algas e fungos

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FACULDADE INTEGRADO DE CAMPO MOURÃO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ALGAS E FUNGOS ALUNO

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Trabalho curso Ciencia biologicas

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FACULDADE INTEGRADO DE CAMPO MOURÃO

CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

ALGAS E FUNGOS

ALUNO

CAMPO MOURÃO

2015

FACULDADE INTEGRADO DE CAMPO MOURÃO

CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

ALGAS E FUNGOS

Trabalho apresentado para obtenção de nota parcial da disciplina de projeto integrador I, na Faculdade Integrado de Campo Mourão.

ALUNO

Orientador: Prof.

CAMPO MOURÃO

2015

1. INTRODUÇÃO

As águas doces fornecem hábitats para uma variedade de organismos

incluindo bactérias, protozoários, fungos, esponjas, celenterados, vermes, rotíferos,

briozoários, moluscos, crustáceos, aracnídeos e vários grupos de insetos. A maioria

dos grupos possui representantes tanto em ambientes aquáticos como nos

ambientes terrestre e marinho. (BRASIL, 2003, p.11).

Os ecossistemas aquáticos proporcionam um habitat para muitos grupos,

incluindo fitoplâncton, zooplâncton, plantas aquáticas, insetos, peixes, répteis, aves,

mamíferos e microrganismos. A biodiversidade aquática inclui todas as espécies e

habitats únicos, e a interação entre eles (POSTEL, 2007; EPA, 2010).

O conhecimento sobre a biodiversidade nas águas doces é bastante completo

para vertebrados, mas muito incompleto ainda para os microrganismos e

invertebrados. Pode-se dizer que a informação sobre diversidade tem uma relação

direta e crescente com o tamanho dos organismos. As razões para isto são

naturalmente a dificuldade em ser observados diretamente, já que organismos muito

pequenos requerem equipamentos óticos de grande poder de ampliação. É evidente

a ausência, ou o número extremamente reduzido de especialistas em taxonomia,

para a maior parte dos táxons de invertebrados que ocorrem em água doce.

(BRASIL, 2003, p.11).

A qualidade das águas é de grande importância em qualquer localidade, seja

nas regiões urbanizadas ou nas zonas rurais. Nas regiões urbanizadas uma água de

boa qualidade é importante para todos os seres vivos, particularmente para os seres

humanos, o que irá assegurar uma boa qualidade de vida. Nas zonas rurais, além de

garantir a saúde da população, o monitoramento da qualidade da água também é

importante na proteção dos ecossistemas e nas atividades agropecuárias (GODÓI,

2008).

Estudos sobre a ocorrência de leveduras em águas continentais têm

demonstrado principalmente a aplicação desses microrganismos como indicadores

de poluição orgânica (MEDEIROS, 2002; BRANDÃO et al., 2010). Em seu estudo,

sobre diversidade e susceptibilidade a antifúngicos de leveduras em lagos no Brasil,

Brandão et al. (2010) demonstrou a existência de uma correlação entre a ocorrência

de leveduras em lagos localizados no Carste de Lagoa Santa e a presença de

indicadores de poluição fecal. Estes estudos sugerem que as leveduras podem

também ser utilizadas como indicadores de poluição de origem orgânica em águas

de recreação, além do grupo coliformes fecais (MEDEIROS, 2002; BRANDÃO,

2007; BRANDÃO et al., 2010).

O presente trabalho irá abordar a temática dos fungos e algas, em específico

no meio aquático continental e a importância destes microrganismos para o meio

ambiente.

Os fungos são os encarregados da decomposição na biosfera, sendo suas

atividades tão necessárias à existência permanente do mundo que conhecemos

quanto as dos seres produtores de alimento. A decomposição libera gás carbônico

na atmosfera e devolve ao solo compostos nitrogenados e outros materiais, que

poderão ser novamente usados por vegetais e eventualmente por animais. Foi

estimado que os 20 cm superiores da terra fértil possam conter perto de 5 toneladas

de fungos e bactérias por hectare.

Os fungos constituem um grupo de microrganismos que tem grande interesse

prático e científico para os microbiologistas. Suas manifestações são familiares:

crescimentos azuis e verdes em laranjas, limões e queijos; as colônias cotonosas

(aspecto de algodão), brancas ou acinzentadas, no pão e no presunto; os

cogumelos dos campos e os comestíveis, entre tantos. Todas representam vários

organismos fúngicos, morfologicamente muito diversificados. De um modo geral, os

fungos incluem os bolores e as leveduras.

Possuem grande importância na decomposição de material vegetal de origem

terrestre que cai na água, influindo de maneira decisiva no transporte de materiais

entre o meio terrestre e o meio aquático. (BOSSOLAN, 2002, p. 28).

As regiões tropicais abrigam uma grande variedade de espécies de fungos,

porém, os trabalhos publicados referentes a essa região são escassos. (BRASIL,

2003, p.14).

Os fungos são tão distintos das algas, briófitas e plantas vasculares, quanto o

são dos animais. Tradicionalmente são agrupados com as plantas, mas pertencem a

um Reino distinto, Fungi, constituindo um dos cinco principais grupos de organismos

vivos. Porém, os fungos podem se associar a organismos de diversas formas. Em

algumas destas associações os parceiros são mutuamente dependentes e não

podem viver isoladamente. Em outras, os indivíduos podem sobreviver por si

mesmos.

Os habitats ocupados por estes são variados e incluem tecidos vegetais,

órgãos de animais, solo, águas, entre outros. Dentre os ecossistemas aquáticos, os

fungos são encontrados em águas marinhas e continentais, os quais abrigam uma

grande diversidade de espécies e interações ecológicas. Esta revisão teve como

objetivo destacar a presença e o papel ecológico dos fungos em águas continentais

naturais e poluídas (com influência da atividade antrópica), bem como analisar

estudos envolvendo táxons encontrados em lagos continentais, a fim de verificar sua

importância para os ecossistemas aquáticos.

O presente trabalho resume as informações sobre a diversidade, relações

ecológicas e importância da micota em habitats aquáticos, principalmente em lagos

continentais.

O interesse pela análise dos fungos neste estudo deve-se as suas múltiplas

atividades e características que os tornam únicos em ecossistemas aquáticos.

Dentre as principais atividades ecológicas dos fungos, são de conhecimento comum

as atividades decompositora, parasitária, predadora e mutualista. Dentre essas

atividades as sapróbias e mutualista são responsáveis por grande parte das

interações fúngicas em um ecossistema.

A comunidade de algas (perifíticas e planctônicas) é de grande relevância na

diversidade biológica dos ecossistemas aquáticos continentais, devido ao grande

número de espécies e alta proporção na biodiversidade total destes sistemas

(Carney, 1998). Além disso, ela é importante funcionalmente, devido à produção

primária, biomassa e seu papel na ciclagem biogeoquímica.

Segundo Andersen (1998), as algas chegam a contribuir com 40% da

produção primária do planeta. Atualmente, há 26.900 algas eucariontes e 1.700

algas procariontes descritas no mundo todo, de acordo com uma revisão realizada

por Wilson (1988). No Brasil, muito pouco se conhece e poucos são os estudos

realizados sobre a diversidade, estrutura, variação espacial e temporal das

comunidades algais. Ainda assim, entre os microrganismos, este é o grupo mais

bem estudado e o que também conta com o maior número de pesquisadores.

(BRASIL, 2003, p.16).

Os Líquens são uma relação simbiótica entre uma alga (ou uma

cianobactéria) e um fungo. O fungo geralmente é um ascomiceto. As algas ou

cianobactérias encontradas nos liquens também são encontradas livremente na

natureza, enquanto que o parceiro fúngico tem sido encontrado somente como parte

do líquen. As algas fabricam alimentos pela fotossíntese, usando a água e os

minerais obtidos pelos fungos, enquanto estes dependem das algas quanto ao

fornecimento de carbono orgânico.

Liquens normalmente se reproduzem por simples fragmentação, ou pela

produção de propágulos pulvurulentos especiais denominados sorédios, ou por

pequenas projeções do talo conhecidas como isídios. Fragmentos, sorédios e isídios

contêm tanto hifas do fungo como algas ou cianobactérias; eles atuam como

unidades de dispersão que têm a função de estabelecer o líquen em novas

localidades. Existem mais ou menos 20.000 espécies de liquens. Eles toleram

ambientes extremos de temperatura e umidade e crescem em quase todos os

lugares exceto em ambientes muito poluídos, como cidades industriais, por exemplo.

Por isso muitas espécies são utilizadas como bioindicadoras de poluição. Os

liquens podem crescer sobre troncos de árvore, picos de montanhas e rochas lisas.

As cores dos liquens variam do branco ao negro, passando por tonalidades de

vermelho, laranja, marrom, amarelo e verde. Esses organismos contêm muitos

compostos químicos incomuns. Muitos liquens são utilizados como fontes de

corantes e também como medicamentos, bases fixadoras de perfumes ou fontes de

alimento de menor importância. (BOSSOLAN, 2002, p. 38).

Os liquens são associações simbióticas entre algas e fungos que resultam em

um talo. O talo de um líquen pode ter milhões de fotobiontes vivendo em simbiose

com um micobionte e, portanto, pode até ser encarado como uma minicomunidade,

onde vivem indivíduos de espécies e reinos diferentes. As algas podem pertencer ao

reino Monera, no caso das cianobactérias (antigamente chamadas de algas azuis),

ou ao reino Protista, no caso das algas verdes. Já os fungos (reino Fungi)

pertencem, em sua grande maioria, ao filo Ascomycota (98% dos liquens), com

poucos representantes no filo Basidiomycota.

Realizar uma revisão bibliográfica sobre a diversidade de fungos filamentosos

e leveduras encontrados em lagos continentais e verificar sua importância para os

ecossistemas aquáticos, além de avaliar os aspectos microbiológicos de fungos

filamentosos e leveduras presentes em corpos de água naturais em comparação

com os encontrados em águas poluídas/contaminadas.

O objetivo desse trabalho foi realizar uma revisão bibliográfica sobre a origem

e a formação do solo, tema desenvolvido no Trabalho Integrador da turma do 1º

período de Ciências Biológicas da Faculdade Integrado de Campo Mourão.

Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi realizar um levantamento

bibliográfico a respeito da origem e formação do solo.

A pesquisa bibliográfica sobre o tema proposto no Trabalho Integrador

promoveu o conhecimento e a compreensão sobre os processos de formação do

solo e dos fatores que determinam suas características. Foi possível também,

reconhecer e entender a importância do solo para a manutenção da diversidade

biológica da Terra.

2. MATERIAL E MÉTODO

A metodologia utilizada consistiu em uma pesquisa em caráter qualitativo

baseada em informações obtidas em artigos publicados em revistas indexadas em

bases de dados, tais como Elsevier, PubMed, Medline, Scielo, portal de periódicos

CAPES e Science Direct, dentre outros. Os trabalhos analisados foram obtidos em

publicações de acesso público, via Internet e revistas científicas, sendo

preferencialmente analisadas as publicações dos últimos cinco anos.

Para obtenção dos dados foram pesquisados artigos científicos publicados

entre o período de 1981 a 2010 e os seguintes termos foram utilizados como

palavras-chaves: água, antifungal susceptibility, aquatic habitats, aquatic

ecosystems, biogeography aquatic fungi, bottled mineral water, Candida, cultura,

drinking water, ecology, filamentous fungi, freshwater environments, freshwater

fungi, fungal contamination, fungi, fungos, fungos filamentosos, lakes, leveduras,

marine fungi, qualidade microbiana da água, water quality, yeasts, yeast community.

O trabalho foi desenvolvido na disciplina Projeto Integrador, como atividade

do Trabalho Integrador, que teve como tema “Origem e Formação do Solo”. O

levantamento bibliográfico foi realizado por meio de consulta aos livros de geologia e

pedologia do acervo da biblioteca da Faculdade Integrado de Campo Mourão, PR,

artigos científicos disponíveis no site Scielo e alguns livros em PDF disponíveis na

rede internacional de computadores (internet).

REFERÊNCIAS

ANDERSEN, R. A. Algal biodiversity, with remarks on the ecological and economic significance o algae. Anais do IV Congresso Latino-Americano, II Reunião Ibero- Americana, VII Reunião Brasileira de Ficologia 1: 13-29. 1998.

BOSSOLAN, Nelma R. Segnini. Introdução a Microbiologia. Universidade de São Paulo, 2002. Disciplina de Biologia III. Disponível em: http://biologia.ifsc.usp.br/bio4/outros/apostila.pdf. Acesso em: ago. 2015.

BRANDÃO, L. R. Caracterização das populações de Escherichia coli, Enterococcus spp., Pseudomonas aeruginosa e leveduras capazes de crescer a 37°C de três lagoas do Carste de Lagoa Santa-MG, Brasil. Belo Horizonte. Departamento de Microbiologia, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Minas Gerais, 88 p., 2007. (Dissertação de Mestrado).

BRANDÃO, L. R.; MEDEIROS, A. O.; DUARTE, M. C.; BARBOSA, A. C.; ROSA,C. A. Diversity and antifungal susceptibility of yeasts isolated by multiple-tubefermentation from three freshwater lakes in Brazil. Journal of Water and Health, v. 2, n. 8, 279-289 p., 2010.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Águas Doces: Avaliação do estado do conhecimento da diversidade biológica do brasil. Brasília: COBIO/MMA, 2003. Disponível em: < http://www.mma.gov.br/estruturas/chm/_arquivos/aguadoc1.pdf.> Acesso em: ago. 2015.

CARNEY, H. J. Biodiversity, conservation and global chenge: an algal perspective. Anais do IV Congresso Latino-Americano, II Reunião Ibero-Americana, VII Reunião Brasileira de Ficologia 1: 31-42. 1998.

GODÓI, E. L. Monitoramento de água superficial densamente poluída - o córrego Pirajuçara, Região Metropolitana de São Paulo, Brasil. São Paulo. Departamento de Ciências na Área de Tecnologia Nuclear-Materiais, Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, Autarquia associada à Universidade de São Paulo, 117 p., 2008. (Dissertação de Mestrado).

MEDEIROS, A. O. Caracterização dos indicadores de qualidade de água e dadiversidade de leveduras em ambientes aquáticos da Bacia do Rio Doce, MinasGerais, Brasil. Belo Horizonte. Departamento de Microbiologia, Instituto de CiênciasBiológicas, Universidade Federal de Minas Gerais, 92 p., 2002. (Dissertação deMestrado).

MEDEIROS, A. O. Influência de impactos antrópicos em fungos isolados emambientes aquáticos. Belo Horizonte. Departamento de Microbiologia, Instituto deCiências Biológicas, Universidade Federal de Minas Gerais, 131 p., 2005. (Tese deDoutorado).

POSTEL, S. Aquatic ecosystem protection and drinking water utilities. Journal AWWA, 52-63 p., february 2007. Disponível em: http://www.nature.org/initiatives/freshwater/files/jaw200702_well01postel.pdf. Acesso em: ago. 2015.

U.S.A. – EPA (Environmental Protection Agency). Disponível em:http://www.epa.gov/ . Acesso em: ago. 2015.

WILSON, E. O. Biodiversity. Washington : National Academy Press. 512 p. 1988.

Artigos científicos disponíveis no site Scielo.

Alguns livros em PDF disponíveis na rede internacional de computadores (internet).BISSANI. Fertilidade dos solos e manejos da adubação de culturas. Porto alegre, gênesis, 2004. 328p.

Organização da coleção de fungos liquenizados (líquens) da Floresta das Araucárias, São Francisco de Paula, RGS do Herbário MPUC; ; Início: 2009; Iniciação científica (Graduando em CIÊNICIAS BIOLÓGICAS) - PONTIFICIE UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RGS, PUCRS http://www.pucrs.br/edipucrs/XSalaoIC/Ciencias_Biologicas/Botanica/70482-ALEXANDRE_CRISTANTE_MARTINS.pdf