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como garantir o ambiente ideal em sala de aula? Alfabetização:

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como garantir o ambiente ideal em sala de aula?

Alfabetização:

O que você vai encontrar neste E-book

3 Introdução4 A importância do ambiente alfabetizador6 Como criar o ambiente alfabetizador8 O espaço físico10 Espaço para as relações11 A preparação do ambiente12 Um pouco sobre o método fônico13 Sala alfabetizadora14 Alfabeto16 Números17 Atividade 1: Para entender a importância dos números18 Atividade 2: Para utilizar os números19 Cantinho da leitura21 Banco de palavras23 Mural de alunos25 Mural de artes26 Calendário27 Educador exemplo33 Um outro ambiente alfabetizador: a casa do aluno38 Conclusão

Introdução

Códigos, símbolos, desenhos e sons transformados em um processo de comunicação, permitindo que cada criança conheça e explore o mundo através da escrita e da leitura. Essa é a magia da alfabetização!

Para que esse momento especial aconteça de forma plena, gradual e eficiente, além de toda a estrutura pedagógica e dedicação do educador, é fundamental proporcionar ao aluno um excelente ambiente alfabetizador.

Mas, o que é um ambiente alfabetizador? Como garantir o espaço ideal para essa aprendizagem? Neste e-book, você conhecerá conceitos, dicas e exemplos de ambientação que fazem toda a diferença no processo de alfabetização.

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A importância do ambiente alfabetizador

No processo de alfabetização, a ambientação deve fazer parte da estratégia pedagógica do educador. O ambiente deve estimular e até mesmo desafiar o aluno ao aprendizado, proporcionando a ele diversas oportunidades de interações não apenas com o professor, mas também com seus colegas, já que o aprendiz precisa vivenciar socialmente a linguagem escrita. >

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A importância do ambiente alfabetizador

> A interação deve possibilitar a troca de experiências, ideias e pensamentos, o que enriquece o repertório da criança, que passa a adquirir novas compreensões e a criar novas relações. Mais além, o ambiente alfabetizador também permitirá que o educador observe cada tipo de vivência e de questionamento de seus alunos. Isso é fundamental para conduzir as experiências e transformá-las em conhecimento, estabelecendo um ambiente de aprendizagem que garanta ao aluno a organização e sistematização de conceitos e a autonomia no aprendizado.

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Como criar o ambiente alfabetizador

Planejamento é a palavra fundamental na organização do ambiente alfabetizador. Cada ação ou escolha deve estar

relacionada com as atividades a serem desenvolvidas. O mesmo deve acontecer com cada material ali selecionado. Todo conteúdo

escrito precisa ter relação com a proposta pedagógica do educador e com as necessidades dos alunos, o que torna o processo de alfabetização mais dinâmico e mais atraente. >

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Como criar o ambiente alfabetizador

> A criação do ambiente alfabetizador ideal passa por dois pontos: o espaço físico

e a esfera propícia para a construção de relações

a serem estabelecidas justamente nesse espaço.

Vamos falar um pouco mais sobre cada um desses

pontos a seguir.

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O espaço físico

Deve ser pensado de forma a atrair e reter a atenção da criança no processo da alfabetização. Além de objetos que auxiliem na aprendizagem, é imprescindível contar com materiais didáticos ricos e com diferentes formatos de texto, como livros, revistas,

jornais e textos digitais.

Outro item bastante importante na organização do espaço físico é a escolha do mobiliário. A sala de aula deve ser um ambiente

aconchegante e estimulante para o aprendizado, obedecendo as necessidades das crianças a serem alfabetizadas. >

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O espaço físico

> O mesmo cuidado vale para a decoração do ambiente. Use elementos que auxiliem na construção do conhecimento, com cores e recursos que estimulem os alunos. Contudo, é preciso ter atenção nesse quesito. Use, mas não abuse desses elementos, sob risco de tornar o ambiente pesado ou mesmo disperso.

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Espaço para as relaçõesDe nada adianta um espaço físico lindo e repleto de materiais didáticos, mas frio sob o aspecto humano. O ambiente precisa pulsar e emanar motivação. Ela é alcançada com o trabalho do educador por meio das práticas culturais, afetivas e sociais de leitura.

No ambiente alfabetizador, a criança é permanentemente convidada a interagir com o novo, participando ativamente das atividades de linguagem.

As relações com os colegas e com o educador também precisam ser constantemente alimentadas. Através delas, a criança vivencia, aprende, tira dúvidas e sente-se atraída nesse mágico universo da alfabetização.

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A preparação do ambiente

Para formar o ambiente alfabetizador, alguns materiais e/ou adequações dentro da sala de aula podem ser considerados imprescindíveis. Contudo, antes de listar alguns destaques, é importante lembrar que o ambiente ideal deve ter relação direta com a estratégia e metodologia do educador. Neste e-book, destacamos o método fônico, modelo que vem sendo bastante utilizado e indicado no processo de alfabetização.

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Um pouco sobre o método fônico

O método fônico promove o desenvolvimento gradual da criança através da menor unidade da fala, passando então para sílabas, palavras

e frases até chegar ao texto. A criança estabelece relações entre os sons da fala

e as letras, percebendo que a fala pode ser separada em pequenos pedaços, os

chamados fonemas.

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Sala alfabetizadora

Agora que o método fônico foi contextualizado é hora de destacar materiais, adequações de espaço e dicas que podem tornar a sua sala de aula um ambiente alfabetizador. Acompanhe atentamente e potencialize o aprendizado de seus alunos!

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Alfabeto

Material evidentemente obrigatório no ambiente alfabetizador. O alfabeto deve estar destacado,

com letras em formato bastão e com imagens que se relacionem entre fonema e grafema. Mas,

além dessa forma, pode estar em outras que você acredita atrair os alunos. Seja lúdico, use a

criatividade e incremente o ambiente com letras em cores, tamanhos e até texturas diferentes.

Quer alguns exemplos? Invista nas letras de plástico e até em massinha, deixando o momento

de aprendizagem mais divertido. Aproveite a atividade para explorar o som de cada letra que

está sendo criada ou retratada. >

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Alfabeto

> Para o ensino do alfabeto, outros recursos são muito

bem-vindos. Atualmente, há músicas dos mais variados

ritmos que ensinam som e formato de cada letra.

Elas podem ser exploradas repetidas vezes em sala, o que

facilita a memorização e o aprendizado.

O segmento educacional também oferece aplicativos

de alfabetização e livros com imagens que auxiliam na

associação de letras e palavras por elas formadas. Busque

as variadas opções e escolha uma que combine com sua

estratégia pedagógica.

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Números

O ensino dos números também pode e deve acontecer com o uso de diferentes recursos. Formatos variados de apresentá-los, músicas, jogos, atividades de problematização e geração de curiosidades servem para construir a relação números e suas quantidades.

Há um amplo leque de possibilidades para explorar o aprendizado dos números. Como inspiração, deixamos dois exemplos de atividades sobre o tema:

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Atividade 1:

Para entender a importância dos

números

Ensine os números usando situações de rotina. Em qual

horário nos alimentamos? Que horas chegamos na escola?

Quantas pessoas moram na sua casa? Quantos lápis cabem numa

caixa? Mostre como os números estão presentes nos ambientes do

cotidiano de seus alunos.

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Atividade 2:

Para utilizar os números

Para crianças que já aprenderam os números, é possível avançar com jogos como o bingo. Através dessa atividade, o educador

pode ensinar as combinações que formam dezenas e suas posições de maior ou menor valor.

A simulação de compras é outro jogo educativo. Use moedas e notas de

brinquedo. Além de servir como rico recurso no aprendizado dos números, essa atividade

ainda proporciona as primeiras noções de educação financeira.

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Cantinho da leitura

Delimite um espaço especial na sala de aula para a prática da leitura. O local deve ser aconchegante, claro e confortável, que convide o aluno a explorar todo tipo de material escrito. Isso inclui livros de tamanhos e gêneros diferentes, além das pequenas fichas de leituras, muito importantes nessa fase inicial. Elas agradam as crianças que estão no começo do processo da alfabetização. Podem conter breves poesias, frases simples ou até mesmo, para os mais novos, palavras soltas que eles já reconhecem. >

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Cantinho da leitura

> A decoração desse cantinho da leitura pode ter, entre outros elementos, uma lista de histórias a serem lidas durante a semana. O educador pode, inclusive, pedir a contribuição dos alunos para a construção dessa lista, por exemplo, a cada segunda-feira. Essa atividade cativa o gosto pela leitura.

O espaço escolhido deve ser adaptável para dois momentos distintos. O primeiro é a leitura individual, a aproximação e o contato que cada aluno pode ter com um livro ou qualquer outro tipo de texto escrito.

O segundo momento é a integração social através da leitura. Ela pode ser exercida em sessões de contação de histórias. Tente criar uma Semana de Contos, por exemplo, com a leitura social durante o recreio. Essa pode ser uma boa isca para trazer os alunos ao universo da leitura, aperfeiçoando o processo de alfabetização.

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Banco de palavras

Excelente recurso dentro do ambiente alfabetizador. Com diferentes listas de palavras é possível facilitar a construção da base alfabética, assim como a percepção dos alunos sobre sons e grafias de cada letra, como destaca o método fônico. Para isso, cada lista criada deve fazer parte do mesmo campo semântico.

Para a criação do banco de palavras, sugerimos alguns temas possíveis:

• Animais;

• Brinquedos;

• Comidas;

• Objetos;

• Nomes. >

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Banco de palavras

> Na prática, a criatividade do educador potencializará o uso desse banco de palavras. Com a lista de nomes, por exemplo, a criança poderá entender e construir seu repertório de letras; identificar letras e sons que formam os nomes dos colegas; comparar sons e as diferentes combinações de letras.

O banco de palavras pode ser composto por diversos materiais e com a ajuda das próprias crianças. Experimente convidar os alunos a abastecerem o banco com recorte de palavras de revistas, embalagens, panfletos e o que mais acharem. A diferença da grafia de cada material ajuda a ampliar o reconhecimento das letras em seus variados formatos.

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Mural de alunos

Se o ambiente alfabetizador deve propiciar a comunicação e a relação entre os envolvidos, o mural de alunos também representa um excelente canal de informação e de aprendizado.

Para que os alunos sintam-se de fato integrados nesse tipo de recurso, ele deve permitir o máximo possível de socialização. Deve ser bem informativo e muito bem planejado, de acordo com o desenvolvimento das atividades pedagógicas.

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O que inserir no mural?

Por ser um canal de comunicação entre educadores e alunos, há várias possibilidades, tanto ligadas ao processo de alfabetização quanto de interesse geral:

• livros ou materiais a serem explorados em sala;

• datas escolares importantes;

• aniversariantes do mês; sugestões de temas a serem trabalhados em sala de aula;

• alertas;

• avisos gerais para os alunos.

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Mural de artes

No ambiente alfabetizador, cada evolução e cada conquista deve ser evidenciada e celebrada! O mural de artes é um excelente recurso para esse fim.

Ao expor os trabalhos desenvolvidos pelos alunos tanto para a comunidade escolar quanto para os familiares, o educador pode demonstrar resultados e ainda incentivar as crianças para os passos seguintes.

Aqui, vale uma dica: o mural deve estar em local de movimento, para que o maior número possível de pessoas prestigie os trabalhos. Também é importante instalar o mural numa altura que permita que os menores o acessem.

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Calendário

Outra ferramenta interessante a ser explorada no ambiente alfabetizador é o uso do calendário, uma vez que ele auxilia na construção de conceitos de dia, mês, semana e ano.

Para aproveitá-lo, deve ser enriquecido com informações variadas, com a finalidade de ampliar o leque de conhecimento. Que tal explorar datas relevantes da escola e do ano letivo, datas comemorativas e aniversariantes do mês?

Use a criatividade e faça do calendário um instrumento da alfabetização. Extrapole o tema data e agregue curiosidades como, por exemplo, falar sobre clima e estações do ano.

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Educador exemplo

Após destacarmos algumas práticas que evidenciam uma sala alfabetizadora, partimos agora para o foco no educador. Quais atitudes ou cuidados fazem de um professor um alfabetizador exemplo?

A seguir, destacamos algumas dicas que fazem toda a diferença dentro do ambiente alfabetizador, influenciando positivamente as crianças em processo de alfabetização. Confira!

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• Brinque, se envolva e permita-se interagir como as crianças em sala de aula. O lúdico e as brincadeiras são recursos sérios e valiosos no processo de aprendizagem, principalmente na alfabetização. O envolvimento atrairá ainda mais os alunos e os cativará para a construção do conhecimento.

Claro, saiba dosar e alterar os momentos de educador mais sério. A sua experiência em sala ajudará a definição desses momentos.

• Seja carinhoso e respeitoso, sempre, inclusive nos momentos em que há necessidade de falar de forma mais enérgica. Esse afeto rompe barreiras e aproxima a criança do educador, item fundamental para o sucesso na alfabetização. >

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• Adeque sua linguagem ao público-alvo. Se a sala é formada por crianças, use palavras que sejam do conhecimento delas. Mais além, também é preciso adequar a forma e até a velocidade na transmissão do conteúdo. Seja paciente e compreensivo com as crianças, cada uma com seu tempo de aprendizagem, com suas ideias, dificuldades e desejos. A alfabetização engloba todas essas características.

• Seja observador dentro da sala de aula, uma vez que tudo, se bem planejado, pode ser usado para a alfabetização: a dúvida de uma criança, um desenho, um recorte, uma situação cotidiana. O educador atento aproveita as ocasiões e as transforma em oportunidade de aprendizado ligado à leitura e escrita. >

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• Motive! A todo momento o educador atento estimula seus alunos, dando a eles autonomia na medida certa para que eles construam seus próprios aprendizados. Favoreça o trabalho cooperativo e a interação entre os estudantes.

• Planeje em detalhes a aula. Para cada atividade, pense para quem se destina, sem deixar de considerar a diversidade existente dentro da sala. Aproveite para organizar a aula de modo que as situações criadas se aproximem o máximo possível da realidade e do aspecto social dos alunos, lembrando que a prática social é fundamental dentro do ambiente alfabetizador. >

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• Conheça a literatura. O educador exemplo está sempre bem informado e antenado. Esse conhecimento influenciará as crianças para o universo mágico e poderoso dos livros.

• Varie os estímulos em sala de aula. O educador observador guarda um leque de ações estratégicas para usar com os diferentes tipos de alunos existentes: visuais, auditivos e cinestésicos.

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Entenda cada um desses perfis a seguir.

Aluno visual: é mais observador, aprende por associação e consegue memorizar o conteúdo quando tem a visão estimulada. Lembra mais daquilo que vê do que ouve.

Aluno auditivo: absorve melhor o conteúdo que é passado pelo educador oralmente. Estudantes com esse perfil aprendem melhor e memorizam mais o aprendizado do conteúdo discutido do que aquele mostrado.

Aluno cinestésico: precisa de ação (movimento, tato e leitura, entre outros) para assimilar os estudos. Alunos com esse perfil aprendem com mais eficiência ao fazer ou manipular algo.

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Um outro ambiente alfabetizador: a casa do aluno

O processo de alfabetização não se restringe à escola. O lar também pode e deve ser um lugar propício para esse processo de aprendizagem. Até porque o contato com a língua escrita acontece em todos os momentos, ainda que de forma involuntária ou inconsciente, seja nos rótulos de alimentos, no conteúdo transmitido pela televisão ou nos livros e revistas armazenados nas estantes de casa, entre outros locais onde estão nossas escritas.

Já que os lares e os adultos influenciam as crianças à prática da linguagem escrita, que tal conversar com os alunos sobre investir num ambiente alfabetizador em casa e contribuir para a potencialização do aprendizado?

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Veja algumas dicas:

Leia muitas historinhas

O livro é a porta de entrada da criança para a alfabetização. É onde se dá um dos primeiros contatos com a língua escrita. Ele funciona como uma isca, atraindo a atenção do pequeno para esse tipo de aprendizagem.

Mas, atenção! A leitura não pode ser algo mecanizado. O leitor deve estar focado exclusivamente no momento, para que a criança aproveite ao máximo a oportunidade. Leia com diferentes entonações e vozes, explore imagens, encene e curta cada palavra durante a leitura, seja de um livro infantil, um gibi, uma revista ou qualquer outro tipo de texto. Explore as imagens ali contidas e permita que seu filho manuseie todo o material. Invista na leitura do mesmo livro mais de uma vez. Assim, aos poucos, a criança aprenderá a direção correta de ler (da esquerda para a direita) e de passar as páginas (da direita para a esquerda). Mas, claro, não fique preso a uma única obra. Presenteie seus filhos com variedade!

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Ajude-o a observar palavras do dia a dia No caminho da escola ou mesmo em casa você pode estimular a alfabetização. Explore locais, escritas, embalagens de produtos, enfim, o que puder. Nesses momentos mais descontraídos, o estímulo ao conhecimento é maior e o aprendizado ocorre naturalmente.

Tenha um quadro de recados Ótimo recurso para a criança se ambientar ao mundo das letras. Escreva pequenos recados, mensagens carinhosas ou o que a inspiração mandar! Essas mensagens certamente auxiliarão no aprendizado da criança.

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Use a alimentação para ensinar Convide a criança a participar contigo do preparo de receitas culinárias. Siga a receita com ela, mostre cada passo escrito. Os rótulos das embalagens aqui novamente podem servir como momento de alfabetização. Por trazerem imagens, as associações favorecem as primeiras leituras e os primeiros entendimentos.

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Brinque com jogos que estimulem a escrita

Quem nunca brincou de Jogo da Forca, por exemplo? Trata-se de uma excelente atividade no processo de alfabetização.

Respeite o ritmo da criança

Cada criança tem o seu ritmo e o seu tempo de desenvolvimento. Respeite cada etapa, aproveite o momento e desfrute passo a passo o avanço de sua criança!

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ConclusãoNa escola ou no lar, o ambiente alfabetizador garante a estrutura e o espaço para o desenvolvimento da leitura e escrita de toda criança.

Esperamos que o conteúdo desse e-book lhe ofereça dicas e ideias para fazer a alfabetização acontecer realmente de forma consistente e eficaz. Agora, a tarefa é unir prática à teoria!

Bom trabalho!

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