alimentos funcional 3.pdf

22
Recife Agosto/2014 Profª.Fábia Moura Gurgel [email protected] AULA 5 – Alimentos funcionais I GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO DISCIPLINA: Nutrição na prática funcional

Upload: guiomar22

Post on 18-Nov-2015

65 views

Category:

Documents


7 download

TRANSCRIPT

  • Recife

    Agosto/2014

    Prof.Fbia Moura Gurgel [email protected]

    AULA 5 Alimentos funcionais I

    GRADUAO EM NUTRIO

    DISCIPLINA: Nutrio na prtica funcional

  • So constituintes naturais encontradas nos alimentos e no possuem valor

    calrico. Pertencem ao grupo dos CH.

    No so digeridas completamente e, por isso, elas desempenham um papel

    no aumento do volume fecal e, consequentemente, no tratamento de

    constipao.

    Alm disso, as fibras aumentam a sensao de saciedade e tm a

    capacidade de absorver acares e colesterol.

    A ingesto diria de fibras deve ser entre 20 e 35 g por dia ou 14g de

    fibras/1000 kcal.

    Podem ser solveis e insolveis.

    Principais fontes: vegetais crus e integrais,

    A ingesto exagerada de fibras pode reduzir a absoro de vitaminas e

    minerais como o clcio, zinco, magnsio, fosforo e ferro.

    As fibras so consideradas ALIMENTOS FUNCIONAIS.

    Introduo deve ser gradativa

    FIBRAS ALIMENTARES

  • Classificao Tipos Fontes Aes

    Fibras solveis Pectinas

    Gomas

    Mucilagens

    Beta-glucanas

    Hemiceluloses (algumas)

    Frutas

    Verduras

    Cevada

    Aveia

    Leguminosas ( feijo,

    lentilha, gro de bico,

    soja)

    -Retardo na absoro de glicose

    -Reduo no esvaziamento

    gstrico (maior saciedade gel))

    -Diminuio dos nveis de

    colesterol sanguneo e TG

    -Proteo contra cncer de

    intestino

    - Produo de gases

    Fibras insolveis Celulose

    Lignina

    Hemiceluloses (maioria)

    Farelo de trigo

    Cereais integrais e seus

    produtos ( arroz, po,

    torrada)

    Hortalias e razes

    -Aumento do bolo fecal

    -Estmulo a mastigao e ao bom

    funcionamento intestinal

    -Preveno de constipao

    intestinal

    -incrementa ao de reduo de

    colesterol.

    Substncias

    funcionalmente

    semelhantes

    amido resistente

    inulina e

    Frutooligossacardeos (FOS)

    cebola, alho, alho por,

    tomate, banana e banana

    verde, cevada, aveia,

    trigo, mel , chicria,

    alcachofra

    Aumentam o bolo fecal, reduzem

    absoro de glicose, TG e HDL,

    produzem cidos graxos de cadeia

    curta. Inulina e FOS so

    considerados prebiticos .

    - Produo de gases

  • FRUTANOS

    Inclusos na definio de fibras dietticas;

    INULINA E FOS;

    So fibras solveis no digerveis e fermentveis agindo como substrato para

    bactrias da microbiota intestinal PREBIOTICOS

    A fermentao rpida, levando a produo de AGCC, cido ltico e gases, com

    reduo do PH e estmulo a proliferao de clulas epiteliais do clon.

    AMIDO RESISTENTE frao de amido no digerida e absorvida no intestino

    delgado. So fermentados e convertidos em AGCC. Aumenta absoro de clcio,

    ferro, magnsio, zinco, cobre, reduz colesterol, TG e previne contra Cncer de clon.

    FIBRAS ALIMENTARES

  • FIBRAS NA PREVENO DE CNCER:

    Capacidade de reteno de substncias txicas ingeridas ou produzidas no TGI;

    Reduo do tempo de trnsito intestinal;

    Rpida eliminao do bolo fecal;

    Formao de substncias protetoras pela fermentao bacteriana.

    FIBRAS ALIMENTARES

  • INULINA:

    Encontrada em mais de 30.000 vegetais especialmente na Chicria;

    Agente prebitico;

    Atua como fibra solvel reduo do LDL, TG e glicose;

    Utilizada como ingredientes em produtos light, diet e low fast como substituta de

    acar e gordura sem fornecer muitas calorias;

    Sem evidencias de toxicidade em altas doses;

    Consumo excessivo pode resultar em diarreia e produo de gases, clicas e

    distenso abdominal;

    FIBRAS ALIMENTARES

  • FOS: frutooligossacardeos

    Origem vegetal, especialmente alcachofra, aspargos, beterraba,chicria,banana, alho,

    cebola, trigo, tomate e tubrculos (destaque para o yacon);

    Podem causar flatulncia, especialmente em indivduos intolerantes lactose;

    Seguir dosagem recomendada de 10g /dia;

    Prebiotico com aumento de bifidobactrias;

    Aumenta absoro de clcio, magnsio e fsforo;

    Seus benefcios na flora agem como coadjuvantes na reduo de PA, controle de DM,

    controle de cidos graxos circulantes, atividade antitumoral, melhora de imunidade,

    sntese de vitaminas do complexo B, reduo de toxinas, reduo de uso de

    antibiticos etc.

    Podem ser usado em produtos diet (sem acar) ,em simbiticos, em frmulas

    infantis, produtos de panificao (bolos, pes, biscoitos), barras de cereais etc.

    FIBRAS ALIMENTARES

  • BETA-GLUCANAS:

    Polissacardeos solveis presentes nos cereais, principalmente CEVADA E

    AVEIA;

    Diminuem taxa de colesterol plasmtico;

    Atenua resposta glicmica e insulnica ps-prandial;

    Previne DCV, HAS, DM e obesidade;

    Teor pode variar entre os gros;

    FIBRAS ALIMENTARES

  • Aporte energtico

    Rica em fibras solveis

    Beta-glucanas ( composto bioativo)

    Resistente ao processo digestivo

    Efeito hipocolesterolmico;

    Efeito protetor no desenvolvimento de Ca de clon;

    Diminuio da absoro de glicose

    Aveia (Avena sativa L.)

  • Farelo de aveia possui maior concentrao de beta-

    glucanas.

    Dosagem:

    3g/dia de beta-glucanas;

    40g farelo de aveia;

    60g de farinha de aveia.

    Aveia (Avena sativa L.)

    Reduo de 5% do colesterol

    plasmtico.

  • ALHO (Allium sativum L.)

    Erva em forma de bulbo, pequena, perene e de odor forte.

    Largamente utilizado na culinria.

    Os bulbos contm aliina, rica em enxofre. Quando o alho cortado,

    macerado ou esmagado convertida em alicina, gerando o odor

    caracterstico e produzindo compostos sulfurados volteis.

    ALICINA e componentes sulfurados volteis

    compostos bioativos responsveis pelas propriedades funcionais do

    alho

  • ALHO

    Hipotensor (reduz PA)

    Hipoglicemiante (reduz e controla a glicemia)

    Ajuda na reduo de LDL-colesterol e TG

    Vasodilatador

    Preveno de cogulos (ao fibrinoltica e inibio de agregao plaquetria)

    Age no sistema cardiovascular prevenindo DCV

    Antibitico

    Antifngico

    Vermfugo

    Antiinflamatrio e antiasmtico

    Imunomodulador

    Antioxidante (contm selnio e age inibindo a peroxidao lipdica)

    Ao Anticarcinognica (Preveno de Cncer)

  • ALHO

    Recomendao: ainda sem consenso.

    ADA (American Dietetic Association) 600mg a

    900mg de alho/dia, ou 1 alho cru.

    MS Canad e Agncia alem 4g de alho cru ou

    8mg de leos essenciais.

  • Famlia das Lilceas

    Quercetina 4-0-beta-glicosdeo (Q4G);

    Quercetina 3,4-O-beta-glicosdeo (Q34G);

    30% de quercetina a mais que na ma

    Cebola

  • QUERCETINA:

    Antioxidante

    Inibidor da oxidao LDL

    Inibidor da agregao plaquetria

    Atuao no stress oxidativo do DNA dos leuccitos

    Reduo da PA e da viscosidade plasmtica

    Cebola

  • Do fruto do cacaueiro se extraem sementes que sofrem fermentao gerando amndoas, sendo separadas em cacau e manteiga de cacau. Posteriormente, o chocolate.

    O cacau rico em flavonides, antioxidantes pertencentes a classe de fitoqumicos chamados de polifenis.

    Contm protenas, c.graxos saturados (palmtico e esterico) e o oleico (monoinsaturado), minerais essenciais ( Magnsio, cobre, potssio, ferro, clcio, mangans, fibras, vit. do complexo B, teobromina e cafena.

    CACAU ( Theobroma cacao L.)

    Estimulantes e produo de serotonina

    (sensao de bem estar e combate a

    depresso e ansiedade).

  • O chocolate amargo (teor de cacau > 70%) pode promover

    discreta reduo da PA, devido s altas concentraes de polifenis.

    CACAU ( Theobroma cacao L.)

    Tambm reduzem agregao plaquetria, aumentam imunidade,

    aumentam irrigao sangunea no crebro, prevenindo doenas

    degenerativas como demncia e derrames.

    Flavonol

    procianidinas

  • CACAU

    O consumo de chocolate,

    mesmo com teor acima de

    70% de cacau, deve ser

    moderado.

    http://4.bp.blogspot.com/-X_rCwyZHOj8/T32O_Cl4mAI/AAAAAAAABRM/Hq5ziuR3zfU/s1600/Pascoa.jpg

  • Chocolate Alimento Carboidrato (%) Lipdios (%) Protena (%)

    Chocolate ao

    leite

    38,5 56,5 5

    Chocolate meio

    amargo

    45,5 52 2,5

    Lipdios

    35% cido olico (mono)

    35% cido esterico (saturado)

    25% cido palmtico (saturado)

    5% outros

    Esterico: no eleva os nveis

    de colesterol;

    Olico: reduz levemente;

    Palmtico (proveniente do

    leite): hipercolesterolmico

  • Chocolate

    Individualidade bioqumica;

    Alta sensibilidade serotonina;

    Fluoxetina x Sertralina x Chocolate;

    Rash cutneo;

    CEDERBERG et al. Itch and skin rash from chocolate during fluoxetine and sertraline

    treatment: case report. BMC Psychiatry; 2004.

  • Flavonides Alimentos Quantidade de flavonides/100gr

    Chocolate amargo 510 mg

    maa 111 mg

    Cereja 96 mg

    Chocolate ao leite 70 mg

    Ch preto 65 mg

    Vinho tinto 63 mg

    Polifenis

    totais mmol/g

    Epicatequina

    mmol/g

    Catequina

    mg/100g

    Cacau 224 5,45-6,11 296-327

    Chocolate

    amargo

    126 2,98-5,48 48-137

    Chocolate ao

    leite

    52,2 1,97-2,76 15-16

    Cacau em p 8,2 ----

  • Referncias Bibliogrficas

    PASCHOAL, Valeria. NAVES, Andria, Nutrio Clnica Funcional: Doas princpios prtica Clnica.

    Ed. VP Consultoria, 2007.

    PASCHOAL, Valeria, NAVES, Andria. Suplementao funcional magistral: dos nutrientes aos

    compostos bioativos. . Ed. VP Consultoria, 2008.

    DOLINSKY, Manuela . Nutrio funcional. Roca,2009.

    PIMENTEL, FRANCKI, GOLLUCKE. Alimentos Funcionais. Ed. Varela, 1 edio, 2005

    SAVIOLI, GISELA. CALEFFI,RENATO. Escolhas e impactos: gastronomia funcional. 5. ed. So Paulo: Edies Loyola,2013.