allan berbert - tcc final
DESCRIPTION
Saneamento básico.TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARING
14
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGCENTRO DE TECNOLOGIADEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVILALLAN CASSIOLATO BERBERTDIAGNSTICO DO TRATAMENTO DE GUA, DESENVOLVIMENTO E IMPLANTAO DE FILTRO BIOAREIA NA CIDADE DE BREVES/PAMARING2013
ALLAN CASSIOLATO BERBERT
DIAGNSTICO DO TRATAMENTO DE GUA, DESENVOLVIMENTO E IMPLANTAO DE FILTRO BIOAREIA NA CIDADE DE BREVES/PA
Monografia apresentada como parte dos requisitos necessrios para aprovao no componente curricular Trabalho de Concluso do
Curso de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Maring.Orientador: Prof. Dr. Sandro R. Lautenschlager
MARING2013ALLAN CASSIOLATO BERBERT
DIAGNSTICO DO TRATAMENTO DE GUA, DESENVOLVIMENTO E IMPLANTAO DE FILTRO BIOAREIA NA CIDADE DE BREVES/PA
Monografia apresentada como parte dos requisitos necessrios para aprovao no componente curricular Trabalho de Concluso do
Curso de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Maring.
Aprovada em ____/____/________
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________________
Prof. Dr. Sandro Rogrio Lautenschlager (Orientador) UEM
______________________________________________________
Profa. Dra. Cristhiane Michiko Passos Okawa UEM
______________________________________________________
Prof. Me. Oswaldo Teruo Kaminata UEM
todos homens e mulheres
que escolhem abrir mo de algopara amar o prximo!
AGRADECIMENTOS(Sendo este um trabalho de final de curso, aproveito este espao para agradecer aos que de alguma forma contriburam no s para a realizao deste trabalho, mas tambm por aqueles que foram essenciais no processo de formao profissional e moral.)
minha famlia por ser minha base e, mesmo sem compreender, sempre estar ao meu lado.
Ao Ministrio Universidades Renovadas e GOU Restaurao que me mostraram que o mundo precisa de profissionais do Reino, dispostos a ir contra a correnteza!
Caroline Zanon e Carlos Henrique Marino, que me ajudaram tantas e tantas vezes a no desistir quando eu j no mais queria.
Heloize Bassetti e Lucas Rocha, que atravs da amizade e exemplo me ajudaram a responder mais solicitamente a solicitude misso e amor a orao.
Ao Frei Carlos grande irmo, amigo e exemplo de engenheiro e homem.
Ao Grupo de Orao Renascer e Projeto Desperta Jovem, o primeiro me ensinou a ser Amado, e o segundo me ensina a Amar.
Aos Missionrios da Renovao Carismtica Catlica de Breves, pela acolhida e cuidado nos dias de desenvolvimento do trabalho.
Irm Rita Raboin, Prof Marielson Guimares e todos do Movimento Pelo Uso dgua pela luta que tem feito junto ao povo Brevense e pelo norte dado a este trabalho.Ao Eneko e Bruna, irmos que tambm esto desenvolvendo projetos sobre a gua em Breves, e que me ajudaram na elaborao deste.
Ao professor Sandro, por ter aceitado desenvolver este projeto, dando crdito a ele. Etel e aos tcnicos e acadmicos do laboratrio de Saneamento Ambiental, por darem suporte aos experimentos. E finalmente a Deus, sabendo que s foi possvel fazer todos esses agradecimentos por Causa Dele e de sua magnfica providncia. Quem beber da gua que darei,
nunca mais ter Sede!Jesus Cristo
RESUMO
A cidade de Breves, situada na Ilha do Maraj, tem abundncia de gua doce em seu territrio, porm a falta de gua potvel uma questo emergencial. Isto se deve ao fato de que a gua disponvel para captao contm um alto teor de ferro, o que faz com que a gua apresente colorao amarelada e odor desagradvel. Este trabalho apresenta o diagnstico urbano do Bairro Cidade Nova II e ribeirinho do tratamento de gua, em que se utilizou de questionrios, observa-se que em ambos casos no h uma padronizao do tratamento individual, e uma parcela realiza um tratamento incompleto devido falta de informao e material. Com base no filtro de bioareia da CAWST, se desenvolveu um este mesmo filtro em PVC para implantao na cidade de Breves, fazendo testes em laboratrio utilizando-se areia de escavao e areia retirada do leito de rio, sendo que a ltima por ter forma arredondada proporciona uma vazo maior, porem com uma eficincia insuficiente. Por fim fez-se a implantao de dois filtros na cidade de Breves, um no meio urbano e outro em meio ribeirinho, devido queda do primeiro, na residncia em que foi implantado, no foi possvel avaliar. Conclui-se que a utilizao do filtro no indicada na cidade de Breves, uma vez que a gua apresenta elevada turbidez precisando-se usar um agente sedimentador e mesmo com a utilizao do filtro se faz necessria a desinfeco da gua, a utilizao do filtro seria somente um passo a mais no processo, assim necessrio investimento na capacitao dos agentes de sade, para conscientizao e formao da populao em relao ao tratamento, e na disponibilizao do material de tratamento. Palavras-chave: saneamento bsico em Breves, tratamento residencial de gua, filtro de bioareia.
LISTA DE FIGURAS11Figura 1 - Mapa da Ilha de Maraj.
13Figura 2 Trajeto de balsa de Belm Breves
15Figura 3 - Clorador ETA Breves
15Figura 4 - Misturador da gua captada com o cloro dissolvido
19Figura 5 Rua no bairro Cidade Nova II.
20Figura 6 - Trapiche presente no bairro Cidade Nova II
20Figura 7 Moradores do bairro Cidade Nova II utilizando o trapiche
21Figura 8 - Poo de uma residncia
21Figura 9 - Poo de uma residncia
21Figura 10 Abastecimento com pipa
22Figura 11 - Filtro de pedra pome
22Figura 12 - Filtro de pedra pome
23Figura 13 - Disseminao das bactrias em guas subterrneas
24Figura 14 - Captao de gua em uma casa ribeirinha.
32Figura 15 Partes integrantes do filtro bioareia
34Figura 16 Grfico de eficincia do filtro por dia
41Figura 17 Verso 10.0 do filtro bioareia da CAWST feito em concreto.
43Figura 18 Filtro Bioareia em PVC DN100
45Figura 19 Projeto do Filtro de Bioareia de PVC DN200
46Figura 20 Adaptador com flange e silicone
46Figura 21 Peas do coletor de gua.
22Figura 22 Ligao do adaptador e coletor do filtro
47Figura 23 Pea feita com t e adaptador rosquevel/soldvel.
48Figura 24 Adaptador rosquevel/soldvel vedado com cola epxi.
49Figura 25 Estrutura do Filtro DN200
49Figura 26- Gabarito de furos do Difusor em PVC
50Figura 27 Circunferncias para fabricao da tampa.
51Figura 28 Turbidmetro utilizado para anlise das comunidades ribeirinhas
52Figura 29 Separao dos agregados
53Figura 30 Explicao dos passos para o funcionamento do filtro na residncia ribeirinha.
53Figura 31 Explicao dos passos para o funcionamento do filtro na residncia no Bairro Cidade Nova II.
56Figura 31 Residncia situada no bairro Cidade Nova II em Breves PA, com possibilidade de contaminao do poo pelo esgoto proveniente da fossa.
LISTA DE GRFICOS12Grfico 1 IDHM pelos municpios Marajoaras
18Grfico 2 Grfico de populao por ano
35Grfico 3 - Remoo de Escherichia Coli por filtros operados por usurios inexperientes.
36Grfico 4 Remoo de Escherichia Coli por filtros operados por usurios experientes.
59Grfico 5 - Vazo por dia para o prottipo DN100
61Grfico 6 Nmero Mximo Provvel de Coliformes por dia no prottipo DN200
LISTA DE QUADROS
16Quadro 1 Populao no municpio de Breves pelos anos.
37Quadro 2 Indicao do mtodo de parada da lavagem da areia
43Quadro 3 - Quantitativo para a construo do filtro bioareia em PVC DN100
LISTA DE TABELAS
12Tabela 1 IDHM das cidades marajoaras
16Tabela 2 Equao da parbola e populao estimada pela equao.
17Tabela 3 Populao estimada e real
18Tabela 4 Valores de populao urbana e rural da cidade de Breves dos Censos de 1991, 2000 e 2010
30Tabela 5- Comparao entre diferentes mtodos de tratamento de gua e seu respectivo desempenho
36Tabela 6 Eficincia do filtro de bio-areia em laboratrio e em campo
42Tabela 7 Dados verso 10.0 do filtro bioareia da CAWST feito em concreto.
42Tabela 8 Dados do filtro bioareia em PVC - DN100
44Tabela 9 Comparativo dimensional entre o filtro 10.0 da CAWST e a tubulao de PVC
54Tabela 10 Resultados da aplicao do questionrio com relao gua para consumo e ao esgotamento sanitrio no bairro Cidade Nova II na cidade de Breves PA
55Tabela 11 Dados das pessoas que obtm gua de poos.
57Tabela 12 Valores levantados nas comunidades ribeirinhas
58Tabela 13 Dados da populao ribeirinha que utiliza Sulfato de Alumnio no tratamento da gua
58Tabela 14 - Dados da populao ribeirinha que faz a desinfeco no tratamento da gua
59Tabela 15 Vazo por dia para o prottipo DN100
60Tabela 16 Nmero mais Provvel de coliformes por 100mL no prottipo DN100
60Tabela 17 Vazo por dia para DN200
61Tabela 18 - Nmero mais Provvel de coliformes por 100mL no prottipo DN100
62Tabela 19 Levantamento nas visitas as casas
SUMRIO
111.INTRODUO
111.1.A Ilha de Maraj
131.2.A Cidade de Breves
191.3.O Bairro Cidade Nova II
241.4.As comunidades ribeirinhas
252.OBJETIVOS
263.REVISO TERICA
263.1.O Direito ao Uso da gua
293.2.O Tratamento da gua
313.3.Funcionamento do Filtro Bio-Areia
323.4.As Partes do Filtro Bio-Areia
333.5.Desenvolvimento da biocamada
343.6.Vazo do Filtro
363.7.Eficincia do biofiltro
373.7.1.Preparao da areia de filtrao;
383.7.2.Instalao do filtro;
383.7.3.Frequncia do derrame de gua no filtro;
383.7.4.Limpeza do topo da areia;
393.7.5.gua de fontes variveis.
393.7.6.Turbidez da gua
404.MATERIAL E MTODOS
404.1.Levantamento atravs de questionrio
414.2.Fabricao de prottipo do filtro bio-areia em PVC.
414.2.1.O prottipo
454.2.2.Mtodo Construtivo
504.2.3.Os ensaios
504.3.Visita a comunidades ribeirinhas para conhecimento dos mtodos de tratamento.
514.4.Implantao de filtros de bioareia em meio urbano e ribeirinho
545.RESULTADOS E DISCUSSO
545.1.Levantamento atravs de questionrio
545.1.1.Bairro Cidade Nova II
565.1.2.Comunidades Ribeirinhas
595.2.Prottipos em PVC
625.3.Visita as casas ribeirinhas
625.4.Implantao do Filtro
646.CONCLUSO
657.REFERNCIAS
688.ANEXOS
1. INTRODUO1.1. A Ilha de Maraj A Ilha de Maraj, situada no norte do Par, tem sua localizao na foz do Rio Amazonas. a maior ilha de gua doce do mundo, com mais de 40.000 km, no total conta com 12 cidades (figura 01).
Figura 1 - Mapa da Ilha de MarajFonte: MAPA, s.d.Apresenta-se na tabela 1, o ndice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) das cidades da ilha em relao ao censo de 2010, este ndice municipal apresenta a mesma caracterstica de composio do ndice de Desenvolvimento Humano Global, ou somente ndice de Desenvolvimento Humano (IDH), a coluna que expressa o ranking o comparativo com as 5.565 cidades do Brasil. Segundo o Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento o IDH um ndice que relaciona a trs requisitos: educao, longevidade e renda, diferentemente do Produto Interno Bruto (PIB) que s faz referncia a renda (PNUD, 2012) e expresso em um nmero de 0,0 a 1,0. O clculo do IDH feito multiplicando-se os trs fatores correspondentes a educao, longevidade e renda e extraindo-se sua raiz cbica. O Grfico 1 apresenta os valores do IDHM por cada uma das cidades.Tabela 1 IDHM das cidades marajoaras
Fonte: ATLAS, 2013Grfico 1 IDHM pelos municpios Marajoaras
Fonte: Autor
Observa-se que todas as cidades do Maraj apresentam um ndice inferior mdia paraense e esta diferena se torna ainda mais discrepante quando se compara com a mdia brasileira. De forma geral a ilha do Maraj apresenta, no senso de 2010, um ndice de desenvolvimento humano baixo. 1.2. A Cidade de Breves
O seguinte trabalho foi desenvolvido na cidade de Breves, a qual foi fundada em 1851, onde se localizava o Engenho dos Breves, engenho este que havia sido construdo no sculo XVIII por Manoel Breves, seu irmo e cunhada (IBGE. 19_ _?).Breves considerada a Capital das Ilhas, sendo a maior e a principal cidade da Ilha de Maraj, com uma populao de 92.860 pessoas em 2010 (IBGE, 2012). A partir de 2007 iniciou-se uma grande crise no setor madeireiro brevense, a qual era o principal setor da cidade em que cerca de 25 mil pessoas dependiam direta ou indiretamente. A crise aconteceu uma vez que houve falta de matria prima diante da no aprovao de projetos de manejo sustentvel e pela crise financeira no mercado mundial. Fecharam-se todas as grandes madeireiras, sendo clandestinas ou no, sobrevivendo apenas algumas pequenas serralherias no meio rural. Nesta poca a cidade contava com 94.458 habitantes (1.598 a mais do que trs anos adiante), esta intensa migrao teve origem nesta crise madeireira (DOS FUROS, 2011?). Acredita-se que em poucos anos essa crise ser superada, uma vez que a Secretaria de Estado de Meio Ambiente demonstra um nvel atual de eficincia e celeridade na apreciao de projetos e na emisso de licenciamentos ambientais, levando-se em conta tambm a recuperao do mercado mundial (INDUSTRIAS, 2010)A cidade fica a cerca de 260km de Belm, considerando-se o traado dos rios conforme figura 2, e o trajeto de balsa tem uma durao aproximada de 12 horas.
Figura 2 Trajeto de balsa de Belm Breves Fonte: MAPS, 2013.Um dado interessante sobre Breves que cerca de 50% de sua populao habita no meio rural (IBGE, 2012), os chamados ribeirinhos. A sua sobrevivncia devida agricultura de subsistncia, pesca e caa. A distncia entre essas comunidades e os centros urbanos no so medidas em quilmetros, mas no tempo gasto no deslocamento entre a origem e o destino (PENHA, 2010).Essa duas faces da cidade de Breves, a face urbana e rural, apresentam diferentes realidades e necessidades, porem se destacam neste trabalho duas necessidades para ambas: a primeira em relao ao abastecimento de gua e a segunda em relao ao saneamento bsico.
Ironicamente, apesar de Breves ter gua doce em abundncia, graas ao Rio Parauau e vrios igaraps, existe uma escassez de gua potvel, uma vez que a gua encontrada tem uma forte colorao amarelada, a qual chamada pelos brevenses de tucupi - um caldo amarelo extrado de raiz de mandioca brava, prato tpico paraense (BREVES, 2010). De modo geral, a gua da regio contm um alto teor de ferro, o que faz com que a gua apresente colorao amarelada e odor desagradvel. Em 2009, a Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria publicou um relatrio indicando que o aparecimento de epidemias e doenas emergentes na regio tem forte contribuio da m qualidade da gua. No ano de 2008 houve o registro no hospital municipal de Breves de 3.050 casos de doenas ligadas direta ou indiretamente ao consumo de gua de m qualidade. Isto levou que em 15 de abril de 2010 o prefeito Jos Antnio Azevedo Leo decretasse situao de emergncia pelo prazo de 90 dias na cidade, em que o governo municipal declarou que no estava com a situao sobre controle (BREVES, 2010).A cidade conta com uma Estao de tratamento de gua de captao subterrnea que desde 2009 est em reforma e ampliao para atender 47.083 pessoas, porm o prazo estendido ano aps ano, primeiramente porque a empresa ganhadora da licitao no teve porte para levar a obra adiante, rescindindo o contrato, e depois por falta de material (BREVES, 2010). Neste perodo a gua est sendo distribuda apenas duas vezes ao dia, uma pela manh e outra pela tarde, ambas com durao de duas a trs horas, sendo a clorao o nico tratamento (informao verbal). A figura 2 apresenta o clorador da ETA, em que se colocam pastilhas de cloro onde so dissolvidas e depois misturadas no reservatrio, como mostra a figura 3. Segundo relatos dos tcnicos da Companhia de Saneamento do Par (COSANPA), o lodo decantado na tubulao da rede de distribuio de gua faz com que algumas residncias no recebam gua, como o caso das casas situadas no bairro Jardim Tropical (informao verbal). Existe tambm a possibilidade da contaminao da rede pela entrada de gua externa, sendo que em diversos pontos verifica-se que o nvel do lenol fretico esta acima da cota de instalao da rede, considerando o fato da rede no estar constantemente sobre presso. Isto pode ser potencializado pela contaminao da gua subterrnea, uma vez que a cidade tem adotado o sistema de fossa para o tratamento do seu esgoto.
Figura 3 - Clorador ETA Breves Fonte: Foto do Autor
Figura 4 - Misturador da gua captada com o cloro dissolvidoFonte: Foto do Autor
Alm da ampliao da atual estao de tratamento que faz o tratamento de gua subterrnea, tem-se tambm o projeto de captao de gua do rio Parauau, a qual se estima o abastecimento de outras 38.077 pessoas, resultando assim no abastecimento de 85.160 habitantes, suprindo a atual necessidade urbana que em 2010 era de pouco mais de 46 mil habitantes. Para se estimar a populao futura se utilizou os dados dos ltimos 5 censos, 1991, 1996, 2000, 2007 e 2011, a populao brevense correspondente est expressa no quadro 1.
Quadro 1 Populao no municpio de Breves pelos anos.
Ano Populao
199172.140
199675.093
200080.158
200794.458
201092.860
Fonte: IBGE.
Utilizando os censos de 1991, 1997 e 2000, se definiu a equao na curva, expressa na tabela 2, nesta mesma tabela apresenta a populao estimada para a data dos cinco censos utilizando a equao parablica definida, tomando-se como valor de x o ano em analise subtraindo-se 1991. Observa-se que a populao estimada e real de 2007 so muito prximas com uma diferena de 0,36%, assim afirmando-se que a parbola tem um bom comportamento. Porm ao se analisar o ano de 2010, o qual teve um decrscimo da populao devido crise madeireira, a parbola no acompanha o valor real.Tabela 2 Equao da parbola e populao estimada pela equao.
y=a*x^2+b*x+c
aBc
75,07 215,24 72.140,00
Populao Real x Populao estimada
Ano Real Estimada
199172.140 72.140
199675.093 75.093
200080.158 80.158
200794.458 94.802
201092.860 103.331
Fonte: Autor.
Como explicado anteriormente acredita-se que est crise foi superada, ento a partir do ano de 2011 adotou-se que foi retomado o comportamento da parbola, diminuindo-se a diferena entre a populao estimada e real de 2010 do valor de y, os valores podem ser observados na tabela 3, e foram plotados no grfico 2.Tabela 3 Populao estimada e realAno Populao
REAL199172.140
199675.093
200080.158
200794.458
201092.860
y=a*x^2+b*x+c -(10.471)
ESTIMADA201196.003
201299.296
2013102.740
2014106.333
2015110.077
2016113.970
2017118.014
2018122.208
2019126.553
2020131.047
2021135.691
2022140.486
2023145.431
2024150.526
2025155.771
2026161.166
2027166.711
2028172.407
2029 178.253
2030184.248
Fonte: Autor.
Na tabela quatro so expressos os valores da porcentagem da populao urbana na cidade de Breves nos anos de 1991, 2000 e 2010, apesar de ter-se um crescimento da porcentagem de populao urbana entre os anos de 1991 e 2000, este valor no sofre grandes alteraes entre os anos de 2000 e 2010, assim considera-se que a populao urbana em 2030 continue com a taxa mdia de 50% da populao total, em valores corresponde a 92.124 habitantes, assim se teria uma populao de 6.964 habitantes no recebendo gua tratada em suas residncias, este valor corresponde a 7,56% da populao total.
Atualmente as casas que no recebem gua encanada, bem como as que recebem, acabam tendo que providenciar a gua para seu consumo (ingesto e higiene pessoal). Os que so melhores providos financeiramente acabam comprando gua mineral para sua ingesto, os que no podem acabam tendo que improvisar fazendo a coleta em poos pblicos ou particulares, em igaraps (muitas vezes prximos de fossas spticas) ou de guas de chuvas.Grfico 2 Grfico de populao por ano
Fonte: Autor.Tabela 4 Valores de populao urbana e rural da cidade de Breves dos Censos de 1991, 2000 e 2010
Pop. Rural (hab)Pop. Urbana (hab)Pop. Total (hab)% Pop. Urbana
Censo 199143.42128.71972.14039,81%
Censo 200039.87340.28580.15850,26%
Censo 201046.30046.56092.86050,14%
Fonte: ATLAS, 20131.3. O Bairro Cidade Nova II
O Bairro Cidade Nova II um dos bairros mais recentes de Breves e um dos que tem menos infraestrutura urbana tambm. Nenhuma de suas ruas so pavimentadas, executada somente a terraplenagem sem compactao. A figura 5 apresenta uma rua no bairro em questo e possvel observar o afloramento do nvel dgua, e como soluo adotada pela populao foram depositadas tbuas para auxiliar a passagem de pedestres e bicicletas.
Figura 5 Rua no bairro Cidade Nova II.Fonte: Foto do Autor
Em algumas residncias somente possvel a chegada atravs de trapiches, como apresentado nas figuras 6 e 7. A execuo destes consiste basicamente por meio de duas estacas de madeira cravadas manualmente no solo, sobre estas colocada uma pequena viga de madeira e por fim sobre a viga colocada a ponta de uma tbua, sendo que a outra ponta apoiada sobre outra estrutura de estacas e viga. Todas as ligaes so feitas por meio de pregos. Isto se faz necessrio pois o nvel dagua muito prxima da superfcie.
Figura 6 - Trapiche presente no bairro Cidade Nova IIFonte: Foto do Autor
Figura 7 Moradores do bairro Cidade Nova II utilizando o trapicheFonte: Foto do Autor
Nas figuras 8 e 9 observa-se um poo residencial. Na primeira possvel observar a gua num nvel prximo a superfcie e com uma alta turbidez. Na figura seguinte observa-se a proteo criada para se evitar que animais bebam desta fontes e a queda de matria orgnica, tambm possvel observar o recipiente utilizado para fazer a coleta preso por uma corda.
Figura 8 - Poo de uma residnciaFonte: Foto do Autor
Figura 9 - Poo de uma residnciaFonte: Foto do Autor
Em alguns lugares a prefeitura acaba conseguindo enviar gua atravs de caminhes-pipa, como apresentado na figura 10, porm segundo Vnia Cavalcante, secretria da Vigilncia Sanitria, nem todos os caminhes distribuem gua com uma potabilidade ideal, sendo necessria a clorao e filtrao, ela tambm afirma que os filtros de pedra pomes que so utilizados por alguns moradores, como os apresentados nas figuras 11 e 12, no tem a eficincia desejada
Fonte: Autor
Figura 11 - Filtro de pedra pomeFonte: Foto do Autor
Figura 12 - Filtro de pedra pomeFonte: Foto do AutorComo dito, a cidade de Breves optou pelo sistema de fossa para o esgotamento sanitrio. Essas fossas so feitas somente com a escavao, seguida do depsito desse esgoto e, devido ao fato do nvel da gua ser muito prximo da superfcie, acredita-se que haja a possibilidade dos poos superficiais estarem contaminados. Isso se deve ao arraste das bactrias pelo fluxo da gua, como ilustrado na Figura 13.
Figura 13 - Disseminao das bactrias em guas subterrneasFonte: BRASIL (2007, p. 160)A distncia desta disseminao varivel pelo tipo de solo, sendo dependente do coeficiente de permeabilidade do mesmo. Como observado na Figura 9, existe um espraiamento perpendicular ao fluxo at certo ponto e depois uma diminuio deste tamanho. Isso se deve ao processo de autodepurao da gua, em que, atravs do percurso, ela acaba eliminando bactrias e material orgnico, (...) contudo o aumento da densidade humana dificulta a autodepurao e obriga o homem a sanear o ambiente onde vive, para acelerar a destruio dos germes patognicos e precaver-se contra doenas. (BRASIL, 2007, p.159)Uma vez que este fato ocorre em um centro urbano, em que se tem uma grande quantidade de residncias prximas, e que cada uma tem a sua prpria fossa negra este risco de contaminao de poos muito mais elevado. O controle da qualidade dessas guas fica a cargo da Vigilncia Sanitria e a anlise desta gua feita por testes fsico-qumicos (cloro residual e turbidez) e microbiolgicos (escheriquia-cole e coliformes totais), porm os primeiros (...) no ocorrem a mais de um ano, pois no so enviados pelo governo, relata Vnia Cavalcante. So feitos testes em pontos de coleta coletiva, mas tambm feito um agendamento onde os moradores solicitam, e (...) de todos os testes realizados, cerca de metade so insatisfatrios (informao verbal).
1.4. As comunidades ribeirinhas
Os ribeirinhos tem suas residncias espalhadas pelas margens dos rios, na maioria dos casos com uma agricultura de subsistncia, produzindo para o prprio consumo, e comprando o que se falta com o dinheiro provindo de bolsas governamentais. Algumas comunidades ribeirinhas se parecem com vilas, essas so caracterizadas pela existncia de algumas industrias em que seus moradores so os empregados das mesmas, alguns exemplos de industrias so madeireiras, de gelo e de polpa de aa, fruto muito comercializado na regio.No caso dos ribeirinhos, a captao de gua feita diretamente no corpo do rio, utilizando baldes, como mostra a figura 14, ou com uma bomba se suco ligada a uma caixa dgua, e no se tem nenhum controle de qualidade. Apesar de se realizar um tratamento individual na maioria dos casos, no se h uma padronizao como constatado em visitas as casas. Os tratamentos variam entre coar, filtrar, sedimentar e desinfetar, com casos que se fazem apenas um desses e at mesmo nenhum. Um dos maiores inconvenientes relatados pelos moradores ribeirinhos so as embarcaes que se locomovem pelos rios, uma vez que h a contaminao por meio de leo e no caso das grandes embarcaes o lanamento de todo o esgoto sanitrio no corpo do rio.
Figura 14 - Captao de gua em uma casa ribeirinha.Fonte: Foto do Autor2. OBJETIVOS
Este trabalho traz como objetivo o desenvolvimento de um filtro de bioareia em PVC, assim como a realizao de testes em laboratrio para a determinao de sua eficincia e por fim fazer a implantao do filtro em meio urbano e ribeirinho, para se avaliar o filtro sendo operado pelos moradores de cada localidade. Outro objetivo traar o perfil do saneamento bsico no bairro Cidade Nova II e das comunidades ribeirinhas, em especial sobre a forma de tratamento da gua utilizado pelos moradores.3. REVISO TERICA3.1. O Direito ao Uso da gua
A disponibilizao de gua tratada e sua disponibilizao para a populao de suma importncia e vai alm do enfoque na Engenharia Civil, mas de uma necessidade legal defendida por doutrinadores de Direito como um Direito Fundamental e amparada pela Organizao das Naes Unidas (ONU) em seu Relatrio de Desenvolvimento Humano (PNUD, 2006, p. 10) como um Direito Humano Fundamental.
Diante do crescimento populacional e a maior necessidade de viabilizao de distribuio de gua potvel, se observa o contraste entre a densidade populacional com a distribuio dos potenciais de gua doce em diversas regies do Brasil, motivo pelo qual o tema demonstra ser de relevante importncia na esfera dos Direitos Humanos, Fundamentais e Coletivos, tendo em vista que a omisso do Estado e a falta de investimento em saneamento bsico vm trazendo a tona uma srie de problemticas sociais que so objeto de discusso judicial, pois ferem Direitos Coletivos e transgridem uma srie de garantias constitucionais que violam Direitos Humanos em detrimento do tratamento desigual e desumano que a escassez de gua tratada e as doenas decorrentes disto vm afetando h anos a populao brasileira.
A Constituio brasileira de 1988 no inseriu o acesso a gua potvel em seu rol de direitos e garantias fundamentais expressos dos artigos 5 a 17, no entanto, esta omisso em nada impede que este direito seja compreendido como fundamental, uma vez que por meio de documentos internacionais, mais precisamente do Relatrio de Desenvolvimento Humano publicado pela ONU em 2006 que os doutrinadores de Direito passaram a considerar a gua potvel como Direito Humano Fundamental de sexta dimenso, considerado de sexta dimenso, pois embora omisso em nossa Constituio Federal, os Doutrinadores o consideram como um acrscimo aos direitos fundamentais em nosso pas, vejamos:
A gua, a essncia da vida e um direito humano bsico, encontra-se no cerne de uma crise diria que afeta vrios milhes das pessoas mais vulnerveis do mundo uma crise que ameaa a vida e destri os meios de subsistncia numa escala arrasadora. (PNDU, 2006, p. 10)Esta afirmao de que o acesso gua potvel aceito pelo Estado Brasileiro como um direito fundamental fica constatado quando este documento da ONU exorta a todos os pases do mundo a atuarem com mais fervor na concretizao de que a gua potvel um direito fundamental universal, conforme afirmao a seguir:
Converter a gua num direito humano e fazer com que seja cumprido. Todos os governos deveriam ir alm dos vagos princpios constitucionais para a preservao do direito humano gua na legislao em vigor. Para ser cumprido, o direito humano deve corresponder a uma habitao a um abastecimento de gua seguro, acessvel e a um preo razovel. A habitao apropriada dever variar por pas e circunstncias familiares. Mas implica, no mnimo, uma meta de pelo menos 20 litros de gua potvel por dia para cada cidado e sem qualquer custo para as pessoas com falta de meios para o seu pagamento. Devem ser estabelecidos indicadores de referncia claros para o progresso em direo meta, com a responsabilizao dos governos nacionais e locais e tambm dos fornecedores de gua. Se os fornecedores privados tm um papel a desempenhar no abastecimento de gua, alargar o direito humano gua uma obrigao dos governos. (PNDU, 2006, p. 12)Embora no expressamente previsto, a falta de acesso gua potvel fere o princpio constitucional de dignidade da pessoa humana previsto no inciso III do art. 1 da CF/88, bem como o direito sade previsto no art. 6 do mesmo instituto legal, pois se sabe que muito dos problemas de sade enfrentados pela populao brasileira se deve justamente pela falta de tratamento adequado da gua que um dos recursos bsicos para assegurar a vida. Como se sabe, a gua um elemento que vai alm das necessidades de utilizao e consumo humano, a substncia de fundamental importncia para a garantia da vida no planeta, oferecendo condies essenciais manuteno contnua da fauna, flora, solo, atmosfera e vida humana, ela o componente que fornece condies para a existncia dos fenmenos vitais na terra, sua importncia to soberana que sua ausncia tem como consequncia o fim de nosso planeta, portanto, o estudo da viabilizao de gua tratada nas regies de difcil acesso de extrema importncia, uma vez que necessita de uma anlise mais detalhada para que se alcance a salvaguarda dos hipossuficientes frente ao descaso do Estado, que deve ser o principal garantidor dos direitos fundamentais de todos os cidados brasileiros de forma eficiente e sem fronteiras, por isso o interesse da ONU em forar os pases a tornar um direito fundamental universal o acesso a gua potvel (PNDU, 2006, p. 10).
A preocupao com o saneamento bsico surgiu com o crescimento das grandes cidades para a preveno de doenas e proteo ao meio ambiente, da se diz que sua principal caracterstica a preveno, pois quanto mais se investe nele, mais se economiza em assistncia mdica, uma vez que o acesso gua potvel evita uma srie de doenas e uma das condies mnimas de higiene que garantem a salvaguarda da dignidade da pessoa humana.
Embora no expressamente previsto na Constituio brasileira, surgiu entre os doutrinadores de direito inmeras discusses a respeito do tema, causando tambm debates a partir de diversos movimentos sociais de vrios seguimentos de que o acesso gua um Direito Humano Fundamental e tambm um Direito Coletivo, pois de interesse mximo de toda a sociedade, forando assim ao Estado brasileiro a promulgar a Lei que estabelece as diretrizes nacionais a uma poltica de assistncia ao setor de saneamento bsico brasileiro, Lei n 11.445 de 05 de Janeiro de 2007. Esta Lei fortaleceu este setor que possui servios essenciais para a manuteno da qualidade de vida das pessoas e dos ecossistemas, por meio dela que se constitui o regramento e aes para melhoria ambiental no que tange gua, esgoto, resduos slidos, drenagem e todos os demais servios necessrios ao bem-estar social e ambiental. Veja que a lei faz uma viso holstica que vai alm da proteo qualidade de vida humana, mas de todos os seres vivos que compem o ecossistema, por este motivo, o conceito de saneamento bsico evoluiu para o termo chamado saneamento ambiental, o primeiro conceito voltado vida humana e o segundo a preservao do meio ambiente.
No art. art. 2 incisos I e III, encontramos a preocupao de universalizar o acesso e o abastecimento de gua. Tambm em seu art. 3 inciso I, alneas a e b da referida Lei, se estabelece o conceito de saneamento bsico, vejamos:
Art. 3. Para efeitos desta Lei, considera-se:
I saneamento bsico: conjunto de servios, infra-estruturas e instalaes operacionais de:
a) abastecimento de gua potvel: constitudo pelas atividades, infra-estruturas e instalaes necessrias ao abastecimento pblico de gua potvel, desde a captao at as ligaes prediais e respectivos instrumentos de medio;
b) esgotamento sanitrio: constitudo pelas atividades, infra-estruturas e instalaes operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposio final adequados dos esgotos sanitrios, desde as ligaes prediais at o seu lanamento final no meio ambiente.
A ONU elegeu 2008 como o ano internacional do saneamento e a partir da foi lanado tambm aqui no Brasil atravs do Conselho das Cidades (CONCIDADES) uma campanha nacional intitulada de Plano de Saneamento Bsico Participativo, com vistas a fortalecer o conceito de saneamento ambiental e a reduzir a poluio das guas, bem como a carncia de saneamento bsico em nosso pas, dando indcios do incio de um maior investimento do Estado para assegurar que o ordenamento da ONU seja cumprido, garantindo deste modo que a gua seja preservada e que tenha um tratamento adequado, assegurando o benefcio ao meio ambiente equilibrado, a sade e dignidade de todas as pessoas, quer das presentes ou futuras geraes, tornando a juridicidade do direito mais forte, vinculado a todos os poderes estatais (BRASIL, 2008). 3.2. O Tratamento da gua
A Organizao Mundial da Sade afirma que se devem aplicar todos os esforos para se obter e disponibilizar a todos uma fonte de gua satisfatria, ou seja adequada, segura e acessvel, uma vez que melhorando-se este acesso possvel ter benefcios tangveis a sade (WHO, 2011, p.15). Segundo a CAWST (Centro para gua Acessvel e Tecnologia de Saneamento), o melhor meio para reduzir o risco de gua no segura utilizando uma multi-barreira de cinco etapas, as quais so:1. Proteo da fonte de gua;
2. Sedimentao da gua;
3. Filtrao da gua;
4. Desinfeco da gua;
5. Armazenamento de forma segura da gua (CAWST, 2012, p. 2).
Tanto os sistemas de abastecimento de grandes regies quanto os individuais seguem o mesmo processo bsico de tratamento, que consiste nas trs atividades centrais da multi-barreira, sedimentao, filtrao e desinfeco da gua. A sedimentao da gua remove as partculas maiores e frequentemente mais que 50% dos agentes patognicos. A filtragem da gua remove as partculas de menores dimenses e frequentemente mais de 90% dos agentes patognicos. Por fim, a desinfeco da gua remove, desativa e mata os patgenos restantes (CAWST, 2012, p. 2).Mark D. Sobsey et. al (2008) apresentaram em seu trabalho um comparativo entre cinco formas distintas de tratamento de gua as quais so: cloro livre (tratamento somente com a deposio de cloro lquido ou em tabletes em meio a gua), sedimentao e clorao (usa-se como agente sedimentador o sulfato de alumnio e ento se realiza a clorao), desinfeco solar (atravs da colocao da gua dentro de garrafas PETs e por fim expondo-as a luz solar), filtros cermicos (cermica porosa que retm os micro-organismos por filtrao) e filtro de bioareia (utiliza-se de filtrao convencional e de uma camada biolgica que consome os micro-organismos presentes na gua). Para estes tratamentos fez-se um comparativo dando notas entre 1 e 3 para os seguintes critrios: quantidade de gua produzida (tomou-se como base quantas unidades/doses seriam necessrias para produo de 20 litros em 4 horas, receberam nota 3 as que necessitam de apenas uma unidade/dose, nota 2 para as tecnologias que necessitam de 2 a 4 unidades/doses e nota 1 para as que precisam de 5 ou mais unidades/doses), qualidade da gua (as tecnologias que conseguem retirar turbidez e/ou matria orgnica assim como conseguir uma alta reduo de micro-organismos gerando gua de boa qualidade recebem nota 3. Tecnologias que no retiram turbidez e matria orgnica, mas que apresentam uma alta reduo de micro-organismos tem nota 2. Por fim as tecnologias que no removem turbidez ou matria orgnica e tem uma baixa reduo de micro-organismos obtm nota 1), facilidade de se utilizar esse processo (este critrio feito pela soma de outros 3: fcil processo, durao do processo e manuteno requerida no processo. Em relao ao primeiro, se o processo tiver uma nica etapa, tem nota 1, se tem duas ou mais etapas, a nota 0. Em durao do processo se o processo obtm 10 litros de gua em at 30 minutos, nota 1, do contrrio nota 0. E por fim em relao a manuteno, os processos que necessitam de manutenes peridicas obtm nota 0, as que tecnologias que no necessitam nota 1), custo (tomou-se como base a produo de 20 litros por dia no perodo de um ano utilizando como parmetro o dlar americano. As tecnologias que nesta condio tiveram um gasto at 0,001$/L obtm nota 3, entre 0,001 e 0,01$/L nota 2 e os que tiveram um gasto maior que 0,01$/L nota 1) e suprimentos (tecnologias que no precisam de suprimentos nota 3, que precisam esporadicamente de suprimentos nota 2 e as que sempre precisam de suprimentos nota 1). Os resultados esto expressos na tabela 5, assim como a somatria de todo processo.Tabela 5- Comparao entre diferentes mtodos de tratamento de gua e seu respectivo desempenho
Quantidade de gua Qualidade da guaFacilidade no usoCustoSuprimen- tosPontuao Global
Cloro Livre3133 (lquido)111
2 (tabletes)10
Coagulao/Clorao231118
Desinfeco Solar111339
Filtros Cermicos2323212
Filtros Bioareia3322313
Fonte: SOBSEY, et al, 2008Como observado na tabela um dos mtodos de purificao de gua mais eficiente e sustentvel a chamada filtrao bio-areia, que reduz significativamente as principais causas de doenas transmitidas pela gua e morte nos pases em desenvolvimento por meio da combinao de processos biolgicos e mecnicos (HYDRAID, p. 1)O filtro bio-areia foi desenvolvido na dcada de 1990 pelo Dr. David Manz na Universidade de Calgary, no Canad e teve sua primeira implantao na Nicargua (HYDRAID, p. 1). As estimativas da CAWST (2012, p.17) apontam que mais de 300.000 filtros bio-areia foram instalados em mais de 69 pases em todo o mundo at junho de 2011.3.3. Funcionamento do Filtro Bio-AreiaEste filtro, alm de reter as partculas presentes na gua, com o mesmo processo de um filtro lento, tambm remove os patgenos presentes na gua. A biocamada o componente fundamental do filtro, pois sem ela o filtro remove cerca de 30-70% dos agentes patognicos, atravs de aprisionamento mecnico e adsoro. O ideal que a biocamada remova at 99% de agentes patognicos. (CAWST, 2012, p.11). O filtro bio-areia utiliza-se de quatro processos para a remoo destes micro-organismos causadores de doenas:1. Predao: devido falta de nutrientes na biocamada, em conjunto com o alto nvel desenvolvido, alguns microorganismos acabam por se alimentarem uns dos outros no interior do filtro, em especial na biocamada;
2. Aprisionamento mecnico: apesar da gua conseguir fluir atravs da areia devido aos poros interligados, algumas partculas e patgenos com dimenses acentuadas no conseguem passar por estes canais;3. Adsoro: alguns patgenos se prendem a areia e no conseguem se soltar e acabam morrendo;4. Morte natural: alguns patgenos morrem porque no h alimento suficiente ou ar para eles dentro do filtro de bio-areia devido a grande quantidade de micro-organismos presentes (CAWST, 2012, p. 9).3.4. As Partes do Filtro Bio-AreiaO filtro bio-areia necessita de uma srie de itens que so essenciais para a eficincia do mesmo. A figura 15 apresenta as 10 partes essenciais do filtro que so:
Figura 15 Partes integrantes do filtro bioareiaFonte: CAWST (2012, p. 01)
01 Reservatrio: neste local onde se deposita a gua que ainda no foi tratada, segundo a CAWST (2012, p 15) melhor utilizar uma fonte de gua limpa e clara. 02 Bio-camada ou schmutzdecke: o significado de schmutzdecke camada suja em alemo, o qual uma pelcula adesiva que tem cor castanha-avermelhada e consiste de matria orgnica em decomposio, ferro, mangans e slica na parte superior do filtro. Portanto funciona como um filtro fino que contribui para a remoo de partculas finas coloidais na gua bruta (BIOSAND, 2012). Esta camada viva de microorganismos a responsvel por uma reduo de bactrias, tais como E. coli, e uma reduo ainda maior dos demais agentes patognicos. Este efeito torna-se maior medida que a flora e a fauna do filtro se desenvolvem na presena de uma alimentao, oxignio e temperaturas adequadas.
03- Corpo da camada de areia: A atividade biolgica no ocorre somente nas primeiras camadas, mas segundo a organizao Biosand filter (BIOSAND,2012) ela se realiza entre os primeiros 40 cm do filtro, nas camadas profundas a atividade bacteriana pequena, mas as reaes bioqumicas ocorrem convertendo materiais orgnicos, tais como cidos aminados em amnia, nitritos em nitratos (nitrificao), assim se faz necessria uma camada espessa.04 Camada de separao: sua funo separar a areia da camada filtrante, para que ela no entre na tubulao de sada se gua, sua altura ideal cerca de 5 centmetros.05- Camada drenante: Sua funo no oferecer resistncia para que a gua entre na tubulao de sada, formado por uma camada bem granular de cerca de 5 centmetros.
06 Vertedor: o final da tubulao de sada da gua, deve-se ter o cuidado de sempre estar fazendo a limpeza deste local com um agente desinfetante, como gua com cloro.07 Tampa: ela se faz necessria pra que no haja contaminao do filtro, deve ser bem vedada e ter um bom encaixe com o filtro.
08 Camada de gua: esta camada de gua se faz necessria para que o nvel da gua no fique abaixo da areia, pois se isto acontecer a camada biolgica morre. O ideal esta camada de gua teNHA aproximadamente 5 cm. Ela nivelada pela cota de sada do vertedor uma vez que a gua s parar de fluir quando a cota no corpo do filtro ser de igual tamanho da cota mnima do vertedor. Esta camada no pode ter mais de seis centmetros, pois pode haver falta de oxignio na biocamada. Tambm no pode ter menos que de quatro centmetros, pois nos dias quentes a gua pode evaporar e secar a biocamada.
09 Recipiente de gua: onde se armazena a gua filtrada e se faz a clorao quando necessrio. Deve ser um recipiente com tampa e vlvula de sada e precisa ser lavado com frequncia com gua e sabo.
10 Difusor: ele tem a funo de no permitir uma perturbao na biocamada, fazendo fluir a gua do reservatrio aos poucos, consiste em uma placa toda perfurada.
3.5. Desenvolvimento da biocamada
O desenvolvimento integral da biocamada dura cerca de 30 dias (CAWST, 2009, p. 6). Nos primeiros dias em que se despeja a gua no filtro, os microorganismos comeam a se instalar no topo da areia e inicia-se a formao intensa de uma colnia microbiolgica. Eles ficam entre os primeiros centmetros da camada de areia devido ao nvel mais alto de oxignio do que nas camadas inferiores. Segundo a CAWST (2012, p.11 a gua do filtro pode ser usada durante as primeiras semanas enquanto a biocamada est sendo estabelecida, mas ainda ser preciso desinfetar a gua.Por volta do dia 15 a biocamada comea a se tornar mais povoada e aos poucos comea a faltar espao e nutrientes para os micro-organismos presentes. Observa-se na figura 16, na marcao (A) que existe uma variabilidade grande na eficincia do filtro, isto se deve a momentos em que existe uma colnia muito grande na biocamada e falta alimento, assim por morte natural uma parcela da bio-camada se torna inativa, porm com esta queda comea-se a ter novamente abundncia de alimentos e a colnia cresce novamente. Essas oscilaes na eficincia continuam, porm cada vez mais em uma menor escala, at que por volta do dia 30 ela se torna constante. Neste momento o filtro estar integralmente desenvolvido e cada vez que se despejar gua na areia os micr-organismos vivos na areia iro se alimentar dos presentes na gua, eliminando assim os agentes patognicos (CAWST, 2012, p.10).
Figura 16 Grfico de eficincia do filtro por diaFonte: CAWST (2012, p. 11)
Na figura 16 possvel observar que no ponto (B) existe uma oscilao na eficincia do filtro esta oscilao representa a limpeza no filtro ou a colocao de uma gua de origem distinta da utilizada no processo. Essas intervenes afetam diretamente a eficincia do filtro, como abordados a seguir. Devido a este fato a CAWST (2012, p.16) afirma que se faz necessrio utilizar-se de um agente desinfetante na gua como cloro, desinfeco solar ou fervura sempre que se faz a limpeza.3.6. Vazo do FiltroA vazo final do filtro est diretamente relacionada com a dificuldade de passagem da gua por entre a camada de areia, logo se conclui que se o fluxo do filtro for muito rpido, os patgenos podem ser forados a passar pelo filtro, assim no muitos patgenos sero removidos pelo filtro. (CAWST, 2012, p. 14)A vazo indicada pela CAWST (2012) de 400 L/h/m, aceitando-se um desvio de 50 L/h/m, no podendo ser maior por conta do risco de se passarem patgenos e no podendo ser menor, por conta da insatisfao dos usurios com a baixa vazo.
Uma pesquisa desenvolvida por Stauber, C. et al, (2006) faz um comparativo entre a remoo de Escherichia Coli por usurios que utilizam o filtro a pouco tempo (de 45 a 90 dias) com uma vazo maior do que a indicada e com areia de rio, e os que utilizam a mais tempo (entre 1 e 5 anos) com uma vazo dentro do limite indicado e com areia de escavao. Plotou-se os resultados obtidos em pontos nos grficos 3 e 4 respectivamente.
Percebe-se uma disperso muito mais acentuada nos usurios com pouca experincia, com uma porcentagem de remoo mdia de 83,3%, valor muito inferior ao de usurios experientes, o qual apresentam a mdia de 98,5%. Devido ao fato que no tratamento, de forma geral, o usurio s deva abastecer o filtro dentro de um limite de tempo, o qual por sua vez bem abrangente, aponta-se como a inexperincia do usurio no sendo o motivo real da diferena. Mas se justifica pelo fato que a areia proveniente do rio apresenta uma vazo maior, no concedendo o tempo necessrio para que se consuma o agente patgeno.
Grfico 3 - Remoo de Escherichia Coli por filtros operados por usurios inexperientes.
Fonte: STAUBER, 2006Grfico 4 Remoo de Escherichia Coli por filtros operados por usurios experientes.
Fonte: STAUBER, 20063.7. Eficincia do biofiltroA tabela 6, publicada originalmente pela CAWST, 2012, traz os resultados resumidos de alguns trabalhos em laboratrio e campo apontando a eficincia do filtro de bio-areia na remoo de alguns indicadores.Tabela 6 Eficincia do filtro de bio-areia em laboratrio e em campo
REMOO
BactriaVrusProtozoriosHelmintosTurbidezFerro
Laboratrioat 98,5%70 - >99%>99,9%at 100%95% 200,5, e os termotolerantes foram de >200,5 e 88,5. Desta forma observa-se a crescente eficincia do filtro. Tabela 16 Nmero mais Provvel de coliformes por 100mL no prottipo DN100
Fonte: AutorO segundo prottipo, executado com DN200, apresenta uma constncia em sua vazo, conforme tabela 17, assim acredita-se que a camada de separao, feita com pedrisco, atuou de forma satisfatria. Porem a vazo foi de praticamente o dobro da esperada para este tipo de projeto, o que se justifica pela areia utilizada ser de fundo de rio, uma vez que estas tem uma permeabilidade maior devido ao seu formato arredondado (MARQUES, 2007).
Tabela 17 Vazo por dia para DN200
Fonte: Autor
Os resultados dos ensaios microbiolgicos foram expressos na tabela 18, no dia 14 por erro do laboratrio, o ensaio foi realizado somente com presena/ausncia e no feita a contagem.
Observa-se que existe uma eficincia na retirada dos coliformes, porm mais baixa do que a desejada, isto se deve ao fato das grandes vazes que saem do filtro, uma vez que foi-se utilizada uma areia imprpria.Tabela 18 - Nmero mais Provvel de coliformes por 100mL no prottipo DN100
Fonte: Autor
No grfico 6 foi-se plotado os valores do NMP pelos dias de funcionamento do filtro, observa-se que no dia 28 houve um pico mnimo e depois voltou-se a aumentar antes de voltar a decrescer. Este fato pode ter acontecido por duas razes, o dia 28 expressa um pico de estabilizao, em que, at se estabilizar, a eficincia do filtro tem comportamento similar a um comprimento de onda cada vez menos intenso, ou a fonte de gua apresentou quantidade diferentes de coliformes o que gerou esta desestabilizao, este ltimo no podendo ser confirmado uma vez que no se fez acompanhamento com testes bacteriolgicos da fonte.
Grfico 6 Nmero Mximo Provvel de Coliformes por dia no prottipo DN200
Fonte: Autor
5.3. Visita as casas ribeirinhas
A tabela 18 traz tabulados os dados coletados nas comunidades ribeirinhas, observa-se que todas as casas utilizam-se de sulfato de alumnio, e todos afirmaram que isto necessrio por causa da cor presente na gua, pode-se ver que os resultados depois do tratamento apontam uma turbidez satisfatria para o consumo segundo a Portaria de Potabilidade de gua. Porem acredita-se que feito uso de uma quantidade alta do material para a quantidade de gua tratada, o que gera riscos evidentes para a sades dos consumidores.
Tabela 19 Levantamento nas visitas as casas
Casa NTratamentoTurbidez antes do trat. (NTU)Turbidez depois do trat. (NTU)
1Sulfato50< 5
2Sulfato e Hipoclorito100< 5
3Sulfato80< 5
4Sulfato e Hipoclorito50< 5
5Sulfato 20< 5
6Sulfato e Hipoclorito20< 5
7Sulfato e Hipoclorito25< 5
8Sulfato e Hipoclorito70< 5
Fonte: Autor
Os agentes de sade que passam esporadicamente pelas residncias instruem os moradores a tratarem a gua com sulfato de alumnio e hipoclorito. Porem estes materiais necessrios para o tratamento deveriam ser disponibilizados, porem somente disponibilizado o hipoclorito e em algumas residncias visitadas foi relatado que os agentes no o esto entregando por falta em estoque. Algumas residncias tambm relataram que no fazem uso do hipoclorito devido ao gosto residual na gua. Um fato ocorrido durante uma visita foi que uma das crianas estava com diarreia, e os pais acreditavam que era por comer produtos industrializados, porem o tratamento da gua era feito somente com sulfato de alumnio. Tambm foi observado nas casas que apesar do frasco de hipoclorito indicar duas gotas por litro, algumas pessoas utilizam quatro ou cinco, assim conclui-se que existe uma falha em como ensinado os moradores a tratarem sua gua, esta falta de informao dos moradores provavelmente reflexo do treinamento deficiente dos agentes de sade. 5.4. Implantao do Filtro
O filtro foi implantado na casa no bairro Cidades Nova II, e a vazo medida foi de 174 ml/min, avalia-se como sendo uma vazo satisfatria. Ao se retornar aps 7 dias o filtro havia cado, os agregados que acabaram por sarem do filtro foram novamente depositados no filtro pelos moradores, porem como a vazo diminuiu eles retiraram parte da areia do filtro e colocaram em um saco pensando que isto seria uma soluo, porem como no resolveu eles deixaram o filtro parado. Por anlise ttil percebeu-se que haviam seixos misturados a areia do saco. Devido a falta de tempo hbil para se instalar novamente o filtro, foi deixado escrito como se faria esta instalao aos moradores, passo-a-passo.Na comunidade ribeirinha a instalao foi feita e se mediu uma vazo de 209 ml/min, o que satisfatrio, percebeu-se que apesar de simples os passos para a utilizao do filtro a famlia teve um pouco de dificuldade de compreender. Porm devido a distncia e falta de comunicao com a comunidade ribeirinha no se fez possvel at o momento avaliar o uso do filtro.
6. CONCLUSO
Comparando-se os resultados do primeiro prottipo com o dos primeiros dias do segundo, observa-se que o primeiro tem uma vazo menor que a indicada, enquanto o segundo tem uma vazo maior do que a indicada. Os valores do teste bacteriolgico do primeiro apontam uma eficincia maior na remoo dos indicadores que o segundo. Concluindo assim que quanto menor a vazo por unidade de rea, melhor ser a eficincia do filtro.
Porem conclui-se que o filtro de bioareia como soluo para o tratamento no a soluo mais indicada, pois a gua da regio apresenta um alto nvel de turbidez, assim no sendo indicado utilizar o filtro sem a adio de sulfato, e uma vez que o filtro no a garantia de um tratamento 100% eficiente na eliminao dos microorganismos, deve utilizar ao final um agente desinfetante, assim a utilizao do filtro seria um passo a mais no tratamento indicado pela Funasa com sulfato de alumnio e hipoclorito apenas.
Atravs dos questionrios e das visitas ribeirinhas possvel concluir que no existe uma padronizao na forma de tratamento individual nas casas e at mesmo uma falta de informao para os moradores em relao ao tratamento de gua, este dilogo entre governo e moradores que feito atravs dos agentes de sade, um dilogo de forma geral falho, assim v-se a necessidade de se ter uma formao para que estes agentes possam estar melhor preparados. Outra situao que necessita de especial ateno o abastecimento de gua no bairro Cidade Nova II na cidade de Breves PA, em especial a captao por poos, associado destinao do esgoto por fossas potencializam o risco de contaminao da gua subterrnea. Muitas doenas veiculadas por esta gua contaminada podem atingir os moradores, sendo necessria a tomada de uma ao emergencial para a segurana da populao deste bairro.7. REFERNCIAS
ATLAS DO BRASIL; ndice de Desenvolvimento Humano Municipal; 2013. Disponvel em: < http://www.atlasbrasil.org.br/2013 > Acesso em: 01 nov. 2013.
BELINCANTA, Antnio; Fundamentos Bsicos de Permeabilidade do Solo. Maring: Universidade Estadual de Maring. 2005.
BIOSAND Filter, Biological action, 2012 Disponvel em: Acessado em: 17 jul. 2013.
BRASIL, Conselho das Cidades (2008).Plano de Saneamento Bsico Participativo, Braslia. Disponvel em: < http://www.capacidades.gov.br/biblioteca/detalhar/id/175 /titulo/plano+de+saneamento+basico+participativo>. Acesso em: 15 out. 2013_______, Constituio (1988).Constituio da Repblica Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Contm as emendas constitucionais posteriores. Braslia: Senado, 1988._______, Fundao Nacional da Sade. Manual de Saneamento, 3. ed. rev. Braslia, Fundao Nacional da Sade, 2007. Disponvel em: . Acesso em: 10 jan. 2013.
_______, Fundao Nacional da Sade. Manual prtico de anlise da gua, 3 ed. rev. Braslia, Fundao Nacional da Sade, 2009. Disponvel em: Acesso em: 02 mai. 2013.
BREVES sofre com falta de abastecimento de gua. Dirio do Par, Belm, mai. 2010. Disponvel em: . Acesso em: 02 mai. 2013.
CENTRE FOR AFFORDABLE WATER AND SANITATION, Biosand Filter Construction Manual, Calgary, Canada, 2012. Disponvel em: < www.cawst.org> Acesso em: 20 jul. 2013_______. Biosand filter manual: Design, construction, installation, operation and maintenance, Calgary, Canada, 2009. Disponvel em: < www.cawst.org> Acesso em: 05 mai. 2013
DOS FUROS, Maraj. Instituto Peabir, 2011?. Disponvel em: . Acesso em: 02 mai. 2013.
INTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA, Biblioteca do . Breves, 19_ _?. Disponvel em: . Acesso em 02 mai. 2013._______. Senso Demogrfico 2010, 2012. Disponvel em: < http://www.ibge.gov.br /cidadesat/xtras/perfil.php?codmun=150180>. Acesso em 02 mai. 2013.
INDUSTRIAS fecham as portas em Breves. Dirio do Par, Belm, set. 2010. Disponvel em: < http://diariodopara.diarioonline.com.br/N-111843-INDUSTRIAS+FECHAM+AS+ PORTAS+EM+BREVES.html>. Acesso em: 02 mai. 2013.
HYDRAID, Biosand Water Filter Proven Technology to Address the Global Water Crisis, 2012. Disponvel em: < www.hydraid.org/> Acesso em: 10 jul. 2013.
MAPA de Maraj, s.d. Disponvel em: . Acessado em 06 mai. 2013MAPS, Google, 2013. Disponvel em: . Acessado em 06 nov. 2013MARQUES, Eva: Depsitos Fluviais. 2010. Disponvel em: < http:// oficina.cienciaviva.pt/~pw054/vidro/Depositos.htm>. Acesso em: 25 nov. 2013.PROGRAMA DAS NAES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO, Desenvolvimento humano e IDH, 2012. Disponvel em: < http://www.pnud.org.br/IDH > Acesso em: 01 nov. 2013. PROGRAMA DAS NAES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO, Relatrio de Desenvolvimento Humano, 2006. Disponvel em: < http://www.pnud.org.br/RDH > Acesso em: 21 nov. 2013.
PENHA, Gabriel. Ribeirinhos: Os desbravadores da Amrica. Fev. 2010. Disponvel em: http://emanoelreis.wordpress.com/2010/02/12/amazonia-ribeirinho-amapa/>. Acesso em: 02 mai. 2013.
SOBSEY, Mark D. et al. Point of Use Household Drinking Water Filtration: A Practical, Effective Solution for Providing Sustained Access to Safe Drinking Water in the Developing World. Environmental Science & Technology. ,v. 42, n.12, p. 4261-4267, 2008STAUBER, C., et al. Characterisation of the biosand filter for E. coli reductions from household drinking water under controlled laboratory and field use conditions. Water Science Technology. 2006; 54(3): 1-7.
WORLD HEALTH ORGANIZATION, Library Cataloguing-in-Publication Data, Guidelines for Drinking-water Quality, 4 ed. WHO Graphics, 2011. Disponvel em: < http://whqlibdoc .who.int/publications/2011/9789241548151_eng.pdf>. Acessado em 12 mai. 2013.
ANEXOS
8. 1. USE O FILTRO TODOS OS DIAS
2. SEMPRE UTILIZE UM MESMO LOCAL DE COLETA (SOMENTE RIO OU SOMENTE POO)
3. NO REPETIR O USO COM MENOS DE 1 HORA DEPOIS QUE PAROU DE SAIR GUA (MELHOR ESPERAR 12HORAS)
4. NUNCA USAR CLORO DENTRO DO FILTRO
5. SEMPRE USAR CLORO NO GALO DE GUA
6. NO USAR GUA COM UMA COR FORTE SEM USAR DECANTADOR (SENTADOR)
(MELHOR ESPERAR 12HORAS)
Figura SEQ Figura \* ARABIC 10 Abastecimento com pipa
83,3%
98,5%
Topo da Areia
245 mm
Especificaes:
Vazo da camada filtrante: 400 lt/hora/m
Vazo do filtro: 0,4 lt/min/ud
Volume do reservatrio: 12lt
Volume de vazios da areia: 12lt
Espessura da camada de gua: 5 cm
Figura SEQ Figura \* ARABIC 22 Ligao do adaptador e coletor do filtro
6 PASSOS PARA UTILIZAR CORRETAMENTE O FILTRO DE BIOAREIA
Informao fornecida pelo funcionrio da COSANPA no Municpio de Breves.
Informao fornecida pelo professor da UFPA, Marielson Guimares.
Informao fornecida pela secretria da Vigilncia Sanitria de Breves, Vnia Cavalcante.
_1446484430.xlsGrf1
0.7
1
1
1
0.9781021898
1
0.320610687
0.7142857143
0.3970588235
0.9870967742
0.9993865031
1
0.8417647059
0.7777777778
0.875
1
0.7329192547
1
1
1
0.9897959184
0.3703703704
0.8461538462
-0.05
0.6
0.9956485356
0.9692307692
0.9860724234
0.9998139535
0.7133333333
0.9450171821
0.9679586563
1
1
-0.2558139535
0.523364486
0.8333333333
0.9921259843
0.9990825688
0.8883495146
1
0.99
0.7023411371
0.5784313725
0.25
0.9994285714
0.4285714286
0.7333333333
1
0.9976190476
1
1
0.9843478261
1
0.95
1
0.9967532468
1
1
1
1
1
0.8571428571
0.8943661972
1
1
0.3333333333
1
1
1
0.7142857143
0.5
1
0.52
0.9974424552
0.6666666667
0.89
1
-0.5
1
0.5183673469
0.5
0.9047619048
0.375
1
-0.3333333333
0.9776357827
0.8947368421
0.5942028986
1
0.85
-1
0.9807692308
0.975
0.9966666667
1
1
0.5344827586
0.6
1
-0.3333333333
1
1
0.8
1
-0.8
1
1
0.8716216216
0.865625
0.9892307692
0.8584615385
1
1
1
0.9090909091
1
0.8055555556
1
1
1
0.99669967
0.9744680851
0.9682539683
0.6736842105
0.488
1
0.9224806202
1
-0.2037037037
0.9285714286
0.9
0.4516129032
1
1
0.9130434783
1
1
0.7777777778
1
1
0.8653846154
1
0.9836601307
0.8571428571
1
0.9922779923
1
0.6818181818
1
0.965625
0.9454545455
1
0.5
0.7674418605
-1
1
1
1
1
0.9846153846
1
0.9857142857
0.1666666667
1
1
1
1
0.8333333333
1
1
1
-0.75
-0.8333333333
0.9464285714
0.6538461538
1
0.8888888889
0.9285714286
0.8604651163
0.4117647059
0.9
0
1
1
1
1
1
0.7846153846
0
0.9473684211
0.9833333333
-0.3571428571
0.9966666667
1
0.92
0.4473684211
-0.3333333333
0.9375
0.9868421053
1
1
0.125
-0.1666666667
0.6666666667
1
-0.1428571429
0.125
-0.0833333333
0.9333333333
-0.6666666667
0.9
1
1
0.8461538462
-1
0.99
0.8
-0.03
1
0.7333333333
1
0.9444444444
1
0.7777777778
0.9565217391
1
0.9062857143
0.9860402685
0.9643515673
0.8918918919
1
1
-0.8
0.9995785925
0.9519230769
0.9856630824
0.5588235294
0.8
1
0.9736842105
1
0.9736842105
0.25
0.96
0.9911894273
1
0.9542857143
0.9615384615
0.9857142857
0.9996039604
0.9983333333
1
0.9639215686
0.35
1
0.9726027397
0.1666666667
1
1
0.75
0.96
1
0.9849056604
0.9869174162
0.4821428571
0.8705357143
0.9870689655
0.9296296296
0.8457142857
1
0.9555555556
-0.3333333333
1
0.8571428571
0.358974359
0.2
1
0.1336633663
1
0.9452054795
0.9230769231
0.6666666667
-1
0.7
0.8857142857
0.75
1
0.5384615385
-0.25
0.9814814815
0.1428571429
New Users Removal Effectiveness (excluding Influent at zero E.coli and Removal < -100%) (n =292 )
Usurios
% Remoo de E. coli
Efeito de Remoo para usurios recentes(1,5 - 3 meses)
Chart - E. coli Sort(1)
Chart - E. coli Sort(1)
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
01
01
01
01
02
02
02
02
03
03
03
04
04
04
04
07
07
08
012
015
022
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
7
7
7
7
7
7
7
7
8
8
8
8
8
8
9
9
9
9
10
10
10
10
10
10
10
10
10
11
11
13
14
14
14
15
15
15
15
16
16
16
16
16
16
16
17
17
18
18
19
19
21
22
23
24
25
25
26
28
29
29
30
31
32
32
32
32.5
34
35
35
36
38
41
42
43
43
43
43
43
43
45
48
50
51
52
52
52
54
54
56
58
58
59
62
62
63
66
68
78
80
84
89
90
92
92
93
96
96
100
100
102
120
126
128
135
164
166
172.5
178
198
200
206
269
288
300
312
365
450
Chart excludes three data points for New Users data: 3,150 3,300 8,750 These values are included in the Average and Median.
New Users:Median = 2
Average = 53
Long Term Users:
Median = 0Average = 1
# Tests
New Users
Long Term Users
Bacterial Count, E. coli (cfu/100 mL)
Water Quality from Filter SpoutNew versus Long Term Users
Chart - E.coli - Sorted
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
7
7
7
7
7
7
7
7
8
8
8
8
8
8
9
9
9
9
10
10
10
10
10
10
10
10
10
11
11
13
14
14
14
15
15
15
15
16
16
16
16
16
16
16
17
17
18
18
19
19
21
22
23
24
25
25
26
28
29
29
30
31
32
32
32
32.5
34
35
35
36
38
41
42
43
43
43
43
43
43
45
48
50
51
52
52
52
54
54
56
58
58
59
62
62
63
66
68
78
80
84
89
90
92
92
93
96
96
100
100
102
120
126
128
135
164
166
172.5
178
198
200
206
269
288
300
312
365
450
New Users
Number of E. coli tests - Sorted
Bacterial Count, E. coli (cfu/100 mL)
Chart - New & Long E.coli Sort
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
01
01
01
01
02
02
02
02
03
03
03
04
04
04
04
07
07
08
012
015
022
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
6
7
7
7
7
7
7
7
7
8
8
8
8
8
8
9
9
9
9
10
10
10
10
10
10
10
10
10
11
11
13
14
14
14
15
15
15
15
16
16
16
16
16
16
16
17
17
18
18
19
19
21
22
23
24
25
25
26
28
29
29
30
31
32
32
32
32.5
34
35
35
36
38
41
42
43
43
43
43
43
43
45
48
50
51
52
52
52
54
54
56
58
58
59
62
62
63
66
68
78
80
84
89
90
92
92
93
96
96
100
100
102
120
126
128
135
164
166
172.5
178
198
200
206
269
288
300
312
365
450
Chart excludes three data points for New Users data: 3,150 (cfu/100 mL) 3,300 8,750 These values are included in the Average and Median.
New Users:Average = 53
Median = 2
Long Term Users:Average = 1 Median = 0
New Users
Long Term Users
Water Tests - Sorted
Bacterial Count, E. coli (cfu/100 mL)
Water quality from Filter SpoutNew and Long Term Users
Chart - New - E. coli (2)
0.24641148330.24880382780.23923444980.21052631580.0550239234
0.39260969980.36951501150.18937644340.04157043880.0069284065
0.32093023260.36046511630.24651162790.06279069770.0093023256
Zero
1 to 10
11 to 100
101 to 1000
1000+
Percent of Samples
New Users - Filter Effectiveness and Recontamination in Water Storage
Ecoli - sorted
New UsersLong Term Users
Water InWater OutStorage ContainerWater InWater OutStorage Container
Water OutWater OutNew UsersLong Term Users
100000000
200000000
300000000
400000000
500000000
600000000
700000000
800000000
900000000
1000000000
1100000000
1200000000
1300000000
1400000000
1500010000
1600010000
1700020000
1800030000
1900030000
2000030000
2100040000
2200040000
2300050000
2400070000
2500070000
2600070000
2700070000
2800080000
29000110000
30000120000
31000120000
32000130000
33000140000
34000150000
35000160000
36000160000
37000160000
38000160000
39000170000
40000180000
41000220000
42000230000
43000250000
44000270000
45000270000
46000270000
47000280000
48000290000
49000320000
50000340100
51000370100
52000380100
53000410100
54000410100
55000430100
56000440100
57000450100
58000450100
59000490100
60000510100
61000520100
62000530100
63000630100
64000640200
65000680200
66000690200
67000720200
68000730200
69000760200
70000850300
71000860300
72000870300
73000940300
74000940300
75000980300
76000980400
770001010400
780001020400
790001050500
800001060700
810001080700
820001090900
8300011401000
8400012601100
8500012801200
8600012911301
8700013111301
8800015811401
8900016811601
9000016921702
9100017421702
9200020923302
9300022423602
9400025334603
9500026735003
9600028935903
9700031546204
9800036346704
9900068347104
10000085348004
10100099378407
1020001060711507
1030001223815308
104100190312167012
105100193315196015
106100304722251022
10710039337700
1081000
1091000
1101000
1111000
1121000
1131000
1141000
1151000
1161000
1171000
1181000
1191000
1201000
1211000
1221000
1231000
1241000
1251000
1261000
1272000
1282000
1292000
1302000
1312000
1322000
1332000
1342000
1352000
1362000
1372000
1383000
1393010
1403010
1413010
1423010
1433010
1443010
1453010
1463010
1473010
1483010
1493010
1503010
1514010
1524010
1534010
1544010
1554010
1564010
1574010
1584010
1594010
1604010
1614010
1625010
1635010
1645010
1655010
1665010
1675010
1685010
1695010
1705010
1716111
1726111
1736111
1746111
1756111
1766111
1776111
1787111
1797111
1807121
1817121
1827121
1837121
1847121
1857121
1867121
1878121
1888121
1898121
1908121
1918121
1928121
1938121
1949121
1959121
1969121
19710121
19810121
19910121
20010121
20110121
20210121
20310121
20410121
20510121
20610121
20710121
20811121
20911131
21012131
21112131
21212131
21312131
21412131
21512232
21612232
21713232
21813232
21913232
22013232
22114232
22214232
22314232
22414242
22514242
22614242
22714242
22815242
22915242
23017242
23118242
23218242
23318242
23418242
23520252
23620252
23720252
23820252
23921252
24021252
24122252
24222252
24323252
24423353
24524353
24625353
24725353
24825353
24926363
25026363
25127363
25227363
25327363
25427363
25528363
25630363
25731363
25831363
25932363
26033363
26134363
26234363
26335464
26436464
26536464
26637474
26738474
26838474
26938474
27038474
27139484
27239484
27339484
27442484
27543484
27643484
27743484
27844484
27944494
28050494
28152595
28253595
28354595
28455595
28556595
28656595
28756595
288565105
289635105
290655105
291686106
292686106
293706106
294706116
295726116
296736126
297766126
298806126
299806126
300906136
301936136
302956136
303966136
304987147
3051007147
3061007147
3071007147
3081027147
3091027147
3101087147
3111237167
3121268168
3131278168
3141298168
3151308168
3161308168
3171318168
3181379169
3191379179
3201389179
3211429179
322146101810
323150101810
324150101910
325150101910
326150102010
327156102010
328158102010
329161102010
330173102110
331176112111
332190112111
333192132113
334200142114
335200142214
336200142214
337200152215
338200152215
339200152215
340206152315
341206162316
342208162316
343208162416
344210162416
345212162416
346214162416
347224162516
348227172517
349228172517
350232182518
351235182618
352240192619
353250192719
354250212721
355259222822
356270232823
357279242924
358290253025
359291253125
360296263126
361300283228
362300293229
363300293229
364300303430
365300313531
366300323632
367300323632
368303323832
369306334233
370308344234
371310354335
372313354535
373320364636
374320384838
375350414841
376350424842
377350435043
378350435043
379359435043
380367435043
381390435043
382400435243
383400455645
384400485748
385420505750
386450516051
387450526352
388500526352
389598526452
390600547054
391650547054
392650567256
393750587258
394840587558
395940597859
3961150628262
3971200628562
3981223639363
3991300669866
40016276810568
40116307810578
40217008010780
40317508411284
40418508911889
40519359012090
40621209212392
40723739213592
40825509313693
40930009613996
41030009614296
4113725100149100
4124360100182100
4135050102191102
4145865120192120
41510100126200126
41610750128200128
41711950135200135
41814000164202164
419166206166
420173220172.5
421178248178
422198290198
423200300200
424206331206
425269500269
426288509288
4273002250300
4283122600312
4293656670365
4304508000450
4313150
4323300
4338750
New usersLong Term Users
Water Into FilterWater Out of FilterStorage ContainerWater Into FilterWater Out of FilterStorage Container
Zero E. coli103170138148549
1 to 10104160155141834
11 to 1001008210648318
101 to 10008818272506
1000+2334600
Totals:418433430107106107
Water InWater OutPoint of UseWater InWater OutPoint of Use
1000+6%1%1%6%0%0%
101 to 100021%4%6%23%0%6%
11 to 10024%19%25%45%3%17%
1 to 1025%37%36%13%17%32%
Zero25%39%32%13%80%46%
100%100%100%100%100%100%
user:Based on 1 dilution done on 06/08/2005
user:Average of 4 dilutions done on 04/27/2005
user:Based on 1 dilution done on 05/25/2005
user:Average of 4 dilutions, done on 04/20/2005, was 59 before
user:Based on 1 dilution done on 05/18/2005. Used to be "impossible"
user:Average of 4 dilutions taken on 04/19/2005 (Note: Was "impossible" before)
user:Based on 1 dilution done on 06/13/2005
user:Average of 4 dilutions, taken on 04/19/2005Was "impossible"
user:Average of 4 dilutions was found to be 140: 365 was the original value and has been left here
user:Average of 4 dilutions taken on 04/07/2005. Was originally 337
user:Average of 3 dilutions taken 04/08/2005
user:Average of 3 dilutions taken 04/08/2005
user:Average of 4 dilutions done on 04/11/2005. Was originally 308.
user:Based on 1 dilution done on 05/25/2005
user:Based on 1 dilution done on 06/09/2005
user:Average of 3 dilutions done on 04/27/2005
user:Average of 3 dilutions done on 05/12/2005
user:Based on 1 dilution done on 05/25/2005
user:1 dilution, done on 05/09/2005
user:Based one 1 dilution done on 05/24/2005, was "impossible" before
user:Based on 1 dilution done on 05/18/2005. Used to be "impossible"
Ecoli - sorted
1000+
101 to 1000
11 to 100
1 to 10
Zero
Percent of Samples
New Users - Bacteria Removal and Recontamination
N&L - E.coli - Removal Effectiv
New Users
New Users
Long Term Users
E. coli(cfu/100 mL)
1000+
101 to 1000
11 to 100
1 to 10
Zero
Percent of Samples
Bacteria Removal and Recontamination
N&L - E.coli - Recontamination
New UsersLong Term Users
Water InWater OutStorage ContainerWater InWater OutStorage Container
Water OutWater Out
1000000
2000000
3000000
4000000
5000000
6000000
7000000
8000000
9000000
10000000
11000000
12000000
13000000
14000000
15000100
16000100
17000200
18000300
19000300
20000300
21000400
22000400
23000500
24000700
25000700
26000700
27000700
28000800
290001100
300001200
310001200
320001300
330001400
340001500
350001600
360001600
370001600
380001600
390001700
400001800
410002200
420002300
430002500
440002700
450002700
460002700
470002800
480002900
490003200
500003401
510003701
520003801
530004101
540004101
550004301
560004401
570004501
580004501
590004901
600005101
610005201
620005301
630006301
640006402
650006802
660006902
670007202
680007302
690007602
700008503
710008603
720008703
730009403
740009403
750009803
760009804
7700010104
7800010204
7900010505
8000010607
8100010807
8200010909
83000114010
84000126011
85000128012
86000129113
87000131113
88000158114
89000168116
90000169217
91000174217
92000209233
93000224236
94000253346
95000267350
96000289359
97000315462
98000363467
99000683471
100000853480
101000993784
10200010607115
10300012238153
104100190312167
105100193315196
106100304722251
1071003933770
108100
109100
110100
111100
112100
113100
114100
115100
116100
117100
118100
119100
120100
121100
122100
123100
124100
125100
126100
127200
128200
129200
130200
131200
132200
133200
134200
135200
136200
137200
138300
139301
140301
141301
142301
143301
144301
145301
146301
147301
148301
149301
150301
151401
152401
153401
154401
155401
156401
157401
158401
159401
160401
161401
162501
163501
164501
165501
166501
167501
168501
169501
170501
171611
172611
173611
174611
175611
176611
177611
178711
179711
180712
181712
182712
183712
184712
185712
186712
187812
188812
189812
190812
191812
192812
193812
194912
195912
196912
1971012
1981012
1991012
2001012
2011012
2021012
2031012
2041012
2051012
2061012
2071012
2081112
2091113
2101213
2111213
2121213
2131213
2141213
2151223
2161223
2171323
2181323
2191323
2201323
2211423
2221423
2231423
2241424
2251424
2261424
2271424
2281524
2291524
2301724
2311824
2321824
2331824
2341824
2352025
2362025
2372025
2382025
2392125
2402125
2412225
2422225
2432325
2442335
2452435
2462535
2472535
2482535
2492636
2502636
2512736
2522736
2532736
2542736
2552836
2563036
2573136
2583136
2593236
2603336
2613436
2623436
2633546
2643646
2653646
2663747
2673847
2683847
2693847
27038