vamos torcer! E por falar nisso, para fi-nalizar, os meus parabéns mais orgulhosos e sinceros à dupla Martine Grael e Kahe-na Kunze, nosso único ouro, velejando em casa. Arrebentaram, meninas!! Fui!!

Teria sido lido num hebdomadário de importância editado em cidade de bom porte, situada entre as latitudes 21º e 25º dentre os oito mil e tantos quilômetros de praias límpidas do Salvelindo: nova mari-na, instalando-se em área nobre do litoral X, admite para inicio imediato marinhei-ros vários. A fila de candidatos ia, da porti-nhola vigiada por câmaras, drones e um segurança a la Maguila, até a birosca do Caôro, distância que somava aí coisa de uns oitenta e sete, oitenta e oito passos... O mar, por de trás das luxuosas dependên-cias, aparentemente estava calmo.

- Dá licença moço, eu vim por causa do anúncio... o do jornal. - Inserir folha de rosto. - Sô daqui mesmo do bairro. - Verificando o nome do usuário e a senha. - Sabe que é moço, faz tempo que eu... - Nome do usuário e senha inválidos. - Aqui nessa região pobrinha nossa... - Selecionar sumário e gerenciar fontes bibliográficas - Do quê que se trata exatamente? Eu sei fazer um pouco de tudo, sabe?

- Ajuda do Outlook Express ou mostrar o assistente do Office? - É... bem, escola mesmo eu nunca pas-sei do premero ano do grupo mas... - Definir acesso e padrões do programa. - Desde de piazinho que eu ajudava o velho na lida da pesca... sô bão de remá! - Central de soluções HP: fazendo logo-ff de username. - Tem tempos que o pescado quase que sumiu cá por esses canto. - Layout da Web ou direto para o Hi-perlynk? - Olha moço... o senhor me descurpa mas... - Não é possível estabelecer uma co-nexão. - Mas... mas... Tava no jornal que não precisava de... - Conexões de rede... Barra de tarefas. - Tarefas é comigo mesmo, é só man-dar. - Windows Media player: visualizar impressão. - Peraí seu moço, que eu sou honesto eu garanto. Só não tenho carteira de trabalho. - Salvar como página da Web de arqui-vo único? - Tô achando que num sô o único não... tem uma fila aí ó!... inté o Caôro! - Dados de aplicativos Microsoft.

- Perdão, mas é barco de motor, daque-las lanchinha ou de vela? - Times new Roman ou Arial Ronded MT Bold? - Olha seu moço... Eu vim por causa do anúncio...o do jornal; num falava que precisava de falar ingrêis. - Conectar-se ao computador remoto ou Dropbox? - Não senhor, isto é, não sei, mas... drópi o quê? - Esse programa executou uma opera-ção ilegal e será fechado. - Olha doutor... - Ctrl+ALT+Shift+Del - Precisa francêis também? - O computador a qual você está ten-tando se conectar não responde. Tente no-vamente mais tarde. - Eu...eu... olha... - Todo o conteúdo não salvo será per-dido. - Mas eu ainda nem comecei!!! - Excluir arquivo para a lixeira! - O senhor tá querendo dizer que eu sou... - Próximoooo.

Se você olhar os veleiros pelo litoral bra-sileiro, vai achar basicamente dois tipos: novos e velhos. Por trás da aparente obvie-dade, esconde-se um abismo do mercado náutico brasileiro, e no fundo, nós, consu-midores. De um lado, os veleiros que em geral tem mais de 30 anos e são passados de dono para dono conservados, reforma-dos diversas vezes ao longo de décadas. Do outro lado do abismo os novos, que se dividem em brazucas e importados, estes últimos cada vez mais numerosos. E por um simples fato: acabam saindo quase que pelo mesmo preço que os aqui produzidos, pelo excesso de impostos, falta de mercado e incentivos a que os estaleiros que heroi-camente se propõem a construir, devem su-jeitar-se. Decidido o valor, por alguns pés a menos adquire-se um importado em menos tempo e com uma produção em escala que garante a correção de erros de acabamento e projeto em pouquíssimo tempo, de ma-neira que quando chega às suas mãos já está pra lá de testado.O mercado pífio do Brasil já enterrou muitos estaleiros (a maioria daqueles ve-leiros velhinhos lá do outro lado do nosso abismo e alguns até recentes...), e deixou muita gente sem emprego. Emprego ali-ás que custa ao empresário um absurdo inexplicável pela política trabalhista pater-nalista, cara e surrealista. E nossos gover-nantes estudam a cobrança de IPVA para embarcações! Enquanto isso as iniciativas de escolinhas de vela pelo litoral vivem de esmolas, ao invés de incentivos governa-mentais. E a educação física nas escolas litorâneas continuará a ser a bola de fute-bol por muitos e muitos anos ainda. Nossos campeões continuarão vindos de uma elite que pode ter e manter um barco às próprias expensas. Para comparar, vamos lembrar um pouco da entrevista que fizemos com Tom Touber (Volvo Ocean Race) na edição anterior: “Hoje na Holanda há mais de um milhão de barcos e mesmo para as crian-ças a vela é um esporte nacional. Mais da metade das crianças menores de 16 anos passa pelo menos uma vez na vida por um acampamento de vela, treinados e com muita diversão com seus amigos. Devido a existência da vela nos muitos clubes, ela não é um esporte de elite, mas é acessível para a maioria das pessoas. Isto resultou em uma forte indústria naval”. Entendeu a profundidade do abismo?

Ricardo Amatucci - Editor

No abismo

Aquece Rio

“Acabo de ler a estória na coluna do Hé-lio Viana, como sempre, muito bem escri-ta. Mas essa, fez com que eu revivesse os maravilhosos dias que, por algumas vezes, curti com ele naquela região e com aquelas pessoas. Que gostoso!”

Fernando Kwasnicka – Ilhabela/SP

“Queremos agradecer a valiosa colabora-ção deste importante meio de comunicação no apoio à vela. Será um bom incentivo para a vela e clubes na Guarapiranga. Bons ventos.”

Sergio Utagawa - São Paulo

Foto da capa

A foto desta edição é de Ricardo Amatucci e mostra a cauda de uma baleia jubarte nas imediações de Abrolhos (BA).

“Parabéns pelo esforço que tem feito para divulgar a vela no Brasil!”

Ronaldo Coelho – Veleiro Feitiço - SP

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UM GIRO PELA COSTAAs principais notícias de Sul a Norte. O que acontece nos polos náuticos.

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Rio Grande do Sul

A tripulação do barco Bossa Nova formada por George Nehm, Marcos Pinto Ribeiro e Lúcio Pinto Ribeiro venceu o Troféu Ami-zade da classe Soling realizado no Velei-ros do Sul em Porto Alegre, no início de agosto. Em segundo lugar o Don’t Let Me Down, com Cícero Hartmann, Flávio Que-vedo e André Renard e terceiro para El De-molidor, com Kadú Bergenthal, Eduardo Cavalli e Renan Oliveira. A edição deste ano do Troféu Amizade levou também o nome de Freundschafts Preis, em comemo-ração aos 190 anos da Imigração Alemã no Brasil. A premiação foi realizada no início da noite no salão social do Clube com a presença da Comodoria, do presidente do Conselho Deliberativo, Newton Aerts, re-presentantes da Comissão Executiva das Comemorações dos 190 anos da Imigração Alemã no Brasil, Silvio Aloysio Rocken-bach, Hans Peter Gerwy, representante da Delegacia da Capitania dos Portos em Por-to Alegre, capitão-tenente Darcy Dalbon, presidente da Associação das Federações Esportivas do RS, Nelson Ilha, vice-presi-dente da FEVERS, Paulo Ruano, comodo-ro do Iate Clube Guaíba, Vanderlei Valdir Wacholz.

Ricardo Padebos - VDS

Hélio Viana é cruzeirista de carteirinha, mora a bordo do MaraCatu, leva a vida ao sabor dos ventos e mantém o maracatublog.com

Umas eOutras

Por Hélio Viana

Histórias de um navegante im re isp c o

Eu sempre tive curiosidade de saber o que acontece depois com quem realiza A Via-gem dos sonhos. Uma resposta original veio da boca do baiano Cristiano Rolim, que deu a volta ao mundo no B&B 36´ Vagabond, bem relax, com muitas festas e nenhum Radar, AIS ou SSB: rapaz, since-ramente eu não sei, acho que vou estudar filosofia.Confesso que tive um choque quando Egle e Ivan Perdigão anunciaram a venda do Taai-Fung II, o Samoa 29’ construído no grupo autodenominado Sindicato Ajurica-ba - quando nos juntamos para fazer oito barcos projetados por Roberto Cabinho Barros. Depois de cruzeirar em flotilha co-migo entre São Francisco do Sul e Natal e morar a bordo por três anos, os Perdigões resolveram voar mais alto. Agora viajam de avião! Na época Ivan contou que não houve nada extraordinário por trás da deci-são, apenas que o barco estava sendo pou-co usado. O mesmo motivo levou Vilmar e Gina Brás a venderem o Jornal, também irmão gêmeo do MaraCatu. O casal deu a volta ao mundo em quatro anos e meio e na volta fundou a ONG Associação Náu-tica de Itajaí – ANI, a escola do mar para jovens que é referência em inclusão social, educação ambiental e cultura náutica.Já Marçal e Eneida Ceccon venderam o Rapunzel, um Dinieper de aço de 43 pés, e se embrenharam no mato. Decisão difí-cil para quem construiu seu barco e viveu 21 anos a bordo. Marçal conta tudo lá no blog (http://wp.me/p9E59-1HC) e eu tomo a liberdade de resumir aqui pra fazer caber nesse espaço. Hoje eles moram numa casi-nha de madeira que mais parece um barco, na beira da represa de Igaratá-SP. O correio não chega lá, não tem CEP, nem sinal de telefone ou internet. “É quase como morar na Ilha da Cotia”. Marçal logo descobriu que “grama é a craca de quem mora em uma chácara, menos mal que não precisa cortar ela em apneia!”, então, pra ocupar as mãos, está restaurando um Dodge M37, jipão 4X4 da guerra da Coréia. O casal mu-dou de offshore pra off road! O curioso é que nos últimos anos a bordo eles perce-beram que a liberdade desse estilo de vida faz com que se deixe de curtir certas coisas que depois se tornam importantes. A vida a bordo é um barato, mas o barco é um compromisso natural que limita a partici-pação na vida familiar, as oportunidades, os interesses. Como ele anteviu em 2007, na legenda de uma foto do seu livro Um Giro Pelo Atlântico: Que liberdade é essa, que aprisiona a alma? Quando saíram para o mar em 1991 eles já sabiam até quan-do ficariam a bordo: enquanto houvesse a perspectiva de viajar. “Não fazia sentido viver em um barco só por ser diferente ou exótico, barcos são para viajar”.É a síntese de tudo. De que adianta morar a bordo se o barco não sai do porto? Eu não sei por você, mas o que tenho a fa-zer agora é tirar a bunda dessa cadeira, dar umas demãos de tinta anti-incrustante no MaraCatu e sair pra velejar.

Que liberdade é essa, que aprisiona a alma?

Guarapiranga - SP

Brasília - DF

Soling no VDSIniciou em setembro o Curso Optimist I, que tem como principal objetivo a inicia-ção à vela para crianças de 8 a 14 anos que querem aprender a velejar de uma forma divertida e segura com o barco da classe Optimist. A iniciativa é do setor de vela do Clube dos Jangadeiros, celeiro de campe-ões do Opt. “Abordamos assuntos como as partes do casco e da vela, direções do vento, montagem do barco, nós básicos, manobras, formas de velejar (ênfase em través), saída e chegada à rampa, virada e desvirada”, destaca a instrutora Carol Boe-ning. As aulas acontecem próximas da ilha do clube, sempre com o acompanhamento de um instrutor com um bote a motor.

Foi realizada pela Flotilha 516 da Clas-se Snipe de Brasília nos dias 16 e 17/8, a 11ª Taça Xangô, em homenagem ao Sócio Fundador e Velejador do Iate Clube de Brasília, Álvaro Sampaio. Sampaio incen-tivou a classe Snipe na cidade de Brasília e principalmente no Iate Clube.

Depois de acirrada disputa entre Alexandre De Carlos Back / Rogério Capella (Chapa Navegar) e Denisson Moura de Freitas / Maneca Alves (Chapa Mar Azul), Back foi eleito para o próximo mandato 2014-2016. Essa eleição – realizada no dia 16 de agos-to - destacou-se pela grande mobilização dos associados pró Navegar, muitos deles viajando de longe para Santa Catarina para participar da eleição. O esforço deu certo. Foram 419 votos no total, sendo 224 para a Chapa Navegar e 192 para a Chapa Mar Azul (dois nulos e um em branco) com apenas 32 votos de diferença para Back. A nova gestão assumiu a Comodoria dia 01 de setembro. Bons Ventos!

Santa Catarina

Dia 09 de agosto de 2014 foi um dia ímpar na história do Yacht Club Itaupu. As comemorações do 80º aniversário do clube iniciaram às 10h. A Marinha do Brasil, sob o comando do Capitão-de-Fragata Daniel Américo Rosa Menezes, esteve presente com um destaca-mento de oficiais e marinheiros liderando a cerimônia de hasteamento das bandeiras do Brasil, do Estado de São Paulo, do Ya-cht Club Itaupu e da Itália.

Em seguida foram recepcionados ex-Co-modoros e diretores com um café da ma-nhã.A regata comemorativa de aniversário teve início às 13:20h com a participação de 110 embarcações com a linha de largada em frente ao Itaupu. No momento da largada dois helicópteros da Marinha do Brasil sobrevoaram a raia, engrandecendo o evento com a distinta ho-menagem do Comandante do 8º Distrito Naval, Vice-Almirante Liseo Zampronio.A regata foi documentada por filmagem através de um drone, feito pioneiro em re-gatas na Represa de Guarapiranga. Após o encerramento da regata foi servida

a tradicional macarronada a todos os parti-cipantes e convidados. Às 17h teve início a cerimônia de premia-ção com a entrega da caneca comemorativa aos comandantes classificados nas três pri-meiras posições de cada classe juntamente com o fita azul. O Sr. Hans Ludwig, Comodoro do São Paulo Yacht Club entregou uma placa co-memorativa em homenagem ao Itaupu. O Fita Azul foi o Tornado BRA52 do Co-mandante Tomas Hofmeister. Nossos parabéns ao prestigioso clube e seus diretores e associados!

Itaupu: 80 anosUm dos mais tradicionais clubes

paulistas da Represa Guarapiranga comemorou seus 80 anos com uma grande regata. Teve até helicóptero.

Rio de Janeiro

Nos dias 19 a 21 foi realizada a Búzios Sailing Week Monotipos, organizada pela FEVERJ e pelo Iate Clube Armação de Búzios.O evento contou com velejadores das clas-ses Optimist (ranking carioca), 420 e Laser Radial. Tiago Quevedo e Gabriel Lopes, ambos do Veleiros do Sul (RS) travaram uma acirra-da disputa pelo primeiro lugar mas Tiago Quevedo levou a medalha de ouro.Em terceiro lugar ficou Clara Penteado (ICRJ). Nicolas Bernal, do Yacht Club Santo Amaro (SP), ficou em 1º lugar na categoria veterano infantil e Pedro Cotrim (ICRJ), 1º lugar na categoria veterano mi-rim. (Volnys Bernal)

Opt Jangadeiros Eleição no ICSC

Tiago Quevedo leva o ouro em Búzios

Búzios

Back é o novo Comodoro do ICSC

110 embarcações na festa do Itaupu

Com a presença da Marinha do Brasil

Muita festa e homenagens no final

Bossa Nova vence o Troféu Amizade

Salvamar é o nome pelo qual é conheci-do o Serviço de Busca e Salvamento da Marinha. Sua missão é prestar socorro ao navegante em apuros, atendendo as emer-gências relacionadas à salvaguarda da vida humana no mar. Embarcação à deriva, apoio aos tripulantes, resgate; naufrágio com tripulação desembarcada para balsa, “homem ao mar”; doentes a bordo ou em-barcações desaparecidas, são as principais missões do Salvamar. Os alertas ocorrem por telefone (185 ou 0800-2856158) ou por meio da Rede Nacional de Estações Costeiras (RENEC) da Embratel, que ope-ra em VHF e HF e retransmite as emer-gências. Os telefones por região estão no site http://www.mar.mil.br/salvamarbrasil/contatos.html. Que tal ter a bordo?

Salvamar: anote!

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AGuarapiranga - SP Santos - SP

Palestra no CIR

O Circuito Guarapiranga é uma compe-tição de veleiros organizada pelos clubes ASBAC, ITAUPU; Clube de Campo do Castelo e Clube de Campo São Paulo. É realizado ao longo do ano e o objetivo principal é a diversão e confraternização entre velejadores. Promovida entre os me-ses de fevereiro a novembro, a competição é apoiada pela FEVESP, pelo Almanáutica que divulga as competições, e é realizada sempre na represa de Guarapiranga. O Cir-cuito tem a intenção de congregar a todos, sejam velejadores de cruzeiro, regateiros, os que possuem barcos de competição, os iniciantes e velejadores mais experientes e consagrados. Cada etapa é organizada por um dos qua-tro clubes e após cada regata, a autoridade organizadora oferece uma pequena festa de confraternização quando são anunciados os resultados da regata e é feita a entrega das medalhas. São premiados os três primeiros colocados de cada grupo e os dez primeiros colocados na classificação geral. Os barcos são categorizados em quatro grupos:

Grupo 1 - Barcos Cabinados até 16 pés - (Marreco, Tahiti, Caribe, Boto, Paturi)Grupo 2 - Barcos Cabinados acima de 16 pés (Velamar 24, Gaivota 23, Velamar 27, Brasília 27, Brasília 23, Oday 23, Bruma 19, Rio 20, Atoll 23, Cruiser 23, Voyage 23, Velamar 18, Tchê 17, Delta 17, New-port 25, Pomar 5.5, Flash 205, Ranger 22, Velamar 22, Poli 19, Skipper 21, Microton-

ner 19, Delta 21, FAST 230, Flash 195, Sailor 19)Grupo 3 - Barcos multicasco (Hobie Cat 14, Hobie Cat 16, Hobie Cat 21, A-Class, Super Cat 17, Tom Race, Tornado)Grupo 4 - Monotipos, (Laser, Olímpico, Snipe, 470, 420, Holder 12, Dingue, 49, 29, Lightining, Star, Finn, Sharpie 12M, Day Sailer, Flash 13,5 e Flash 16,5, Eu-ropa, 2.4)

Barcos não mencionados podem com-petir, mas são analisados e classificados pela Comissão Técnica. Barcos de outros Clubes e Entidades náuticas da represa são amplamente convidados a participar.

Ao final do ano após apuração da pontu-ação de todas as etapas, serão anunciados os vencedores anuais do torneio em cada classe e na classificação geral. Nesta oca-sião o clube ASBAC oferecerá premiação aos vencedores do torneio (do 1º ao 3º em cada classe e do 1º ao 10º na geral), além da premiação normal da etapa.Um dos grandes desafios da comissão or-

ganizadora é estipular um sistema de Ra-ting unificado para uma gama de barcos tão diversa, porque apesar de seu caráter de recreação e confraternização, o Circuito Guarapiranga pretende congregar as di-versas classes num sistema de classifica-ção que seja ao mesmo tempo justo e que promova igualdade entre todos os tipos de embarcação, desde os barcos mais lentos até aos velozes catamarãs, proporcionan-do oportunidade de boas classificações a todos.Neste primeiro ano, a comissão optou por um mix entre os sistemas RGS e Ports-mounth com adaptações para acomodar e equalizar os barcos menores, típicos da represa, e também os barcos paralímpicos (da ONG – Superação) sediados no AS-BAC. Em cada etapa, é cobrada uma taxa de inscrição de R$ 20,00 por tripulante, respeitado o limite de tripulantes de cada classe. A taxa é paga ao clube organizador do evento e seu objetivo é cobrir parte dos custos da competição.

As inscrições podem ser feitas online con-forme as instruções emitidas, ou então na secretaria do clube organizador da etapa.Confira o calendário para 2014:

Data Clube Tipo de Regata

15/02 ASBAC Percurso29/03 CCSP Barla-Sota17/05 ITAUPÚ Percurso28/06 CASTELO Barla-Sota23/08 CCSP Percurso13/09 ITAUPÚ Barla-Sota25/10 CASTELO Barla-Sota22/11 ASBAC Percurso

Venha você também participar!

Eduardo Ribeiro – ASBAC

Veleiros de quatro clubes e convidados disputam as etapas do Circuito 2014

Velamar 27 e demais: Rating ajustado

FEVESP apoia mais essa realização

Circuito Guarapirangapega fogo em 2014

Organizado pelos principais clubes da represa, este ano as competições

estão superando as expectativas

O Clube Internacional de Regatas de San-tos realizou uma programação aberta ao público no final de agosto. A programação incluiu brechó náutico, duas palestras e um “queijo e vinho” para encerrar a programa-ção. Na primeira palestra, Volnys Bernal falou sobre a navegação pelo Lagamar, com as belezas e os desafios da navegação pela região que engloba a Ilha Comprida, Ilha do Cardoso, Ilha do Superagui, Baia dos Pinheiros, Ilha das Peças, Baia das La-ranjeiras, Ilha do Mel e Baia de Paranaguá. Depois foi a vez do casal Philippe Gouffon e Frederique Grassi, que contaram como foram os preparativos e a navegação de ida e volta à Cidade do Cabo em dezembro e janeiro passado, num veleiro velamar 32. A Sede Náutica do Clube Internacional de Regatas fica localizada na Praia Nossa Senhora dos Navegantes, mais conhecida como Pouca Farinha, no Guarujá, junto ao canal portuário de Santos. O acesso é feito por barca do clube (gratuita) a partir do Pier Edgard Perdigão (pier dos passeios de escuna) em Santos, a cada 30 minutos. Parabéns aos organizadores dessa impor-tante iniciativa para a divulgação da vela no clube!

Terminado o Aquece Rio International Sailing Regatta - o primeiro evento teste para as Olimpíadas Rio 2016, o saldo bra-sileiro foi apenas razoável. Após sete dias de competições para as dez classes olímpi-cas o Brasil acabou com sete barcos entre os dez primeiros. A dupla que já lidera o ranking mundial, Martine Grael e Kahena Kunze na classe 49er FX obteve o melhor resultado. “Pra mim foi um campeonato de altos e baixos, os primeiros dias foram um pouco irregulares, depois consegui melho-rar. Fiquei um pouco decepcionado, mas tiro boas lições da competição”, comentou Robert Scheidt. O Brasil não teve repre-sentantes nas medal races de Laser Radial e 470 masculino. Pelos critérios da CBVela para a selecionar a equipe que vai disputar os Jogos do Rio 2016, 15 atletas das dez classes olímpicas entrarão no time por in-dicação do Conselho Técnico.

Confira o resultado da equipe brasileira:

FX1º Martine Grael e Kahena Kunze10º Juliana Senfft e Gabriela Nicolino49er9º Marco Grael e Gabriel Borges14º Dante Bianchi e Thomas LowbeerLaser4º Robert Scheidt12º Bruno FontesRadial19º Maria Cristina Boabaid24º Fernanda DecnopFinn4º Jorge Zarif17º Bruno PradaRS:X Masc6º Ricardo Santos20º Albert CarvalhoRS:X Fem7º Patricia Freitas19º Bruna Martinelli470 Fem5º Fernanda Oliveira e Ana Barbachan6º Renata Decnop e Isabel Swan470 Masc14º Henrique Haddad e Bruno Bethlem20º Geison Mendes e Gustavo ThiessenNacra13º Samuel Albrecht e Geórgia Rodrigues16º Clinio de Freitas e Claudia Swan

Aquece RioRio de Janeiro

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5Ilhabela - SP

São Paulo - interior

Disputada neste ano por 130 barcos, a Ilhabela Sailing Week já tem data marcada para 2015: entre os dias 4 e 11 de julho. A 41ª edição da Ilhabela Sailing Week trouxe meda-lhistas olímpicos e campeões mundiais de diversas classes às raias de Ilhabela. Torben e Lars Grael, Bruno Prada, Reinaldo Conrad, Maurício Santa Cruz, André Fonseca, o ar-gentino Santiago Lange ajudaram a elevar o nível da competição. A festa foi considerada a melhor da história das 41 edições da Ilhabela Sailing Week pela organização. A banda tocou mais de três horas, com um repertório baseado em sucessos do rock dos anos 70, 80 e 90. O público não queria permitir que o show terminasse e a melhor definição foi do tripulante do BL3 Urca, o engenheiro civil Osvaldo Ferraz: “Parecia aquela festa de formatura do colégio em que ninguém queria que acabasse e todos se confraternizavam no fim, entre alegres e tristes, porque não se encontrariam diariamente a partir do dia seguinte”. Esta edição também teve um importante apoio da Prefeitura que montou uma das melhores programações culturais dos últimos anos, com shows do Ira, Zeca Baleiro e Arnaldo Antunes, entre outros. Segundo dados da secretaria de turismo de Ilhabela, a Ilhabela Sailing Week contribuiu para que cinco mil pessoas estivessem na cidade du-rante o evento. “Nossa pousada (a Armação dos Ventos) estava com 95% de ocupação e a escola de vela BL3 trabalhou com 100%, tanto que tivemos dois barcos competindo com tripulação completa. Para melhorar ainda mais, fomos campeões na classe RGS--Cruiser”, explicou Pedro Rodrigues, parceiro do Almanáutica.

Campeões da 41ª ISWS40 – Pajero (Sérgio Rocha)

C30 – Zeus (Inacio Vandresen)HPE – Ginga (Breno Chvaicer)

ORC A – Seu Tatá (Paulo Cesar Haddad)ORC B – Lucky V (Ralph de Vasconcellos Rosa)

ORC C -Bravísismo 4 (Ian Muniz)ORC Geral – Seu Tatá (Paulo Cesar Haddad)

IRC – Rudá (Guilherme Hernandes)RGS A – Montecristo (Julio Cechetto)

RGS B – Total Balance (Sérgio Klepacz)RGS C – Azulão (Marcelo Polonio)

RGS Cruiser – BL3 (Clauberto Andrade)RGS Geral – Azulão (Marcelo Polonio)

Por equipes – Escola Naval (Bijupirá/Breklé/Dourado/Quiricomba)Sul-Americano de Star – Lars Grael/Samuel Gonçalves

Sul-Americano de ORC 500 – Seu Tatá (Paulo César Haddad)Sul-Americano de ORC 600 – Orson (Carlos Eduardo Souza e Silva)

A Comodoria do Cabanga Iate Clube de Pernambuco, representados pelo diretor de Vela de Oceano, João Jungmann, e pelo Comodoro Marcos Medeiros (na foto do site do clube, de camisa vermelha), apresentou à Marinha o projeto de ampliação da área de atracação da sede Recife. O encontro, realizado na última sexta-feira (1º de agosto), no Restaurante Azú, contou com a presença do capitão-de-Mar-e-Guerra da Capitania dos Portos de Pernambuco, Lázaro Dias, do capitão de Fragata, Araújo, do capitão de Cor-veta, Dário, além da Tenente Helenilde. Durante o encontro, o comandante da Capitania dos Portos de Pernambuco conheceu detalhes do projeto, que resultará na criação de uma dársena com mais de 174 vagas. “Nos próximos dias estaremos enviando oficialmente o projeto à Capitania dos Portos”, anunciou Marcos Medeiros. Já era hora. Aliás, passou... Este importante clube – não só pela Refeno, mas pela importância estratégica de sua localização para a navegação costeira e das travessias além dos visitantes estrangeiros - precisa não só dessa ampliação, como da dragagem para aumentar o calado que impede veleiros maiores de entrarem ou saírem em marés baixas. Um absurdo que tem sido pro-telado pelas ditas autoridades ambientais, como se a dragagem do local fosse prejudicar algum tipo de bioma ou vida marinha, inexistente pela poluição que há anos atinge toda a cidade do Recife. Nossos parabéns pelo feito ao competente Marcos Medeiros que faz um belo trabalho há muitos anos à frente da Refeno e do Cabanga.

Recife - PE

No último final de semana de agosto foi re-alizada a 1ª Regata Clube Água Nova , para a inauguração de seu novo – e primeiro - píer flutuante. O Clube de Campo e Náuti-ca Água Nova foi fundado em de maio de 1950, às margens do rio Tietê, com o nome de Clube de Caça e Pesca Água Nova. Em dezembro de 1966, o Água Nova mudou--se para uma área de 12 hectares que hoje ocupa, às margens da Represa de Barra Bonita, no município de São Manuel. A programação incluiu além da regata festiva no sábado, um jantar, uma palestra abor-dando diversos temas relacionados à nave-gação e vela. No domingo um Match Race por Classes. Uma diversão! Depois, claro,

as premiações para todas as classes. Para segurança e estrutura da Comissão de Re-gatas foram colocadas duas lanchas, uma para controle da linha de largada e chegada e outra na bóia para controle de passagem. E em caso de desistência ou risco aos par-

Clube de Campo Água Novainaugura pier flutuante

ticipantes, uma das lanchas estava lá para o resgate. Parabéns ao Água Nova e à ini-ciativa dos velejadores e da diretoria. O interior precisa desse tipo de atitude para incrementar a vela!

Clube fundado no rio Tietê por adeptos da caça e da pesca em 1950, inaugura agora seu pontão flutuante

Novo pontão flutuante após 64 anos

Cabanga deve ampliar área

Marcos Medeiros apresenta o projeto à Marinha do Brasil: Ampliação à vista

De 16 a 28 de agosto aconteceu em Nan-jing (ou Nanquim em português), China, os Jogos Olímpicos da Juventude. O Brasil foi representado por Maria Hackerott, técnica da delegação vela e pelos atletas Natascha dos Santos Boddener, Pedro Luiz Marcon-des Correa e Daniel Rocha Pereira. Daniel Pereira (Búzios Vela Clube) tem 14 anos e teve o primeiro contato - e treina - no projeto social do velejador olímpico Ricardo Winicki, o Bimba. Ele conquistou a vaga para a China no Campeonato Sul--Americano, na Argentina quando enfren-tou 40 velejadores. Natascha é do Naval Charitas, em Niterói e apesar de velejar, também gosta de jogar futsal e futebol na escola. No primeiro ano do ensino médio, “penso em fazer medicina”, contou. “Sou muito detalhista e adoro ficar testando as regulagens do barco e sei lidar bem com vento fraco”. Já Pedro Luiz (YCSA), que é treinado por Adriana Kostiw, assegurou a vaga na Represa Guarapiranga, ao conquis-

tar o título do Campeonato Sul-americano de Byte. Se falar de música ele é direto: “Eletrônica. Mas curto quase tudo, menos pagode e funk”. Com 16 anos, encara sua última competição na Byte CII. Depois dos Jogos Olímpicos da Juventude, o bra-sileiro migrará para a classe 420, fazendo uma transição para chegar à 470, que é uma Classe Olímpica. No encerramento da competição, nossos representantes ficaram fora do pódio. Pouco quer dizer em termos de vela. Na classe Byte CII masculina, Pe-dro Correa chegou a ficar em segundo até a última regata, quando acabou em 14º. Ter-minou em sexto. Na Byte feminina, Natas-cha Bodenner ficou em 29º na regata final e terminou sua participação em 17º lugar. Daniel Pereira foi o 11º na regata final e 12º no geral da Tecno293/Windsurfe.

Jogos Olímpicos da Juventude

Daniel Pereira foi o 12º na geral Tecno

Ilhabela Sailing Week 2014

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AQual o melhor veleiro

para um iniciante?

Localizada no coração de Salvador, ao lado do Mercado Modelo e em frente ao Eleva-dor Lacerda, a Marina do Terminal Turís-tico Náutico da Bahia - TTNB está numa fase de renovação sob a administração da Socicam Náutica e Turismo, desde setem-bro de 2013.Responsável por gerir mais de 120 termi-nais de passageiros no território brasileiro, a Socicam assumiu o TTNB com o obje-tivo de incrementar a prestação de servi-ço de transporte hidroviário e de turismo e, especialmente, com o compromisso de contribuir com a qualificação do segmento náutico de esporte e lazer na Bahia.Reconhecida pelos velejadores e amantes do mar como um porto seguro na Baía de Todos os Santos, a Marina do TTNB fez história na náutica, quando recepcionou grandes regatas nacionais e internacionais, contribuindo para a expansão desse seg-mento no Brasil.Ciente da importância da Marina, a Soci-cam vem envidando esforços para dotá-la de maior disponibilidade de vagas e exce-lência na prestação do serviço.

Terminal Turístico Náutico: Vida nova

Bahia

Socicam, atual administradora do antigo “Tenab” dá vida nova ao Terminal Turístico e Náutico em Salvador, que agora é TTNAB

Dentre as melhorias que já podem ser conferidas, nota-se o cuidado com as ins-talações em terra, vestiários, varanda e estacionamento; a reforma de dois píeres; a implantação de vigilância 24 horas, com circuitos de CFTV; a disponibilização de reservas on-line; o oferecimento de ser-viços de pequenos reparos e assistência técnica para as embarcações; a realização de gestão integrada com software customi-zado; e a criação de um site para o TTNB www.socicamnauticaeturismo.com.br.Para os próximos meses, há a previsão de investimento de mais de três milhões de reais da Socicam no TTNB, que inclui re-forma e modernização do antigo terminal de passageiros de transporte hidroviário e ampliação da Marina para um número de 120 vagas, com a instalação de um bar e restaurante panorâmico.A administradora também vem retomando o relacionamento com os eventos náuticos na Bahia. Já em Julho deste ano, numa parceria com a ABVC, recepcionou os ve-lejadores da 7ª Edição do Cruzeiro Costa Leste que navegaram do Rio de Janeiro--RJ a Salvador-BA. E em junho recebeu o navegador português, Ricardo Diniz, que navegou de Lisboa a Salvador para home-nagear a seleção de futebol de Portugal na Copa do Mundo 2014.

Novo TTNAB: Reformado e bem melhor

“Qual o melhor veleiro para um inician-te?”Como instrutor de vela oceânica essa é a mesma pergunta que meus alunos me fazem com muita frequencia. Nesse mo-mento assumo meu lado advogado (mi-nha outra profissão - risos) e lembro que a maioria das respostas certas começa com um “depende”... Parece em um primeiro momento que es-tou fugindo pela tangente, mas não é bem assim. O melhor veleiro, para qualquer pessoa, é aquele que você pode comprar, manter e usar. Se algum desses elementos não estiver presente o barco com toda a certeza não será um bom barco para você. Então, tudo depende. É melhor um dingue que vai para a água toda semana do que um Bavaria super equipado abandonado por falta de recursos para mantê-lo ou de tempo para usá-lo.

Fizemos essa pergunta ao nosso parceiro, Juca, proprietário de um Classe Brasil, e que dá aulas de vela para iniciantes na escola “Cusco Baldoso”

O melhor veleiro é o que você usa...Da mesma forma é preferível esperar um pouco e capitalizar para comprar um ve-leiro maior que o leve com algum conforto para aquele final de semana em família do que forçar a esposa a encarar um veleiro mais esportivo, que não seja compatível com o perfil dela. Dessa forma, respon-dendo à pergunta, o melhor barco depen-de de quanto você está disposto a pagar; quanto gastará para mantê-lo e quando poderá usá-lo. Tudo tem que estar ao al-

cance da mão, como em um bom cockpit. Um fator que entra nessa equação, para os iniciantes, é velejar antes – seja no barco do amigo, seja fazendo um charter na Ilha Grande, um curso de vela ou participar como tripulante de uma regata. O melhor dos mundos, aliás, é aliar um pouco de cada uma dessas coisas e conhecer mais de um barco, de mais de um tamanho, em mais de um lugar. Meus alunos Cassio e Christiane, por exemplo, começaram com um Daysailer na represa de Guarapiranga e passado cerca de um ano, compraram

um Fast 345, hoje em Ubatuba. É um ca-minho, mas existem outros. O meu aluno Celso Antunes, antes de comprar um Atoll 23 participou do cruzeiro que a ABVC or-ganiza no Rio Tietê e de quebra, além de velejar, fez muitos amigos. O Marcello Yesca veio ao curso aprimorar seus conhe-cimentos, trouxe a esposa Fernanda e aca-bou convencendo-a a comprar um 27 pés.Aliás, marido inteligente que quer con-vencer a esposa a embarcar nessa – literal-mente – sempre a leva para velejar antes com alguém mais experiente, fica a dica! Um veleiro é mais do que um meio de transporte e velejar, mais do que um es-porte, é um meio de vida. Velejar tem que ser divertido, em qualquer situação. Se não estiver sendo, há algo de errado. E vamos no pano mesmo!

O Day Sailer acabou virando um Fast 345

Juca é parceiro do Almanáutica e dá aulas de vela. Veja o anúncio na página 05

Na web: “A Bordo” Programa de rádio

Apresentado por Everton Fróes, Marcelo Fróes e Julival Góes, o programa de rádio “A Bordo” vai ao ar todos os domingos, das 10 às 11 horas pela rádio Metrópole de Salvador, (101.3 FM). E o melhor, pode ser ouvido ao vivo pelo site da rádio que fica em radiometropole.com.br ou www.metro1.com.br (no menu da direita abaixo do banner de publicida-de). Trazendo os mais variados assuntos da náutica e - claro – as notícias locais, “A Bordo” é um dos poucos programas de rá-dio brasileiros dedicados à náutica.Na programação, notícias da Baía de Todos os Santos, dos clubes náuticos e marinas apresentando as atividades, tendências e projetos da área governamental, meio am-biente, além de curiosidades, classificados e até sorteios. Se você quiser participar ligue para a rádio (71) 3505-5000 ou mande um email para [email protected]

Lembre-se que sua participação com o contato, sugestões, críticas ou elogios nos meios de comunicação que divulgam a vela e a náutica, é a melhor maneira de ajudá-los em seu trabalho. Participe!O Programa “A Bordo” tem como colabo-radores a Fundação Baía Viva, Marina e Estaleiro Aratu, Marina Boat, Sanave a So-cicam - Náutica e Turismo, Marina Jacob Adventure e a Campomar Náutica.

Everton Fróes comanda o “A Bordo”

A sexta edição da Regata do Pigão (apeli-do do organizador Murilo, do veleiro Filho do Vento) acontece em Paraty em setembro (dia 20) nas proximidades da Ilha Rasa. Como sempre, depois da regata muita con-fraternização, pizza, sorteio de brindes e entrega dos troféus. As embarcações serão divididas em 3 classes definidas por tama-nho: até 30 pés; de 31 a 38 e acima de 38 pés. A competição acontece com apoio do Jornal Almanáutica, da ABVC e do Institu-to Náutico de Paraty.

ParatyRegata do Pigão

A regata que agita Paraty em setembro

Analisando as metodologias de ensino atualmente utilizadas pelas escolas, sabe--se que há muito a ser melhorado. Pode-se dar maior significância àquilo que se está aprendendo, utilizar atividades práticas para complementar as teorias ensinadas, vivenciar a teoria como forma de assimila-ção da matéria dada, promover um diálogo maior entre professor e aluno, desenvolver a crítica e o questionamento despertan-do assim a curiosidade e o interesse dos alunos sobre os temas. Ao contrário de simplesmente “despejar” nos alunos uma quantidade de informações que talvez não tenha muita utilidade na vida prática, o ideal seria formar melhores cidadãos, que sejam críticos, que saibam utilizar o conhecimento adquirido na transformação para uma sociedade melhor.O ensino do velejar na aula de educação física, pode ser utilizado como ferramenta multidisciplinar utilizando diversas abor-dagens do ensino da Educação Física como por exemplo no desenvolvimento motor e cognitivo, locomoção e estabilização, re-sistência muscular, entre outros. Também pode ser utilizado a abordagem cultural, na qual o professor pode contextualizar a aula com temas que fazem parte da re-alidade sócio-histórica dos alunos fazendo uma ponte entre outras matérias escolares

como física, geografia, biologia, história, agregando assim um caráter multidiscipli-nar para a aula de Educação Física. Por atuar principalmente em um ambiente fora da sala de aula, os alunos tem a opor-tunidade de experimentar conceitos da físi-ca e da mecânica (propulsão da embarca-ção), entender como se formam os ventos, as análises meteorológicas, e a influência do clima e topografia no regime de ventos, que é a força motriz principal de um bar-co a vela. Como os astros, também a tri-gonometria e a geometria são ferramentas fundamentais para a navegação. Perceber os problemas urbanos de infraestrutura, que provocam a poluição das águas e orlas, fruto do crescimento desordenado das ci-dades. Observar a fauna, flora e o meio am-biente no entorno das águas e da orla, e até a história do desenvolvimento geopolítico utilizando a navegação. O aluno através desta vivência poderá ter uma visão mais sistêmica de como utilizar os conhecimen-tos adquiridos nas aulas de educação física na resolução de problemas do dia a dia, na qualificação para o desenvolvimento de uma nova carreira, bem como a valoriza-ção do trabalho em equipe e o relaciona-mento social.

Vela e Educação Física (parte I)

Peter Thomas Comber é Professor e instrutor de vela (Dick Sail) e fala sobre a modalidade como ensino nas escolas

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7MeteorologiaOceanografia

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Luciano Guerra, é especialista em meteorologia pela UFF/RJ e trabalha com modelos meteoro-lógicos no Operador Nacional do Sistema Elé-trico ONS.

Bem vindos a bordo novamente caros ami-gos nautas. Este é um artigo muito espe-cial para mim e, espero que para os leitores também, porque fala de algo extremamente importante para nós navegadores, e aborda diversos aspectos de um produto “brasilei-ríssimo”.Grande parte das ferramentas de previsão de tempo que utilizamos, são baseadas em cálculos realizados por modelos matemá-ticos complexos, no entanto nem sempre um modelo ou ferramenta escolhida é a mais adequada para determinada região de interesse do navegador. Em alguns casos sua resolução coloca ainda mais em risco a busca pela informação desejada. E o quê escolher? Qual escolher? Primeiramente é importante entender que existem modelos regionais de curto prazo e modelos globais. Para a navegação de fi-nal de semana ou navegação costeira curta, que é a mais prati-cada pela maioria de nós, escolhe-remos sempre os modelos regionais de curto prazo. E mesmo depois desta escolha uma pergunta ainda persiste. Qual mo-delo regional es-colher? Antes de decidirmos qual o modelo mais adequado para a nossa segurança, farei um pequeno parêntese. Sem-pre busco escre-ver meus textos e artigos de for-ma atemporal, mas me deparei com um desafio: como escrever de forma atemporal sobre algo cujo tempo é a vari-ável de maior peso? Modelos matemáticos evoluem ao longo do tempo e assim como nós, adquirem inteligência. Eles tem alma. E quê alma! Enfim. Escolheremos a partir de agora o BRAMS (modelo matemático de domínio do CPTEC). Inicialmente sua resolução era

de 20 km x 20 km e, após um excelente trabalho realizado por matemáticos, meteo-rologistas e cientistas do CPTEC em 2013, entrou em produção o BRAMS 5.0 cuja resolução é de 5 km x 5 km, fazendo com que uma previsão para a Baía de Todos os Santos, Baía de Guanabara ou Santos es-teja devidamente “fatiada” para os nautas de plantão. Após um ano em operação, a avaliação feita mostra que seu desempenho é muito superior à versão anterior. A com-paração feita com o modelo GFS do Na-tional Center for Environmental Prediction (NCEP) – principal centro de previsão do tempo dos Estados Unidos – mostrou que o produto nacional é “pedra preciosa”. Para quem não está familiarizado com o assun-to, o GFS é modelo utilizado no software UGRIB, produto altamente difundido no Brasil.Os benefícios trazidos pelo BRAMS5 para a comunidade náutica são incontáveis, co-meçando com o aumento da segurança e a salvaguarda da vida humana no mar, em consequência, a preservação do bem ma-terial e a economia dos equipamentos e combustível. Com o aperfeiçoamento do BRAMS5, que fornece um detalhe maior e melhor das áreas de necessidade do navegador, pas-

samos a ter uma ferramenta de alta credibilidade, e podemos já trazer este aliado para a nossa vida coti-diana.

Para os que es-tão acostumados com as previsões numéricas do CP-TEC (aquelas que ficam fixadas nos quadros de avisos dos clubes e mari-nas), as previsões regionais com a utilização do BRAMS5 podem ser extraídas via internet no ende-reço:

http://previsaonumerica.cptec.inpe.br/golMapWeb/DadosPages?id=Brams5

Faça o uso sem economia da informação, e bons ventos para todos nós. Até breve.

O modelo de previsão BRAMS5

A Beneteau fará o lançamento do novo Oceanis 35 que substituirá o modelo Oceanis 34. O 35 pés – com um deslocamento de pouco mais de 5 toneladas, boca de 3,70m, ele vem equipado com um motor Yanmar 29 e apresenta diferentes opções de layout interno com duas ou três cabines, além de versões voltadas para uma velejada de um dia, de final de semana ou para cruzeiro mais longo. Mas peca no quesito tanque de água, com apenas 130 a 200 litros, dependendo da versão. O lançamento mundial deve acontecer no salão náutico de Cannes, que acontece em setembro, na França.

A regata Aratu-Maragojipe comemorou este ano a sua 45ª edição. Com trechos de nave-gação pela Baía de Todos os Santos e pelo lendário Rio Paraguaçu - palco de lutas pela independência da Bahia – todos os anos re-úne mais de 300 veleiros e saveiros numa festa magnífica. A regata nasceu em 1969 como “Regata de São Bartolomeu”, em ho-menagem ao Santo padroeiro da cidade de Maragojipe. Nas primeiras edições apenas os tradicionais saveiros competiam. O even-to teve início no dia 29 de agosto, à noite, com uma grande Cerimônia de Abertura que reuniu autoridades governamentais, ve-lejadores, imprensa, patrocinadores e con-vidados, na sede do Aratu Iate Clube. E a competição foi no sábado, dia 30, com três largadas para as diversas classes inscritas. Mais uma vez, uma linda festa!

BahiaAratu-Maragojipe

O novo modelo Oceanis 35 da Beneteau tem muitas opções de configuração

Novo modelo da Beneteau substitui Oceanis 34

Só entre janeiro e junho deste ano (na comparação com os seis primeiros meses de 2013), o transporte de soja na Hidrovia Tietê-Paraná já havia sofrido uma queda de quase 50%. Agora a situação piorou com a paralisação do transporte de cargas pela Hidrovia Tietê-Paraná. A causa é a falta de chuvas que fez descer o nível da hidrovia em 5 metros em alguns trechos. De acordo com o governo do Estado, a situação mais grave é no canal de Pereira Barreto, onde as margens estão cedendo e assoreando o leito do rio. Com 2,4 mil quilômetros de exten-são, a hidrovia interliga os estados de Goi-ás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. O transporte de cargas pela hidrovia é cerca de 30% mais barato que o rodoviário. Todos os anos, são escoadas mais de 6 mi-lhões de toneladas de produtos como milho, soja, açúcar, celulose e madeira e, para se ter uma ideia do prejuízo causado pelas barca-ças que estão paradas, a quantidade transpor-tada por um comboio pelo rio é equivalente a 200 viagens de caminhão. Os empurra-

São Paulo - interior dores que levam as barcaças com farelo de soja, grãos e celulose pela hidrovia Tietê-Paraná estão estacionados há várias semanas no centro-oeste paulista. Esta é a pior crise enfrentada pelo setor. O últi-mo comboio carregado com soja que veio de Goiás, chegou ao Porto Intermodal de Pederneiras em maio e, por enquanto, não há expectativa de chegada de outras embarcações. O engenheiro José Gheller trabalha em uma empresa que constrói embarcações. O grupo transportava 300 toneladas por mês, mas sem serviço por causa da restrição da navegação, 500 fun-cionários já foram demitidos. Caso a situ-ação persista, outros 2,5 mil empregados poderão perder emprego. Um galpão com 6 mil metros quadrados foi construído no ano passado para armazenar celulose que chegava pela hidrovia e era transportada para os trens. Hoje a estrutura está vazia. O administrador conta que a empresa in-vestiu na compra de 112 vagões e cinco locomotivas para transportar a celulose para Santos. A empresa esperava trans-portar 1 milhão de toneladas este ano, mas só conseguiu movimentar 120 mil tonela-das e os 70 funcionários do Porto Inter-modal foram dispensados. A retomada do transporte na hidrovia Tietê-Paraná não deve ocorrer antes de novembro.

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A Diretoria de Vela do Iate Clube do Na-tal informou o resultado final da Regata Batalha Naval do Riachuelo. Ficaram assim os resultados por Classe:

Mullticasco Especial1º Super Cat - Lula e Reginaldo2º Borinha - Zeca3º Bravo – Airton ViegasLaser1º Rodrigo2º EulesDingue1º Gilson 2º Flávio FreitasDay Sailer1º FreitasClasse Sub-201º Terapia - Geraldo2º Rastague - Alexandre3º Atrevido – Ricardo MaiaOceano1º Musa - Erico 2º Tuta – Ricardo BarbosaSnipe1º Paulo Pereira2º Marcelo e Multson3º Protestado - Carlos Siqueira (Participação Especial)4º Ricardo Português (Participação Especial)

Rio Grande do NorteRegata da Batalha

Filmado e dirigido por Mike Waltze, “That First Glide” sem título em português, e infelizmente não lançado por aqui (seria algo como “Aquela Primeira Descida”) é um filme que conta a história do Stand Up Paddle, desde os primeiros povos até a atu-alidade. Mais do que uma história chata, é um show de imagens e depoimentos de lendas do Stand Up como Laird Hamilton, Robby Naish, Kai Lenny, Dave Kalama, Gerry Lopez e Brian Keaulana. Lançado em 2012 no Havaí, no Maui Arts and Cul-tural Center e no Turtle Bay Resort, além da Nova Zelândia e Califórnia ele pode ser adquirido em DVD no site oficial (thatfirs-tglide.com) por U$25.00. O problema é o frete internacional que sai por mais U$38. Total? 63 doletas...

Documentário de Stand Up Paddle

No início de agosto aconteceu o Bahia Sup Eco, campeonato que valeu como segunda etapa do brasileiro e baiano, e seletiva para o mundial ISA Games 2015 nas categorias Race, Paddle Board e Wave. Realizado na Grande Laguna em Sauipe, Bahia. Embora o local seja uma lagoa de 1.000.000 m² de águas normalmente calmas e limpas, este ano Éolo brindou os competidores com ventos fortes, dificultando a competição e a vida dos supistas. Ian Vaz (RJ) venceu na profissional masculino, Nicole Pacelli (SP) a profissional feminino, Jairo Flores (BA) a master masculino e Paulo Sefton (SC) a grand master masculino. “Estou muito feliz de ter ganhado esse evento, as condições estavam difíceis e o vento da Bahia não perdoou”, comentou Nicole.

(Foto Abasup)

Bahia SUP ECO

Pacelli: “O vento baiano não perdoou”

O leitor Bruno Hoorn mora em Florianó-polis e adquiriu um veleiro de madeira (na foto ao lado de Sibele Amaral). Ele desco-briu que pertenceu a uma Classe chamada Toninha e que o projetista foi o Engenheiro naval Eberhard Fischer. Agora Bruno está à procura de informações sobre o barco e o projeto, para fazer uma restauração mais próxima do original. Ele pretende juntar tudo para ter um histórico desta embarcação e nos escreveu pedindo

O “Toninha”, um projeto de Fischer

ajuda. Para ajudar, fizemos umas pesquisas e conseguimos algumas informações que publicamos agora...Eberhard Fischer foi um velejador do Iate Clube Brasileiro, em Niterói, RJ. Ele já havia construído dois Toninhas em 1959, um de sua propriedade e outro de Carlos Heizier. Em 1961 já eram oito, com mais dois sen-do construídos em maio de 61. Por volta de 1960 eles fundaram uma associação – a AOVJ a Associação Oceanica de Veleiros Júnior, porque a ABVO à época não quis deixar que os chamados (pelos próprios donos e pela imprensa da época) “anões de oceano” participassem da ABVO.

O nome era uma alusão ao tamanho dos Classe Toninha em comparação aos veleiros que competiam à época.Em 26 de maio de 1961 o Jornal do Brasil (reprodução acima e ao lado) trouxe uma matéria onde Fischer contava as principais medidas dos Toninha: 6,36m de comprimento, 2 metros de lar-gura, linha d’água de 5,33m, área vélica de 24,25m e 740 kg de deslocamento total. Com velas de Dacron! Eles ficavam baseados no Iate Clube Brasileiro, em Niterói, e formaram uma Classe chamada Veleiros Júnior. E também par-

tir da edição de 10 de dezembro de 1959 do Jornal Correio da Manhã, consegui-mos descobrir alguns nomes de Toninha que nesse ano já navegavam pela Baía da Guanabara. Eram: Silvia (de Eric Tauser), Sirius III (do próprio Fisher) e Hein Muck (de Holf Will). E também que Carlos Heizier foi proprie-tário de um Toninha, mas não conseguimos levantar o nome.Quem puder ter mais alguma informação pode contatar o Bruno pelo email [email protected] não se esqueça de mandar com cópia pra nossos registros: [email protected]

Foto ao lado: Gunther Muller Toniniha em ação nos áureos anos

Leitor compra veleiro antigo, projeto de Eberhard Fischer e precisa de ajuda...

A paulistana Renata Maynard competiu ‘em casa’, na etapa de abertura da Copa São Paulo de Jet Ski, realizada de 29 a 31 de agosto na Represa do Guarapiran-ga. “A minha paixão pelo jet ski come-çou na Guarapiranga, as águas da represa faz parte da minha vida desde que nasci. Como moradora do local afirmo que ela tem uma ótima infraestrutura para reali-zação da competição, com bons ventos e está dentro da cidade de São Paulo”, co-mentou.

Por morar junto à represa, Renata expli-cou que treina aos finais de semana. Ela também já confirmou presença na segun-da e última etapa da Copa São Paulo de Jet Ski, marcada para o período de 19 a 21 de setembro no mesmo local. A pau-listana promete brigar pela vitória na Su-per Course Turbo Stock e talvez em mais uma categoria que ainda não definiu.Esta abertura da Copa São Paulo de Jet Ski também é válida pela quarta e penúl-tima etapa Campeonato Brasileiro de Jet Ski – Grand Prix 2014.

Renata: Guarapiranga é sua casa

SUPMike Waltze faz filmesobre história do SUP

Jet skiMulher na pista

Procura-se um veleiro

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9Justa Homenagem

Wilson Veloso (dir.) é homenageado

O Brasil vai sediou pela primeira vez o Mundial de Va´a (Canoa Polinésia), em sua 16ª edição. A competição aconteceu de 12 a 17 de agosto na cidade do Rio de Janeiro, com a chancela da Federação Internacional (IVF) e da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) e recebeu cerca de dois mil atletas de diversas nacionalidades na Lagoa Ro-drigo de Freitas. E para quem acha que esse esporte não é bem representado no Brasil, ou que come-çou agora, é bom alguns esclarecimentos. 2013 terminou com um total de 196 cano-ístas da modalidade de Va’a cadastrados na Confederação Brasileira de Canoagem.Esse número mostra que a modadlidade vem se consolidando principalmente nos estados do Sudeste onde a modalidade é muito praticada. Hoje também temos núcleos da modalida-de nos estados da Bahia, Espírito Santo e até em Alagoas! A história do Va´a no Brasil começou em setembro de 1994, quando o brasileiro Ro-nald Williams iniciou seus primeiros con-tatos no intuito de trazer o Va´a, ou canoa-gem polinésia, para o Brasil. O primeiro clube de Va’a do Brasil foi cria-do em 1999: o Rio Va’a Club. De lá para cá o esporte se difundiu e a pri-meira competição da modalidade, chan-celada pela Confederação Brasileira de Canoagem aconteceu no ano de 2007 em conjunto com os Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro.Após cinco dias de competições o Brasil ficou em quarto lugar no quadro geral de medalhas, com cinco medalhas de ouro, doze de prata e três de bronze. O Taiti ficou com o primeiro lugar seguido da Austrália e do Havaí. O paratleta Guilherme Borrajo (ouro com a Seleção Brasileira de Vôlei Sentado no Parapan 2007) conquistou a medalha de bronze na V1 200 LTA. Debora Benivides na V1 200m LTA femi-nino e Luis Carlos Cardoso na V1 200m A masculino

São quase 200 praticantes no Brasil

Teve início a primeira etapa do nosso Cam-peonato Brasileiro de regatas, de 1 a 3 de Agosto na Praia de Intermares/PB os me-lhores atletas do Brasil começaram as dis-putas pelo título da categoria em 2014.Os atletas da casa se deram bem, e o Wil-son Bodete deu o seu primeiro passo rumo ao tetra campeonato como o tambem parai-bano Kaká Dutra em segundo, seguido do Maranhense Bruno Lobo, que foi um dos destaques e promete entrar de cabeça na disputa pelo título.Entre as meninas, consegui voltar à agua depois de 2 meses de ter nascido minha filhota e ficar com o título da etapa numa disputa acirradíssima com a Cearence Lia-na Maia.

A grande novidade para esse ano são os novos modelos de Kite que estão sendo utilizados para condições de vento fraco. Saem os kites infláveis para dar lugares aos kites foils, são kites de aspect raio (AR) bastante alto que proporcionam uma orça absurda, muito parecidos com Paragliders, e chegaram como novidade para deixar na gaveta os kites infláveis.

Os kites tipo “foil” estão pouco a pouco substituindo os tradicionais infláveis

Os vereadores da câmara municipal de João Pessoa, concederam a comenda de Talento Esportivo a Wilson Veloso, atleta do Kitesurf conhecido como Bodete. Wil-son Veloso é bicampeão mundial master na categoria kiterace. “Estou muito feliz! Isto prova que o reconhecimento tarda mas nunca falha para aqueles que assim como eu, lutam e acreditam nos seus ideais, ca-minhando sempre de forma honesta e cor-reta”, comentou Bodete. Homenagem mais que justa a um esportista de talento.

Nayara Licarião é hexacampeã brasileira de kitesurf, mora e veleja em João Pessoa

kiteNayara Licarião fala do Brasileiro de regatas

e da última novidade na raia: os kites foil

Va’a

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Papo de Cozinha

CURTASMERGULHO10A

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f Em junho a Bahia Marina completou 15 anos de existência desde sua inaugu-ração, iniciativa do empresário Reynaldo Loureiro. Parabéns e muitos anos de vida!

f Dia 11 de junho foi comemorado o Dia do Escoteiro do Mar. A escolha da data é para lembrar a Batalha Naval do Riachue-lo.

f No encerramento da 41ª Ilhabela Sai-ling Week o prefeito de Ilhabela, Antonio Colucci, entregou ao Comodoro José Yu-nes o Álvará para Construção da nova sede do YCI.

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Lagosta

Esta época, muita gente deixa de mergu-lhar por causa do tempo mais frio. Então... Vamos estudar!Após a sua formação no Curso de Mergu-lho Básico chamado de Open Water Diver (designação para todas as certificadoras), você está apto a dar prosseguimento às atividades e descobrir novas técnicas do mergulho com o estudo e aprendizado de muitas e muitas novas vertentes de conhe-cimento, e com a educação continuada do mergulho.Na verdade, na maioria das aventuras de mergulho autônomo você estará cercado por outros mergulhadores que já possam ter direito a usufruir de realizar os mergu-lhos de outras formas, pois já realizaram treinamentos que os habilitam a mergulhar em locais mais profundos, ficar mais tempo submersos, usar equipamentos mais técni-cos. Logo após conseguir seu certificado continue lendo, trocando experiências com mergulhadores mais antigos. O próximo degrau: o Curso de Mergulho Avançado. É um momento especial, onde você vai rever tudo que já sabe (ou deveria saber) e apri-morar, evoluir; e então irá se aprofundar em conhecimento sobre a física aplicada ao mergulho mais profundo, a fazer o mes-mo mergulho que faz durante o dia, mas à noite o mergulho noturno. Também irá ter uma noção sobre o que são as técnicas de busca e recuperação (pode ser de objetos e/ou pessoas, e na minha opinião o que é mais importante, a navegação subaquática. Aprenderá a usar a bússola subaquática. Resumindo, você vai aprender o que pre-cisa para se sentir seguro: o planejamento de seu mergulho. E tudo com estudos teó-ricos, treinamentos em piscina (águas con-finadas) e logo após, a checagem em veri-ficação do aprendizado com mergulho em águas abertas. E assim você vai crescen-do na capacidade de se desenvolver com mergulhador e fazer mais e mais novos cursos, novas certificações: Nitrox, caver-na, naufrágio, primeiros socorros, trimix, fotosub, sidemount, noturno, filmagem su-baquática, manutenção de equipamentos, roupa seca, piloto de ROV e muito mais. Pergunte agora para seu instrutor, ou vá até a escola mais próxima!

Flávio Júlio Gomes é 2º Ten IM RM2 da Marinha do Brasil e Instrutor NAUI / PADI

Educação Continuada

Fazer uma lagosta – ao contrário do que muitos pensam – é bem fácil e rápido. Cla-ro, existem muitas receitas e maneiras de se servir esse crustáceo. Neste número en-sinaremos a fazê-la assada. A primeira coi-sa a se fazer é conseguir uma lagosta – de preferência viva. É o mais saudável e sa-boroso, além de garantir que o sabor estará cem por cento no prato. As lagostas conge-ladas tendem a perder um pouco do sabor e ficarem com a carne um pouco mais dura do que as preparadas frescas.

Limpando a lagosta

Existem basicamente duas maneiras de se limpar uma lagosta. Em qualquer uma delas você começa separando as antenas, patas deixando apenas o corpo principal.Se você tem espaço, água corrente em abundância e tempo, pode desmembrar a

partir da ligação da cauda com a parte do corpo/cabeça através da inserção de uma faca no sentido da cabeça, girando e sol-tando a parte principal da carne.. Posterior-mente você solta a parte interna da cauda (use uma tesoura) a partir das laterais. Pronto. Você tem a cauda com a carne. No seu interior, corre o intestino do animal, que precisa ser retirado. Você pode puxar pela extremidade superior, que deve ter ficado exposta quando do corte da cauda. Lave bem em água corrente. Para preparar, você tem ainda a opção de soltar a carne, prepará-la e servir na cauda lavada, ou deixar a carne na cauda e prepará-la assim mesmo.A segunda maneira é mais rápida e simples. Depois de retirar as antenas e patas você corta no sentido longitudinal com uma faca forte e muito bem afiada, com a ajuda de um martelo. Da cabeça ao rabo, dividindo a lagosta em duas partes iguais. Dessa ma-neira, todo o intestino ficará exposto e bas-ta lavar (pode ser na própria água do mar e depois passar uma água doce). É bem fácil saber o que retirar e limpar: tudo o que não for branco. Isto feito vai ao preparo...

Preparação

Coloque as lagostas com a carne para cima em uma travessa que possa ir ao forno. Tempere cada uma delas com sal, pimen-ta do reino moída na hora, uma colher de sopa rasa de manteiga (pelo amor de Deus, não use margarina!) e um dente de alho

espremido ou picado muito pequeno. Co-loque no forno médio (180º pré-aquecido) durante 15 a 20 minutos, ou até começar a sentir o aroma. Antes de retirar veja se a carne está com um tom menos transpa-rente, característico da carne ainda crua. Quando estiver quase pronta, retire do for-no, coloque um pouco de parmesão ou pe-

Rápida no preparo, requinte na mesa

É bastante fácil de limpar e preparar

Tietê visto por cima

Lu Marini é um aventureiro que mistura profissões e hobbys. Sua última aventura é sobrevoar Paramotor os 1.136 km do Rio Tietê, da nascente à foz. A expedição levará aproximadamente 20 dias. O obje-tivo é fornecer um relatório científico do Impacto Ambiental sobre a população e como os problemas no rio estão afetando os moradores, o setor agrícola, a pecuária e a pesca. “Vou ter a oportunidade de ver todo o curso do rio por outro ângulo, e sentir de perto como a degradação afeta a população ribeirinha e o meio ambiente”, comenta Lu Marini. Ele também deve pro-duzir um documentário e um livro sobre o Tietê, com imagens inéditas. A aventu-ra começou em 21/08, em Salesópolis. O projeto se chama “Rastreando o Tietê” e pode ser acompanhado pelo site www.aventurafantastica.com.br

corino ralado na hora e volte ao forno para gratinar por no máximo 3 a 5 minutos em forno alto. Se gostar e tiver a possibilidade, de um toque cítrico ralando um pouquinho da casca de um limão (de preferência sici-liano) e sirva.Acompanha um vinho branco frutado, fri-sante ou mesmo um espumante. Em noite de luar...

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Bibliotecade

Bordo

Oficina do Capitão11

Pirata HawkinsO livro “A viagem do pirata Richard Ha-wkins” foi escrito por Eduardo San Martin, baseado nas anotações do próprio Richard Hawkins, um corsário inglês. No livro, Eduardo mantém o tom original da reali-dade impiedosa nos saques, nas conquis-tas e nas batalhas. Mais que um relato de viagem verídico, o livro recupera e reconta uma narrativa escrita entre 1603 e 1604.

Richard Hawkins (1562 – 1622) foi um corsário inglês que passou toda a sua vida ligada ao mar. Já com seus 20 anos ele acompanha seu tio, William Hawkins, para as Índias Ocidentais e com 21, se tor-na capitão de uma galeota na expedição de Drake. Em 1593 ele comprou o navio Dainty, construído por seu pai e por ele utilizado em suas expedições, e partiu para as Índias Ocidentais. Alguns acreditam que seu projeto, na verdade, era apreender car-gas nas possessões ultramarinas da coroa

espanhola. Hawkins, no entanto, em seu relato de viagem escrito 30 anos depois, estava convencido que sua expedição fora realizada apenas para fins de descobertas geográficas... Depois de visitar a costa do Brasil, o Dainty atravessou o Estreito de

Magalhães e chegou a Valparaíso. Depois de saquear a cidade, Hawkins rumou para o norte em direção ao Equador, onde o Dain-ty foi atacado por dois navios espanhóis.Gravemente ferido, com 27 dos seus ho-mens mortos, e o Dainty quase afundando, ele rendeu-se, em 1 de julho de 1594. Em 1597, Hawkins foi enviado para a Espa-nha, e preso pela primeira vez em Sevilha e, posteriormente, em Madrid. Ele foi solto em 1602, e, retornando para a Inglaterra, foi nomeado cavaleiro, eleito prefeito de Plymouth, tornou-se membro do Parla-mento e Vice-Almirante. Ele morreu em Londres em 17 de Abril 1622.Esse incrível livro não pode faltar em sua biblioteca! E você pode comprá-lo sem sair de casa, na maior e mais confiável livraria especializada em náutica: Moana Livros.www.moanalivros.com.br. Acesse o site agora mesmo e conheça essa obra!

Todo tecido pode ser feito com fibras na-turais ou artificiais. As fibras naturais são o algodão, o linho, a lã e a seda. Os tecidos artificiais são feitos com fibras artificiais como a viscose, acetato, poliéster, acrílico e nylon. No caso da capotaria dos barcos, usa-se uma lona acrílica que garante uma proteção efetiva contra diversas situações, além do conforto para o usuário. Suas prin-cipais características são não ser imperme-ável permitindo a passagem do vapor por entre as tramas, evitando o efeito estufa, a proteção solar ao bloquear os raios ultra-violeta e, por ser tingido em massa – no momento da extrusão do polímero e não depois do fio pronto – tem maior durabi-lidade na manutenção da cor. Depois de pronto o tecido recebe um tratamento im-permeabilizante e sua capotaria é confec-cionada. Quem já pagou por um serviço desses sabe que os valores são altos. Em parte pelo preço do tecido e demais com-ponentes (linhas com tratamento e acaba-mentos), pela mão de obra que quase sem-pre é individualizada e até pelo mercado, já que a oferta desse tipo de serviço é restrita. Por isso todo usuário quer que a eficiência da capotaria dure o mais possível. Em ge-ral, se bem cuidadas e não esfregadas (re-tira a impermeabilização), duram por volta de 3 a 4 anos, no máximo. E lá se vão mais alguns milhares de reais para a reposição da capotaria...

Mas... Alguns artifícios simples podem prolon-gar a vida útil de sua capotaria e permitir mais um tempo de economia. São basicamente duas medidas: aplicação de uma solução acrílica na lona, tipo hi-drofugante a base de silicone como a mar-ca comercial Acqüella, usada (e achada em lojas especializadas) em construção para impermeabilizar tijolos. A aplicação deve ser feita com um rolinho e/ou trin-cha. Um galão (3,8 litros) custa na faixa de R$90,00 e rende o suficiente para uma ca-potaria (bimini, dog house e bat-vela) de um 30 pés. Basta que você simplesmente aplique duas demãos (a secagem é rápida) sobre as áreas que queira reimpermeabili-zar. Não aplique mais, porque o excesso quando seco pode causar o desplacamen-to do produto, levando junto o tratamento impermeabilizante. A outra dica é aplicar um selador de costuras onde a linha da costura começa a se romper ou nos locais (em geral nos cantos) onde o tecido abre sua trama e começa a deixar água passar. O selador de costuras é um produto que pode ser encontrado facilmente pela inter-net ou em lojas físicas na seção de cam-ping, pois é muito utilizado em barracas e seu preço é por volta do R$15,00. a apli-cação é feita utilizando um pincel interno da tampa em uma única aplicação e um vidro é suficiente para toda uma capotaria do mesmo tamanho citado. O verão vem aí. Prepare-se!

Túnel do TempoEm 1953 Getúlio Vargas envia para o Jorge Frank Geyer um telegrama, parabenizando--o pela vitória na Buenos Aires – Rio com o lendário Classe Brasil Cayru. A imagem nos foi enviada por Átila Bohn.

Tapa no telhado

No dia 16 e 17 de agosto aconteceu a XXXIII edição da tradicional Patescaria na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro. Patescaria significa o ato do patesco, um marinheiro inexpe-riente. Na prática, trata-se de uma grande festa em Paquetá, cuja origem remonta a festa em homenagem a São Roque, o padroeiro da ilha. A festa é sempre animada e reúne muitas embarcações em uma confraternização bem animada no Iate Clube de Paquetá. Esse ano a regata foi realizada no domingo, dia do retorno. Como de costume, rolou a festa de São Roque e a piscina do Iate Clube de Paquetá foi liberada. Mais de 70 embarcações e 120 velejadores participaram com suas famílias . A Patescaria é uma verdadeira festa da vela que reúne todas as tribos: regatei-ros, cruzeiristas, e mesmo os que raramente saem de seus clubes. Com a organização da Flotilha Guanabara e realização da Marina da Glória e do Paquetá Iate Clube, o evento contou com apoio do Jornal Almanáutica.

Rio de JaneiroPatescaria em sua XXXIII edição

A tradicional festa dos amantes da náutica reuniu mais de 70 embarcações na Ilha de Paquetá (RJ), em homenagem a São Roque, padroeiro da ilha.Organizada pela “Flotilha Guanabara”, o evento contou com a realização

da Marina da glória e com o apoio na divulgação do Almanáutica

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INFORMATIVO

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE VELEJADORES DE CRUZEIROPalavra de

PRESIDENTE

ABVC

CONVÊNIOSA ABVC mantém convênios para os só-cios. Veja alguns abaixo e outros no site:IATE CLUBES

- Aratú Iate Clube - Cabanga Iate Clube- Iate Clube Guaíba- Iate Clube de Rio das Ostras- Iate Clube do Espírito Santo- Marina Porto Bracuhy- Iate Clube Brasileiro- Jurujuba Iate Clube

DESCONTOS

Brancante Seguros7Mares EquipamentosBotes RemarConinco - Tintas e RevestimentosShip’s Chandler: Loja Náutica em Paraty Enautic : Loja Náutica VirtualDivevision Loja VirtualE muitos outros. Consulte nosso site para saber dos detalhes de cada parceiro. Seja sócio da ABVC: você só terá vanta-gens. Se já é associado, traga um amigo!

O Boletim Oficial da ABVC é uma publicação independente. As opiniões e notícias do jornal Almanáutica não representam necessariamente a opinião da entidade, e vice-versa.

Midias SociaisNosso fórum ou lista de discussão, funcio-na no Yahoo Grupos. Se você é associado e ainda não participa, basta enviar um e-mail para [email protected] e solicitar a participação. Estamos também no FA-CEBOOK. Lá não é preciso ser associado para participar. Conheça e participe!

Produtos ABVCOs produtos da grife ABVC estão à sua disposição para compras via internet. São camisetas, flâmulas para embarcações, bol-sas estanques, entre diversos outros produ-tos que podem ser adquiridos na loja virtu-al da ABVC. Acesse e conheça:

www.atracadouro.com.br/abvc

Caros Associados,

Ah, esse El Nino!Mais um Cruzeiro Costa Leste realizado. Com total segurança, planejamento e mui-tas análises meteorológicas, a flotilha che-gou a Salvador com uma bela recepção no TTNB após um mês de mar (veja a matéria sobre a nova administração do Terminal Turístico Náutico na pág. 06).Depois da largada do Iate Clube do Rio de Janeiro e ficar preso por quase uma semana em Vitória e muita chuva acompanhando a flotilha, temos certeza que criamos mais homens e mulheres do mar. Parabéns a es-tes navegadores e a todos os locais que nos receberam de braços e ancoragens abertos.Também com o Cruzeiro Costa Verde não foi diferente. Depois de largar do Saco do Céu em direção a baia de Sepetiba com muito sol e uma quase semana de tempo muito bom, encerraram os dois últimos dias com muito vento e muita chuva. Es-tes marinheiros aprenderam que, mesmo dentro de uma baia abrigada, todo cuidado é pouco. Parabéns aos 27 veleiros partici-pantes, ao Coqueiro Verde e a Tema e Nal-di pela recepção.Nosso novo site está no mar , na web. Mais moderno, melhor interação. Acesse www.abvc.com.br e comente em [email protected]á chegando o São Paulo Boat Show, onde estamos negociando nossa participa-ção neste que é o maior evento náutico de São Paulo.Quem também está chegando é o novo li-vro de nosso navegador Helio Magalhães. Com patrocínio da ABVC, nossos associa-dos terão grande benefício na aquisição deste roteiro náutico importante da costa de São Paulo e Rio de Janeiro.Neste próximo mês de outubro, com o apoio da ABVC, e realização da Marinha do Brasil e Brancante Seguros, teremos o Simpósio de Segurança do Navegador Amador em São Sebastião-SP. Provas de habilitação e Dia de Mar (treinamento na pratica de técnicas de abandono e seguran-ça no mar) complementam os três dias de curso. Participe!Este mês também ocorre a convocação para mais uma eleição da Diretoria da ABVC que será realizada no dia 29 de no-vembro (veja a convocação abaixo!)Fique atento e participe.Fique atento também à chamada do Cru-zeiro Costa dos Tamoios e, se as chuvas permitirem este ano, a mais um Cruzeiro Costa Fluminense no final do ano.Bons Ventos.

Maurício Napoleão

Costa VerdeCosta Leste 2014Organizado pela ABVC / Paraty, encerrou--se em 26/07/2014, a 5ª edição do Cruzeiro Costa Verde, que destina-se a conhecer a região da Baía de Sepetiba (RJ).A largada foi no dia 16, em Paraty, rumo ilha do Cedro. Alguns veleiros, provenien-tes de Ilhabela e Ubatuba, rumaram direto para o Saco do Céu (IG), para a reunião de comandantes, que teve lugar no domingo, no restaurante Coqueiro Verde.Dia 18 a flotilha seguiu para a praia da Es-topa, na ilha de Jaguanum, porém devido tempo instável, decidimos fundear na ilha de Itacuruçá, na praia Grande, onde rolou um bom bate papo, num boteco que estava aberto, fazendo excelentes pastéis.Dia seguinte, subimos para o canal de Ita-curuçá, onde a maioria dos veleiros anco-rou no canal, para ir até a cidade. Apro-veitamos, como de hábito, para passar na Delegacia da CPRJ, para informar sobre o CCV, e deixar uma lembrança ao Delega-do. Compras para o churrasco foram fei-

Edital de Convocação para Assembléia Geral

Associação Brasileira de Velejadores de CruzeiroPrezados associados da Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro,

De acordo com o Estatuto vigente, convocamos todos os associados em dia com suas obrigações a comparecerem dia 29 de novembro de 2014 na rua Bela Cintra, 1970, São Paulo – SP, CEP 01415-002, para a realização da Assembléia Geral.

A Assembléia terá início às 11:00h com segunda chamada às 11:30h para, com qualquer quórum deliberar a seguinte ordem do dia:

a) Eleger a nova diretoria da associação;b) Aprovar as contas e balancetes do biênio anterior;

c) Definir o calendário de eventos de 2015/2016;d) Outros assuntos de interesse.

Mauricio Napoleão Presidente

tas, e seguimos para a praia da Quitiguara, onde, após excelente churrasco, aconteceu tradicional reunião ao redor da fogueira.Esta noite, na Quitiguara, foi uma das pio-res já vividas, pois ao redor de 23:00 hs. entrou fortíssimo Nordeste, com rajadas superiores a 30 nós, veleiros garraram, bateram, mudaram de ancoragem, e al-guns saíram de madrugada, voltando para a praia Grande, abrigada de NE. Alguns veleiros decidiram ir para a Tapera neste mesmo dia.Abortamos a ida para a ilha do Martins, e ficamos na praia Grande, até quinta-feira (24), dia programado para ir para a Ense-

ada do Abraão. Novamente NE muito forte, postergamos saída, alguns veleiros que sa-íram antes, voltaram. Ao redor de 12:30 h, vento amainou um pouco, e flotilha seguiu para o Abraão, somente com genoa, e rizada, pois ainda as condições de mar e vento eram bem ruins. A noite, jantar na vila, muito legal.

Sexta (25) entrou SW forte, e ficamos fun-deados no Abraão, indo somente no sábado para a praia da Tapera, onde ocorreu nossa tradicional gincana, muito animada, segui-da de um excelente almoço no restaurante da Telma/Naude.Notamos que alguns veleiros que participa-ram do CCV 2014, deveriam ter se prepa-rado melhor, pois havia carência de amarra para fundeio, rádio VHF portátil, e alguns itens de segurança, o que será exigido no próximo CCV.(Eduardo Schwery, Vice Presidente de Paraty e Comodoro do CCV)

A turma animada do CCV 2014

Este ano teve até foto aérea com um drone, tirada por um dos participantes!

Entre uma parada e outra: festa...

A edição 2014 do Cruzeiro Costa Leste aconteceu entre julho e início de agosto. Partiram 19 veleiros do Iate Clube do Rio de Janeiro, e chegaram 13. Tanto na largada como na maioria das paradas, muitas festas e confraternizações, algumas organizadas pelos próprios participantes. Em Vitória o tempo ruim obrigou os velejadores a atra-sar a partida em uma semana. Em com-

pensação o clube nos recebeu de braços abertos, simpatia e alegria. Lá realizamos a famosa paella gigante (foto) e curtimos muito a sauna, a piscina e o turismo mara-vilhoso da cidade.Este ano foi um ano atípico em termos de meteorologia. Segundo José Ricardo “To-riba”, o meteorologista do grupo e que par-ticipou de quase todas as edições do Costa Leste “foi a pior edição em termos de du-reza, chuvas e mar. Mas a boa notícia é que todo mundo saiu mais “cascudo”. Afinal ninguém aprende com mar liso”, comen-tou. O pior trecho foi a travessia Vitória-Abro-lhos, onde a maior parte das quebras e de-sistências ocorreu. Com mar muito grande e desencontrado, chuva e vento ruim, a tur-ma de “cascudos” conseguiu chegar, per-manecer e partir na única janela de tempo em 15 dias. Uma bênção entre baleias ju-barte, ninhais de atobás, churrasco, mergu-lhos e visita à Ilha de Santa Bárbara (Rádio Farol de Abrolhos) e Ilha Siriba.As demais paradas também foram ruins em ternos de meteorologia, mas deliciosas pelo carinho com que fomos recebidos: Iate Clube de Ilhéus, com sua Comodoria e Diretoria de Vela e as instalações do clube à disposição, a Pousada Corsário em Santo André com sua atenciosa gerencia (além dos preços especialíssimos para o Cos-ta Leste) e a presença de Izabel Pimentel com muito bate papo. Há que se destacar a parada no TTNAB, agora sob a nova (e competente) administração da Socicam (veja matéria na página 06), onde houve uma recepção com baianas, acarajé e muita caipirinha. E para finalizar a festa no Aratu Iate Clube que também recebe como nin-guém quem aporta por lá, e onde a maioria deixa o veleiro por conta das águas tranqüi-las, das pessoas receptivas e do convenio que a ABVC tem com o clube. Alguns par-ticiparam da Aratu-Maragojipe e seguirão para a Refeno. Outros, menos afortunados, voltam ao trabalho. Mas todos felizes!

Tradicional paella gigante em Vitória